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Revisão do Plano Municipal de Saneamento

Básico

Prefeitura Municipal de Cuiabá


Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Urbano - SMADES

Produto 2 – Relatório Técnico 1

11 de abril de 2018
FICHA TÉCNICA

Revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico


para os componentes de Abastecimento de Água e
Objeto do Contrato
Esgotamento Sanitário do Município de Cuiabá-MT.

Data de Assinatura do Contrato 18/9/2017

Prazo de Execução 6 (seis) meses

Contratante Prefeitura Municipal de Cuiabá

Contratada Fundação Getulio Vargas

Coordenador Geral Rosane Coelho da Costa

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Sumário

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................................................................ 6


RESUMO EXECUTIVO ...................................................................................................................................... 9
1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ...................................................................................................11
1.1 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO..................................................................................................11
1.2 DIVISÃO TERRITORIAL ..............................................................................................................15
1.3 DEMOGRAFIA ..............................................................................................................................18
1.4 ATIVIDADES ECONÔMICAS .......................................................................................................25
1.5 INFRAESTRUTURA DISPONÍVEL ..............................................................................................40
1.6 RELEVO ........................................................................................................................................85
1.7 GEOGRAFIA.................................................................................................................................86
1.8 HIDROGRAFIA E HIDROLOGIA LOCAL ....................................................................................87
1.9 CLIMA ...........................................................................................................................................92
1.10 COBERTURA VEGETAL .............................................................................................................94
1.11 ZONEAMENTO .............................................................................................................................95
1.12 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UC) .......................................................................................96
1.13 RISCOS DE ENCHENTES ...........................................................................................................98
2. HISTÓRICO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO EM CUIABÁ ....................100
2.1 PRESTADORES DE SERVIÇO..................................................................................................100
2.2 HISTÓRICO ................................................................................................................................100
3. ASPECTOS POPULACIONAIS - PROJEÇÕES .................................................................................106
3.1 ESTUDOS EXISTENTES DE PROJEÇÃO POPULACIONAL ..................................................106
3.2 CONCEITOS DE PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO .....................................................................109
3.3 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA .................................................................................114
4. DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................................123
4.1 SISTEMAS PRODUTORES .......................................................................................................123
4.2 ADUÇÃO, ELEVAÇÃO E RESERVAÇÃO DE ÁGUA TRATADA ............................................212
4.3 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO ...................................................................................................225
4.4 LIGAÇÕES E ECONOMIAS PREDIAIS .....................................................................................229
4.5 HIDROMETRAÇÃO ....................................................................................................................231
4.6 VOLUMES OPERACIONAIS ......................................................................................................233
4.7 PERDAS .....................................................................................................................................236
4.8 ABASTECIMENTO DE ÁGUA - QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUÍDA ................................242
4.9 ABASTECIMENTO DE ÁGUA – PROJETOS EXISTENTES E OBRAS EMERGENCIAIS .....245
4.10 PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
DE ÁGUA..............................................................................................................................................248
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5. DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................252
5.1 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO ..................................................................................265
5.2 TRATAMENTO DE ESGOTO.....................................................................................................279
5.3 LIGAÇÕES PREDIAIS E ECONOMIAS DE ESGOTO ..............................................................289
5.4 VOLUMES OPERACIONAIS – ESGOTO ..................................................................................290
5.5 QUALIDADE DOS EFLUENTES................................................................................................290
5.6 PROJETOS EXISTENTES E OBRAS EMERGENCIAIS - ESGOTO ........................................292
5.7 PRINCIPAIS PROBLEMAS DOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...................292
6. FORMA DE REMUNERAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ..................................................294
6.1 ESTRUTURA TARIFÁRIA (EDITAL E CONTRATO) ................................................................295
6.2 FORMULA PARAMÉTRICA – REAJUSTES ANUAIS ..............................................................297
6.3 EVOLUÇÃO DA TABELA DE TARIFAS – HISTÓRICO ...........................................................298
6.4 TABELA TARIFÁRIA VIGENTE ................................................................................................299
6.5 TARIFA REFERENCIAL DE ESGOTOS (TRE) .........................................................................299
7. REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS ...........................................................................301
7.1 INDICADORES PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA...................................301
7.2 INDICADORES PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...................................302
7.3 INSTRUÇÕES NORMATIVAS EXISTENTES (ENTRE OUTRAS) NA AGÊNCIA
REGULADORA ....................................................................................................................................310
7.4 OUVIDORIA/ SINDICATO DA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL (SINDUSCON)...........311
7.5 – PESQUISA DE SATISFAÇÃO ................................................................................................312
7.6 BENS AFETOS À CONCESSÃO ...............................................................................................315
8. EVOLUÇÃO DOS SERVIÇOS COM BASE NOS INDICADORES .....................................................318
8.1 COBERTURA DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO ...........................................................318
8.2 LIGAÇÕES E ECONOMIAS DE ÁGUA E ESGOTO .................................................................320
8.3 RECURSOS HUMANOS ............................................................................................................322
8.4 RECEITAS COM SERVIÇOS .....................................................................................................324
8.5 DESPESAS COM SERVIÇOS....................................................................................................327
8.6 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA .......................................................................................329
8.7 INVESTIMENTOS REALIZADOS (SNIS 2012 A 2016) .............................................................331
9. BALANÇOS PATRIMONIAIS E DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS ........................................333
10. ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS DA CONCESSÃO ............................................................335
10.1 HISTÓRICO ................................................................................................................................335
10.2 AGÊNCIA REGULADORA .........................................................................................................336
10.3 DA CONCESSÃO DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO.....................................................339
10.4 CONTRATO DE CONCESSÃO..................................................................................................340
10.5 PRIMEIRO TERMO ADITIVO .....................................................................................................342
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10.6 DA INTERVENÇÃO ....................................................................................................................343
10.7 SEGUNDO TERMO ADITIVO ....................................................................................................347
10.8 ANÁLISE DAS AÇÕES JUDICIAIS ...........................................................................................351
10.9 PLANO DE SANEAMENTO - REVISÃO ...................................................................................352
11. LICENCIAMENTO AMBIENTAL ..........................................................................................................354
12. OUTORGA DE DIREITO DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS .........................................................356
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................................................359
ANEXO ÚNICO – REGISTRO DAS REUNIÕES ...........................................................................................363

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AGER – Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso


AMAES – Agência Municipal de Água e Esgotamento Sanitário do Município de Cuiabá
APA – Áreas De Proteção Ambiental
ARSEC – Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá
CAPS – Centros de Atendimento Psicossocial
CEM – Centro de Especialidades Médicas
CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
CNES – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil
DATASUS – Departamento de Informática do SUS/MS
EEAT – Estação Elevatória de Água Tratada
EEAB – Estação Elevatória de Água Bruta
EJA – Educação de Jovens e Adultos
ETA – Estação de Tratamento de Água
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
FIEMT – Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano
IFDM – Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal
IQA – Índice de Qualidade da água
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
INMET – Instituto Nacional de Meteorologia
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IQA – Índice de Qualidade da Água
ISH – Índice de Substituição de Hidrômetros
ISL – Índice de Substituição de Ligações
ISRA – Índice de Substituição de Redes de Abastecimentos
ISRE – Índice de Substituição de Redes Coletora
IPDU – Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Urbano
LACEC – Laboratório Central
PDDI – Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado

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PEIC – Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
PIB – Produto Interno Bruto
PMC – Prefeitura Municipal de Cuiabá
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural
SAA – Sistema de Abastecimento de Água
SAE – Serviço de Atendimento Especializado
SINDUSCON – Sindicato das Indústrias da Construção Civil
SMDU – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano
SMADES – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano
SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
UBS – Unidades Básicas de Saúde
UC – Unidades de Conservação
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
UTE – Usina Termelétrica
ZAI – Zona de Alto Impacto
ZC – Zonas Centrais
ZCTR – Zonas de Corredores de Tráfego
ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social
ZERE – Zonas Especiais de Regularização Específica
ZEX – Zona de Expansão Urbana
ZIA – Zonas de Interesse Ambiental
ZIH – Zonas de Interesse Histórico
ZINS – Zona Intermediária de Alto Impacto Não Segregável
ZPR – Zonas Predominantemente Residenciais
ZRCT – Zona de Reserva de Corredores de Tráfego
ZRG – Zona de Restrição de Gabarito
ZSH – Zona de Segurança Hídrica
ZTC – Zonas de Influência de Torres de Comunicação
ZUE – Zonas Urbanas Especiais
ZUM – Zona Urbana de Uso Múltiplo
CESB – Companhia Estadual de Saneamento Básico
SANEMAT – Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso
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SANECAP – Companhia de Saneamento da Capital
EFLA – Empresa de Força, Luz e Água
PLANASA – Plano Nacional de Saneamento
AMSS – Agência Municipal de Serviços de Saneamento
FGV – Fundação Getúlio Vargas
PDA – Plano Diretor de Abastecimento de Água
PDE – Plano Diretor de Esgotamento Sanitário
CMDE – Conselho Municipal de Desenvolvimento Estratégico

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RESUMO EXECUTIVO

Este documento apresenta o Produto 2 - Relatório Técnico 1, elaborado conforme previsto na


proposta de prestação de serviços FGV Projetos Nº 128/17 da Fundação Getulio Vargas para
assessorar a Prefeitura Municipal de Cuiabá na revisão do Plano Municipal de Saneamento
Básico de Cuiabá para os segmentos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário,
conforme solicitado por meio de correspondência eletrônica, datada de 12 de abril de 2017 e Termo
de Referência nº 004/2017 encaminhado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Urbano - SMADES.

No presente relatório, encontra-se contextualizado o resultado do diagnóstico da situação atual


dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, conforme previsto para a
Etapa 2 do Plano de Trabalho, a partir das informações coletadas pela equipe da FGV, durante a
visita ao Município no período de 18 a 30 de dezembro de 2017, oportunidade em que foram
realizadas diversas reuniões de trabalho e visitas técnicas envolvendo além da Agência Municipal
de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá - ARSEC (Coordenação e
Acompanhamento dos Trabalhos) as seguintes instituições e órgãos:

 Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano – SMADES;


 Secretaria Municipal de Saúde/Vigilância Sanitária;
 Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT/Departamento de Engenharia Sanitária;
 Concessionária de Serviços Públicos de Água e Esgoto Sanitário – IGUÁ SANEAMENTO
– ÁGUAS CUIABÁ, sucessora da CAB Cuiabá S/A; e
 Sindicato das Indústrias da Construção Civil – SINDUSCON.

Em 07.02.2018, o Ministério Público Estadual, preocupado com a efetiva mobilização da


comunidade na revisão do PMSB (água e esgoto), solicitou a efetiva participação da sociedade no
processo e, em atendimento a tal solicitação, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Urbano – SMADES e a ARSEC resolveram, com o auxílio da Sub-Secretaria de
Relações Comunitárias do Município, realizar reuniões nos distritos e nas 4 (quatro) regionais de
Cuiabá com o objetivo de buscar informações, bem como promover esclarecimentos sobre os
planos municipais de Cuiabá, principalmente, sobre o PMSB (água e esgoto) de 2011 e a revisão
em andamento.

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As informações e contribuições estão sendo recolhidas através de questionários, cujos resultados,
após compilados serão apresentados em forma de gráficos que serão levadas em consideração
quando do desenvolvimento dos estudos prospectivos para a elaboração de cenários e alternativas
para a universalização dos serviços de saneamento básico no Município previstos na etapa 3.

O Anexo Único apresenta a compilação das reuniões realizadas bem como um registro fotográfico,
quando das visitas técnicas da equipe da FGV para a elaboração do presente diagnóstico.

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1. Caracterização do Município

1.1 Localização do Município

Cuiabá, capital do Estado de Mato Grosso, localiza-se na mesorregião Centro-Sul Mato-Grossense,


microrregião de Cuiabá. Segundo dados históricos da Pesquisa Mensal de Comércio - PMC (2014)
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Cuiabá foi reconhecida como
cidade através da Carta de Lei de 17 de setembro de 1818, anteriormente conhecida como o
município Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, nome outorgado em 1726.

Na Figura 1.1.1 pode-se visualizar o mapa com a localização do município de Cuiabá no Brasil e
na Figura 1.1.2 no estado de Mato Grosso.

Figura 1.1.1
Localização do município no Brasil

Fonte: WIKIPÉDIA, 2017

Figura 1.1.2
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Localização do município em Mato Grosso

Fonte: WIKIPÉDIA, 2017

De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio/Secretaria de Desenvolvimento Urbano, 2012, a


microrregião de Cuiabá está dividida em cinco municípios, sendo eles: Cuiabá, Chapada dos
Guimarães, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio do Leverger e Várzea Grande, conforme
ilustra a Figura 1.1.3

Figura 1.1.3
Microrregião de Cuiabá

Fonte: Wikipédia, 2017.


O município situa-se aos 15° 35’ 45”S de latitude de sul e aos 56° 05’ 49”W de longitude oeste de
Greenwich, como demonstrado na Figura 1.1.4.
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Figura 1.1.4
Coordenadas Geográficas de Cuiabá

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

MUNICÍPIOS LIMÍTROFES

Conforme pode ser visualizado na Figura 1.1.5 a seguir, o município de Cuiabá faz divisa com os
seguintes municípios:

 A Norte com Rosário Oeste;


 A Nordeste com Chapada dos Guimarães;
 A Noroeste com Acorizal.
 A Leste com Campo Verde;
 A Sul com Santo Antônio de Leverger; e
 A Sudoeste com Várzea Grande.

Figura 1.1.5
Municípios Limítrofes de Cuiabá

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Fonte: PMC/ IPDU, 2004

Atualmente, conforme pode ser verificado no Plano de Desenvolvimento Integrado para 2017, existe
uma conurbação entre os municípios de Cuiabá e Várzea Grande.

ACESSOS

Observando a imagem a seguir (Figura 1.1.6) cabe ressaltar que os principais acessos ao
município de Cuiabá são:

 BR-364 no sentido leste – oeste;


 BR-070 no sentido oeste – leste;
 MT-010 no sentido norte – sul;
 MT-400 no sentido norte – sul;
 MT-351 no sentido norte – sul;
 BR 251 no sentido norte – sul, com acesso pela Chapada dos Guimarães;
 MT-456 no sentido sul – norte; e
 MT-050 no sentido sul – norte.

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Figura 1.1.6
Principais acessos ao Município de Cuiabá

Fonte: GOOGLE MAPS, 2017.

1.2 Divisão Territorial

A área total do município de Cuiabá é de 3.538,17 km², constituindo-se em 254,57 km² (7,19 %)
na área urbana, conforme a Lei Municipal n° 4.791/2004 e 3.283,60 km² (92,81 %) na área rural
(PMC/SMDU, 2012).

Conforme PMC/SMDU (2013), atualmente, o município está dividido territorialmente em 118 (cento
e dezoito) bairros, que integram as quatro regiões administrativas: Norte, Sul, Leste e Oeste.

A Lei Municipal nº 3.262/1994 criou as administrações regionais, que dividiu o município de Cuiabá
em quatro regiões administrativas. A Tabela 1.2.1 a seguir apresenta as áreas das regiões
administrativas, definidas pela Lei Municipal nº 3.723/1997, sendo que a Lei nº 4.719/2004 alterou
a área da região oeste (PMC/SMDU, 2012).

Tabela 1.2.1
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Área das regiões administrativas
Região Área (km²)
Norte 30,70
Sul 128,63
Leste 46,01
Oeste 49,23
Total 254,57
Fonte: PMC/SMDU, 2012.

A Figura 1.2.1 consiste em um mapa que apresenta a divisão dos bairros para o município de
Cuiabá.

Figura 1.2.1
Divisão de bairros do Município de Cuiabá

Fonte: PMC, 2017.

Além disso, possui sua divisão territorial datada em 2011 por distritos, a saber: distrito sede de
Cuiabá, distrito do Coxipó da Ponte, distrito do Coxipó do Ouro e distrito da Guia, Nova Esperança
– Pequizeiro, conforme pode ser visualizado na Figura 1.2.2.

Figura 1.2.2
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Limites de Distritos do Munícipio de Cuiabá

Fonte: PMC/ IPDU, 2007.

A Tabela 1.2.2 apresenta a área por distritos e a distância do distrito sede com relação aos outros
distritos.

Tabela 1.2.2
Área dos distritos
Distritos Área (km²) Distância da sede
Cuiabá (Sede) 283,91 -
Guia 1.333,52 30
Coxipó do Ouro 458,67 27

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Coxipó da Ponte 1.462,07 5
Nova Esperança 9,45 1,5
Total 3263,71 -
Fonte: PMC/SMDU, 2012.

1.3 Demografia

1.3.1 Evolução Populacional

O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2010), concluiu que o
município de Cuiabá apresenta uma densidade demográfica de 157,66 hab./km² e uma taxa de
urbanização em torno de 98,13%.

A Tabela 1.3.1.1 apresenta uma análise retrospectiva da população de Cuiabá com a evolução
populacional no período de 1970 a 2010.

Tabela 1.3.1.1
População, Urbanização e Taxas de Crescimento (1970-2010)
Taxa de Taxa de Taxa de
População População População
Urbanização Crescimento Crescimento Crescimento
Urbana Rural Total
ANO (%) a.a (%) a.a (%) a.a (%)
(Habitantes) (Habitantes) (Habitantes)
Pop. Total Pop. Urbana Pop. Rural
1970 88.361 12.499 100.860 87,61 - - -
1980 197.970 15.010 212.980 92,95 7,76 8,40 1,85
1991 395.662 7.151 402.813 98,22 5,96 6,50 -6,52
2000 476.532 6.814 483.346 98,59 2,05 2,09 -0,53
2010 540.814 10.284 551.098 98,13 1,32 1,27 4,20
Fonte: IBGE, 2010.

Na Tabela 1.3.1.1 pode ser observado que as taxas de crescimento da população total declinaram
de 7,76 % a.a (1980/1970) para 1,32 % a.a (2010/2000).
O município de Cuiabá, a exemplo da grande maioria dos municípios brasileiros, apresenta
população majoritariamente concentrada nas áreas urbanas. Em 2010, a população total era
551.098 habitantes, sendo 540.814 referentes à população residente urbana, e 10.284 à população
residente rural.

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A evolução do crescimento populacional é melhor visualizada por intermédio da Figura 1.3.1.1,
sendo que o gráfico foi gerado a partir das informações apresentadas na Tabela 1.3.1.1.

Figura 1.3.1.1
Evolução da população total do município de Cuiabá (1970-2010)

Fonte: IBGE, 2010.

Segundo a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE para o ano de 2017,
a população total estaria em 590.118 habitantes. A
Tabela 1.3.1.2 apresenta as estimativas populacionais relativas a população total do município de
Cuiabá, no período de 2011 a 2017.

Tabela 1.3.1.2
Estimativas população total – Cuiabá (2011 / 2017)
População Taxa de
Ano
(hab) Crescimento (%aa)
2010 551.098 -
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2011 556.299 0,94
2012 561.329 0,90
2013 569.830 1,51
2014 575.480 0,99
2015 580.489 0,87
2016 585.367 0,84
2017 590.118 0,81
Fonte: Adaptado IBGE, 2010.

A Figura 1.3.1.2 mostra um mapa ilustrativo com a evolução populacional do município de Cuiabá.

Figura 1.3.1.2
Evolução Populacional do município de Cuiabá

Fonte: PMC, 2017d.

1.3.2 Estrutura Etária

Não há grandes disparidades entre homens e mulheres, porém registra-se um maior número de
mulheres, correspondendo a 51,15% para o ano de 2010.

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A Tabela 1.3.2.1 apresenta a população total e por gênero nos anos de 1991, 2000 e 2010.

Tabela 1.3.2.1
População Total e por Gênero – Cuiabá - MT

População % do Total População % do Total População % do Total


População
(1991) (1991) (2000) (2000) (2010) (2010)
População total 402.813 100,00 483.346 100,00 551.098 100,00
População residente
198.442 49,26 235.568 48,74 269.204 48,85
masculina
População residente
204.371 50,74 247.778 51,26 281.894 51,15
feminina
Fonte: PNUD, 2013.

Segundo os dados do IBGE (2010), em relação à pirâmide etária, pode ser observado que a base
da pirâmide concentra a maior parte da população até os 29 anos, com significância para a
população entre 20 e 29 anos. Esta condição pode ser observada na Figura 1.3.2.1.

Figura 1.3.2.1
Pirâmide Etária de Cuiabá, ano de 2010

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Fonte: IBGE, 2010.

Ainda de acordo com os dados do IBGE de distribuição da população por sexo, segundo os grupos
de idade, utilizando como referência o ano 2010 e considerando ainda somente a população
economicamente ativa (15 a 64 anos), pode-se observar que as mulheres representavam 38,00 %
da população, enquanto os homens configuravam 34,80 %.

Conforme pode-se visualizar na Tabela 1.3.2.2, referenciada no estudo realizado pelo IBGE (2010),
que demonstra a demografia da população urbana por faixa etária, é possível verificar que a
população economicamente ativa representa 71,88 %, ou seja, o maior contingente populacional
residente no município de Cuiabá encontra-se apto para o mercado de trabalho. Neste mesmo
período a população de jovens, de 0 a 14 anos, representava 22,94 %.

Tabela 1.3.2.2
População por faixa etária em Cuiabá-MT

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Faixa Etária Homens Mulheres Total % %
0 a 4 anos 20.804 19.749 40.553 7,36
5 a 9 anos 20.788 19.635 40.423 7,33 22,94
10 a 14 anos 23.145 22.304 45.449 8,25
15 a 19 anos 24.472 24.610 49.082 8,91
20 a 24 anos 27.654 27.997 55.651 10,10
25 a 29 anos 27.051 28.159 55.210 10,02
30 a 34 anos 24.663 26.161 50.824 9,22
35 a 39 anos 20.862 22.471 43.333 7,86
71,88
40 a 44 anos 18.474 20.374 38.848 7,05
45 a 49 anos 16.527 18.370 34.897 6,33
50 a 54 anos 13.948 15.637 29.585 5,37
55 a 59 anos 10.710 11.716 22.426 4,07
60 a 64 anos 7.575 8.682 16.257 2,95
65 a 69 anos 5.028 5.826 10.854 1,97
70 a 74 anos 3.469 4.322 7.791 1,41
75 a 79 anos 2.081 2.785 4.866 0,88
80 a 84 anos 1.151 1.701 2.852 0,52
5,18
85 a 89 anos 490 830 1.320 0,24
90 a 94 anos 234 411 645 0,12
95 a 99 anos 60 115 175 0,03
100 e + 18 39 57 0,01
TOTAL 269.204 281.894 551.098 100,00 100,00
Fonte: IBGE, 2010.

A Tabela 1.3.2.3, caracterizada na sequência, apresenta a estrutura etária da população de Cuiabá


nos anos de 1991, 2000 e 2010.

Tabela 1.3.2.3
Estrutura Etária da População – Cuiabá-MT
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População % do Total População % do Total População % do Total
Estrutura Etária
(1991) (1991) (2000) (2000) (2010) (2010)
Menos de 15 anos 146.019 36,25 140.509 29,07 126.425 22,94
15 a 64 anos 245.656 60,99 325.110 67,26 396.174 71,89
População de 65
11.138 2,77 17.727 3,67 28.499 5,17
anos ou mais
Fonte: PNUD, 2013.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD (2013), considera razão de
dependência a população inativa (crianças de 0 a 14 anos e idosos de 65 anos e mais), com um
percentual de 28,11 % para o ano de 2010. Em relação à taxa de envelhecimento, houve um
acréscimo (3,67 % para 5,17 %) entre os censos de 2000 e 2010.

1.3.3 Longevidade, Mortalidade e Fecundidade

De acordo com dados do PNUD (2013), a mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos
de um ano) em Cuiabá passou de 23,6 por mil nascidos vivos em 2000 para 15,5 por mil nascidos
vivos em 2010. As Nações Unidas, através de um estudo denominado Objetivo de Desenvolvimento
do Milênio, realizado em 2010, estimou que a mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo
de 17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do estado e do país eram
16,8 e 16,7 por mil nascidos vivos, respectivamente.

A
Tabela 1.3.3.1 a seguir, apresenta uma série histórica da longevidade, mortalidade e fecundidade
de Cuiabá.

Tabela 1.3.3.1
Série histórica da longevidade, mortalidade e fecundidade.
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Indicadores 1991 2000 2010
Esperança de vida ao nascer anos 67,50 70,70 75,00

Mortalidade infantil (%) 26,50 23,60 15,50


Mortalidade até 5 anos de idade (%) 30,30 26,20 18,80

Taxa de fecundidade total 2,50 2,00 1,80


Fonte: PNUD, 2013.

O indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano


Municipal (IDHM) é a esperança de vida ao nascer. Em Cuiabá, a esperança de vida ao nascer
aumentou 7,5 anos nas últimas duas décadas, passando de 67,5 anos em 1991 para 70,7 anos em
2000, e para 75,0 anos em 2010. Em 2010, a esperança de vida ao nascer média para o estado era
de 74,3 anos e, para o país, de 73,94 anos, conforme pode ser observado na Tabela 1.3.3.2.

Tabela 1.3.3.2
Indicadores - Brasil – Mato Grosso – Cuiabá
Brasil Mato Grosso Cuiabá
Indicadores
(%) (%) (%)
Esperança de vida ao nascer (2010) 73,94 74,30 75,00
Mortalidade infantil (2010) 16,70 16,80 15,50
Mortalidade até 5 anos de idade (2010) 18,83 20,30 18,80
Taxa de fecundidade total (2010) 1,89 2,10 1,80
Taxa de envelhecimento (2010) 7,36 5,12 5,17
Fonte: PNUD, 2013.

1.4 Atividades Econômicas

Cuiabá, centro político administrativo do estado, é o prestador de serviços terciários modernos. De


acordo com os dados do PDDI (2017 p. 26) “a conurbação Cuiabá-Várzea Grande, funciona como
o principal ponto de apoio a toda rede estadual, já que proporciona serviços terciários
especializados e equipamentos públicos de boa qualidade”.

ECONOMIA

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Atualmente, as principais atividades econômicas do município de Cuiabá estão concentradas no
setor de comércio e serviços e no setor de indústria, porém ainda possui atividades no setor
agropecuário, como mostra a Figura 1.4.1 a seguir.

Figura 1.4.1
Atividades econômicas em Cuiabá (2012)

Fonte: RAIS apud WIKIPEDIA, 2017.

INDÚSTRIA

“O setor industrial é representado, basicamente, pela agroindústria. Muitas indústrias,


principalmente aquelas que devem ser mantidas longe das áreas populosas, estão instaladas no
Distrito Industrial de Cuiabá, criado em 1978” (Portal Brasil, Mato Grosso, 2017).

Conforme dados da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (FIEMT), no âmbito da
indústria da construção, em 2017, “o mercado imobiliário na grande Cuiabá apresentou até outubro
de 2017 um aumento do número de unidades lançamentos na ordem de 280 % em relação ao
mesmo período de 2016”.

COMÉRCIO

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“No comércio, a representatividade é varejista, constituída por casas de gêneros alimentícios,
vestuário, eletrodomésticos, de objetos e artigos diversos. O município conta com importantes
centros comerciais, como o calçadão no centro histórico e alguns shoppings” (Portal Brasil, Mato
Grosso, 2017).

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor - PEIC, realizada pela Confederação


Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo - CNC e pela Federação do Comércio -
Fecomércio-MT, mostra uma diminuição das famílias cuiabanas com contas em atraso em 2,1
pontos percentuais, chegando a 28,3% em outubro (54.321 famílias), contra 30,4% registrado em
setembro de 2017 (58.282 famílias). Na comparação com outubro de 2016, houve retração de 1,2
ponto percentual, quando, na época, o índice estava em 29,5% (56.023 famílias).

O resultado para as famílias que disseram não ter condições de pagar as contas, a retração foi de
3,4 pontos percentuais, registrando 13,6% em outubro (26.145 famílias), contra 17% verificado em
setembro (32.706 famílias). O patamar atual se aproxima do registrado em outubro de 2016, quando
apenas 11,5% das famílias alegaram não ter condições de pagar as contas (21.853 famílias).

Entretanto, o percentual das famílias endividadas, ou seja, que possuem compras parceladas, teve
um pequeno aumento de 0,3 pontos percentuais em outubro (59,7%) e atinge 114.592 famílias,
contra 59,4% registrado em setembro. Isso se deve ao poder de compra da população, que nos
últimos meses tem observado a retomada da economia e a facilitação do acesso ao crédito.

CADASTRO GERAL DE EMPRESAS

A Figura 1.4.2 a seguir apresenta a evolução da série histórica, segundo o IBGE, do cadastro central
de empresas, no período de 2006 a 2015.

Figura 1.4.2
Cadastro Geral de Empresas (Unidades Locais) – Cuiabá

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Fonte: IBGE, 2015.

A Figura 1.4.3 apresenta a evolução da série histórica, segundo o IBGE, do número de empresas
atuantes, no período de 2008 a 2015.

Figura 1.4.3
Empresas atuantes (Unidades) – Cuiabá

Fonte: IBGE, 2015.

1.4.1 Produto Interno Bruto (PIB)

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O Produto Interno Bruto per capita (PIB) indica o nível médio de renda da população em uma
localidade. Como uma medida do ritmo do crescimento econômico de determinada região, consiste
como base a variação do PIB, sendo o crescimento da produção de bens e serviços uma informação
básica do comportamento de uma economia. A análise da sua variação ao longo do tempo faz
revelações do desempenho de determinada economia.

O PIB per capita é utilizado como indicador-síntese do nível de desenvolvimento de um país, região
ou município. No entanto, este indicador observado isoladamente é insuficiente para expressar o
grau de bem-estar da população, especialmente em circunstâncias nas quais estejam ocorrendo
forte desigualdade na distribuição da renda. O PIB leva em conta três grupos principais:

 Agropecuária, formada por Agricultura, Extrativa Vegetal e Pecuária;


 Indústria, que engloba Extrativa Mineral, Transformação, Serviços Industriais de Utilidade
Pública e Construção, e;
 Serviços, que incluem Comércio, Transporte, Comunicação, Serviços da Administração
Pública e outros serviços.

Segundo dados do IBGE (2015), o município de Cuiabá possui um PIB na ordem de R$


21.220.587,11 (x 1.000) e um PIB per capita de R$ 36.556,40.

Tabela 1.4.1.1
Produto Interno Bruto de Cuiabá
Produto Interno Bruto de Cuiabá – Série Revisada
Produto Valor (R$)
Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes 39.680,43 (x 1000)
Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes 3.618.949,56 (x 1000)
Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes – exclusive
11.799.885,92 (x 1000)
administração, saúde e educação públicas e seguridade social
Valor adicionado bruto da Administração, saúde, educação pública e
3.014.736,41 (x 1000)
seguridade social, a preços correntes
Impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos, a preços correntes 2.747.334,79 (x 1000)
PIB a preços correntes 21.220.587,11 (x 1000)
PIB per capita 36.556,40
Fonte: IBGE, 2015.

Observa-se que o setor de serviços é predominante em Cuiabá, correspondendo a 55,61% do PIB


a preços correntes, seguidos pela indústria com 17,05% e agropecuária, com apenas 0,19%,
conforme pode ser visualizado na Tabela 1.4.1.1.
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A Figura 1.4.1.1 apresenta a série histórica do PIB a preços correntes.

Figura 1.4.1.1
Série histórica do PIB

Fonte: IBGE, 2015.

A Tabela 1.4.1.2 apresenta um comparativo do PIB per capta para as atividades de agropecuária,
indústria e serviços com o município de Cuiabá, estado de Mato Grosso e o Brasil, no período de
2010 a 2013.

Tabela 1.4.1.2
Produto Interno Bruto de Cuiabá, Mato Grosso e Brasil (R$)
Produto Interno Bruto (Valor Adicionado)
Variável Cuiabá Mato Grosso Brasil
Agropecuária 44.367 10.743.851 105.163.000
Indústria 3.668.952 6.229.481 539.315.998
Serviços 11.064.912 16.418.854 1.197.774.001
*Os dados da série revisada (2010 a 2014) têm como referência o ano de 2010, seguindo a nova referência das Contas Nacionais.
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona
Franca de Manaus - SUFRAMA.

Conforme pode ser observado na Tabela 1.4.1.2, para o município de Cuiabá, o setor terciário de
serviços corresponde pela maior participação no volume do PIB, seguido da indústria e
agropecuária. Já para o estado de Mato Grosso, ganha destaque o setor agropecuário.

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A Figura 1.4.1.2 mostra um comparativo do PIB per capita de Cuiabá, Mato Grosso e Brasil no
período de 2010 a 2013.

Figura 1.4.1.2
Produto Interno Bruto per capita de Cuiabá, Mato Grosso e Brasil, 2010-2013

Fonte: IBGE, 2010-2013.

A Figura 1.4.1.3 ilustra a quantidade de pessoas ocupadas por setor, com destaque para o setor de
serviços.

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Figura 1.4.1.3
Pessoas ocupadas por setor, 2007-2013

Fonte: IBGE, 2007-2013.

As principais atividades ocupadas pelo setor primário da economia no município de Cuiabá


consistem em um conjunto de atividades agropecuárias, as quais estão descritas na sequência. O
Quadro 1.4.1.1 apresenta o panorama da pecuária no município, para o ano de 2016, segundo o
IBGE.

Quadro 1.4.1.1
Pecuária no Município de Cuiabá
Aquicultura
Alevinos 50 milheiros
Jatuarana, piabanha e piracanjuba 1050 kg
Matrinxã 1000 kg
Piau, piapara, piauçu, piava 100 kg
Pintado, cachara, cachapira e pintachara, surubim 38650 kg
Pirarucu 480 kg
Tambacu, tambatinga 822375 kg
Tambaqui 101140 kg
Bovino
Efetivo do rebanho 110442 cabeças
Vaca ordenhada 933 cabeças
Leite de vaca 914 litros
Bubalino 919 cabeças
Caprino 608 cabeças
Equino 4485 cabeças

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Galináceo
Efetivo do rebanho 29345 cabeças
Galinha 7455 cabeças
Ovos 150 dúzias
Mel de Abelha 1250 kg
Ovino 4384 cabeças
Suíno
Efetivo do rebanho 7832 cabeças
Matriz 897 cabeças
Fonte: IBGE, 2016.

O Quadro 1.4.1.2 apresenta a produção agrícola no município de Cuiabá para o ano de 2015,
segundo dados do IBGE.

Quadro 1.4.1.2
Produção Agrícola Municipal - Lavoura Temporária
Abacaxi
Abacaxi - Quantidade produzida 880 mil frutos
Abacaxi - Valor da produção 2.024 mil reais
Abacaxi - Área plantada 40 hectares
Abacaxi - Área colhida 40 hectares
Abacaxi - Rendimento médio 22.000 frutos por hectare
Cana-de-açúcar
Cana-de-açúcar - Quantidade produzida 3.750 toneladas
Cana-de-açúcar - Valor da produção 154 mil reais
Cana-de-açúcar - Área plantada 150 hectares
Cana-de-açúcar - Área colhida 150 hectares
Cana-de-açúcar - Rendimento médio 25.000 quilogramas por hectare
Mandioca
Mandioca - Quantidade produzida 3.600 toneladas
Mandioca - Valor da produção 6.480 mil reais
Mandioca - Área plantada 300 hectares
Mandioca - Área colhida 300 hectares
Mandioca - Rendimento médio 12.000 quilogramas por hectare

Melancia
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Melancia - Quantidade produzida 360 toneladas
Melancia - Valor da produção 360 mil reais
Melancia - Área plantada 30 hectares
Melancia - Área colhida 30 hectares
Melancia - Rendimento médio 12.000 quilogramas por hectare
Milho
Milho (em grão) - Quantidade produzida 1.200 toneladas
Milho (em grão) - Valor da produção 300 mil reais
Milho (em grão) - Área plantada 400 hectares
Milho (em grão) - Área colhida 400 hectares
Fonte: IBGE, 2015.

O Quadro 1.4.1.3 apresenta a produção agrícola municipal para o ano de 2007, segundo dados do
IBGE.

Quadro 1.4.1.3
Produção Agrícola Municipal – Cereais, Leguminosas e Oleaginosas
Milho
Milho (em grão) - Quantidade produzida 616 Tonelada
Milho (em grão) - Valor da produção 160 Mil Reais
Milho (em grão) - Área plantada 280 Hectare
Milho (em grão) - Área colhida 280 Hectare
Milho (em grão) - Rendimento médio da produção 2.200 Quilogramas por Hectare
Fonte: IBGE, 2007.

1.4.2 Trabalho e Renda

TRABALHO

Dados do IBGE (2015) informam que a proporção de pessoas ocupadas em relação à população
total era de 45,6%. A Figura 1.4.2.1 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do
pessoal ocupado, no período de 2006 a 2015.

Figura 1.4.2.1
Pessoal Ocupado (Unidade: Pessoas) – Cuiabá
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Fonte: IBGE, 2015.

Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD (2013), entre
2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (pessoas que eram consideradas
economicamente ativas) passou de 71,76% em 2000 para 73,62% em 2010. Ao mesmo tempo, sua
taxa de desocupação (população economicamente ativa que estava desocupada) passou de
14,32% em 2000 para 6,02% em 2010, conforme apresentado na Tabela 1.4.2.1.

Tabela 1.4.2.1
Ocupação da população de 18 anos ou mais – Cuiabá - MT
Indicadores (%) 2000 2010
Taxa de atividade 71,76 73,62
Taxa de desocupação 14,32 6,02
Grau de formalização dos ocupados 58,30 65,63
Nível educacional dos ocupados
ocupados com fundamental completo 63,19 75,13
ocupados com médio completo 45,83 57,68
Rendimento médio
ocupados com rendimento de até 1 s.m. 31,53 9,55
dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. 62,87 58,66
dos ocupados com rendimento de até 5 s.m. 85,32 84,37
Fonte: PNUD, 2013.

A Figura 1.4.2.2 ilustra a taxa de atividade e desocupação de pessoas que possuem 18 anos ou
mais no ano de 2010.

Figura 1.4.2.2
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Taxa de Atividade e de Desocupação 18 anos ou mais – 2010

Fonte: PNUD, 2013.

Em 2010, considerando os residentes no município que exerciam alguma ocupação e que se


encontravam na faixa etária de 18 anos ou mais, 2,40% trabalhavam no setor agropecuário, 0,31%
na indústria extrativa, 6,45% na indústria de transformação, 7,69% no setor de construção, 1,07%
nos setores de utilidade pública, 17,20% no comércio e 54,71% no setor de serviços.

RENDA

Ainda segundo informações do PNUD (2013), no ano de 1991 o município de Cuiabá tinha uma
renda per capita de R$ 615,55. No ano de 2000 essa renda apresentou um aumento, ficando em
torno de R$ 882,97, chegando a R$ 1.161,49 em 2010.

A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a
R$ 140,00, em reais de agosto de 2010) passou de 20,89% em 1991 para 14,11% em 2000 e para
5,31% em 2010.

A desigualdade diminuiu na medida que pelo Índice de Gini passou de 0,59 em 1991 para 0,63 em
2000 e para 0,59 em 2010 (Tabela 1.4.2.2).
O Índice de Gini mede o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os
rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0
representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa
completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar.

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Tabela 1.4.2.2
Renda, Pobreza e Desigualdade
Renda, Pobreza e Desigualdade – Cuiabá
1991 2000 2010
Renda per capita (em R$) 615,55 882,97 1.161,49
extremamente pobres (%) 5,53 3,37 1,33
pobres (%) 20,89 14,11 5,31
Índice de Gini 0,59 0,63 0,59

Fonte: PNUD, 2013.

De acordo com dados do IBGE (2015), o salário médio mensal dos trabalhadores formais era de
3,8 salários mínimos e, comparando com os outros municípios do estado, ocupava a posição dois
de 141 municípios e com cidades do país todo, ficava na posição 58 de 5.570.

A Figura 1.4.2.3, apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do salário médio mensal,
no período de 2006 a 2015.

Figura 1.4.2.3
Salário Médio Mensal (Unidade: Salário Mínimo) – Cuiabá

Fonte: IBGE, 2015.

Segundo os dados IBGE (2010), o total de domicílios particulares era de 165.685. A Tabela 1.4.2.3
e a Tabela 1.4.2.4 apresentam a distribuição de renda familiar mensal por faixas de salários
mínimos, por domicílios e número de habitantes de 10 anos ou mais idade com classes de
rendimento mensal, nos intervalos de 0 a 30 salários mínimos.

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Tabela 1.4.2.3
Domicílios particulares permanentes com classes de rendimento nominal mensal domiciliar
Salário Mínimo Domicílios
Sem rendimento 5.422
Até ½ salário mínimo 927
Mais de ½ a 1 salário mínimo 15.104
De 1 a 2 salários mínimos 29.945
De 2 a 5 salários mínimos 59.745
De 5 a 10 salários mínimos 32.067
De 10 a 20 salários mínimos 15.056
Acima de 20 salários mínimos 7.419
Total 165.685

Fonte: IBGE, 2010.

Figura 1.4.2.4
Domicílios particulares permanentes com classes de rendimento nominal mensal domiciliar

Fonte: IBGE, 2010.

De acordo com o IBGE (2010), a maioria da população de Cuiabá está sem rendimento ou recebe
cerca de 1 a 2 salários mínimos, conforme apresenta a Tabela 1.4.2.4.

Tabela 1.4.2.4
Pessoas de 10 anos ou mais de idade com Classes de rendimento nominal mensal
Salário mínimo Habitantes
Sem rendimento 160.691
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Até ¼ de salário mínimo 3.304
De ¼ a ½ salário mínimo 5.274
De ½ a 1 salário mínimo 84.492
De 1 a 2 salários mínimos 101.770
De 2 a 3 salários mínimos 38.450
De 3 a 5 salários mínimos 33.239
De 5 a 10 salários mínimos 28.784
De 10 a 15 salários mínimos 5.605
De 15 a 20 salários mínimos 4.813
De 20 a 30 salários mínimos 2.404
Mais de 30 salários mínimos 1.296

Fonte: IBGE, 2010.

Figura 1.4.2.5
Pessoas de 10 anos ou mais de idade com Classes de rendimento nominal mensal

Fonte: IBGE, 2010.

A Figura 1.4.2.6 apresenta um mapa ilustrativo com a classe de renda por bairro, no município de
Cuiabá.
Figura 1.4.2.6
Classe de renda por bairro

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Fonte: PMC, 2017d.

1.5 Infraestrutura Disponível

1.5.1 Saneamento Básico

O saneamento básico apresenta quatro vertentes principais: água, esgoto, resíduos sólidos e
drenagem.

Com base nos dados fornecidos pelas prestadoras de serviço e também nos resultados gerais do
SNIS (2016), no que se refere aos dados relacionados à infraestrutura disponível dos serviços de
saneamento básico que os domicílios e a população urbana do município de Cuiabá dispõem,
destaca-se o elevado percentual (100%) de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento
de água. Apresentando um percentual menor, apenas 52,26% dos domicílios contavam com rede
geral de esgotamento sanitário com tratamento.
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As infraestruturas inexistentes e/ou inadequadas dos serviços de saneamento podem causar
diversos impactos ao meio ambiente e à saúde pública, fato que pode gerar agravamento do quadro
de incidência de doenças infecciosas e parasitárias.

1.5.1.1 Abastecimento de Água

Os serviços públicos de abastecimento de água no município de Cuiabá são prestados pela


Concessionária Águas Cuiabá.

Segundo dados do SNIS, em 2016, o índice atendimento urbano de água no município alcançou
100,00%, conforme pode ser visualizado na Tabela 1.5.1.1.1 abaixo.

Tabela 1.5.1.1.1
Índice de atendimento urbano de água
IN023 - Índice de
Ano atendimento urbano de
água (%)
2010 100,00
2011 99,7
2012 97,2
2013 94,8
2014 100,00
2015 100,00
2016 100,00
Fonte: SNIS

Conforme dados do censo do IBGE (2010), o tipo de abastecimento de água no município de


Cuiabá é apresentado na Tabela 1.5.1.1.2, identificando o total de domicílios para os anos de 1991,
2000 e 2010. Essa tabela é atualizada pelo IBGE na ocasião da elaboração dos censos.

Tabela 1.5.1.1.2
Proporção de domicílios por tipo de abastecimento de água

Abastecimento de Água Ano

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1991 2000 2010
1 Rede geral 88.329 116.241 155.095
1.1. Canalizada em pelo menos um cômodo 74.257 102.176 -
1.2. Canalizada só na propriedade ou terreno 14.072 14.065 -
1.3. Sem informação de canalização - - 155.095
2 Poço ou nascente (na propriedade) 3.160 7.271 6.021
2.1. Canalizada em pelo menos um cômodo 1.033 4.449 -
2.2. Sem canalização interna 2.127 2.822 -
2.2.1. Canalizada só na propriedade ou terreno - 824 -
2.2.2. Não canalizada - 1.998 -
2.3. Sem informação de canalização - - 6.021
3. Outra forma 2.170 3.621 4.569
3.1. Canalizada em pelo menos um cômodo 203 587 -
3.2. Sem canalização interna 1.967 3.034 -
3.2.1. Canalizada só na propriedade ou terreno - 654 -
3.2.2. Não canalizada - 2.380 -
3.2. Sem informação de canalização - - 4.569
3.2.1 Poço ou nascente fora da propriedade - - 2.221
3.2.2 Carro-pipa - - 939
3.2.3 Água da chuva armazenada em cisterna - - 22
3.2.4 Água da chuva armazenada de outra forma - - 10
3.2.5 Rio, açude, lago ou igarapé - - 292
3.2.6. Outra - - 1.085
Total 93.659 127.133 165.685
Fonte: IBGE, 2010.

1.5.1.2 Esgotamento Sanitário

A Águas Cuiabá é a responsável pelos serviços de esgotamento sanitário no município de Cuiabá.


O tratamento de esgoto é hoje um dos principais requisitos para o saneamento ambiental, tendo em
vista sua importância para a saúde pública, como também para a preservação ambiental.

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS, em 2016, o índice
de atendimento urbano de esgotos referidos aos municípios atendidos com água alcançou
aproximadamente 52,26%, conforme pode ser visualizado na Tabela 1.5.1.2.1.

Tabela 1.5.1.2.1

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Índice de atendimento urbano com o sistema de esgoto no Município de Cuiabá
IN024 - Índice de atendimento urbano
Ano de esgotos referidos aos municípios
atendidos com água (percentual)
2010 40,66
2011 40,66
2012 37,31
2013 35,99
2014 46,48
2015 49,76
2016 52,26
Fonte: SNIS, 2016.

Conforme dados do censo do IBGE (2010), o tipo de sistema de coleta esgoto no município de
Cuiabá é apresentado na Tabela 1.5.1.2.2, identificando o total de domicílios para os anos de 1991,
2000 e 2010. Essa tabela é atualizada pelo IBGE na ocasião da elaboração dos censos.

Tabela 1.5.1.2.2
Proporção de domicílios por tipo de instalação sanitária
Instalação Sanitária 1991 2000 2010
Rede geral de esgoto ou pluvial 15.325 65.420 95.340
Fossa séptica 48.206 28.249 38.654
Fossa rudimentar 22.442 28.633 28.279
Vala 1.309 946 972
Rio, lago ou mar - 1.146 1.209
Outro escoadouro 728 536 769
Não sabe o tipo de escoadouro 808 - -
Não tem instalação sanitária 4.841 2.203 462
Total 93.659 127.133 165.685
Fonte: IBGE, 2010.

Segundo dados do SNIS (2015) apresentados pelo Instituto Trata Brasil (2017), sobre o
levantamento das condições de água e esgoto das 100 maiores cidades do país, Cuiabá não tem
posição privilegiada, estando posicionado na 67º posição.

1.5.1.3 Energia Elétrica

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Em Cuiabá, a empresa prestadora de serviços de energia é a Energisa Mato Grosso Distribuidora
de Energia S/A.

Ao consultar o Anuário Estatístico de Mato Grosso (2011 - 2016), obteve-se os dados referentes ao
número de consumidores e o consumo de energia elétrica (kWh) por classe, no período de 2010 a
2015, como pode ser visualizado nas Tabelas 1.5.1.3.1 e 1.5.1.3.2, a seguir.

Tabela 1.5.1.3.1
Consumidores de energia elétrica por classe de consumidores
Classes de Consumidores
Ano Poder Iluminação Serviço
Residencial Industrial Comercial Rural Serviços Total
Público Pública Público
2010 171.668 1.955 18.404 4.214 1.157 16 177 37 197.628
2011 179.061 2.056 19.604 4.303 1.176 16 184 38 206.438
2012 192.894 2.131 20.199 4.481 1.207 17 204 38 221.171
2013 205.842 2.237 21.233 4.595 1.178 18 190 38 235.331
2014 213.983 2.218 21.804 4.581 1.222 20 197 40 244.065
2015 217.185 2.163 21.662 4.821 1.194 20 186 41 247.272
Fonte: SEPLAN-MT, 2011 – 2016.

Tabela 1.5.1.3.2
Consumo de energia elétrica (kWh) por classe de consumidores
Poder Iluminação Serviço
Ano Residencial Industrial Comercial Rural Serviços Total
Público Pública Público
2010 511.189.239 168.256.945 378.472.360 10.338.951 106.737.698 36.545.021 53.368.144 4.513.702 1.269.422.060

2011 527.368.410 161.818.756 395.818.017 10.365.589 107.611.702 37.010.027 55.948.678 4.514.186 1.300.455.365

2012 569.967.172 215.857.638 470.918.046 11.386.842 113.011.421 40.162.712 55.695.775 4.329.826 1.481.329.432

2013 632.153.762 264.539.180 499.397.023 12.077.024 115.684.061 46.302.373 63.391.718 4.421.864 1.637.967.005

2014 684.210.124 272.802.775 525.237.346 12.177.613 126.133.060 50.151.585 62.842.073 4.309.710 1.737.864.285
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2015 729.132.799 235.760.217 534.077.842 14.759.982 132.324.857 46.816.998 58.706.371 3.996.201 1.755.575.268
Fonte: SEPLAN-MT, 2011 – 2016.

A tabela 1.5.1.3.3 apresenta o consumo de energia elétrica por tipo de consumidor, indicando o
número de unidades consumidoras, o consumo total e a representatividade do tipo consumidor para
o ano de 2013.

Tabela 1.5.1.3.3
Consumo de energia elétrica por tipo de consumidor (2015)
Número de Consumo Representatividade
Tipo de Consumidor Unidades Total do Consumo
Consumidoras (kW/h) (%)
Residencial 217.185 729.132.799 41,53
Industrial 2.163 235.760.217 13,43
Comercial 21.662 534.077.842 30,42
Rural 4.821 14.759.982 0,84
Poder Público 1.194 132.324.857 7,54
Iluminação Pública 20 46.816.998 2,67
Serviço Público 186 58.706.371 3,34
Serviços 41 3.996.201 0,23
Total 247.272 1.755.575.268 100,00
Fonte: Adaptado SEPLAN-MT, 2016.

Estes dados informam que em 2015 havia 247.272 consumidores de energia elétrica no Município,
e destes, 87,83% se enquadravam na classe residencial. Avaliando-se o consumo para o mesmo
período, as informações levantadas demonstram um consumo total de 1.755.575.268 kWh e
41,53% deste foi realizado por economias residenciais.

Através do gráfico apresentado na Figura 1.5.1.3.1 a representatividade no consumo pode ser


melhor visualizada.

Figura 1.5.1.3.1
Representatividade do Consumo de Energia em Cuiabá (2015)

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Fonte: Adaptado SEPLAN-MT, 2016.

USINA TERMELÉTRICA

Com relação à geração de energia elétrica, localiza-se em Cuiabá a Usina Termelétrica Mario
Covas (UTE/480 mW), conforme detalhado a seguir:

Usina Termelétrica Mario Covas

Localizada próximo ao Distrito Industrial, Cuiabá gera boa parte da energia elétrica consumida pelo
estado.

Conforme a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (AGER-MT,
2017), a usina é abastecida por meio de uma ramificação junto a linha Gasbol (Gasoduto Brasil-
Bolívia), que iniciou sua operação em agosto de 2001.

Figura 1.5.1.3.2
Imagem da UTE de Cuiabá

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Fonte: PetroNotícias, 2017.

1.5.2 Pavimentação

De acordo com os dados mapeados pelo PMC/SMDU (2012), têm-se em Cuiabá, 1.824,32 km de
vias oficiais abertas sendo que destas, 1.192,15 km (65,35 %) possuem pavimentação e 632,17 km
(34,65%) não possuem.

A Tabela 1.5.2.1 apresenta as vias pavimentadas e não pavimentadas por região.

Tabela 1.5.2.1
Vias pavimentadas e não pavimentadas, anos 2009 e 2010
Pavimentada Não Pavimentada Total
Extensão Área Extensão Área Extensão Área
Região
(Km) (km²) (Km) (Km²) (Km) (Km²)
Norte 187,18 1.554,01 107,57 751,50 294,75 2.305,51
Sul 259,33 2.163,29 294,35 2.065,65 553,68 4.228,94
Oeste 355,61 2.731,48 71,43 486,55 427,04 3.218,04
Leste 390,03 2.909,23 158,82 1.108,10 548,85 4.017,32
Total 1.192,15 9.358,01 632,17 4.411,80 1.824,32 13.769,81
Fonte: Adaptado PMC/SMDU, 2012.

1.5.3 Transporte

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A rodoviária de Cuiabá teve sua inauguração em 1978 e atualmente atende aproximadamente dois
milhões de passageiro por ano.

O município possui quatro terminais urbanos, que permitem o deslocamento da população para os
mais diversos locais, sendo eles: Terminal Antártica – Cuiabá; Terminal CPA I – Cuiabá; Terminal
CPA III – Cuiabá; Terminal Pedra 90 – Cuiabá.

O município conta, ainda, com uma frota de veículos utilizados como táxis, que segundo
PMC/SMDU (2012), é composta atualmente por aproximadamente 90 carros. Além disso, possui
micro-ônibus e moto-taxis, já regulamentados pela Câmara Municipal.

MOBILIDADE URBANA

A Figura 1.5.3.1, apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de veículos no
período de 2010 a 2016, para o município de Cuiabá.

Figura 1.5.3.1
Frota de veículos Cuiabá (2010 – 2016)

Fonte: IBGE, 2016.

Segundo informações disponibilizadas pelo Ministério das Cidades, Departamento Nacional de


Trânsito - DENATRAN e IBGE, apresentam a frota de veículos do município de Cuiabá para o ano
2016, com um total de 391.521 veículos, em sua grande maioria automóveis, seguido por
motocicletas e caminhonetes, conforme consta na Tabela 1.5.3.1.

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Tabela 1.5.3.1
Frota de Veículos _ Cuiabá (2016)
Tipo de Veículo Quantidade
Automóveis 196.376
Caminhões 10.460
Caminhões-trator 3.014
Caminhonetes 38.630
Camionetas 13.743
Micro-ônibus 911
Motocicletas 86.752
Motonetas 18.795
Ônibus 3.344
Trator de Rodas 21
Utilitários 4.589
Outros 14.886
Total 391.521
Fonte: Ministério das Cidades, Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, 2016 apud IBGE.

AEROPORTOS

Localizado no município vizinho de Várzea Grande, Cuiabá usufrui do Aeroporto Internacional


Marechal Rondon.

1.5.4 Comunicação

Os principais meios de comunicação são a agência de correios, emissoras de rádios e de televisão,


os jornais impressos e revistas e demais veiculações. Os principais meios de comunicação do
município estão dispostos como apresenta o Quadro 1.5.4.1.

Quadro 1.5.4.1
Principais meios de comunicação do Município
Meio de
Empresa
Comunicação
Diária: A Gazeta; Diário de Cuiabá; Folha do Estado; Página Única.

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Meio de
Empresa
Comunicação
Semanal: Tribuna da Cidade; Circuito Mato Grosso; Correio da Semana; da PM; do
Ônibus; Esportivo; Extra; Folha do Coxipó; Folha do CPA; Folha do Povo; Informe
Geral; Mato Grosso Popular; Meninos de Rua; MT. COM; O Estadão MT, Página 12;
Tribuna do Norte.
Jornais e Quinzenal: A Crítica; da Cidade; Tribuna Cuiabana;
Revistas
Mensal: Ação da Comunidade; Bastidores do Poder; Condomínio News; CRM
(Conselho Regional de Medicina); da OAB; Folha Comunitária I, Folha da Capital; Rosa
Choque.
Oficiais: Diário Oficial do Estado de Mato Grosso; Gazeta Municipal.
Frequência Modulada (FM): Câmara dos Deputados; Rádio Cidade de Cuiabá Ltda;
Rádio Cuiabana de Melodias Ltda; Sistema Lageado de Comunicações Ltda; Rádio
Real FM Ltda. (Gazeta); Televisão Cidade Verde S.A. (Band FM); Rádio Capital FM
Ltda. EPP (Rádio Atividade); Senado Federal; EBC – Empresa Brasil de Comunicação;
Fundação Cantares de Salomão.
Ondas Tropicais (OT): Rádio Cultura de Cuiabá Ltda. (Rádio Brasil Tropical); Rádio
Emissoras de Portal da Amazônia Ltda.
Rádio Ondas Médias (OM): Sociedade Rádio Vila Real Ltda. (Gazeta); Fundação Bom Jesus
de Cuiabá (Difusora); Rádio A Voz do Oeste Ltda. (Portal da Amazônia); Rádio Cultura
de Cuiabá Ltda.
Comunitária: Assoc. Beneficente Comunitária ABC – Shalon; Assoc. Com. Cuiabana
para Cultura e Defesa Ambiental; Associação Movimento Rádio Comunitária do CPA
IV e Região Independente FM; Assoc. Movimento Rádio Comunitária Rádio Educativa
FM de Cuiabá – MT.
Entidades Geradoras e Retransmissoras de Televisão: Fundação Universidade
Fed. de Mato Grosso (TVE); Televisão Centro -América Ltda. (TV Globo); TV Rondon
Ltda; Rádio e Televisão Brasil Oeste Ltda. (TV Band); TV Gazeta Ltda; TV Cidade
Verde S.A.; Televisão Nova Amazônia Ltda; Fundação Casper Líbero; Pantanal Som e
Imagem Ltda; Abril Radiodifusão S.A; Rede Mundial Rádio e Televisão Ltda. (CNT);
Rede Mundial Rádio e Televisão Ltda. (CNT); Fundação João Paulo II; Televisão
Emissoras de Independente de São José do Rio Preto Ltda; RVO A Voz d’Oeste Comunicações Ltda;
Televisão Televisão Cidade Modelo Ltda.
Concessionárias do Serviço de Televisão por Assinatura em Cuiabá: A. Telecom
S.A; Acom TV S.A; CTBC Celular S.A; DTCOM DIRECT to Company S.A; DTH Family
Telecomunicações Ltda; DTH Interactive Telecomunicações Ltda; Embratel TVSAT
Telecomunicaçõs Ltda; Multicabo Televisão Ltda; Rádio e Televisão Modelo Paulista
Ltda; Rádio TV do Amazonas Ltda; Sky Brasil Serviços Ltda; Star Sat Comunicações
S.A; TNL PCS S.A.
Agência de Agências próprias, Agências franqueadas, caixas de coleta e Agência de Correios
Correios Comunitárias (AGC)
Fonte: PMC/SMDU, 2012.

