Estatuto Servidores - Município Santa Bárbara

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ESTADO DE GOIÁS

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DE GOIÁS

LEI N° 324, DE 03 DE DEZEMBRO DE 1993

“Reformula o Estatuto dos funcionários


de Santa Bárbara de Goiás. E da outras
providencias”.

Art. 1°. Esta Lei reformula o regime dos funcionários do município de Santa
Bárbara de Goiás.
Art. 2°. Funcionário do Município de Santa Bárbara de Goiás é o servidor
legalmente investido em cargo de provimento efetivo ou em comissão, com
denominação e provimentos próprios.
1 – Os cargos de provimentos serão agrupados em quadros e obedecerão a
planos de classificação aqui estabelecidos de modo a assegurar a plena mobilidade e
progresso funcionais.
2 – A analise e a descrição de cada cargo será especificada na respectiva Lei de
criação ou de transformação.
3 – Da análise e a descrição de cada cargo de que trata o parágrafo anterior
constarão, dentre outros, os seguintes elementos:
a) Denominação;
b) Atribuições;
c) Responsabilidades;
d) Condições para provimento;
Art. 3°. Para efeito desta Lei, serão observadas as seguintes definições:
I – CARGO – é o posto de trabalho instituído na organização de funcionalismo,
Caracterizado por deveres e responsabilidade com estabelecimento de jornada de
trabalho prevista em Lei, com denominação própria, numero certo e remuneração pelos
cofres públicos.
II – FUNÇÃO – é a atribuição ou conjunto de especificações que devem ser
executados por funcionário na estrutura organizacional, fornecendo elementos para
caracterização, descrição, classificação e avaliação do cargo.
III – CLASSE – ao agrupamento de cargos de mesmo vencimentos e
responsabilidade, para os quais sejam exigidos os mesmos requisitos gerais de instrução
e experiência para provimento.
IV – SERIE – ao conjunto de classes do mesmo grau de profissional, disposto
hierarquicamente, de acordo com a complexidade, constituindo a linha natural de
promoção do funcionário.
V – CATEGORIA FUNCIONAL – é o conjunto de cargos não hierarquizados
segundo a estrutura organizacional, integrantes dos campos de atuação operacional
administrativo e manutenção do serviço público.
Art. 4°. São vedadas aos funcionários diferentes das de seu cargo, salvo, quando
designados para função especial e a participação em comissões ou grupos de trabalho
específicos, estritamente de interesse do município.
Paragrafo Único. Não se incluem nas proibições a que se refere este artigo o
desempenho de funções transitórias de natureza especial e a participação em comissões
ou grupos de trabalho, para elaboração de estudos ou projetos de interesse público.

TITULO II

DO CONCURSO, DO PROVIMENTO E DA VACANCIA.

