Israelxpalestina 1

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IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DO ORIENTE MÉDIO

• IMPORTÂNCIA GEOGRÁFICA – localizado no sudoeste


asiático, estrategicamente entre três continentes: Europa,
Ásia e África.
• Pontos importantes:
• Canal de Suez – ligação artificial entre o mar Mediterrâneo e o mar
Vermelho
• Estreito de Ormuz – liga o Golfo Pérsico ao oceano Índico (rota obrigatória
dos petroleiros dos países árabes)
• Estreito de Bósforo – liga o mar Mediterrâneo e o mar Negro (passagem da
Europa para países asiáticos)
HISTÓRIA E DIVERSIDADE ÉTNICA E RELIGIOSA
• Berço das 3 maiores religiões monoteístas – judaísmo,
cristianismo e islamismo.

• Área de ocupação antiga, a região recebeu influências de


diversas civilizações (egípcios, civilizações da Mesopotâmia –
sumérios, assírios e caldeus, hebraica, fenícia e pérsa.

• Expansionismo árabe (séc. VII a XV) e presença de do Império


Otomano (séc. VII a XX).

• Após a I Guerra Mundial, as áreas que então pertenciam ao


Império Otomano foram repartidas entre França e Reino Unido
Origem da região
• Oriente médio - LIGAÇAO

• HISTÓRICAMENTE PALCO DE CONFLITOS


• BASE TRIBAL;
• TERRAS FERTEIS;
• ÁGUA;
• PETRÓLEO (SÉCULO XX)

• MARGENS DO RIO JORDÃO


• HEBRON REINO DE JUDÁ TERRA
SANTA
• CANAÃ JUDÉIA (DOMINAÇÃO ROMANA) SIÃO
• REINO DE ISRAEL FILISTINA PALESTINA
ISRAEL x PALESTINA
JUDEUS

Descendentes dos hebreus (antigos habitantes da


Palestina que haviam sido expulsos pelos romanos no
início da era Cristã
Dispersos pelo mundo (diáspora), passaram a ser
chamados de judeus (hoje – israelenses)
Alegam direitos históricos sobre a Palestina (longa
ocupação da região)
ÁRABES

Ocuparam a região durante sua expansão


(entre os séc. VII e XV).
Permaneceram na região durante o
domínio do Império Otomano e do
protetorado britânico.
Também denominados de palestinos.
INÍCIO DO CONFLITO

Movimento sionista – surgiu na Europa no final do séc. XIX,


quando os judeus elegeram a Palestina como a terra prometida
para a construção de seu respectivo Estado
A Inglaterra (responsável pela região na época) permitiu a
entrada de colonos judeus na Palestina
O choque com os habitantes locais (árabes) foram inevitáveis e
cada vez mais intensos
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e o crescimento do
movimento sionista, a ONU propôs a divisão da Palestina em
dois Estados: um Estado árabe e um Estado judeu.

A União Soviética e os países


árabes rejeitaram a
proposta.
Em 1947, a ONU estabeleceu a divisão do território palestino entre judeus, que ocupariam 14
mil km2 = 56,5% das terras com seus 700 mil habitantes, e palestinos, cuja população de cerca
de 1,3 milhão de habitantes ocuparia os restantes 11.500 mil Km2 = 42,9% do território.
Com a retirada das tropas britânicas que ocupavam a região,
começou, em 1948, uma guerra entre Israel e a Liga Árabe,
criada em 1945 (Egito, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano) que
procurava defender a independência e a integridade de seus
membros.

A guerra foi liderada pela Jordânia e pelo Egito. Israel venceu o conflito e ocupou áreas
reservadas aos palestinos, ampliando para 75% o domínio sobre as terras da região. O Egito
assumiu o controle sobre a Faixa de Gaza e a Jordânia criou a Cisjordânia.

Setecentos e cinquenta mil palestinos tiveram que abandonar o país e foram exilados. Era o início
de um novo drama: o dos refugiados palestinos. Atualmente, esses refugiados somam cerca de 3
milhões.
A PARTILHA DA PALESTINA

• Intervenção da ONU
1947
• Divisão da região em
dois Estados:
• um Estado árabe
• um Estado judaico
PRIMEIRA GUERRA
• Inconformados com a decisão da ONU, os
palestinos e a Liga Árabe (Egito, Iraque, Jordânia,
Líbano e Síria)
• declararam guerra aos israelenses, com a
intenção de expulsá-los da região
• A guerra (1948/49) terminou com a vitória de
Israel e o fim da territorialidade árabe no Estado
que lhes fora designado pela ONU
• A guerra durou até 1949, quando Israel amplia
sua área original em mais de 40%;
• Os palestinos passaram a ser estrangeiro na sua
própria terra;
RIVALIDADE
Apesar de perder o território, os árabes preservaram a
vontade de manter a soberania em suas terras, agora
ocupadas por Israel
Com a derrota, cerca de 750 mil palestinos foram expulsos de
sua pátria (estes passaram a viver em países vizinhos, onde
eram tratados como cidadãos de segunda classe)
O mesmo aconteceu com os palestinos que permaneceram
no Estado de Israel
Fatah: é uma organização política e militar, que tem como braço armado o Tanzim, grupo criado em 1995
por Arafat, então presidente da Autoridade Palestina. O objetivo era compensar o crescimento do poder
dos grupos islâmicos palestinos. O atual líder do Fatah é o presidente da Autoridade Nacional Palestina
(ANP), Mahmoud Abbas