As modalidades de prestação de serviços de telecomunicações têm-se como referência as


principais operadoras nacionais, destacados no Quadro 1.5.4.2.

Quadro 1.5.4.2
Disponibilidade de serviços de telefonia fixa, móvel e internet móvel de Cuiabá –MT

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Tipo de Serviço Empresa
Telefonia Fixa GVT, Oi
Telefonia móvel (TELEMAT) Vivo, Claro, Tim Celular Centro Sul S.A e Brasil Telecom
Fonte: PMC/SMDU, 2012.

1.5.5 Habitação

Com relação a situação habitacional do município de Cuiabá, a Tabela 1.5.5.1 apresenta a


evolução histórica, segundo o IBGE, dos domicílios particulares permanentes por situação e número
de domicílios, para os anos de 1991, 2000 e 2010.

Tabela 1.5.5.1
Domicílios particulares permanentes por situação e número de moradores

Situação do Ano
Domicílio
1991 2000 2010
Urbana 91.929 125.496 162.528
Rural 1.730 1.637 3.157
Total 93.659 127.133 165.685
Fonte: IBGE, 2010.

O Censo Demográfico de 2010 do IBGE informa que, no referido ano, o total de domicílios no
município de Cuiabá era de 165.685 domicílios. A Tabela 1.5.5.2 apresenta o número de domicílios
segundo o seu uso, próprio, alugado, cedido.

Tabela 1.5.5.2
Total de domicílios particulares permanentes

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Domicílios Total
Próprio 121.753
Alugado 35.941
Cedido 7.433
Outra Condição 558
Total de Domicílios 165.685
Fonte: IBGE, 2010.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no município, desenvolveu um


relatório em 2013 que continha um levantamento realizado para o município de indicadores de
habitação, que demonstravam a parcela da população urbana atendida pelos serviços de
abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica e coleta de resíduos sólidos para os anos
de 1991, 2000 e 2010. Estes dados podem ser observados na Tabela 1.5.5.3.

Tabela 1.5.5.3
Indicadores de Habitação
Indicadores de Habitação 1991 2000 2010
% da população em domicílios com água encanada 80,25 83,86 97,04
% da população em domicílios com energia elétrica 97,53 99,70 99,92
% da população em domicílios com coleta de lixo.
87,70 93,19 98,28
*Somente para população urbana
Fonte: PNUD, 2013.

1.5.6 Educação

O sistema educacional no município de Cuiabá será guiado, durante os próximos 10 anos, pelo
Plano Municipal de Educação. Segundo o site da PMC (2017), o plano conta com 133 estratégias
e 20 metas que trazem ações com aplicabilidade em todo o sistema educacional municipal, incluindo
instituições públicas e privadas, bem como as modalidades que contemplam a educação básica e
superior.

Dentre as metas relacionadas, há itens como a garantia à educação infantil, que visa alcançar 50%
da demanda das crianças da faixa etária de 0 a 3 anos de idade em creches até o final de 2020, e
100 % das crianças de 4 a 5 anos na pré-escola, até 2016. Também existe o comprometimento de
alfabetizar todos os alunos até, no máximo, o 3º ano do ensino fundamental. Na mesma linha,

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busca-se melhorar o desempenho da educação básica como um todo, para que a cidade esteja em
conformidade com as médias nacionais do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

Além dessas metas citadas acima, o Plano Municipal de Educação trata de forma relevante as
políticas da educação inclusiva nas unidades educacionais, mantendo e melhorando o que já existe.
Objetiva-se erradicar, até 2023, todo o analfabetismo dentro da faixa etária de 15 a 39 anos.
Também se espera estreitar os laços colaborativos entre município, estado e união, aplicando os
recursos necessários destinados à educação pública.

E, para garantir que o Plano Municipal de Educação seja colocado em prática e executado da melhor
forma possível, suas metas deverão ser avaliadas a cada dois anos. Esse monitoramento será
realizado em conjunto pela Secretaria Municipal de Educação, Comissão de Educação da Câmara
dos Vereadores, Conselho Municipal de Educação e Fórum Municipal de Educação.

Considerando os dados do PNUD (2013), no período de 1991 a 2000, a proporção de crianças de


5 a 6 anos na escola cresceu 76,06% e no período de 2000 e 2010, 23,99%. A proporção de
crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 45,70 % entre
1991 e 2000 e 22,15% entre 2000 e 2010, conforme pode ser observado na Tabela 1.5.6.1

Tabela 1.5.6.1
Frequência de crianças na escola
Frequência de Crianças na Escola 1991 2000 2010
% de crianças de 5 a 6 anos na escola 41,27 72,66 90,09
% de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino
48,69 70,94 86,65
fundamental
Fonte: PNUD, 2013.

A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 83,27% no
período de 1991 a 2000 e 31,47% no período de 2000 a 2010. E a proporção de jovens entre 18 e
20 anos com ensino médio completo cresceu 111,86% entre 1991 e 2000 e 40,26% entre 2000 e
2010, conforme pode ser observado na Tabela 1.5.6.2.

Tabela 1.5.6.2
Frequência de crianças na escola
Frequência de crianças na escola 1991 2000 2010
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% de jovens de 15 e 17 anos com ensino fundamental completo 27,97 51,26 67,39
% de jovens de 18 e 20 anos com ensino médio completo 17,21 36,46 51,14
Fonte: PNUD, 2013.

A Figura 1.5.6.1 demonstra o fluxo escolar por faixa etária no período de 1991 a 2010 para o
município de Cuiabá.

Figura 1.5.6.1
Fluxo escolar por faixa etária

Fonte: PNUD, 2013.

Analisando-se o fluxo escolar do município de Cuiabá, através de conferências com índices


estaduais e nacionais, percebe-se que, em comparação com o estado de Mato Grosso e com o
Brasil, Cuiabá possui desempenhos mais elevados do que a média do estado e do país. Cuiabá e
o estado de Mato Grosso possuem desempenhos mais elevados que a média, quando comparados
com o Brasil, com exceção da proporção de crianças de 5 a 6 anos frequentando a escola, que é
inferior à média do país.

Nas outras faixas etárias, os levantamentos dos dados informados pelo PNUD para o município
de Cuiabá indicaram resultados com proporções superiores, com destaque para o percentual de
jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo e 18 a 20 anos com ensino médio

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completo, onde o índice nacional, conforme levantamento abaixo referenciado apresentava-se com
10 pontos percentuais abaixo da média de Cuiabá.

A Figura 1.5.6.2 ilustra o fluxo escolar por faixa etária no ano de 2010 para o Município, estado e
País.

Figura 1.5.6.2
Fluxo escolar por faixa etária

Fonte: PNUD, 2013.

Em relação à escolaridade da população adulta com 25 anos ou mais de idade, a qual é um


importante indicador de acesso ao conhecimento, informação e propulsor de acesso à empregos
em decorrência da profissionalização, dados do PNUD (2013), conforme Figura 1.5.6.3, mostram
que em 2010, 67,4% dessa população tinha completado o ensino fundamental (representando a
soma dos itens fundamental completo, médio completo e superior completo).

A Figura 1.5.6.3 mostra ainda que, para o ano de 2010, 5,31% da população com 25 anos ou mais
de idade era analfabeta, 51,40% possuíam o ensino médio completo (representando a soma dos
itens médio completo e superior completo) e 19,90% o superior completo.

Figura 1.5.6.3
Escolaridade da população
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Fonte: PNUD, 2013.

A educação é um direito fundamental e também garantia de desenvolvimento social, econômico e


cultural, sendo que a sua importância vai além da obtenção de um emprego e, consequentemente,
a geração de uma renda.

A promoção da saúde também é evidenciada ao melhorar os índices educacionais, considerando


que famílias que tiveram acesso à educação de qualidade possuem maiores condições de cuidarem
de seus filhos de maneira adequada, promovendo os hábitos de higiene e saúde necessárias,
reduzindo inclusive a taxa de mortalidade infantil.

A educação também contribui na formação de cidadãos mais conscientes e críticos, que busquem
decisões sustentáveis para a preservação do meio ambiente, respeitando aos diretos humanos e
demais condicionantes necessárias à sociedade para manutenção da qualidade de vida.

ANALFABETISMO

Desde a década de 90 o município conseguiu melhorar seu desempenho frente a diversos


indicadores de atendimento à educação. Ressalta-se, neste sentido, a redução da taxa de
analfabetismo e a melhoria dos índices de acesso da população das diferentes faixas etárias às
diversas modalidades de ensino.

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Segundo dados do IBGE (2010), a taxa de analfabetismo de Cuiabá correspondia a 4,5% da
população com 15 anos ou mais do município de Cuiabá.

Tabela 1.5.6.3
Taxa de Analfabetismo da população com 15 ou mais do Município de Cuiabá
Taxa de Analfabetismo da população
1991 2000 2010
com 15 ou mais
Alfabetizadas 228.354 321.290 402.691
Não alfabetizadas 25.135 18.647 18.803
Total de pessoas com 15 anos ou mais 253.489 339.937 421.494
Taxa de analfabetismo (%) 9,9 5,5 4,5
Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010.

Em Cuiabá, a taxa de analfabetismo está caindo gradualmente, assim como demonstra a Figura
1.5.6.4, com o valor de 4,46% para o ano de 2010, se colocando abaixo da média nacional para o
mesmo índice.

Figura 1.5.6.4
Taxa de analfabetismo em Cuiabá

Fonte: IBGE.
A Tabela 1.5.6.4 apresenta as taxas de analfabetismo por faixa etária para os anos de 1991, 2000
e 2010, conforme valores apresentados nos censos do IBGE.

Tabela 1.5.6.4
Taxa de Analfabetismo do Município de Cuiabá (%)

Faixa etária 1991 2000 2010

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15 a 24 anos 3,60 1,10 0,80
25 a 39 anos 7,00 2,90 1,60
40 a 59 anos 16,40 8,30 5,80
60 a 69 anos 31,20 20,60 14,70
70 a 79 anos 42,00 30,30 23,10
80 anos e mais 52,00 35,20 29,80
Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010.

ESCOLAS, MATRÍCULAS E DOCENTES

Com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(INEP) verificado no QEdu1 (2016), o município contava no referido ano com 250 (duzentos e
cinquenta) escolas do ensino pré-escolar, 239 (duzentos e trinta e nove) do ensino fundamental e
72 (setenta e duas) do ensino médio, entre escolas federais, estaduais, municipais e privadas,
conforme a Tabela 1.5.6.5.

1 O QEdu é um portal aberto e gratuito, com todas as informações públicas sobre a qualidade do aprendizado em cada escola, município
e estado do Brasil.
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Tabela 1.5.6.5
Número de escolas públicas (municipal, estadual e federal) e privadas de Cuiabá
Ensino pré-escolar - 2016 250 Escolas
Ensino pré-escolar - escola pública estadual - 2016 4 Escolas
Ensino pré-escolar - escola pública federal - 2016 0 Escolas
Ensino pré-escolar - escola pública municipal - 2016 136 Escolas
Ensino pré-escolar - escola privada - 2016 110 Escolas
Ensino fundamental - 2016 239 Escolas
Ensino fundamental - escola pública estadual - 2016 61 Escolas
Ensino fundamental - escola pública federal - 2016 0 Escolas
Ensino fundamental - escola pública municipal - 2016 84 Escolas
Ensino fundamental - escola privada - 2016 94 Escolas
Ensino médio - 2016 72 Escolas
Ensino médio - escola pública estadual - 2016 39 Escolas
Ensino médio - escola pública federal - 2016 2 Escolas
Ensino médio - escola pública municipal - 2016 0 Escolas
Ensino médio - escola privada - 2016 31 Escolas
Fonte: INEP apud QEdu, 2016.

Com relação ao número de escolas, a Figura 1.5.6.5, apresenta a evolução - série histórica segundo
o IBGE, do número de escolas de ensino pré-escolar, no período de 2005 a 2015.

Figura 1.5.6.5
Escolas/Ensino pré-escolar (Unidade: escolas)

Fonte: IBGE, 2015.

A Figura 1.5.6.6 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de escolas de
ensino fundamental, no período de 2005 a 2015.
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Figura 1.5.6.6
Escolas/Ensino fundamental (Unidade: escolas)

Fonte: IBGE, 2015.

A Figura 1.5.6.7 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de escolas de
ensino fundamental, no período de 2005 a 2015.

Figura 1.5.6.7
Escolas/Ensino médio (Unidade: escolas)

Fonte: IBGE, 2015.

A Tabela 1.5.6.6 mostra a quantidade de matrículas realizadas em cada nível de ensino.


Tabela 1.5.6.6
Número de Matrículas de ensino no município de Cuiabá
Nível de Ensino Rede Pública Total
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Rede
Municipal Estadual Federal
Privada
Creche 3.079 7.541 266 - 10.886
Pré-escola 5.578 10.506 327 - 16.411
Ensino Fundamental
21.599 28.642 28.287 - 78.528
(Anos iniciais e finais)
Ensino Médio 5.819 - 20.018 1.464 27.301
TOTAL 36.075 46.689 48.898 1.464 133.126
Fonte: INEP apud QEdu, 2016.

A Figura 1.5.6.8 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de matrículas
para o ensino pré-escolar, no período de 2005 a 2015.

Figura 1.5.6.8
Matrícula/Ensino pré-escolar (Unidade: matrículas)

Fonte: IBGE, 2015.

A Figura 1.5.6.9 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de matrículas
para o ensino fundamental, no período de 2005 a 2015.

Figura 1.5.6.9
Matrícula/Ensino fundamental (Unidade: matrículas)

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Fonte: IBGE, 2015.

A Figura 1.5.6.10 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de matrículas
para o ensino médio, no período de 2005 a 2015.

Figura 1.5.6.10
Matrícula/Ensino médio (Unidade: matrículas)

Fonte: IBGE, 2015.

Com relação ao número de docentes, a Figura 1.5.6.11 apresenta a evolução - série histórica
segundo o IBGE, do número de docentes no ensino pré-escolar, no período de 2005 a 2015.

Figura 1.5.6.11
Docentes/Ensino pré-escolar (Unidade: docentes)

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Fonte: IBGE, 2015.

A Figura 1.5.6.12 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de docentes
no ensino fundamental, no período de 2005 a 2015.

Figura 1.5.6.12
Docentes/Ensino fundamental (Unidade: docentes)

Fonte: IBGE, 2015.

A Figura 1.5.6.13 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, do número de docentes
no ensino médio, no período de 2005 a 2015.

Figura 1.5.6.13
Docentes/Ensino médio (Unidade: docentes)

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Fonte: IBGE, 2015.

Os levantamentos realizados pelo INEP apud QEdu (2016), informam o percentual de utilização dos
serviços públicos (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de resíduos sólidos e
fornecimento de energia elétrica) e as condições das dependências internas das escolas do
município de Cuiabá, como mostrado nas Figuras 1.5.6.14 e 1.5.6.15.

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Figura 1.5.6.14
Dependências das escolas de Cuiabá

Fonte: INEP apud QEdu, 2016.

Figura 1.5.6.15
Serviços das escolas de Cuiabá

Fonte: INEP apud QEdu, 2016.

Através da Figura 1.5.6.15, verifica-se a quase totalidade de atendimento pelos serviços de


abastecimento de água potável e coleta periodicamente de resíduos sólidos. Com um percentual
menor, apenas 76% das escolas possuíam em 2016, serviços de esgotamento sanitário.

1.5.7 Qualidade de Vida


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O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) permite medir o desenvolvimento de uma população
além da dimensão econômica. É calculado com base na: renda familiar per capita; expectativa de
vida; taxa de alfabetização de maiores de 15 anos. Variando de zero a um, o IDH classifica os
municípios segundo cinco níveis de desenvolvimento humano:

 Municípios com muito baixo desenvolvimento humano (IDH até 0,499);


 Municípios com baixo desenvolvimento humano (IDH entre 0,500 e 0,599);
 Municípios com médio desenvolvimento humano (IDH entre 0,600 e 0,699);
 Municípios com alto desenvolvimento humano (IDH entre 0,700 e 0,799); e
 Municípios com muito alto desenvolvimento humano (IDH acima de 0,800).

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) de Cuiabá foi 0,785, em 2010. O município estava
situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799).

O IDHM do município de Cuiabá passou de 0,692 em 2000 para 0,785 em 2010 - uma taxa de
crescimento de 13,44%. Nesse período, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos
foi educação (com crescimento de 0,354), seguida por renda e por longevidade, conforme a Tabela
1.5.7.1.

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Tabela 1.5.7.1
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes – Cuiabá – MT

IDHM e componentes 1991 2000 2010

IDHM Educação 0,372 0,577 0,726

% de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo 45,18 57,38 70,16


% de 5 a 6 anos na escola 41,27 72,66 90,09
% de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental ou com
48,69 70,94 86,65
fundamental completo
% de 15 a 17 anos com fundamental completo 27,97 51,26 67,39
% de 18 a 20 anos com médio completo 17,21 36,46 51,14

IDHM Longevidade 0,708 0,761 0,834

Esperança de vida ao nascer 67,47 70,67 75,01

IDHM Renda 0,698 0,756 0,800

Renda per capita 615,55 882,97 1.1161,49


IDHM 0,569 0,692 0,785
Classificação IDHM Intervalo
Muito Baixo 0,000 0,499
Baixo 0,500 0,599
Médio 0,600 0,699
Alto 0,700 0,799
Muito Alto 0,800 1,000
Fonte: PNUD, 2013.

A Tabela 1.5.7.2 apresenta um comparativo do IDHM dos principais indicadores entre Cuiabá, Mato
Grosso e Brasil.

Tabela 1.5.7.2
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Brasil – Mato Grosso - Cuiabá
Indicadores Brasil (%) Mato Grosso (%) Cuiabá (%)
IDHM 0,727 0,725 0,785
IDHM Renda 0,739 0,732 0,800
IDHM Longevidade 0,816 0,821 0,834
IDHM Educação 0,637 0,635 0,726
Fonte: PNUD, 2013.

Cuiabá teve um incremento no seu IDHM de 37,96% nas últimas duas décadas, abaixo da média
de crescimento nacional e estadual (47%). O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância
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entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 49,88% entre
1991 e 2010.

Figura 1.5.7.1
Evolução do IDHM – Cuiabá-MT

Fonte: PNUD, 2013.

Cuiabá ocupava a 92ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do Brasil, sendo que 91
(1,64 ) municípios estavam em situação melhor e 5.474 (98,36%) municípios estavam em situação
igual ou pior. Em relação aos 91 outros municípios de Mato Grosso, Cuiabá ocupa a 1ª posição.

VULNERABILIDADE SOCIAL

Vulnerabilidade social é formada por pessoas e lugares, que estão expostos à exclusão social,
sendo um termo geralmente ligado à pobreza. A Tabela 1.5.7.3 apresenta alguns dados
relacionados com a vulnerabilidade social do município de Cuiabá, de acordo com dados do PNUD
(2013).
Tabela 1.5.7.3
Vulnerabilidade Social de Cuiabá-MT
Vulnerabilidade Social – Cuiabá - MT
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Crianças e Jovens 1991 2000 2010
Mortalidade infantil 26,47 23,57 15,49
% de crianças de 0 a 5 anos fora da escola - 79,47 56,00
% de crianças de 6 a 14 anos fora da escola 15,55 4,28 4,20
% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam, não trabalham e são vulneráveis
- 10,09 5,66
na população à pobreza
% de mulheres de 10 a 17 anos que tiveram filhos 2,45 3,21 2,43
Taxa de atividade - 10 a 14 anos - 5,41 6,80
Família
% de mães chefes de família sem fundamental completo e com filhos menores de
14,11 13,85 9,13
15 anos
% de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes de idosos 1,14 1,58 0,81
% de crianças extremamente pobres 8,13 5,61 2,70
Trabalho e Renda
% de vulneráveis à pobreza 44,32 34,61 17,21
% de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em ocupação
- 32,66 20,97
informal
Condição de Moradia
% de pessoas em domicílios com banheiro e água encanada 78,42 82,67 93,01
Fonte: PNUD, 2013.

1.5.8 Saúde

Conforme PMC/SMDU (2012), Cuiabá é referência para os serviços de saúde de média e alta
complexidade para todo o estado do Mato Grosso, o que demanda uma enorme procura por este
serviço.

Segundo dados do IBGE (2009), haviam 312 estabelecimentos de saúde. O tipo de gestão destas
unidades pode ser observado na Tabela 1.5.8.1.

Tabela 1.5.8.1
Estabelecimentos de saúde

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Mato
Tipo de Gestão Cuiabá Brasil
Grosso
Federais 01 91 950
Estaduais 08 13 1.318
Municipais 107 1.252 49.753
Privado 196 645 42.049
Total 312 2.001 94.070
Fonte: IBGE, 2009.

O Município de Cuiabá conta, hoje, com 87 unidades básicas de saúde. De acordo com site da
PMC (2017a), a Atenção Básica se destaca quanto à atenção em saúde necessária. Isso se
caracteriza por um conjunto de políticas e ações de saúde que abrange tanto o individual quanto o
coletivo, envolvendo campos como promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos,
diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde. A intenção é
monitorar integralmente e tomar atitudes que melhorem a situação da saúde das coletividades. Este
é trabalho das unidades básicas de saúde.

Já a chamada atenção secundária ou de média complexidade em saúde, também segundo o site


da PMC (2017b), é executada pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA), cinco policlínicas, uma
Clínica da Família, um Centro de Especialidades Médicas (CEM), um Serviço de Atendimento
Especializado (SAE), um Laboratório Central (LACEC), três Centros de Atendimento Psicossocial
(CAPs) e seis residências terapêuticas. Esse conjunto de entidades que cuidam do chamado nível
secundário da saúde tratam dos serviços diagnósticos e terapêuticos. Para acesso do cidadão à
atenção secundária, ele é orientado a um serviço de atenção primária, posto de saúde ou Centro
de Saúde de Família.

Cuiabá possui sete unidades denominadas policlínicas ou Unidades de Pronto Atendimento


(UPAs), cuja sua listagem e endereço são apresentados no Quadro 1.5.8.1.

Quadro 1.5.8.1
Policlínicas ou Unidades de Pronto Atendimento (UPA)

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Policlínicas ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Atendimento
POLICLÍNICA DO VERDÃO: “Dr. JOSÉ FARIA DE VINAGRE” PA atendimento 24 horas
Av. Agrícola Paes de Barros S/N - Bairro: Verdão Ambulatório atendimento 07:00 as
Fone: (065) 3634-9308 17:00
POLICLÍNICA DO PASCOAL RAMOS “Dr. SILVIO CURVO” PA atendimento 24 horas
Rua Benedito Antônio S/N - Bairro: Pascoal Ramos Ambulatório atendimento 07:00 as
Fone: (065) 3617-1306/3617-1302 17:00
POLICLÍNICA DO PLANALTO “Dr. CLOVIS PITALUGA DE
PA atendimento 24 horas
MOURA”
Ambulatório atendimento 07:00 as
Av. Dos Trabalhadores - Bairro: Planalto
17:00
Fone:(065) 3617-1415
POLICLÍNICA DO PEDRA 90 – “ANÍZIO SABO MENDES”
Av. Newton Rabelo de Castro - Bairro: Pedra 90 PA atendimento 24 horas
Fone: (065) 3617-1955/3617-1956(FAX)
POLICLÍNICA DO COXIPÓ “Dr. JOSÉ EDUARDO VAZ CURVO” PA atendimento 24 horas
Rua: 24 de agosto S/N - Bairro: Vista Alegre Ambulatório atendimento 07:00 as
Fone: (065) 3617-1441/3617-1631/3617-1440/3617-1443 17:00
UPA Norte - Morada do Ouro II
Av. Tancredo Neves s/nº, Quadra. 26, Rua: 15, 16 e 17, Bairro:
Atendimento 24 horas
Morada do Ouro II
Fone: (065) 3645-5713 / 3645-5711 / 3645- 5702
UPA Sul – Pascoal Ramos
Avenida Brasil, s/n, Bairro Pascoal Ramos Atendimento 24 horas
Fone: (065) 3667 4129 (provisório)
Fonte: PMC, 2017.

Indicadores epidemiológicos

Os indicadores epidemiológicos são importantes para representar os efeitos das ações de


saneamento ou da sua insuficiência na saúde humana e constituem ferramentas fundamentais para
a vigilância ambiental em saúde e para orientar programas e planos de alocação de recursos em
saneamento ambiental.

Morbidade hospitalar

A Figura 1.5.8.1 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, da morbidade hospitalar
no período de 2005 a 2014, para o município de Cuiabá.

Figura 1.5.8.1
Óbitos (Unidade: óbitos) Cuiabá

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Fonte: IBGE, 2014.

A Figura 1.5.8.2 apresenta a evolução - série histórica segundo o IBGE, da morbidade hospitalar
por doenças infecciosas e parasitárias no período de 2005 a 2014, para o município de Cuiabá.

Figura 1.5.8.2
Óbitos – Doenças Infecciosas e Parasitárias (Unidade: óbitos) Cuiabá

Fonte: IBGE, 2014.

O número de óbitos totais registrado para o ano de 2014 foi de 1.481, sendo que 345 óbitos
correspondem a doenças infecciosas e parasitárias, ou seja, uma representatividade de 23,30%.

Segundo dados do IBGE (2016), a morbidade de doenças relacionadas com a falta de saneamento
básico, mais especificamente, doenças infecciosas e parasitárias, registrou que as internações
devido a diarreias são de 0,3 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do
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estado, fica na posição 103 de 141 e com as cidades do Brasil todo, essa posição fica 3.907 de
5.570.

Dados epidemiológicos

Os dados epidemiológicos para efeito do presente estudo compreendem restritamente os


indicadores de doenças de transmissão hídrica e de origem hídrica.

Doenças de transmissão são aquelas em que a água atua como veículo de agentes infecciosos.
Doenças de origem hídrica são aquelas causadas por determinadas substâncias químicas,
orgânicas ou inorgânicas, presentes na água em concentrações inadequadas, em geral superiores
às especificadas nos padrões para águas de consumo humano (SAAEBES, 2010).

Doenças de veiculação hídrica: os microrganismos patogênicos atingem a água através de excretas


de pessoas ou animais infectados, causando problemas principalmente no aparelho intestinal do
homem. Essas doenças podem ser causadas por bactérias, fungos, vírus, protozoários e helmintos
(SAE, 2010).

Segundo a Organização Mundial de Saúde apud Portal São Francisco, cerca de 80% de todas as
doenças que se alastram nos países em desenvolvimento são provenientes da água de má
qualidade. As doenças mais comuns, de transmissão Hídrica, são apresentadas no Quadro 1.5.8.2.

Quadro 1.5.8.2
Doenças de Veiculação Hídrica mais comuns

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Diarreias
Doença Cólera Febre tifoide Hepatite A Leptospirose
Agudas
Diversos (E. coli,
Giárdia,
Vírus"A" da Bactéria
Agente Etiológico Víbrio cholerae Rotavírus, Salmonella typhi
Hepatite Leptospira spp
Salmonelas,
etc..)
Diarreia aquosa,
Febre, mal-estar
vômitos, dor Febre alta, Náuseas,
geral, cefaleia,
abdominal, cefaleia, mal- vômitos, mal-
anorexia,
câimbras, Diarreia, febre, estar geral, falta estar geral, febre,
Sinais e Sintomas náuseas,
desidratação, vômito de apetite, icterícia, fezes
vômitos, mialgia.
choque. Pode diarreia ou esbranquiçadas
Forma anictérica
haver a forma obstipação urina escura
e Ictérica.
leve e inaparente.
Algumas horas a 1 a 20 dias.
Período de Variável com a 15 a 45 dias.
5 dias. Média: 2 1 a 3 semanas Média: 7 a 14
Incubação etiologia Média: 3 dias
dias dias
Exposição direta
ou indireta à urina
de animais
Fecal-oral
infectados (ratos).
(ingestão de
Modo de Penetração do
água e ou Fecal-oral Fecal-oral Fecal-oral
Transmissão micro-organismo:
alimentos
pele lesada,
contaminados)
mucosas quando
imersas em água
contaminada
Enquanto houver
eliminação do
vibrião pelas
fezes. Variável (até 3 De 2 semanas
Período de Variável com a Infecção inter-
Geralmente 15 meses). Existe o após o início da
transmissibilidade etiologia humana é raro
dias após o início portador doença
da doença. Há
portadores
(meses até ano)

Aglutinação das
Swab retal ou Parasitológico, Relação de Widal Transamina-ses
leptospiras (2
Diagnóstico fecal. Diagnóstico cultura, prova marcador
amostras de soro
Laboratorial clínico- sorológica, sorológico: Anti-
com intervalos de
epidemiológico bacteriologia HAV
15 dias)
Hemocultura
Coprocultura
Reposição Correção do
Soro de
hídrica imediata Hidratação Sintomático desiquilíbrio
rehidratação oral
(oral ou venosa). hidroeletro
Observação do Lítico e ácido
Condutas Observação Repouso Hidratação
estado geral. básico.
Soro E.V.
Antibiótico Repouso Antibiótico
(desidratação)
Terapia Terapia
Medidas de Notificação Abastecimento doméstico de água.
Controle Controle de qualidade da água.

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Diarreias
Doença Cólera Febre tifoide Hepatite A Leptospirose
Agudas
Destino adequado dos dejetos.
Higiene pessoal (lavagem das mãos).
Saneamento básico.
Educação sanitária
Controle de vetores (moscas).

Controle rigoroso na lavagem, principalmente no preparo de alimentos e cuidados com criança.

Cozinhar bem os alimentos, principalmente crustáceos e moluscos.

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (2017)

1.5.8.1 Informações Recebidas da Vigilância Sanitária e


Epidemiológica Durante a Fase de Levantamento de Dados e
Informações para o Diagnóstico do PMSB

A Vigilância Sanitária de Cuiabá disponibilizou os Relatórios de Acompanhamento Anuais das ações


do Vigiágua para o período de 2015 a 2017. Analisando esses relatórios, pode-se resumir as
seguintes informações:

ANO 2015

Para o ano de 2015 não foram realizadas amostras de cloro residual livre, tampouco de turbidez.

Quanto ao parâmetro “coliformes totais”, foram verificadas 33 amostras, sendo que a meta seria a
de 564 amostras (ou seja, foram alcançadas apenas 5,85% do total de amostras necessárias).

Quanto aos resultados, todas as amostras possuíam os parâmetros analisados dentro do padrão
de potabilidade.

Segundo o próprio relatório, as dificuldades para a não realização das amostras foram as seguintes:
 Não aquisição de equipamentos de campo;
 Falta de insumos no LACEN-MT;
 Perda de grande contingente de pessoal da área de fiscalização, apoio logístico e outras
demandas prioritárias.

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ANO 2016

Para o ano de 2016 não foram realizadas amostras de cloro residual livre, tampouco de turbidez.

Quanto ao parâmetro “coliformes totais” foram realizadas 144 amostras, sendo que a meta seria a
realização de 564 amostras (ou seja, foram realizadas apenas cerca de 25% do total de amostras
necessárias). Quanto aos resultados, todas as amostras possuíam os parâmetros analisados dentro
do padrão de potabilidade.

Segundo o próprio relatório, as dificuldades para que a não realização das amostras foram as
seguintes:
 Falta de equipamentos básicos para coleta;
 Falta de prioridade de veículos para realização das coletas.

ANO 2017

Para o ano de 2017 não foram realizadas amostras de cloro residual livre, tampouco de turbidez.

Quanto ao parâmetro “coliformes totais” foram realizadas 290 amostras, sendo que a meta seria a
realização de 564 amostras (ou seja, foram realizadas apenas 51,42% do total de amostras
necessárias). Em relação aos resultados, 13 amostras apresentaram resultado positivo de
coliformes totais.

Segundo o próprio relatório, as dificuldades para que a não realização das amostras foram as
seguintes:

 Não aquisição de equipamentos de campo.

1.5.8.2 Informações Recebidas da Secretaria de Saúde

Foram fornecidas informações sobre algumas doenças cujo nexo causal tenha sido a água
(doenças diarreicas agudas e Hepatite A) por bairros, conforme tabelas a seguir. O Quadro 1.5.8.2.1
está ordenado de acordo com os bairros com maior incidência no ano de 2017.
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Quadro 1.5.8.2.1
Monitoramento das doenças diarréicas agudas
Monitoramento
das Doenças
Bairro Diarreicas Agudas
2016 2017
Águas Nascente 131 155
Altos da Boa Vista 99 154
Altos da Glória 105 147
Altos da Serra 103 131
Altos do Coxipó 112 109
São Gonçalo 98 89
Tijucal 181 88
Alvorada 82 86
Santa Izabel 133 77
Antonio Dias 84 65
Aráes 58 64
Areão 48 61
Aroeira 143 60
Bandeirantes 34 58
São João Del Rey 138 56
Barbado 31 55
Sol Nascente 45 54
Barreiro Branco 28 51
Báu 7 49
Bela Vista 29 48
Vista Alegre 35 48
Três Barras 40 45
Santa Terezinha 78 44
Boa Esperança 44 43
Bordas da Chapada 75 43
Bosque da Saúde 59 39
Campo Velho 27 38
Campos Elísius 34 38
Canjica 31 35
Carumbé 28 34
Castelo Branco 21 32
Centro 9 31
Centro América 31 31
Chacará dos Pinheiros 33 29
Residencial São Carlos 22 29
Chacará Santo Agostinho 47 28
Cidade Alta 53 28
Cidade Cuiabá 20 27
Cidade Verde 31 26
Ribeirão do Lipa 37 26
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Monitoramento
das Doenças
Bairro Diarreicas Agudas
2016 2017
Cinturão Verde 9 24
Cohab Nova 26 24
Cohab São Gonçalo 32 23
Colorado 28 22
Consil 23 21
Coophamil 16 21
Coophema 37 20
Coxipó 32 20
Coxipó Mirim 11 19
CPA I, II, III e IV 24 19
Despraiado 13 19
Distrito Industrial 15 19
Dom Aquino 18 18
Dom Bosco 15 18
Dr°. Fabio 44 17
Duque de Caxias 28 17
Getulio Vargas 16 17
Goiabeiras 182 17
Grande Terceiro 34 16
Guaicurus 14 16
Itamarati 4 16
São Francisco 20 16
Itapajé 15 15
Jardim Araçá 14 15
Jardim Aroeira 5 15
Jardim Beira Rio 12 15
Jardim Bela Marina 20 15
São Mateus 15 15
Jardim Botânico 14 14
Jardim Brasil 30 14
Santa Inês 7 14
Jardim Buriti 6 13
Santa Amália 33 13
Santa Cruz 6 13
Verdão 16 13
Jardim Califórnia 13 12
Jardim Campos 14 12
Jardim Campo Velho 1 12
Jardim Campo Verde 32 12
Jardim Cidade Verde 23 12
Serra Dourada 12 12
Jardim Colorado 9 11
Jardim Comodoro 9 11
Jardim Cuiabá 12 11
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Monitoramento
das Doenças
Bairro Diarreicas Agudas
2016 2017
Jardim das Américas 3 10
Jardim das Flores 12 10
Jardim das Oliveiras 18 10
Jardim das Palmeiras 9 10
Jardim dos Ipês 67 10
Jardim Eldorado 27 10
Jardim Europa 14 10
Santa Rosa 16 10
Terra Nova 3 10
Jardim Flamboyan 8 9
Jardim Florianópolis 11 9
Jardim Fortaleza 7 9
Jardim Gramado 13 9
Jardim Guanabara 5 8
Jardim Imperial 11 8
Jardim Império do Sol 3 8
Jardim Independência 19 8
Jardim Industriário 5 8
Jardim Itália 15 8
Jardim Itamarati 14 8
Jardim Itapuã 10 7
Jardim Kenedy 7 7
Santa Laura 61 7
Jardim Leblon 8 6
Jardim Liberdade 7 6
Jardim Mariana 20 6
Jardim Mossoró 4 6
Jardim Nsa Sra Aparecida 3 5
Jardim Paraná 6 5
Jardim Passaredo 2 5
Jardim Pauliceia 12 5
Jardim Paulista 4 5
Jardim Petrópolis 19 5
Jardim Pinheiro 4 5
Jardim Presidente 9 5
Jardim Primavera 0 5
Residencial Paiaguás 6 5
Residencial Santa Inês 0 5
Jardim Renascer 5 4
Jardim Santa Amália 1 4
Jardim Santana 4 4
Jardim Shangri-la 1 4
Jardim Tarumã 13 4
Jardim Três Lagoas 9 4
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Bairro Diarreicas Agudas
2016 2017
Jardim Tropical 26 4
Jardim Ubirajara 0 4
São José 2 4
São Sebastião 21 4
Tancredo Neves 9 4
Vila Rosa 4 4
Jardim Umuarama 3 3
Jardim União 4 3
Jardim Universitário 0 3
Jardim Vista Alegre 5 3
Jardim Vitória 31 3
Santa Marta 0 3
Vila Nova 18 3
João Bosco Pinheiro 4 2
José Pinto 3 2
Lagoa Azul 7 2
Liberdade 3 2
Lixeira 4 2
Manduri 3 2
Mangabeira 4 2
Miguel Sutil 4 2
Monte Líbano 3 2
Morada do Faval 6 2
Ribeirão da Ponte 4 2
Santa Helena 5 2
São Benedito 7 2
São Roque 4 2
Três Lagoas 3 2
Três Poderes 1 2
Morada do Sol 0 1
Morada dos Nobres 0 1
Morado do Ouro 1 1
Nossa Senhora Aparecida 5 1
Nova Aliança 0 1
Nova Conquista 5 1
Nova Esperança 2 1
Nova Olímpia 0 1
Novo Colorado 4 1
Novo Horizonte 11 1
Novo Mato Grosso 2 1
Senhor dos Passos 3 1
Voluntários da Pátria 9 1
Novo Milenium 0 0
Novo Paraiso 1 0
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Bairro Diarreicas Agudas
2016 2017
Novo Tempo 1 0
Novo Terceiro 0 0
Oito de Abril 0 0
Osmar Cabral 1 0
Ouro Fino 0 0
Ouro Verde 3 0
Parque Amperco 0 0
Parque Atalaia 0 0
Parque Cuiabá 0 0
Parque das Araras 0 0
Parque Georgia 0 0
Parque Nova Esperança 0 0
Parque Novo 1 0
Parque Ohara 2 0
Parque Residencial 0 0
Parque Rodoviária 0 0
Parque São João 0 0
Parque Universitário 2 0
Pascoal Ramos 14 0
Pedra 90 0 0
Pedregal 0 0
Pico do Amor 1 0
Planalto 0 0
Poção 0 0
Porto 0 0
Porto Alegre 0 0
Praeirinho 0 0
Praeiro 1 0
Primeiro de Março 0 0
Quilombo 1 0
Real Parque 0 0
Recanto do Sol 0 0
Recanto dos Pássaros 0 0
Residencial Ana Maria 3 0
Residencial Almeida Sales 0 0
Residencial Coxipó 0 0
Residencial Costa Marques 4 0
Residencial Ipê Amarelo 0 0
Residencial Ipiranga 1 0
Residencial Itamarati 1 0
Residencial Itapajé 4 0
Residencial Miguel Sutil 0 0
Residencial São José 0 0
Residencial Sucuri 1 0
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Bairro Diarreicas Agudas
2016 2017
Rio Branco 0 0
Residencial nova Canaã 0 0
Santa Angelita 1 0
Santa Clara 0 0
Santo Antonio do Pedregal 0 0
São João dos Lázaros 1 0
São Jorge 0 0
Sonho Meu 4 0
Vale dos Lírios 0 0
Vila da Serra 0 0
Vila Real 0 0
Vila Vertical 0 0
Vila Vitória 0 0

Quadro 1.5.8.2.2
Ocorrência de Hepatite A conforme os bairros
Bairro 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2017
Alvorada 1 2 2
Areão 1
Bela Vista 1
Bordas da Chapada 1
Bosque da Saúde 1
Carumbe 2 1
Cidade Alta 1
CPA I 1
CPA II 1 1 4
CPA III 1 2 1 2
CPA IV 1 1 2
Despraiado 1
Dom Aquino 3 1
Duque de Caxias 1
Grande Terceiro 1
Jd. Fortaleza 1 2 1
Jd. Kennedy 1
Jd. Imperial 1
Jd. Primeiro Março 1 3
Lixeira 2
Nossa Senhora Aparecida 1
Nova Conquista 2
Nova Esperança 1
Novo Colorado 1
Novo Horizonte 1
Novo Paraíso 2 2 1
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Bairro 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2017
Osmar Cabral 3
Parque Atalaia 1 1
Parque Cuiabá 1 1
Parque Ohara 1
Pascoal Ramos 1
Pedra 90 4 8 1 10 2
Planalto 1 1
Popular 1
Porto 1
Praeiro 1
Res. Paiaguás 1
Ribeirão do Lipa 1
Santa Helena 1
Santa Laura 1 2
Santa Rosa 1
São Francisco 1
São João Del Rey 1
São Sebastião 1
Tijucal 1 1 1
Três Barras 1 1 1
Verdão 1
Vila Nova 1 1
Total 24 27 2 3 38 22 2

ÍNDICE FIRJAN DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

Conforme o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), no final de 2013, ele aponta a
evolução de Cuiabá na área de saúde. Atualmente o município ocupa o 15º lugar no estado nesta
área, com um índice de 0,8763, considerado de alto desenvolvimento.

Os números são referentes ao ano de 2013 e comparados com o ano anterior (2012), quando o
município já ocupava a 15ª posição. Para a avaliação são considerados critérios como número de
consultas pré-natal, óbitos por causas mal definidas, óbitos infantis por causas evitáveis e
internação sensível a atenção básica.
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Figura 1.5.8.2.3
Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal de Saúde

Fonte: FIRJAN, 2013.

1.5.9 Turismo

Atualmente, o município de Cuiabá conta com o site denominado “Guru da cidade”, o qual indica
os melhores locais turísticos.
Segundo PMC/SMDU (2012), Cuiabá localiza-se em uma região de variadas paisagens naturais,
como por exemplo, a Chapada de Guimarães e o Pantanal, dois paraísos ecológicos extraordinários
pela diversidade de sua flora e fauna, atraindo turistas de todo o Brasil.

Além disso, por ser um município muito antigo, com um patrimônio histórico importante, Cuiabá tem
diversos atrativos turísticos.

Através do site da Prefeitura Municipal de Cuiabá é possível acessar o mapa com diversos pontos
turísticos: http://www.cuiaba.mt.gov.br/upload/arquivo/Turismo.pdf.

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1.6 Relevo

Segundo informações da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a cidade de Cuiabá


localiza-se na Depressão Cuiabana, onde predominam relevos de baixas amplitudes. Na área
urbana, as altitudes variam de 146 a 250 metros. A compartimentação, segundo o modelo do relevo,
na área urbana e seu entorno, assinala sete unidades distintas: canal fluvial, dique marginal, planície
de inundação, área alagadiça, área aplainada, colinas e morrotes, que apresentam características
próprias e comportamento específico quanto às diversas formas de uso e ocupação do solo. A
Figura 1.6.1, adiante permite uma visualização circunstancial do relevo em Cuiabá.

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Figura 1.6.1
Relevo Cuiabá

Fonte: http://pt-br.topographic-map.com/places/Cuiabá.

1.7 Geografia

1.7.1 Geologia

A geologia da cidade de Cuiabá é formada por rochas metamórficas de baixo grau, com data do
Pré-Cambriano, com predominância de filitos e micaxistos, segundo os dados da PMC/SMDU
(2012). Em seguida, aparecem quartzitos, metagrauvacas, calcários e metaglomerados, bem como
veios de quartzo auríferos. A este conjunto dá-se o nome de “Grupo Cuiabá”.

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1.7.2 Geomorfologia

Ainda seguindo os dados da PMC/SMDU (2012), a cidade está localizada na província


geomorfológica chamada Baixada Cuiabana. Predominada por relevos de baixas amplitudes, essa
região consiste em uma peneplanície de erosão. Com altitudes alternando de 146 a 259 metros na
área urbana, com o pico mais alto no Morro da Conceição – local, inclusive, onde está situado o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Apresentando características próprias e
específicas de acordo com as formas de uso e ocupação do solo, é possível dividir a área urbana e
seus arredores quanto à compartimentação e seu modelo de relevo, em sete unidades distintas:
canal fluvial, dique marginal, planície de inundação, área alagadiça, área aplainada, colinas e
morrotes.

1.8 Hidrografia e Hidrologia Local

1.8.1 Hidrografia

Bacia Hidrográfica do Rio Cuiabá

O município é banhado de forma abundante por rios, ribeirões e córregos que formam a Bacia do
Rio Cuiabá. O Rio Cuiabá, afluente do Rio Paraguai, abastece a cidade e aponta os limites entre a
capital e a Várzea Grande. A cidade, inclusive, está situada no divisor de águas das bacias
Amazônica e Platina.

A Figura 1.8.1.1 apresenta a Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai e a Figura 1.8.1.2 mostra o
perímetro urbano de Cuiabá tendo como referência a Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai.

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Figura 1.8.1.1
Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai

Fonte: Prefeitura Cuiabá.

Figura 1.8.1.2
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Perímetro urbano de Cuiabá tendo como referência a Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai

Fonte: Prefeiturta Cuibá.

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Segundo Mato Grosso (1996) apud Chiaranda, Colpini e Soares (2016), o curso do Rio Cuiabá vai
da cidade de Rosário Oeste, na depressão interplanáltica de Paranatinga onde ele nasce, a
aproximadamente 500 m de altitude, até o Bairro do Porto, na cidade de Cuiabá, aos 158 m de
altitude.

A rede de drenagem é formada pelo Rio Cuiabá e seus formadores, englobando o Rio Cuiabá da
Larga e o Cuiabá do Bonito, tendo suas águas perenes, assim como seus tributários, que são, pela
margem esquerda, os rios: Marzagão, Manso, Acorizal e Coxipó-Açu; e pela margem direita
Chiqueirão, Jangada, Espinheiro e Pari (CHIARANDA, COLPINI E SOARES, 2016).

De acordo com PMC/ SMDU (2012), cortam o município de Cuiabá os cursos d’água descritos na
sequência:

a) Rios: Cuiabá, Coxipó, Bandeira, Coxipó-Açu, Claro, Aricá-Açu, Mutuca, Machado,


Aricazinho e dos Peixes.
b) Principais ribeirões: Baús, Forquilha, Soberbo, da Ponte, Coelho, Formoso, do Couro,
Cágados e Taquaral.
c) Principais córregos: Moinho, Raizama, Salgadeira, Três Barras, Sucuri, Barbado,
Prainha, da Pinheira, Mané Pinto, Gambá e Gumitá.

A rede hidrográfica do município de Cuiabá é apresentada na Figura 1.8.1.3.

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Figura 1.8.1.3
Rede Hidrográfica do Município de Cuiabá

Fonte: PMC, 2017

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1.8.2 Hidrologia

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET, 2017a), existe em Cuiabá
uma estação meteorológica caracterizada pelo número 83361, com altitude de 151,34m e
coordenadas -15.55 de Latitude e -56.12 de Longitude.

1.9 Clima

O clima de Cuiabá, segundo Köppen (2017) é tropical, concentrando-se no verão as precipitações.


Os períodos mais chuvosos geralmente são registrados nos meses mais quentes, próximos ou
durante o verão, correspondendo aos meses de outubro a abril, e o período seco ocorre no inverno,
notadamente nos meses de maio a setembro.

A Figura 1.9.1 lustra uma imagem do clima do Brasil, classificando o município de Cuiabá, como
tropical.

Figura 1.9.1
Clima de Cuiabá

Fonte: Editora Lago, 2017.

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Os dados climatológicos do município de Cuiabá são apresentados na Tabela 1.9.1, em um
período de 30 anos.

Tabela 1.9.1
Dados Climatológicos de Cuiabá
Dados climatológicos para Cuiabá

Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima absoluta
38,2 37,7 37,6 38,1 36,4 37 38,4 40,6 42,3 42 40 39 42,3
(°C)

Temperatura máxima média


32,6 32,6 32,9 32,7 31,6 30,7 31,8 34,1 34,1 34 33,5 32,5 32,8
(°C)

Temperatura média (°C) 26,7 26,5 26,5 26 24,4 23 22,8 25 26,6 27,4 27,2 26,9 25,8

Temperatura mínima média


23,2 23,1 23,1 22,6 20,5 18,1 17 19 21,4 22,8 23,2 23,2 21,4
(°C)
Temperatura mínima absoluta
18,4 18,4 15,4 10,8 7 6,8 3,3 6 10,2 13,3 14,7 16,2 3,3
(°C)
Precipitação (mm) 214,7 208,6 169,5 125,2 51,1 13,7 12,3 13,7 55,5 116,9 160,1 201 1.342,3

Dias com precipitação 15 15 13 9 4 1 1 2 5 8 11 14 98

Umidade relativa (%) 80,7 81,6 81 79,5 74,2 73,7 65,4 57,3 61,8 69,6 74,2 78,5 73,1

Horas de sol 171,1 157,5 193,2 213,2 233 235,5 247,1 230,1 190,6 216,5 196,3 182,1 2.465,3

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (normal climatológica de 1961-1990).

Segundo dados do INMET (1961-1990), a precipitação média é em torno de 1.300 milímetros


anuais, com intensidade máxima em dezembro, janeiro e fevereiro. O maior acumulado de
precipitação foi de 214,7 mm em janeiro, conforme mostra a Tabela 1.9.1.

Além disso, a Tabela 1.9.1 mostra que a temperatura média em Cuiabá gira em torno dos 26 °C.
Cuiabá é famosa pelo seu forte calor e segundo dados do INMET, desde 1961, a maior temperatura
atingiu 42,3 °C, em setembro, porém no inverno a temperatura pode cair esporadicamente abaixo
de 10 °C, sendo registrada a menor temperatura de 3,3 °C, no mês mais frio, julho.

A Figura 1.9.2 apresenta a precipitação para o ano de 2017, onde verifica-se que as chuvas são
bem distribuídas ao longo do ano.

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Figura 1.9.1
Precipitação Cuiabá-MT

Fonte: INMET, 2017b.

1.10 Cobertura Vegetal

1.10.1 Flora

Segundo dados da PMC/ SMDU (2012), a região fitofisionômica onde a cidade de Cuiabá se
encontra é característica do cerrado. Tem-se, como sua vegetação nativa, ocorrência de cerrado,
cerradão, mata ciliar, mata semidecídua e mata de encosta. Já na sede do município, encontra-se,
na sua maioria, vegetação remanescente de áreas não construídas, margens de córregos,
vegetação domiciliar, riachos e rios, fundos de vale, parques, praças e vegetação viária.

1.10.2 Fauna

Cuiabá abriga uma rica fauna, o que é típico dos ecossistemas com característica fitofisionômica
de cerrado. De acordo com os dados da PMC/SMDU (2012), mesmo tendo uma ocupação
antrópica, ainda é possível visualizar uma fauna residente ou mesmo que a utilize como refúgio
temporário. O cerrado possui um total de 1.501 espécies, sendo 62,3 % de aves, 19 % de mamíferos
e 17 % de répteis.

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1.11 Zoneamento

O município de Cuiabá conta com a Lei Complementar nº 389, de 3 de novembro de 2015, que
dispões sobre o Zoneamento, uso e ocupação do solo, tendo como objetivo nortear as atividades
relacionadas ao zoneamento e uso e ocupação daquela cidade.

De acordo com a Lei Complementar n.º 389/2015:

Macrozoneamento

Art. 6º Para receber os diferentes tipos de uso do solo urbano, a macrozona urbana do município
de Cuiabá fica dividida em 03 (três) Zonas de Uso:

 I – Zona Urbana de Uso Múltiplo (ZUM);


 II – Zona de Expansão Urbana (ZEX); e
 III – Zonas Urbanas Especiais (ZUE).

Art. 7º As Zonas Urbanas Especiais classificam-se em 13 (treze) subcategorias:

 I – Zonas Predominantemente Residenciais (ZPR);


 II – Zonas Centrais (ZC);
 III – Zonas de Interesse Ambiental (ZIA);
 IV – Zonas de Interesse Histórico (ZIH);
 V – Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS);
 VI – Zonas Especiais de Regularização Específica (ZERE);
 VII – Zona de Restrição de Gabarito (ZRG);
 VIII – Zona de Alto Impacto (ZAI);
 IX – Zona Intermediária de Alto Impacto Não Segregável (ZINS);
 X – Zonas de Corredores de Tráfego (ZCTR);
 XI – Zona de Reserva de Corredores de Tráfego (ZRCT);
 XII – Zonas de Influência de Torres de Comunicação (ZTC); e
 XIII – Zona de Segurança Hídrica (ZSH).

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A Figura 1.11.1 apresenta o mapa de zoneamento para o Município de Cuiabá.

Figura 1.11.1
Mapa de Zoneamento do município de Cuiabá

Fonte: PMC, 2017e.

1.12 Unidades de Conservação (UC)

Dados do PMC/ SMDU (2012), destacam as principais unidades de conservação, sendo descritas
na sequência.

Unidades de conservação estabelecidas pelas esferas federal, estadual e municipal:

 Parque Nacional de Chapada dos Guimarães;


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 Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) São Luís;
 Área de Preservação Ambiental (APA) da Chapada dos Guimarães;
 Estrada-Parque Cuiabá – Chapada dos Guimarães;
 Jardim Zoobotânico;
 Parque José Inácio da Silva;
 Parque Mãe Bonifácia;
 Parque Massairo Okamura;
 Parque Paiaguás;
 APA Municipal Aricá-Açu;
 Horto Florestal Tote Garcia;
 Parque Antônio Pires de Campos;
 Parque Municipal Dante Martins de Oliveira (Parque das Águas); e
 Parque Tia Nair.

Unidades de conservação criadas pela Lei Complementar Municipal n.º 4/1992:

Reservas Ecológicas

 Mata ciliar do córrego Quarta-Feira;


 Mata ciliar do Ribeirão da Ponte;
 Mata ciliar do Ribeirão do Lipa; e
 Mata ciliar do rio Cuiabá, dentro do território municipal.

Unidades de Interesse Local

 Rio Coxipó como Rio Cênico;


 Morro da Luz como Área Verde Essencial; e
 Horto Florestal, localizado na rua Balneário São João, no bairro Coxipó, como Área Verde
Essencial.

Unidades de Conservação de Interesse Local

 Mata do Mãe Bonifácia;


 Cerrado e Cerradão do Centro de Zoonoses de Cuiabá;
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 Cerrado do Centro Político Administrativo, não constante na Lei n.º 2.681, de 06/06/89;
 Mata semi-decídua do Córrego Manoel Pinto (Campo do Bode);
 Mata Ciliar do Córrego do Moinho, Gumitá e Barbado; e
 Cabeceira do Córrego da Prainha, localizado entre os loteamentos Consil e Quarta-Feira.

1.13 Riscos de Enchentes

Segundo dados da PMC (2017c) informa que “cerca de cinco mil famílias residentes em áreas de
risco têm sido instruídas frequentemente pela defesa Civil de Cuiabá (e do Estado) quanto à
possibilidade de enchentes e deslizamento das bases de sustentação dos imóveis situados em
encostas e próximos de córregos e rios”.

O Quadro 1.13.1 apresenta um resumo das ocorrências de enchentes no município de Cuiabá.

Quadro 1.13.1
Resumo das Ocorrências de enchentes em Cuiabá
Intervalo entre
Data Descrição as
Ocorrências
1780 Primeiro registro de enchente em Cuiabá -
Destruiu a primeira chácara construída a montante do Porto Geral, nas vizinhanças
1812 32 anos
da antiga hidráulica
1865 Registro de danos em edificações localizadas no 2.º Distrito (atual Porto) 53 anos
Cheia de menor proporção que a anterior, o transbordamento não chegou a invadir
1895 30 anos
as ruas do 2.º Distrito.
1905 Cheia apenas assustou os moradores, que abandonaram às pressas suas casas 10 anos
1906 Enchente de janeiro excedeu todas as outras, com exceção da de 1865 1 ano
O rio atingiu a cota máxima de 10,57m. Foi a de maior proporção registrada até a
data. As águas atingiram a recém-inaugurada Ponte Júlio Müller e derrubou
1942 36 anos
dezenas de casas nas localidades Ana Poupino, Acampamento e Chacrinha, nas
imediações do Bairro do Terceiro
Apesar de não haver registro, constata-se por meio de fotografias a ocorrência de
1960 18 anos
enchente do rio Cuiabá no referido ano, atingindo a Av. XV de novembro
O trânsito na ponte Júlio Müller foi interrompido pelas águas, que voltaram a
invadir a Av. XV de novembro até o começo da subida para igreja de São Gonçalo.
1974 14 anos
Devido a esta enchente o Bairro do Terceiro foi demolido
e sua população transferida para outras localidades registrou-se a cota de 10,87m.

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Intervalo entre
Data Descrição as
Ocorrências
Registrou-se a cota de 10,38 m no rio Cuiabá, atingindo além das áreas às
margens deste, as marginais a seus principais afluentes, como o rio Coxipó e os
córregos Ribeirão da Ponte, Mané Pinto, Gambá, Barbado, São Gonçalo e o do
Moinho, este último afluente do Coxipó. Foram atingidas as seguintes localidades:
Ribeirão Da Ponte, Jardim Santa Amália,
1995 21 anos
Jardim Santa Isabel, Novo Terceiro, Jardim Beira-Rio, São Benedito, Jardim Ubatã,
Porto, Terceiro, Praeiro, Praeirinho, Grande Terceiro, Jardim Paulista, São
Gonçalo Beira Rio, Coophema, Coxipó da Ponte, Bela Marina, Parque Geórgia,
Parque Ohara e Jardim dos Ipês totalizando a população aproximada de 8.500
pessoas.
Fonte: PMC/SMDU, 2012.

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2. Histórico da Prestação dos Serviços de Água e Esgoto em Cuiabá

2.1 Prestadores de Serviço

A partir de 1/8/2017, com autorização municipal, o grupo IGUÁ SANEAMENTO, controlado por um
Fundo de Investimento em Participações (FIP = 84,2%), que detém participação majoritária no
empreendimento e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Participações
(BNDESPar = 16,8%), assumiu a operação dos serviços de água e esgoto através da
Concessionária ÁGUAS CUIABÁ, em substituição a CAB-CUIABÁ S/A

2.2 Histórico

Cuiabá é a capital do estado do Mato Grosso, situada na margem esquerda do rio Cuiabá, formando
uma conurbação com o município vizinho de Várzea Grande.

