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ÁREA DE INTEGRAÇÃO

Ensino Profissional
Elsa Silva
Unidade Temática 8 – 8.2 Da multiplicidade dos
Rosa Moinhos
saberes à ciência como construção racional do real

TEMA- PROBLEMA OPCIONAL


ÁREA III – O MUNDO

Unidade Temática 8 – A internacionalização da


economia do conhecimento e da informação.

Tema-problema 8.2 – Da multiplicidade dos saberes


à ciência como construção racional do real.
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O ato de conhecer

CONHECER
ATO que exprime uma relação de CONHECIMENTO
que implica
- o sujeito do conhecimento (cognitivo)
- o objeto do conhecimento
- o conhecimento (a imagem do objeto)

Apreender qualquer coisa sobre um


objeto através do pensamento e
incorporar no pensamento aquilo
que se apreendeu.

Conhecimento: o saber acumulado


pelo homem, através das gerações.
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saberes à ciência como construção racional do real

Tipos de relacionamento entre o sujeito e um objeto

conhecimento baseado em crenças mediadas através de símbolos do bem e


MÍTICO-MÁGICO do mal (primeira forma de relacionamento do homem com o mundo que o
rodeia).

conhecimento que tem por base a compreensão do mundo que resulta da


SENSO COMUM
vivência dos indivíduos em sociedade.

conhecimento que procura, com rigor, a origem dos problemas, muitas


FILOSÓFICO
vezes impercetíveis aos sentidos, articulando todos os aspetos da vida
humana, numa abordagem integradora.

conhecimento que procura descobrir o funcionamento da natureza e da


CIENTÍFICO sociedade através, principalmente, das relações de causa e efeito.

Realização das atividades da página 81 do manual.


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A construção da realidade pelo senso comum


Conjuntos heterogéneos de saberes práticos e de
SENSO COMUM
preferências que orientam a vida quotidiana dos indivíduos e
dos grupos, nos seus comportamentos e opções.

Prático e pragmático: constata e aceita os acontecimentos,


sugerindo, muitas vezes, formas de agir.
CARATERÍSTICAS
Subjetivo: expressa sentimentos e opiniões de indivíduos e de
grupos, que variam consoante o meio social em que estes estão
inseridos.

Valorativo: resulta das experiências pessoais e apenas se limita a


consubstanciar uma opinião acrítica sobre o que aconteceu.

Não sistematizado: não reflete sobre os seus conteúdos de forma a


estabelecer uma relação entre eles, organizando-os como um
conjunto organizado e coerente.
Realização das atividades da página 83 do manual.
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saberes à ciência como construção racional do real

A construção filosófica clássica sobre o ato de conhecer

CONHECIMENTO Interrogação e reflexão sobre os problemas humanos,


FILOSÓFICO muitas vezes impercetíveis aos sentidos.

ORIGEM DO CONHECIMENTO
Reflexões colocam
PROBLEMAS
NATUREZA DO CONHECIMENTO

Realização das atividades da página 67 do manual.


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saberes à ciência como construção racional do real

Origem do conhecimento
DUAS RESPOSTAS, DUAS CORRENTES:

(1) EMPIRISMO:
o conhecimento deriva da experiência, o aparelho sensorial é o responsável pelos conhecimentos
que adquirimos, daí não existirem ideias inatas.

DEFENSORES DO EMPIRISMO: LOCKE e HUME


(todo o conhecimento deriva da experiência)

(2) RACIONALISMO:
conhecimento também tem origem na razão, podendo
constituir-se de forma puramente racional, pois é a razão
que estabelece os princípios a partir dos quais os
conhecimentos têm origem.

Realização das atividades da página 67 do manual.


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Origem do conhecimento

DESCARTES (expoente máximo do racionalismo) – rejeitava os sentidos como fontes do


conhecimento e defendia que Deus era a «verdadeira raiz da árvore do saber».

KANT ‒ RACIONALISMO CRÍTICO


Conciliação entre empirismo e racionalismo. Todo o conhecimento começa na experiência
(fornece a matéria), mas o sujeito que conhece possui certas formas a priori, independentes da
experiência (razão), que integram os elementos fornecidos pela experiência, ou seja, dão-lhe
forma.

Realização das atividades da página 85 do manual.


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Natureza do conhecimento

RESPOSTAS

nega a realidade das coisas-matéria, convertendo-as em coisas-ideias –


(1) IDEALISMO aquilo de que nos apercebemos diretamente são as ideias, logo, as coisas são
ideias.

existe o mundo em que vivemos e conhecemos


(2) REALISMO
diretamente as coisas como elas são.

DIRETO apercebemo-nos das coisas mesmas.

INDIRETO diretamente, só conhecemos as nossas representações.

INGÉNUO as coisas são tal e qual nos apercebemos delas.

CRÍTICO a nossa perceção do mundo não é uma cópia exata do que as coisas são em
si mesmas, as qualidades secundárias são subjetivas.
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O conceito de ciência ‒ origem

Civilização greco-romana Ciência aparece ligada à filosofia

Idade Média Ciência herdada da tradição greco-


romana fica subordinada aos critérios
religiosos

As transformações sociais e culturais (século XVI) – Descobrimentos, desenvolvimento das


atividades comerciais, ideias associadas ao Renascimento, etc.

Destruição da conceção do mundo e da conceção APARECIMENTO DA


de ciência dominantes CIÊNCIA MODERNA

Realização das atividades da página 87 do manual.


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Ciência moderna

- Valorização da razão enquanto instrumento de conhecimento.

- Aceitação como verdades, apenas das que resultam da investigação mediante uma demonstração –
o saber passa a ser adquirido pela experiência.

- Grande preocupação com o método, ponto de partida para a reflexão, o qual


deverá dispor de mecanismos de prova/demonstração/verificação que permitirão, não só obter
resultados, como avaliar a sua veracidade.

CIÊNCIAS NATURAIS/EXPERIMENTAIS

validade do conhecimento científico só seria possível


mediante a experimentação seguida de indução –
método indutivo. Assim, todo o conhecimento seria o
resultado da observação, experimentação e medição
dos fenómenos – modelo empirista-positivista.

Realização das atividades da página 89 do manual.


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Ciência moderna

CIÊNCIAS HUMANAS ESOCIAIS


sendo praticamente impossível a experimentação, utilização
de um modelo de investigação mais teórico, partindo-se do
geral (teoria) para o particular – método dedutivo.

Crise do modelo empirista-positivista no século XX


CRÍTICAS Não é a observação que nos sugere a teoria, pois mesmo
nas ciências naturais/ experimentais ela não será um ponto de partida se
não colocar um PROBLEMA.

Do primado da observação passa-se ao primado da teoria, ou seja,


ao método indutivo opõe-se o método dedutivo.
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MÉTODOS

INDUTIVO DEDUTIVO
(particular para o geral) (geral para o particular)

Observação/experimentação Formulação de um problema

Formulação de hipóteses Formulação de uma hipótese


explicativas

Verificação da hipótese
Teorias, enunciados, leis, (observação, experimentação…)
universais, etc.

Obtenção de resultados – teorias,


enunciados, leis, etc.
Realização das atividades da página 91 do manual.
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Conhecimento ‒ contributos da ciência contemporânea

Progressos científicos (mesmo em relação às ciências


naturais/experimentais) provaram que:
- observação não é imparcial (valores do investigador podem intervir na prática científica)
- leis não são universais (o conhecimento absoluto é impossível)

Condicionantes da observação
A observação não é neutra, pois o quadro de referência do cientista, as suas
Necessidades e os seus interesses influenciam o seu trabalho.

Relatividade do conhecimento científico


- A certeza relativamente ao conhecimento científico é substituída por uma atitude crítica.
- Toda a ciência passa a ser relativa e histórica ‒ «as teorias científicas são mortais e são
mortais por serem científicas» (E. Morin).
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As teorias científicas como conjeturas (K. Popper)


Progresso
Eliminação dos erros na procura da verdade
científico

Verificação das hipóteses não pode conduzir à confirmação de que são


verdadeiras ou falsas, apenas poderá conduzir, ou não, à sua REFUTAÇÃO.

TEORIA hipóteses/conjeturas

testadas de forma a permitir a sua refutação


ou corroboração ‒ FALSIFICACIONISMO

CIÊNCIA: sequência de conjeturas (hipóteses) que vão sendo substituídas por novas hipóteses
quando são falsificadas

Realização das atividades da página 93 do manual.


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Prática científica e tecnológica – problemas éticos

Desenvolvimento Não é neutro – o impacto das suas aplicações pode ser


científico devastador para a sociedade.

PROBLEMAS ÉTICOS

BIOÉTICOS CIRCULAÇÃO DA INFORMAÇÃO E


CONTROLO DOS CIDADÃOS

ACESSO GLOBALIZADO AO PODER


AMBIENTAIS TECNOLÓGICO
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A descontinuidade do progresso científico (T. Kuhn)


Atividade científica Participantes compartilham um
paradigma comum

Qualquer disciplina científica (normal) move- Modelo de referência concetual comum


se dentro dos limites de um paradigma (teorias, instrumentos, métodos, etc.)

Quando anomalias persistentes questionam a base comum de um paradigma

- tenta-se ajustar o quadro concetual

- se as anomalias persistem, podem ocorrer duas situações:


. se não existir nenhum paradigma alternativo que tenha
aceitação geral, debate-se, mas tudo continua idêntico;
. se existir um paradigma alternativo, o antigo é substituído.

Ciência progride de forma descontínua


através de revoluções científicas
Realização das atividades da página 93 do manual.
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O valor democrático da ciência


Divulgação dos conhecimentos científicos deveria ser incentivada

‒ ajudar a população em geral a compreender a importância da ciência;

‒ informar/formar a população, no sentido de lhes proporcionar


competências para participarem nas decisões que são tomadas.

O funcionamento da própria democracia irá depender da capacidade que os indivíduos


têm para intervir e para participar na discussão de temas e nos debates monopolizados,
muitas vezes por técnicos e especialistas.

Maior facilidade de acesso ao conhecimento científico poderá gerar um maior


espírito crítico face à própria ciência e às suas aplicações.

Realização das atividades da página 95 do manual.


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Prática científica e tecnológica – problemas éticos


Possibilidade de manipulação da vida e dos
PROBLEMAS BIOÉTICOS comportamentos dos seres humanos.

Alterações climáticas do planeta, poluição,


PROBLEMAS AMBIENTAIS esgotamento de alguns recursos naturais, etc.

Internet: conflito entre a privacidade e a liberdade dos


CIRCULAÇÃO DA INFORMAÇÃO E cidadãos no ciberespaço («ataques», acesso aos dados
CONTROLO DOS CIDADÃOS pessoais no caso de pagamentos de compras, etc.).

ACESSO GLOBALIZADO AO O poder tecnológico continua a estar concentrado nos países


PODER TECNOLÓGICO mais desenvolvidos. Nos países menos desenvolvidos, maior
parte da população não tem possibilidades de acesso às novas
tecnologias da informação.

Realização das atividades da página 97 do manual.

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