Hamas: Abreviatura de Harakat Al-Muqawama Al-Islamia (Movimento de Resistência Islâmica), o grupo


prega o fim do Estado de Israel. Criada em 1987, a facção atuava na Faixa de Gaza e na Cisjordânia para
questionar a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). O grupo tem atuação política e militar.
Após as eleições vencidas pelo Hamas que fez a maioria no parlamento, começou uma série de conflitos
armados com o Fatah.

Hezbollah: Criada em 1982, a milícia muçulmana xiita teve o apoio financeiro do Irã para se estabelecer no
sul do Líbano. A intenção era retirar da região tropas israelenses que ocuparam a área em 1978 com o
objetivo evitar ataques contra o norte israelense. Anos atrás o Hezbollah estabeleceu aliança com o
Hamas e a Jihad Islâmica.
REAÇÃO PALESTINA - A OLP

1959 – o líder palestino Yasser Arafat cria o organização


terrorista Al-Fatah, que passou a lutar pela recuperação dos
territórios palestinos
Em 1964, a Al-Fatah transformou-se na OLP (Organização para
a Libertação da Palestina)
Instalada na Jordânia, a OLP passou a atacar Israel e também
a receber ataques israelenses (apoiados pelos EUA)
Em 1970, a OLP foi expulsa da Jordânia e migrou para Beirute,
atacando Israel a partir do sul do Líbano
A Guerra do Canal de Suez
Sobe ao poder no Egito Gamal Abdel Nasser (idéias
socialistas)
Propõem:
- pan-arabismo (união árabe)
- política nacionalista
Resultado:
Inglaterra, França e Israel = vitória militar, contra o Egito;
OBS: Inglaterra, França e Israel = derrota
diplomática;
PRINCIPAIS CONFLITOS
A Guerra dos Seis Dias, também
conhecida como Guerra de
1967 ou Guerra de junho de 1967 ou
ainda Terceira Guerra Árabe-Israelense,
foi o conflito que envolveu Israel, Síria,
Egito, Jordânia e Iraque. Ocorreu entre
05 e 10 de junho de 1967, e foi a mais
consistente resposta árabe à fundação
do Estado de Israel, apesar do estado
OUTRAS GUERRAS

Guerra do Yom Kippur (1968) – realizada no Dia do


Perdão (comemorado pelos judeus), os países árabes
fizeram uso político do petróleo, restringindo a
produção e diminuindo o fornecimento (“choques do
petróleo”)
Intifada – revolta das pedras, a primeira Intifada teve
início nos anos 1980, a segunda iniciou-se em 2000
CAMP DAVID
• Em 1978 Sadat e Menagem Begin (ministro de Israel) assinam o acordo;
DIÁLOGO ENTRE A OLP E ISRAEL

Em 1982, devido aos intensos ataques de Israel ao Líbano, a


OLP deixou o país, instalando-se na Tunísia
Em 1988, a OLP mudou seu discurso e Arafat renunciou ao
terrorismo, aceitando dialogar com os representantes
israelenses
Início dos anos 90 – pequena esperança de paz na região
(líderes moderados assumiram o poder em Israel)
ACORDO DE OSLO
• 1993 – assinatura de histórico acordo
de paz (em Oslo) entre Arafat e Israel
(representado por Yitzhak Rabin e
Shimon Peres)

• 1994/95 – novos acordos são


assinados, estabelecendo a gradual
devolução dos territórios ocupados por
Israel (Faixa de Gaza e Cisjordânia) para
a criação do futuro Estado palestino
Após a morte de Rabin e o fim do governo
de Perez, o processo de paz sofreu
retrocesso
1998/2000 – novos acordos foram
assinados, porém os ataques terroristas e
choques entre palestinos e colonos
judeus se intensificaram
ARIEL SHARON NO PODER

2001 – Ariel Sharon assumiu o poder em Israel, declarando


guerra ao terrorismo palestino e acusando Arafat de ser
conivente com tais práticas
Sharon não reconheceu os antigos acordos, destruiu
escritórios da Autoridade Palestina e ordenou a invasão de
cidades palestinas
Os palestinos responderam com atentados suicidas e invasões
de colônias israelenses
SEGUEM OS ATENTADOS TERRORISTAS