Nos últimos 20 (vinte) anos, o município de Cuiabá, passou por diversas e profundas mudanças
institucionais, alternando diversos modelos de Gestão Institucional dos Sistemas e Serviços de
Água e Esgoto, que vão desde a operação dos serviços por uma Companhia Estadual de
Saneamento Básico - CESB (Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso -
SANEMAT), até a participação do setor privado, através da concessão plena dos serviços à CAB
CUIABÁ S/A, posteriormente substituída pela atual operadora Águas Cuiabá, a partir de um novo
arranjo de controle acionário.

Para melhor entendimento do contexto histórico, apresenta-se a seguir um breve resumo histórico
da gestão na prestação dos serviços de água e esgoto no município de Cuiabá.

Segundo a Professora e Historiadora Neila Maria de Souza Barreto, em publicação sobre a História
do Abastecimento de Água, em 1790 foi inaugurada em Cuiabá a primeira fonte pública de água
de beber, o “Chafariz do Rosário, localizado próximo a Igreja do Rosário, no morro do Ribeirão da
Prainha”. Ainda sobre informações históricas:

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 Em 30/11/1882 Cuiabá recebeu o primeiro sistema público de abastecimento de água.
Era um reservatório situado no tabuleiro da Boa Morte, onde hoje é localizado o Museu do
Morro da Caixa D’ Água Velha, o qual distribuía água sem tratamento à população”.

 Em 1912 o sistema de água de Cuiabá foi ampliado com a instalação de uma caixa de
água na praça General Mallet, em frente ao Liceu Cuiabano “Maria de Arruda Muller”, hoje
destruída pela modernidade.

 Em 1939 iniciou-se em Cuiabá a execução da Torre de Água, hoje localizada na Avenida


Presidente Marques, sendo construído reservatórios subterrâneos com capacidade de 3
milhões de litros, decantadores e uma caixa d’água elevada de 300 mil litros.

 Em 1940 iniciou-se a aquisição de equipamentos de tratamento de água para Cuiabá,


sendo instalados em 1941 na Estação de Tratamento de Águas - ETA 1, projetada para
atender uma população de 25.000 habitantes.

 Em 19/4/1942 foi inaugurada a ETA 1, ampliada em 1977, desta feita já sob o modelo
PLANASA que substituiu a operadora anterior Empresa de Força Luz e Água – EFLA.

 Ano 1966 – foi estabelecida a SANEMAT - sociedade de economia mista, autorizada pela
Lei nº 2.626, de 07/07/1966, e pelo Decreto nº 120, de 03/08/1966, quando ocorreram as
transferências das Concessões Municipais para o Estado.

 Ano 1971 – Implantação pelo Governo Federal, do Plano Nacional de Saneamento -


PLANASA, busca superar as dificuldades locais da prestação e do financiamento dos
serviços de saneamento.

 A adesão da SANEMAT ao PLANASA possibilitou a implantação, ampliação e melhoria


dos serviços em sistemas de abastecimento de água e sistemas de esgotamento sanitário.

 Ano 1997 – O Município de Cuiabá cria a Agência Municipal de Serviços de


Saneamento - AMSS através da Lei Municipal nº 374 de 29/12/1997, que assume a
operacionalização e a gestão dos serviços de forma temporária no ano de 1998.

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 Após 34 (trinta e quatro) anos de criação da SANEMAT, o governo do estado de Mato
Grosso devolve as concessões dos serviços de saneamento aos Municípios.

 Ano 2000 - Em 13/12/2000, pela Lei Estadual nº 7.358, o governo estadual autorizou a
extinção da SANEMAT.

 Ano 2000 - Em 13/12/2000, a Lei Estadual nº 7.359, posteriormente alterada pela Lei
Estadual n° 7.535 de 6/11/2001, autoriza o estado a conceder incentivos à municipalização
dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, assim os municípios
que aderiram ao plano de incentivos assinaram o termo de rescisão do contrato de
concessão e confissão de dívida com a SANEMAT com a interveniência do governo de
estado e assinaram o termo de confissão e assunção de dívida com o estado.

 Ano 2000 - Em 20/12/2000, é criada a SANECAP, através da Lei Municipal nº 4007, que
assume a gestão e operação dos serviços e sistemas de água e esgoto de Cuiabá em
1/1/2001. A Lei de criação da SANECAP foi posteriormente alterada pela Lei Municipal nº
5.301 de 27/4/2010.

 Ano 2001 - Em 5/7/2001 é extinta a Agência Municipal de Serviços de Saneamento -


AMSS através da Lei Municipal Complementar nº 76, publicada na Gazeta Municipal nº
550 de 7/12/2001.

 Ano 2011 – A Lei Complementar nº 252 de09/9/2011, autoriza o município de Cuiabá a


conceder os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário e cria em seu
Art. 7º a Agência Municipal de Água e Esgotamento Sanitário do Município de Cuiabá
- AMAES.

 Ano 2011 – O Decreto Municipal nº 5.066 de 9/11/2011 aprovou o PMSB para as


modalidades de abastecimento de água e esgotamento sanitário. O referido PMSB, foi
disponibilizado no Termo de Referência - TR (Anexo V do Edital de Concessão), como
referência técnica para a elaboração das propostas da concessão.

 Ano 2011 – Nos dias 26, 27, 28 e 29 de setembro, o município de Cuiabá, conforme
previsão legal, promoveu 4 (quatro) audiências e consultas públicas prévias à concessão
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dos serviços, objetivando a coleta de subsídios e críticas para aprimoramento do texto
preliminar do Edital.

 Ano 2011 – Através da Portaria GP 0008/2011, de 27/10/2011, o prefeito municipal, institui


a Comissão Especial de Licitação - CEL da Concessão dos serviços de distribuição de
água e coleta de esgoto sanitário. Publicada na Gazeta Municipal nº de 3/11/2011.

 Ano 2011 - O processo administrativo que estabeleceu os elementos básicos e termos de


referência para a elaboração das Propostas para a licitação na modalidade de
concorrência pública, foi registrado na PGM com o nº PG758638-6 – Concorrência Pública
Nº 14/2011.

 Ano 2011 - O edital foi publicado em 3/11/2011 e a entrega dos envelopes de propostas
da concessão ocorreu em 20/12/2011.

 Ano 2012 – Em 17/2/2012 foi assinado o Contrato dos serviços, pactuado entre o
município de Cuiabá e a SPE - CAB CUIABÁ S/A, com a interveniência – anuência da
AMAES.

 Ano 2012 – em 16/4/2012 foi emitida a ordem de serviço da concessão e a Concessionária


CAB CUIABÁ S/A, passou a atuar a partir de 18/04/2012.

 Ano 2015 - Lei Complementar nº 374 de 31/03/2015 cria a Agência Municipal de


Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá - ARSEC que substitui a
AMAES e passa a ter as atribuições de regular, normatizar, controlar e fiscalizar os
serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Cuiabá.

 Ano 2015 - Decreto Municipal nº 5.923/2015 publicado no Diário Oficial de 21/12/2015,


cria a Comissão Especial para auditar a empresa CAB Cuiabá S/A, objetivando fiscalizar
e controlar as atividades desenvolvidas pela concessionária para assegurar a adequação
na prestação dos serviços, o cumprimento das normas contratuais, regulamentares e
legais e, garantir a continuidade da prestação do serviço.

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 Ano 2016 – Em 28/4/2016 a ARSEC divulga Nota Técnica nº 001/2016/DIREFIS/ARSEC
com o resultado da avaliação de desempenho da CAB CUIABÁ S/A.

 Ano 2016 – Em 29/4/2016 a ARSEC através da Deliberação nº 5 de 29/4/2016, em seu


Art 1º resolve: “Recomendar a imediata intervenção do Poder Concedente na CAB
CUIABÁ S.A., para assegurar a continuidade e adequação dos serviços de fornecimento
de água e esgotamento sanitário, garantir o cumprimento das obrigações legais,
contratuais e regulamentares e, também, obter as informações sonegadas pela
concessionária concernentes aos contratos e pagamentos realizados, sobretudo, às
partes relacionadas.

 Ano 2016 – Em 2/5/2016 o Município de Cuiabá através do Decreto nº 6.009 DECRETA


A INTERVENÇÃO NA CONCESSÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO outorgada a empresa CAB
CUIABÁ S/A., pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, prorrogáveis, mediante ato
fundamentado, por igual prazo, nomeando no ART. 3º do referido DECRETO o interventor,
em representação ao Poder Concedente, o Sr. Marcelo de Oliveira e Silva. Observa-se no
Art 5º do Decreto, que o mesmo entra em vigor na data de sua publicação, ficando seus
efeitos suspensos, no entanto, até a efetiva publicação de lei autorizativa pela Câmara
Municipal de Vereadores, nos termos da cláusula 37.2 do contrato de concessão, tendo
sido a mesma autorizada pelo legislativo cuiabano em seguida.

 Ano 2016 – Atendendo à solicitação do interventor nomeado, para conclusão dos


trabalhos em andamento, o Poder Concedente através de Decreto Municipal, prorroga o
prazo de intervenção até a data de 15/12/2016.

 Em 29/11/2016, o município de Cuiabá e a CAB Cuiabá celebraram o 2º Termo Aditivo


ao contrato de concessão com objetivo de possibilitar que a concessionária reassumisse
a execução contratual, a partir do cumprimento de condições suspensivas previstas em
acordo de investimentos e a assunção de novos controladores, estabelecendo novo prazo
limite de 17/5/2017 para encerramento da intervenção e outras condições estabelecidas,
podendo este prazo ser estendido por no máximo 90 dias.

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 Em 24/5/2017, o Decreto Municipal nº 6279, prorrogou por mais 45 dias o prazo para o
fechamento da operação prevista no 2º Termo Aditivo.

 Em 1/8/2017, encerrou-se a fase de transição da intervenção e a Águas Cuiabá,


controlada pelo grupo IGUÁ SANEAMENTO, assumiu a operação dos serviços de
saneamento.

Nesse contexto, a Prefeitura de Cuiabá, por intermédio da Secretaria Municipal de Meio


Ambiente e Desenvolvimento Urbano - SMADES, contratou a Fundação Getulio Vargas
objetivando auxiliar a municipalidade no processo de revisão do Plano Municipal de Saneamento
Básico, atendendo as diretrizes legais, instituídas no Decreto Federal nº 5.066/11, cujo §4ª, item
V, art. 19 da Lei nº 11.445/2007, estabeleceu sua revisão periódica num prazo não superior a 4
(quatro) anos, sendo que esta constitui importante ferramenta de planejamento e gestão para
subsidiar o Prefeitura e a ARSEC na busca de melhores condições de operação do segmento no
município.

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3. Aspectos Populacionais - Projeções

Projeções demográficas se constituem em um agregado de resultados provenientes de estimativas


baseadas em pressupostos que podem interferir na evolução de uma população, sendo uma
atividade complexa de planejamento urbano, envolvendo níveis de incerteza decorrentes do grande
número de variáveis que a compõe e das imprevisibilidades das mesmas. Por se basearem em
pressupostos, as projeções realizadas requerem um sistemático acompanhamento.

O dimensionamento futuro de populações constitui importante base de indicadores, que podem


subsidiar ações de planejamento, tanto no âmbito do poder público quanto em atividades privadas.
No âmbito público, por exemplo, como importante ferramenta para a definição e acompanhamento
de políticas vinculadas ao atendimento de necessidades sociais básicas da população e, no âmbito
privado, como mensurador do potencial do mercado consumidor e suas perspectivas.

No presente estudo de revisão do PMSB - Cuiabá, primeiramente foram realizados os


levantamentos e análise das projeções populacionais existentes, conforme segue:

3.1 Estudos Existentes de Projeção Populacional

3.1.1 Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) - 2011

O Plano Municipal de Saneamento Básico, finalizado em 2011, elaborou uma projeção populacional
para o período 2011-2041 através de diferentes métodos de projeções, a saber: taxa geométrica e
curvas de tendência linear, logarítmica e polinomial.

A metodologia utilizada foi a projeção para toda área de estudo a partir de uma taxa de crescimento,
projeção essa homogênea, sem que sejam consideradas particularidades, escolhendo-se adotar a
taxa geométrica de crescimento ocorrida no período 2000-2010 para todo o período de estudo.

Após, a população urbana total do município (Tabela 3.1.1.1) foi desagregada conforme a
distribuição apresentada no “Perfil Socioeconômico de Cuiabá, 2009 – Volume IV”, elaborado pelo
Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano – IPDU, considerando constante a
participação de cada bairro em relação à população total.
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Tabela 3.1.1.1
Projeção populacional
População Urbana
Ano
Projetada
2017 604.099
2022 645.050
2027 688.778
2032 735.469
2037 785.326
2041 827.633
Fonte: PMSB/2011

3.1.2 Edital de Concorrência nº 014/2011

O Anexo V do edital de concorrência nº 014/2011, cujo objeto foi a escolha da licitante que
apresentasse a proposta mais vantajosa com vistas à concessão dos serviços públicos de água e
esgoto na área de concessão, em caráter de exclusividade (sendo que a área de concessão foi
definida como o limite territorial urbano do município de Cuiabá, conforme o Plano Diretor do
Município instituído pela Lei Complementar n.º 231 de 27 de maio de 2011, bem como os distritos
de Coxipó do Ouro, Guia, Aguaçu, Sucuri e Nova Esperança Pequizeiro, limitados a sua extensão
urbana), utilizou integralmente os dados do PMSB/2011 como base para a sua projeção
populacional, sendo que os números já foram descritos anteriormente (Tabela 3.1.1.1).

3.1.3 Plano Diretor de Água (PDA) e Plano Diretor de Esgoto (PDE)

O Plano Diretor de Água (PDA) e o Plano Diretor de Esgoto (PDE), contratados pela CAB - Cuiabá,
2012, elaboraram uma projeção populacional até o ano de 2042 utilizando o método das
componentes, através de hipóteses sobre o comportamento futuro provável da fecundidade,
mortalidade e dos fluxos migratórios, resultando nos valores constantes na Tabela 3.1.3.1.

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Tabela 3.1.3.1
Projeção populacional
Coxipó Coxipó
Ano Cuiabá da do Guia Total
Ponte Ouro
2017 234.225 366.224 942 3.820 605.212
2022 239.279 389.440 1.024 3.802 633.545
2027 243.575 408.423 1.063 3.774 656.836
2032 247.119 422.987 1.078 3.737 674.921
2037 249.741 432.980 1.078 3.690 687.490
2042 251.466 439.204 1.068 3.628 695.366
Fonte: PDE-2012.

3.1.4 Estudos e Projetos do Sistema de Esgotamento Sanitário - 2014

Na ocasião da elaboração de estudos e projetos do sistema de esgotamento sanitário, em agosto


de 2014, foi realizada uma revisão do estudo populacional do PDE/2012.

A metodologia utilizada foi a sobreposição dos dados dos setores comerciais dos sistemas de água
e esgoto com os bairros oficiais de Cuiabá, já que os setores comerciais contemplam informações
importantes, tais como número de economias, consumo, etc. Foram considerados 119 bairros e 290
setores comerciais.

O resultado encontrado foram os domicílios e a população por bairro no ano de 2014, assim como
as suas projeções até o ano de 2042. Na Tabela 3.1.4.1 consta um resumo dos valores previstos.

Tabela 3.1.4.1
Projeção populacional elaborada para projetos de esgoto – 2014
Domicílios
População
Urbanos
Urbana Projetada
Ano projetados (Cuiabá
(Cuiabá + Coxipó
+ COXIPÓ da
da Ponte)
Ponte)
2014 182.639 578.806
2017 194.803 599.090
2022 212.403 625.872
2027 227.585 648.120
2032 240.151 665.958
2037 249.988 679.021
Fonte: PDE-2012.
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Através da análise da Tabela 3.1.3.1 e da Tabela 3.1.4.1, percebe-se que a revisão da projeção
populacional ocorrida em 2014 fez uma pequena adequação diminuindo a população projetada
pelo PDE/2012.

3.1.5 Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado – PDDI/2017

O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da região metropolitana do Vale do Rio Cuiabá, em


seu tópico denominado “Dinâmica Demográfica”, tece algumas considerações sobre a população
futura da região, conforme segue:

Em termos de dinâmica demográfica para os próximos 10 anos, é possível afirmar que a tendência
será de estabilização das taxas de crescimento populacional na região, permanecendo assim até
2030, com uma queda gradual dos percentuais atuais. Em 2010, a taxa de incremento demográfico
da região foi de 1,23% ao ano contra 1,53 % do estado de Mato Grosso. Atualmente, a taxa da
região metropolitana é de 0,96% a.a, abaixo da média estadual que era de 1,23%, em 2015. Porém,
mesmo com este ritmo, as projeções para o Vale do Rio Cuiabá indicam que a metrópole alcançará,
em 2030, uma população superior a um milhão de habitantes.

Em 2030, a capital Cuiabá contará com mais de 600 mil moradores, enquanto Várzea Grande
alcançará aproximadamente 300 mil habitantes.

Portanto, apesar de não constar claramente a população projetada, considerando o disposto


anteriormente, na projeção de população do PDDI consta a previsão de uma população menor, no
ano de 2030, do que a prevista no PMSB/2011, estando mais próxima das projeções elaboradas
pelo PDE/2012 e sua adequação em 2014.

3.2 Conceitos de Projeção da População

Como forma de balizar os números das projeções populacionais existentes, apresentados


anteriormente, a presente revisão do PMSB avaliou sete métodos para definição do crescimento
populacional, conforme descrito na sequência, para validação final das populações de projeto.

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Como ponto de partida para o esforço de previsão do crescimento populacional, realizou-se uma
breve avaliação da situação demográfica do município de Cuiabá a partir do levantamento de
dados secundários, assim como de pesquisa de campo. Além disto, foram consideradas políticas
governamentais de ocupação do território de forma a se contemplar a desagregação da população
entre os diversos bairros.

Na avaliação do estudo populacional foram empregados:

 Estatísticas Censitárias e tabulações dos censos de 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010;
 Lei Complementar nº 389/2015 que dispõe sobre o uso, ocupação e urbanização do solo;
 Análise de fotos aéreas; e
 Visitas em campo.

Para os estudos de projeção populacional obtiveram-se as informações dos censos demográficos


do IBGE de 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010 para a área urbana e rural, sendo os resultados destes
apresentados na Tabela 3.2.1.

Tabela 3.2.1
Evolução Populacional
População Taxa de
População Rural População Total
Ano Urbana crescimento
(hab.) (%) (hab.) (%)
(hab.) (%) pop. Urb. (%aa)
1970 88.361 87,61 - 12.499 12,39 100.860 100
1980 197.970 92,95 8,4 15.010 7,05 212.980 100
1991 395.662 98,22 6,5 7.151 1,78 402.813 100
2000 476.532 98,59 2,09 6.814 1,41 483.346 100
2010 540.814 98,13 1,27 10.284 1,87 551.098 100
Fonte: IBGE, 1970 - 1980 - 1991 - 2000 - 2010.

Percebe-se, pela análise da tabela 3.2.1 que Cuiabá vem apresentando taxa de crescimento anual
da população urbana declinante ao longo do período de análise, mostrando um arrefecimento do
incremento anual da população urbana.

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3.2.1 Métodos Matemáticos

3.2.1.1 Aritmético

Este método pressupõe que a população do núcleo urbano aumenta segundo uma progressão
aritmética. Conhecendo-se os dados de população P1 e P2, que correspondem aos anos t1 e t2,
calcula-se a razão “r” de crescimento pela expressão:

Podem-se calcular as razões para vários intervalos e adotar um valor médio. A previsão da
população P, correspondente à data futura t será dada pela equação a seguir:

P = P0 + r ( t - t0 )

onde:

r = razão de crescimento no intervalo ( t - t0 ).

Deve-se considerar este método com a devida cautela, visto que para a previsão com prazos muito
longos, torna-se acentuada a discrepância com a realidade histórica, uma vez que o crescimento é
pressuposto ilimitado.

Nas projeções realizadas foram definidas as taxas de crescimento ocorridas entre 1970-2010, 1980-
2010, 1991-2010 e 2000-2010 em habitantes/ano, conforme Tabela 3.3.1.

3.2.1.2 Geométrico

No método geométrico, admite-se que o crescimento da cidade nos últimos anos se processou
conforme uma progressão geométrica, com as populações dos anos posteriores seguindo a mesma

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tendência. Desde que se conheçam dois dados de população P1 e P2, correspondentes aos anos
t1 e t2, pode-se definir a razão “r” da progressão geométrica pela fórmula:

Da expressão anterior, a previsão de população será:

P = P0 ( r ) t -t0

onde:

r = razão de crescimento no intervalo ( t -t0 ).

Deve-se considerar este método com a devida cautela, visto que para a previsão com prazos muito
longos, torna-se acentuada a discrepância com a realidade histórica, uma vez que o crescimento é
pressuposto ilimitado.

Nas projeções realizadas e apresentadas na sequência, Tabela 3.3.4, foram definidas as taxas de
crescimento ocorridas entre 1970-2010, 1980-2010, 1991-2010 e 2000-2010 em habitantes/ano, e
as respectivas tabelas e gráficos, evidenciando a tendência de crescimento para este método.

3.2.2 Métodos com Ajuda da Ferramenta Linha de Tendência do Excel

Através da linha de tendência central da Planilha Excel da Microsoft, pode-se ajustar os pares de
dados da população versus “x” (diferença de tempo tn -t0), às várias equações representativas dos
modelos matemáticos e obter-se os coeficientes de correlação R². Ao maior coeficiente de
correlação entre os vários modelos matemáticos, corresponderá o melhor ajuste aos dados da
população. Serão testados os modelos matemáticos de ajuste linear, curva de potência, equação
exponencial, equação logarítmica e equação polinomial.

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3.2.2.1 Ajustamento Linear

Neste método o crescimento populacional é representado por uma equação matemática de primeira
ordem, ou seja:

P = a + bx
onde:

a,b = coeficiente angular e linear a serem determinados.


x = número de anos (x= tn -t0)
P = população estimada.

3.2.2.2 Equação da Curva de Potência

P = a .x b para a > 0.

onde:

xi > 0 e Pi > 0
x = intervalo de tempo entre tn -t0.
P = população estimada.

3.2.2.3 Equação Exponencial

P = a. e b.x para a > 0; P > 0.

onde:

e = número de Euler (=2,718281828).


x = intervalo de tempo entre tn-t0.
P = população estimada.

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3.2.2.4 Método Baseado na Equação Logarítmica

P = a + b. ln x

onde:

ln = logaritmo neperiano.
x = intervalo de tempo entre tn -t0.
P = população estimada.

3.2.2.5 Método Baseado na Equação Polinomial

P = ax² + bx + c

onde:

a,b,c = coeficientes.
x = intervalo de tempo entre tn -t0.
P = população estimada.

3.3 Projeção da População Urbana

A partir dos dados populacionais constantes na Tabela 3.2.1 foi estimada a população urbana ao
longo do período de estudo do PMSB pelos diversos métodos citados anteriormente.

Tabela 3.3.1 Tabela 3.3.2


Método Aritmético Método Geométrico
Taxa de crescimento (Razão) Taxa de crescimento (Razão)

Período Razão Razão


Período
(% a.a)
1970 - 2010 11.311,33
1970 - 2010 4,63
1980 - 2010 11.428,13
1980 - 2010 3,41
1991 - 2010 7.639,58
1991 - 2010 1,66
2000 - 2010 6.428,20
2000 - 2010 1,27
Média 9.201,81
Média 2,74
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Tabela 3.3.3
Métodos com Linhas de Tendência

Período Razão R²
Ajustamento Linear y = 11881 x + 99872 R² = 0,9705
Curva de Potência y = 38009 x0,7379 R² = 0,9727
Equação Exponencial y = 112899 e0,0453 x R² = 0,8992
Equação Logarítmica y = 248317 ln(x) – 369346 R² = 0,9979
Equação Polinomial y = -131,31 x² + 17107 x + 74165 R² = 0,9871

As equações foram geradas a partir de dados e gráficos do tipo dispersão tendo-se em conta o ano
t0 = 1970. Apresenta-se também na sequência um quadro resumo contendo o resultado das
projeções através de cada um dos métodos relacionados anteriormente, sendo 2018 o ano base.

Considerando-se os métodos com linhas de tendência, verifica-se que os melhores resultados


encontrados foram a equação polinomial e a equação logarítmica, com valores do coeficiente de
determinação R² de 0,9871 e 0,9979, respectivamente, possuindo maior grau de adesão aos valores
da série histórica.

Tabela 3.3.4
Resumo das Projeções Populacionais – área urbana
Métodos
Ano Ajuste Curva Eq. Eq. Eq.
Aritmético Geométrico
Linear Potência Exponencial Logarítmica Polinomial
-1 2017 605.226 656.003 658.279 651.219 949.175 586.711 588.130
0 2018 614.428 674.824 670.160 661.415 993.161 591.939 592.762
1 2019 623.630 694.308 682.041 671.555 1.039.186 597.059 597.132
2 2020 632.832 714.480 693.922 681.642 1.087.344 602.075 601.240
3 2021 642.034 735.369 705.803 691.675 1.137.733 606.993 605.084
4 2022 651.235 757.002 717.684 701.657 1.190.458 611.814 608.666
5 2023 660.437 779.410 729.565 711.589 1.245.626 616.544 611.986
6 2024 669.639 802.623 741.446 721.472 1.303.350 621.186 615.043
7 2025 678.841 826.673 753.327 731.307 1.363.750 625.742 617.837
8 2026 688.043 851.594 765.208 741.095 1.426.948 630.217 620.368
9 2027 697.244 877.421 777.089 750.838 1.493.075 634.612 622.637
10 2028 706.446 904.190 788.970 760.536 1.562.267 638.931 624.644
11 2029 715.648 931.940 800.851 770.190 1.634.665 643.175 626.387
12 2030 724.850 960.710 812.732 779.801 1.710.418 647.349 627.869

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Métodos
Ano Ajuste Curva Eq. Eq. Eq.
Aritmético Geométrico
Linear Potência Exponencial Logarítmica Polinomial
13 2031 734.052 990.542 824.613 789.371 1.789.682 651.453 629.087
14 2032 743.253 1.021.478 836.494 798.899 1.872.619 655.491 630.043
15 2033 752.455 1.053.564 848.375 808.387 1.959.400 659.464 630.736
16 2034 761.657 1.086.846 860.256 817.836 2.050.202 663.375 631.167
17 2035 770.859 1.121.373 872.137 827.247 2.145.211 667.225 631.335
18 2036 780.061 1.157.196 884.018 836.619 2.244.624 671.016 631.240
19 2037 789.262 1.194.369 895.899 845.954 2.348.644 674.750 630.883
20 2038 798.464 1.232.946 907.780 855.253 2.457.484 678.429 630.263
21 2039 807.666 1.272.986 919.661 864.516 2.571.368 682.054 629.381
22 2040 816.868 1.314.548 931.542 873.744 2.690.530 685.627 628.236
23 2041 826.070 1.357.696 943.423 882.937 2.815.214 689.149 626.828
24 2042 835.272 1.402.495 955.304 892.097 2.945.676 692.622 625.157

Além das análises e cálculos anteriores, serão também analisados outros estudos de projeção
populacional elaborados, conforme descrito a seguir.

3.3.1 Comparativo entre as Projeções Populacionais

A seguir será realizado um comparativo entre as diversas projeções populacionais citadas


anteriormente, a saber:

 PMSB/2017;
 PMSB/2011;
 Edital de concorrência nº 014/2011;
 PDE/2012;
 Estudos e projetos do sistema de esgotamento sanitário – 2014; e
 PDDI / 2017.

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Figura 3.3.1.1
Projeção populacional – comparativo

Elaboração: FGV

Percebe-se que a projeção elaborada pelo PMSB/2011 considera uma população muito superior às
demais estudadas, sendo que as outras três (PDE/2012, Projetos/2014 e PMSB/2017) estão muito
próximas e convergentes.

Algumas restrições podem ser feitas à projeção elaborada pelo PMSB/2011, principalmente a
utilização de uma taxa de crescimento constante ao longo de todo o período de estudo (igual à
ocorrida no período 2000-2010).

Portanto, considerando todas as projeções populacionais existentes já citadas e o balizamento


realizado pela presente revisão do PMSB, será adotada a projeção populacional elaborada pelos
estudos e projetos do sistema de esgotamento sanitário – 2014, conforme Tabela 3.1.4.1.
Demonstrada anteriormente.

Um comparativo adicional pode ser realizado, utilizando as estimativas populacionais do IBGE.


Segundo o IBGE, para o ano de 2017, o município de Cuiabá possuía uma população total
estimada em 590.118 habitantes. Considerando uma taxa de urbanização de 98,13% (conforme

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censo 2010) resultaria em uma população urbana em 2017 de 579.105 habitantes, valor esse cerca
de 3% inferior à projeção adotada na presente revisão do PMSB.

Além da população urbana do total do município estimada, esta necessita ser desagregada entre
os diversos bairros existentes, uma vez que, devido a vários fatores, tais como as tendências
naturais de adensamento em regiões centrais, ocupação de lotes vagos em regiões periféricas,
surgimento de infraestrutura que demanda fluxos diversos aos mais variados setores do município
e Leis que determinam as características construtivas destes setores, se faz necessário uma
avaliação de todos estes aspectos a fim de determinar qual a distribuição populacional mais
provável que acontecerá na área territorial do município.

Conforme já descrito anteriormente, será adotada no presente PMSB a projeção populacional feita
na ocasião da elaboração de estudos e projetos do sistema de esgotamento sanitário, em agosto
de 2014, elaborada através da sobreposição dos dados dos setores comerciais dos sistemas de
água e esgoto com os bairros oficiais de Cuiabá.

Devido à confiabilidade do cadastro comercial, essa metodologia traduz números coerentes para
os diferentes bairros do município, sendo que foram feitas também projeções populacionais, por
bairro, conforme Tabela 3.3.1.1.

Foram analisadas as tendências de crescimento resultantes da Tabela 3.3.1.1 de acordo com as


características atuais e da legislação em vigor do uso e ocupação do solo, concluindo que há
coerência nos valores apresentados, motivo pelo qual se decidiu pela sua adoção no presente
PMSB.

Tabela 3.3.1.1
Projeção populacional por bairro adotada no PMSB/2017
Bairro 2017 2022 2027 2032 2037 2042
AEU Leste 23.217 25.096 26.927 28.800 30.118 30.465
AEU Manduri 5.698 6.159 6.608 7.068 7.391 7.477
AEU Norte 21.018 22.719 24.376 26.072 27.266 27.580
AEU Oeste 11.468 12.396 13.300 14.225 14.877 15.048
AEU Sul 1 1.884 2.036 2.184 2.336 2.443 2.472
AEU Sul 2 547 591 634 678 709 717
AEU Sul 3 267 289 310 331 346 350
AEU Sul 4 5.053 5.461 5.860 6.267 6.554 6.630

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Bairro 2017 2022 2027 2032 2037 2042
Altos do Coxipó 2.277 2.440 2.547 2.609 2.642 2.659
Alvorada 13.733 14.077 14.523 14.977 15.426 15.871
Araés 5.725 5.734 5.743 5.753 5.762 5.771
Areão 5.839 5.781 5.730 5.685 5.648 5.615
Bairro 1º de Março 6.804 7.032 7.269 7.513 7.762 8.011
Bandeirantes 1.158 1.139 1.133 1.129 1.129 1.128
Barra do Pari 7.157 7.384 7.644 7.905 8.163 8.415
Baú 2.136 2.099 2.075 2.060 2.052 2.047
Bela Marina 575 620 655 682 700 711
Bela Vista 2.907 2.859 2.837 2.827 2.821 2.818
Boa Esperança 7.053 6.962 6.889 6.828 6.782 6.745
Bosque da Saúde 5.336 6.087 6.737 7.184 7.467 7.634
Cachoeira das Garças 47 47 47 47 47 47
Campo Velho 2.076 2.049 2.026 2.009 1.995 1.985
Campo Verde 1.367 1.356 1.347 1.338 1.331 1.323
Canjica 2.778 2.733 2.716 2.709 2.707 2.707
Carumbé 2.613 2.567 2.538 2.521 2.512 2.506
Centro Norte 3.779 3.711 3.675 3.656 3.646 3.642
CPA 7.296 7.454 7.496 7.509 7.513 7.515
Centro Sul 5.042 4.953 4.905 4.880 4.867 4.862
Cidade Alta 9.672 9.582 9.501 9.431 9.369 9.316
Cidade Verde 2.553 2.508 2.487 2.477 2.474 2.472
Cohab São Gonçalo 3.896 3.994 4.095 4.200 4.307 4.416
Coophamil 5.988 5.882 5.817 5.778 5.755 5.742
Coophema 847 858 870 881 892 904
Coxipó 4.539 4.471 4.419 4.381 4.354 4.335
Despraiado 9.469 10.350 10.930 11.221 11.355 11.417
Distrito Industrial 133 144 155 167 180 194
Dom Aquino 8.549 8.408 8.348 8.327 8.317 8.314
Dom Bosco 2.126 2.379 2.566 2.690 2.765 2.810
Duque de Caxias 6.536 7.152 7.666 8.057 8.334 8.520
Goiabeiras 6.585 6.468 6.407 6.377 6.363 6.356
Grande Terceiro 4.674 4.597 4.544 4.508 4.484 4.469
Jardim Aclimação 2.290 2.540 2.700 2.791 2.839 2.863
Jardim Califórnia 2.435 2.583 2.720 2.838 2.936 3.012
Jardim Comodoro 1.072 1.207 1.311 1.382 1.428 1.455
Jardim Cuiabá 1.946 1.913 1.891 1.878 1.869 1.865
Jardim das Américas 4.750 5.037 5.234 5.357 5.428 5.470
Jardim das Palmeiras 1.007 1.121 1.220 1.296 1.351 1.389
Jardim dos Ipês 2.593 2.670 2.750 2.832 2.916 3.000
Jardim Eldorado 1.224 1.348 1.462 1.558 1.634 1.691
Jardim Europa 1.753 1.727 1.718 1.715 1.714 1.714
Jardim Florianópolis 4.926 5.149 5.376 5.598 5.813 6.014
Jardim Fortaleza 3.473 3.462 3.453 3.444 3.434 3.426
Jardim Gramado 3.431 3.848 4.186 4.429 4.591 4.691
Jardim Imperial 6.803 7.596 8.265 8.772 9.127 9.361
Jardim Industriário 11.777 12.754 13.479 13.958 14.251 14.422
Jardim Itália 11.131 13.331 14.505 15.028 15.243 15.328
Jardim Leblon 5.752 7.016 8.293 8.949 9.272 9.383
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Bairro 2017 2022 2027 2032 2037 2042
Jardim Mariana 2.162 2.391 2.504 2.554 2.575 2.584
Jardim Mossoró 2.484 2.767 2.877 2.914 2.926 2.930
Jardim Passaredo 2.647 2.925 3.019 3.047 3.054 3.057
Jardim Paulista 3.143 3.194 3.247 3.302 3.358 3.412
Jardim Petrópolis 1.994 2.036 2.078 2.122 2.166 2.212
Jardim Presidente 2.607 2.940 3.192 3.359 3.462 3.520
Jardim Santa Isabel 8.074 8.561 8.773 8.853 8.883 8.894
Jardim Santa Marta 1.977 2.123 2.262 2.382 2.483 2.564
Jardim Shangri-lá 1.202 1.233 1.265 1.296 1.328 1.359
Jardim Tropical 1.627 1.609 1.595 1.582 1.571 1.562
Jardim Ubirajara 695 769 836 890 931 961
Jardim Universitário 3.440 3.574 3.730 3.890 4.055 4.225
Jardim Vitória 9.159 9.122 9.087 9.052 9.019 8.988
Jordão 1.321 1.386 1.453 1.522 1.588 1.653
Lagoa Azul 2.259 2.357 2.455 2.550 2.637 2.713
Lixeira 3.799 3.732 3.691 3.665 3.651 3.642
Morada da Serra 51.262 50.435 49.846 49.438 49.162 48.980
Morada do Ouro 7.355 7.996 8.615 9.177 9.659 10.053
Morada dos Nobres 405 397 395 392 392 392
Nossa Sra. Aparecida 3.278 3.552 3.821 4.068 4.282 4.462
Nova Conquista 1.516 1.590 1.667 1.743 1.820 1.894
Nova Esperança 4.883 5.424 5.624 5.688 5.707 5.713
Novo Colorado 3.434 3.658 3.875 4.074 4.250 4.400
Novo Horizonte 2.501 2.465 2.452 2.449 2.448 2.447
Novo Mato Grosso 3.146 3.444 3.725 3.972 4.173 4.332
Novo Paraíso 7.448 8.076 8.654 9.071 9.348 9.524
Novo Terceiro 3.194 3.196 3.198 3.200 3.202 3.204
Osmar Cabral 5.247 5.386 5.529 5.675 5.826 5.979
Paiaguás 4.342 4.659 4.987 5.253 5.454 5.600
Parque Atalaia 4.173 4.529 4.777 4.930 5.016 5.063
Parque Cuiabá 8.145 8.369 8.601 8.840 9.085 9.333
Parque Geórgia 2.074 2.231 2.265 2.271 2.272 2.272
Parque Ohara 992 1.048 1.106 1.163 1.219 1.272
Pascoal Ramos 6.202 7.010 7.438 7.632 7.715 7.748
Pedra 90 23.267 24.660 25.953 27.082 28.013 28.746
Pedregal 5.456 5.360 5.310 5.287 5.276 5.270
Pico do Amor 3.166 3.783 4.277 4.675 4.964 5.178
Planalto 4.095 4.022 3.986 3.970 3.962 3.958
Poção 4.998 4.929 4.875 4.832 4.800 4.775
Popular 1.726 1.699 1.688 1.683 1.682 1.682
Porto 11.511 11.475 11.440 11.407 11.374 11.342
Praeirinho 1.091 1.072 1.060 1.052 1.047 1.044
Praeiro 1.036 1.022 1.010 1.001 995 990
Quilombo 8.637 8.547 8.470 8.402 8.345 8.297
Recanto dos Pássaros 3.851 4.362 4.657 4.803 4.871 4.900
Residencial Coxipó 11.562 12.421 13.278 14.093 14.837 15.488
Residencial Itamarati 1.955 2.090 2.225 2.357 2.479 2.589
Residencial Santa Inês 1.952 1.920 1.908 1.905 1.903 1.902
Residencial São Carlos 3.029 3.097 3.166 3.237 3.310 3.385
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Bairro 2017 2022 2027 2032 2037 2042
Ribeirão da Ponte 2.767 2.719 2.688 2.668 2.656 2.649
Ribeirão do Lipa 2.056 2.021 1.998 1.983 1.973 1.968
Santa Cruz 3.280 3.685 3.869 3.941 3.967 3.977
Santa Laura 3.673 4.110 4.472 4.741 4.923 5.039
Santa Rosa 2.047 2.268 2.419 2.511 2.562 2.590
São Francisco 2.571 2.719 2.871 3.023 3.169 3.307
São Gonçalo Beira Rio 182 180 180 179 179 179
São João Del Rey 6.359 7.175 7.784 8.185 8.425 8.562
São José 1.402 1.514 1.562 1.580 1.586 1.588
São Roque 702 707 714 720 726 732
São Sebastião 2.687 2.658 2.650 2.650 2.650 2.650
Sol Nascente 1.949 1.917 1.894 1.879 1.868 1.861
Terceiro 3.348 3.375 3.402 3.429 3.457 3.484
Terra Nova 2.774 2.744 2.718 2.696 2.679 2.663
Tijucal 14.785 14.523 14.363 14.271 14.218 14.188
Três Barras 5.755 6.522 7.019 7.299 7.443 7.513
UFMT 56 62 64 65 65 65
Vista Alegre 401 406 411 416 422 427
Total 599.090 625.872 648.120 665.958 679.021 687.028

Na Tabela 3.3.1.1 consta a projeção da população urbana dos distritos de Cuiabá e Coxipó da
Ponte. Quanto aos outros distritos (Coxipó do Ouro e Guia), a projeção populacional foi elaborada
conforme a mesma metodologia utilizada para o PDE/2012 e sua atualização, para que haja
coerência entre as projeções para todos os distritos, encontrando-se os valores da Tabela 3.3.1.2.

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Tabela 3.3.1.2
Projeção da população para os distritos Coxipó do Ouro e Guia
Coxipó do Ouro Guia
Ano Pop. Urbana Pop. Rural Pop. Urbana Pop. Rural
(hab.) (hab.) (hab.) (hab.)
2017 152 789 1.699 2.124
2018 156 806 1.745 2.075
2019 160 822 1.790 2.027
2020 164 839 1.832 1.980
2021 165 848 1.878 1.931
2022 167 857 1.922 1.882
2023 168 866 1.964 1.834
2024 170 875 2.006 1.788
2025 171 884 2.045 1.742
2026 171 888 2.068 1.713
2027 171 892 2.090 1.684
2028 171 897 2.112 1.656
2029 171 901 2.133 1.628
2030 171 905 2.154 1.600
2031 171 906 2.160 1.586
2032 171 907 2.166 1.572
2033 171 908 2.172 1.558
2034 171 909 2.177 1.543
2035 171 910 2.183 1.529
2036 170 909 2.178 1.523
2037 170 908 2.173 1.517
2038 169 908 2.168 1.511
2039 169 907 2.162 1.505
2040 168 906 2.157 1.499
2041 168 904 2.150 1.491
2042 167 901 2.144 1.484

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4. Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água

O diagnóstico apresentado adiante, aborda as principais características e os aspectos relativos aos


diversos sistemas produtores, sistemas de adução, elevação e reservação de água tratada, sistema
de distribuição, ligações e economias de água, hidrometração, volumes operacionais, qualidade da
água distribuída, projetos existentes, obras emergenciais em andamento e uma avaliação das
condições atuais dos sistemas de abastecimento de água.

4.1 Sistemas Produtores

Os sistemas produtores de abastecimento de água são compostos pelas seguintes unidades:

 Captação: estrutura para captar a água de rios (superficial) ou de poços (subterrâneo);


 Adução de água bruta: tubulação que conduz a água bruta para a Estação de Tratamento
de Água (ETA); e
 Estação de Tratamento de Água (ETA): unidade que recebe a água bruta e, por meio de
uma série de processos físicos e químicos, faz o tratamento da água tornando-a potável;

O PMSB de Cuiabá, elaborado em 2011, apresentou diagnóstico, prognósticos, projeções


populacionais e de demandas dos serviços, orçamentos, entre outros elementos, caracterizando-
se como documento balizador constando das diretrizes para o desenvolvimento do setor no
município de Cuiabá. A configuração física proposta no PMSB assumiu um planejamento físico
para o Sistema de Abastecimento de Água, condizente aos elementos discutidos com a SANECAP,
prevendo-se readequação da configuração física e delimitação da área de abrangência da área
produzida, reduzindo a apenas três sistemas, denominados de Sistema Ribeirão do Lipa - SRL,
Sistema Tijucal – ST e Sistema Parque Cuiabá – SPC, conforme Figura 4.1.1 que segue.

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Figura 4.1.1
Concepção Geral do Sistema de Abastecimento de Água, conforme PMSB

Fonte: Concessionária

Adicionalmente, o PMSB - Cuiabá 2011, desenvolveu para cada um desses sistemas, projeções
populacionais e as estimativas de demandas.

Após a assunção dos serviços, a Concessionária CAB CUIABÁ, contratou a elaboração do Plano
Diretor de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Município de Cuiabá - MT,
junto a ETEP Ltda. (2012), abrangendo diagnóstico, estudos demográficos, projeções de
demandas, estudos de alternativas incluindo também alternativas para os sistemas de lodos de
ETAs e Plano Diretor dos Sistemas de Abastecimento de Água – PDA, do município de Cuiabá.

Desde então, verificou-se a não razoabilidade de implantação no horizonte temporal planejado, da


proposição constante no PMSB – Cuiabá (2011), e proposta técnica da concessionária, em virtude
da realidade completamente divergente do sistema já existente. Assim, as alternativas resultantes,
incluindo a revisão dos estudos iniciais (Gerentec 2013 Revalidação do PDA), acabaram por validar
nova configuração física dos sistemas, mais próxima e coerente com uma revisão otimizada da
configuração dos sistemas existentes, mantendo-se unidades produtoras já existentes, ampliando-
as e adequando-as.

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Atualmente a concessionária está finalizando/revalidando os estudos de concepção e plano diretor
de abastecimento de água de Cuiabá, mantendo-se as condicionantes de máximo aproveitamento
das unidades existentes e medidas estruturantes transformadoras para horizonte temporal de médio
e longo prazo, incluindo o reordenamento e redistribuição dos sistemas produtores Ribeirão do Lipa,
Cophema e Parque Cuiabá.

A Concessionária Águas Cuiabá, é responsável pelos serviços de abastecimento de água de toda


a área urbana de Cuiabá, incluindo os seguintes núcleos populacionais: distritos Sede e Coxipó da
Ponte; distrito Sucuri; distrito Coxipó do Ouro; distrito da Guia; distrito Aguaçu e distrito Nova
Esperança/Pequizeiro, conforme Figura 4.1.2 adiante, juntamente com as unidades que atendem
os demais distritos.

Figura 4.1.2
Área de cobertura do SAA municipal

Fonte: PDA 2012.

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Com relação aos distritos Sede e Coxipó da Ponte, esses são atendidos pelos seguintes sistemas,
a partir de mananciais superficiais e subterrâneos, cujas capacidades nominais de tratamento
encontram-se registradas na Tabela 4.1.1 adiante.

 Sistema Central (ETA 1 – Presidente Marques e ETA 2 – São Sebastião).


 Sistema Tijucal;
 Sistema Ribeirão do Lipa;
 Sistema Porto;
 Sistema Coophema;
 Sistema Parque Cuiabá; e
 Sistemas Isolados (Independentes – Poços).

Tabela 4.1.1
Capacidade das unidades de tratamento

Unidade Distrito Capacidade nominal (l/s) Participação %


ETA Central Sede / Coxipó da Ponte 1.220 41,85
ETA Tijucal Sede / Coxipó da Ponte 1.000 34,31
ETA Ribeirão do Lipa Sede / Coxipó da Ponte 200 6,86
ETA Porto Sede / Coxipó da Ponte 200 6,86
ETA Coophema Sede / Coxipó da Ponte 100 3,43
ETA Parque Cuiabá Sede / Coxipó da Ponte 50 1,72
Sistemas Isolados (Poços) Sede / Coxipó da Ponte 120 4,12
ETA Sucuri Sucuri 5 0,17
ETA Coxipó do Ouro Coxipó do Ouro 5 0,17
ETA Guia Guia 10 0,34
ETA Aguaçu Aguaçu 5 0,17
TOTAL 2.915 100,00
Fonte: Águas Cuiabá / SNIS.

4.1.1 Distritos Sede e Coxipó da Ponte

Conforme já descrito anteriormente, atualmente os distritos Sede e Coxipó da Ponte são atendidos
de forma integrada pelos seguintes sistemas:

 Sistema Central (São Sebastião e Presidente Marques);


 Sistema Tijucal;
 Sistema Ribeirão do Lipa;
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 Sistema Porto;
 Sistema Coophema;
 Sistema Parque Cuiabá; e
 Sistemas Isolados – Poços.

Esses sistemas utilizam água dos mananciais superficiais (Rio Cuiabá e Rio Coxipó) e do manancial
subterrâneo, para atendimento da população, através de diversos poços profundos que atendem a
pequenos condomínios ou loteamentos, localizados nas zonas norte e sul da área urbana dos
distritos Sede e Coxipó de Ponte do município de Cuiabá.

A Figura 4.1.1.1, a seguir permite uma visualização espacial da localização dos poços tubulares em
Cuiabá, identificando-os quanto a operação se ativos ou desativados.

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Figura 4.1.1.1
Localização dos Poços Tubulares Profundos

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

A Figura 4.1.1.2, a seguir apresenta o mapa geral de Cuiabá – infraestrutura de saneamento


(abastecimento de água) CAB 2015.

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Figura 4.1.1.2
Sistemas Produtores – Abrangência de Atendimento

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

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4.1.1.1 Sistema Central (S. Sebastião ETA 2/Pres. Marques ETA 1)

MANANCIAL

O manancial utilizado pelo sistema central é o rio Cuiabá, com o local de captação situado a
montante da foz do ribeirão do Lipa.

Segundo o PMSB/2011, o monitoramento realizado no rio Cuiabá pelo Departamento de Engenharia


Sanitária da Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT aponta uma vazão mínima de 90 a 114
m³/s e vazão média de 300 a 350 m³/s, demonstrando a elevada vazão disponível nesse manancial.

Com relação a qualidade da água bruta captada, segundo o PMSB/2011, de acordo com estudos
da UFMT (corroborados por estudos desenvolvidos pelos órgãos ambientais do Estado), em termos
de oxigênio dissolvido-OD e demanda bioquímica de oxigênio – DBO, as águas do rio Cuiabá
atendem as prescrições de curso d’água Classe II (seu enquadramento atual), mas vem
apresentando crescente degradação. Para coliformes, porém, o rio já apresenta trechos com níveis
fora dos limites prescritos para os cursos d’água Classe II, principalmente após receber as cargas
orgânicas dos seus afluentes que cortam as áreas urbanas de Cuiabá e Várzea Grande.

CAPTAÇÃO E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA - EEAB

A captação de água bruta é feita através de uma estação elevatória de água bruta - EEAB no Rio
Cuiabá, composta por cinco conjuntos moto bombas (CMB) de eixo prolongado, um em cada
tubulão da estrutura de concreto armado, com as seguintes características individuais: Q = 243 l/s;
HM = 83,4 mca; Potência = 500 cv.

ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA - AAB

A EEAB atual, tem capacidade informada para recalcar até 1.250 l/s nominal para as ETAs 1 e 2 do
sistema central, através de três adutoras de água bruta com as seguintes características:

 2.400 m com diâmetro de 500 mm em ferro fundido;


 Sistema São Sebastião:
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 2.349,64 m com diâmetro de 500 mm em ferro fundido;
 1.492,37 m com diâmetro de 550 mm em ferro fundido; e
 4.044,19 m com diâmetro de 600 mm em ferro fundido.
 Sistema Presidente Marques:
 224,28 m com diâmetro de 500 mm em ferro fundido; e
 3.690,54 m com diâmetro de 600 mm em ferro fundido.

A Figura 4.1.1.1.1 a seguir ilustra o sistema de captação e adução de água bruta do sistema São
Sebastião.

Figura 4.1.1.1.1
Sistema de captação e adução de água bruta do sistema São Sebastião

Fonte: Plano Diretor de Água, 2012.

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TRATAMENTO – ETA 1 E ETA 2

As estações de tratamento de água Presidente Marques (ETA 1) e São Sebastião (ETA 2) tratam
130 l/s e 1200 l/s, respectivamente. As duas unidades de tratamento operam no modo convencional,
através de coagulação, floculação, decantação, filtração e pós cloração.

Os floculadores da ETA 1 operam de forma hidráulica, ou seja, a floculação ocorre de acordo com
os gradientes de velocidade gerado no floculador. Já na ETA 2, o sistema de floculação é provido
de três baterias de floculadores eletromecânicos com a opção de variação nos gradientes de
velocidade controlados por inversores de frequência.

A captação de água bruta para as ETAs citadas é feita no Rio Cuiabá através de 5 (cinco) CMB
com vazão aproximada de 250 l/s para cada bombeador a uma distância de 4,5 km da ETA por
adutoras em ferro fundido e aço.

A ETA São Sebastião foi contemplada com 4 (quatro) decantadores, 8 (oito) filtros de dupla camada,
canal de água final, CMB de grande porte que fazem a adução para vários reservatórios e adutoras
com abastecimento em marcha, abastecendo 42% da Cidade de Cuiabá, operando diuturnamente.

As duas unidades de decantação da ETA 2 são providas de módulos de decantação, coletores de


água decantada tipo flauta bem como canaletas de coleta de água decantada em concreto, as quais
direcionam o volume decantado aos filtros.

MELHORIAS EXECUTADAS NAS ETAS I E II

Todos os módulos de decantação bem como sistema de distribuição de água floculada nas ETAs
se encontravam em péssimas condições de operação devido ao longo tempo de uso, sendo
necessária a troca de todos os módulos e melhorias nas estruturas de sustentação.

O sistema de filtração provido de oito unidades foi construído na forma de filtros simples de apenas
uma camada de areia e no decorrer dos anos de operação foram adaptados para filtros de alta taxa
com seus leitos filtrante montados em dupla camada, areia e carvão antracito.

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O projeto inicial foi montado com sistema de lavagem superficial tipo palmer que no decorrer dos
anos foi danificado, abandonado e removido.

Os filtros se encontravam em condições inadequadas não sendo possível manter o padrão de


turbidez abaixo de 0,50 NTU de forma a atender a portaria do Ministério da Saúde, além de elevado
gasto de água de lavagem.

No decorrer da execução do projeto, foram removidos todos os leitos filtrantes inclusive camadas
suporte, reparados os blocos cerâmicos e reinstalado sistema de lavagem superficial em quatro
unidades.

Foram substituídas todas comportas de descarga dos oito filtros na ETA II e as adufas de fundo dos
canais de água decantada da ETA I, das quais promoviam uma perda de aproximadamente 20 l/s,
nas duas unidades.

GANHOS OBTIDOS

Após as melhorais realizadas nos decantadores e filtros das duas ETAS, foram obtidos os seguintes
resultados:

a) Melhoria na qualidade da água decantada, filtrada e final. Para qualquer situação de


qualidade da água bruta, os atuais sistemas são capazes de atender os parâmetros,
inclusive a portaria com turbidez menor que 0,50 NTU;
b) Redução do consumo de água de lavagem contribuindo para aumento do volume
entregue;
c) Aumento da carreira de filtração de 12 horas para até 35 horas de funcionamento;
d) Redução do consumo de energia elétrica; e
e) Imagem e satisfação operacional.

Seguem nas figuras abaixo, os resultados de antes e depois das melhorias executadas nos filtros e
decantadores.

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Figura 4.1.1.1.2

Amostras acima do padrão 0,50 NTU antes das melhorias no filtro 1

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Figura 4.1.1.1.3

Amostras abaixo do padrão 0,50 NTU após as melhorias no filtro 1

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Figura 4.1.1.1.4

Amostras acima do padrão 0,50 NTU antes das melhorias no filtro 2

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.1.5

Amostras acima do padrão 0,50 NTU antes das melhorias no filtro 2

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Figura 4.1.1.1.6

Número de lavagem dos filtros

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Conforme pode ser visto na Figura 4.1.1.1.6, o número de lavagens dos filtros foi reduzido de forma
expressiva nos períodos compreendidos entre em maio de 2016 e abril de 2017. Para tanto, é
possível verificar no filtro 5, que em maio de 2016 foi lavado 44 vezes e em abril de 2017 passou
para apenas 29 vezes, resultando na redução de água utilizada no processo.

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Figura 4.1.1.1.7

Percentual de água captado utilizado no processo em 2015

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.1.8

Percentual de água captado utilizado no processo em 2016

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.1.9

Percentual de água captado utilizado no processo em 2017

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Os gráficos referentes ao percentual de água captado que é utilizado no processo de produção da


água final demostram que as quantidades de água utilizada já representavam a eficiência das
melhorias a partir de 2015. Uma unidade de tratamento que chama a atenção nessa redução é a
ETA Porto (mês de janeiro), que de 34 % em 2015, passou para 14% em 2016 e 5% em 2017.

A seguir são apresentadas, através de registro fotográfico, as melhorais executadas nas ETAs
Presidente Marques e ETA São Sebastião.

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Figura 4.1.1.1.10

Obras do sistema de lavagem superficial em quatro dos filtros.

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Figura 4.1.1.1.11

Equipamentos realizando a substituição dos leitos filtrantes

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Figura 4.1.1.1.12
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Reposição das camadas suporte, areia e carvão antracito

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Figura 4.1.1.1.13

Retirada dos módulos de decantação

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.1.14

Reposição de novos módulos de decantação

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

O tratamento da água nesse sistema acontece em duas unidades, denominadas ETA 1 (Presidente
Marques) e ETA 2 (São Sebastião), localizadas nas avenidas Presidente Marques e São Sebastião,
respectivamente.

A ETA 1 foi inaugurada em 1945 e tem capacidade nominal de 127 l/s chegando a tratar 132 l/s em
picos de demanda, segundo o PDA. Já a ETA 2 , inaugurada em 1969 e ampliada em 1977, possui
capacidade nominal para 1.175 l/s chegando a tratar 1.500 l/s em picos de demanda, também
segundo o PDA.

Atualmente, a mistura rápida de toda a água transportada é feita na ETA 2. Após a mistura rápida,
parte da água é transferida para a ETA 1.

A ETA 1 possui, basicamente, as seguintes unidades:

 Calha Parshall 9”;


 Casa de química;
 Floculadores hidráulicos de fluxo vertical com chicanas, com volume de 93,6 m³.
Considerando a capacidade dessa ETA, que é de 127 l/s, encontra-se um tempo de
detenção de 12 minutos, sendo inadequado;
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 Decantadores: duas unidades com dimensões unitárias de 8,2 m de largura e 14,05 m de
comprimento, sendo que parte do comprimento (8,95 m) não possui lamelas;
 Filtros: quatro unidades com dimensões de 4,23 x 3,88 m e material filtrante constituído
de camada dupla de areia e antracito. Segundo o PDA, as taxas de filtração resultantes
são satisfatórias: 171 m³/m².dia para quatro filtros em funcionamento e 228 m³/m².dia
quando um dos filtros encontra-se parado para retrolavagem ou manutenção;
 Para a lavagem dos filtros é utilizada água reservatório elevado localizado na própria área
da ETA, sendo que a água de lavagem não é recuperada, voltando ao manancial; e
 Desinfecção através da aplicação de cloro gás.

Já a ETA 2 possui, basicamente, as seguintes unidades:

 Vertedor retangular que possibilita a mistura rápida;


 Floculadores: três unidades de floculadores mecânicos, sendo que cada um possui seis
câmaras em série. As quatro primeiras câmaras apresentam turbina, enquanto as últimas
duas possuem paletas. O volume resultante de floculação, segundo o PDA, é de
1.705,5 m³, o que garante um tempo de detenção de 24 minutos para a vazão de 1.175
l/s, também, inadequado;
 A partir da floculação, há uma divisão da ETA em dois módulos de tratamento: um do final
dos anos 1960 e outro instalado na década de 1980;
 O módulo mais antigo é formado por dois decantadores com dimensões de 13,40 m x
15,50 m em planta, dotados de lamelas tubulares. Segundo o PDA, estimando a
passagem de 1/3 da vazão total por estes decantadores, tem-se que as velocidades
críticas de sedimentação variam de 24 a 12 m³/m².dia (uma e duas unidades em
operação, respectivamente), indicando uma operação com folga considerável destas
unidades;
 Possui quatro filtros com dupla camada filtrante (areia e antracito), fluxo descendente e
dimensões em planta de 6,50 m x 7,73 m, resultando uma taxa de filtração, segundo o
PDA, satisfatória, variando de 242 a 182 m³/m².dia (três e quatro unidades em operação,
respectivamente);
 O módulo mais novo é formado por outros dois decantadores lamelares, com dimensões
que resultam, segundo o PDA, em velocidades críticas de sedimentação variando entre
20 e 18 m³/m².dia (nove e dez unidades em funcionamento); e

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 Possui também quatro filtros, com dimensões em planta de 7,80 m x 9,60 m. As taxas de
filtração, segundo o PDA, variam de 325 a 244 m³/m².dia (três e quatro filtros em
funcionamento, respectivamente), sendo satisfatórias. No período de intervenção foram
implantadas melhorias no sistema de lavagem dos filtros.

