A Crianca Diagnosticada Com Tdah
A Crianca Diagnosticada Com Tdah
A Crianca Diagnosticada Com Tdah
RESUMO
ESCOLAS PARTICIPANTE
DIRETOR (Dóris)
Escola 1 PEDAGOGO(A) (Poliana)
PROFESSORA (Poena)
1
TDAH sem comorbidade se refere ao TDAH sem nenhum outro transtorno associado, como TOC, Dislexia,
etc.
CRIANÇA (Conrado)
DIRETOR (Dâmia)
PEDAGOGO(A) (Patricia)
PROFESSOR (Pamela)
Escola 2 PROFESSORA AEE (Paola )
CRIANÇA (Carlos)
DIRETOR (Dirce)
PEDAGOGO(A) (Pietra)
Escola 3
PROFESSORA (Pilar)
CRIANÇA (Cilmo)
Fonte: Autora
Para que pudéssemos construir os dados necessários para respondermos a
problematização e aos objetivos apresentados, foi imprescindível escolher adequadamente
os instrumentais a serem utilizados. Sendo assim, para conhecermos as concepções e o
pensamento dos participantes acerca do TDAH, optamos por recorrer a Entrevista
Semiestruturada, às Técnicas Projetivas Psicopedagógicas “Par Educativo” e “Planta da Sala
de Aula” – aplicadas com as crianças participantes, e a Análise dos Materiais Escolares.
A Entrevista Semiestruturada consiste no contato entre o pesquisador e o participante
orientado por questões norteadoras, mas que abre a possibilidade de estimular o entrevistado
a falar livremente sobre assuntos que vão surgindo no diálogo. De acordo com Trivi ños
(1987), a entrevista semiestruturada é:
aquela que parte de certos questionamentos básicos, apoiados em
teorias e hipóteses, que interessam à pesquisa, e que, em seguida,
oferecem amplo campo de interrogativas, fruto de novas hipóteses
que vão surgindo à medida que se recebem as respostas do
informante. Desta maneira, o informante, seguindo espontaneamente
a linha de seu pensamento e de suas experiências dentro do foco
principal colocado pelo investigador, começa a participar na
elaboração do conteúdo da pesquisa. (TRIVIÑOS, 1987.p.146)
Os cadernos escolares nos permitiram observar parte da rotina escolar por estarem
presentes ali a “cultura construída” no grupo da sala de aula, mediado e organizado pelo
educador e onde a criança é participante ativa. Além disto, nos mostrou o momento histórico
e as práticas pedagógicas imbuídas no contexto escolar vivenciado pelo grupo.
É preciso considerar que os cadernos são uma parte importante deste contexto, mas
não são fonte única e precisa do que ocorre de fato em sala, pois devemos ter em vista as
intervenções orais e gestuais da professora e dos alunos envolvidos, as relações, o ambiente.
Ou seja, outros fatores imprescindíveis no dia a dia escolar influenciam significativame nte
o “movimento” da aprendizagem e do espaço do aprender. Neste trabalho, o caderno foi
utilizado como um dos instrumentos para ampliar nosso olhar dentro da pesquisa
desenvolvida.
Uma vez explicitada a metodologia apresentaremos os resultados obtido após esse
processo.
Pesquisar um tema tão polêmico como o TDAH é sempre delicado, principalme nte
no contexto educacional onde os trabalhos acadêmicos que dialogam com o caminho das
possibilidades para a aprendizagem são escassos. Nesse estudo a tentativa foi trilhar uma
trajetória no viés psicopedagógico. Isso sem perder o foco almejado, buscando, dentro do
possível, auxiliar nos processos educacionais de crianças diagnosticadas e no suporte à
comunidade escolar, favorecendo as relações e as mediações educacionais necessárias.
Olhando assim, o desejo parece grande demais. É apenas o primeiro passo para uma longa e
frutífera caminhada.
Após a coleta dos dados obtidos nas entrevistas, nos testes projetivos e na análise dos
materiais das crianças, foi necessário organizá- los e categorizá- los para compreendê-los,
respondendo as questões problematizadoras que embasaram toda a pesquisa, concomita nte
aos objetivos elencados inicialmente.
Quando falamos de analisar os dados nesta pesquisa nos referimos à análise de
conteúdo (AC), que segundo Bardin (1977) é:
Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por
procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das
mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência
de conhecimentos relativos às condições de produção/ recepção (variáveis
inferidas) destas mensagens. (BARDIN, 1977. p.42)
REFERÊNCIAS
ARGOLLO, Nayara. Transtornos do déficit de atenção com hiperatividade: aspectos
neurológicos. Psicologia escolar e educacional. Campinas, v. 7, n. 2, p. 197-201, dez. 2003
. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci _arttext&pid=S1413-
85572003000200010&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 13 Nov, 2016.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Tradução: Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro.
Portugal: Edições 70, 1977.
CHAMAT, L. S.J. Técnicas de Diagnóstico Psicopedagógico: o diagnóstico clínico na
abordagem interacionista. SP: Vetor, 2004.
DSM-5 - Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. American
PsychiatricAssociation, traduç . Maria Inês Corrêa Nascimento [et al]; revisão técnica:
Aristides VolpatoCordioli [et al.]. Porto Alegre: Artmed, 2013. 5ªed.
GREVET, E. H.[et.al.] Transtorno de oposição e desafio e transtorno de conduta: os
desfechos no TDAH em adultos. Jornal brasileiro de psiquiatria., Rio de Janeiro , v. 56,
supl. 1, p. 34-38, 2007 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.p hp
?script=sci_arttext&pid=S0047-20852007000500008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 17
Abr. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852007000500008.
LOURENÇÃO, Z.B. A Intervenção do Psicopedagogo do Ambiente Escolar. 2015.
Disponível em <http://www.seduc.mt.gov.br/Paginas/A-Interven%C3%A7%C3%A3o- do-
Psicopedagogo-do-Ambiente-Escolar.aspx> . Acesso em 13 de Janeiro de 2017.
MORDRE, M.[et al.]. The impact of ADHD and conduct disorder in childhood on adult
delinquency: A 30 years follow- up study using official crime records. BMC Psychiatry,
2011. Disponivel em <http://bmcpsychiatry.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471 -
244X-11-57> Acesso em 17 Abr. 2016.
PEREZ, C.R.[et al] .Transtorno por Déficit de Atención e Hiperactividad (TDAH):
Prevalencia y Características Sociodemográficas em Población Reclusa. Psicologia:
Reflexão e Crítica., Porto Alegre , v. 28, n. 4, p. 698-707, dez. 2015 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
79722015000400008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 17 Abr. 2016.
PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. RJ: Zahar Editores, 1975. 2ª ed.
REINHARDT, M. C., REINHARDT, C.A.U. Transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade, comorbidades e situações de risco. Jornal de Pediatria. (Rio J.)
[online]. 2013, vol.89, n.2, pp.124-130. ISSN 0021-7557. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-755720130002000 04>.
Acesso em 20 Ago. 2016.
ROTTA, N.T, OHLWEILWER,L.e RIESGO, R.S. (org.) Transtornos de Aprendizage m:
abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2016. 2ªed.
TRIVIÑOS, A N S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em
educação. São Paulo: Atlas, 1987.
VISCA, J. Clínica Psicopedagógica: Epistemologia Convergente. São José dos Campos:
Pulso, 2010.
YIN, R K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001. p.19-
130.