• 2003 – Acordo de Genebra – sem sucesso

• 2004 - morte de Arafat

• 2005 – Abu Mazen foi eleito comandante da Autoridade


Palestina

• Novas negociações de paz entre Sharon e Mazen foram


estabelecidas, porém atentados terroristas continuaram
ocorrendo
• 2005 – Mahmoud Abbas vence as eleições e se torna o novo
presidente da Autoridade Palestina
• Um ano depois, devido a divergências com seu partido (Fatah)
acusado de corrupção, colabora para a vitória do movimento
rival, o Hamas nas eleições parlamentares palestinas, com Ismail
Haniyeh chegando ao posto de premiê
• A vitória do Hamas levou a comunidade internacional a impor
um boicote à Autoridade Palestina, gerando crise interna e
violência.
PLANO DE RETIRADA
2005 – Israel inicia o “Plano de Retirada” de assentamentos judaicos e
forças militares dos territórios palestinos
Facções opostas se negaram a acatar a decisão

2006 – afastamento de Sharon, após sofrer derrame cerebral, Olmert


assume o posto de premiê israelense
2007 – Os partidos palestinos rivais (Fatah e Hamas) firmam colisão,
numa negociação marcada pela violência
OPERAÇÃO “CHUMBO FUNDIDO”
2008 – Israel inicia em 27/12 a operação “Chumbo Fundido” na
Faixa de Gaza
Oficialmente, essa operação tem como objetivo responder aos
ataques (lançamento de foguetes) do Hamas no sul de Israel
Deve-se considerar também, a necessidade de Israel buscar
restabelecer seu poder de dissuasão, a proximidade da posse
do novo presidente dos EUA (Barack Obama) e o tenso
relacionamento com o Hamas (considerado pelo governo
israelense um grupo terrorista)
SITUAÇÃO HUMANITÁRIA EM GAZA

Dos aproximadamente 1,5 milhão de habitantes, metade vive


abaixo da linha da pobreza e 45% da população ativa está
desempregada
Mais da metade da população constitui-se de refugiados das
guerras contra Israel
A população sofre com a escassez de alimentos, remédios e
outros suprimentos básicos
Denúncias de violação aos direitos humanos
Comunidade internacional pede o fim do conflito
Criação do Estado de Israel
O MURO DE ISRAEL
• Em 2002, os israelenses começaram a construir um
muro entre Israel e Cisjordânia, visando proteger seu
território contra ataques terroristas palestinos

• A construção gerou tensões políticas internas e muitas


críticas palestinas e da comunidade internacional
IMAGENS DA GUERRA
As guerras Árabe-israelenses e os levantes palestinos
Ano: Descrição: Denominação:
Israel contra as monarquias árabes e a republica da Síria. A vitória resultou no alargamento
1948 Guerra de Independência de Israel
do território original de Israel.
Israel junta-se às forças colonialistas da França e da Grã-Bretanha para uma rápida
1956 Guerra do Suez
campanha contra o Egito

Israel ataca de surpresa todos os seus vizinhos, chegando até o Canal de Suez. Ocupa o
1967 restante da Palestina, as colinas de Golan bem como Jerusalém oriental. Foi sua maior Guerra dos Seis Dias
vitória militar até então, fazendo com que controlasse 75% do território.

Israel é atacado de surpresa por seus vizinhos mas rapidamente consegue contra-atacar e
1973 Guerra do Yon Kipur
submeter parte do exército egípcio ao cerco.

Israel invade o Líbano para destruir as bases da guerrilha da OLP. Bombardeio de Beirute e
1982 formação da Zona de Segurança na fronteira israelense-libanesa, ocupação que se estendeu Invasão do Líbano
por vinte anos.

1987-1993 Levante popular palestino nos territórios ocupados por Israel desde 1967. A Primeira Intifada

Depois do incidente da Esplanada durante a visita do general Ariel Sharon, explode um


2000 levante em massa dos palestinos nos territórios ocupados, seguidos de atentados suicidas A Segunda Intifada (Al-Aqsa Intifada)
de integrantes do Hamas e Jihad Islâmica.
ISRAEL X PALESTINA

• 1947 – Partilha da Palestina/Israel pela ONU


• 1948-49 – implantação do Estado de Israel / guerra contra árabes
• 1956 – Guerra de Suez pelo controle do canal contra o Egito
• 1967 – Guerra dos Seis Dias – ocupação de vários territórios por
Israel (Cisjordânia, Faixa de Gaza, Sinai, colinas de Golan)
• 1973 – Guerra do Yom Kippur – choque do petróleo
• Década de 1980 – primeira Intifada – “revolta das pedras”
• 1993-95 – assinatura de acordos de paz entre Israel e a OLP de
Yasser Arafat – devolução gradual dos territórios palestinos
• 2001 – eleição de Ariel Sharon e paralisação das negociações;
nova Intifada, seqüência de atentados terroristas.
• 2004 – morte de Arafat; indefinição do conflito
• Problemas : Jerusalém, assentamentos judaicos, Estado
Palestino

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