Após a filtração em ambos os módulos, a água é encaminhada para um reservatório de contato,


enterrado, no qual se aplica o cloro gás para desinfecção e que serve como poço de sucção para
as bombas que alimentam as demais unidades do sistema.

Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
sendo que as mesmas são lançadas sem nenhum tratamento em córregos e canais próximos.

As Figuras 4.1.1.1.15 a 4.1.1.1.17, apresentam de forma destacada a área de influência do


abastecimento a partir do Sistema Central: ETA 1 (Presidente Marques), ETA 2 (São Sebastião) e
ETA 1 + ETA 2 do Sistema Central.

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Figura 4.1.1.1.15
Sistema Central atendido pela ETA 1 – Presidente Marques

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

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Figura 4.1.1.1.16
Sistema Central atendido pela ETA 2 – São Sebastião

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

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Figura 4.1.1.1.17
Sistema Central ETA 1 e ETA 2

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

4.1.1.2 Sistema Tijucal

MANANCIAL

O manancial utilizado pelo sistema Tijucal é o rio Coxipó, afluente da margem esquerda do rio
Cuiabá.

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Segundo uma dissertação da UFMT 2015, de autoria de Paulo Alexandre Jesus Gomes da Silva,
orientado por Daniela Maimoni de Figueiredo:

Na bacia do rio Coxipó existem os mais diversificados usos da água, especialmente


para o abastecimento público, balneabilidade, diluição de efluentes e conservação
da biota. Sendo assim, é fundamental a geração de conhecimento que subsidiem a
tomada de decisão para a mitigação dos impactos negativos decorrentes de
atividades antrópicas, visando garantir qualidade de água para os usos múltiplos
atuais e futuros e a conservação dos seus ecossistemas aquáticos e, por
conseguinte, do bioma pantaneiro, visto se tratar de um importante afluente do rio
Cuiabá, um dos principais rios formadores do Pantanal Norte. O objetivo principal
deste trabalho foi avaliar as oscilações sazonais das condições limnologias e da
qualidade da água do rio Coxipó e principais afluentes, quais alterações vêm
ocorrendo nestas condições devido aos usos da água e do solo na bacia e se os
padrões legais de qualidade são atendidos para os usos múltiplos da água
requeridos pela população, subsidiando assim o planejamento e a gestão dos
recursos hídricos nesta bacia. Foram realizadas quatro amostragens em períodos
sazonais distintos, em nove pontos amostrais, sendo analisadas variáveis físicas,
químicas e microbiológicas da água. Foi calculado o Índice de Qualidade da Água
(IQA) e feito levantamento em campo dos usuários da água ao longo de 60 km do
rio Coxipó. Foi possível verificar nos resultados do IQA, que as variáveis que mais
responderam à alteração da qualidade da água foram o potencial hidrogeniônico,
oxigênio dissolvido, fósforo total, turbidez e Escherichia coli. Foi possível inferir que
o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães possui papel fundamental para a
manutenção da qualidade da água e demais condições ecológicas dos corpos
d’água da alta do rio Coxipó e que o processo de urbanização, mau uso do solo
através das atividades desenvolvidas, carência de investimentos em saneamento
básico, gestão dos recursos hídricos ainda incipientes, contribuem para a
deterioração da qualidade da água na área urbana de Cuiabá.

Foi possível inferir que as captações tanto outorgadas como as não outorgáveis não
são expressivos nos dois períodos sazonais. Entretanto, o maior problema com
relação à deterioração da qualidade da água se deve principalmente aos esgotos
outorgados e clandestinos, que interfere na capacidade de diluição e autodepuração
do rio Coxipó, que por consequência, afetará a qualidade da água do rio Cuiabá.

CAPTAÇÃO E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA – EEAB 1 E 2

A captação de água bruta é feita no rio Coxipó através de duas tomadas d’água. A tomada principal
capta água no meio do rio através de dois CMBs com as seguintes características individuais:

 Vazão (Q ) = 1.177 l/s;


 Altura manométrica (Hm) = 25 mca; e
 Potência = 550 cv.

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A tomada secundária, a fio d’água na margem esquerda do rio, se dá por tubulação que alimenta o
poço de sucção da EEAB-2, composta por dois CMBs instalados ao nível do terreno, com bombas
que transportam a água captada para a ETA II.

ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA – AAB

A adução de água bruta dessa tomada (EEAB 1) se faz por duas adutoras de ferro fundido, com
diâmetro de 600 mm que se juntam ao trecho da AAB de diâmetro de 1.200 mm seguindo até a
ETA III. Da ETA III a água bruta coagulada é encaminhada também à ETA I do sistema.

A adução de água bruta a partir da (EEAB 2) se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro
de 400 mm e extensão aproximada de 800 metros, seguindo até a ETA II.

TRATAMENTO – ETAS I, II E III

O sistema Tijucal é composto por três unidades de tratamento abastecidas pelo Rio Coxipó através
de dois bombeadores que abastecem a ETA 1 e ETA 3, que tratam uma vazão de 950 l/s e que
somadas com a vazão da ETA 2 (200 l/s) abastecem 41% de Cuiabá.

Dentre os sistemas produtores de água da capital, este é o sistema que mais apresenta problemas
operacionais devido as elevadas enchentes que ocorrem no rio Coxipó. Os CMB de água bruta são
normalmente obstruídos devido elevada quantidade de areia e sólidos suspensos, registrando
turbidez de até 20.000 UNT e alta cor provinda de matéria orgânica, ácido húmicos e fúlvicos.

A unidade três (ETA 3), sendo a de maior vazão do complexo, foi construída em 2010 em concreto
armado na modalidade de coagulação, floculação, decantação, filtração pós cloração e
alcalinização. É composta por doze decantadores laminares, providos de placas inclinadas em 60
graus adaptadas com lâminas de PVC, descarga de lodo de fundo, descarga de lavagem total com
acionamento manual, válvulas tipo borboleta acionadas por ar comprimido, canais de coleta e
direcionamento de água decantada aos filtros .

Provida de câmara de contato tipo labirinto com dispositivos tipo torre construídas em concreto, as
quais mantem os níveis de água nos filtros acima dos leitos filtrantes evitando a entrada de ar nos
leitos e vertedor de geração de carga.
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Na concepção original do projeto os filtros foram construídos no modelo de alta taxa de filtração
com camada suporte em seixos rolados, areia e antracito montados por sobre blocos tipo Leopold
de forma a serem lavados com a utilização de ar e água.

As unidades foram construídas na modalidade de filtros auto lavantes onde sete das unidades
ganhariam carga hidráulica e esta seria utilizada para lavagem contracorrente da unidade a ser
lavada.

Durante o processo de lavagem de cada um dos filtros, com duração média de trinta minutos, todo
o volume tratado na ETA era utilizado para a lavagem do filtro vindo a afetar a produção e
abastecimento dos reservatórios internos da ETA.

Quando das atividades de lavagem de um filtro, os canais de água decantada tinham seus níveis
elevados, afogando os decantadores e interferindo na qualidade das águas decantadas, ainda
causando transbordamentos constantes por sobre as bordas dos filtros com perda de água
decantada e transtornos operacionais.

Durante os primeiros dois anos de operação da concessão as unidades de filtração não


apresentavam uma boa performance principalmente nos períodos de fortes chuvas e alta turbidez.

Os estudos realizados permitiram alterar a atual modalidade de filtros auto lavável para lavagem
contra corrente através de bombas específicas e sopradores de ar compatíveis para gerar ar
soprado em volume e pressão corretas para uma perfeita limpeza dos leitos filtrantes.

MELHORIAS EXECUTADAS NA ETA TIJUCAL

Dentre as melhorias realizadas nos sistemas de tratamento de água do sistema Tijucal, pode-se
citar:

 Aquisição e instalação de dois novos sopradores de ar;


 Montagem de linhas, barrilete e adequações de válvulas de ar existentes;
 Aquisição e instalação de dois conjuntos moto bombas com vazão suficiente para a
lavagem correta dos leitos filtrantes;
 Montagem de um barrilete alimentado pelo RAP ao lado da ETA 3;
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 Construção de um abrigo em alvenaria para alojamento dos sopradores e painéis de
comando de acionamento das válvulas necessárias para operações dos filtros; e
 Retirada de vertedor existente construído para ganho na coluna d’água na câmara de
contato, onde este era necessário para gerar carga hidráulica quando das lavagens de
cada filtro.

GANHOS OBTIDOS

Após as melhorais realizadas nos filtros da ETA Tijucal, foram obtidos os seguintes resultados:

a) Ganhos na qualidade da água filtrada, vindo a atender plenamente a portaria com turbidez
a baixo de 0.50 NTU;
b) Aumento nas carreiras de filtração de 15 horas para 40 horas de operação sem
necessidade de lavagem, mesmo em períodos de chuva;
c) Redução do tempo de paralização do filtro para lavagem com ar e água de 30 minutos
para 12 minutos, sendo tempo de ar soprado três a quatro minutos e oito a 10 minutos
em lavagem contracorrente;
d) Eliminação da perda de água decantada proveniente de transbordamentos;
e) Redução do volume gasto de água de lavagem;
f) Aumento de vazão nominal de 500 para 580 l/s sem prejuízo na qualidade;
g) Redução do consumo de energia elétrica;
h) Aumento do volume aduzido;
i) Eliminação das paralizações na produção que ocorriam a cada atividade de lavagem dos
filtros;
j) Maior facilidade operacional; e
k) Maior segurança na qualidade da água produzida, pois os filtros são agora lavados com
água clorada.

A Figura 4.1.1.2.1 que segue, apresenta as melhorias nos filtros após as adequações e que
atualmente apresentam valores de turbidez abaixo do estabelecido pela portaria de 0,5 NTU.

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Figura 4.1.1.2.1
Filtros 1 a 3 da ETA Tijucal

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.2.2
Valores de turbidez da água bruta para o período de jan./13 a jan./14 na ETA Tijucal

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

A seguir são apresentadas, através de registro fotográfico, algumas melhorais executadas no


complexo de tratamento do Tijucal objetivando solucionar problemas relacionados à excesso de
turbidez em períodos de chuva.

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Figura 4.1.1.2.3
Enchente no Rio Coxipó

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.2.4
Turbidez elevada, filtros com carreira de filtração de até 35 horas de funcionamento

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.2.5
Material retirado dos canais de água coagulada e floculada na ETA 1

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.2.6
Floculadores e decantadores da ETA 3

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.2.7
Filtros operando com ar soprado e bombas de lavagem contracorrente na ETA Tijucal

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Figura 4.1.1.2.8
Linhas de ar soprado ao fundo falso montados com blocos Leotec

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.2.9
Painéis de comando das válvulas de ar e sopradores

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Figura 4.1.1.2.10
Bombas de lavagem contracorrente para atender as ETAS 1 e 2

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.2.11
Montagem do sistema de lavagem contracorrente na ETA Tijucal

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.2.12
Montagem do sistema de lavagem contracorrente na ETA Tijucal

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Existem três unidades de tratamento nesse sistema, a saber: ETA I, ETA II e ETA III, com
capacidades nominais de 300 l/s, 200 l/s e 500 l/s, respectivamente.

A ETA I foi a primeira unidade de tratamento desse sistema a ser instalada, sendo inaugurada na
década de 1980, com vazão de projeto de 300 l/s, possuindo, basicamente, as seguintes unidades:
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 Calha Parshall de 36” onde é feita a mistura rápida dessa unidade, assim como da ETA
III;
 Floculador hidráulico de fluxo vertical, composto por 15 câmaras em série, de dimensões
3,40 m x 1,54 m x 5,00 m. Para a vazão de 300 l/s resulta um tempo de floculação de
cerca de 20 minutos;
 Três decantadores lamelares, sendo estas lamelas compostas de placas de cimento
amianto. Cada decantador conta com duas câmaras de dimensões em planta 9,25 m x
2,40 m;
 Seis filtros com dupla camada de filtração. As dimensões de cada filtro são 5,97 m x 2,81
m x 5,20 m., resultando taxas de filtração que variam de 443 a 369 m³/m².dia (cinco e seis
filtros em operação, respectivamente), valores estes satisfatórios segundo o PDA; e
 A desinfecção é feita com gás de cloro aplicado no reservatório de água tratada, de 500
m³.

A ETA II é metálica com capacidade de tratamento de 200 l/s, composta, basicamente, pelas
seguintes unidades:

 Calha Parshall de 18” onde ocorre a mistura rápida;


 Floculador circular de fluxo vertical com diâmetro de 12,80 m e altura útil de 5,0 m, dividido
em 24 câmaras. O tempo de detenção no processo de floculação para a capacidade da
ETA é muito acima do recomendado, o que pode prejudicar a manutenção dos flocos
formados e adiantar o processo de sedimentação ainda nos floculadores;
 Três decantadores lamelares, cada um com dimensões em planta de 13,40 m x 3,00 m,
resultando uma velocidade crítica de sedimentação, segundo o PDA, variando de 22 a 15
m³/m².dia (dois e três decantadores operantes, respectivamente), valores estes
satisfatórios; e
 Quatro filtros circulares com 4,30 m de diâmetro, compostos de dupla camada de areia e
antracito.

A água filtrada é encaminhada para a câmara de contato, onde ocorre a desinfecção com cloro gás
dosado a partir das instalações na ETA I. Uma vez aplicada a solução desinfetante a água segue
para um reservatório de 1.000 m³, sendo daí bombeada para a rede de distribuição.

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A ETA III do Sistema Tijucal foi inaugurada em março de 2010, com vazão de projeto de 500 l/s.,
composta basicamente das seguintes unidades:

 Calha Parshall comum à ETA I;


 Floculador hidráulico de fluxo vertical (dividido em 24 câmaras de dimensões 4,10 m x
2,00 m x 5,00 m), adequado para a vazão de projeto;
 Decantadores: 12 unidades lamelares com dimensões de 12,70 m x 3,00 m, com
velocidades críticas de sedimentação em torno de 15 m³/m².dia, satisfatórias segundo o
PDA; e
 Seis filtros descendentes de camada dupla com dimensões em planta de 5,70 m x 5,10
m, resultando taxas de filtração que variam de 317 a 278 m³/m².dia (cinco e seis filtros
operantes, respectivamente), segundo o PDA.

A água tratada segue então para reservatório metálico circular de 2.500 m³, seguindo daí para a
distribuição. Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e
decantadores, retornando ao manancial sem tratamento. A Figura 4.1.1.2.13, a seguir apresenta de
forma destacada a área de influência do abastecimento a partir do Sistema Tijucal (ETAS I, II e III).

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Figura 4.1.1.2.13
Sistema Tijucal ETAs I, II e III

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

4.1.1.3 Sistema Porto

MANANCIAL

O manancial utilizado pelo sistema porto também é o rio Cuiabá, valendo as mesmas considerações
feitas anteriormente quanto ao manancial do Sistema São Sebastião (ver item 4.1.1.1).

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CAPTAÇÃO E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA – EEAB

A captação de água bruta é feita através uma EEAB no Rio Cuiabá, instalada sobre flutuante,
através de conjunto moto bomba com capacidade para Vazão (Q) = 200 l/s; Altura Manométrica
(Hm) = 20 mca e Potência = 100 CV, recalcando diretamente para a ETA Porto.

ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA – AAB

A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro de
300 mm e extensão aproximada de 50 metros, seguindo até a ETA Porto.

TRATAMENTO – ETA PORTO

A ETA porto se localiza no centro velho de Cuiabá, as margens do rio Cuiabá, foi construída em
estruturas metálicas passando por várias modificações de forma a aumentar a vazão necessária ao
abastecimento.

A mesma é composta de dois floculadores hidráulicos modificados, quatro decantadores e quatro


filtros transformados em unidades de alta taxa com areia e carvão antracito, operando no modo
convencional com coagulação, floculação, decantação, filtração e pós cloração.

A ETA é abastecida pelo rio Cuiabá com uma vazão de 180 l/s, nos períodos de chuvas a turbidez
desta chega 600 ntu com elevada quantidade de sólidos suspensos e cor elevada.

Devido a vários fatores e problemas estruturais unidade não apresentava condições de atender ao
padrão de 0,50 ntu na água final, de forma a melhorar a qualidade e reduzir as perdas que
chegavam a 20% do volume tratado.

Para se executar a lavagem dos quatro filtros é utilizada parte da água da principal adutora de água
tratada, a cada uma das operações ocorre redução de vazão nesta interferindo de certa forma no
abastecimento.

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Os decantadores desta unidade foram montados de forma que cada uma das unidades alimentava
com água decantada somente o filtro correspondente, quando da operação de lavagem de cada
filtro toda a água decantada da unidade correspondente continuava sendo descarregada para o
filtro sem condições de desvio.

Um quarto do volume tratado , durante a lavagem de cada filtro era perdida juntamente com a água
de lavagem do filtro, com a redução de vazão o RAP existente se esvaziava sendo necessário
paradas dos CMB de água tratada.

Além do volume descarregado ocorria também a perda do produto químico aplicado pois a mesma
já havia passado pelo processo de tratamento com aplicação de coagulante e polímero além de
energia elétrica consumida no recalque.

De forma a aliviar a vazão da ETA ainda quando das lavagens dos filtros era comum a abertura de
uma válvula de descarga na adutora de água bruta de forma a reduzir a vazão do decantador
durante a lavagem do filtro.

MELHORIAS EXECUTADAS NA ETA PORTO

 Reforma das estruturas metálicas dos floculadores;


 Instalação de comportas;
 Reforma estrutural dos quatro filtros;
 Transformação dos leitos filtrantes de dupla camada;
 Troca das estruturas de suporte das camadas filtrantes por viguetas californianas;
 Construção de canaletas de by pass de água decantada para o filtro paralelo;
 Construção de novo RAP;
 Reforma da câmara de contato; e
 Instalações dos módulos lamelares nos quatro decantadores.

GANHOS OBTIDOS

a) Melhorias nas águas filtradas e final atendendo a portaria;


b) Redução do consumo de energia elétrica;
c) Redução nas perdas por descargas de água bruta;
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d) Redução do volume de água gasta em lavagem de filtros que chegava a 20% do volume
total tratado; e
e) Melhorias no sistema de filtração e decantadores da ETA Porto.

Figura 4.1.1.3.1
Reforma e pintura das estruturas

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.3.2
Substituição de camada suporte

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Figura 4.1.1.3.3
Substituição de meio filtrante

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.3.4
Construção de canaleta by pass

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.3.5
Reforma dos filtros

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.3.6
Construção de canaletas com válvulas para desvio da água do decantador

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.3.7
Instalação de canaleta de desvio de água decantada e válvula de manobra

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.3.8
Substituição de módulos de decantação

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

A ETA Porto foi inaugurada na década de 1980 (módulo antigo) e posteriormente ampliada em 2002
(módulo novo), possuindo capacidade de tratamento de 200 l/s. É composta por dois módulos
metálicos de tratamento convencional, incluindo, basicamente, as unidades descritas na sequência:

 Coagulação, que acontece em uma calha Parshall de 9”;


 Floculação: primeiramente existe um floculador hidráulico de fluxo vertical composto por
6 câmaras de dimensões totais de 8,25 m x 6,00 m x 4,80 m. Na sequência, existe um
floculador composto de 8 câmaras, cada uma com dimensões 2,50 m x 1,40 m x 4,80 m.
Somando-se o volume dos dois floculadores, segundo o PDA, tem-se um tempo de
detenção total de 28 minutos, estando dentro dos limites recomendados;
 Após a floculação, a água é dividida entre dois módulos distintos, a saber: módulo antigo
e módulo novo;

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 O módulo antigo possui decantadores do tipo lamelar com dimensões 9,50 m x 3,30 m,
resultando, segundo o PDA, velocidades críticas de sedimentação variando de 40 a 20
m³/m².dia, considerando um e dois decantadores em funcionamento, respectivamente;
 Após cada decantador existe um filtro com dimensões 4,30 m x 3,30 m com camada dupla
de areia e antracito. Tais dimensões resultam, segundo o PDA, em uma taxa de filtração
que varia de 635 a 317 m³/m².dia (um e dois filtros em operação, respectivamente),
indicando que os filtros estão operando já em situação limite. A água filtrada segue para
a câmara de contato, comum ao outro módulo de tratamento (novo), para desinfecção;
 Já o módulo novo possui decantadores com as mesmas dimensões do módulo antigo,
9,50 m x 3,30 m, e, logo, apresenta velocidades críticas de sedimentação ligeiramente
maiores, uma vez que foi informado que a separação de vazão entre os módulos favorece
o mais novo; e
 Os filtros do módulo novo também possuem as mesmas dimensões do módulo antigo
(4,10 m x 3,30 m). Portanto, com essas dimensões, assim como nos decantadores, as
taxas de aplicação são ligeiramente maiores que as taxas praticadas nos filtros do módulo
antigo, indicando sobrecarga da unidade.

A desinfecção é feita através de cloro gás, com aplicação em câmara de contato com 9 m³, o que
resulta em um tempo de detenção de apenas 45 segundos.

Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
retornando ao manancial sem tratamento.

A Figuras 4.1.1.3.9, a seguir apresenta de forma destacada a área de influência do abastecimento


a partir do Sistema Porto (ETAS Única).

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Figura 4.1.1.3.9
Sistema Porto

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

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4.1.1.4 Sistema Ribeirão do Lipa

MANANCIAL

O manancial utilizado pelo sistema Ribeirão do Lipa também é o rio Cuiabá, valendo as mesmas
considerações feitas anteriormente quanto ao manancial do Sistema São Sebastião (ver item
4.1.1.1).

CAPTAÇÃO E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA – EEAB

A captação de água bruta nesse sistema se dá através de dois conjuntos moto bombas instalados
sobre flutuante, com capacidade para uma vazão (Q) de 169,4 l/s, Altura Manométrica de 15 mca e
Potência de 125 CV.

ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA – AAB

A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro de
400 mm e extensão aproximada de 400 metros, seguindo até a ETA Ribeirão do Lipa.

TRATAMENTO – ETA RIBEIRÃO DO LIPA

A ETA citada, atualmente trata uma vazão de 200 l/s, foi construída em aço e tem como processo
o sistema convencional de tratamento, composto por coagulação, floculação, decantação, filtração
com pós cloração.

Provida de três decantadores, com módulos lamelares de decantação, floculador circular e seis
unidades de filtração transformados em alta taxa com dupla camada, areia e carvão antracito.

Esta unidade também no início da concessão apresentava sérios problemas de decantação e


filtração não atendendo as boas práticas bem como a portaria devido altas turbidez na água filtrada.
Os filtros foram projetados e construídos na modalidade de auto laváveis, onde cinco das unidades
ganhavam carga hidráulica para lavagem da unidade seguinte a ser lavada. Com esta modalidade
os filtros apresentavam elevada carga hidráulica, com transbordamentos constantes e intervenções
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no abastecimento do reservatório, pois toda vazão produzida era utilizada para a limpeza dos filtros
com elevado gasto de água produzida.

As estruturas dessas unidades apresentavam inúmeras rachaduras e vazamentos, sendo


necessário a reforma total de todas as unidades de filtração.

MELHORIAS EXECUTADAS NA ETA RIBEIRÃO DO LIPA

Dentre as melhorias realizadas na ETA Ribeirão do Lipa, pode-se citar:

 Substituição de todas as chaparias estruturais dos filtros;


 Substituição de todas as viguetas californianas danificadas;
 Execução de reforços de sustentação nas viguetas;
 Substituição de todas as camadas filtrantes;
 Instalação de bombas de lavagem contra corrente e válvulas específicas;
 Construção de saída auxiliar de água filtrada para o RAP; e
 Reforma da câmara de contato.

GANHOS OBTIDOS

a) Melhorias na qualidade da água filtrada;


b) Atendimento aos padrões;
c) Redução do consumo de água de lavagem; e
d) Redução nas interferências de abastecimento do RAP.

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Figura 4.1.1.4.1
Montagem de sistema de lavagem contra corrente

Fonte: Águas Cuiabá, 2018

Figura 4.1.1.4.2
Bombas do sistema de lavagem contra corrente

Fonte: Águas Cuiabá, 2018

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Figura 4.1.1.4.3
Substituição de todas as viguetas californianas danificadas

Fonte: Águas Cuiabá, 2018

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Figura 4.1.1.4.4
Reforma das estruturas metálicas dos filtros

Fonte: Águas Cuiabá, 2018

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Figura 4.1.1.4.5
Montagem das camadas suporte dos filtros

Fonte: Águas Cuiabá, 2018

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Figura 4.1.1.4.6
Instalação de novas válvulas de entrada de água em contracorrente

Fonte: Águas Cuiabá, 2018

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Figura 4.1.1.4.7
Instalação de novos painéis de comando

Fonte: Águas Cuiabá, 2018

O tratamento da água bruta é feito na ETA Ribeirão do Lipa, que foi inaugurada em 2005, composta
por módulos metálicos usando tecnologia de tratamento convencional composta, basicamente,
pelas seguintes unidades:

 Coagulação em calha Parshall de 9”;


 Floculador hidráulico circular de fluxo vertical com diâmetro de 11,20 m e altura de 4,0 m,
resultando em um tempo de detenção de cerca de 30 minutos (considerando a vazão de
200 l/s), atuando no limite dos valores recomendados;
 Decantadores: três unidades do tipo lamelar com dimensões em planta de 13,0 m x 4,0
m, resultando, segundo o PDA, em uma velocidade crítica de sedimentação de 19 a 12
m³/m².dia (dois e três unidades em operação), abaixo do valor máximo de 40 m³/m².dia
recomendado; e
 Filtros: seis unidades de camada dupla, autolaváveis, com dimensões em planta de 5,0
m x 3,0 m, operando com taxas variando de 244 a 203 m³/m².dia (cinco e seis filtros em
funcionamento, respectivamente), consideradas, segundo o PDA, adequadas.

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A desinfecção ocorre em câmara de contato através da aplicação de cloro gás. Não há qualquer
tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores, retornando ao
manancial sem tratamento.

O sistema produtor Ribeirão do Lipa está sendo ampliado, com previsão de conclusão e
inauguração no ano de 2018, dentro do programa de obras emergenciais pactuado pela
Concessionária por ocasião da suspensão do processo de intervenção, tema este a ser tratado mais
adiante neste relatório.

A Figuras 4.1.1.4.8, a seguir apresenta de forma destacada a área de influência do abastecimento


a partir do Sistema Ribeirão do Lipa.

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Figura 4.1.1.4.8
Sistema Ribeirão do Lipa

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

4.1.1.5 Sistema Coophema

MANANCIAL

O manancial utilizado pelo Sistema Cophema também é o rio Cuiabá, valendo as mesmas
considerações feitas anteriormente quanto ao manancial do Sistema São Sebastião (ver item
4.1.1.1).

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CAPTAÇÃO E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA – EEAB

A captação de água bruta nesse sistema se dá através de dois conjuntos moto bombas instalados
sobre flutuante, com capacidade para uma vazão (Q) de 105 l/s, Altura Manométrica de 22 mca e
Potência de 50 CV.

ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA – AAB

A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro de
300 mm e extensão aproximada de 400 metros, seguindo até a ETA Cophema.

TRATAMENTO – ETA COPHEMA

A ETA Coophema foi construída de forma a atender a modalidade convencional de coagulação,


floculação, decantação, filtração, pré e pós cloração. A mesma é provida de floculador circular, dois
decantadores com placas de PVC a 60 graus, seis unidades de filtração de alta taxa com leito
filtrante de dupla camada com areia e antracito.

Recebe água bruta do rio Cuiabá através de um CMB a uma distância de 600 m da ETA e trata uma
vazão de 108 l/s. Os filtros foram na época construídos na modalidade de auto lavável onde cinco
unidades de filtros lavam um filtro.

Esta unidade está equipada com apenas um reservatório que alimenta duas adutoras para
abastecimento. Quando aconteciam as lavagens dos filtros, era necessária a paralisação de uma
das bombas de adução devido ao rebaixamento do nível do RAP e as lavagens só podiam acontecer
a noite de forma a não interferir no abastecimento durante o dia.

O único RAP existente devido ao longo tempo de utilização apresentou elevada corrosão com risco
de sua estrutura metálica entrar em colapso sendo necessário a construção de novo reservatório.

Durante a construção deste foi montado um barrilete e uma bomba especifica para lavagem contra
corrente de forma a eliminar a modalidade de filtros auto laváveis.

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Após a montagem e arranjos desta iniciou-se a operação com a lavagem dos filtros com água
tratada onde os mesmos tiveram suas carreiras de filtração prolongada e melhor qualidade da água
filtrada, atendendo plenamente a portaria e eliminando a interferência de abastecimento do RAP e
adução.

MELHORIAS EXECUTADAS NA ETA COOPHEMA

Dentre as melhorias realizadas na ETA, pode-se citar:

 Reformas estruturais nos decantadores;


 Reforma de todos os filtros;
 Instalação de lavagem contra corrente através de bombas específicas;
 Reforma do floculador; e
 Construção de novo RAP.

GANHOS OBTIDOS

As melhorais realizadas na ETA Coophema resultaram em:

a) Melhor qualidade da água filtrada;


b) Redução do volume gasto em lavagem;
c) Aumento das carreiras de filtração;
d) Atendimento a portaria;
e) Maior flexibilidade operacional;
f) Redução das intervenções no abastecimento; e
g) Maior volume armazenado para atendimento nas horas de maior consumo.

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Figura 4.1.1.5.1
Antigo reservatório totalmente corroído

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.5.2
Novo reservatório

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.5.3
Local onde foi montado o sistema de lavagem contracorrente

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Figura 4.1.1.5.4
Instalação das bombas do sistema de lavagem contracorrente na ETA Coophema

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.1.5.5
Instalação da linha de lavagem contracorrente na ETA Coophema

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

O tratamento da água nesse sistema acontece na ETA Coophema que foi inaugurada em 2003 com
capacidade nominal de 100 l/s. possui tratamento com tecnologia convencional em módulos
metálicos com as seguintes unidades:

 Calha Parshall de 9” onde ocorre a mistura rápida;


 Floculador hidráulico circular de fluxo vertical com 8,00 m de diâmetro e 4,80 m de altura,
proporcionando um tempo de detenção na floculação de 39 minutos, sendo excessivo;
 Dois decantadores do tipo lamelar com dimensões em planta de 14,02 m x 3,32 m. A
velocidade crítica de sedimentação na ETA, segundo o PDA, varia de 21 a 10 m³/m².dia,
considerando um e dois decantadores em operação, sendo estes valores adequados;
 Seis filtros de dupla camada, cada um com dimensões em planta de 3,00 m x 2,50 m,
resultando uma taxa de filtração de 240 a 200 m³/m².dia (6 e 5 filtros em funcionamento,
respectivamente), adequadas para o tipo de filtração empregado, segundo o PDA; e
 Desinfecção através da aplicação de hipoclorito de sódio.

Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
retornando ao manancial sem tratamento.

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A Figura 4.1.1.5.6, a seguir apresenta de forma destacada a área de influência do abastecimento a
partir do Sistema Cophema.

Figura 4.1.1.5.6
Sistema Cophema

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

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4.1.1.6 Sistema Parque Cuiabá

MANANCIAL

O manancial utilizado pelo Sistema Parque Cuiabá também é o rio Cuiabá, valendo as mesmas
considerações feitas anteriormente quanto ao manancial do sistema São Sebastião (ver item
4.1.1.1).

CAPTAÇÃO E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA – EEAB

A captação de água bruta nesse sistema se dá através de dois conjuntos moto bombas instalados
sobre flutuante, com capacidade para uma vazão (Q) de 69,4 l/s, Altura Manométrica de 80 mca e
Potência de 125 CV. A localização desta unidade fica em terreno de propriedade particular, o que
dificulta o acesso a mesma, sem a devida autorização dos proprietários.

ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA – AAB

A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro de
250 mm e extensão aproximada de 3.000 metros, seguindo até a ETA Parque Cuiabá.

TRATAMENTO – ETA PARQUE CUIABÁ

O tratamento da água desse sistema acontece em duas ETAs com capacidades nominais
individuais para 25 l/s, sendo do tipo convencional composta basicamente das seguintes unidades:

 Coagulação: ocorre na saída da tubulação de recalque;


 Floculador hidráulico de fluxo vertical com um volume total de 102,4 m³. Segundo o PDA,
a ETA apresenta tempo de detenção na floculação de 21 minutos, operando quase no
limite mínimo recomendado;
 Dois decantadores lamelares em cada módulo, com dimensões em planta de 3,10 m x
2,30 m. Segundo o PDA, as velocidades críticas de sedimentação variam de 30 a 22
m³/m².dia, considerando a operação de 3 e 4 decantadores, respectivamente, para a
vazão de 50 l/s, indicando operação em situação crítica;
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Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
 Filtros: cada módulo da ETA possui 4 filtros de dupla camada (areia e antracito), com
dimensão em planta de 1,50 m x 1,35 m, resultando em taxas de filtração variando de
305 a 267 m³/m².dia, segundo o PDA, e operando dentro do recomendado, porém
próximo da situação limite; e
 Desinfecção através da aplicação de Hipoclorito de Sódio.

Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
retornando ao manancial sem tratamento.

A Figuras 4.1.1.6.1, a seguir apresenta de forma destacada a área de influência do abastecimento


a partir do Sistema Parque Cuiabá

Figura 4.1.1.6.1
Sistema Parque Cuiabá

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

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4.1.1.7 Sistemas Independentes - Poços

Além dos sistemas descritos anteriormente, o abastecimento de água dos sistemas da Sede e
Coxipó da Ponte são complementados pela exploração de diversos poços profundos, que atendem
desde domicílios ou condomínios isolados ou até complementam o abastecimento público de
determinada região.

Segundo o PDA/2012, há baixa produção desses poços profundos e a água extraída não é de boa
qualidade (não possuem fluoretação), o que tem feito com que os usuários de poços pleiteiem o
abastecimento a partir da rede pública atendida por ETAs, com o consequente abandono dos poços.

Não foram disponibilizadas informações detalhadas sobre todos os poços em operação. A intenção
da Concessionária é que esses poços sejam desativados futuramente, à medida que melhorias
previstas nos demais sistemas (que utilizam mananciais superficiais) sejam realizadas.

Tabela 4.1.1.7.1
Informações disponíveis dos poços existentes
Item Num. Nome Estado Out/17 Vazão (m³/h)
1 1 Sucuri Ativo 2,26
2 2 Sucuri II Ativo 2,98
3 3 Sucuri Ativo 3,69
4 10 Solar da Chapada Ativo 2,77
5 12 Wantuil de Freitas Ativo 1,52
6 13 Wantuil de Freitas Ativo 0,95
7 14 Wantuil de Freitas Ativo 4,15
8 21 Solar da Chapada Ativo 1,33
9 33 Residencial Nova Canaã Ativo 14,63
10 34 Residencial Nova Canaã (RES) Ativo 13,83
11 43 PT - 43 - Santa Terezinha Ativo 4,79
12 44 PT - 44 - Santa Terezinha Ativo 45,27
13 45 PT - 45 - Santa Terezinha Ativo 8,56
14 46 PT - 46 - Santa Terezinha Ativo 4,40
15 47 PT - 47 - Santa Terezinha Ativo 13,96
16 50 Real Parque Ativo 19,10
17 51 Jardim Paulicéia Ativo 15,21
18 52 Altos do Parque Ativo 4,52
19 53 Altos do Parque (RES) Ativo 1,65
20 54 Altos do Parque Ativo 5,40
21 55 Altos do Parque Ativo 12,10
22 56 São Francisco 3 Ativo 5,81
23 57 São Francisco Ativo 6,06
24 58 São Francisco 2 Ativo 9,19
25 59 Jardim Passaredo 2 Ativo 6,77
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Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Item Num. Nome Estado Out/17 Vazão (m³/h)
26 60 Jardim Passaredo Ativo 10,35
27 62 Colina Verde Ativo 1,43
28 63 Nilce Paes Barreto Ativo 9,29
29 64 Alice Novack Ativo 9,29
30 65 Alice Novack Ativo 9,29
31 66 Pascoal Moreira Cabral Ativo 4,18
32 67 Residencial Águas Claras Ativo 9,29
33 68 Distrito Industrial Ativo 9,30
34 69 Distrito Industrial Ativo 13,23
35 70 Distrito Industrial Ativo 24,60
36 71 Jardim Industriário Ativo 17,01
37 72 Jardim Industriário Ativo 11,05
38 73 Império do Sol Ativo 5,00
39 74 Pascoal Ramos 3 Ativo 7,44
40 75 Pascoal Ramos 2 Ativo 6,33
41 76 Jardim Industriário 6 (OPERACIONAL: II) Ativo 4,44
42 77 Nova Esperança 5 (OPERACIONAL: 3) Ativo 14,75
43 78 Jd. Industriário 4 Ativo 8,32
44 79 Nova Esperança 3 Ativo 48,44
45 80 Sonho Meu Ativo 13,63
46 81 Comunidade Pequizeiro Ativo 10,00
47 82 Comunidade Pequizeiro "igreja" Ativo 5,00
48 83 Comunidade Pequizeiro Ativo 4,00
49 84 Comunidade Pequizeiro Ativo 4,00
50 85 Comunidade Pequizeiro Ativo 2,00
51 86 Recanto do sol Ativo 4,00

Os 51 (cinquenta e um) poços em operação (Out/2017) totalizavam na oportunidade uma


capacidade nominal de 476,56m³/h (=132,37 l/s), o que corresponde a uma capacidade média de
9,34 m³/h (= 2,59 l/s).

A Figura 4.1.1.7.1, a seguir apresenta de forma destacada a área de influência do abastecimento a


partir dos Sistemas Independentes (Poços).

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Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
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Figura 4.1.1.7.1
Sistemas Independentes - Poços

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

4.1.2 Distrito Sucuri

MANANCIAL

O manancial utilizado pelo sistema Sucuri também é o rio Cuiabá, valendo as mesmas
considerações feitas anteriormente quanto ao manancial do sistema São Sebastião (ver item
4.1.1.1).
196 / 368

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Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
CAPTAÇÃO E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA – EEAB

A captação de água bruta nesse sistema se dá através de um conjunto moto bomba instalado sobre
flutuante, com capacidade para uma vazão (Q) de 6,1 l/s, Altura Manométrica de 60 mca e Potência
de 10 CV.

ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA – AAB

A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de PVC JE, com diâmetro de 100
mm e extensão aproximada de 1.000 metros, seguindo até a ETA Sucuri.

TRATAMENTO – ETA SUCURI

O tratamento da água acontece na ETA Sucuri, que possui capacidade de tratamento de 5 l/s. Essa
unidade foi inaugurada em 2002, constituída de módulos metálicos de tratamento convencional
composto das seguintes unidades:

 Coagulação em vertedor triangular;


 Floculador hidráulico com quatro câmaras;
 Um decantador lamelar;
 Um filtro de camada dupla circular; e
 Desinfecção através de pastilhas de cloro.

Segundo o PDA, a ETA opera com taxas dentro dos intervalos recomendados, com exceção da
floculação, que possui tempo de detenção muito elevado.
Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
retornando ao manancial sem tratamento.

A Figura 4.1.2.1, a seguir apresenta de forma destacada a área de influência do abastecimento a


partir do Sistema do Distrito de Sucuri

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Figura 4.1.2.1
Sistema Sucuri

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

4.1.3 Distrito Coxipó do Ouro

MANANCIAL

O manancial utilizado pelo sistema Coxipó do Ouro, é o Rio Coxipó, valendo as mesmas
considerações feitas anteriormente quanto ao manancial do sistema Tijucal (ver item 4.1.1.2).

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Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
CAPTAÇÃO E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA – EEAB

A captação de água bruta nesse sistema se dá através de crivo e válvula de retenção instalados
em um mangote flexível submerso em um ponto próximo a margem do rio, acoplado a uma
tubulação de aço galvanizado, DN 100 mm, por sua vez instalada na entrada do conjunto moto
bomba localizado a margem do rio Coxipó Açu e apoiado numa base de concreto. A captação
localiza-se ao final da rua João Pedro de Amorim.

ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA – AAB

A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de PVC JE, com diâmetro de 100
mm e extensão aproximada de 500 metros, seguindo até a ETA Coxipó do Ouro.

TRATAMENTO - ETA COXIPÓ DO OURO

O tratamento da água nesse sistema acontece na ETA Coxipó, que possui capacidade de
tratamento de 5 l/s. Essa unidade foi inaugurada em 2002 e é constituída por módulos metálicos de
tratamento convencional composto das seguintes unidades:

 Coagulação em vertedor triangular;


 Floculador hidráulico com quatro câmaras;
 Um decantador lamelar;
 Um filtro de camada dupla circular; e
 Desinfecção através de pastilhas de cloro.

Segundo o PDA, a ETA opera com taxas dentro dos intervalos recomendados, com exceção da
floculação, que possui tempo de detenção muito elevado.

Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
retornando ao manancial sem tratamento.

A Figura 4.1.3.1, a seguir apresenta de forma destacada a área de influência do abastecimento a


partir do Sistema do Distrito de Coxipó do Ouro

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Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
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Figura 4.1.3.1
Sistema Coxipó do Ouro

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

4.1.4 Distrito Guia

MANANCIAL

O manancial utilizado pelo Sistema Guia, é o Rio Coxipó-Açu.

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CAPTAÇÃO E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA – EEAB

A captação de água bruta nesse sistema se dá através de conjunto moto bomba instalado sobre
flutuante metálico à margem do rio Coxipó-Açu, com as seguintes características: Vazão (Q) =
21,4 l/s; Altura Manométrica (Hm) = 44 mca e Potência de 30 CV. A localização desta unidade ficava
em terreno de propriedade particular, dificultando o acesso a mesma, sem a devida autorização dos
proprietários, o que motivou a concessionária a providenciar novo acesso para a mesma.

ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA – AAB

A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro de
200 mm e extensão aproximada de 1.000 metros, seguindo até a ETA Guia.

TRATAMENTO – ETA GUIA

Esta unidade opera hoje com vazão nominal 15 l/s atendendo uma população de 4.500 pessoas.

Foi construída inicialmente em estrutura metálica com a modalidade de coagulação, floculação,


decantação, filtração, cloração e fluoretação como piloto.

A unidade é composta de um floculador hidráulico, uma unidade de decantação e quatro filtros


transformados recentemente em alta taxa com leito de areia e carvão antracito.

As unidades do sistema de filtração utilizavam o processo de auto lavagem, onde três das unidades
produziam água apara lavar o filtro fora de operação.

Quando das operações de lavagem dos filtros, estes eram lavados todos de uma só vez utilizando
o mesmo processo e quando completavam a carreira de filtração de vinte horas todos estavam
colmatados, apresentando elevada turbidez e que por vezes não atendiam o parâmetro de 0,50
NTU.

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Melhorias Executadas na ETA Guia:

 Recuperação do reservatório elevado adequado para lavagem dos filtros em contra


corrente por gravidade;
 Recuperação do semi enterrado;
 Reforma do leito filtrante;
 Adequação da lavagem contra corrente;
 Construção do novo reservatório apoiado;
 Reforma do sistema de floculação com instalação de módulos tubulares;
 Reforma geral da casa de química;
 Instalação de novos CMB para adução; e
 Implantação de sistema de fluoretação piloto.

GANHOS OBTIDOS

a) Melhoria na qualidade da água final;


b) Redução dos volumes gastos em lavagem;
c) Aumento da carreira de filtração;
d) Melhor flexibilidade operacional;
e) Eliminação das interferências nos níveis do reservatório;
f) Redução do consumo de energia elétrica;
g) Melhorias na adução com a eliminação de doze manobras de abastecimento por setores
que eram executadas diariamente; e
h) Preservação do patrimônio.

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Figura 4.1.4.1
Vista da ETA durante as obras de revitalização

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

Figura 4.1.4.2
Vista de cima da ETA antes da revitalização

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.


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Figura 4.1.4.3
ETA e Filtros reformados

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.4.4
Reservatório elevado, reformado para utilização exclusiva para as lavagens dos filtros

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.4.5
ETA em operação após as reformas

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Figura 4.1.4.6
Vista parcial externa

Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

A ETA desse sistema foi inaugurada em 2007 com capacidade de tratamento de 18 l/s, sendo
composta por módulos metálicos com tratamento convencional contendo as seguintes unidades:

 Coagulação em calha Parshall;


 Floculador hidráulico com 16 câmaras;
 Um decantador lamelar;
 Quatro filtros circulares de camada dupla; e
 Desinfecção através de pastilhas de cloro.

Segundo o PDA, a ETA opera com taxas dentro dos intervalos recomendados, com exceção da
floculação, que possui tempo de detenção muito elevado. Há dosagem de fluor nesse sistema.

Não há qualquer tipo de coleta ou reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores,
retornando ao manancial sem tratamento.

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A Figura 4.1.4.7, a seguir apresenta de forma destacada a área de influência do abastecimento a
partir do Sistema do Distrito de Guia

Figura 4.1.4.7
Sistema Guia

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

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4.1.5 Distrito Aguaçu

MANANCIAL

O manancial utilizado pelo Sistema Guia, é o Rio Coxipó-Açu.

CAPTAÇÃO E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA – EEAB

A captação de água bruta nesse sistema se dá através de conjunto moto bomba instalado sobre
flutuante metálico à margem do rio Coxipó-Açu, com as seguintes características: Vazão (Q) = 5 l/s
e Potência de 4 CV.

ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA – AAB

A adução de água bruta a partir da EEAB se faz por uma adutora de ferro fundido, com diâmetro de
150 mm e extensão aproximada de 700 metros, seguindo até a ETA Aguaçu.

TRATAMENTO – ETA AGUAÇU

A ETA Aguaçu tem capacidade de tratamento de 5 l/s e foi inaugurada em 2003, sendo constituída
de módulos metálicos com tratamento convencional composto das seguintes unidades:

 Coagulação em vertedor triangular;


 Floculador hidráulico com quatro câmaras;
 Um decantador lamelar;
 Um filtro de camada dupla circular; e
 Desinfecção através de pastilhas de cloro.

Segundo o PDA, a ETA opera com taxas dentro dos intervalos recomendados, com exceção da
floculação, que possui tempo de detenção muito elevado. Não há qualquer tipo de coleta ou
reaproveitamento da água de lavagem dos filtros e decantadores, retornando ao manancial sem
tratamento. Foi iniciado uma obra para implantação do leito de secagem e tratamento de resíduos,
mas foi paralisada logo no seu início.
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A Figura 4.1.5.1, a seguir apresenta de forma destacada a área de influência do abastecimento a
partir do Sistema do Distrito de Aguaçu.

Figura 4.1.5.1
Sistema Aguaçu

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

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4.1.6 Distrito Nova Esperança / Pequizeiro

As únicas informações coletadas sobre o sistema de abastecimento de água desse distrito constam
da existência de cinco poços profundos. A água captada por esses poços é distribuída sem
tratamento ou adição de produtos químicos. Sabe-se que recentemente foram feitas doações de
tubulação para assentamento da rede de distribuição local, diretamente pela comunidade.

Importante destacar que o Distrito de Nova Esperança/Pequizeiro, encontra-se em fase de


implantação com poucos lotes já ocupados e que territorialmente falando, aproximadamente 50%
da sua área de implantação extrapola os limites do Município de Cuiabá, sendo localizado no
município vizinho de Santo Antônio do Leverger, sendo que dois poços estão localizados no
território de Santo Antônio.

A Lei Municipal nº 5.395, de 26/5/2011, dispõe sobre a criação dos distritos de Aguaçu, Nova
Esperança (Pequizeiro) e Sucuri, cujos limites estão apresentados na Figura 1.2.2, anterior.

Na Figura 4.1.6.1, a seguir é possível a visualização da área destinada a ocupação pelo Distrito
Nova Esperança/Pequizeiro.

Figura 4.1.6.1
Sistema Pequizeiro / Nova Esperança

Fonte: Concessionária Águas Cuiabá, 2017.

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4.2 Adução, Elevação e Reservação de Água Tratada

Denominam-se:

 Elevação: unidade de recalque de água tratada (Estações Elevatórias de Água Tratada –


EEAT e Boosters e/ou unidades pressurizadoras);
 Adução de água tratada: tubulação que conduz a água tratada para os reservatórios e
para a população. Essa água é transportada por gravidade ou pelas Estações Elevatórias
de Água Tratada (EEAT) por meio de bombeamento; e
 Reservação: Unidades de armazenamento de água tratada.

Os dados levantados quanto à adução e elevação de água tratada estão descritos na sequência,
para cada um dos sistemas.

Quanto à reservação de água tratada, Cuiabá possuía, em dezembro de 2017, 66.718 m³, valor
esse que representa o somatório das capacidades dos reservatórios existentes, sendo que 44.513
m³ estava no sistema Ribeirão do Lipa, 20.305 m³ no sistema Tijucal e 1.900 m³ no sistema Parque
Cuiabá.

Ainda quanto ao tema da reservação, o relatório final de indicadores e metas do 5º ano da


concessão, elaborado em junho de 2017, utiliza um indicador específico, o índice de reservação,
obtido através da seguinte fórmula:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜


𝐼𝑅 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜
𝑥 100%, onde:

 Volume diário produzido = volume total mensal produzido dividido pelo total de dias do
período.

No relatório citado anteriormente, foi feita uma comparação entre a reservação existente e a meta
contratual, resultando na Figura 4.2.1.

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Figura 4.2.1
Comparativo entre reservação existente e meta contratual – 5º ano da concessão

Fonte: Relatório final de indicadores e metas, 2017

Existem dois reservatórios em execução: Altos do Ribeirão e Bom Clima. Esses reservatórios terão
capacidade de 5.900 m³, alterando, após a sua conclusão, o índice de reservação do Sistema
Ribeirão do Lipa para 36%. A Tabela 4.2.1 mostra a evolução da reservação nos cinco anos da
concessão, mostrando que a meta contratual não foi atingida até o final do 5º ano da concessão.

Tabela 4.2.1
Índice de reservação (%)
Realizado Meta
Sistema
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5
IR - Sistema Ribeirão do Lipa 28,58 32,32 32,97 30,50 31,41 33,00
IR - Sistema Tijucal 16,48 21,16 21,28 20,84 21,05 33,00
IR - Sistema Pq. Cuiabá 2,06 7,95 14,52 7,67 8,50 33,00
Fonte: Relatório final de indicadores e metas, 2017.

Deve-se ressaltar que uma simples análise sobre o volume de reservação global disponível no
sistema pode não revelar a adequação da necessidade da mesma, pois esta deve ser realizada a
partir da localização dos mesmos e da necessidade dos setores de abastecimento, a partir de
pressupostos que atendam às suas áreas de influência, com sistemas sub adutores de suprimento
construídos preferencialmente sem distribuição em marcha.

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Outra importante constatação a ser feita é que a configuração do sistema de abastecimento de
água, a partir de três sistemas produtores, propostos pelo PMSB, não chegou a ser concretizado
na prática pela Concessionária, que manteve a configuração do sistema existente anterior a
assunção dos serviços.

Na Figura 4.2.2, a seguir é possível ter uma visualização da distribuição espacial dos principais
reservatórios existentes no Sistema de Abastecimento de Água - SAA – Cuiabá.

Figura 4.2.2
Distribuição espacial dos principais reservatórios existentes

Fonte: Concessionária, 2017.

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Na Figuras 4.2.3 a seguir é possível a visualização da distribuição espacial das principais unidades
de pressurização (boosters) existentes no SAA – Cuiabá.

Figura 4.2.3
Distribuição espacial dos principais boosters existentes

Fonte: Concessionária, 2017.

Na Figura 4.2.4, a seguir é possível a visualização da distribuição espacial das principais unidades
elevatórias de água tratada (EEAT) existentes no SAA – Cuiabá.

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Figura 4.2.4
Distribuição espacial dos principais EEAT existentes

Fonte: Concessionária, 2017.

4.2.1 Distritos Sede e Coxipó da Ponte

4.2.1.1 Sistema Central

Na área da ETA existem seis reservatórios alimentados a partir de estações elevatórias de água
tratada (EEAT), conforme características constantes na

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Tabela 4.2.1.1.1. Além destes, tem-se outros quatro reservatórios instalados em outros dois centros
de Reservação (CR): Bosque da Saúde e Morro da Colina.

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Tabela 4.2.1.1.1
Reservatórios na área de influência da ETA II – sistema São Sebastião
Volume
Reserv. Nome Tipo Material Formato
(m³)
R31 ETA S. Sebastião – Semi I 3.000 Semi-enterrado Concreto Retangular
R32 ETA S. Sebastião – Semi II 7.000 Semi-enterrado Concreto Retangular
R33 ETA S. Sebastião – Semi III 3.000 Semi-enterrado Concreto Retangular
R34 ETA S. Sebastião – Semi IV 3.000 Semi-enterrado Concreto Retangular
R35 ETA S. Sebastião – Elevado I 300 Elevado Concreto Circular
R36 ETA S. Sebastião – Elevado II 700 Elevado Concreto Circular
R38 Bosque da Saúde I 4.000 Apoiado Concreto Circular
R39 Bosque da Saúde II 4.000 Apoiado Concreto Circular
R40 Bosque da Saúde III 300 Elevado Concreto Circular
R37 Morro da Colina I 2.050 Apoiado Concreto Circular
R57 Morro da Colina II desativado Apoiado Concreto Retangular

Fonte: PDA, 2012.

O abastecimento a partir da ETA 1 é feito através de uma EEAT e também por gravidade para o
reservatório R31, conforme Tabela 4.2.1.1.2.

Tabela 4.2.1.1.2
Elevatórias e Adutoras da ETA I

Local EEAT Adutora Nome Adutora

EE28 AAT29 Lixeira


ETA I
- - Abastecimento do R31

Fonte: PDA, 2012.

O abastecimento a partir da ETA 2 se dá através de três linhas de adução por recalque, conforme
Tabela 4.2.1.1.3.

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Tabela 4.2.1.1.3
Elevatórias e Adutoras da ETA II
Local EEAT Adutora Nome Adutora
AAT30 Reservatórios Semi
EE31
AAT41 Alimentação Semi II
ETA II AAT60 Bosque da Saúde
EE32
AAT71 CPA
EE33 AAT61 CPA

Fonte: PDA, 2012.

4.2.1.2 Sistema Tijucal

Esse sistema conta com 30 reservatórios implantados em 19 centros de reservação, conforme


informações na sequência.

Tabela 4.2.1.2.1
Reservatórios no Sistema Tijuca

Reserv. Nome Volume (m³) Tipo Material Formato

R1 ETA Tijucal I 1.000 Apoiado Metálico Circular


R2 ETA Tijucal II 500 Apoiado Concreto Circular
R3 ETA Tijucal III 2.500 Apoiado Metálico Circular
R4 ETA Tijucal IV 2.500 Apoiado Metálico Circular
R16 Belvedere 1.000 Apoiado Metálico Circular
R17 Novo Mato Grosso 1.400 Apoiado Metálico Circular
R18 CPA IV 2.000 Apoiado Concreto Circular
R19 Alphaville 700 Apoiado Metálico Circular
R5 Altos da Serra I 5.500 Apoiado Metálico Circular
R6 Altos da Serra II 1.000 Apoiado Metálico Circular
R8 Dr. Fábio 560 Apoiado Metálico Circular
R9 Três Barras I 150 Apoiado Metálico Circular
R10 Três Barras II 150 Apoiado Metálico Circular
R11 Três Barras III 170 Apoiado Metálico Circular
R12 1° de Março 500 Apoiado Metálico Circular
R13 Altos da Glória 390 Apoiado Metálico Circular
R14 Aroeiras 150 Apoiado Concreto Octogonal
R15 Pádova 200 Apoiado Metálico Circular
R20 Del Rey 300 Apoiado Concreto Circular

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Reserv. Nome Volume (m³) Tipo Material Formato

R21 Tijucal I 500 Apoiado Concreto Circular


R22 Tijucal II 500 Apoiado Concreto Circular
R23 Tijucal III desativado Elevado - -
R27 Manduri 2.200 Apoiado Metálico Circular
R24 Jd. Industriário I 380 Apoiado Concreto Circular
R25 Nova Esperança I 2.000 Apoiado Metálico Circular
R26 Nova Esperança II 2.000 Apoiado Metálico Circular
R26 Jd. Industriário II 450 Apoiado Metálico Circular
R29 Pedra 90 I 2.100 Apoiado Metálico Circular
R30 Pedra 90 II 500 Apoiado Metálico Circular
Fonte: PDA, 2012.

Tabela 4.2.1.2.2
Elevatórias e Adutoras do sistema Tijucal
Reserv. EEAT Adutora Nome Adutora
EE4 AAT20 Del Rey / Osmar Cabral
EE5 AAT21 Tijucal
R1 EE6 AAT25 Nova Esperança Velha
- AAT26 Nova Esperança Nova
EE7 AAT80 Novo Milênio
AAT8 Belvedere
R2 EE3
AAT17 Boa Esperança
R4 EE1 AAT1 Altos da Serra 600
EE16 rede -
R16 - AAT9 Altos da Serra 400
EE17 AAT10 Tijucal / CPA
R17 EE18 AAT12 Novo Mato Grosso/CPA III
derivação - AAT13 Novo Mato Grosso/CPA IV
R18 EE19 - Rede
EE20 - Rede
R18
EE21 - Rede
R5
- AAT2 1° de Março
R6
EE8 - Rede
R8
- - Rede
R10 EE9 - Rede
R11 EE10 - REDE
R12 EE11 AAT5 Altos da Glória

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Reserv. EEAT Adutora Nome Adutora
EE12 - Rede
AAT6 /
EE13 Pádova
AAT7
R14 EE14 - Rede
R20 EE46 - Rede
AAT22 Tijucal / Coxipó
EE22 AAT23 Tijucal / Coxipó 2
R17 / R18
AAT24 Tijucal / Coxipó 2
EE47 Rede -
R20 EE23 - Rede
EE24 - Derivação Jd. Industriário II
R26
EE25 AAT28 Pedra 90
R20 EE23 - Rede
R30 EE26 - Rede
Fonte: PDA, 2012.

4.2.1.3 Sistema Porto

Existem, nesse sistema, dois reservatórios implantados em um único centro de reservação,


denominado CR Coophamil. Estes reservatórios estão interligados à ETA através de uma malha de
adutoras tanto por gravidade quanto em recalque.

O abastecimento a partir da ETA se dá através de uma adutora por recalque (que abastece parte
da rede e também o CR Coophamil) e outra por gravidade (que abastece diretamente a rede).

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Tabela 4.2.1.3.1
Elevatórias e Adutoras da ETA Porto
Nome
Local EEAT Adutora
Adutora
AAT70 Cidade Nova
EE39
ETA AAT71 Coophamil
Porto AAT72 Porto 300
-
AAT72A Porto 200
Fonte: PDA, 2012.

Tabela 4.2.1.3.2
Reservatórios no sistema Porto

Volume
Reserv. Nome Tipo Material Formato
(m³)
R43 Coophamil I 260 Apoiado Concreto Circular
R44 Coophamil II 150 Elevado Concreto Circular
Fonte: PDA, 2012.

4.2.1.4 Sistema Lipa

Existem, nesse sistema, três centros de reservação, conforme características descritas a seguir.

Tabela 4.2.1.4.1
Reservatórios no sistema Ribeirão do Lipa

Volume
Reserv. Nome Tipo Material Formato
(m³)
R41 Ribeirão do Lipa 2.000 Apoiado Metálico Circular
R42 Bom Clima 160 Apoiado Metálico Circular
R59 Paiaguás 150 Apoiado - -
Fonte: PDA, 2012.

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Tabela 4.2.1.4.2
Elevatórias e Adutoras do sistema Ribeirão do Lipa
Reserv. EEAT Adutora Nome Adutora
AAT66 Sucuri / Colorado 1
AAT67 Sucuri / Colorado 2
EE35
R41 AAT68 Sucuri / Colorado 3
AAT69 Ribeirão do Lipa
EE49 AAT62 Bom Clima
EE36 AAT63 Florais Cuiabá
R42 EE38 AAT64 Jardim Florianópolis
EE37 AAT65 Alvorada
Fonte: PDA, 2012.

4.2.1.5 Sistema Cophema

O sistema Coophema contém apenas um reservatório, localizado na área da ETA, associado a duas
estações elevatórias que abastecem a rede por recalque, conforme características descritas a
seguir.

Tabela 4.2.1.5.1
Reservatórios no sistema Coophema

Volume
Reserv. Nome Tipo Material Formato
(m³)
R46 ETA Coophema 240 Apoiado Metálico Circular
Fonte: PDA, 2012.

Tabela 4.2.1.5.2
Elevatórias e Adutoras do sistema Coophema
Reserv. EEAT Adutora Nome Adutora
EE41 AAT73 Fernando Correa
R46
EE42 AAT74 São Gonçalo
Fonte: PDA, 2012.

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4.2.1.6 Sistema Parque Cuiabá

O sistema Parque Cuiabá conta apenas com um reservatório localizado no interior da área da ETA,
conforme características descritas a seguir.

Tabela 4.2.1.6.1
Reservatórios no sistema Parque Cuiabá

Volume
Reserv. Nome Tipo Material Formato
(m³)
R47 ETA Pq. Cuiabá 500 Apoiado - -
Fonte: PDA, 2012.

Tabela 4.2.1.6.2
Elevatórias e Adutoras do sistema Parque Cuiabá
Reserv. EEAT Adutora Nome Adutora
EE43 AAT75 Parque Cuiabá I
R47
EE44 AAT76 Parque Cuiabá II
Fonte: PDA, 2012.

4.2.1.7 Sistema Poços

Não há informações detalhadas quanto às adutoras e estações elevatórias nos sistemas isolados
atendidos através de poços.

No entanto, há informações disponibilizadas pelo SNIS quanto ao volume de água produzido


(AG006), o volume de água tratado em ETAs (AG007) e o volume de água tratada por simples
desinfecção (AG015).

A partir dessas informações, foi elaborada a Tabela 4.2.1.7.1, mostrando o volume anual produzido
pelos poços e a sua participação no volume total produzido.

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Tabela 4.2.1.7.1
Volumes produzidos de água tratada
Descrição 2012 2013 2014 2015 2016
AG006 – Vol. água produzido (1.000 m³/ano) 64.206 99.735 97.070 94.266 97.532
AG007 – Vol. água tratada em ETAs (1.000 m³/ano) 59.070 92.519 84.422 87.330 91.140
AG015 – Vol. água tratada simples desinfecção (1.000 m³/ano) 5.137 7.216 12.648 6.935 6.391
Participação dos poços na produção de água de Cuiabá (%) 8,0 7,2 13,0 7,4 6,6
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS.

4.2.2 Distrito Sucuri

A água tratada é bombeada para um reservatório metálico elevado localizado na área da ETA com
capacidade de 18 m³, que alimenta a rede de distribuição por gravidade.

4.2.3 Distrito Coxipó do Ouro

A água após tratamento é bombeada para um reservatório (R-49) na mesma área da ETA. Esse
reservatório é metálico, elevado e com capacidade de 18 m³, sendo responsável por alimentar a
rede de distribuição por gravidade. Não há micromedição no sistema de distribuição.

4.2.4 Distrito Guia

A água após tratamento é transportada até um reservatório metálico apoiado localizado na área da
ETA com capacidade de 300 m³. A água é distribuída para a rede por recalque através de estação
elevatória localizada ao lado do reservatório.

4.2.5 Distrito Aguaçu

A água após tratamento é bombeada para um reservatório elevado localizado na área da ETA com
25 m³ de capacidade, que alimenta a rede de distribuição do Distrito por gravidade. Registra-se que
não há medição e nem mesmo a comercialização dos serviços de água. Existe 3.400 m de rede de
distribuição, 202 ligações domiciliares, sendo que 50% está hidrometrado.

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4.2.6 Nova Esperança/Pequizeiro

Não há informações detalhadas quanto à existência de adutoras e estações elevatórias nos


sistemas isolados atendidos através de poços no bairro Nova Esperança/Pequizeiro.

No distrito Nova Esperança existem cinco poços em operação, sendo três no limite municipal de
Cuiabá e dois no limite municipal de Santo Antônio; um reservatório metálico tipo taça localizado
no limite municipal de Cuiabá. Todas as estruturas destacadas são operadas pela concessionária.

4.3 Sistema de Distribuição

Denominam-se redes de distribuição, as tubulações de menores diâmetros que transportam a


água tratada dos reservatórios ou diretamente das adutoras e distribuem para as ligações prediais
(imóveis), sendo as mesmas normalmente classificadas quanto a importância, em redes primárias
ou anéis de distribuição (correspondem aos diâmetros mais elevados) e rede secundária (diâmetros
menos elevados).

As informações constantes do PMSB (2011), indicaram que o sistema de distribuição de água de


Cuiabá era composto na época por uma extensão total de 2.819,68 km, sendo a mesma composta
pelos materiais descritos na Tabela 4.3.1.

Tabela 4.3.1
Rede de Distribuição de Água
Material Extensão (km) %
PVC 2.372,68 84,15
Cimento Amianto 212,00 7,52
Ferro Fundido 138,00 4,89
PVC / Defofo 92,00 3,26
Ferro Galvanizado 5,00 0,18
Total 2.819,68 100,00
Fonte: PMSB/2011.

Segundo dados disponibilizados pelo SNIS, constantes na Tabela 4.3.2, houve um acréscimo de
cerca de 315 km de redes de distribuição no período entre os anos 2012 e 2016.

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Tabela 4.3.2
Extensão da rede de água
Descrição 2012 2013 2014 2015 2016
AG005 - Extensão da rede de água (km) 2.254 2.344 2.401 2.483 2.523
Fonte: SNIS.

A Figura 4.3.1 adiante, permite uma visualização geral da área urbana da sede municipal atendida
com rede de distribuição de água.

Figura 4.3.1
Rede de Distribuição de Água – Visão Geral (Sede + Coxipó)

Fonte: Águas Cuiabá

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O diagnóstico do sistema de distribuição constante no PMSB/2011 identificou que as redes de
distribuição em cimento amianto, juntamente com as antigas redes de ferro fundido seriam as
principais responsáveis pelas perdas no sistema, em virtude da dificuldade de recuperação de
vazamentos nas primeiras e pelo estado de conservação das segundas que apresentam problemas
de oxidação. As substituições das mesmas seriam parcialmente dificultadas por estarem presentes
nas áreas mais antigas da cidade hoje consideradas de patrimônio histórico, o que exige adoção
de tecnologias construtivas especiais, do tipo com escavação pelo método não destrutivo.

O prognóstico das necessidades de rede de distribuição constantes do PMSB foi praticamente a


mesma adotada pelo TR/EDITAL, sendo que as extensões constantes da PROPOSTA apresentam
pequena diferença (a menor) quando comparada as duas primeiras, conforme segue:

Tabela 4.3.3
Comparativo de proposição sobre a rede de distribuição de água
PMSB/2011
Ano Edital (m) Proposta (m)
(m)
1 2.819.680 2.819.680 2.856.912
2 2.856.913 2.856.912 2.894.638
3 2.894.635 2.894.636 2.903.805
4 2.932.857 2.932.858 2.920.674
5 2.971.584 2.971.585 2.937.476

Observa-se que a extensão constante da Proposta no período resulta em um incremento de 80.564


metros, dos quais 50% deste valor seriam oriundos de implantações realizadas pela Concessionária
e os outros 50% seriam oriundos de empreendimentos imobiliários, conforme constam tanto da
Proposta como do PMSB.

O valor da extensão total da rede de distribuição, constante do PMSB e do edital, foi objeto de notas
técnicas, questionamentos e justificativas apresentada pela Concessionária junto a entidade
reguladora de Cuiabá, que alegou que os dados originalmente informados, não se consolidaram
após a assunção dos serviços e verificação operacional através de levantamento cadastral.

Segundo a Concessionária, o valor original da série de projeção deveria ser ajustado para
2.253.858, apresentando, portanto, uma redução de 565.822 metros na informação original.

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Verificando-se os relatórios apresentados pela Concessionária verificou-se a evolução da extensão
da rede de distribuição no período conforme Tabela 4.3.4 a seguir.

Tabela 4.3.4
Incremento realizado de rede de distribuição de água
Ano Emp. Imob. Concessionária Soma
1 31.833 9.126 40.959
2 34.170 55.840 90.010
3 44.650 72.790 117.440
4 1.070 13.820 14.890
5 14.138 37.555 51.693
TOTAL 125.861 189.131 314.992
% 39,96 60,04 100,00

Avaliando-se comparativamente as extensões de rede implantada no período 314.992 metros, com


a expectativa de ampliação da rede constante da proposta, 80.564 metros, verifica-se que a meta
de expansão foi atendida e até superada, tendo se efetivado um percentual de implantação de
60,04% por parte da Concessionária.

Relativamente aos aspectos de substituição de rede de abastecimento de água, o relatório final de


indicadores e metas do 5º ano da concessão, elaborado em junho de 2017, utiliza um indicador
específico, o índice de substituição de redes de abastecimento (ISRA), obtido através da seguinte
fórmula:

𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢í𝑑𝑎


𝐼𝑆𝑅𝐴 = 𝑥 100%
𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 10 𝑎𝑛𝑜𝑠

Para o cálculo desse indicador é considerada toda substituição, inclusive remanejamento, cuja
metragem for igual ou superior a 6 metros.

No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi feita uma comparação entre a
substituição de redes executada e a meta contratual, resultando na Tabela 4.3.5, onde pode-se
notar que as substituições realizadas estiveram abaixo da meta, com exceção no ano 3.

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Tabela 4.3.5
Comparativo substituição de redes de distribuição
Realizado Meta
Índice
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5
ISRA - Índice de substituição de redes de abastecimento (%) 0,84 0,60 3,59 0,04 0,15 2,00

Os dados e informações disponibilizados nos relatórios operacionais da Concessionária, não


permitam, da forma como eram apresentados, a identificação da localização, trechos, extensões e
materiais de substituição de redes realizados. Essa informação constituiu uma demanda da ARSEC
para a Concessionária, de modo a identificar se estão sendo substituídas as redes informadas como
críticas, tais como aquelas constituídas por tubulação de Cimento Amianto, Ferro Fundido e Ferro
Galvanizado mais antigas.

As solicitações propostas acimas foram formalizadas exigindo-se a apresentação para fiscalização,


conferência e regulação de Plantas Cadastrais na forma de “As Built”, sendo então recentemente
atendidas da maneira solicitada pela Agência Reguladora.

4.4 Ligações e Economias Prediais

A evolução do número de ligações e economias de água está apresentada a seguir, assim como as
projeções realizadas pelo PMSB, edital e proposta.

Os dados do PMSB/edital/proposta são convergentes e previram uma evolução de 7,01% no


período (2012 a 2017) do número de ligações, resultando em um incremento de 10.366 unidades.
Já o realizado demonstra um aumento no número de ligações de cerca de 35%, resultando em um
incremento de quase 48 mil unidades.

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Tabela 4.4.1
Comparativo Economias e Ligações
PMSB - total Realizado
Ano
Economias Ligações Economias Ligações
1 2012 200.046 152.897 175.973 134.655
2 2013 202.688 154.917 187.750 138.645
3 2014 205.364 156.963 203.422 148.010
4 2015 208.076 159.036 217.210 153.420
5 2016 210.824 161.135 254.260 180.271
6 2017 213.607 163.263 260.666 182.489
Fonte: PMSB – elaboração FGV.

O Relatório de Avaliação dos Serviços e Sistemas elaborado pela ARSEC (2015), identificou que a
evolução significativamente acima da proposta apresentada, deve ser creditado em grande parte
ao trabalho desenvolvido de regularização cadastral no sistema comercial, que resultou na
regularização de unidades consumidoras que se utilizavam irregularmente do sistema
anteriormente.

Da mesma maneira como realizado para a extensão de rede de distribuição de água, a verificação
da origem do incremento das ligações de água constante da proposta verifica-se que para o período
entre os anos 2012 e 2016, 60% das novas ligações foram executadas pela Concessionária, e 40%
por empreendimentos imobiliários.

Quanto à substituição de ligações domiciliares de água, o relatório final de indicadores e metas do


5º ano da concessão, elaborado em junho de 2017, utiliza um indicador específico, o índice de
substituição de ligações (ISL), obtido através da seguinte fórmula:

𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡. 𝑑𝑒 𝑙𝑖𝑔𝑎çõ𝑒𝑠 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢í𝑑𝑎𝑠


𝐼𝑆𝐿 = 𝑥 100%
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑙𝑖𝑔𝑎çõ𝑒𝑠 ℎ𝑖𝑑𝑟𝑜𝑚𝑒𝑡𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠

No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi realizada uma comparação entre
a substituição de ligações executada e a meta contratual, resultando na Tabela 4.4.2, onde pode-
se notar que as substituições realizadas foram muito superiores às intervenções previstas.

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Tabela 4.4.2
Comparativo substituição de ligações domiciliares de água
Realizado Meta
Índice
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5

ISL - Índice de substituição de ligações (%) 3,44 11,98 8,38 1,74 3,74 0,70
Fonte: Relatório final de indicadores e metas.

4.5 Hidrometração

A hidrometração das ligações constitui em uma das mais importantes ferramentas de gestão
operacional e comercial dos serviços, influenciando diretamente o controle de perdas dos sistemas,
além de ser um instrumento de justiça social, proporcionando a correta medição para o pagamento
justo em função do volume utilizado.

Segundo o PMSB e o edital, o índice de hidrometração existente à época deveria evoluir de 69,45%
para um total mínimo de 85,29% no período (2012 a 2016). A Concessionária assumiu em sua
proposta a mesma evolução proposta pelo PMSB.

A Tabela 4.5.1 foi construída de forma a possibilitar uma avaliação comparativa entre as ligações
hidrometradas e o índice de hidrometração previsto e realizado, mostrando que a meta estipulada
foi atendida e ultrapassada, havendo, atualmente, um índice de hidrometração maior do que o
previsto.

Tabela 4.5.1
Comparativo ligações hidrometradas e índice de hidrometração
Ligações Hidrometradas (un) Índice de Hidrometração (%)
Ano PMSB / edital / PMSB / edital /
Realizado Realizado
proposta proposta
1 106.185 114.312 69,45 73,66
2 107.627 117.933 69,45 82,77
3 121.635 135.340 77,49 91,72
4 127.894 144.671 80,42 93,10
5 137.432 168.332 85,29 93,70
Fonte: PMSB / EDITAL

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Além da instalação de hidrômetros nas ligações domiciliares de água, existe a necessidade da
constante atualização do parque de hidrômetros instalados, que deve corresponder a uma fração
anual correspondente entre 14,28% a 20,00% do parque existente. (Vida útil máxima entre 5 a 7
anos).

Os números constantes dos relatórios apresentados indicam que a substituição de hidrômetros


realizada nos quatro primeiros anos de concessão ultrapassou os valores constantes da proposta.

Quanto à substituição de hidrômetros, o relatório final de indicadores e metas do 5º ano da


concessão, elaborado em junho de 2017, utiliza um indicador específico, o índice de substituição
de hidrômetros (ISH), obtido através da seguinte fórmula:

𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡. 𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢í𝑑𝑜𝑠


𝐼𝑆𝐻 = 𝑥 100%
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ℎ𝑖𝑑𝑟ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠

No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi realizada uma comparação entre
a substituição de hidrômetros executada e a meta contratual, resultando na Tabela 4.5.2, onde
pode-se notar que as substituições realizadas em alguns anos foram superiores e outros inferiores
às intervenções previstas.

Deve-se ressaltar que não havia previsão de substituição de hidrômetros nos dois primeiros anos
de concessão.

Tabela 4.5.2
Comparativo índice de substituição de hidrômetros
Realizado Meta
Índice
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5

ISH - Índice de substituição de hidrômetros (%) 7,60 10,23 24,32 7,16 8,93 10,00
Fonte: Relatório final de indicadores e metas

Na Tabela 4.5.3 consta a quantidade de hidrômetros instalados de acordo com a sua idade, com
referência dezembro/2017, mostrando que 13,80% dos hidrômetros têm idade superior a sete anos.

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Tabela 4.5.3
Comparativo índice de substituição de hidrômetros
Idade do Qtde %
hidrômetro Ligações participação
0 17.500 10,4
1 4.336 2,6
2 890 0,5
3 60.668 35,9
4 26.847 15,9
5 22.534 13,3
6 7.259 4,3
7 5.453 3,2
8 5.273 3,1
9 1.365 0,8
10+ 16.787 9,9
Elaboração: FGV

4.6 Volumes Operacionais

Na Tabela 4.6.1 constam alguns dados de volumes operacionais no período de 2012 a 2016. São
consideradas importantes algumas definições dos volumes apresentados na Tabela 4.6.1, conforme
segue:

 Volume de água produzido - Volume anual de água disponível para consumo;


 Volume de água micromedido - Volume anual de água medido pelos hidrômetros
instalados nas ligações ativas de água;
 Volume de água consumido - Volume anual de água consumido por todos os usuários,
compreendendo o volume micromedido e o volume de consumo estimado para as
ligações desprovidas de hidrômetro ou com hidrômetro parado;
 Volume de água faturado - Volume anual de água debitado ao total de economias
(medidas e não medidas), para fins de faturamento; e
 Volume de água macromedido - Valor da soma dos volumes anuais de água medidos por
meio de macromedidores permanentes.

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Tabela 4.6.1
Volumes operacionais
Descrição 2012 2013 2014 2015 2016
AG006 - Volume de água produzido (1.000 m³/ano) 64.206 99.735 97.070 94.266 97.532
AG008 - Volume de água micromedido (1.000 m³/ano) 16.842 27.487 29.663 33.454 31.632
AG010 - Volume de água consumido (1.000 m³/ano) 19.967 31.263 32.516 34.228 37.259
AG011 - Volume de água faturado (1.000 m³/ano) 22.273 35.407 37.281 39.506 39.202
AG012 - Volume de água macromedido (1.000 m³/ano) 0 64.828 92.245 90.893 96.729
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS

Percebe-se uma diferença significativa quando se compara o volume produzido com os volumes
consumidos e faturados, o que refletirá nos diferentes indicadores de perdas, que serão tratados
em tópico específico desse documento.

Foi também fornecido o histograma de consumo referente ao mês de novembro de 2017, com base
no qual elaborou-se Figura 4.6.1, que depois de analisada permite os seguintes comentários:

 6,43% das ligações tiveram leitura zero no hidrômetro no mês em questão, podendo ser
um problema temporário de leitura ou hidrômetro parado;
 40,73% das ligações tiveram medição na faixa de consumo de 0 a 10 m³;
 34,76% das ligações tiveram medição na faixa de consumo de 10 a 20 m³;
 81,92% das ligações tiveram medição na faixa de consumo de 0 a 20 m³; e
 18,08% das ligações tiveram medição na faixa de consumo superior a 20 m³.

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Figura 4.6.1
Participação das ligações conforme consumo medido

Elaboração: FGV.

Quanto ao volume medido, elaborou-se a Figura 4.6.2, que depois de analisada permite os
seguintes comentários:

 14,09% do volume medido corresponde à faixa de 0 a 10 m³;


 28,33% do volume medido corresponde à faixa de 10 a 20 m³;
 42,42% do volume medido corresponde à faixa de 0 a 20 m³; e
 57,58% do volume medido corresponde à faixa superior a 20 m³.

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Figura 4.6.2
Participação do volume medido em cada faixa de consumo

Elaboração: FGV

4.7 Perdas

O tema das perdas nos sistemas públicos de abastecimento de água é motivo de preocupação em
todo o mundo há décadas e, apesar dos avanços tecnológicos, é um problema que ainda persiste,
principalmente no Brasil.

Para sua análise deve-se levar em conta a escassez hídrica e os altos custos de energia elétrica,
além da sua relação com a saúde financeira das empresas prestadoras de serviços.

O combate às perdas é muito desafiador para todos os setores de uma empresa prestadora de
serviço de abastecimento de água, já que há influência de muitos fatores, tais como: infraestrutura
existente dos sistemas, aspectos culturais e políticos, disponibilidade financeira, tecnologias
disponíveis, qualificação da mão de obra, entre outros.

Pode-se afirmar que os sistemas de abastecimento de água sempre apresentarão perdas. No


entanto, quando estas são elevadas, representam desperdício de recursos naturais, operacionais e
de receita, necessitando, sempre, que estejam em funcionamento programas de avaliação, controle
e redução de perdas.

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Estudo publicado pelo Instituto Trata Brasil (TONETO JUNIOR et al., 2013) apontou que uma
redução de 10% nas perdas das companhias brasileiras agregaria R$ 1,3 bilhão à receita
operacional com água.

No entanto, primeiramente, é necessário que se defina o que são perdas de água nos sistemas de
abastecimento públicos. Teoricamente, as perdas se dividem em perdas aparentes e perdas reais.

As perdas aparentes, também chamadas de perdas não físicas ou comerciais, estão relacionadas
ao volume de água que foi efetivamente consumido pelo usuário, mas que, por algum motivo, não
foi medido ou contabilizado, gerando perda de faturamento ao prestador de serviços. São
provocadas por falhas decorrentes de erros de medição (hidrômetros inoperantes, com
submedição, erros de leitura, fraudes, equívocos na calibração dos hidrômetros), ligações
clandestinas, by-pass irregulares nos ramais das ligações (conhecidos como gatos), falhas no
cadastro comercial, entre outros. Nesse caso, a água é efetivamente consumida, mas não é
faturada.

Já as perdas reais, também conhecidas como perdas físicas, referem-se a toda água disponibilizada
para a distribuição que não chega aos consumidores. Essas perdas acontecem por vazamentos em
adutoras, redes, ramais, conexões, reservatórios e outras unidades operacionais do sistema. Elas
compreendem principalmente os vazamentos em tubulações da rede de distribuição, provocados
especialmente pelo excesso de pressão. Os vazamentos também estão associados à qualidade
dos materiais utilizados, à idade das tubulações, à qualidade da mão de obra e à ausência de
programas de monitoramento de perdas, dentre outros fatores.

A utilização de água para procedimentos operacionais, como lavagem de filtros e decantadores da


ETA e descargas na rede, não deve ser considerada perda quando este consumo se refere ao
estritamente necessário para a operação.

Com o intuito de monitorar os diversos tipos de consumo e de perdas que ocorrem em um sistema
de abastecimento de água, a IWA (International Water Association)/AWWA (American Water Works
Association) propôs um método para classificar, padronizar e uniformizar uma terminologia para
este tema, chamado de balanço hídrico, que está reproduzido no Quadro 4.7.1. Este método é
utilizado internamente pela concessionária.

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Quadro 4.7.1
Balanço hídrico proposto pela IWA/AWWA para sistemas de abastecimento de água
Consumo faturado medido (incluir

Água faturada
Consumo
água exportada)
Consumo autorizado

autorizado
Consumo faturado não medido
faturado
(estimados)
Consumo não faturado medido
Consumo
Volume de entrada no sistema

(usos próprios, caminhão pipa, etc)


autorizado não
Consumo não faturado não medido
faturado
(combate a incêndios, favelas, etc)
Uso não autorizado (fraudes e

Água não faturada


falhas de cadastro)
Perdas aparentes
Erros de medição
(micromedição)
Perda de água

Vazamentos nas adutoras e/ou


redes de distribuição
Vazamentos e extravasamentos em
Perdas reais
reservatórios
Vazamentos em ramais prediais (a
montante do ponto de medição)
Fonte: BEZERRA, 2013.

O SNIS utiliza quatro diferentes indicadores para o índice de perdas, a saber:

 IN013 - Índice de perdas faturamento (percentual);


 IN049 - Índice de perdas na distribuição (percentual);
 IN050 - Índice bruto de perdas lineares (m³/dia/km); e
 IN051 - Índice de perdas por ligação (l/dia/lig.).

As formas de cálculo, de acordo com o glossário de indicadores do SNIS, estão apresentadas nos
Quadros 4.7.2, 4.7.3, 4.7.4 e 4.7.5 a seguir.

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Quadro 4.7.2
Forma de cálculo e valoração do IN013
Nome: IN013 – Índice de perdas faturamento
Fórmula: Dados:
AG006 – Volume de água produzido (1.000 m³/ano)
AG018 – Volume de água tratada importado (1.000
IN018 = [ (AG006 + AG018 – AG011 – AG024) /
m³/ano)
(AG006 + AG018 – AG024) ] * 100 AG011 – Volume de água faturado (1.000 m³/ano)
AG024 – Volume de serviço (1.000 m³/ano)
Referência: SNIS IN013
Periodicidade: Anual
Abrangência: Município
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, 2015

Quadro 4.7.3
Forma de cálculo e valoração do IN049
Nome: IN049 – Índice de perdas na distribuição
Fórmula: Dados:
AG006 – Volume de água produzido (1.000 m³/ano)
AG018 – Volume de água tratada importado (1.000
IN049 = [ (AG006 + AG018 – AG010 – AG024) /
m³/ano)
(AG006 + AG018 – AG024) ] * 100 AG010 – Volume de água consumido (1.000 m³/ano)
AG024 – Volume de serviço (1.000 m³/ano)
Referência: SNIS IN049
Periodicidade: Anual
Abrangência: Município
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, 2015

Quadro 4.7.4
Forma de cálculo e valoração do IN050
Nome: IN050 – Índice bruto de perdas lineares
Dados:
AG006 – Volume de água produzido (1.000 m³/ano)
Fórmula: AG018 – Volume de água tratada importado (1.000
m³/ano)
IN050 = [ (AG006 + AG018 – AG010 – AG024) / AG010 – Volume de água consumido (1.000 m³/ano)
(AG005*) ] * (1.000 / 365) AG024 – Volume de serviço (1.000 m³/ano)
AG005 – Extensão da rede de água (km) – utiliza-se
a média aritmética dos valores do ano de referência
e do ano anterior ao mesmo
Referência: SNIS IN050
Periodicidade: Anual
Abrangência: Município
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, 2015

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Quadro 4.7.5
Forma de cálculo e valoração do IN051
Nome: IN051 – Índice de perdas por ligação

Dados:
AG006 – Volume de água produzido (1.000 m³/ano)
Fórmula: AG018 – Volume de água tratada importado (1.000
m³/ano)
AG010 – Volume de água consumido (1.000 m³/ano)
IN051 = [ (AG006 + AG018 – AG010 – AG024) /
AG024 – Volume de serviço (1.000 m³/ano)
(AG002*) ] * (1.000.000 / 365) AG002 – Quantidade de ligações ativas de água
(ligações) – utiliza-se a média aritmética dos
valores do ano de referência e do ano anterior ao
mesmo

Referência: SNIS IN051


Periodicidade: Anual
Abrangência: Município
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, 2015

Os valores específicos para Cuiabá, entre os anos 2012 e 2016, estão na Tabela 4.7.1.

Tabela 4.7.1
Valores de indicadores de perdas para Cuiabá
Descrição 2012 2013 2014 2015 2016
IN013 - Índice de perdas faturamento (percentual) 63,68 62,95 61,59 58,09 57,09
IN049 - Índice de perdas na distribuição (percentual) 67,44 67,29 66,50 63,69 59,22
IN050 - Índice bruto de perdas lineares (m³/dia/Km) 43,88 76,64 74,55 67,36 59,22
IN051 - Índice de perdas por ligação (l/dia/lig.) 812,82 1.289,34 1.233,97 1.091,37 888,51
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, 2015

Através da análise da Tabela 4.7.1 pode-se perceber uma tendência de queda nos valores dos
indicadores de perdas. No entanto, essa queda vem ocorrendo de maneira lenta, com os valores
apresentados sendo ainda demasiadamente altos.

Quanto à esse tema, o relatório final de indicadores e metas do 5º ano da concessão, elaborado
em junho de 2017, utiliza um indicador específico, o índice de perdas reais (IPR), obtido através da
seguinte fórmula:

𝑣𝑜𝑙. 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜 − 𝑣𝑜𝑙. 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜


𝐼𝑃𝑅 = 𝑥 100%
𝑣𝑜𝑙. 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑜

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Deve-se ressaltar que a nomenclatura desse índice possui um erro conceitual, pois ele não mede
apenas as perdas reais.

No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi feita uma comparação entre o
índice de perdas realizado e a meta contratual, resultando na Tabela 4.7.2, onde pode-se notar que
a redução no índice de perdas vem ocorrendo de forma lenta, não atingindo a meta contratual.

Tabela 4.7.2
Comparativo índice de perdas
Realizado Meta
Índice
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5
IPR - Índice de perdas reais (%) 66,85 65,52 65,16 64,36 65,76 51,00
Fonte: Relatório Final de Indicadores e Metas

No próprio relatório de indicadores e metas a Concessionária tece alguns comentários e


justificativas sobre o tema, dos quais vale destacar:

 A Concessionária constatou, no início da concessão, que o percentual de perdas era


superior ao previsto no Termo de Referência; e
 Não havia metas de redução do IPR no decorrer dos 2 (dois) primeiros anos da
concessão.

Nas justificativas da Concessionária também há menção que essa dispendeu inúmeros esforços
para a redução das perdas de água em montante superior ao inicialmente projetado pelo Poder
Concedente para o período até o ano 5 da concessão. No entanto é citado como ação nesse sentido
apenas a padronização das ligações domiciliares e a implantação de um comitê interno com
atribuição específica para atuar em relação à redução das perdas denominado “Grupo Executivo
de Perdas”.

A Concessionária deverá tomar medidas mais concretas para a diminuição do índice de perdas, já
que, conforme demonstrado, esse é um tema que tem influência tanto no aspecto ambiental quanto
financeiro da concessão, sendo que a sua diminuição implica em benefício da saúde pública, do
saneamento ambiental e da eficiência dos serviços, propicia melhor produtividade e, inclusive, pode
postergar investimentos para ampliação dos sistemas, já que parte da água desperdiçada passa a
ser devidamente utilizada.
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4.8 Abastecimento de Água - Qualidade da Água Distribuída

A qualidade da água distribuída à população deve atender à Portaria nº 2.914 do Ministério da


Saúde, de 12 de dezembro de 2011, que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância
da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Deve-se ressaltar ainda algumas definições contidas na Portaria retro citada, conforme segue:

 Água para consumo humano: água potável destinada à ingestão, preparação e produção
de alimentos e à higiene pessoal, independentemente da sua origem;
 Água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido nesta Portaria e
que não ofereça riscos à saúde; e
 Vigilância da qualidade da água para consumo humano: conjunto de ações adotadas
regularmente pela autoridade de saúde pública para verificar o atendimento a esta
Portaria, considerados os aspectos socioambientais e a realidade local, para avaliar se a
água consumida pela população apresenta risco à saúde humana.

O Art. 3º da Portaria nº 2914/2011 determina que “toda água destinada ao consumo humano,
distribuída coletivamente por meio de sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de
água, deve ser objeto de controle e vigilância da qualidade da água.” Ainda segundo essa Portaria,
os responsáveis pelo controle de qualidade devem aprovar, junto à autoridade pública, um plano de
amostragem (BRASIL, 2011c), com o intuito de balizar as análises necessárias pelo prestador de
serviço.

Portanto, a Concessionária prestadora dos serviços de abastecimento de água tem a obrigação de


exercer o controle da qualidade da água, principalmente através de análises laboratoriais, conforme
plano de amostragem registrado e aprovado junto às autoridades competentes.

Apesar do serviço público de abastecimento de água ter sido concedido e das obrigações da
Concessionária listadas anteriormente, a Prefeitura Municipal de Cuiabá, como Poder
Concedente, continua tendo obrigações quanto a este sistema, inclusive quanto à qualidade da
água distribuída à população.

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Quanto à qualidade da água produzida e distribuída, o relatório final de indicadores e metas do 5º
ano da concessão, elaborado em junho de 2017, utiliza um indicador específico, o índice de
qualidade da água (IQA), obtido através da seguinte fórmula:

𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡. 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑢𝑟𝑏𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑒 𝑐𝑙𝑜𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜


𝐼𝑄𝐴 = 𝑥 100%
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑢𝑟𝑏𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑒 𝑐𝑙𝑜𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙

A qualidade da água distribuída deve atender, conforme já citado anteriormente, a Portaria nº


2914/2011, que estabelece diversos parâmetros a serem analisados. Percebe-se, no entanto, que
o Índice de Qualidade da Água - IQA considera apenas os parâmetros turbidez e cloro residual.

No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi feita uma comparação entre o IQA
realizado e a meta contratual, resultando na Tabela 4.8.1, onde pode-se notar uma sensível melhora
no resultado para o 5º ano, no entanto ainda ficando abaixo da meta.

Tabela 4.8.1
Comparativo IQA
Realizado Meta
Índice (%)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5
IQA - Sistema Ribeirão do Lipa 89,88 91,06 70,80 79,78 95,84 99,00

IQA - Sistema Tijucal 92,40 87,38 69,25 94,57 98,22 99,00

IQA - Sistema Pq. Cuiabá 91,86 98,55 98,80 98,82 99,66 99,00
Fonte: Relatório Final de Indicadores e Metas

Em estudo realizado no ano de 2016, no âmbito do processo de intervenção, foi produzido um


relatório de análise da qualidade da água distribuída utilizando os seguintes parâmetros: turbidez,
coliformes totais, E. coli, cloro residual livre e flúor.

O relatório intitulado “Avaliação da qualidade da água tratada que abastece o Município de


Cuiabá – MT”, com autoria da bióloga Maria Fátima dos Santos e Prof. Drª Margarida Marcheto,
além de informações referentes ao período de abril/2012 a abril/2016 repassadas pela
Concessionária, permitiu-se chegar a algumas conclusões, dais quais vale ressaltar as transcritas
a seguir:

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“Quanto aos parâmetros básicos analisados, pode-se concluir que a água
distribuída à população de Cuiabá, no período analisado, não atende aos padrões
de potabilidade estabelecidos pela legislação, causando risco à saúde da população
que a consome e utiliza.

Com base nas informações analisadas pode-se concluir que os Sistemas de


Tratamento de água do Município de Cuiabá encontram-se deficitários, nos quesitos
instalações prediais, unidades de tratamento (ETAs), laboratórios e principalmente
a qualidade das águas produzidas.”

4.8.1 Divulgação e Informação ao Consumidor

O Decreto n.º 5.440, de 4 de maio de 2005, estabelece definições e procedimentos sobre o controle
da qualidade da água de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para
divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano. O art.
5º e o art. 12º deste Decreto, descritos a seguir, estabelecem algumas definições:

“Art. 5º - Na prestação de serviços de fornecimento de água é assegurado ao


consumidor, dentre outros direitos:
I - receber nas contas mensais, no mínimo, as seguintes informações sobre a
qualidade da água para consumo humano: a) divulgação dos locais, formas de
acesso e contatos por meio dos quais as informações estarão disponíveis; b)
orientação sobre os cuidados necessários em situações de risco à saúde; c) resumo
mensal dos resultados das análises referentes aos parâmetros básicos de qualidade
da água; e d) características e problemas do manancial que causem riscos à saúde
e alerta sobre os possíveis danos a que estão sujeitos os consumidores,
especialmente crianças, idosos e pacientes de hemodiálise, orientando sobre as
precauções e medidas corretivas necessárias;
II - receber do prestador de serviço de distribuição de água relatório anual contendo,
pelo menos, as seguintes informações: a) transcrição dos arts. 6º, inciso III, e 31 da
Lei nº 8.078, de 1990 , e referência às obrigações dos responsáveis pela operação
do sistema de abastecimento de água, estabelecidas em norma do Ministério da
Saúde e demais legislações aplicáveis; b) razão social ou denominação da empresa
ou entidade responsável pelo abastecimento de água, endereço e telefone; c) nome
do responsável legal pela empresa ou entidade; d) indicação do setor de
atendimento ao consumidor; e) órgão responsável pela vigilância da qualidade da
água para consumo humano, endereço e telefone; f) locais de divulgação dos dados
e informações complementares sobre qualidade da água; g) identificação dos
mananciais de abastecimento, descrição das suas condições, informações dos
mecanismos e níveis de proteção existentes, qualidade dos mananciais, fontes de
contaminação, órgão responsável pelo seu monitoramento e, quando couber,
identificação da sua respectiva bacia hidrográfica; h) descrição simplificada dos
processos de tratamento e distribuição da água e dos sistemas isolados e
integrados, indicando o município e a unidade de informação abastecida; i) resumo
dos resultados das análises da qualidade da água distribuída para cada unidade de
informação, discriminados mês a mês, mencionando por parâmetro analisado o
valor máximo permitido, o número de amostras realizadas, o número de amostras
anômalas detectadas, o número de amostras em conformidade com o plano de
amostragem estabelecido em norma do Ministério da Saúde e as medidas adotadas
face às anomalias verificadas; e j) particularidades próprias da água do manancial
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ou do sistema de abastecimento, como presença de algas com potencial tóxico,
ocorrência de flúor natural no aquífero subterrâneo, ocorrência sistemática de
agrotóxicos no manancial, intermitência, dentre outras, e as ações corretivas e
preventivas que estão sendo adotadas para a sua regularização. [...]
Art. 12º - Os responsáveis pelos sistemas de abastecimento devem disponibilizar,
em postos de atendimento, informações completas e atualizadas sobre as
características da água distribuída, sistematizadas de forma compreensível aos
consumidores” (BRASIL, 2005b).

Conforme visto na legislação transcrita anteriormente e, observando o padrão de conta de água e


esgoto distribuída à população, percebe-se que o Decreto n.º 5.440/2005 vem sendo atualmente
atendido.

No endereço eletrônico da Concessionária não foram encontradas informações quanto aos


resultados das análises da água tratada, assim como o relatório anual da qualidade da água, sendo
recomendável essas inclusões.

4.9 Abastecimento de Água – Projetos Existentes e Obras


Emergenciais

A partir da elaboração do PMSB, após a assunção dos serviços a CAB CUIABÁ S/A, contratou junto
a ETEP (2012), a elaboração de Plano Diretor para os Sistemas de Abastecimento de Água e
Esgotamento Sanitário, e posteriormente, motivado pela ocorrência de várias demandas oriundas
do setor imobiliário, contratou junto a GERENTEC (2013), a elaboração de Estudo de Revalidação
do Plano Diretor.

Importante registrar que os citados estudos e projetos não foram submetidos à análise e aprovação,
junto ao Poder Concedente e/ou agência reguladora (AMAES/ARSEC), e considerando-se que o
resultado final dos mesmos, descartam a concepção proposta no PMSB - Cuiabá 2011 e adotam
solução alternativa, entende-se que a validação e aprovação da entidade reguladora e/ou do Poder
Concedente seria necessária e pertinente, independente se a solução final adotada se constitua em
uma evolução técnica relativamente a solução original proposta.
O Plano Diretor de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do município de Cuiabá,
elaborado pela ETEP Ltda. em 2012, abrangeu as seguintes atividades principais:

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 Relatório 1A (R-1A) - Diagnóstico do Sistema de Abastecimento de Água do município de
Cuiabá;
 Relatório 1B (R-1B) - Diagnóstico do Sistema de Esgotamento Sanitário do município de
Cuiabá;
 Relatório 2 (R-2) - Estudos Demográficos e Projeções de Demandas;
 Relatório 3A (R-3A) - Estudo Técnico das Alternativas para o Sistema de Abastecimento
de Água;
 Relatório 3B (R-3B) - Estudo Técnico das Alternativas para o Sistema de Esgotamento
Sanitário;
 Relatório 3C (R-3C) - Estudo Técnico das Alternativas para os Sistemas de Lodos de
ETAs e ETEs; e
 Relatório 4 (R-4) - Plano Diretor dos Sistemas de Abastecimento de Água, de
Esgotamento Sanitário e de Lodos das ETAs e ETEs do município de Cuiabá.

Conforme já descrito anteriormente, com mais detalhes nesse documento, em maio de 2016 o
Município de Cuiabá decretou a intervenção na concessão dos serviços públicos de abastecimento
de água e esgotamento sanitário outorgada à empresa CAB CUIABÁ S/A, pelo prazo de 180 dias,
prorrogáveis.

Em 29/11/2016, o Município de Cuiabá e a CAB Cuiabá celebraram o 2º Termo Aditivo ao Contrato


de Concessão com objetivo de possibilitar que a Concessionária reassumisse a execução
contratual, a partir do cumprimento de condições suspensivas previstas em Acordo de
Investimentos e a assunção de novos controladores, estabelecendo novo prazo limite de 17/5/2017
para encerramento da intervenção e outras condições estabelecidas, podendo este prazo ser
estendido por no máximo 90 dias.

Em 01/08/2017, encerrou-se a fase de transição da intervenção e a Águas Cuiabá, controlada pelo


grupo IGUÁ SANEAMENTO, assumiu a operação dos serviços de saneamento, prevendo vários
investimentos emergenciais nos sistemas, totalizando-se R$ 91 milhões, conforme destacado a
seguir:

 Intervenções no sistema de abastecimento de água Ribeirão do Lipa:


 Construção de nova captação com capacidade de 400 l/s;
 Ampliação da ETA de 200 l/s para 400 l/s;
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 Aumento da capacidade de Reservação em aproximadamente 7.900 m³ com a
construção de 3 reservatórios apoiados (RAP) Altos do Ribeirão, Bom Clima e INPE;
 Construção de aproximadamente 8 km de adutoras;
 Adutora ETA Ribeirão do Lipa - RAP Altos do Ribeirão;
 Adutora RAP Altos do Ribeirão – RAP Bom Clima;
 Adutora RAP Altos do Ribeirão – Rede bairro Florais;
 Adutora RAP Bom Clima – RAP INPE;
 Adutora RAP INPE – Rede bairro Novo Paraíso;
 Adutora RAP INPE – Rede bairro Florianópolis; e
 Investimento previsto = R$ 27 milhões.

 Intervenções no sistema de abastecimento de água Parque Cuiabá:


 Construção de uma nova captação com capacidade de 550 l/s;
 Ampliação da ETA de 50 para 550 l/s;
 Aumento da capacidade de Reservação em aproximadamente 6.000 m³, com a
construção de 2 novos reservatórios: ETA Parque Cuiabá e Santa Terezinha;
 Construção de aproximadamente 8 km de adutoras;
 Adutora captação – ETA Parque Cuiabá;
 Derivação adutora RAP Santa Terezinha – Rede bairro Altos do Parque;
 Derivação adutora bairro Jardim Presidente I – rede bairro Jardim Presidente III;
 Adutora RAP Santa Terezinha – rede bairro Tijucal;
 Adutora ETA Parque Cuiabá – RAP Santa Terezinha;
 Adutora RAP Santa Terezinha – rede bairro Jardim Presidente I;
 Derivação adutora bairro Jardim Presidente I – rede Jardim Presidente II;
 Adutora RAP Santa Terezinha – rede Distrito Industrial; e
 Investimento previsto = R$ 47 milhões.

 Intervenções no sistema de abastecimento de água Coophema:


 Construção de nova captação com capacidade de 300 l/s;
 Ampliação da ETA de 200 para 300 l/s;
 Aumento da capacidade de Reservação em aproximadamente 4.000m³, com a
construção de 1 novo reservatório na ETA;
 Construção de aproximadamente 9 km de adutoras;
 Adutora captação – ETA Coophema;
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 Derivação adutora bairro Fernando Corrêa – rede bairro Coophema;
 Adutora bairro Boa Esperança – rede bairro Praeirinho;
 Adutora ETA Coophema – rede bairro Fernando Corrêa;
 Adutora ETA Coophema – rede bairro Boa Esperança;
 Adutora rede bairro Praeirinho – rede bairro São Mateus;
 Melhorias na captação e ETA Coophema; e
 Investimento previsto = R$ 17 milhões.

4.10 Principais Problemas Encontrados nos Sistemas de Abastecimento


de Água

O sistema de água está disponível para a totalidade da população urbana, conforme demonstrado
nos indicadores de nível de atendimento. No entanto, a disponibilidade do sistema não é garantia
de atendimento adequado da população, já que, além de estar disponível, a água deve ser ofertada
com qualidade e regularidade.

Quanto à regularidade, há reclamações por parte dos usuários sobre a existência de interrupções
sistemáticas no abastecimento. O indicador utilizado para a medição da continuidade no
abastecimento definido no edital de concessão e utilizado pela Concessionária não é adequado,
impedindo a quantificação mais apurada desse problema.

Em relação à qualidade da água tratada, verifica-se que apesar da melhoria que vem sendo
apresentada nos últimos anos, ainda há quantidade significativa de amostras fora do padrão de
potabilidade estabelecidos pela Portaria nº 2.914 do Ministério da Saúde, além do fato de que
grande parte das unidades de tratamento não realizam a fluoretação. Convêm aqui destacar a
absoluta inexistência de tratamento de resíduos nas unidades de tratamento de água, conforme
exige a legislação em vigor.

Segundo a concessionária, foi protocolado na SEMA solicitação de prazo para implantação de


SRAL e Tratamento de Lodo, 12 meses após o início das operações nas novas estruturas de
tratamento de água.

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Avaliando-se as demandas previstas para fim de plano (Ano 2042), encontra-se:

 População urbana (Sede + Coxipó) = 687.028 habitantes.


 Índice de atendimento = 100 %.
 População atendida = 687.028 habitantes.
 Consumo per capita = 180 l/hab.dia (incluindo uso não doméstico).
 Índice de perdas previsto = 30 %.
 Consumo per capita (com perdas) = 257 l/hab.dia.
 Vazão média = 2.044, 73 l/s.
 K1 = 1,2 e K2 = 1,5.
 Q dia > consumo = 2.453,67 l/s

Comparando-se os valores encontrados para demanda futura com os valores da capacidade atual
de produção (Cuiabá + Coxipó da Ponte) igual a 2.915 l/s (ver Tabela 4.1.1), verifica-se que a
capacidade atual já seria suficiente para atender a demanda futura caso o índice de perdas
projetados sejam alcançados. Essa análise preliminar permite estimar que os investimentos
emergenciais objetivando o aumento de produção em mais 800 l/s (Ribeirão do Lipa = 200 l/s;
Cophema = 100 l/s e Parque Cuiabá = 500 l/s), devem estar acompanhados investimentos
objetivando o combate a perdas, registradas hoje em patamares de 60 % a 65 %. Como o PDA
ainda não está concluso, avalia-se que a justificativa para o aumento da capacidade nas unidades
produtoras esteja baseada em opções de substituição de algumas unidades (poços) e ainda
adequação e racionalização de outras unidades (Tijucal) conforme Tabela 4.10.1 adiante:

Tabela 4.10.1
Adequações a serem realizadas nas unidades

Sistema ETA Q atual (l/s) Ampliação (l/s) Desativação Final (l/s)


Lipa Lipa 200 200 - 400
Coophema 100 -100
Pq. Cuiabá 50 -50
Sul 750+250 530
Tijucal 1 200 -200
Poços (18) 120 -120
Fonte: Águas Cuiabá, 2018.

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Quanto ao índice de perdas, este vem diminuindo de forma muito lenta ao longo dos anos, estando,
atualmente, em patamares elevados, necessitando de priorização e investimentos por parte da
Concessionária.

Os mananciais atualmente utilizados para abastecimento da população possuem disponibilidade


hídrica suficiente, devendo haver cuidados quanto à sua qualidade, através, principalmente, do
aumento da cobertura do sistema de esgoto, incluindo o seu adequado tratamento, na Região
Metropolitana do rio Cuiabá.

Também não existe, atualmente, capacidade de reservação de água tratada suficiente para
atendimento adequado da população, apesar dos investimentos realizados pela Concessionária.
Deve-se ressaltar que essa é uma constatação feita no âmbito geral dos sistemas, podendo haver
necessidades pontuais e locais atendidos adequadamente, devendo ser levantados em estudos
específicos, tais como o plano diretor de água.

O uso racional da água é uma necessidade em todos os locais, compreendendo a diminuição do


consumo, o controle de perdas e desperdícios e a minimização da produção de efluentes,
contribuindo para a proteção do meio ambiente e da saúde pública.

Este tema é de suma importância, já que a redução das perdas físicas proporciona redução dos
custos de produção (mediante redução do consumo de energia, de produtos químicos e outros) e
permite utilizar as instalações existentes para aumentar a oferta, sem expansão do sistema. Já a
redução das perdas aparentes permite aumentar a receita tarifária, melhorando a eficiência dos
serviços prestados e o desempenho financeiro do prestador de serviços.

Existe a necessidade de preservação do meio ambiente como forma de garantir a qualidade e


quantidade da água captada para consumo humano, em especial as áreas de proteção de
manancial (APMs), assim como existe a necessidade de determinação das áreas possíveis a serem
ocupadas e aquelas com necessidade de preservação.

Está previsto na LUOS - Lei 389 de 03/112015 Art. 80 §3° os estudos e a delimitação das áreas de
segurança hídrica, que compreende as áreas a montante das instalações de captação de água
bruta no prazo de 1 (um) ano. Foi identificado que passaram-se dois anos e não houve avanço na
pauta.
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Merece ainda registro a identificação de alguns problemas técnicos, operacionais e administrativos
que deverão ser devidamente equacionados, com relação ao sistema de abastecimento de água,
tais como:

 Necessidade de se proceder o lacre sanitário dos poços que estão desativados e


promover a sua consequente baixa na outorga dos órgãos de licenciamento e
autorização;
 Necessidade de realizar e manter atualizado o cadastro técnico e comercial dos Distritos
de Sucuri, Coxipó da Ponte e Guia;
 Solucionar de forma imediata, problemas relacionados a tubulação de drenagem para
lavagem de filtros da ETA Sucuri; e
 Solucionar problemas técnicos operacionais relacionadas a ETA Tijucal, oriundos da sua
construção e que impedem seu funcionamento na sua capacidade nominal por ocasião
“do período de cheia” no Rio Coxipó, quando este tem a sua turbidez significativamente
elevada.

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5. Diagnóstico dos Serviços de Esgotamento Sanitário

O PMSB – Cuiabá 2011, apresentou um breve histórico da evolução nas implantações sucessivas
de sistemas públicos de esgotamento sanitário de Cuiabá, destacando-se nas mesmas os seguintes
períodos:

 1952 a 1958 – Sistema Central/Prainha


 1958 a 1978 – CPA 1, Cophema, Grande Terceiro, Cophamil, Cohab Nova, Coesa e São
Gonçalo;
 1978 a 1980 – Relatório Preliminar, Estudo de Concepção, Plano Diretor Integrado de
Esgoto (Cuiabá e Várzea Grande – SANEMAT/GEOTECNICA)
 1980 a 1987 – 1ª. Etapa de Obras do SES de Cuiabá – Sub Bacias 14, 16, 8 e 19 em
Cuiabá, incluindo ETE – Módulo 1; e
 1990 – Sanemat/PROSEGE – conclusão de toda a bacia do córrego do Gambá/Sub Bacia
18 e parte a Sub Bacia 19 – córrego do Barbado – Operação da ETE Zanildo Costa
Macedo.

Ainda segundo o PMSB – Cuiabá 2011, o sistema de esgotamento sanitário de Cuiabá atendia à
época aproximadamente 38% da população, sendo que somente 28% conta com os serviços de
coleta e tratamento. O sistema totalizava cerca de 680 km de rede coletora, estando inclusos
também cerca de 140 km de redes condominiais. O número de ligações atendidas era de 55.582
unidades, perfazendo 67.643 economias.

Segundo dados da Concessionária Águas Cuiabá de 2017, o SES atingiu os seguintes dados:

 Índice de Cobertura de Esgoto = 54,42 %;


 Ligações ativas atendidas com coleta = 78.335 unidades;
 Ligações ativas atendidas com coleta e tratamento = 54.526 unidades;
 Economias ativas atendidas = 95.529 unidades; e
 Extensão da rede coletora = 926.165 metros.

O PMSB (2011) estabeleceu a delimitação de apenas 5 (cinco) sub-bacias sanitárias, a saber:

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 Sub-bacia Sanitária Ribeirão;
 Sub-bacia Sanitária Parque Cuiabá;
 Sub-bacia Sanitária Dom Aquino;
 Sub-bacia Sanitária Tijucal, e
 Sub-bacia Sanitária CPA.

Para fins de consolidação da proposta foram elaborados à época a divisão dos bairros a serem
atendidos por cada Sub-bacia, definindo-se também que as Sub-bacias teriam os seguintes
atendimentos de forma independentes, atendendo as demandas futuras dos serviços de esgoto,
conforme as projeções populacionais e de demandas efetuadas:

 Sistema Ribeirão – (Sub-bacias 13, 14 e 15);


 Sistema Dom Aquino – (Sub-bacias 16, 17, 18 e 19);
 Sistema Parque Cuiabá – (Sub-bacias 20A, 20B, 21, 22, 25, 26, e 27);
 Sistema Tijucal – (Sub-bacias 20E, 20F, 23 e 24); e
 Sistema CPA – (Sub-bacias 20, 20C, 20D e 20G).

A Figura 5.1, adiante mostra a divisão das áreas que seriam atendidas por cada um dos sistemas
propostos.

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Figura 5.1
Sistemas de Esgoto Propostos no PMSB 2011

Fonte: PMSB 2011

Da mesma forma como para o sistema de abastecimento de água, ao assumir a concessão a CAB
CUIABÁ, contratou a elaboração de estudos do Plano Diretor de Esgoto – PDE 2012, junto a ETEP,
reavaliados posteriormente pela ARCADIS. A conclusão dos estudos de alternativas elaborado,
concluiu pela seleção da opção de uma nova subdivisão de bacias principais de esgotamento,
conforme pode ser visualizado na Figura 5.2 adiante.

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Figura 5.2
Sistemas de Esgoto Propostos PDE / Arcadis

Fonte: Águas Cuiabá

Nesta configuração proposta, as bacias atenderiam as seguintes áreas:

 Sucuri;
 Ribeirão do Lipa;
 Dom Aquino;
 Moinho;
 Parque Atalaia;
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 Tijucal; e
 Caité.

Em Cuiabá, o sistema de esgotamento sanitário público implantado em operação, é basicamente


do tipo separador absoluto, que segundo a NBR 9.648/1986 “é o conjunto de condutos, instalações
e equipamentos destinados a coletar, transportar, condicionar e encaminhar, somente esgoto
sanitário, a uma disposição final conveniente, de modo contínuo e higienicamente seguro”.
Aproximadamente dez bairros de Cuiabá, receberam sistema de coleta do tipo condominial no
período de 1985 a 1990.

Merece referência ainda que as bacias da “Prainha” na área central e parcialmente “Mané Pinto”,
possui um sistema configurado para operacionalizar parcialmente como sistema unitário a “tempo
seco”.

O esgotamento sanitário de uma cidade com sistema separador absoluto é geralmente composto
pelas seguintes unidades:

 Ligações domiciliares: tubulação que faz a ligação entre a instalação predial (interna) à
rede coletora de esgoto, composta não somente por tubulação, mas também por um
dispositivo de inspeção;
 Rede coletora: conjunto de tubulações que recebem contribuição de esgoto das ligações
domiciliares em qualquer ponto ao longo do seu comprimento. Além de tubulações, a rede
coletora é composta por órgãos acessórios, que são dispositivos fixos desprovidos de
equipamentos mecânicos, podendo ser poços de visitas (PV), tubos de inspeção e
limpeza (TIL), terminais de limpeza (TL) e caixa de passagem (CP);
 Interceptores: tubulação que recebe os efluentes de coletores de esgoto em pontos
determinados, providos de PVs e nunca ao longo de seus trechos;
 Emissários: tubulação que recebe as contribuições de esgoto exclusivamente na
extremidade montante;
 Estações elevatórias de esgoto (EEE): instalações que visam à elevação do nível do
esgoto desde o nível do poço de sucção das bombas até o nível de descarga do recalque,
impedindo o aprofundamento demasiado das redes coletoras;
 Estação de tratamento de esgoto (ETE): conjunto de técnicas associadas contendo
equipamentos, órgãos auxiliares e sistemas de utilidades com o objetivo de reduzir os
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componentes poluentes encontrados nos esgotos sanitários, incluindo compostos
orgânicos e bacteriológicos; e
 Corpo receptor: Curso d’água ou solo que recebe o lançamento do esgoto tratado.

Atualmente, a Concessionária Águas Cuiabá é a responsável pelos serviços de esgotamento


sanitário de água de toda a área urbana de Cuiabá, atendendo aos seguintes núcleos
populacionais:

 Área urbana do distrito Sede; e


 Área urbana do distrito Coxipó da Ponte.

Não há atendimento, atualmente, dos demais distritos de Cuiabá. Ressalta-se a existência de rede
coletora e tratamento de esgoto em um condomínio residencial denominado Sucuri, na área urbana
do Distrito Sede.

Quanto aos distritos Sede e Coxipó da Ponte, esses são atendidos pelos seguintes sistemas:

 Sucuri;
 Novo Tempo;
 Residencial Antártica;
 Tropical Ville;
 Villas Boas;
 Santa Rosa;
 Canachuê;
 Village Flamboyant;
 Jardim Santa Isabel;
 Coophamil e Novo Terceiro;
 Cohab Nova;
 Residenciais Minas do Cuiabá / Beira Rio / Jardim das Vivendas;
 Coletor Mané Pinto;
 Vila Real;
 Ribeirão Baú;
 Florais;
 Residencial Jardim Vitória;
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 Lagoa Encantada;
 Morada do Ouro;
 São Carlos / Santa Inês;
 Três Barras / Jardim Paraná / Nova Canaã;
 Ilza Piccoli / Buritis;
 Coletar Barbado;
 Coletor Gambá;
 Prainha;
 UFMT;
 Maria de Lourdes;
 Jardim Universitário;
 Tijucal;
 Coophema;
 São Gonçalo;
 Altos do São Gonçalo;
 Parque Cuiabá;
 Residencial Sonho Meu; e
 Residencial São José.

Quanto ao tratamento dos esgotos coletados, o PDE/2012, por fins didáticos, realizou um
agrupamento das unidades existentes (e que será utilizado na presente revisão do PMSB) de
acordo com a tecnologia empregada, dividindo as unidades em algumas categorias, conforme será
detalhado na sequência desse produto.

Quanto ao rios e córregos urbanos de Cuiabá, utilizados como corpos receptores, e também como
manancial (Rio Coxipó), o Governo do Estado do Mato Grosso, por meio do Diário Oficial do dia
12 de setembro de 2011, publicou as Resoluções do Conselho Estadual de recursos
Hídricos/Secretaria Estadual de Meio Ambiente - SEMA, números 68, 69, 70, 71 e 72, de 11/9/2011,
que dispõe sobre o enquadramento transitório de trechos de corpos hídricos, conforme resumido
na Tabela 5.1 adiante.

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Tabela 5.1
Enquadramento Corpos Hídricos - Cuiabá
Rio / Córrego Classe Trecho
Calha principal do rio Coxipó, iniciando desde sua nascente, por aproximadamente 63
2 km, até a montante da confluência do córrego Castelhano, às coordenadas
15º36'56,09"S e 56º00'42,97"W.
Calha principal do rio Coxipó, iniciando a montante da confluência do córrego
Castelhano, às coordenadas 15º36'56,09"S e 56º00'42,97"W, por aproximadamente
3
5,30 km, até a jusante da confluência do córrego do Urubu, às coordenadas
15º37'15,69"S e 56º01'58,76"W.
Coxipó
Calha principal do rio Coxipó, iniciando a jusante da confluência do córrego do Urubu,
às coordenadas 15º37'15,69"S e 56º01'58,76"W, por aproximadamente 12,80 km,até a
4
jusante da confluência do córrego Moinho, às coordenadas 15º37'02,42"S e
56º02'59,26" W.
Calha principal do rio Coxipó, iniciando jusante da confluência do córrego Moinho, às
4 coordenadas 15º37'02,42"S e 56º02'59,26" W, por aproximadamente 04 km, até a sua
foz no Rio Cuiabá às coordenadas 15° 38' 27,71"S e 56° 04' 25,19"W.
Urubu 4 Todos os trechos
Castelhano 4 Todos os trechos
Calha principal do córrego Três Barras, da nascente à montante da confluência do
2
Moinho córrego sem nome, às coordenadas 15° 31' 19"S e 56°1'45,26"W .
4 Todos os demais trechos
Afluentes do
4 Todos os afluentes
Moinho
Calha principal do córrego Barbado, iniciando às coordenadas 15° 34' 45,29"S e 56° 04'
3 0,50"W, por aproximadamente 2,94 km, até às coordenadas 15° 36' 08,27"S e 56° 04'
04,42"W, na altura da estrada do Moinho.
Barbado
Calha principal do córrego Barbado, iniciando às coordenadas 15° 36' 08,27"S e 56° 04'
4 04,42"W, por aproximadamente 4,39 km, até sua foz com o rio Cuiabá, às coordenadas
15° 38' 04,97"S e 56° 04' 51,35"W.
Calha principal do córrego Mané Pinto, iniciando às coordenadas 15° 35' 41,08"S e 56°
3 07' 01,80"W, por aproximadamente 1,94 km, até às coordenadas 15° 36' 36,86"S e 56°
06' 47,70"W, a montante da confluência com Córrego Engole Cobra.
Mané Pinto
Calha principal do córrego Mané Pinto, iniciando às coordenadas 15° 36' 36,86"S e 56°
4 06' 47,70"W, por aproximadamente 823 metros, até sua foz com o rio Cuiabá, às
coordenadas 15° 36' 56,31"S e 56° 06' 30,19"W .
Engole Cobra 4 Todos os trechos
Calha principal do Ribeirão do Lipa, iniciando às coordenadas 15° 31' 14,16"S e 56° 3'
3 37,78"W, por aproximadamente 1,90 km, até às coordenadas 15° 31' 45,2"S e
Ribeirão do Lipa
56°4'23,54"W, à jusante da confluência do córrego sem nome.
4 Todos os demais trechos
Afluentes do
4 Todos os afluentes
Ribeirão do Lipa
Calha principal do córrego São Gonçalo, da nascente até as coordenadas 15° 38'
2
21,56"S e 56° 01' 03,78"W.
Calha principal do córrego São Gonçalo, iniciando às coordenadas 15° 38' 21,56"S e
3 56° 01' 03,78"W, por aproximadamente 3,25 km, até às coordendas 15° 38' 46,85"S e
São Gonçalo
56° 02' 46,64"W, a jusante do córrego Figueirinha.
Calha principal do córrego São Gonçalo, iniciando às coordenadas 15° 38' 46,85"S e
4 56° 02' 46,64"W, por aproximadamente 2,86 km, até sua foz com o rio Cuiabá, às
coordenadas 15° 38' 55,96"S e 56° 04' 10,85"W.
Calha principal do córrego Lavrinha, da nascente até às coordendas 15° 39' 40,60"S e
2
56° 03' 05,17"W
Lavrinha Calha principal do córrego Lavrinha, iniciando às coordenadas 15° 39' 40,60"S e 56°
4 03' 05,17"W, por aproximadamente 2,86 km, até sua foz com o rio Cuiabá, às
coordenadas 15° 39' 45,01"S e 56° 04' 16,73"W.
Elaboração: FGV.

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A Figura 5.3 a seguir, permite uma visualização geral da distribuição espacial dos sistemas de coleta
e transportes de esgotos existentes, incluindo rede coletora convencional e condominial, coletores
troncos e emissários.

Figura 5.3
Sistemas de Coleta Existente - Cuiabá

Fonte: Águas Cuiabá 2017

A Figura 5.4 permite uma visualização geral da distribuição espacial das unidades elevatórias de
esgotos existentes e em operação no Município de Cuiabá.

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Figura 5.4
Estações Elevatórias de Esgotos existente - Cuiabá

Fonte: Águas Cuiabá 2017

A Figura 5.5 permite uma visualização geral da distribuição espacial das unidades de tratamento de
esgotos existentes e em operação no Município de Cuiabá.

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Figura 5.5
Estações de Tratamento de Esgotos existente - Cuiabá

Fonte: Águas Cuiabá 2017

A Tabela 5.2 adiante, apresenta um resumo das 51 (cinquenta e uma) unidades de tratamento de
esgoto existentes e em operação em janeiro de 2018, classificadas por sistema conforme proposto
pelo PMSB 2011, incluindo informações adicionais relativas ao nome da unidade, tecnologia
aplicada no tratamento, vazão nominal de projeto, vazão média operacional, número de economias
contribuintes e população atendida.

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Tabela 5.2
Informações das ETES

Vazão Vazão
Número de
Sistema Nominal Média População
Nº ETE Economias
PMSB de Projeto Operacional Atendida
Contribuinte
(L/s) (L/s)

1 540,00 130,00 28.914 95.416


Dom Aquino (Lodos Ativados)
2 5,42 523 1.726
Cohab Nova (Tanque Imhof) 5,42
Sistema Dom
3 12,00 0 0
Aquino UFMT (Biodigestor) 12,00
4 0,225 49 162
Monserrat (Fossa/Filtro) 0,23
5 0,14 31 102
My Flowers (Fossa/Filtro) 0,14

UASB 50,0
LAGOAS UASB 50,0
30,0 LAGOAS
6 Tijucal (Reator + Lagoas) 11.674 38.524
30,0
HIDROSUL HIDROSUL
31,0 31,0
7 1,45 317 1.046
Sistema Marechal Rondon (Fossa/Filtro) 1,45
Tijucal
8 0,78 171 564
Pascoal Moreira (Fossa/Filtro) 0,78
9 0,54 118 389
Morada do Faval (Fossa/Filtro) 0,54
10 1,27 276 911
Sonho Meu (Fossa/Filtro) 1,27
11 570 1.881
Torres (Reator) 5,00 5,00

12 360 1.188
Coophema (Tanque Imhof) 4,50 4,50
13 159 525
Esperança (Reator) 1,00 1,00
14 0,47 103 340
Santo Antônio I (Fossa/Filtro) 0,47
15 0,28 62 205
Santo Antonio 2 (Fossa/Filtro) 0,28
UASB 25,0 UASB 25,0
LODOS LODOS
Sistema 16 Jardim Universitário (Reator) 2.853 9.415
ATIVADOS ATIVADOS
Parque
5,0 5,0
Cuiabá
17 0,97 211 696
Sávio Brandão (Fossa/Filtro) 0,97
18 0,64 140 462
Ipê Amarelo (Fossa/Filtro) 0,64
19 125 413
Jardim Botânico (Fossa/Filtro) 1,03 1,03
20 345 1.139
Altos São Gonçalo (Reator) 5,00 5,00
21 877 2.894
Maria de Lourdes (Reator) 7,00 7,00
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Vazão Vazão
Número de
Sistema Nominal Média População
Nº ETE Economias
PMSB de Projeto Operacional Atendida
Contribuinte
(L/s) (L/s)

22 123 406
Topázio (Reator) 3,00 3,00
23 0,55 120 396
Acácia (Fossa/Filtro) 0,55
24 0,65 142 469
Recanto (Fossa/Filtro) 0,65
25 0,27 58 191
Entrerios (Fossa/Filtro) 0,27
26 0,12 26 86
Residencial Vitória (Fossa/Filtro) 0,12
27 7.320 24.156
Parque Atalaia (Reator) 85,00 33,55

UASB 40,0 UASB 40,0


28 LAGOAS LAGOAS 2.479 8.181
São Carlos/Santa Inês (Reator + Lagoas) 13,0 13,0
29 1,92 419 1.383
Jardim Aroeira (Fossa/Filtro) 1,92
30 0,33 73 241
Jardim Umuarama (Fossa/Filtro) 0,33
31 2.597 8.570
Morada do Ouro (Lagoas) 25,00 25,00
Sistema CPA
32 14.389 47.484
Lagoa Encantada (Lagoas) 105,00 105,00
33 2.014 6.646
Nova Canaã (Reator) 11,00 11,00
34 1.269 4.188
Buritis/Jamil Boutros (Reator) 16,00 16,00
35 983 3.244
Ilza Picolli/Wantuil (Reator) 11,00 11,00
36 3,54 772 2.548
Novo Horizonte 2 (Fossa/Filtro) 3,54

LAGOAS+ LAGOAS+
FLIPPER FLIPPER
6,0 6,0
ETE ETE
37 Vila Real (Reator + Lagoas) 751 2.478
PROV.2,0 PROV.2,0
HIDROSUL HIDROSUL
31,0 31,0
(FUTURA) (FUTURA)
Sistema 38 274 904
Ribeirão do Sucuri (Reator) 2,00 2,00
Lipa
39 265 875
Ribeirão Baú (Reator) 3,00 3,00
40 2.463 8.128
Florais (Reator) 30,00 30,00
41 0,62 135 446
Jardim Vitória A (Fossa/Filtro) 0,62
43 Jardim Vitória B (Fossa/Filtro) 0,74 0,74 161 531
44 Jardim Antártica (Fossa/Filtro) 0,83 0,83 182 601

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Vazão Vazão
Número de
Sistema Nominal Média População
Nº ETE Economias
PMSB de Projeto Operacional Atendida
Contribuinte
(L/s) (L/s)
45 Santa Rosa (Fossa/Filtro) 0,26 0,26 56 185
46 Reserva do Parque (Fossa/Filtro) 0,35 0,35 77 254
47 Vila Borghesi (Fossa/Filtro) 0,35 0,35 77 254
48 Vilas Boas (Fossa/Filtro) 0,37 0,37 80 264
49 Viverdi 1 (Fossa/Filtro) 0,19 0,19 41 135
50 Viverdi 2 (Fossa/Filtro) 0,17 0,17 36 119
51 ETE São Conrado 0,25 0,25 55 182

A capacidade nominal das unidades instaladas, totalizam 1.123,23 l/s entretanto, a vazão média
operacional totaliza 661,78 l/s.

5.1 Coleta e Transporte de Esgoto

Denominam-se redes coletoras de esgoto as tubulações que recebem contribuição de esgoto das
ligações domiciliares em qualquer ponto ao longo do seu comprimento. Os interceptores são
definidos como as tubulações que recebem os efluentes de coletores de esgoto em pontos
determinados, providos de PVs e nunca ao longo de seus trechos. Já os emissários são as
tubulações que recebem as contribuições de esgoto exclusivamente na extremidade montante.

Segundo dados disponibilizados pelo SNIS e pela concessionária, constantes na tabela 5.1.1, houve
um acréscimo de cerca de 230 km de redes de esgoto no período entre os anos 2012 e 2017.

Tabela 5.1.1
Extensão da rede de esgoto
Descrição 2012 2013 2014 2015 2016 2017
ES004 - Extensão da rede de esgotos (km) 693 696 741 793 905 926

A partir das informações do cadastro técnico disponibilizado pela concessionária, foram elaboradas
as tabelas a seguir, contendo a extensão da rede de esgoto conforme o tipo da rede e o diâmetro.

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Tabela 5.1.2
Extensão da rede de esgoto por tipo de rede
Tipo de Rede Extensão (m)
Rede coletora 799.001
Interceptor 13.194
Emissário 64.705
Rede condominial 25.045
Sem informação 367
Total 902.312

Tabela 5.1.3
Extensão da rede de esgoto por diâmetro
Diâmetro Extensão (m)
40 3
60 830
75 900
100 58.741
110 609
115 18
150 769.394
200 27.381
250 13.350
300 11.646
350 2
400 7.447
500 382
600 7.472
800 710
900 1.540
Sem informação 1.887
Total 902.312

Analisando as Tabelas 5.1.2 e 5.1.3, percebe-se que o total da rede difere do valor apresentado na
Tabela 5.1.1 para o ano de 2017. Esse fato se deve, provavelmente, porque as Tabelas 5.1.2 e
5.1.3 consideraram apenas as redes ativas.

O prognóstico das necessidades de rede de esgoto constante do PMSB converge com o Edital,
sendo que as extensões constantes da proposta apresentam pequena diferença (a menor) quando
comparada as duas primeiras, conforme segue.

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Tabela 5.1.4
Comparativo extensão da rede de esgoto
Extensão rede de esgoto (m)
Ano PMSB /
Proposta Realizado
Edital
2012 681.018 681.018 692.610
2013 681.018 681.018 696.290
2014 681.018 690.010 740.940
2015 799.046 749.975 792.570
2016 1.016.412 1.001.999 905.000
2017 1.284.722 1.169.794 926.165

Observa-se que a extensão constante da proposta no período resulta em um incremento de cerca


de 489 km, enquanto que o realizado foi um incremento de 233 km. Deve-se ressaltar que a maior
parte do incremento ocorrido é oriundo de empreendimentos imobiliários.

Relativamente aos aspectos de substituição de rede de esgoto, o relatório final de indicadores e


metas do 5º ano da concessão, elaborado em junho de 2017, utiliza um indicador específico, o
índice de substituição de redes coletoras (ISRE), obtido através da seguinte fórmula:

𝐸𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢í𝑑𝑎


𝐼𝑆𝑅𝐸 = 𝑥 100%
𝐸𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑑𝑒

No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi realizada uma comparação entre
a substituição de redes executada e a meta contratual, resultando na Tabela 5.1.5, onde pode-se
notar que as substituições realizadas estiveram abaixo da meta.

Tabela 5.1.5
Comparativo substituição de redes de esgoto
Realizado Meta
Índice (%)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5
ISRE - Sistema Dom Aquino 0,02 0,44 0,03 0,00 0,06 1

ISRE - Sistema Tijucal 0,03 0,07 0,12 0,00 0,39 1

ISRE - Sistema Pq. Cuiabá 0,04 0,05 0,02 0,00 0,00 1

ISRE - Sistema CPA (Lagoa Encantada) 0,02 0,09 0,02 0,00 0,24 1

ISRE - Sistema Ribeirão do Lipa 0,02 0,11 0,05 0,00 0,04 0

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Os dados e informações disponibilizadas nos relatórios operacionais da Concessionária, não
permitem, da forma como são apresentados, a identificação da localização, trechos, extensões e
materiais de substituição de redes realizados.

A seguir serão descritos os sistemas de coleta e transporte de esgoto existentes em Cuiabá.

5.1.1 Sistema Sucuri

Segundo o PDE/2012, o Condomínio Residencial Sucuri possuía cerca de 243 residências e coleta
através de sistema separador absoluto, encaminhado até uma unidade de tratamento por gravidade.

5.1.2 Sistema Novo Tempo

Nessa localidade foram construídas moradias emergenciais para abrigar os afetados pela enchente
do ano 2001. O sistema é formado apenas pela coleta dos esgotos, não possuindo tratamento e,
consequentemente, cobrança dos usuários.

Segundo o PDE/2012, praticamente a totalidade da área possui coleta, sendo os esgotos lançados
em vários pontos ao longo do corpo receptor adjacente ao loteamento.

5.1.3 Sistema Residencial Antártica

Esse é um sistema do tipo separador absoluto composto por redes coletoras que encaminham o
esgoto coletado, por gravidade, até a unidade de tratamento (sistema fossa e filtro). Existe ainda
uma estação elevatória responsável pelo transporte do esgoto tratado da unidade de tratamento até
o córrego contíguo ao residencial, afluente do rio Cuiabá.

5.1.4 Sistema Tropical Ville

Segundo o PDE/2012, nesse sistema existe um interceptor na margem esquerda do córrego que
ultrapassa a área do residencial. Não existe tratamento nesse residencial, segundo informações da
concessionária a área foi invadida e existe demanda junto ao empreendedor relativa a execução de
uma nova ETE.
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5.1.5 Sistema Villas Boas

Esse é um sistema do tipo separador absoluto composto por redes coletoras que encaminham o
esgoto coletado, por gravidade, até a unidade de tratamento (sistema fossa, filtro e cloração). O
corpo receptor é o córrego existente no próprio residencial.

5.1.6 Sistema Santa Rosa

Esse é um sistema do tipo separador absoluto composto por redes coletoras que encaminham o
esgoto coletado, por gravidade, até a unidade de tratamento (sistema fossa e filtro anaeróbico).

5.1.7 Sistema Canachuê

Esse é um sistema do tipo separador absoluto composto por redes coletoras que encaminham o
esgoto coletado, por gravidade, até a unidade de tratamento (sistema fossa e filtro anaeróbico).

Segundo o PDE/2012, esse sistema não foi recebido pela SANECAP e, consequentemente, pela
concessionária, posteriormente.

5.1.8 Sistema Village Flamboyant

Nesse bairro não há rede coletora do tipo separadora absoluta implantada. Os imóveis dessa
localidade lançam os esgotos nas galerias de águas pluviais existentes.

5.1.9 Sistema Jardim Santa Isabel

Esse é um sistema do tipo separador absoluto condominial que, segundo o PDE/2012, apresenta
diversos problemas de transbordamento de esgoto, além de existirem imóveis construídos sobre as
redes, o que dificulta qualquer intervenção.

Os esgotos coletados são lançados no rio Cuiabá, seus afluentes ou em galerias de água pluviais,
não havendo tratamento.

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5.1.10 Sistema Coophamil e Novo Terceiro

No bairro Novo Terceiro existe um sistema do tipo separador absoluto condominial sem qualquer
tipo de tratamento do esgoto coletado, lançando em galerias de águas pluviais ou em um córrego
próximo (afluente do Rio Cuiabá).

Já no Bairro Coophamil existe um sistema do tipo separador absoluto com redes coletoras
implantadas, também sem tratamento. Segundo o PDE/2012, em períodos chuvosos ocorrem
muitos transbordamentos, evidenciando a presença de água pluvial conectada às redes coletoras
de esgoto.

Existe uma estação elevatória em operação, ao lado de uma escola, que recalca os esgotos para
um poço de visita da rede coletora.

5.1.11 Sistema Cohab Nova

Esse é um sistema do tipo separador absoluto composto por redes coletoras que encaminham o
esgoto coletado, por gravidade, até a unidade de tratamento.

5.1.12 Sistema Minas do Cuiabá/Beira Rio/Jardim das Vivendas

Esses três residenciais são limítrofes e possuem sistema do tipo separador absoluto composto por
redes coletoras que encaminham o esgoto coletado, por gravidade, até a unidade de tratamento
(sistema fossa e filtro anaeróbico).

Segundo o PDE/2012, esse sistema não foi recebido pela SANECAP e, consequentemente, pela
concessionária, posteriormente.

5.1.13 Sistema Coletor Mané Pinto

Existe implantado um coletor tronco no Córrego Mané Pinto, que recebe contribuições de esgoto
bruto de redes coletoras implantadas nas seguintes localidades: bairro José Pinto, residenciais
Ipiranga I e II, Residencial Oito de Abril, Residenciais Piazza I e II.
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Esse mesmo coletor tronco recebe ainda esgoto após tratamento (em unidades do tipo fossa e filtro
anaeróbico) dos residenciais Montserrat e Piazza Mangueiras.

O coletor tronco Mané Pinto lança os esgotos por ele coletados no Córrego Mané Pinto. Na foz
desse Córrego há um sistema de tomada em tempo seco, através de um vertedor, que encaminha
as águas do Córrego até uma tubulação de ferro fundido com diâmetro de 600 mm até a EEE
Prainha, que por sua vez recalca os esgotos à ETE Dom Aquino. Essa unidade de tomada de tempo
seco encontra-se desativada pela atual operadora do sistema.

5.1.14 Sistema Vila Real

O sistema Vila Real é formado por uma unidade de tratamento (ETE Vila Real) e redes coletoras
do tipo separador absoluto implantada em alguns bairros, a saber: Residencial Villa di Capri,
Residencial Breeze Housing, bairro Vila Real e Condomínio Residencial Despraiado.

Próximo ao sistema Vila Real existem outros sistemas isolados, conforme descrito na sequência:

 Residencial Villa Borghesi: conta com sistema de coleta de esgotos (separador absoluto)
e tratamento por fossa, filtro anaeróbico e cloração operado pela concessionária. O
lançamento do esgoto tratado se dá na galeria de águas pluviais da avenida de acesso
ao residencial;
 Residencial Reserva do Parque: conta com sistema de coleta de esgotos (separador
absoluto) e tratamento por fossa, filtro anaeróbico e cloração operado pela
Concessionária. O lançamento do esgoto tratado acontece no córrego adjacente ao
residencial;
 Condomínios Residenciais Viverde I e II: contam com sistemas independentes de coleta
de esgotos (separador absoluto) e tratamento por duas unidades fossa, filtro anaeróbico
e cloração operadas pela Concessionária. O lançamento do esgoto tratado acontece no
córrego Quarta-Feira;
 Condomínios Residenciais Avaí e São Conrado: são quatro condomínios independentes,
cada um contando com sistema de coleta de esgotos (separador absoluto) e tratamento
por fossa, filtro anaeróbico e cloração, sendo que a concessionária opera apenas a
estação de tratamento São Conrado; e

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 Condomínio Bordas da Chapada: conta com rede coletora separadora absoluta e
tratamento por sistema fossa, filtro anaeróbico e cloração não operado pela
concessionária, lançando no córrego Quarta-Feira.

A configuração atual do Sistema Vila Real, foi ampliado e adaptado em parceria com a iniciativa
privada (empreendedores imobiliários) possuindo atualmente a configuração de lagoa anaeróbia +
reator anaeróbio produzido pela empresa Flipper (6,0 l/s), um modulo provisório de 2,0 l/s e um
sistema fabricado pela Hidrosul (31 l/s).

5.1.15 Sistema Ribeirão Baú

Esse sistema atende ao Residencial Milton Figueiredo, que possui rede de coleta de esgotos
separadora absoluta, uma estação elevatória e uma unidade de tratamento.

5.1.16 Sistema Florais

Esse sistema é responsável pelo atendimento de oito condomínios, a saber: Florais Cuiabá, Florais
dos Lagos, Florais do Vale, Residencial San Diego, Residencial San Marino, Residencial San Carlo,
Residencial San Domingo e Residencial San Mônaco.

Cinco desses condomínios (Residenciais San Diego, San Marino, San Carlo, San Domingo e San
Mônaco) possuem sistema de coleta de esgotos tipo separador absoluto que são encaminhados
por gravidade à EEE San Marino, que por sua vez recalca os esgotos à ETE Florais.

Os condomínios Florais do Vale, dos Lagos e Cuiabá também possuem sistema de coleta de
esgotos do tipo separador absoluto, que são direcionados diretamente à ETE Florais por gravidade.

5.1.17 Sistema Residencial Jardim Vitória

Esse sistema é formado pelos Condomínios Residenciais Jardim Vitória A e B, que possuem
sistemas independentes de coleta de esgotos do tipo separador absoluto, cada um possuindo uma
unidade de tratamento constituída por fossa, filtro anaeróbico e cloração, operados pela
concessionária.
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5.1.18 Sistema Lagoa Encantada

O sistema Lagoa Encantada é formado por uma unidade de tratamento (ETE Lagoa Encantada) e
redes coletoras do tipo separador absoluto implantada em alguns bairros, a saber: Bairro CPA II,
Residencial Padova, Condomínio Residencial Araxá, Loteamento São Tomé, Bairro CPA III, parte
do Bairro Novo Mato Grosso.

Quanto aos bairros CPA I e CPA IV, esses possuem rede coletora do tipo separadora absoluta. No
entanto, essas redes não estão interligadas a uma unidade de tratamento.

O bairro Planalto possui rede coletora em sistema condominial e sem tratamento. O bairro Novo
Horizonte possui sistema condominial de coleta de esgotos e três fossas sépticas seguidas de filtro
anaeróbico e cloração, segundo o PDE/2012.

5.1.19 Sistema Morada do Ouro

O sistema Morada do Ouro é formado por uma unidade de tratamento (ETE Morado do Ouro) e
redes coletoras do tipo separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber: bairro
Tancredo Neves, parte do bairro Morada do Ouro I, bairro Morada do Ouro II e condomínio Morada
do Parque.

A parte restante do bairro Morado do Ouro I contribui para o coletor-tronco do córrego Barbado por
gravidade.

5.1.20 Sistema São Carlos/Santa Inês

O sistema São Carlos/Santa Inês é formado por uma unidade de tratamento (ETE São Carlos/Santa
Inês) e redes coletoras do tipo separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber:
residencial São Carlos, Residencial Santa Inês, Residencial Planalto I, Condomínio Residencial
Alphaville II e parte do Bairro Carumbé (possui sistema de coleta condominial) e parte do bairro
Carumbé não possui tratamento.

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5.1.21 Sistema Três Barras/Jardim Paraná/Nova Canaã

Esse sistema atende aos bairros Umuarama II, Nova Canaã, Jardim Paraná e Três Barras.

O bairro Umuarama II apresenta sistema de coleta de esgotos do tipo separador absoluto e uma
EEE que recalca os esgotos à unidade de tratamento constituída por fossa séptica, filtro anaeróbico
e cloração. O corpo receptor é o córrego Três Barras.

Os esgotos gerados pelos bairros Nova Canaã e Jardim Paraná são coletados por redes coletoras
do tipo separador absoluto e encaminhados a um interceptor tronco localizado à esquerda do
córrego que cruza o bairro Nova Canaã. O tratamento é feito na ETE Nova Canaã.

Já o bairro Três Barras possui rede coletora também separadora absoluta que alimenta a ETE Três
Barras. Segundo o PDE/2012, essa unidade de tratamento estava desativada, fazendo com que o
esgoto bruto fosse lançado em um afluente do córrego Três Barras.

5.1.22 Sistema Ilza Piccoli/Buritis

O sistema Ilza Piccoli/Buritis é formado pelas ETEs Ilza Piccoli e Buritis e redes coletoras do tipo
separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber: Residencial Jamil Nadaf,
Residencial Buritis, Residencial Ilza Piccoli, Residencial Jonas Pinheiros, Residencial Wantuil de
Freitas,

Ao lado desse sistema, o Condomínio Residencial Aroeiras também é atendido por coleta de
esgotos. No entanto possui tratamento próprio através de fossa e filtro anaeróbico operado pela
concessionária.

Além disso, existem outros cinco residenciais (Villas da Serra I, II, III, IV e V) com sistemas de coleta
de esgotos e estações de tratamento individuais por fossa e filtro anaeróbico não operadas pela
concessionária.

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5.1.23 Sistema Coletor Barbado

O coletor tronco Barbado tem diâmetro de 600 mm em concreto em quase a totalidade da sua
extensão e um trecho de 400 mm em PVC. Esse coletor recebe os esgotos coletados das seguintes
localidades: bairro do CPA (área entre a Avenida do CPA e o córrego Quarta-Feira), Residencial
Bosque dos Ipês, parte do bairro Morada do Ouro I, residencial Pantanal, Residenciais Privê
Paiaguás, Tropical Privê, Shopping Pantanal, parte do Bosque da Saúde II, Condomínio Mirante de
Cuiabá, Condomínio Residencial Alphaville I, bairro Pedregal, além das edificações localizadas
entre o CPA e o bairro do Alvorada.

Após a Av. Fernando Correa, o coletor tronco do Barbado recebe ainda os esgotos dos seguintes
sistemas: bairro Jardim Petrópolis, bairro Jardim Kennedy, bairro Jardim Tropical, parte do bairro
Campo Velho, bairro Jardim Califórnia, parte do bairro Jardim Shangri-lá e Grande Terceiro.

O coletor tronco Barbado finaliza seu percurso na EEE Barbado, que também recebe os esgotos
do sistema condominial do bairro Praeiro, do condomínio vertical ao lado do bairro Grande Terceiro
e os esgotos do sistema do Novo Praeiro.

A EEE Barbado recalca os esgotos diretamente à ETE Dom Aquino.

5.1.24 Sistema Coletor Gambá

O coletor tronco Gambá tem diâmetro de 500 mm, finalizando seu percurso na EEE Gambá, que
por sua vez também recebe o retorno de lodo da ETE Dom Aquino, para depois enviá-los (esgotos
e lodo) à caixa de chegada da estação.

Esse coletor recebe contribuições de toda a área da sub-bacia 18, que possui rede coletora do tipo
separadora absoluta instalada.

5.1.25 Sistema Prainha

Esse sistema contempla toda a área da sub-bacia 17 e não é do tipo separador absoluto, mas sim
caracterizado pelo transporte das águas pluviais e esgoto em uma mesma tubulação.
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Os esgotos coletados e as águas pluviais são destinados ao córrego Prainha, onde está implantada
a EEE Prainha, que recalca os esgotos e águas fluviais do córrego Mané Pinto e também os esgotos
e águas fluviais do córrego Prainha.

Pelo fato do sistema não ser separador absoluto, em épocas de chuva ocorre o aumento da vazão,
fazendo com que boa parte dos esgotos e águas pluviais extravase para o rio Cuiabá.

O recalque dessa EEE tem como destino a ETE Dom Aquino.

5.1.26 Sistema UFMT

O sistema UFMT é formado por uma unidade de tratamento (ETE UFMT) e redes coletoras do tipo
separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber: bairro Jardim das Américas III e
toda a área da Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT. O efluente tratado é lançado em um
córrego adjacente à universidade, afluente ao córrego Barbado.

5.1.27 Sistema Maria de Lourdes

O sistema Maria de Lourdes é formado por uma unidade de tratamento (ETE Maria de Lourdes) e
redes coletoras do tipo separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber:
Condomínio Residencial Passaredo, Residenciais Recanto do Salvador, Gileade e Maria de
Lourdes.

O efluente tratado da ETE Maria de Lourdes é lançado em um corpo receptor afluente ao córrego
do Moinho. Ao lado do Residencial Passaredo, o Residencial Recanto também possui rede coletora
de esgotos, no entanto com tratamento independente através de fossa séptica, filtro anaeróbico e
cloração.

5.1.28 Sistema Jardim Universitário

O sistema Jardim Universitário é formado por uma unidade de tratamento (ETE Jardim Universitário)
e redes coletoras do tipo separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber:
Residencial Belvedere e bairro Jardim Universitário.
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O Residencial Entre Rios possui redes coletoras e tratamento de esgotos por fossa séptica, filtro
anaeróbico e cloração não operado pela concessionária, com lançamento do efluente tratado na
galeria de águas pluviais.

O Residencial Acácia possui redes coletoras e tratamento de esgotos por fossa séptica, filtro
anaeróbico e cloração operado pela concessionária, com lançamento do efluente tratado no rio
Coxipó.

O Residencial Topázio também redes coletoras e tratamento de esgotos por reator UASB seguido
de lodo ativado e cloração, fabricado pela empresa Flipper, e operado pela concessionária, com
lançamento do efluente tratado no rio Coxipó.

Já o Residencial das Torres possui redes coletoras e tratamento de esgotos por reator UASB
seguido de filtro biológico e desinfecção, fabricado pela empresa Sanevix, e operado pela
concessionária, com lançamento do efluente tratado no rio Coxipó.

5.1.29 Sistema Tijucal

O sistema Tijucal é formado por uma unidade de tratamento (ETE Tijucal) e redes coletoras do tipo
separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber: bairro Tijucal, Flor do Cerrado,
bairro São João Del Rey, bairro Novo Milenium, Residenciais Salvador Costa Marques e Belita
Costa Marques, Residencial Avelino Barros, Residencial Alice Novack, Residencial Nilce Paes
Barreto,

Os Residenciais Pascoal Moreira Cabral e Marechal Rondon possuem redes coletoras e tratamento
por sistema fossa séptica, filtro anaeróbico e cloração, operada pela concessionária.

5.1.30 Sistema Coophema

O sistema Coophema é formado por uma unidade de tratamento (ETE Coophema) e redes coletoras
do tipo separador absoluto implantada no bairro Coophema. A unidade de tratamento lança o
efluente tratado no rio Coxipó.

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O loteamento Jardim Botânico possui redes coletoras e tratamento próprio composto por fossa
séptica, filtro anaeróbico e cloração, operada pela concessionária.

5.1.31 Sistema Esperança – Bairro São Gonçalo

O sistema Esperança no bairro São Gonçalo é formado por uma unidade de tratamento (ETE
Esperança) e redes coletoras do tipo separador absoluto implantada no Residencial Esperança

A unidade de tratamento foi fabricada pela Flipper composta de reator UASB, lodos ativados e
desinfecção, sendo operada pela concessionária.

O Residencial Morro Santo Antônio também possui redes coletoras e tratamento próprio através de
fossa séptica, filtro anaeróbico e cloração, não sendo operada pela concessionária.

O Residencial Santo Antônio tem redes coletoras e duas unidades de tratamento por fossa séptica,
filtro anaeróbico e cloração operados pela concessionária.

O Condomínio Ipê Amarelo tem redes coletoras e tratamento por fossa séptica, filtro anaeróbico e
cloração operada pela concessionária.

5.1.32 Sistema Altos do São Gonçalo

O sistema Altos do São Gonçalo é formado por uma unidade de tratamento (ETE Altos do São
Gonçalo) e redes coletoras do tipo separador absoluto implantada em algumas localidades, a saber:
bairro Jardim das Oliveiras e loteamento Altos do São Gonçalo.

5.1.33 Sistema Parque Cuiabá

O sistema Parque Cuiabá é formado por uma unidade de tratamento e redes coletoras do tipo
separador absoluto implantada no bairro Parque Cuiabá. No entanto, segundo o PDE/2012, as
estações elevatórias e a unidade de tratamento estavam desativadas, assim parte do esgoto foi
redirecionada para a ETE Atalaia e outra parte ainda está sem tratamento.

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O Condomínio Sávio Brandão possui redes coletoras e tratamento por fossa séptica, filtro
anaeróbico e cloração operada pela Concessionária. Já o bairro Jockey Club possui redes coletoras
sem unidade de tratamento não sendo operada pela concessionária.

5.1.34 Sistema Residencial Sonho Meu

O Residencial Sonho Meu possui redes coletoras do tipo separadora absoluta e tratamento por
fossa séptica, filtro anaeróbico e cloração, operadas pela concessionária. O lançamento do efluente
tratado ocorre no corpo receptor adjacente à da área estação.

5.1.35 Sistema Residencial São José

O Residencial São José possui redes coletoras e tratamento por dois sistemas fossa séptica, filtro
anaeróbico e cloração não operados pela concessionária.

5.2 Tratamento de Esgoto

Conforme já mencionado anteriormente, o PDE/2012 fez um agrupamento das unidades de


tratamento de esgotos existentes de acordo com a tecnologia empregada, dividindo as unidades
em algumas categorias. A Tabela 5.2.1 adiante, sintetiza o resultado.

Tabela 5.2.1
Unidades de tratamento existentes
Categoria ETE Tecnologia Empregada
Dom Aquino Lodos ativados
Lodos ativados
Pq. Cuiabá Lodos ativados (não operacional)
Lagoa
Lagoa facultativa aerada + lagoa maturação
Facultativa + Encantada
Maturação Morada do
Lagoa facultativa + lagoa maturação
Ouro
Três Barras Biodigestor
Biodigestores
UFMT Biodigestores + filtros anaeróbios
Tijucal UASB + lagoa anaeróbica + facultativa + maturação
São Carlos /
UASB + UASB + lagoa anaeróbica + facultativa + maturação
Santa Inês
facultativa
UASB + filtro anaeróbio + lagoa anaeróbica +
Vila Real
facultativa + maturação
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Categoria ETE Tecnologia Empregada
Florais UASB + FBAS + DS + UV (Aquavix/Sanevix)
Buritis /
Jamil UASB + FBAS + DS + Cloração (Aquavix/Sanevix)
Boutros
Nova Canaã UASB + FBAS + DS + UV (Aquavix/Sanevix)
Ilza Piccoli /
Wantuil de UASB + FBAS + DS + Cloração (Aquavix/Sanevix)
UASB + Filtro Freitas
biológico Maria de
aerado UASB + FBAS + DS + UV (Aquavix/Sanevix)
Lourdes
submerso
Altos do São
UASB + FBAS + DS + UV (Aquavix/Sanevix)
Gonçalo
Torres UASB + FBAS + DS + Cloração (Aquavix/Sanevix)
Ribeirão Baú UASB + FBAS + DS + UV (Aquavix/Sanevix)
Jardim
UASB + FBAS + DS + UV (Aquavix/Sanevix)
Paraná
Sucuri UASB + FBAS + DS + UV (Aquavix/Sanevix)
Jardim
UASB + lodo ativado + DS + cloração
Universitário
UASB + lodo
Topázio UASB + lodo ativado + DS + cloração (Flipper)
ativado
Residencial
UASB + lodo ativado + DS + cloração (Flipper)
Esperança
Cohab Nova Tanque Imhoff + cloração
Coophema Tanque Imhoff + cloração
Tanque Imhoff Coophamil Tanque Imhoff + cloração
CPA I Tanque Imhoff
CPA I E II Tanque Imhoff (não operacional)
Fonte: PDE/2012.

5.2.1 ETE Dom Aquino (Eng. Zanildo Conta Macedo)

A ETE Dom Aquino foi inaugurada em março de 1990, possui tecnologia de lodos ativados por
aeração prolongada e capacidade de tratamento de projeto de 540 l/s.

Está localizada na proximidade do rio Cuiabá, tendo como corpo receptor o córrego Ana Poupina
(classe 2), já nas proximidades de sua foz com o rio Cuiabá.

Segundo o PDE/2012, ao lado do tanque de aeração existente há uma base de concreto do segundo
módulo, inacabado. Do mesmo modo, o terceiro módulo de decantação também se encontra não
finalizado.

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Essa unidade de tratamento recebe esgotos provenientes de quatro estações elevatórias: EEE
Gambá, EEE Prainha, EEE Barbado e EEE ACRIMAT.

A ETE Dom Aquino é composta pelas seguintes unidades:

 Caixa de chegada;
 Calha Parshall;
 Duas grades cremalheiras de cerca 15 mm de abertura (Degrémont e Aquamec);
 Duas caixas de remoção de areia;
 Um tanque de aeração com 10 aeradores superficiais; e
 Dois decantadores circulares.

O PDE/2012 fez algumas verificações de dimensionamento para a vazão de projeto dessa unidade,
tais como:

 Verificação de dimensionamento das caixas de areia, concluindo que estão corretamente


dimensionadas;
 Verificação de dimensionamento do tanque de aeração, concluindo, a partir de premissas
consideradas, que o módulo existente muito provavelmente possui capacidade para
operar com vazão média diária afluente de 540 l/s. A única ressalva ocorre no sistema de
aeração que, para garantir completa nitrificação, deverá ser potencializado;
 Em relação ao sistema de decantação, há dois decantadores implantados. A conclusão
do PDE é que existe a necessidade da execução de terceiro módulo de decantação; e
 Não há tratamento da fase sólida nessa unidade, necessitando de investimentos.

O corpo receptor do efluente tratado é o Córrego Ana Poupina (classificado como classe 2).

5.2.2 ETE Parque Cuiabá

Essa unidade de tratamento encontra-se desativada devido à sua localização, que é suscetível a
inundações, tendo sido transformada em uma EEE.

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5.2.3 ETE Lagoa Encantada

A ETE Lagoa Encantada foi inaugurada em 1986, possui tratamento por lagoa facultativa seguida
de duas lagoas de maturação, com capacidade de tratamento de projeto é 104 l/s (vazão média
diária).

A retirada do lodo nas lagoas foi feita apenas uma vez, em 2005, e disposto na própria área da ETE.

O corpo receptor utilizado é o córrego Caju, que possui enquadramento como classe 4 (entre o
lançamento da ETE e a sua foz no córrego Gumitá) segundo Portaria nº 203/2011 da Secretaria
Estadual de Meio Ambiente, publicada no Diário Oficial do dia 1/9/2011.

O PDE/2012 fez algumas verificações de dimensionamento para a vazão de projeto dessa unidade,
chegando às seguintes conclusões:

 Quanto à lagoa facultativa, a taxa de aplicação superficial está relativamente acima de


valores recomendados, a profundidade corresponde aos valores típicos adotados e o
tempo de detenção é inferior aos valores normalmente utilizados; e
 Quanto às lagoas de maturação, estimou-se uma remoção de coliformes de 90 %. No
entanto, não há limites estabelecidos para esse parâmetro em corpos receptores classe
4, como o córrego Caju.

5.2.4 ETE Morada do Ouro

A ETE Morada do Ouro possui capacidade de tratamento de projeto de 25,4 l/s (vazão média diária)
e foi inaugurada na década de 80.

O seu tratamento é composto por duas lagoas facultativas e quatro lagoas de maturação, formando
dois módulos independentes cada um com uma lagoa facultativa e duas lagoas de maturação.
Existe ainda duas caixas de areia e calha Parshall.

O corpo receptor utilizado é o córrego Gumitá, classificado como classe 4 entre o lançamento da
ETE Morada do Ouro e sua foz no córrego do Moinho.
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O PDE/2012 fez algumas verificações de dimensionamento para a vazão de projeto dessa unidade,
chegando às seguintes conclusões:

 Quanto à lagoa facultativa, a taxa de aplicação superficial está significativamente acima


de valores recomendados, a profundidade corresponde aos valores típicos adotados e o
tempo de detenção é inferior aos valores normalmente utilizados;
 Quanto às lagoas de maturação, estimou-se uma remoção de coliformes de 92 %. No
entanto, não há limites estabelecidos para esse parâmetro em corpos receptores classe
4, como o córrego Gumitá.

5.2.5 ETE Três Barras

A ETE Três Barras foi inaugurada em 2003, possui capacidade de tratamento de projeto de 12 l/s e
tratamento por biodigestor e está atualmente desativada.

O corpo receptor utilizado é o córrego Três Barras, classificado como classe 2. Essa unidade está
localizada na mesma área das ETEs Jardim Paraná e Nova Canaã.

A ETE Três Barras possui sistema de tratamento por biodigestor com vazão média diária de projeto
de 12 L/s. Toda a unidade está fora de operação há mais de 6 meses.

Essa unidade possui tratamento preliminar (grade e duas caixas de areia), estação elevatória de
esgoto e o biodigestor.

5.2.6 ETE UFMT

A ETE UFMT está localizada na própria universidade, foi construída em 1985 e possui capacidade
de tratamento de projeto de 12 l/s.

O sistema de tratamento é composto de duas séries em paralelo formadas, cada uma, por um
biodigestor, três filtros anaeróbicos e três leitos de secagem.

O corpo receptor utilizado é o córrego Barbado, classificado como classe 2.


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5.2.7 ETE Tijucal

A ETE Tijucal possui tratamento por Reator Anaeróbico de Fluxo Ascendente (UASB) seguido por
duas lagoas facultativas e uma lagoa de maturação. A impermeabilização das lagoas foi feita
somente com argila.

O corpo receptor utilizado é o Córrego Imbaúva (afluente do rio Coxipó), classificado como classe
2.

O reator UASB existente possui capacidade de tratamento de projeto de 50 l/s (vazão média diária).
Na parte superior do UASB existe um sistema preliminar com duas grades de limpeza manual e
duas caixas de remoção de areia e material flotado.

5.2.8 ETE São Carlos / Santa Inês

A ETE São Carlos/Santa Inês possui tratamento por um reator UASB seguido de uma lagoa
anaeróbica, uma lagoa facultativa e uma lagoa de maturação. O reator UASB apresenta capacidade
de tratamento de projeto de 40 l/s e as lagoas de estabilização de 13 l/s (para vazões médias
diárias).

Na parte superior do reator UASB existe um tratamento preliminar com duas grades, duas caixas
de areia e uma calha Parshall.

O corpo receptor utilizado é rio Carumbé, classificado como classe 2, sendo afluente do córrego do
Moinho.

5.2.9 ETE Vila Real

A ETE Vila Real possui capacidade de tratamento de projeto de 6 l/s (vazão média diária), sendo
composta por um sistema fornecido pela empresa Flipper seguido de lagoas de estabilização (lagoa
anaeróbica, facultativa e de maturação).

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O sistema Flipper é composto por grade, duas caixas de areia em fibra e quatro estações elevatórias
de esgoto (uma para cada reator UASB), quatro reatores UASB em fibra de vidro e oito filtros
anaeróbicos em fibra de vidro.

Os lodos das lagoas facultativas e de maturação nunca foram extraídos e a impermeabilização das
três lagoas foi feita apenas com argila compactada.

O corpo receptor utilizado é o Ribeirão do Lipa, classificado como classe 2.

5.2.10 ETEs com Tratamento por UASB seguido de Filtro Biológico


Aerado Submerso

Nesse item foram agrupadas 10 ETEs que possuem o mesmo tipo de tratamento, com unidades
fornecidas pela empresa Sanevix/Aquavix, a saber:

Tabela 5.2.10.1
ETEs com tratamento UASB seguido de FBAS
Capacidade
Ano de de
ETE Tipo de Tratamento
Inauguração Tratamento
(l/s)
ETE Florais 2011 30 UASB+FBAS (com retorno de lodo)+DS+UV
ETE Buritis 2010 16 UASB+FBAS (com retorno de lodo)+DS+Cloração
ETE Nova Canaã 2011 11 UASB+FBAS (com retorno de lodo)+DS+UV
ETE Ilza Piccoli 2009 11 UASB+FBAS+DS+Cloração
ETE Maria de Lourdes 2007 7 UASB+FBAS+UV (sem decantador)
ETE Altos do São Gonçalo 2011 5 UASB+FBAS (com retorno de lodo)+DS+UV
ETE Torres 2009 5 UASB+FBAS+DS+UV
ETE Ribeirão Baú 2008 3 UASB+FBAS+DS+UV
ETE Jardim Paraná 2007 2 UASB+FBAS +DS+UV
ETE Sucuri 2005 2 UASB+FBAS+DS+UV
Fonte: PDE/2012.

Essas 10 unidades possuem tratamento preliminar (grade seguida de caixas de areia, calha Parshall
e caixa de gordura), reatores UASB, filtros biológicos aerados submersos, decantador secundário
lamelar (DS) e desinfecção por irradiação UV ou cloração por pastilha.

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O PDE/2012 teceu alguns comentários em relação a essas ETEs, dos quais vale reproduzir os
seguintes:

 O dimensionamento dos reatores UASB não está de acordo com a norma ABNT NBR
12.209/2011 e nem com os valores adotados em literatura;
 Tempos de detenção reduzidos e cargas aplicadas elevadas de matéria orgânica e
nitrogênio por área específica do meio suporte nos FBAS; e
 Taxa de aplicação extremamente elevada nos decantadores secundários.

Todos os corpos receptores dessas unidades são classificados como classe 2, não havendo
nenhum estudo de autodepuração para determinação dos parâmetros de lançamento do efluente
tratado.

5.2.11 ETE Jardim Universitário

A ETE Jardim Universitário possui sistema de tratamento por reator UASB seguido de lodos
ativados, com capacidade de tratamento de projeto de 5 l/s (vazão média diária).

O reator UASB opera desde 2010 e foi dimensionado para 25 l/s. Toda a vazão da ETE
primeiramente passa pelo reator UASB para depois prosseguir ao tratamento secundário por lodos
ativados. Na parte superior do reator UASB existe um tratamento preliminar com duas grades, duas
caixas de areia e uma calha Parshall.

O corpo receptor utilizado é o córrego do Urubu.

Segundo o PDE/2012, o reator UASB apresenta parâmetros subdimensionados e,


simplificadamente, a vazão média diária de projeto deveria ser de 17 l/s para respeito de alguns
parâmetros da norma para o reator UASB.

5.2.12 ETE Topázio

A ETE Topázio foi inaugurada em setembro de 2007 e possui capacidade de projeto de 3 l/s.

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O sistema de tratamento foi fornecido pela empresa Flipper, contendo uma caixa de areia em
concreto, uma grade e uma calha Parshall em tanques de fibra de vidro, reator UASB seguido de
tanque de aeração por lodos ativados, decantador secundário, câmara de lavagem de gás com
cloro, câmara de contato e calha Parshall final.

5.2.13 ETE Residencial Esperança

A ETE Residencial Esperança possui tratamento biológico igual ao da ETE Topázio, inclusive do
mesma empresa fabricante. A sua capacidade de tratamento é de 1 l/s e atende ao conjunto
residencial de mesmo nome.

O corpo receptor é o córrego São Gonçalo, classificado como classe 2.

5.2.14 ETE Cohab Nova

A ETE Cohab Nova possui sistema de tratamento por tanque Imhoff, inaugurado na década de 70,
com capacidade de tratamento de projeto de 5,42 l/s, atendendo somente ao bairro COHAB Nova.

O corpo receptor utilizado é um córrego vizinho à ETE, afluente do rio Cuiabá, classificado como
classe 2.

O sistema de tratamento possui uma caixa de areia, tanque Imhoff e tanque de contato para
desinfecção.

5.2.15 ETE Coophema

A ETE Coophema possui sistema de tratamento por tanque Imhoff, inaugurado na década de 80,
com capacidade de tratamento de projeto de 4,5 l/s, atendendo parte do bairro Coophema.

O corpo receptor utilizado é o Rio Coxipó, classificado como classe 3 segundo Portaria n° 203/2011.

Essa unidade não possui tratamento preliminar, tampouco tanque de contato ou desinfecção.

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5.2.16 ETE Coophamil

A ETE Coophamil possui sistema de tratamento por tanque Imhoff e está desativada.

5.2.17 ETE CPA I e II

São dois sistemas de tratamento por tanques Imhoff que também estão desativados.

5.2.18 Unidades de Tratamento por Fossas Sépticas

Além das unidades listadas anteriormente, existem ainda diversos sistemas tratamento por fossas
sépticas seguidas de filtros anaeróbicos e desinfecção por cloro em pastilha. Entre esses sistemas,
27 são atualmente operados pela concessionária, a saber:

 Sistema Condomínio Jardim Vitória A;


 Sistema Condomínio Jardim Vitória B;
 Sistema Condomínio Jardim Aroeira;
 Sistema Condomínio Umuarama;
 Residencial Santo Antônio 1;
 Residencial Santo Antônio 2;
 Residencial Morada do Faval;
 Residencial Jardim Antártica;
 Residencial Villas Boas;
 Residencial Viverde I;
 Residencial Viverde II;
 Residencial Sávio Brandão;
 Residencial Acácia;
 Residencial Ipê Amarelo;
 Residencial Marechal Rondon;
 Residencial Pascoal Moreira Cabral;
 Residencial Sonho Meu;
 Residencial Jardim Botânico;
 Residencial Recanto;
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 Residencial Tropical Ville;
 Residencial Monserrat;
 Residencial Novo Horizonte I;
 Residencial Novo Horizonte II;
 Residencial Novo Horizonte III;
 Residencial Reserva do Parque;
 Residencial Entre Rios; e
 Residencial Villa Borguesi.

Os sistemas fossa, filtro anaeróbico e cloração dispõem o efluente tratado em corpos receptores
contíguos às unidades ou nas galerias de água pluvial, que são administradas pela Prefeitura.

5.3 Ligações Prediais e Economias de Esgoto

A evolução do número de ligações e economias de esgoto está apresentada a seguir, assim como
as projeções realizadas pelo PMSB, edital e proposta.

Tabela 5.3.1
Comparativo ligações e economias de esgoto
PMSB / Edital /
Realizado
Ano Proposta
Economias Ligações Economias Ligações
1 2012 76.901 63.152 71.906 58.687
2 2013 76.901 63.985 76.337 60.891
3 2014 77.916 69.546 84.051 65.726
4 2015 84.687 83.119 91.427 68.605
5 2016 101.215 97.038 97.270 72.017
6 2017 118.165 111.310 108.144 74.582

Os dados do PMSB/edital/proposta são convergentes e previram uma evolução de cerca de 54%


no período (2012 a 2017) do número de economias, resultando em um incremento de 41.264
unidades. Já o realizado demonstra um aumento no número de economias de cerca de 50%,
resultando em um incremento de 36.268 unidades.

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5.4 Volumes Operacionais – Esgoto

Na Tabela 5.4.1 constam alguns dados de volumes operacionais no período de 2012 a 2016.
Destacam-se algumas importante definições dos volumes apresentados na Tabela 5.4.1, conforme
segue:

 Volume de esgotos coletado - Volume anual de esgoto lançado na rede coletora;


 Volume de esgotos tratado - Volume anual de esgoto coletado na área de atuação do
prestador de serviços e que foi submetido a tratamento, medido ou estimado na(s)
entrada(s) da(s) ETE(s); e
 Volume de esgotos faturado - Volume anual de esgoto debitado ao total de economias,
para fins de faturamento.

Tabela 5.4.1
Volumes operacionais
Descrição 2012 2013 2014 2015 2016
ES005 - Volume de esgotos coletado (1.000 m³/ano) 7.800 11.915 12.648 13.676 19.470
ES006 - Volume de esgotos tratado (1.000 m³/ano) 0 8.767 8.744 9.276 11.514
ES007 - Volume de esgotos faturado (1.000 m³/ano) 7.800 11.915 12.648 13.676 13.146
% de tratamento de esgoto (ES006 / ES005) 0,0 73,6 69,1 67,8 59,1

Através da análise da Tabela 5.4.1, pode-se notar que o volume faturado não teve incremento
proporcional ao aumento dos volumes coletado e tratado. Outra constatação é quanto à
porcentagem do volume de esgoto tratado em relação ao volume de esgoto coletado, que
apresentou queda entre 2013 e 2016, mostrando também que não há tratamento da totalidade do
esgoto coletado.

5.5 Qualidade dos Efluentes

A qualidade do esgoto tratado deve atender à Resolução Conama nº 357, de 17 de março de 2005
(que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá
outras providências), assim como deve atender à Resolução Conama nº 430, de 13 de maio de

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2011 (que dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera
a Resolução nº 357).

Quanto à qualidade do esgoto tratado, o relatório final de indicadores e metas do 5º ano da


concessão, elaborado em junho de 2017, utiliza um indicador específico, o índice de qualidade dos
esgotos (IQE), obtido através da seguinte fórmula:

𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡. 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝐷𝐵𝑂 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜


𝐼𝑄𝐸 = 𝑥 100%
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐷𝐵𝑂

A qualidade do esgoto tratado deve atender algumas resoluções, conforme já citado anteriormente,
que estabelecem diversos parâmetros a serem analisados. Percebe-se, no entanto, que o IQE
considera apenas o parâmetro DBO.

No relatório final de indicadores e metas citado anteriormente, foi realizada uma comparação entre
o IQE realizado e a meta contratual, resultando na Tabela 5.5.1, onde pode-se notar melhora nos
valores em alguns sistemas.

A meta contratual é um balizador. No entanto, a legislação referente ao assunto deve ser atendida
e, por este motivo, os números apresentados desse índice, confirmando grande porcentagem de
valores de DBO fora do padrão, são preocupantes.

Tabela 5.5.1
Comparativo IQE
Meta
Realizado (%)
Índice (%)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 5
IQE - Sistema Dom Aquino 60,40 87,76 94,30 76,90 85,00 80
IQE - Sistema Tijucal 81,25 80,00 83,60 79,70 96,70 80
IQE - Sistema Pq. Cuiabá 78,02 81,60 82,70 80,10 82,30 80
IQE - Sistema CPA (Lagoa Encantada) 88,71 96,80 89,00 82,60 88,30 80
IQE - Sistema Ribeirão do Lipa 78,35 83,50 85,20 83,60 82,70 80
Fonte: relatório final de indicadores e metas

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5.6 Projetos Existentes e Obras Emergenciais - Esgoto

Valem aqui as informações registradas no item 4.9 anterior, relativa aos projetos existentes de água
e esgoto. Com relação as obras emergenciais pactuadas por ocasião do encerramento da fase de
transição da intervenção, os investimentos emergenciais nos sistemas de esgoto, totalizando-se
R$ 112 milhões, foram planejados conforme destacado a seguir:

 Intervenções no sistema de esgotamento sanitário Tijucal:


 Reforma e ampliação da ETE para ampliar a capacidade de tratamento para 165 l/s;
 Implantar Estações Elevatórias de Esgoto;
 Implantar Emissários;
 Implantar Coletor Tronco;
 Implantar Rede Coletora;
 Sistema de tratamento de lodo;
 Desassoreamento das lagoas;
 Melhorias nas instalações;
 Redes coletoras, estações elevatórias e linhas de recalque em várias localidades;
 Investimento estimado = R$ 63 milhões.

