Filosofia Moderna e Crise Da Metafísica
Filosofia Moderna e Crise Da Metafísica
Filosofia Moderna e Crise Da Metafísica
Contexto historico
crise da metafisica Modernidade (séc. XV-XVIII);
Em oposição a uma organização rígida, severa e mística, Superação de crenças e superstições,
temos um olhar que se volta para a realidade presente, baseando-se na subjetividade e não mais na
para o mundo vivido pelas pessoas em seu cotidiano. autoridade (política ou religiosa);
Crescente interesse pelo método, devido ao
racionalismo;
Questionamento da física aristotélica;
Me taf ísic a é um a Essas questões
Surgimento das teorias do conhecimento
sub div isã o da epistemológicas deram
filo sof ia que através de questões epistemológicas.
inv est iga as origem a duas correntes
rea lida des que filosóficas: o racionalismo
tra nsc end em a
exp eriê nci a (ênfase na razão) e o
sen síve l (mu ndo empirismo (ênfase nos
das ide ias ).
sentidos)
Após concluir ser impossível conhecer as realidades metafísicas, Kant se volta para a razão prática, cujo conhecimento é possível
porque os seres humanos podem agir mediante ato de vontade e autodeterminação.
Além disso, ele contestou a metafísica anterior segundo a qual os objetos regulavam o conhecimento; para ele, ao contrário, os
objetos é que devem ser regulados por nosso reconhecimento.
Em sua principal obra, A fenomenologia do espírito,
Hegel: idealismo dialetico o termo fenomenologia remete à noção de
fenômeno como aquilo que nos aparece, na
Georg Wilheim Friedrich Hegel (1770- medida em que é um objeto distinto de si, porque
1831); nele descobrimos a contradição, que será superada
Num ambiente cultural oposto ao num terceiro momento. Hegel divide a dialética em
excessivo racionalismo do período 3 etapas:
anterior (séc. XIX), surgiu o idealismo
1) Afirmação
filosófico, representado por Johann
2) Contradição/negação
Gottlieb Fichte, Friedrich e Georg Hegel;
3) Superação da contradição.
Hegel criticou a filosofia transcendental
de Kant por ser muito abstrata e alheia às Na superação dialética, o
etapas da formação da autoconsciência que é negado é, ao
Para explicar o devir, Hegel não parte da
do indivíduo e deste na sua cultura. mesmo tempo, mantido. natureza, da matéria, mas da ideia pura:
Conhecer a gênese, o
Atribuiu sentidos radicalmente novos a processo de constituição
conceitos tradicionais do pensamento pelas mediações A ideia, para se desenvolver, cria um objeto
contraditórias, é
ocidental, como ser, lógica, absoluto e oposto a si, a natureza;
conhecer o real.
dialética, o que tornou a filosofia A natureza é a ideia alienada, o mundo
hegeliana às vezes hermética, de difícil privado de consciência; da luta desses dois
interpretação; princípios opostos surge o espírito;
Idealismo: em sentido geral, espírito é
O conceito de ser não é o ser da O espírito é, ao mesmo tempo, pensamento
uma atividade da consciência que se
metafísica tradicional, mas designa uma e matéria, isto é, a ideia que toma
manifesta no tempo e se expressa em 3
realidade em processo, uma estrutura consciência de si por meio da natureza.
momentos distintos:
dinâmica.
1) O espírito subjetivo é o espírito individual, Ao explicar o movimento gerador da
O SER ESTÁ EM CONSTANTE MUDANÇA!
ainda encerrado na sua subjetividade. Ex: realidade, Hegel desenvolveu uma dialética
Dialética: Hegel introduziu a nova emoção, desejo, imaginação; idealista: a racionalidade não é mais um
noção de que a razão é histórica, ou 2) O espírito objetivo opõe-se ao espírito modelo a ser aplicado, mas é o próprio
seja, é construída no tempo. Trata-se de subjetivo: trata-se do espírito exterior como tecido do real e do pensamento.
uma filosofia do devir, do ser como expressão da vontade. Realiza-se no mundo da Em Princípios da filosofia do direito, ele diz
processo, como movimento, como vir a cultura; que o mundo é a manifestação da ideia.
ser; 3) O espírito absoluto, ao superar o espírito A verdade, nesse caso, deixa de ser um fato
Surgiu a necessidade de criar uma objetivo, realiza a síntese final em que o para ser resultado do desenvolvimento do
nova lógica que não se fundasse no espírito, terminando seu trabalho, compreende- espírito.
princípio de identidade (que é o como sua realização. A mais alta
estático), mas no princípio de manifestação do espírito absoluto é a filosofia.
contradição. A nova lógica é a
dialética (mudança pela contradição);
Auguste Comte (1798-1857), filósofo O positivismo retomou a orientação
francês; Comte: daqueles que aproveitaram a crítica feita
Após a Revolução Industrial no séc. XVIII, por Kant à metafísica no séc. XVIII, e levou
ciência e técnica tornaram-se aliadas,
provocando mudanças;
positivismo às últimas consequências o papel
reservado à razão de descobrir as
A exaltação diante dos novos saberes relações constantes e necessárias entre
levou à concepção do cientificismo, que os fenômenos, ou seja, as leis invariáveis
se caracteriza pela excessiva que os regem;
valorização da ciência, considerada o Para Comte, cabe à filosofia a
único conhecimento possível; sistematização das ciências, a
Comte diz ter descoberto uma grande lei generalização dos mais importantes
fundamental, segundo a qual o espírito resultados da física, da química, da
humano teria passado por 3 estados história natural.
históricos diferentes: