Formaçao Do Estado de Israel
Formaçao Do Estado de Israel
Formaçao Do Estado de Israel
Parte 1
Influencia do sion
Sionistas, como Theodor Herzl (1860-1904), pregavam o retorno dos judeus para sua região de
origem, a Palestina (a “terra prometida”), a fim de formarem lá um Estado moderno aos
moldes das nações ocidentais como forma de autodeterminação do povo judeu. Um Estado
constituído trar-lhes-ia, além de legitimidade política, meios próprios para o exercício básico
de soberania e cidadania, como defesa militar e garantia de direitos fundamentais.
Um fato que contribuiu para estimular a ideia da formação de um Estado judaico na Palestina
foi o chamado Caso Dreyfus, uma conspiração de oficiais do Exército Francês contra Alfred
Dreyfus, que também era oficial dessa mesma instituição. Dreyfus foi injustamente acusado
por seus colegas de fornecer informações da inteligência francesa para autoridades do Exército
Alemão, arquirrival da França à época. Theodor Herzl, que era jornalista, com o escritor Émile
Zola, incorreu na defesa pública de Dreyfus nas páginas dos jornais daquele período,
denunciando as fraudes das acusações e tornando explícito o antissemitismo que se alastrava
na Europa.
O estímulo à causa sionista, dado pelo Caso Dreyfus, incitou as várias comunidades de judeus
que estavam espalhadas pelo mundo a se reunirem em torno de um fundo financeiro para
custear a compra de terras na região de Palestina, então pertencente ao Império Otomano.
Aos poucos, na virada do século XIX para o século XX, os terrenos situados entre as Colinas de
Golã, a Península do Sinai e o Rio Jordão foram sendo arrendados pelos judeus, que
começaram também a migrar para a região nesse mesmo período"
Declaração de Balfour
O conflito entre Israel e Palestina é uma disputa complexa e assimétrica, marcada por
questões étnicas, religiosas e políticas. Começou com a ocupação da Península da Palestina por
judeus, seguida da expulsão pelos romanos e subsequente diáspora judaica. No final do século
XIX, o movimento sionista surgiu, buscando criar um Estado judeu na Palestina, então habitada
por árabes.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a região ficou sob domínio britânico, enquanto os árabes
esperavam independência. Os britânicos consideraram interesses geopolíticos, como o
petróleo, ao tomar decisões.
Em 1939, um acordo chamado "The White Paper" proibiu judeus de comprar terras na
Palestina, mas o movimento sionista continuou a crescer. Após o Holocausto, houve pressão
internacional para a criação de Israel, e a ONU aprovou o Plano de Partilha em 1947, levando a
uma guerra em 1948, resultando na criação de Israel e no deslocamento de muitos palestinos.
O conflito persiste até hoje, com disputas territoriais e uma história complexa que envolve
duas comunidades com legítimas reivindicações sobre a mesma terra, resultando em tensões
religiosas, políticas e militares.
Parte 2
O conflito entre Israel e os países árabes é marcado por uma série de guerras ao longo da
história:
Guerra de Suez (1956): Israel, França e Reino Unido uniram-se contra o Egito após a
nacionalização do Canal de Suez por Gamal Abdel Nasser. Após pressão internacional, Israel
retirou-se do Sinai.
Guerra dos Seis Dias (1967): Israel lançou um ataque preventivo contra Egito, Jordânia e Síria,
conquistando Jerusalém Oriental, Cisjordânia, Sinai e Golã em apenas seis dias.
Guerra de Yom Kippur (1973): Egito e Síria atacaram Israel em uma tentativa de recuperar
territórios perdidos na Guerra dos Seis Dias. A guerra teve fases variadas, mediadas pelos EUA
e URSS, mas não atingiu os objetivos árabes.
Esses conflitos resultaram em mudanças territoriais, tensões regionais e uma crise humanitária
para os palestinos, incluindo a "nakba" de 1948, que forçou centenas de milhares a se
tornarem refugiados. As disputas territoriais persistem até hoje, com complexidades religiosas,
políticas e militares.
Após a criação do Estado de Israel e a oposição dos países árabes vizinhos, a Guerra dos Seis
Dias eclodiu em 1967. Em apenas seis dias, Israel conquistou a Faixa de Gaza e o Sinai do Egito,
as Colinas de Golã da Síria, Jerusalém Oriental da Jordânia e a Cisjordânia. Embora a ONU
tenha posteriormente exigido a devolução desses territórios, eles permaneceram sob domínio
israelense por algum tempo.
Em 1973, a Guerra do Yom Kippur começou quando os países árabes derrotados na Guerra dos
Seis Dias tentaram recuperar seus territórios. No entanto, Israel obteve outra vitória, com
apoio indireto dos Estados Unidos. Em resposta, a OPEP aumentou drasticamente os preços do
petróleo em 1973, desencadeando a primeira crise do petróleo.
Em 1979, Israel devolveu a Península do Sinai ao Egito após os Acordos de Camp David, com
mediação dos EUA. Isso levou ao reconhecimento oficial de Israel pelos egípcios, causando
revolta em outros países árabes.
Em 1987, a Primeira Intifada ocorreu, uma revolta da população árabe-palestina contra Israel.
Israel respondeu com força, resultando em um grande conflito que chocou a comunidade
internacional.
Em 1993, os Acordos de Oslo foram assinados, mediados pelos EUA, nos quais a OLP
reconheceu Israel. No entanto, atualmente, setores radicais em ambos os lados continuam a
lutar pelo controle da região da Palestina, com assentamentos judaicos em áreas árabes e
acampamentos palestinos na Cisjordânia, refletindo o atual conflito territorial.
Parte 3
Desafios e perspectivas
A formação do Estado de Israel em 1948 foi um evento histórico que envolveu questões
complexas de fronteira e território. Aqui estão alguns pontos-chave relacionados a essa
questão:
Resolução da ONU de 1947: Em 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a
Resolução 181, que recomendava a partilha da Palestina em dois estados, um judeu e outro
árabe, com Jerusalém sob controle internacional. Isso implicava na criação de Israel. No
entanto, os palestinos e muitos países árabes se opuseram a essa resolução.
Declaração de Independência de Israel: Em 14 de maio de 1948, David Ben-Gurion, líder da
comunidade judaica na Palestina, proclamou a independência do Estado de Israel. Isso levou a
confrontos imediatos com os países árabes vizinhos, que rejeitaram a criação de Israel.
Territórios Ocupados em 1967: Na Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel conquistou territórios
adicionais, incluindo a Cisjordânia (anteriormente sob controle jordaniano), a Faixa de Gaza
(anteriormente sob controle egípcio) e as Colinas de Golã (anteriormente sírias). Esses
territórios são frequentemente referidos como "Territórios Ocupados."
Questão dos Assentamentos: Desde 1967, Israel construiu assentamentos em grande parte
dos Territórios Ocupados, o que tem sido uma questão central nas negociações de paz. A
comunidade internacional, incluindo as Nações Unidas, considera esses assentamentos ilegais
sob o direito internacional.
Negociações de Paz: Houve várias tentativas de negociações de paz entre Israel e os palestinos
para resolver as questões de fronteira e território. Os Acordos de Oslo em 1993 foram um
marco importante, levando à autonomia palestina em partes da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
No entanto, um acordo final sobre as fronteiras e o status dos Territórios Ocupados ainda não
foi alcançado.