 Intervenções no sistema de esgotamento sanitário Dom Aquino:


 Sistema de tratamento de lodo;
 Desassoreamento do tanque de aeração;
 Melhorias nas instalações;
 Redes coletoras, estações elevatórias, linhas de recalque e melhorias em coletores
tronco em várias localidades.
 Investimento estimado = R$ 49 milhões.

5.7 Principais Problemas dos Sistemas de Esgotamento Sanitário

O sistema de esgoto está disponível para pouco mais da metade da população urbana, conforme
demonstrado nos indicadores de nível de atendimento. Apesar do avanço nos últimos anos, os
níveis de atendimento ainda continuam abaixo dos previstos contratualmente em 3 dos 5 sistemas
considerados nos indicadores atuais da concessionária.
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Além disso, nem todo o esgoto coletado é tratado, havendo um déficit no tratamento, fazendo com
que parte da população, considerada atendida, ainda contribua com esgoto bruto lançado nos
cursos d’água.

A população urbana não atendida pelo sistema público e a área rural possuem sistemas individuais
de tratamento, principalmente por fossas sépticas ou rudimentares, as quais necessitam de
constante manutenção, e convivem, algumas vezes, com esgoto lançado a céu aberto.

O tratamento de esgoto é realizado por diversas unidades, com variadas tecnologias e capacidades
de tratamento. Quanto à qualidade do tratamento realizado nessas unidades, mesmo considerando
apenas o parâmetro DBO, que é utilizado no indicador definido no edital de concessão e utilizado
pela concessionária, percebe-se ainda uma elevada quantidade de amostras fora do padrão,
mostrando que o tratamento nem sempre tem sido eficiente.

O lodo é um subproduto inerente aos processos de tratamento de esgoto. Há várias tecnologias


que podem ser utilizadas para o tratamento do lodo gerado, devendo ser objeto de estudo prioritário
por parte da concessionária e do Poder Concedente, já que atualmente não há qualquer tipo de
tratamento para disposição final desse resíduo.

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6. Forma de Remuneração da Prestação dos Serviços

O Edital de Concorrência Pública 014/2011 define que a remuneração dos serviços da concessão
será realizada por meio da cobrança de tarifas aos usuários pela prestação dos serviços de água e
esgoto conforme estrutura tarifária e tabela de serviços complementares, detalhadas no Anexo II
do Edital.

Os itens a seguir, extraídos do Edital de Concessão, versam sobre a remuneração de serviços


através de cobrança de tarifas, sobre os reajustes anuais ordinários e também sobre a revisão
contratual prevista para ocorrer ordinariamente a cada 4 (quatro) anos:

“TARIFA: é o valor pecuniário a ser cobrado pela CONCESSIONÁRIA dos


USUÁRIOS, em virtude da prestação dos SERVIÇOS PÚBLICOS DE ÁGUA E
ESGOTO, nos termos deste EDITAL e do CONTRATO.

REGULAMENTO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS: é o conjunto de normas que


regulam a prestação dos SERVIÇOS PÚBLICOS DE ÁGUA E ESGOTO, contido no
Anexo VII - REGULAMENTO DO SERVIÇO PÚBLICO DE ÁGUA E ESGOTO DO
MUNICÍPIO DE CUIABÁ;

REVISÃO: é a revisão das condições do CONTRATO, com vistas a recompor a


equação econômico-financeira inicialmente pactuada, nos termos previstos em lei e
no CONTRATO;

Subseção II – Estrutura Tarifária

Item 43 - A estrutura tarifária a ser praticada pela CONCESSIONÁRIA é a constante


do Anexo II – ESTRUTURA TARIFÁRIA E SERVIÇOS COMPLEMENTARES.

Item 44 - A estrutura tarifária apresenta, ainda, os SERVIÇOS


COMPLEMENTARES que poderão ser prestados pela CONCESSIONÁRIA, bem
como os valores a serem cobrados quando de sua prestação.

SEÇÃO VII – SISTEMA TARIFÁRIO

Item 159 - As TARIFAS que irão remunerar a CONCESSIONÁRIA e a política


tarifária aplicável à CONCESSÃO são aquelas indicadas nos Anexos II e IV.

Item 160 - As TARIFAS serão cobradas pela CONCESSIONÁRIA diretamente dos


USUÁRIOS.

Item 161 - As TARIFAS serão preservadas pelas regras de REAJUSTE e REVISÃO


previstas neste EDITAL e no CONTRATO, com a finalidade de assegurar às partes,
durante todo o prazo da CONCESSÃO, a manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro do CONTRATO.

SEÇÃO IX – REAJUSTE DAS TARIFAS

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Item 164 - Os valores das TARIFAS serão reajustados a cada 12 (doze) meses,
com base na fórmula estabelecida na minuta do CONTRATO.

Item 165 - Considerar-se-á como data-base para efeito de cálculo dos REAJUSTES
o mês de maio de 2011, mês do último reajuste da tarifa conforme Decreto Municipal
nº 5.028 de 09 de maio de 2011.

Item 166 - A CONCESSIONÁRIA dará ampla divulgação aos USUÁRIOS do valor


tarifário reajustado, mediante publicação em jornal de grande circulação no âmbito
da ÁREA DE CONCESSÃO, observada uma antecedência mínima de 30 (trinta)
dias à data da entrada em vigor dos novos valores das TARIFAS.

SEÇÃO X – REVISÃO DO CONTRATO

Item 167 - As condições do CONTRATO serão revistas ordinariamente, a cada 4


(quatro) anos, conforme consta da minuta de CONTRATO, mantendo-se sempre o
equilíbrio econômico-financeiro, sem prejuízo das revisões extraordinárias, nas
hipóteses contempladas no CONTRATO.”

Observa-se neste último item que não houve ainda revisão contratual ordinária até a presente data.

6.1 Estrutura Tarifária (Edital e Contrato)

A Tabela 1 – Estrutura Tarifária prevista no Anexo II do Edital está apresentada no Quadro 6.1.1, a
seguir, com fator “k” igual a 1, sendo, portanto, esta é a estrutura tarifária original da concessão.

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Quadro 6.1.1
Estrutura Tarifária

Considerando que a proposta vencedora da licitação apresentou o valor de 0,995 para o fator “k”, e
ainda que a estrutura tarifária anterior definiu como 90 % a relação entre a Tarifa Referencial de
Esgoto (TRE) e a Tarifa Referencial de Água (TRA), a tabela tarifária inicial da concessão está
apresentada no Quadro 6.1.2 adiante.

Quadro 6.1.2
Tabela Tarifária Inicial
Categoria Tipo Consumo (m³/mês) Água (R$/m³) Esgoto (R$/m³)
1 Residencial Social Até 10 0,99 0,89
Até 10 1,98 1,78
10,1 a 20 2,42 2,18
2 Residencial 20,1 a 30 4,04 3,64
30,1 a 50 4,94 4,44
> 50,1 6,54 5,88
Até 10 3,06 2,76
3 Comercial
>10,1 4,63 4,16
4 Industrial Até 10 3,60 3,24

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Categoria Tipo Consumo (m³/mês) Água (R$/m³) Esgoto (R$/m³)
>10,1 5,34 4,81
Até 10 3,86 3,47
5 Publica
>10,1 6,32 5,69

6.2 Formula Paramétrica – Reajustes Anuais

Conforme previsto no Edital de Concessão e no Contrato, o reajuste tarifário “...será calculado de


acordo com a fórmula abaixo:

IR = [Plx(Ai/Ao) + P2x(Bi/Bo) + P3x(CiICo) + P4x(DiLDo)1

Onde:

IR = Índice de Reajuste;
P1, P2, P3 e P4 = São fatores de ponderação a serem aplicados sobre os índices usados na fórmula.
A somatória dos fatores de ponderação deve ser igual a 1 e correspondem aos valores propostos
pela licitante vencedora, em sua proposta.
Ai: é o índice "ICC - Mão de Obra - índice de mão de obra (coluna 56) publicado pela Fundação
Getulio Vargas - FGV", correspondente ao quarto mês anterior da data do reajuste tarifário;
Ao: é o mesmo índice acima, correspondente ao quarto mês anterior à data base definida nesta
cláusula;
Bi: é o valor da tarifa de energia elétrica referente ao "Grupo A - Convencional, Subgrupo A4 (2,3
kv a 25kv)", valor de consumo em mWh, praticada pela Concessionária local, correspondente ao
quarto mês anterior da data do reajuste tarifário;
Bo: é o mesmo índice acima, correspondente ao quarto mês anterior à data base definida nesta
cláusula;
Ci: é o índice "IPA- Origem - OG-DI - Produtos Industriais - Indústria de Transformação - Produtos
Químicos (1006820)", correspondente ao quarto mês anterior da data do reajuste tarifário;
Co: é o mesmo índice acima, correspondente ao quarto mês anterior à data base definida nesta
cláusula;
Di: é o índice "INCC - Índice Nacional do Custo da Construção, coluna IA da Revista Conjuntura
Econômica da Fundação Getulio Vargas", correspondente ao quarto mês anterior da data do
reajuste tarifário;

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Do: é o mesmo índice acima, correspondente ao quarto mês anterior à data base definida nesta
cláusula.”

Os pesos apresentados na proposta comercial, foram: P1 = 0,39; P2 = 0,29; P3 = 0,05 e P4 = 0,27.


Assim a fórmula paramétrica de reajuste ficou definida como:

IR = 0,39(IMOi/IMOo) + 0,29(IEEi/IEEo) + 0,05(IPAi/IPAo) + 0,27(ICCi/ICCo)

Merecem registros os seguintes fatos:

 A partir de 2015 a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, reestruturou as tabelas


tarifárias e a forma de cobrança do setor energético brasileiro, inclusive com a criação do
regime de bandeiras tarifárias, não previstas anteriormente, eliminando (extinguindo)
nesse processo o Grupo Convencional A4, sendo necessário a partir de então a
substituição desse indexador na fórmula paramétrica por outro pactuado com o Poder
Concedente/agência de regulação.

 A partir de maio de 2016, a FGV extinguiu a sequência do Índice de Preço por Atacado -
IPA para produtos químicos, tendo sido necessária, da mesma forma a sua substituição
por outra série representativa do setor.

6.3 Evolução da Tabela de Tarifas – Histórico

O início da concessão deu-se a partir de maio de 2012, sendo assim, o primeiro reajuste contratual
ocorreu no ano de 2013.

Segundo os dados disponibilizados pela Concessionária Águas Cuiabá, os fatores de reajuste


aplicados anualmente na tabela tarifária, foram:

 Ano 2013 = - 0,92%;


 Ano 2014 = + 15,96%;
 Ano 2015 = + 8,99%;
 Ano 2016 = + 16,82%; e

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 Ano 2017 = + 7,77%.

6.4 Tabela Tarifária Vigente

A atual tabela tarifária da concessionária disponível no seu sitio eletrônico, encontra-se transcrita
na Tabela 6.4.1.

Tabela 6.4.1
Atual tabela tarifária da concessionária
Tarifa
Consumo
Tipo Água Esgoto
(m³/mês)
(R$/m³) (%)
Residencial / social 0 a 10 1,55 90
0 a 10 3,11 90
10,1 a 20 3,81 90
Residencial 20,1 a 30 6,37 90
30,1 a 50 7,79 90
> 50 10,31 90
0 a 10 4,84 90
Comercial
> 10 7,31 90
0 a 10 5,68 90
Industrial
> 10 8,43 90
0 a 10 6,08 90
Pública
> 10 9,96 90
Fonte: Concessionária, 2017.

6.5 Tarifa Referencial de Esgotos (TRE)

O Edital de Concessão, ANEXO VII – REGULAMENTO DE SERVIÇOS, apresentou expressamente


em seu Art. 64.

“Art. 64 - O VOLUME DE ESGOTO FATURADO será considerado como 80%


(oitenta por cento) do VOLUME DE ÁGUA FATURADO, e será cobrado segundo
valores estipulados pela ESTRUTURA TARIFÁRIA vigente e incidirá somente sobre
os imóveis servidos por sistema de redes coletoras existentes no logradouro
público.”

Nesse contexto, merece registro a existência de ações judiciais individuais e coletivas questionando
a cobrança do valor de 90 % da taxa de esgoto, tendo havido inclusive manifestação do Ministério
Público, interpretando à luz do Regulamento de Serviços da Concessão, que o valor da cobrança
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deveria ocorrer no percentual de 72 %, equivalente ao produto de 90 % da tarifa de esgoto pelo
volume de 80 % a ser faturado.

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7. Regulação e Fiscalização dos Serviços

Conforme já mencionado no item 2.2 do presente relatório, a Lei Complementar nº 252 de 9/9/2011,
que autorizou o Município de Cuiabá a conceder os serviços de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário também criou a Agência Municipal de Água e Esgotamento Sanitário do
Município de Cuiabá - AMAES (Art.7º.). Ressalta-se que em 2012, a AMAES assina o contrato de
concessão firmado entre Município e a Concessionária, na condição de interveniente anuente.

Já no ano de 2015, através da Lei Complementar nº 374 de 31/3/2015 foi criada a ARSEC que
substitui a AMAES e passa a ter as atribuições de regular, normatizar, controlar e fiscalizar os
serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Cuiabá.

O PMSB – Cuiabá original, a título de instrumentos de avaliação e monitoramento recomendou que


o acompanhamento das atividades, serviços e obras, utilize indicadores que permitam uma
avaliação simples e objetiva, do desempenho dos serviços de abastecimento de água e
esgotamento sanitário.

Os indicadores selecionados para monitoramento do PMSB - Cuiabá compreenderam aspectos


técnico-operacionais e gerenciais conforme apresentado nos itens que seguem:

7.1 Indicadores para o Sistema de Abastecimento de Água

Indicadores de Metas Quantitativas - As metas quantitativas a serem monitoradas compreendem:

 Índice de cobertura dos serviços de abastecimento de água (ICSA);


 Índice de Perdas Reais (IPR);
 Índice de Hidrometração (IH);
 Índice de substituição de redes de abastecimento (ISRA);
 Índice de substituição de hidrômetros de abastecimento.(ISH); e
 Índice de substituição de ligações (ISL).

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Indicadores de Metas Qualitativas - As metas qualitativas a serem monitoradas compreendem:

 Índice de qualidade de água (IQA);


 Índice de continuidade do abastecimento (ICA); e
 Índice de reservação (IR).

7.2 Indicadores para o Sistema de Esgotamento Sanitário

Indicadores de Metas Quantitativas - As metas quantitativas a serem monitoradas compreendem:

 Índice de cobertura dos serviços de esgotamento sanitário (ICSE);


 Índice de Incremento de Tratamento (IIT);
 Índice de substituição de redes coletoras (ISRE); e
 Índice de substituição de ligações (ISLE).

Indicadores de Metas Qualitativas - As metas qualitativas a serem monitoradas compreendem:

 Índice de qualidade esgoto (IQE);


 Índice de obstrução de ramais (IORD); e
 Índice de obstrução de rede (IORC).

Para cada um dos indicadores de evolução a serem monitorados de água e esgoto, o PMSB –
Cuiabá apresentou um cronograma que a concessão deve se vincular, inclusive em virtude do
PMSB ser parte integrante do Edital na forma de Anexo, e consequentemente do contrato.

Como forma de monitoramento da evolução dos serviços a AMAES/ARSEC, vem se servindo além
dos indicadores mencionados no PMSB as informações e indicadores disponibilizados
periodicamente através do Sistema Nacional de Informações de Saneamento – SNIS.

Adicionalmente as informações do SNIS, a Concessionária, vem disponibilizando periodicamente


informações e indicadores dos sistemas de água e esgoto através de relatórios denominados:

 Indicadores Técnicos Mensais - ITM; e

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 Indicadores Técnicos Anuais - ITA.

Considerando-se que o início do contrato de concessão, deu-se em maio de 2012, o ITA apresenta
sempre os dados anualizados do contrato de concessão (maio ano anterior a abril do ano corrente).

Além dos indicadores para as metas quantitativas e qualitativas mencionados anteriormente, o ITA
apresenta:

 Avaliação dos Indicadores Quantitativos do SAA;


 Avaliação dos Indicadores Qualitativos do SAA;
 Avaliação dos Indicadores Quantitativos do SES;
 Avaliação dos Indicadores Qualitativos do SES;
 Indicadores Gerenciais; e
 Indicadores de eficiência na prestação dos serviços (IESAP).
 Fator 1 – Prazo de atendimento dos Serviços;
 Fator 2 – Disponibilização de Estruturas de Atendimento ao Público;
 Fator 3 – Adequação da Estruturas de Atendimento ao Público; e
 Consolidação do IESAP.

Nos relatórios mensais ITM, a Concessionária disponibiliza as seguintes informações e indicadores


dos sistemas de água e esgoto, além dos indicadores parciais já referidos no ITA.

1. Sistema de Abastecimento de Água


1.1. Nível de Atendimento.
1.1.1. População Total.
1.1.2. População Urbana.
1.1.3. % de cobertura de água – ICSA
1.1.4. População atendida água.
1.2. Evolução dos volumes.
1.2.1. Volume captado
1.2.2. Volume Produzido (por sistema)
1.2.3. Volume Consumido
1.2.4. Volume Micromedido
1.2.5. Volume Faturado
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1.2.6. Volume de Serviços
1.2.7. Volume Não hidrometrado.
1.2.8. Índice de Perdas Reais (IPR)
1.3. Vazões e Volumes
1.3.1. Q médio de água
1.3.2. Volume de reservação disponível.
1.3.3. Índice de Reservação - IR
1.4. Evolução da Ligações.
1.4.1. Total de Ligações de Água.
1.4.2. Total de Ligações Canceladas.
1.4.3. Ligações Ativas de Água (ligações hidrometráveis/operacionais).
1.4.4. Total de Ligações Hidrometradas.
1.4.5. Índice de Hidrometração.
1.5. Evolução da Economias (geral)
1.5.1. Total de economias de água
1.5.2. Economias Canceladas
1.5.3. Economias totais – canceladas
1.6. Evolução da Economias Residenciais
1.6.1. Economias Residenciais de Água Ativas
1.6.2. Economias Residenciais Ativas (sem consumo de água).
1.7. Extensão total de rede
1.7.1. Extensão de rede de Água
1.8. Detalhamento da evolução da extensão de rede
1.8.1. Total de prolongamento de redes de água
1.8.2. Prolongamento de redes de água pela Águas Cuiabá.
1.8.3. Prolongamento de redes Empreendimentos Imobiliários
1.9 Detalhamento da evolução da Ligações Novas
1.9.1 Total de incrementos de ligações - Água
1.9.2 Ligações novas pela Águas Cuiabá
1.9.3 Ligações novas pelos Empreendimentos Imobiliários
1.10 Padronização do sistema de abastecimento de água
1.10.1 Substituição de redes de água
1.10.2 Índice de substituição de rede de água - ISRA
1.10.3 Substituição de Ligações de água
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1.10.4 Índice de substituição de ligações de água - ISLA
1.10.5 Substituição de Hidrômetros
1.10.6 Índice de substituição de hidrômetro - ISH
1.10.7 Instalação de padrão de ligação de água
1.11 Falta d'água
1.11.1 Total de reclamações de falta d'água
1.11.2 Número de reclamações de falta d'água justificadas
1.11.3 Índice de continuidade do abastecimento - ICA
1.11.4 Solicitações de caminhão pipa
1.12 Qualidade da água
1.12.1 Saída dos Sistemas (ETA + Poços)
1.12.2 Saída do Sistema de Distribuição (redes)
1.12.3 Índice de qualidade da água - IQA

2. Sistema de Esgotamento Sanitário


2.1 Nível de Atendimento
2.1.1 % cobertura de esgoto - ICSE
2.1.2 População atendida Esgoto
2.2 Vazões e Volumes
2.2.1 Q (vazão) médio Esgoto Tratado
2.3 Evolução das Ligações
2.3.1 Total de ligações de Esgoto
2.3.2 Ligações Ativas de Esgoto
2.3.3 Total de Ligações ativas com tratamento de esgoto
2.3.4 Índice de incremento de tratamento - IIT
2.4 Evolução das Economias (geral)
2.4.1 Total de economias de Esgoto
2.4.3 Economias residenciais ativas
2.5 Extensão total de rede
2.5.1 Extensão de rede de Esgoto
2.6 Detalhamento da evolução da extensão de rede
2.6.1 Total de prolongamento de redes - Esgoto
2.6.1.1 Prolongamento de redes pela Águas Cuiabá
2.6.1.2 Prolongamento de redes Empreendimentos Imobiliários
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2.7 Detalhamento da evolução da Ligações Novas
2.7.1 Total de incrementos de ligações - Esgoto
2.7.1.1 Ligações novas pela Águas Cuiabá
2.7.1.2 Ligações novas pelos Empreendimentos Imobiliários
2.9 Recuperação de estrutura do sistema de esgotamento sanitário
2.9.1. Substituição de Redes de Esgoto
2.9.1.1 Substituição de rede de Esgoto - Dom Aquino
2.9.1.2 Substituição de rede de Esgoto - Tijucal
2.9.1.3 Substituição de rede de Esgoto - Parque Cuiabá
2.9.1.4 Substituição de rede de Esgoto - CPA
2.9.1.5 Substituição de rede de Esgoto - Ribeirão do Lipa
2.9.2 Índice de substituição de rede de esgoto - ISRE
2.9.3 Substituição de Ligações de esgoto
2.10 Qualidade de esgoto
2.10.1 Total de amostras de DBO
2.10.2 Total de amostras de DBO fora do padrão
2.10.3 Índice de qualidade da água - IQE
2.11 Quantidade de desobstruções
2.11.1 Quantidade de desobstruções de ramais solicitadas pelos usuários
2.11.2 Índice de desobstrução de ramais domiciliares - IORD
2.11.3 Quantidade de desobstruções de rede coletora solicitadas pelos usuários
2.11.4 Índice de desobstrução de redes coletoras - IORC

3. Recursos Humanos
3.1 Número total de Empregados
3.1.1 Número de Empregados Operacionais
3.1.2 Número de Empregados Comerciais
3.1.3 Número de Empregados Administrativos

Insumos de Água
1. Energia
1.1 Consumo do insumo - kWh
1.2 Custo do insumo - R$
1.3 Relação entre custo por consumo - R$/kWh
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1.4 Relação entre consumo e volume produzido de água - mWh/m³
2. Coagulante
2.1 Consumo do insumo - kg
2.2 Custo do insumo - R$
2.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
2.4 Relação entre consumo e volume produzido de água - Ton/m³
3. Polímero
3.1 Consumo do insumo - kg
3.2 Custo do insumo - R$
3.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
3.4 Relação entre consumo e volume produzido de água - Ton/m³
4. Desinfetante - Cloro Gás
4.1 Consumo do insumo - kg
4.2 Custo do insumo - R$
4.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
4.4 Relação entre consumo e volume produzido de água - Ton/m³
5. Desinfetante - Hipoclorito de Sódio
5.1 Consumo do insumo - kg
5.2 Custo do insumo - R$
5.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
5.4 Relação entre consumo e volume produzido de água - Ton/m³
6. Desinfetante - Tricloro (cloro em pastilha)
6.1 Consumo do insumo - kg
6.2 Custo do insumo - R$
6.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
6.4 Relação entre consumo e volume produzido de água - Ton/m³
7. Orto polifosfato de Sódio
7.1 Consumo do insumo - kg
7.2 Custo do insumo - R$
7.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
7.4 Relação entre consumo e volume produzido de água - Ton/m³
8. Estabilização (Barrilha Leve)
8.1 Consumo do insumo - kg
8.2 Custo do insumo - R$
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8.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
8.4 Relação entre consumo e volume produzido de água - Ton/m³
9. Ácido Fluossilíssico
9.1 Consumo do insumo - kg
9.2 Custo do insumo - R$
9.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
9.4 Relação entre consumo e volume produzido de água - Ton/m³
10. Estabilização (Cal Hidratada)
10.1 Consumo do insumo - Kg
10.2 Custo do insumo - R$
10.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
10.4 Relação entre consumo e volume produzido de água - Ton/m³
11. Cloreto de sódio
11.1 Consumo do insumo - kg
11.2 Custo do insumo - R$
11.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
11.4 Relação entre consumo e volume produzido de água - Ton/m³
12. Hidróxido de sódio
12.1 Consumo do insumo - kg
12.2 Custo do insumo - R$
12.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
12.4 Relação entre consumo e volume produzido de água - Ton/m³
13. Consolidado (produtos químicos)
13.1 Consumo dos insumos (total) - kg
13.2 Custo dos insumos (total) - R$
13.3 Relação entre custo total por consumo total - R$/kg
13.4 Relação entre consumo total e volume produzido de água - Ton/m³

Insumos de Esgoto
1. Energia
1.1 Consumo do insumo - kWh
1.2 Custo do insumo - R$
1.3 Relação entre custo por consumo - R$/kWh
1.4 Relação entre consumo e volume tratado de esgoto - kWh/m³
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2. Desinfetante - Tricloro (cloro em pastilha)
2.1 Consumo do insumo - kg
2.2 Custo do insumo - R$
2.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
2.4 Relação entre consumo e volume tratado de esgoto - Ton/m³
3. Desinfetante - Hipoclorito de Sódio
3.1 Consumo do insumo - kg
3.2 Custo do insumo - R$
3.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
3.4 Relação entre consumo e volume tratado de esgoto - kg /m³
4. Polímero para lodo
4.1 Consumo do insumo - kg
4.2 Custo do insumo - R$
4.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
4.4 Relação entre consumo e volume tratado de esgoto - Ton/m³
5. Estabilização (Cal Hidratada)
5.1 Consumo do insumo - kg
5.2 Custo do insumo - R$
5.3 Relação entre custo por consumo - R$/kg
5.4 Relação entre consumo e volume tratado de esgoto - kg/m³
6. Consolidado (produtos químicos)
6.1 Consumo dos insumos (total) - kg
6.2 Custo dos insumos (total) - R$
6.3 Relação entre custo total por consumo total - R$/kg
6.4 Relação entre consumo e volume tratado de esgoto - kg/m³

Nas reuniões técnicas realizadas entre a equipe da FGV e a ARSEC, no processo da presente
revisão do PMSB, ficou evidenciado o desejo e a vontade do regulador dos serviços quanto ao
estabelecimento e reestruturação dos parâmetros a serem monitorados, tanto em aspectos do
alcance dos mesmos, quanto a forma e segregação de algumas informações. Este tópico será
contemplado em relatório posterior da presente revisão. A ARSEC já produziu e divulgou Notas
Técnicas e Instruções Normativas, objetivando o aperfeiçoamento da atividade regulatória,
entretanto o consenso e avaliação geral indica que também a ARSEC, deva buscar um programa
de atualização e aperfeiçoamento dos seus instrumentos regulatórios.
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7.3 Instruções Normativas Existentes (entre outras) na Agência
Reguladora

A Lei Complementar nº 252/2011, criou a AMAES, a qual competia o poder regulatório e


fiscalizatório dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Cuiabá.

A Lei Complementar nº 374 de 31/3/2015, criou a Agência Municipal de Serviços Públicos


Delegados de Cuiabá - ARSEC, com a função de entidade reguladora, normalizadora e de controle
e fiscalização dos serviços públicos delegados do Município de Cuiabá, dotada de autonomia
orçamentária, financeira, técnica, funcional e administrativa.

Ambas entidades. AMAES e ARSEC, produziram diversas resoluções e instruções normativas,


conforme poderá ser verificado com maior detalhe no item 10 do presente relatório que se refere a
análise jurídica do processo concessório como um todo.

Argumenta a ARSEC, que os anos iniciais da concessão, caracterizaram-se pela ausência de


obrigatoriedade institucional de procedimentos da concessionária, no tocante a apresentação e
solicitação de aprovação dos estudos de concepção e projetos básicos e executivos de
abastecimento de água e de esgotamento sanitário a entidade regulatória (Poder Concedente).

Ficou evidenciado na reunião realizada entre FGV, ARSEC e Águas Cuiabá, que a partir da
retomada dos serviços pela concessionária, após a intervenção, os novos acionistas tem assumido
uma postura bem diferente e positiva no sentido da transparência e participação do Poder
Concedente nas decisões estratégicas dos sistemas de água e esgoto.

Em cumprimento a sua atribuição fiscalizatória, anualmente a ARSEC, através da Superintendência


de Regulação e Fiscalização, a partir de um planejamento prévio, tem realizado pelo menos uma
vistoria a cada uma das unidades operacionais integrantes dos sistemas de água e esgoto,
registrando nessas fiscalizações as condições operacionais das mesmas. Os relatórios desses
eventos são organizados e estruturados de forma a identificar problemas e apresentar soluções e
sugestões para a evolução e atendimento das metas.

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7.4 Ouvidoria/ Sindicato da Indústria de Construção Civil (SINDUSCON)

A ARSEC disponibilizou a equipe da FGV dois arquivos em meio magnético, produzidos pelo
SINDUSCON, ambos anteriores ao processo de intervenção deflagrado em 2016, intitulados:

 Análise do contrato da concessão dos serviços de saneamento básico – água e


esgotamento sanitário e suas consequências. Neste documento ficou evidenciado o apoio
do SINSDUSCON ao processo de concessão dos serviços, entretanto aponta a frustação
que se seguiu logo após a assunção da concessionária, em virtude da ausência de
cumprimento do PMSB, de transparência e efetividade de ações em busca da
universalização e melhoria dos serviços, com alto impacto negativo no setor da
construção civil, segundo a opinião do sindicato; e

 Parecer jurídico sobre a concessão dos serviços de água e esgoto de Cuiabá, de autoria
ao escritório Meire da Costa Marques Advogados Associados, com auxílio da Doutora em
Saúde Pública Wildce da Graça Araújo Costa.

Registra-se que em reunião realizada no dia 27/12/2017 na ARSEC com a presença do


SINDUSCON, ARSEC e FGV, ficou evidenciado a expectativa do SINDUSCON, com relação ao
presente estudo de revisão do PMSB, de forma que o mesmo possa contribuir para sanar o que
acreditam ser de fundamental importância para o bom andamento e solução dos novos
empreendimentos a serem implantados no Município.

A preocupação maior é ver resolvida a questão quanto a responsabilidade pela implantação das
unidades de tratamento, reservação e elevatórias de água e de esgoto, pois via de regra, os
empreendedores têm sido condicionados a realizar investimentos que na opinião dos mesmos estão
sobre a responsabilidade da concessão. Essa situação tem levada a uma grande instabilidade no
setor, chegando até mesmo a inviabilizar lançamentos imobiliários (segundo o SINDUSCON).

A pretensão final é que as regras sejam claras e fiquem estabelecidas pelo Poder Concedente e
ente regulador, através de instruções normativas ou qualquer outro instrumento de forma a exigir
da concessionária o cumprimento do PMSB, do Edital e do Contrato de Concessão.

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Alguns empreendedores foram compelidos a pactuarem “ACORDO e CONTRATOS DE
COOPERAÇÃO TÉCNICA – OPERACIONAL”, como forma de verem aprovados e viabilizadas as
suas solicitações de disponibilidade de abastecimento de água e/ou esgotamento sanitário, como
podem ser citados como exemplo a KASUAL, INCORPORADORA E CONSTRUTORA LTDA, a
MRV Engenharia e Participações etc., com os valores expressivos abaixo:

 KASUAL Valor = R$ 416.800,00 (20 parcelas iguais a R$ 20.840,00).


 MRV Valor = R$ 3.518.046,18 (18 parcelas).

7.5 Percepção dos Usuários – Pesquisa de Satisfação

A ARSEC vem realizando, anualmente, uma pesquisa de opinião sobre a prestação dos serviços
públicos delegados de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município de Cuiabá e
seus distritos. A última coleta de dados ocorreu entre os dias 07 e 31 de agosto de 2017 em 2.580
residências, através de entrevistas domiciliares presenciais.

Para a coleta de dados foram utilizados questionários contendo questões sobre o fornecimento de
água, a qualidade da água, a conta de água, o esgoto, sobre a concessionária de água e esgoto,
além do perfil socioeconômico do entrevistado.

As residências entrevistadas foram divididas conforme os seguintes sistemas de abastecimento de


água: Central, Tijucal, Porto, Ribeirão do Lipa, Coophema, Parque Cuiabá, Poços e Distritos.

A seguir constam alguns resultados dessa pesquisa, considerados mais relevantes, sendo que a
totalidade dos resultados se encontra disponível no endereço eletrônico da ARSEC.

7.5.1 Abastecimento de água

 Quanto à forma de atendimento, 98,14% dos entrevistados eram atendidos através de


rede de distribuição e apenas 0,58% através de poços domiciliares. Analisando os
resultados por sistemas, percebe-se que somente nos distritos há atendimento de
residências exclusivamente por poços domiciliares;

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 Quanto aos hidrômetros, segundo a pesquisa, 98,1% dos entrevistados tinham
hidrômetro instalado. Analisando os resultados por sistemas, percebe-se que nos distritos
há hidrometração é mais baixa (apenas 58,06%). Vale destacar quanto a esse tema, que
60,09% dos entrevistados relatou que houve substituição de hidrômetro em sua
residência no último ano;
 Quanto à existência de caixas d’água, 97,75% responderam que possuem. Entre os que
possuem caixa d’água superior, 86,77% responderam que a pressão da água da rede
para subir até a caixa d’água é boa ou ótima;
 Quanto à regularidade no fornecimento de água, apenas 54,46% dos entrevistados
respondeu que recebe água todos os dias, enquanto que os demais recebem, na melhor
das hipóteses, dia sim dia não. Analisando esse item segundo os sistemas, os piores
índices de atendimento contínuo são: Tijucal (22,77%), Parque Cuiabá (37,84%) e
Ribeirão do Lipa (46,8%);
 Quanto ao conserto de vazamentos, dos entrevistados que perceberam vazamentos na
rede de água na sua rua, apenas 31,79% responderam que o vazamento foi consertado
em até 1 dia da constatação; e
 A avaliação geral do serviço de abastecimento de água pelos entrevistados apresentou
que 75,93% consideram o serviço prestado bom ou ótimo, 20% regular, 3,29% ruim e
0,78% péssimo.

7.5.2 Esgotamento Sanitário

 Quanto à existência de rede coletora, 58,26% dos entrevistados afirmaram que está
implantada em sua rua;
 Quanto à existência de fossas, 59,5% dos entrevistados afirmou possuir em sua
residência. Outra informação relevante é que 32,57% das residências que possuem fossa
nunca limparam esse dispositivo; e
 Quanto à existência de esgoto a céu aberto, 89,92% dos entrevistados respondeu que
não existe na sua rua. O sistema Coophema foi o que apresentou maior índice de
existência de esgoto a céu aberto (17,76% dos entrevistados).

Especificamente quanto à Concessionária, a seguir constam alguns resultados:

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 31,74% dos entrevistados afirmou que já manteve algum contato com a Concessionária
no último ano. Considerando apenas esses entrevistados, que já fizeram contato, 46,64%
realizaram reclamações de 2 a 3 vezes, enquanto que 4,64% realizaram mais de 4
reclamações no último ano;
 Quanto à forma utilizada para a comunicação das reclamações, 74,6% utilizaram o
telefone (0800), enquanto que 22,95% fizeram presencialmente e 2,44% utilizaram a
internet; e
 Quanto aos motivos das reclamações acima descritas, o Gráfico 7.5.2.1 abaixo os resume.

Gráfico 7.5.2.1
Incidência de reclamações dos usuários

 Quanto aos serviços prestados pela Concessionária, 38,68% dos entrevistados afirmou
que os serviços melhoraram no último ano, enquanto que 12,33% tem a opinião que
esses pioraram (o restante, 48,99% afirmou ser indiferente).

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7.5.3 Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos
Delegados de Cuiabá (ARSEC)

A pesquisa de opinião também fez alguns questionamentos quanto à ARSEC. A seguir constam
alguns resultados:

 81,78% dos entrevistados afirmou nunca terem ouvido falar da ARSEC;


 97,87% dos entrevistados nunca manteve qualquer contato com a ARSEC; e
 Dos entrevistados que mantiveram contato com a ARSEC, 100% avaliaram o
atendimento como ótimo ou bom.

7.6 Bens Afetos à Concessão

Quanto aos bens afetos à Concessão, após a assinatura do Contrato entre o Município e a CAB
Cuiabá S/A e a correspondente emissão da Ordem de Serviço da Concessão em 16/4/2012, e
posterior assunção, a Concessionária tornou-se responsável pela prestação desses serviços,
utilizando as estruturas existentes necessárias ao pleno funcionamento dos sistemas, a saber, os
bens afetos à Concessão.

A partir de 2012, para que fossem listados e caracterizados os bens que foram efetivamente
repassados pelo Município à Concessionária, foi elaborado pela empresa Encop Engenharia Ltda
(contratada pela CAB Cuiabá), diversos relatórios de bens existentes afetos à Concessão, concluído
em fevereiro de 2013, conforme seguem:

 Volume 1 – Tomo 01 – Abastecimento de Água da cidade de Cuiabá – Sistema


Coophema;
 Volume 1 – Tomo 02 – Abastecimento de Água da cidade de Cuiabá – Sistema Distrito
Aguaçu;
 Volume 1 – Tomo 03 – Abastecimento de Água da cidade de Cuiabá – Sistema Distrito
Coxipó de Ouro;
 Volume 1 – Tomo 04 – Abastecimento de Água da cidade de Cuiabá – Sistema Distrito
Nossa Senhora da Guia;

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 Volume 1 – Tomo 05 – Abastecimento de Água da cidade de Cuiabá – Sistema Distrito
Sucuri;
 Volume 1 – Tomo 06 – Abastecimento de Água da cidade de Cuiabá – Sistema Parque
Cuiabá;
 Volume 1 – Tomo 07 – Abastecimento de Água da cidade de Cuiabá – Sistema Porto;
 Volume 1 – Tomo 08 – Abastecimento de Água da cidade de Cuiabá – Sistema Pres.
Marques e São Sebastião;
 Volume 1 – Tomo 09 – Abastecimento de Água da cidade de Cuiabá – Sistema Ribeirão
do Lipa;
 Volume 1 – Tomo 10 – Abastecimento de Água da cidade de Cuiabá – Sistema Tijucal;
 Volume 2 – Tomo 01 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Buritis /
Jamil Broutos;
 Volume 2 – Tomo 02 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Cohab
Nova;
 Volume 2 – Tomo 03 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Coophema;
 Volume 2 – Tomo 04 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema CPA –
Lagoa Encantada;
 Volume 2 – Tomo 05 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Distrito
Sucuri;
 Volume 2 – Tomo 06 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Ilza Picolli
– Wantuil de Freitas;
 Volume 2 – Tomo 07 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Jardim
Universitário;
 Volume 2 – Tomo 08 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Maria de
Lourdes;
 Volume 2 – Tomo 09 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Morada do
Ouro;
 Volume 2 – Tomo 10 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Nova São
Gonçalo;
 Volume 2 – Tomo 11 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Residencial
Esperança;
 Volume 2 – Tomo 12 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Ribeirão
do Lipa;

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 Volume 2 – Tomo 13 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Ribeirão
do Baú;
 Volume 2 – Tomo 14 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema São Carlos
/ Santa Inês;
 Volume 2 – Tomo 15 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Tijucal;
 Volume 2 – Tomo 16 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Topázio;
 Volume 2 – Tomo 17 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Torres;
 Volume 2 – Tomo 18 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Três Barras
– Jardim Paraná - Canaã;
 Volume 2 – Tomo 19 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema UFMT;
 Volume 2 – Tomo 20 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Vila Real;
 Volume 2 – Tomo 21 – Esgotamento Sanitário da cidade de Cuiabá – Sistema Zanildo
Costa Macedo;
 Volume 3 – Tomo 01 – Abastecimento de água da cidade de Cuiabá – Sistemas
desativados;
 Volume 3 – Tomo 02 – Abastecimento de água da cidade de Cuiabá – Sistemas isolados
- poços;
 Volume 3 – Tomo 03 – Esgotamento sanitário da cidade de Cuiabá – Sistemas
desativados; e
 Volume 3 – Tomo 04 – Esgotamento sanitário da cidade de Cuiabá – Sistemas isolados.

Foi assinado ainda um termo de recebimento dos bens afetos à Concessão do sistema de
abastecimento de água e esgotamento sanitário de Cuiabá, em 22 de dezembro de 2014, pela
Concessionária, o município de Cuiabá e a então agência reguladora (AMAES).

Para que esse Termo de Recebimento fosse assinado, todos os relatórios anteriormente elencados
foram apresentados e a AMAES, após avaliação, se manifestou favorável ao seu conteúdo.

No entanto, constavam na relação dos bens afetos os bens ativos e também os que estavam
inativos. Em 30 de junho de 2017 a Concessionária enviou ofício à Prefeitura Municipal contendo
uma lista de devolução de bens inservíveis à concessão, bens esses que, após análise da
Concessionária, foram considerados desnecessários à prestação dos serviços.

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8. Evolução dos Serviços com Base nos Indicadores

A análise da evolução dos sistemas e serviços de água e esgoto do município de Cuiabá, além
das informações e indicadores presentes no PMSB – Cuiabá 2011 (ITA/ITM) e acompanhados pela
AMAES e ARSEC no período, podem ser verificados e acompanhados através do Sistema Nacional
de Informações de Saneamento - SNIS, divulgadas pelo Ministério das Cidades do Governo Federal
para o período 2012 a 2016. A conceituação básica na formulação dos indicadores são bastante
próximas, diferenciando-se entretanto quanto ao período, pois o SNIS coincide com o ano
calendário fiscal e o ITA se refere ao ano concessão (maio a abril).

8.1 Cobertura dos Serviços de Água e Esgoto

A apuração dos indicadores de cobertura (população atendida) com água e esgoto, envolve as
seguintes informações e indicadores do SNIS:

 G06A - População urbana residente do município com abastecimento de água


(Habitantes);
 G06B - População urbana residente do município com esgotamento sanitário
(Habitantes);
 AG026 - População urbana atendida com abastecimento de água (Habitantes);
 ES026 - População urbana atendida com esgotamento sanitário (Habitantes);
 IN023 - Índice de atendimento urbano de água (percentual);
 IN024 - Índice de atendimento urbano de esgoto referido aos municípios atendidos com
água (percentual);
 IN015 - Índice de coleta de esgoto (percentual); e
 IN016 - Índice de tratamento de esgoto (percentual).

Tabela 8.1.1
Atendimento com Água e Esgoto (SNIS 2012 a 2016)
Informação / Indicador Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
G06A habitantes 550.854 559.196 564.741 569.657 574.444
G06B habitantes 550.854 559.196 564.741 569.657 574.444
AG026 habitantes 535.405 530.095 564.741 569.657 574.444

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Informação / Indicador Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
ES026 habitantes 205.509 201.257 262.489 283.437 300.187
IN023 % 97,2 94,8 100 100 100
IN024 % 37,31 35,99 46,48 49,76 52,26
IN015 % 39,06 38,11 38,9 39,96 52,26
IN016 % 73,58 69,13 67,83 59,14
Fonte: SNIS.

Gráfico 8.1.1
Atendimento com Água e Esgoto (SNIS 2012 a 2016)

Elaboração: FGV.

A partir dos dados do SNIS, verifica-se que:

 O índice de atendimento urbano de água foi universalizado a partir do ano 2014;


 O índice de atendimento urbano de esgoto, evoluiu de 37,31 % (2012) para 52,26 %
(2016), representando um aumento de 40 % no período avaliado;

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 O índice de coleta de esgoto apresentou certa regularidade no período de 2012 a 2015,
tendo em 2016 aumentado para 52,26 %. Isso representa um aumento de 33,79 % no
período avaliado; e
 O índice de tratamento de esgoto, referindo-se ao esgoto coletado veio apresentando
redução de 73,58 % (2013) para 59,14 % (2016), demonstrando não ter havido
incrementos significativos de unidades de tratamento no período.

8.2 Ligações e Economias de Água e Esgoto

A apuração das informações e indicadores relacionados a ligações e economias ativas de água e


esgoto, envolve os seguintes dados do SNIS:

 AG002 - Quantidade de ligações ativas de água (Ligações);


 AG003 - Quantidade de economias ativas de água (Economias);
 IN001 - Densidade de economias de água por ligação (Econ./Lig.);
 ES002 - Quantidade de ligações ativas de esgotos (Ligações);
 ES003 - Quantidade de economias ativas de esgotos (Economias); e
 Densidade de economias de esgoto por ligação (Econ./Lig.).

Tabela 8.2.1
Ligações e Economias - Água e Esgoto (SNIS 2012 a 2016)
Informação / Indicador Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
AG002 Ligações 134.655 138.645 148.010 153.420 180.271
AG003 Economias 175.973 187.750 203.422 217.210 254.260
IN001 Econ/lig 1,30 1,33 1,36 1,40 1,41
ES002 Ligações 58.687 60.891 65.726 68.605 72.017
ES003 Economias 71.906 76.337 84.051 91.427 97.270
Eco/Lig - Esg Econ/lig 1,23 1,25 1,28 1,33 1,35

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Gráfico 8.2.1
Ligações e Economias - Água e Esgoto (SNIS 2012 a 2016)

A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve:

 Incremento de 45.616 ligações de água (+33,87 %) no período;


 Incremento de 78.287 economias de água (+44,48 %) no período;
 Incremento de 13.330 ligações de esgoto (+22,71%) no período;
 Incremento de 25.364 economias de esgoto (+35,27 %) no período;
 Elevação de 1,30 para 1,41 na densidade de economias por ligação de água; e
 Elevação de 1,23 para 1,35 na densidade de economias por ligação de esgoto.

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8.3 Recursos Humanos

A apuração das informações e indicadores relacionados a ligações e economias ativas de água e


esgoto, envolve os seguintes dados do SNIS:

 FN026 - Quantidade total de empregados próprios (Empregados);


 IN002 - Índice de produtividade: economias ativas por pessoal próprio (econ./empreg.);
 IN008 - Despesa média anual por empregado (R$/empreg.);
 IN018 - Quantidade equivalente de pessoal total (empregado);
 IN019 - Índice de produtividade: economias ativas por pessoal total (equivalente)
(econ./empreg. eqv.);
 IN045 - Índice de produtividade: empregados próprios por 1000 ligações de água
(empreg./mil lig.); e
 IN102 - Índice de produtividade de pessoal total (equivalente) (ligações/empregados).

Tabela 8.3.1
Recursos Humanos e Produtividade (SNIS 2012 a 2016)
Informação Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
FN026 Empregados 519 636 753 636 684
IN018 Empregados 796 739 1.015 879 1.002
IN002 Econ/emp 387 443 397 429 500
IN008 R$/empreg 30.302 47.905 36.591 41.323 46.826
IN019 Econ/Pessoal 317 347 272 339 329
IN045 Empreg/1000 lig 4,68 4,23 4,85 4,61 3,96
IN102 Lig/empreg 247 266 203 248 237

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Gráfico 8.3.1
Recursos Humanos e Produtividade (SNIS 2012 a 2016)

O índice de produtividade de pessoal total dos sistemas de Cuiabá para o ano 2016 foi de 237
ligações/empregados. Nota-se uma piora em relação à 2015, no entanto apresenta certa constância
em relação ao apresentado em 2012. Em relação à média nacional, o número apresentado em 2015
é muito próximo quando se considera os operadores de serviços locais de direito privado que foi de
269,1 para o Brasil e 265,4 para a Região Centro Oeste.

A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve:

 Incremento de 165 empregados diretos em relação a 2012 (+31,79%) no período;


 Incremento de 206 empregados equivalentes em relação a 2012 (+25,87%) no período;
 Incremento de 113 na relação de produtividade que considera economias por empregado,
passando de 387 em 2012, para 500 em 2016;
 Aumento de 54,53 % no custo médio do empregado no período; e
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 Aumento na produtividade calculada pelo número de empregados para cada grupo de
1000 ligações, passando de 4,68 (2012) para 3,96 (2016).

8.4 Receitas com Serviços

A apuração das informações e indicadores financeiros e comerciais relacionados a Faturamento,


Arrecadação e Inadimplência (Evasão), envolve os seguintes dados do SNIS:

 FN001 - Receita operacional direta total (R$/ano);


 FN002 - Receita operacional direta de água (R$/ano);
 FN003 - Receita operacional direta de esgoto (R$/ano);
 FN004 - Receita operacional indireta (R$/ano);
 FN005 - Receita operacional total (direta + indireta) (R$/ano);
 FN006 - Arrecadação total (R$/ano);
 IN028 - Índice de faturamento de água (percentual);
 IN029 - Índice de evasão de receitas (percentual);
 IN004 - Tarifa média praticada (R$/m³);
 IN005 - Tarifa média de água (R$/m³); e
 IN006 - Tarifa média de esgoto (R$/m³).

Tabela 8.4.1
Faturamento, Arrecadação, Evasão (SNIS 2012 a 2016)
SNIS Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
FN002 R$/ano 61.534.794,00 98.639.287,00 118.455.498,00 133.689.575,00 151.432.379,00
FN003 R$/ano 15.772.515,00 23.849.289,00 30.159.798,00 37.874.230,00 47.203.785,00
FN001 R$/ano 77.307.309,00 122.488.577,00 148.615.296,00 171.563.805,00 198.636.164,00
FN004 R$/ano 21.975.622,00 49.964.418,00 3.630.306,00 10.354.157,00 23.243.098,00
FN005 R$/ano 99.282.931,00 172.452.995,00 152.245.602,00 181.917.962,00 221.879.262,00
FN006 R$/ano 51.346.820,00 94.515.362,00 124.739.731,00 151.804.678,00 179.798.535,00
IN028 % 36,32 37,05 38,41 41,91 42,91
IN029 % 48,28 45,19 18,07 16,55 18,97
IN004 R$/m³ 2,57 2,59 2,98 3,23 3,79
IN005 R$/m³ 2,76 2,79 3,18 3,38 3,86
IN006 R$/m³ 2,02 2 2,38 2,77 3,59

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Gráfico 8.4.1
Faturamento, Arrecadação, Evasão (SNIS 2012 a 2016)

A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve no período (considerar que o ano de 2012, os
resultados computados referem-se apenas a 8 meses, podendo distorcer a análise de alguns
resultados):

 Incremento de 146,09 % na Receita Operacional Direta de Água (FN002);


 Incremento de 199,27 % na Receita Operacional Direta de Esgoto (FN003);
 Incremento de 156,94 % na Receita Operacional Direta Total (FN001);
 Incremento de 5,76 % na Receita Operacional Indireta (FN004);
 Incremento de 123,48 % na Receita Operacional Total (Direta + Indireta) (FN005);
 Incremento de 250,16 % na Arrecadação anual (FN006);
 Redução de 60,71 % no índice de Evasão de Receitas, reduzindo-o de 48,28 % para
18,97 % (IN029);
 Aumento da Tarifa Média Praticada de R$ 2,57/m³ para R$ 3,79/m³ (IN004);
 Aumento da Tarifa Média Praticada de Água de R$ 2,76/m³ para R$ 3,86/m³ (IN005); e
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 Aumento da Tarifa Média Praticada de Esgoto de R$ 2,02/m³ para R$ 3,59/m³ (IN006).

A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve a seguinte totalização de receitas (2012 a 2016)
realizados a partir de informações fornecidas pela Concessionária:

 FN002 = R$ 563.751.533,00;
 FN003 = R$ 154.859.617,00;
 FN001 = R$ 718.611.151,00;
 FN004 = R$ 109.167.601,00;
 FN005 = R$ 827.778.752,00; e
 FN006 = R$ 602.205.126,00.

Registra-se a existência das Leis Municipais nº 4.502, de 30/12/2003 e 5.121, de 4/7/2008, que
isentam de pagamento referente ao consumo de água, os mini estádios de futebol municipais e as
igrejas e creches sem fins lucrativos, respectivamente, sendo que por ocasião da promulgação da
Lei a referência foi feita à AMSS e Sanecap, respectivas operadoras da oportunidade.

De acordo com informações obtidas junto à Concessionária, para o mês de referência de janeiro de
2018, e verificou-se que a isenção para as igrejas e creches, atingia os seguintes números de
ligações e benefícios por faixa de consumo:

 Ligações beneficiadas até 15 m³ = 363 unidades;


 Ligações beneficiadas entre 15 a 20 m³ = 81 unidades;
 Ligações beneficiadas acima de 20 m³ = 213 unidades;
 Ligações beneficiadas total = 657 unidades;
 Desconto para consumo até 15 m³ = R$ 15.463,98;
 Desconto para consumo entre 15 e 20 m³ = R$ 7.038,54;
 Desconto para consumo acima de 20 m³ = R$ 160.374,07; e
 Desconto total mensal = R$ 182.816,59 (Projeção anual = R$ 2.193.792,00.

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8.5 Despesas com Serviços

A apuração das informações e indicadores financeiros e comerciais relacionados a despesas com


os serviços, envolve os seguintes dados do SNIS:

 FN010 - Despesa com pessoal próprio (R$/ano);


 FN011 - Despesa com produtos químicos (R$/ano);
 FN013 - Despesa com energia elétrica (R$/ano);
 FN014 - Despesa com serviços de terceiros (R$/ano);
 FN021 - Despesas fiscais ou tributárias computadas na DEX (R$/ano);
 FN027 - Outras despesas de exploração (R$/ano);
 FN015 - Despesas de Exploração (DEX) (R$/ano);
 FN016 - Despesas com juros e encargos do serviço da dívida (R$/ano);
 FN028 - Outras despesas com os serviços (R$/ano); e
 FN017 - Despesas totais com os serviços (DTS) (R$/ano).

Tabela 8.5.1
Despesas com os Serviços (SNIS 2012 a 2016)
SNIS Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
FN010 R$/ano 19.787.259,00 27.665.299,00 25.412.274,00 28.698.823,00 30.905.362,00
FN011 R$/ano 1.824.965,00 3.913.873,00 3.398.534,00 3.193.830,00 1.906.670,00
FN013 R$/ano 16.799.591,00 21.317.875,00 22.748.781,00 29.394.998,00 32.087.815,00
FN014 R$/ano 4.347.546,00 7.718.192,00 11.744.089,00 7.634.836,00 16.029.947,00
FN027 R$/ano 10.074.512,00 3.817.065,00 21.447.283,00 20.111.325,00 0,00
FN021 R$/ano 7.318.127,00 10.985.834,00 13.221.500,00 17.575.009,00 19.178.954,00
FN015 R$/ano 60.152.000,00 75.418.138,00 97.972.461,00 106.608.820,00 100.108.747,00
FN016 R$/ano 10.552.892,00 22.722.813,00 49.230.539,00 58.885.690,00 68.599.617,00
FN028 R$/ano 16.865.679,00 78.179.741,00 5.118.622,00 11.265.615,00 0,00
FN017 R$/ano 87.452.000,00 184.889.590,00 177.716.348,00 209.718.028,00 224.471.379,00

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Tabela 8.5.1
Principais Despesas com os Serviços (SNIS 2012 a 2016)

A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve no período (considerar que o ano de 2012, os
resultados computados referem-se apenas a oito meses, podendo distorcer a análise de alguns
resultados):

 Aumento de 56,18 % nas Despesas com Pessoal Próprio (FN010);


 Aumento de 4,44 % nas Despesas com Produtos Químicos (FN011);
 Aumento de 91,00 % nas Despesas com Energia Elétrica (FN013);
 Aumento de 268,71 % nas Despesas com Serviços de Terceiros (FN014);
 Aumento de 66,42 % nas Despesas com Exploração (FN015); e
 Aumento de 156,67 nas Despesas Totais com os Serviços (FN017).

A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve a seguinte totalização de despesas (2012 a 2016)
realizados a partir de informações fornecidas pela concessionária:

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 FN010 = R$ 132.469.017,00;
 FN011 = R$ 14.237.872,00;
 FN013 = R$ 122.349.060.00;
 FN014 = R$ 47.474.610,00;
 FN027 = R$ 55.450.185,00;
 FN021 = R$ 68.279.424,00;
 FN015 = R$ 440.260.166,00;
 FN016 = R$ 209.991.551,00;
 FN028 = R$ 111.429.657,00; e
 FN017 = R$ 884.247.345,00.

8.6 Consumo de Energia Elétrica

A apuração das informações e indicadores relacionados à energia elétrica, envolve os seguintes


dados do SNIS:

 AG028 - Consumo total de energia elétrica nos sistemas de água (1.000 kWh/ano);
 ES028 - Consumo total de energia elétrica nos sistemas de esgotos (1.000 kWh/ano);
 IN058 - Índice de consumo de energia elétrica em sistemas de abastecimento de água
(kWh/m³);
 IN059 - Índice de consumo de energia elétrica em sistemas de esgotamento sanitário
(kWh/m³); e
 IN060 - Índice de despesas por consumo de energia elétrica nos sistemas de água e
esgotos (R$/kWh).

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Tabela 8.6.1
Energia Elétrica (SNIS 2012 a 2016)
SNIS Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
AG028 R$/ano 34.738 53.454 59.089 55.200 55.214
ES028 R$/ano 913 2.271 2.915 2.814 3.131
IN058 R$/ano 0,54 0,54 0,61 0,59 0,57
IN059 R$/ano 0,12 0,19 0,23 0,21 0,16
IN060 R$/ano 0,47 0,38 0,37 0,51 0,55

Gráfico 8.6.1
Energia Elétrica (SNIS 2012 a 2016)

A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve no período (considerar que o ano de 2012, os
resultados computados referem-se apenas a oito meses, podendo distorcer a análise de alguns
resultados):

 Aumento de 58,94 % no consumo de energia elétrica nos sistemas de água (AG028);


 Aumento de 242,29 % no consumo de energia elétrica nos sistemas de esgoto (AG028);
 Aumento de 5,55 % no índice de consumo de energia elétrica água (IN058);
 Aumento de 33,33 % no índice de consumo de energia elétrica esgoto (IN059); e
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 Aumento de 17,02 % no índice de consumo de energia elétrica água e esgoto (IN060).

8.7 Investimentos Realizados (SNIS 2012 a 2016)

A apuração das informações e indicadores relacionados a investimentos realizados, envolve os


seguintes dados do SNIS:

 FN023 - Investimento realizado em abastecimento de água pelo prestador de serviços


(R$/ano);
 FN024 - Investimento realizado em esgotamento sanitário pelo prestador de serviços
(R$/ano);
 FN025 - Outros investimentos realizados pelo prestador de serviços (R$/ano);
 FN030 - Investimentos com recursos próprios realizado pelo prestador de serviços.
(R$/ano);
 FN031 - Investimentos com recursos onerosos realizado pelo prestador de serviços.
(R$/ano); e
 FN033 - Investimentos totais realizados pelo prestador de serviços (R$/ano).

Tabela 8.7.1
Investimentos Realizados (SNIS 2012 a 2016)
SNIS Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
FN023 R$/ano 7.712.972 22.774.000 66.193.852 50.518.954 38.785.210
FN024 R$/ano 105.742 9.524.000 10.502.356 1.836.456 1.503.916
FN025 R$/ano 181.648.286 45.770.279 22.354.272 9.793.048 3.538.932
FN030 R$/ano 7.216.994 78.068.279 11.886.058 62.148.457 43.828.058
FN031 R$/ano 182.250.006 0 87.164.422 0 0
FN033 R$/ano 189.467.000 78.068.279 99.050.480 62.148.457 43.828.058

A partir dos dados do SNIS, verifica-se que houve a seguinte totalização de investimentos (2012 a
2016) realizados a partir de informações fornecidas pela concessionária:

 FN023 = R$ 185.984.988,00;
 FN024 = R$ 23.472.470,00;
 FN025 = R$ 263.104.817,00;
 FN030 = R$ 203.147.846,00;
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 FN031 = R$ 269.414.428,00; e
 FN033 = R$ 472.562.274,00.

Observa-se que foi computado como investimento realizado no SNIS, os valores de outorga pagos
pela concessionária.

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9. Balanços Patrimoniais e Demonstrações de Resultados

No sítio eletrônico da Concessionária Águas Cuiabá, encontram-se disponibilizadas informações


relativas a Demonstrações de Resultados e Balanços Patrimoniais para o período de 2012 a 2017,
sendo que 2017, refere-se ao período de janeiro a junho. Verifica-se que algumas informações
totalizadas do SNIS no mesmo período de 2012 a 2016 são divergentes das apresentadas nos
dados contábeis.

Tabela 9.1
Demonstrações de resultado – CAB Cuiabá S/A
Demonstrações de resultado
(em milhares de Reais) * 2017 até 30 de junho
2012 2013 2014 2015 2016 2017*
Receita operacional líquida 136.466 161.467 207.350 202.029 202.191 109.270
Custo dos serviços prestados (96.991) (107.697 (144.11 (138.678) (156.240) (68.393)
Lucro bruto 39.475 53.770) 8)
63.232 63.351 45.951 40.877
Despesas operacionais (34.591) (53.265) (51.247) (50.541) (60.584) (19.788)
Comerciais (8.991) (19.556) (19.012) (18.683) (23.261) (4.805)
Administrativas e gerais (25.600) (33.811) (32.257) (31.689) (37.358) (15.003)
Outras receitas (despesas) líquidas - 102 22 (169) 35 20
Resultado antes do resultado financeiro e
impostos
4.884 505 11.985 12.810 (14.633) 21.089
Receitas financeiras 5.093 3.423 5.333 7.537 6.306 2.805
Despesas financeiras (10.553) (22.723) (45.742) (59.288) (69.176) (33.594)
Resultado financeiro líquido (5.460) (19.300) (40.409) (51.751) (62.870) (30.789)
Resultado antes dos impostos (576) (18.795) (28.424) (38.941) (77.503) (9.700)
Imposto de renda e contribuição social 135 6.358 9.477 12.988 26.292 3.288
diferidos do exercício
Resultado (441) (12.437) (18.947) (25.953) (51.211) (6.412)

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Tabela 9.2
Balanços patrimoniais – CAB Cuiabá S/A
Balanços patrimoniais
(em milhares de Reais) * 2017 até 30 de junho
2012 2013 2014 2015 2016 2017*
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 7.501 2.112 7.894 6.495 21.135 34.172
Outros investimentos - 296 40.619 450 98 88
Depósitos bancários vinculados - - 1.480 3.056 3.085 3.225
Contas a receber e outros recebíveis 24.446 28.643 38.184 39.203 30.023 33.121
Estoques 1.746 2.821 3.478 2.545 3.104 2.600
Imposto e contribuições a recuperar 858 202 3.495 3.464 1.699 1.830
Despesas antecipadas 70 119 123 293 142 36
Total do ativo circulante 34.621 34.193 95.273 55.506 59.286 75.072
Não circulante
Realizável a longo prazo 2.917 8.904 20.394 30.244 58.939 65.812
Contas a receber e outros recebíveis 2.750 2.285 2.500 - - -
Depósitos judiciais 32 126 498 885 3.135 6.720
Impostos e contribuições a recuperar - - 1.426 401 555 555
Imposto de renda e contribuição social diferidos 135 6.493 15.970 28.958 55.249 58.537

Imobilizado 1.011 8.487 7.996 6.903 4.809 3.882


Intangível 186.985 250.682 336.696 380.391 370.448 381.778
Total do ativo não circulante 190.913 268.073 365.086 417.538 434.196 451.472
Total do ativo 225.534 302.266 460.359 473.044 493.482 526.544

Passivo
Circulante
Fornecedores e outras contas a pagar 12.965 17.811 40.187 29.356 41.664 48.246
Empréstimos 182.250 194.434 4.743 15.940 9.866 253.124
Debêntures - - - 3.212 252.080 271.545
Provisões e encargos trabalhistas 2.444 3.382 3.595 3.175 4.822 5.194
Obrigações fiscais 3.699 1.701 494 1.292 1.744 2.110
Total do passivo circulante 201.358 217.328 49.019 52.975 310.176 580.219
Não circulante
Empréstimos e financiamentos 17.000 47.547 203.282 209.572 232.730 1.106
Debêntures - - 183.633 210.902 - -
Provisão para contingências 482 234 1.215 2.338 4.530 5.585
Total do passivo não circulante 17.482 47.781 388.130 422.812 237.260 6.691
Patrimônio líquido
Capital social 7.135 50.035 55.035 55.035 55.035 55.035
Prejuízos acumulados (441) (12.878) (31.825) (57.778) (108.989) (115.401)
Total do patrimônio líquido 6.694 37.157 23.210 (2.743) (53.954) (60.366)
Total do passivo 218.840 265.109 437.149 475.787 547.436 586.910
Total do passivo e do patrimônio líquido 225.534 302.266 460.359 473.044 493.482 526.544

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10. Aspectos Legais e Institucionais da Concessão

10.1 Histórico

Em 23 de dezembro de 1997, o então prefeito municipal, Senhor Roberto França Audad, sancionou
a Lei Municipal nº 3.720, que dispõe sobre o regime de concessão de prestação de serviços
públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Município de Cuiabá e dá outras
providências.

A partir da promulgação da Lei Municipal nº 3.720/97, o Município de Cuiabá, titular dos serviços
de abastecimento de água e esgotamento sanitário ficou autorizado a proceder a licitação da
prestação destes serviços através de concessão pública.

Observa-se que na referida Lei Municipal autorizativa, não houve a fixação pelo legislativo
municipal do prazo de duração das concessões, deixando a cargo do Poder Concedente, quando
do Edital de Licitações, determinar o prazo de duração do Contrato de Prestação de Serviços de
Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, conforme previsto no artigo 18 da Lei de
Concessões.

Naquela época, recentemente havia sido sancionada a Lei Federal nº 8.987/1995, que dispõe
sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previstos no artigo
175 da Constituição Federal e que foi o marco regulador das novas concessões de serviços
públicos.

Já em 16 de janeiro de 2002, o Governador do Estado do Mato Grosso, Senhor Dante Martins de


Oliveira, sancionou a Lei Estadual nº 7.638, publicada no Diário Oficial em 16/1/2002, que dispõe
sobre a política estadual de abastecimento de água e esgotamento sanitário, cria o conselho e o
Fundo Estadual de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário e dá outras providências.

O Governo Federal, em 5 de janeiro de 2007, sancionou a Lei nº 11.445 que estabelece diretrizes
nacionais para o saneamento básico, a qual restou regulamentada através do Decreto nº 7.217,
publicado em 21 de junho de 2010.

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10.2 Agência Reguladora

Em cumprimento as novas diretrizes nacionais de saneamento básico, o então Prefeito Municipal


de Cuiabá, Senhor Francisco Bello Galindo Filho, através da Lei Complementar nº 252, de 1 de
setembro de 2011, criou a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos de
Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Município de Cuiabá - AMAES, e
disciplinou a gestão e exploração destes serviços públicos e de resíduos sólidos.

Na mesma Lei Complementar, o Poder Concedente, retoma a exploração dos serviços públicos de
abastecimento de água e esgotamento sanitário e de resíduos sólidos, que estavam sendo
prestados pela Companhia de Saneamento da Capital – SANECAP, contudo, mantém a referida
prestadora de serviços até a efetiva deliberação sobre a melhor forma de gestão na prestação
destes serviços.

Naquela oportunidade, também restou instituída a Taxa de Regulação e Fiscalização – TR,


decorrente do exercício do poder de polícia em razão da atividade de regulação e fiscalização sobre
a prestação dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Em 16 de dezembro de 2011, o Executivo Municipal através do Decreto nº 5.114, regulamentou


os procedimentos de revisão e/ou reajuste de tarifas dos serviços públicos municipais regulados,
de responsabilidades dos membros da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos de
Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, previstos nas Leis Complementares nº
252/2011 e 275/2011. Referido Decreto Municipal, teve seus efeitos retroagidos a 29 de julho de
2011.

A AMAES no exercício de suas atribuições e competência editou diversas Instruções e Resoluções


Normativas, dentre elas, destacam-se as seguintes:

 Instrução Normativa nº 1 de 1/8/2012 - Dispõe sobre a regulação pela Agencia Municipal


de Regulação de Água e Esgotamento Sanitário de Cuiabá – AMAES, dos serviços
complementares e respectivas taxas a serem aplicadas pela concessionária aos usuários;

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 Instrução Normativa nº 3 de 22/10/2012 – Dispõe sobre os procedimentos a serem
adotados pela AMAES nas ações de manifestações e consultas dos usuários a ouvidoria;

 Resolução Normativa nº 5 de 26/11/2012 – Dispõe sobre o regulamento do serviço público


de água e esgoto do município de Cuiabá;

 Resolução Normativa nº 7 de 10/7/2014 - Dispõe sobre os procedimentos a serem


adotados pela AMAES, nas ações de fiscalização das obrigações legais e contratuais da
concessionária e na aplicação de penalidades, quando for o caso;

 Instrução Normativa nº 08 de 15/11/2013 – Dispõe sobre o recebimento dos sistemas de


abastecimento de água e esgotamento sanitário dos empreendimentos residenciais do
Programa Minha Casa Minha Vida, que dispõem de declarações de viabilidade de
abastecimento e esgotamento sanitário já emitidos pela SANECAP;

 Instrução Normativa nº 09 de 25/2/2014 – Dispões sobre o procedimento dos relatórios de


informações técnicas, operacionais, financeiras e de qualidade dos serviços públicos de
abastecimento de água e esgotamento sanitário de Cuiabá;

 Instrução Normativa nº 12 de 1/10/2014 – Estabelece as condições para apresentação


dos relatórios pelo prestador de serviços, dos bens reversíveis integrados após a outorga
da Concessão dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário
do município de Cuiabá;

 Instrução Normativa nº 13 de 3/10/2014 - Estabelece as condições para apresentação do


plano de gerenciamento e execução das obras e serviços, projetos executivos e
investimentos previstos para atendimento ao contrato de concessão dos serviços públicos
de abastecimento de água e esgotamento sanitário do município de Cuiabá;

 Instrução Normativa nº 14 de 3/10/2014 - Dispõe sobre os relatórios semestrais e anuais


a serem fornecidos pelo prestador dos serviços públicos de abastecimento de água e
esgotamento sanitário do município de Cuiabá;

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 Resolução Normativa nº 15 de 9/10/2014 – Acrescentar dispositivos na Resolução
Normativa nº 7 de 10/7/2014;

 Resolução Normativa nº 16 de 09/10/2014 – Acrescentar anexo a Resolução Normativa


nº 14 de 3/10/2014;

 Resolução Normativa nº 17 de 9/10/2014 – Alterar e acrescentar dispositivos na


Resolução Normativa nº 09 de 25/2/2014; e

 Instrução Normativa nº 18 de 10/10/2014 - Estabelece os critérios para implantação de


infraestrutura de abastecimento de água e esgotamento sanitário em empreendimentos
imobiliários, públicos ou privados, no município de Cuiabá.

Transcorridos, aproximadamente, quatro anos da criação da AMAES, o então Prefeito Municipal,


Senhor Mauro Mendes Ferreira, em 31 de março de 2015, através da Lei Complementar nº 374,
criou uma nova agência reguladora em substituição a AMAES, desta vez, com abrangência a todos
os serviços públicos delegados, denominada Agência Municipal de Regulação de Serviços
Públicos Delegados de Cuiabá - ARSEC.

No mesmo texto legal dispôs sobre a organização e funcionamento da ARSEC, bem como, sobre
as demais providências necessárias ao exercício desta nova autarquia municipal, revogando os
artigos 7º a 35 da Lei Complementar nº 252, de 1º de setembro de 2011, que instituiu a AMAES.

A nova autarquia municipal, vinculada ao Gabinete do Prefeito, passou a regular, normatizar,


controlar e fiscalizar todos os serviços públicos delegados, em especial, os de Abastecimento de
Água e Esgotamento Sanitários, nos termos da Lei Municipal nº 3.720, de 23 de dezembro de
1997.

Através da referida Lei Complementar restou instituída novamente, a Taxa de Regulação e


Fiscalização – TR, decorrentes do exercício do poder de polícia em razão da atividade de regulação
e fiscalização, tendo como contribuintes os prestadores dos serviços de abastecimento de água, de
esgotamento sanitário, de manejo, tratamento e destinação final de resíduos sólidos, de transporte
coletivo urbano, de iluminação pública, bem como aqueles outros serviços públicos cujos serviços
são submetidos à regulação e fiscalização da ARSEC.
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A Lei Complementar nº 374/2015 sofreu algumas alterações desde que foi sancionada, as quais,
vieram a adequar algumas situações funcionais e estruturais, mas, que não influenciaram
diretamente na prestação dos serviços concedidos de Abastecimento de Água e Esgotamento
Sanitário.

A ARSEC no exercício de suas atribuições e competência editou diversas Resoluções Normativas,


dentre elas, destacam-se as seguintes:

 Resolução Normativa nº 2 de 12/8/2016 – Estabelece critérios para o cumprimento do


disposto na Lei Municipal nº 6.070 de 17/7/2016, que obriga a CAB Cuiabá a divulgar
informações sobre a tarifa social mensalmente na fatura de cobrança de água e esgoto;

 Resolução Normativa nº 5 de 11/10/2016 – Altera a resolução nº 1/12 da AMAES, e


dispõe sobre o recebimento de efluentes de limpa fossa; e

 Resolução Normativa Nº 001 de 2018 – Estabelece regras de arredondamento.

10.3 Da Concessão dos Serviços de Água e Esgoto

No final do ano de 2011, o Prefeito Municipal de Cuiabá lançou o Edital de Concorrência Pública
nº 014/2011, com fundamento no artigo 175 da Constituição Federal; na Lei Federal nº 8.987/1995;
na Lei Federal nº 9.074/1995; na Lei Federal nº 8.666/1993; na Lei Federal nº 11.445/2007, na Lei
Municipal nº 3.720 de 23 de dezembro de 1997 e na Lei Complementar Municipal nº 252, de 1º de
setembro de 2011, para concessão da exploração dos serviços públicos de abastecimento de
água e esgotamento sanitário, que compreendem as atividades, infraestruturas e instalações
necessárias ao abastecimento de água, desde a captação até as ligações prediais e respectivos
instrumentos de medição; e os serviços púbicos de esgotamento sanitário, correspondentes às
atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição
final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no
meio ambiente, incluindo a gestão dos sistemas organizacionais, a comercialização dos produtos e
serviços envolvidos e o atendimento aos usuários.

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10.4 Contrato de Concessão

O Contrato de Concessão foi firmado em 17 de fevereiro de 2012, pela empresa vencedora do


certame - CAB CUIABÁ S/A e pelo Poder Concedente - Município de Cuiabá, com a interveniência
e anuência da Agência Reguladora de Cuiabá - AMAES/Cuiabá, tendo como objeto a prestação,
pela concessionária, dos serviços públicos de água e esgoto, em caráter de exclusividade, aos
usuários que se localizam na área de concessão.

O prazo da concessão fixado na Cláusula 9º do Contrato de Concessão foi de 30 (trinta) anos,


contados da data de recebimento da ordem de serviços pela concessionária, a ser emitida pelo
concedente no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias contados da data de assinatura do contrato,
podendo ocorrer a prorrogação (cláusula 10) por igual período, a critério exclusivo do concedente,
para assegurar a continuidade e qualidade dos serviços públicos de água e esgoto e com base nos
relatórios técnicos sobre a regularidade e qualidade dos serviços prestados pela concessionária.

Conforme previsto no artigo 23 da Lei Federal nº 8.987/1995 (dispõe sobre o regime de concessão
e permissão da prestação de serviços públicos), são cláusulas essenciais do contrato de
concessão as relativas ao objeto, à área e ao prazo da concessão; ao modo, forma e condições
de prestação do serviço; aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade
do serviço; ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das
tarifas; aos direitos, garantias e obrigações do Poder Concedente e da concessionária, inclusive os
relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão do serviço e consequente
modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações; aos direitos e
deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço; à forma de fiscalização das instalações,
dos equipamentos, dos métodos e práticas de execução do serviço, bem como a indicação dos
órgãos competentes para exercê-la; às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a
concessionária e sua forma de aplicação; aos casos de extinção da concessão; aos bens
reversíveis; aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à
concessionária, quando for o caso; às condições para prorrogação do contrato; à obrigatoriedade,
forma e periodicidade da prestação de contas da concessionária ao poder concedente; à exigência
da publicação de demonstrações financeiras periódicas da concessionária; e ao foro e ao modo
amigável de solução das divergências contratuais.

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Após análise do contrato de concessão constatou-se que restou cumprido a exigência contida no
artigo 23 da Lei Federal nº 8.987/1995 pelo poder concedente, visto que, consta do contrato de
concessão TODAS as cláusulas essenciais previstas nos incisos I a XV do referido artigo 23, tendo
o Executivo Municipal adequado os termos do Contrato a exigência legal.

À época, já vigorava a Lei nº 11.445/2007 que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento
básico, e que, em seu artigo 9º, determina ao titular dos serviços o dever de formular a respectiva
política pública de saneamento básico; elaborar os planos de saneamento básico; definir o ente
responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos de sua atuação; adotar
parâmetros para a garantia do atendimento essencial à saúde pública; fixar os direitos e os deveres
dos usuários; estabelecer mecanismos de controle social e o sistema de informações sobre os
serviços e intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da entidade
reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos documentos contratuais.

Referida Lei Federal, em seu artigo 11, condiciona a validade dos contratos, que tenham por
objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico, “a existência de plano de
saneamento básico; a existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-
financeira da prestação universal e integral dos serviços, nos termos do respectivo plano de
saneamento básico; a existência de normas de regulação que prevejam os meios para o
cumprimento das diretrizes da lei em comento, observadas as exigências previstas no § 2º do
referido artigo, incluindo ainda, a designação da entidade de regulação e de fiscalização, e por fim,
a realização prévia de audiência e de consulta públicas sobre o edital de licitação, no caso de
concessão, e sobre a minuta do contrato”.

O Decreto nº 7.217/2010, que regulamenta a Lei nº 11.445/2007, em seu artigo 40, determina que
são cláusulas necessárias dos contratos para prestação de serviço de saneamento básico, além
das indispensáveis para atender ao disposto na Lei nº 11.445/2007, as previstas no artigo 55 da Lei
nº 8.666/1993.

Após análise do contrato de concessão verificou-se que TODAS as cláusulas necessárias e


especificadas no artigo 55 da Lei nº 8.666/1993 estão previstas no Contrato de Concessão, tendo
o Poder Concedente cumprido fielmente o disposto na Lei de Licitações.

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10.5 Primeiro Termo Aditivo

O Primeiro Termo Aditivo ao Contrato de Concessão para Prestação de Serviços Públicos de


Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário foi firmado em 13 de agosto de 2012 e teve como
objeto a exclusão do sub-item 25.4, que dispõe sobre a cobrança de ativos, da Cláusula 25 do
Contrato, a saber:

25.4. A CONCESSIONÁRIA se responsabiliza pela cobrança dos recebíveis da


SANECAP, decorrentes de faturas de serviços emitidas pela SANECAP até a
ORDEM DE SERVIÇO e não pagas pelos USUÁRIOS, pelo prazo de 24 (vinte e
quatro) meses contados a partir da data da ORDEM DE SERVIÇO.

Precedeu o Primeiro Termo Aditivo o Processo Administrativo nº PG828120-2/2012, que restou


respaldado no Parecer PGM nº 515/2012.

O Extrato do Primeiro Termo Aditivo foi publicado no Diário Oficial nº 25.884, pág. 52, que circulou
na segunda feira, dia 10 de setembro de 2012, dando publicidade ao ato jurídico.

O Primeiro Termo Aditivo não merece reparos, nem maiores considerações por não alterar a
prestação dos serviços e as demais cláusulas do contrato de concessão, que restaram ratificadas
na Cláusula Terceira do Primeiro Termo Aditivo.

Contudo, vale ressaltar que referido aditivo teve origem após uma composição amigável formalizada
através da Ata da Reunião realizada em 13/06/2012, onde estiveram presentes representantes do
município de Cuiabá, da Companhia de Saneamento da Capital – SANECAP e da Companhia de
Águas do Brasil – CAB Cuiabá.

A exclusão do item 25.4 do Contrato de Concessão ocorreu em razão de campanha de conciliação


realizada pela SANECAP e o Poder Judiciário Estadual, objetivando o recebimentos dos ativos
mencionados no item 25.4, com oferta de benefícios de parcelamento e descontos sobre os juros e
multa aos usuários inadimplentes, o que, por força do Contrato de Concessão não seria possível
de serem concedidos pela CAB – Cuiabá quando do cumprimento do item 25.4 do Contrato por
ausência de previsão legal.

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Por conseguinte, as partes resolveram excluir a obrigação da CAB – Cuiabá de cobrar os ativos
mencionados no item 25.4 do Contrato de Concessão.

10.6 Da Intervenção

Através do Decreto nº 6.009 de 02 de maio de 2016, o Prefeito Municipal de Cuiabá, decreta a


intervenção na Concessionária CAB CUIABÁ S/A, após recomendação da Agência Municipal de
Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá – ARSEC, formalizada através da
Deliberação nº 5, de 29 de abril de 2016.

A justificativa da ARSEC consistiu em assegurar a continuidade e adequação dos serviços de


fornecimento de água e esgotamento sanitário, garantir o cumprimento das obrigações legais,
contratuais e regulamentares e, também, obter as informações sonegadas pela Concessionária
concernentes aos contratos e pagamentos realizados, sobretudo, às partes relacionadas.

A intervenção foi fundamentada nos artigos 32 a 34 da Lei nº 8.987/95 e no artigo 41, inciso IV da
Lei Orgânica do Município de Cuiabá, e embasada também, no relatório da Comissão Especial de
Auditoria, que apontou indícios de gestão temerária na administração dos recursos da concessão,
sobretudo pela intensa contratação de partes relacionadas.

Foi decisivo para a intervenção pelo Poder Concedente, o risco de continuidade da prestação dos
serviços; o não cumprimento pela concessionária das metas contratuais de produção e de
distribuição; a perda da capacidade de investimento da concessionária em razão da depreciação
dos índices financeiros da companhia e em decorrência da recuperação judicial do seu controlador;
a inadequação do serviços de tratamento de água evidenciado pelo não atendimento de índice de
qualidade prevista no contrato de concessão; o descumprimento de várias metas contratuais, que
resultaram em diversas notificações e autos de infrações, ensejando a aplicação de multas; a
urgência de adoção de medidas concretas para evitar desabastecimento e garantir a melhora
progressiva dos indicadores de qualidade da água; a existência de indícios de fraudes em contratos
firmados pela CAB CUIABÁ com fornecedores, além de outros motivos justos para instauração de
processo de intervenção.

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O Decreto de Intervenção limitou o prazo da intervenção em 180 dias, prorrogáveis, mediante ato
fundamentado, por igual prazo, cabendo ao Poder Concedente assegurar a continuidade do serviço
de abastecimento de água mediante a apresentação de plano emergencial para implantação de
Estação de Tratamento de Água, reservatórios e adutoras, para melhorar progressivamente os
indicadores de reservação e de qualidade da água, além de realizar auditoria na concessionária
para apurar, em todos os contratos e pagamentos feitos, se as tarifas e os recursos arrecadados
estavam sendo corretamente empregados nos fins da concessão.

Ainda, no Decreto de Intervenção, o Poder Concedente determinou por força do disposto no caput
do artigo 33 da Lei nº 8.987/1995, a instauração de processo administrativo destinado à
comprovação das causas determinantes da intervenção, bem como para à apuração de
responsabilidades, assegurando-se aos acionistas da concessionária o direito ao contraditório e à
ampla defesa, devendo referido processo ser concluído no prazo da intervenção, conforme previsto
no § 2º do art. 33 da referida Lei de Concessões.

Em 3 de maio de 2016, foi sancionada a Lei Municipal nº 6.058, que autoriza a intervenção pelo
Poder Concedente na CAB CUIABÁ S/A, nos termos da cláusula 37.2 do contrato de concessão,
reprisando todos os termos do Decreto de Intervenção, referendando o ato de intervenção através
de Lei Municipal.

Os efeitos do Decreto de Intervenção ficaram suspensos até a efetiva publicação de lei autorizativa
pela Câmara Municipal de Vereadores, em cumprimento a Cláusula 37.2 do Contrato de
Concessão, o que ocorreu em 03 de maio de 2016, com a sanção da Lei Municipal nº 6.058, que
autoriza a intervenção pelo poder concedente na CAB CUIABÁ S/A, nos termos da cláusula 37.2
do contrato de concessão, reprisando todos os termos do Decreto de Intervenção, referendando o
ato de intervenção através de Lei Municipal.

Apesar do Contrato de Concessão condicionar a decretação de intervenção pelo Poder Concedente


a prévia autorização legislativa, o texto legal previsto no parágrafo único do artigo 32 da Lei
8.987/1995, dispõe que: a intervenção far-se-á por decreto do Poder Concedente, que conterá a
designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida, ou seja, não
condiciona o Poder Concedente a obter autorização legislativa para a decretação da intervenção.

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Assim, pode-se afirmar que, tanto o Decreto de Intervenção como a Lei Municipal nº 6.058/2016,
observaram os preceitos previstos nos artigos 32 a 34 da Lei Federal nº 8.987/95, o que, s.m.j.,
valida o procedimento de intervenção intentado pelo Poder Concedente, desde que, devidamente
realizada a apuração das causas determinantes da medida, no prazo legal previsto, observado o
direito de ampla defesa e do contraditório através da instauração de Processo Administrativo
específico, sob pena da declaração de nulidade do ato de intervir.

O processo de intervenção foi acompanhado pelo Ministério Público do Estado, que instaurou
inquérito civil para averiguar supostas irregularidades que vinham sendo denunciadas relativas a
prestação dos serviços públicos de água e esgoto, resultando na confecção de um Termo de
Ajustamento de Conduta, como veremos a seguir:

“TAC firmado em 28/11/2016 – Referente ao procedimento SIMP 000617-


002/2014, instaurado em decorrência de reclamação de moradores do bairro Santa
Isabel contra suposto despejo de esgoto, sem tratamento, em córregos da região;
ausência de rede coletiva de esgotamento sanitário, segundo a Associação dos
Moradores do Jardim Santa Isabel; Compromisso da universalização do
fornecimento de água em três anos e o tratamento de esgoto até o ano de 2022;
Supostas irregularidades apresentadas pelo Sinduscon/MT na prestação de
serviços de saneamento básico pela Concessionária, além de outras situações que
foram levadas ao conhecimento da 17ª Promotoria de Justiça de Defesa Ambiental
e da Ordem Urbanística de Cuiabá.”

O Termo de Ajustamento de Conduta firmado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso,
pela empresa CAB CUIABÁ S/A, COMPANHIA DE ÁGUAS DO BRASIL – CAB AMBIENTAL,
município de Cuiabá e na condição de interveniente/anuente a PCT PARTICIPAÇÕES LTDA e a
Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá/MT – ARSEC,
precede o Segundo Termo Aditivo ao Contrato de Concessão e contém condições e
compromissos firmados de relevância para a Elaboração/Revisão do Plano de Saneamento Básico
de Cuiabá, uma vez que, integra seu conteúdo, um cronograma para execução dos serviços de
água e esgoto, o qual, levou em consideração os procedimentos investigatórios que tramitaram no
Ministério Público, bem como, estudos para a revisão do PMSB, onde contém princípios
norteadores para a sua elaboração, diante à constatação que o plano atual instituído pelo Decreto
Municipal nº 5.066 de 9 de setembro de 2011, possui diversas deficiências técnicas a serem
sanadas.

O Ministério Público Estadual afirma que o TAC contempla alguns objetivos a serem perseguidos
na tentativa de regularizar os serviços de água e esgoto em Cuiabá, em face das provas coligidas
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em inquérito civil, que demonstraram prejuízos à cidade de Cuiabá e aos seus habitantes, em
razão da flagrante omissão da empresa que administrou a concessionária na execução de
determinados serviços.

A Promotoria Pública fez referência no TAC à audiência havida com o Chefe do Poder Executivo,
onde o prefeito municipal afirmou que representantes de algumas instituições financeiras credoras
da CAB CUIABÁ e da CAB AMBIENTAL, manifestaram a intenção de assumir o controle acionário
da companhia controladora da Concessionária CAB CUIABÁ, assumindo o compromisso de garantir
os investimentos necessários para o cumprimento das metas, até então, descumpridas.

Após análise dos termos do TAC, conclui-se que é imprescindível para a elaboração do novo PMSB,
observar todos os compromissos firmados, isto porque, além de conter diversos ajustes que devem
ser inseridos no PMSB, referido instrumento acolheu a possibilidade de continuidade do contrato
de concessão com novos investidores, assegurando o cumprimento de metas de expansão do
serviço de abastecimento de água e esgotamento sanitário, e, com isso, contribuir decisivamente
na solução administrativa e consensual de problemas no saneamento, situações estas que devem
ser contempladas no novo Plano Municipal de Saneamento Básico.

Segundo narrativa, a tomada de decisão de se firmar o TAC levou em consideração, o interesse


público consubstanciado na execução de plano emergencial de investimentos na ordem de 200
milhões de reais, como também na previsão de investimentos na expansão dos serviços de
abastecimento de água e esgotamento sanitário para os próximos sete anos, em valores de até 1
bilhão de reais.

Efetivamente, o poder concedente contemplou na Cláusula 3º do Segundo Termo Aditivo as


exigências ajustadas no TAC.

Em cautela, o MP também exigiu, a prestação de garantia idônea quanto a realização destes


investimentos e também a garantia de constar no termo aditivo, que o grupo Galvão não retornará
ao controle acionário da CAB AMBIENTAL, o que, de fato foi observado no aditivo, conforme
redação da Cláusula 8ª.

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Referente a prestação de garantia idônea exigida pelo MP, o Poder Concedente, quando do
Segundo Termo Aditivo fez constar na Cláusula 5ª as alterações e exigências neste sentido,
contemplando os termos ajustados no TAC.

Portanto, faz-se necessário observar quando da elaboração do PMSB, todas as obrigações


vinculantes inseridas no TAC, exigidas pelo MP ao Município de Cuiabá e a Concessionária CAB
- Cuiabá, principalmente, por serem exigências relevantes que estabelecem novas metas e planos
de investimentos.

Constam como Anexos do TAC, o Programa Emergencial de Retomada dos Investimentos; o Plano
Emergencial – Execução e as Premissas Gerais do Plano Emergencial.

10.7 Segundo Termo Aditivo

O Segundo Termo Aditivo ao Contrato de Concessão para Prestação de Serviços Públicos de


Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário foi firmado em 29 de novembro de 2016, pelo
Município de Cuiabá e a concessionária de Serviços Públicos de Água e Esgoto – CAB Cuiabá e
teve como participantes na condição de intervenientes-anuentes a Agência Municipal de Regulação
de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá/MT – ARSEC, denominada AGÊNCIA REGULADORA,
a COMPANHIA DE ÁGUAS DO BRASIL – CAB AMBIENTAL e a PCT PARTICIPAÇÕES LTDA.

O objeto do Segundo Termo Aditivo está descrito na Cláusula Segunda e consiste no seguinte:

“2.1. O objeto do presente ADITIVO é possibilitar que a CONCESSIONÁRIA


reassuma a execução do CONTRATO, a partir do cumprimento das condições
suspensivas previstas no item 3 do ACORDO DE INVESTIMENTOS, da celebração
de todos os atos necessários ao FECHAMENTO estabelecido no item 5 do mesmo
ACORDO DE INVESTIMENTOS e da apresentação, concomitantemente à
RETOMADA, de declaração dos novos controladores da CONCESSIONÁRIA
convalidando todos os atos legalmente praticados pelo interventor e pelo
CONCEDENTE durante o período da INTERVENÇÃO entre a data da assinatura
deste aditivo e a data da RETOMADA, assim como do cumprimento das exigências
determinadas pelo CONCEDENTE neste Aditivo.”

Restou acordado no Segundo Termo Aditivo, no sub-item 2.1.1 que:

“A CONCESSIONÁRIA executará plano de investimentos emergenciais,


consubstanciado no conjunto de intervenções e de investimentos a serem
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realizados na CONCESSÃO nos próximos meses, em caráter emergencial (“PLANO
DE INVESTIMENTOS EMERGENCIAIS”), conforme detalhado na Cláusula 3ª e no
Anexo I.”

As partes também acordaram que:

“2.2, A partir da assinatura desse ADITIVO, o CONCEDENTE manterá em vigor a


INTERVENÇÃO até o cumprimento de todas as demais condições (com exceção
da extinção da INTERVENÇÃO) previstas para o FECHAMENTO da operação.

2.2.1. O CONCEDENTE será comunicado pela CAB AMBIENTAL, controladora da


CONCESSIONÁRIA, quando todas as condições para o FECHAMENTO estiverem
realizadas.

2.2.2. O CONCEDENTE se obriga a editar ato (Decreto), no prazo de 5 dias úteis


da comunicação mencionada no item 2.2.1, determinando que a extinção da
INTERVENÇÃO fica condicionada à comprovação, pela CONCESSIONÁRIA, do
efetivo FECHAMENTO da operação a que alude o ACORDO DE INVESTIMENTOS.

2.2.2.1. Feita a comprovação do FECHAMENTO da operação prevista no ACORDO


DE INVESTIMENTOS, os novos controladores da CONCESSIONÁRIA retomarão a
gestão do CONTRATO e da CONCESSÃO (“RETOMADA”) em até 05 (cinco) dias
úteis.

2.2.3. O FECHAMENTO da operação relatada no ACORDO DE INVESTIMENTOS,


que permitirá a RETOMADA do CONTRATO por novo controlador, deverá ocorrer
no prazo previsto no item 3.4 do ACORDO DE INVESTIMENTOS, que é de 06 (seis)
meses contados a partir de 17/11/2016, podendo ser prorrogado por, no máximo,
90 (noventa) dias, desde que tal prorrogação seja fundamentada em causa de
atraso não atribuível às partes.”

Por fim, condicionaram as partes no item 2.3. que:

“Esvaído o prazo mencionado no item 2.2.3 e não ocorrido o FECHAMENTO, a


CONCESSIONÁRIA reconhece, de forma irretratável, a causa de CADUCIDADE
prevista no item “c” da cláusula 41.2 do CONTRATO, consistente na ausência de
capacidade financeira para cumprimento das metas contratuais, renuncia ao direito
de impugnar em processo administrativo este evento contratual e aquiesce com a
decretação, pelo Chefe do Poder Executivo, da CADUCIDADE, em até 05 (cinco)
dias após o não FECHAMENTO da operação prevista no ACORDO DE
INVESTIMENTOS.

2.3.1. Na hipótese do item 2.3, o Chefe do Poder Executivo, como representante do


CONCEDENTE, deverá editar DECRETO declarando a CADUCIDADE.”

Os investimentos emergenciais e a reprogramação das metas contratuais restaram previstas na


Cláusula 3º do Segundo Termo Aditivo.
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Uma nova garantia de execução contratual restou prevista no Segundo Termo Aditivo em
substituição aquela prevista na Cláusula 30 do contrato original.

Já na Cláusula 7ª o poder concedente se acautelou e obteve a renúncia, de forma definitiva e


irrevogável, do direito da concessionária de questionar, nas esferas arbitral e judicial, as decisões
da Agência Reguladora e do poder concedente, anteriores ao segundo termo aditivo que indeferiram
pleitos de reequilíbrio econômico-financeiro, inclusive os decorrentes de eventuais diferenças
derivadas de reajustes, que foram apresentados pela concessionária; ao direito de pleitear a
anulação de multas administrativas já aplicadas pela agência reguladora que se encontrem
judicializadas ou submetidas ao juízo arbitral; e ao direito de questionar a legalidade da intervenção
decretada pelo poder concedente, renunciando, inclusive, ao direito de reclamar quaisquer
prejuízos decorrentes da intervenção determinada pelo concedente ou de atos do interventor.

Referente a alteração do controle da concessionária, autorizado na Cláusula 8ª do Segundo Termo


Aditivo é plenamente possível por força do disposto no artigo 27 da Lei de Concessões, observadas
as condições previstas em seus parágrafos.

As demais alterações do Contrato de Concessão original estão relacionadas a revisão ordinária


para reajuste tarifário anual.

Após a assinatura do Segundo Termo Aditivo, o Ministério Público da Comarca finalizou o inquérito
civil nº 00484-097/2013, através de um Termo de Ajustamento de Conduta, firmado em 20/6/2017,
conforme segue:

“TAC firmado em 20/06/2017 – Referente ao Inquérito civil nº 00484-097/2013, em


face de reclamação que noticia irregularidade na estação de tratamento de esgoto,
localizada nas proximidades do Condomínio Florais, mantida pela CAB CUIABÁ.

Segundo consta do TAC, a reclamação se restringe a exalação de odor advindo da estação de


tratamento de esgoto, o que estaria causando transtornos e mal estar à população local,
especialmente aos moradores do condomínio Florais Cuiabá.

Apurou a investigação do MP, a identificação de diversas inadequações praticadas, tanto na


estação de tratamento de esgoto como na disposição inadequada de resíduos sólidos pela empresa
Buffet Leila Maluf, diretamente no curso d´água, causando dano ambiental.
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Participaram do TAC, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso, através da 17ª Promotoria de
Justiça de Defesa da Ordem Urbanística e do Patrimônio Cultural de Cuiabá, a empresa Buffet Leila
Maluf e a empresa CAB Cuiabá S/A, que após audiência realizada no dia 9 de maio de 2017,
firmaram o TAC prevendo algumas condicionantes a serem cumpridas pela concessionária,
especificamente direcionadas ao local em questão, e que não são relevantes a ponto de
influenciarem na elaboração do PMSB.

Também finalizou outro inquérito civil, de fatos ocorridos em outubro de 2013, com a assinatura do
Termo de Ajustamento de Conduta nº 11/2017, como segue:

“TAC n. 11/2017 – Referente a desativação injustificada do call center pela CAB


CUIABÁ SA, que gerou descontentamento da população e denúncia encaminhada
ao Ministério Público Estadual.”

Segundo consta do documento apresentado, “nos dias 26 e 27 de outubro de 2013, ocorreu um


colapso no abastecimento de água na capital em razão do rompimento de tubulações da ETA São
Sebastião, o que afetou aproximadamente 80 bairros e 200 mil usuários da cidade”.

A reclamação dos usuários, que restou confirmada pela analista jurídico da 6ª promotoria civil e
constatado pela Superintendência Estadual do PROCON, consistiu na desativação do call center
da concessionária, impedindo o registro das reclamações dos consumidores, o que ensejou a
abertura de inquérito civil pelo MP, que desencadeou em uma proposta de acordo pela sucessora
da CAB na exploração dos serviços de água e esgoto – a empresa Águas de Cuiabá SA, no sentido
de efetuar o pagamento de uma compensação coletiva no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil
reais).

Em razão da composição, o inquérito civil foi arquivado pelo Ministério Público e o TAC em questão
foi registrado como procedimento administrativo de fiscalização.

Considerando que se trata de Termo de Ajustamento de Conduta celebrado pelo Ministério Público
Estadual e a concessionária Águas de Cuiabá SA, que não altera as cláusulas contratuais previstas
no Contrato de Concessão e seus aditivos, nem foi causa de procedimento para a rescisão de
contrato, entende-se que, para fins de elaboração do Plano de Saneamento deve-se observar, a
partir de então, as normas editadas pela entidade reguladora, referentes a prestação de serviços,
em especial, aquelas que definem padrões de atendimento ao público e mecanismos de
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participação e informação, conforme exigência contida no inciso X do artigo 23 da Lei nº
11.445/2007.

Vale ressaltar que o artigo 27 da Lei nº 11.445/2007, assegura aos usuários de serviços públicos
de saneamento básico, o acesso ao manual de prestação do serviço e de atendimento aos usuários,
elaborado pelo prestador e aprovado pela respectiva entidade de regulação.

10.8 Análise das Ações Judiciais

A análise das ações judiciais em tramite, por ora, é superficial, devido a impossibilidade de extrair
maiores informações quanto ao objeto de cada uma destas ações intentadas contra a
concessionária de serviços público, principalmente, em razão do grande volume e da dificuldade de
acesso as iniciais e consequentemente ao pedido e causa de pedir propriamente dita.

Segundo consta do relatório apresentado para fins de avaliação, referente as ações judiciais, há
aproximadamente 8.000 (oito mil) ações em tramite na Comarca de Cuiabá, Estado do Mato Grosso,
envolvendo usuários do sistema e terceiros e a Companhia de Águas do Brasil – CAB Cuiabá,
distribuídas nas diversas Varas Cíveis e nos diversos Juizados Especiais Cíveis daquela Comarca.

Grande parte das ações em tramite tem pedidos indenizatórios de valores que em sua maioria,
ultrapassa os 10 salários mínimos. Consta ainda, que tais ações estão sob a responsabilidade e
cuidados de apenas um único escritório de advocacia - Cardoso e Cardoso Advogados e que foram
intentadas a partir do ano de 2012.

Para fins de elaboração da revisão do PMSB (prognóstico), faz-se necessário verificar junto ao
referido escritório de advocacia qual a causa predominante destas ações, que induziu e/ou motivou
grande número de usuários a buscarem a tutela judicial, visando a condenação da concessionária
de serviço público ao pagamento de indenização, justamente para fins de sanar tais deficiências
exigindo da concessionária as devidas providências.

Por ora, o relatório de ações apresentado tem utilidade limitada, pois, tão somente, demonstra a
quantidade de usuários insatisfeitos que pretendem ser indenizados e o valor pleiteado e a

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localização destas ações, que de nada servem para sanar as deficiências do sistema, supostamente
existentes.

10.9 Plano de Saneamento - Revisão

A Lei nº 11.445/2007, em seu artigo 19, inserido no Capítulo IV, que trata do Planejamento,
determina que a prestação de serviços públicos de saneamento básico, obrigatoriamente, devem
observar plano, elaborado pelo titular, o qual, abrangerá no mínimo o seguinte:

“I - diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando


sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos
e apontando as causas das deficiências detectadas; II - objetivos e metas de curto,
médio e longo prazos para a universalização, admitidas soluções graduais e
progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais; III -
programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de
modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos
governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento; IV -
ações para emergências e contingências; V - mecanismos e procedimentos para a
avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas.”

Em 2010, com a regulamentação da Lei nº 11.445/2007, através do Decreto nº 7.217, o legislador


repetiu no artigo 25, o mesmo texto do artigo 19 da mencionada Lei Federal, contudo, fez questão
de acrescentar no § 8º, que dá conta da necessidade da preservação do equilíbrio econômico-
financeiro dos contratos para eficácia de plano elaborados posteriores a contratação, vejamos:

“§ 8o No caso de serviços prestados mediante contrato, as disposições de plano de


saneamento básico, de eventual plano específico de serviço ou de suas revisões,
quando posteriores à contratação, somente serão eficazes em relação ao prestador
mediante a preservação do equilíbrio econômico-financeiro.”

Conforme redação do § 8º do artigo 25 do referido Decreto regulamentador, é indispensável para


eficácia do Plano de Saneamento, que seja preservado o equilíbrio econômico-financeiro do
contrato de prestação de serviços.

Portanto, qualquer inovação inserida no Plano de Saneamento Básico que importe em desequilíbrio
econômico-financeiro do contrato de prestação de serviços, necessariamente, obriga o titular do
serviço público, neste caso em análise, o Poder Concedente – município de Cuiabá, a revisar os
termos do contrato de concessão, para que, através de termo aditivo contratual, possa reequilibrá-
lo.
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Desta forma, o poder concedente – município de Cuiabá, que é o titular do serviço público, deve
se manter atento, principalmente, neste momento de elaboração do novo plano de saneamento, e,
com isso, verificar se todas as metas e exigências de investimentos previstos no Segundo Termo
Aditivo, recentemente firmado com a CAB - Cuiabá, ainda pendentes de realização, sejam inseridas
na nova proposta de plano, como também, aquelas pactuadas e já adimplidas pela concessionária,
não sejam novamente exigidas, o que causaria confusão e desacertos.

Vale lembrar, que os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com o disposto nos
planos de bacias hidrográficas e quando de sua elaboração e revisão deverão garantir a ampla
participação das comunidades, dos movimentos e das entidades da sociedade civil, conforme
previsto no § 11 do artigo 25 e caput do artigo 26, ambos do Decreto nº 7.217/2010,
respectivamente.

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11. Licenciamento Ambiental

Existe a necessidade de licenciamento ambiental para as diversas atividades que interferem nos
recursos naturais, entre elas a implantação e operação dos sistemas de abastecimento de água e
esgotamento sanitário. As licenças ambientais são diferenciadas por fases distintas, a saber:
Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO). As licenças
concedidas, restrições a serem atendidas, prazo de validade, e estão sujeitas à fiscalização pelos
órgãos ambientais.

A Concessionária possui licenças de operação para algumas ETAs e ETEs, incluindo seus
respectivos sistemas. O órgão emissor do licenciamento ambiental em Cuiabá é a Secretaria de
Estado de Meio Ambiente – SEMA. As informações sobre as Licenças de Operação (LOs)
fornecidas estão apresentadas na Tabela 11.1.

Tabela 11.1
Licenças de operação do sistema de água
Licença de Operação
Unidade
Nº Validade
ETA Aguaçu 30681/2013 19/06/2016
ETA Central 306610/2013 22/05/2016
ETA Coophema 307718/2013 30/11/2014
ETA Coxipó do Ouro 306813/2013 19/06/2016
ETA Nossa Senhora da Guia 313808/2016 24/11/2019
ETA Porto 306606/2013 21/05/2016
ETA Parque Cuiabá 312776/2016 05/05/2019
ETA Ribeirão do Lipa 314576/2017 04/04/2020
ETA Sucuri 306801/2013 18/06/2016
ETA Tijucal 309597/2014 06/07/2017

Percebe-se, através da análise da Tabela 11.1, que várias licenças estão vencidas. Foram
fornecidas também pela concessionária as pendências elencadas pela SEMA referentes às licenças
de operação (vigentes ou vencidas), cabendo destaque aos pedidos do órgão licenciador para que
a concessionária defina a destinação final adequada do lodo proveniente da lavagem de
decantadores e filtros.

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Também foram fornecidas pela concessionária as informações sobre as licenças de operação do
sistema de esgotamento sanitário, conforme Tabela 11.2, onde pode-se perceber que todas estão
vencidas, sendo que segundo a concessionária já existe processo de renovação.

Tabela 11.2
Licenças de operação do sistema de esgoto
Licença de Operação
Unidade
Nº Validade
ETE Ginco Florais 303482/2011 23/11/2014
ETE Ribeirão Baú 302907/2011 11/09/2014
ETE Dom Aquino 301678/2011 16/02/2014
ETE Tijucal 304822/2012 13/07/2015
ETE Morada do Ouro 303190/2011 13/10/2014

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12. Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos

A outorga de direito de uso dos recursos hídricos representa um instrumento, através do qual o
Poder Público autoriza, concede ou ainda permite ao usuário fazer o uso deste bem público. É
através deste ato que o Estado exerce, efetivamente, o domínio das águas preconizado pela
Constituição Federal, regulando o compartilhamento entre os diversos usuários.

As captações de água e os lançamentos em corpo de água de efluente de esgoto são usos de


recursos hídricos que necessitam de outorga para entrar em operação.

Em Cuiabá, a autorização para o uso dos recursos hídricos de domínio estadual compete à
Secretaria de Estado de Meio Ambiente - SEMA. Já para os de domínio federal compete à ANA.

Esse instrumento permite a informação e controle dos usuários de recursos hídricos (através da
outorga, é possível o conhecimento de todos os usuários de recursos hídricos de determinado curso
d’água, ou bacia hidrográfica, tornando possível o gerenciamento deste, assim como estabelecer
prioridades, determinar limites, identificar conflitos, entre outros) e também investimentos e ações
na Bacia Hidrográfica através da cobrança pelo uso da água.

Foram fornecidas pela concessionária as informações sobre as outorgas do sistema de


abastecimento de água, conforme Tabela 12.1.

Existem outorgas concedidas pela ANA para captação no rio Cuiabá. No entanto não foram
fornecidos os seus detalhes e, dessa forma, não estão contempladas na Tabela 12.1.

Tabela 12.1
Outorgas vigentes para o sistema de abastecimento de água
Vazão Máxima Horas por Dia
Unidade Manancial de Captação Autorizadas Validade
(l/s) para Captação
ETA Aguaçu Rio Coxipó Açu 6,6 12 17/02/2042
ETA Coxipó do Ouro Rio Coxipó 5 10 17/02/2042
ETA Tijucal Rio Coxipó 1177 24 17/02/2042
ETA N. Senhora da Guia Rio Coxipó Açu 18 12 17/02/2042

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Também foram fornecidas pela concessionária as informações sobre as outorgas do sistema de
esgotamento sanitário, conforme Tabela 12.2.

Existem outorgas concedidas pela ANA para lançamento de efluentes no rio Cuiabá. No entanto
não foram fornecidos os seus detalhes e, dessa forma, não estão contempladas na Tabela 12.2.

Tabela 12.2
Outorgas vigentes para o sistema de esgotamento sanitário
Vazão Horas / dia Conc.
Máxima de Autorizadas Máxima
Unidade Manancial Validade
Lançamento para de DBO
(l/s) Captação 5,20 (mg/l)
Córrego Ana
ETE Dom Aquino 278 24 02/04/2042 69
Poupina
SES Jardim Vitória B Ribeirão do Lipa 1,4 24 31/03/2020 120
SES Jardim Vitória A Ribeirão do Lipa 1,4 24 31/03/2020 120
ETE Ribeirão do Baú Ribeirão do Lipa 3 24 31/03/2020 120
ETE Florais Ribeirão do Lipa 30 24 31/03/2020 65
SES San Josepht Ribeirão do Lipa 2,5 24 31/03/2020 120
SES Vila Borghese Ribeirão do Lipa 0,6 24 31/03/2020 120
ETE Vila Real Ribeirão do Lipa 20,3 24 31/03/2020 120
SES Res. Malibu Ribeirão do Lipa 2,5 24 31/03/2020 120
SES Reserva do Parque Ribeirão do Lipa 0,7 24 31/03/2020 120
SES Jd Viverdi 1 Ribeirão do Lipa 0,2 24 31/03/2020 120
SES Jd Viverdi 2 Ribeirão do Lipa 0,2 24 31/03/2020 120
SES Tropical Ville Ribeirão do Lipa 0,4 24 31/03/2020 120
SES Vilas Boas Ribeirão do Lipa 0,8 24 31/03/2020 120
SES Res. Japuíra Ribeirão do Lipa 2,5 24 31/03/2020 120
SES Cond. Santa Rosa Ribeirão do Lipa 0,5 24 31/03/2020 120
SES Jd. Antartica Ribeirão do Lipa 2 24 31/03/2020 120
Córrego Três
ETE Buritis 16 24 13/05/2020 90
Barras
Córrego Três
SES Jd. Aroeira 5 24 14/05/2020 120
Barras
Córrego Três
SES Jd. Umuarama 3,6 24 15/05/2020 120
Barras
Córrego Três
ETE Ilza Piccoli 11 24 16/05/2020 120
Barras
Córrego Três
ETE Nova Canaã 13 24 17/05/2020 120
Barras
Córrego Três
SES Novo Horizonte 2 5 24 18/05/2020 120
Barras
Córrego Três
SES Novo Horizonte 1 5 24 19/05/2020 120
Barras
Córrego Três
SES Novo Horizonte 3 5 24 20/05/2020 120
Barras
ETE Lagoa Encantada Córrego do Caju 104 24 21/05/2020 120
ETE Morada do Ouro Córrego Gumitá 25,4 24 22/05/2020 110
ETE São Carlos Córrego do Moinho 40 24 23/05/2020 90
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Vazão Horas / dia Conc.
Máxima de Autorizadas Máxima
Unidade Manancial Validade
Lançamento para de DBO
(l/s) Captação 5,20 (mg/l)
Córrego
SES Marechal Rondon 2,5 24 10/05/2020 120
Castelhano
SES Paschoal Moreira Córrego
2,5 24 11/05/2020 120
Cabral Castelhano
ETE Tijucal Córrego Embauval 227 24 12/05/2020 91
ETE Torres Rio Coxipó 5 24 13/05/2020 120
SES Acácia Rio Coxipó 2,5 24 14/05/2020 120
SES Topázio Rio Coxipó 2,5 24 15/05/2020 120
SES Sonho Meu Rio Aricazinho 2,7 24 16/05/2020 120
Córrego São
SES Morada do Faval 1,2 24 17/05/2020 120
Gonçalo
SES Jd. Universitário Córrego do Ururbu 47,7 24 10/09/2020 72
SES Res. Esperança Córrego Lavrinha 2 24 11/09/2020 120
SES Maria de Lourdes Córrego do Moinho 10,15 24 12/09/2020 120
SES Altos do São Gonçalo Córrego Lavrinha 2,5 24 13/09/2020 120
SES Res. Recanto Córrego do Moinho 1,35 24 14/09/2020 120
SES Entre Rios Córrego do Ururbu 2,5 24 15/09/2020 120
Córrego São
SES Res. Jd. Botânico 1,1 24 16/09/2020 120
Gonçalo
SES Imhoff Coophema Rio Coxipó 1,75 24 17/09/2020 120
Córrego São
SES Res. Sto. Antônio 1 1,61 24 18/09/2020 120
Gonçalo
Córrego São
SES Res. Sto. Antônio 2 2,71 24 19/09/2020 120
Gonçalo
Córrego São
SES Res. Ipê Amarelo 1,44 24 20/09/2020 120
Gonçalo
SES Res. Sávio Brandão Córrego Lavrinha 2,09 24 21/09/2020 120

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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INMET, Instituto Nacional de Meteorologia. Precipitação Cuiabá-MT. 2017b. Disponível em:


http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=tempo/graficos. Acesso em: 08 jan. 2018.

MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Planejamento (SEPLAN). Anuário Estatístico Mato


Grosso Energia Elétrica - 2011-2016. Disponível em:
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MATO GROSSO ECONÔMICO. Dados da Federação das Indústrias no Estado de Mato


Grosso (FIEMT) – Indústria da Construção. Disponível em:
http://www.matogrossoeconomico.com.br/blog-post/grande-cuiaba-tem-melhora-no-cenario-de-
producao-e-vendas-no-mercado-imobiliario/16930. Acesso em: 08 jan. 2018.

PDDI, Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado. Diagnóstico Produto1b/Relatório1 Versão


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PETRONOTÍCIAS. Imagem da Usina Termelétrica de Cuiabá. 2017. Disponível em:
https://petronoticias.com.br/archives/50050. Acesso em: 08 jan. 2018.

PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Atlas do Desenvolvimento


Humano no Brasil – Cuiabá. 2013. Disponível em:
http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/cuiaba_mt. Acesso em: 29 dez. 2017.

PORTAL BRASIL. Mato Grosso. Indústria e Comércio no município de Cuiabá. Disponível em:
http://www.portalbrasil.net/estados_mt.htm. Acesso em: 12 jan. 2018.

QEdu. Escolas, Matrículas e Infraestrutura do município de Cuiabá. Censo Escolar/INEP


2016. Disponível em: http://www.qedu.org.br/cidade/91-cuiaba/censo-
escolar?year=2016&dependence=0&localization=0&education_stage=0&item=. Acesso em: 04
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Disponível em: http://www.snis.gov.br. Acesso em: Acesso em: 29 dez. 2017.

SNIS, Sistema Nacional de Informação Sobre Saneamento. Ministério das Cidades. Série
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http://www.tratabrasil.org.br/ranking-do-saneamento-das-100-maiores-cidades-2017. Acesso em:
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WIKIPÉDIA. Localização do município de Cuiabá no Mato Grosso e no Brasil. Disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Cuiab%C3%A1. Acesso em: 28 dez. 2017.

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Anexo Único – Registro das Reuniões

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Data da reunião: 20/12/2017
Local: UFMT
Participantes:
 UFMT (Eliana Rondon)
 ARSEC (Rosidelma Guimarães/Ildisnéia Dambros/Jéssica Bezerra)
 FGV (Luiz Carlos Paes de Barros)

Data da reunião: 21/12/2017


Local: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SMADES)
Participantes:
 SMADES (Secretário Juarez Samaniego)
 ARSEC (Rosidelma Guimarães/Ildisnéia Dambros/Jéssica Bezerra)
 FGV (Luiz Carlos Paes de Barros)

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Data da reunião: 21/12/2017
Local: Vigilância Sanitária de Cuiabá
Participantes:
 Vigilância Sanitária (Carolina Guimarães)
 ARSEC (Alexandre Bustamante/Rosidelma Guimarães/Ildisnéia Dambros/Jéssica Bezerra)
 FGV (Luiz Carlos Paes de Barros)

Data da reunião: 27/12/2017


Local: ARSEC
Participantes:
 SINDUSCON (Derli/Heitor/Rogério/Frederico/João/Francisco)
 ARSEC (Rosidelma Guimarães/Ildisnéia Dambros/Jéssica Bezerra/Jaqueline Barbosa)
 FGV (Luiz Carlos Paes de Barros)

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Data da reunião: 23/01/2018
Local: ARSEC
Participantes:
 Vigilância Sanitária (Carolina Guimarães)
 ARSEC (Alexandre Bustamante/Rosidelma Guimarães/Ildisnéia Dambros/Jéssica
Bezerra/Jaqueline Barbosa)
 FGV (Luiz Carlos Paes de Barros)

Data da reunião: 08/02/2018


Local: Concessionária Águas Cuiabá
Participantes:
 Águas (Marcelo Oliveira/Álissa/Danilo/Tauana/Vânia/Andrade)
 ARSEC (Rosidelma Guimarães/Jéssica Bezerra)
 FGV (Luiz Carlos Paes de Barros)

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Data da reunião: 08/02/2018
Local: ARSEC
Participantes:
 Engenheiro Sanitarista João Xavier
 ARSEC (Rosidelma Guimarães/Ildisnéia Dambros/Jéssica Bezerra)
 FGV (Luiz Carlos Paes de Barros)

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