CAPITULO I

DO CONCURSO

Art. 5°. O concurso público será de provas ou de provas e títulos e, em casos


especiais, poderá exigir aprovação em curso específico de formação profissional
mantido por instituição oficial, sem prejuízo de outros requisitos.
§ 1° A pessoa deficiente é assegurado o direito de candidatar-se ao ingresso, no
serviço público para o exercício de cargos e cujas atribuições não sejam incompatíveis
com a deficiência de quem é portadora.
§ 2° No caso de empate na classificação, para efeito de matricula no curso de
formação profissional ou nomeação, terá prioridade, sem prejuízo de outros critérios a
serem estabelecidos nas instruções do curso, o candidato que já for funcionário do
município.
Art. 6°. Os concursos para provimento de cargos na área administração direta do
poder Executivo serão realizados diretamente pela Secretaria da Administração ou sob a
sua supervisão e controle, cujo titular compete a decisão sob a respectiva homologação,
no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da realização do concurso.
Parágrafo Único. Para os efeitos do disposto neste artigo, incumbirá a
Secretaria da Administração:
I – publicar a relação de vagas;
II – elaborar os editais que deverão conter os critérios, os programas e demais
elementos indispensáveis;
III – publicar a relação dos candidatos concorrentes, cujas inscrições foram
deferidas ou indeferidas;
IV – decidir, em primeira instância, questões relativas às inscrições;
V – publicar a relação dos candidatos aprovados, obedecida a ordem de
classificação.
Art. 7°. São requisitos para inscrição em concurso, além de outros que as
respectivas instruções exigirem:
I – ser brasileiro;
II – estar em gozo dos direitos políticos;
III – estar em dia com as obrigações militares e eleitorais;
IV – idade mínima de 18 (dezoito);
V – ter nível de escolaridade ou habilitação legal para exercício do cargo.
Art. 8°. Não cumpridas às exigências de que trata o artigo anterior, a inscrição
será indeferida, cabendo dessa decisão recurso à autoridade competente ao Chefe do
Poder Executivo.
Art. 9°. A matricula nos curso de formação profissional ser disciplinada nas
instruções do concurso, atribuindo-se ao candidato matriculado uma bolsa de estudo
mensal em valor estipulado na instrução do concurso.
§ 1° Sendo funcionário público civil o candidato será colocado a disposição da
entidade incumbida de ministrar o curso, por simples ato do titular do órgão que estiver
lotado, facultando-se lhe optar pela bolsa que alude este artigo.
§ 2° Será desligado do curso o aluno que:
I – faltar mais de 25% (vinte e cinco por cento) das aulas ou deixar de frequentá-
las, sem motivo, por 8 (oito) dias consecutivos;
II – tiver má conduta;
III – praticar, nas provas ou exames, fraudes de qualquer natureza;
IV – obtiver média ponderada inferior a 5 (cinco) pontos por disciplina adotada a
escala de zero a dez, nos resultados finais dos diversos períodos que se dividam os
cursos.
§ 3° Não haverá segunda chamada e revisão de exame ou provas, nem abono de
faltas.
Art. 10. Na hipótese do art. 9° se o aprovado e nomeado, o candidato prestará
obrigatoriamente, ressalvado o interesse público em contrário, pelo menos o tempo de
serviço igual ao da duração do curso, sob pena de restituir a importância percebida dos
cofres públicos a título de bolsa.

CAPITULO II

DO PROVIMENTO

Seção I
Dispositivos Gerais

Art. 11. Os cargos públicos serão providos por:


I – nomeação;
II- recondução;
III – promoção;
IV – acesso;
V – readmissão;
VI – reintegração;
VII – aproveitamento;
VIII – reversão;
IX – readaptação;
Art. 12. Compete ao Chefe do Poder Executivo prover, mediante decreto, os
cargos públicos.

Seção II
Da Nomeação

Art. 13. Nomeação é a forma originaria de provimento em cargo público.


Art. 14. A nomeação será feita:
I – obedecendo a concurso para assegurar efetividade após 02 (dois) anos de
estágio probatório;
II – em comissão, para os cargos que em virtude de Lei sejam de livre de
nomeação e exoneração;
III – em substituição, no caso de impedimento legal e temporário de ocupante de
cargo em comissão de direção superior e de função.
Art. 15. Dentre os candidatos aprovados, os classificados até o limite de vagas
publicadas terão o direito assegurado à nomeação, no prazo de validade do concurso.

Seção III
Da Posse

Art. 16. Posse é a aceitação formal das atribuições, deveres e responsabilidades


inerentes ao cargo e será dada pela Secretaria da Administração.
Art. 17. Além dos requisitos exigidos quando da inscrição ao concurso público,
o nomeado deverá apresentar no ato atestado de saúde física e mental, apresentando
também a declaração de acumulação de cargos de acordo com a Constituição Federal.
Art. 18. Em caso de doença comprovada, a posse poderá ser dada por
procuração.
Art. 19. A posse deverá ser tomada no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data
de publicação, improrrogavelmente.

Seção IV
Do Exercício

Art. 20. Exercício é a efetiva entrada do funcionário em serviço público,


caracterizada pela frequência e execução de atividades atribuídas ao cargo.
Art. 21. O funcionário nomeado terá exercício na repartição em que for lotado.
§ 1°. Lotação é o ato de designação do órgão em que o funcionário vai exercer
sua função.
§ 2°. O funcionário elevado por acesso poderá continuar em exercício na
repartição em que estiver servindo.
Art. 22. O funcionário nomeado terá exercício na repartição em que houver vaga
de lotação.
Art. 23. O exercício do cargo terá inicio dentro do prazo de 30 (trinta) dias
contados da:
I – data de posse;
II – publicação oficial do ato, nos demais casos.
Art. 24. Ao entrar em exercício, o funcionário apresentara a autoridade
competente do órgão de sua lotação os elementos necessários à abertura do
assentamento individual.
Art. 25. Somente em casos especiais e mediante prévia e expressa autorização
do Chefe do Poder Executivo o funcionário poderá:
I – ter exercício fora do órgão de sua lotação;
II – ausentar-se do município para estudo ou missão de qualquer natureza, com
ou sem ônus para os cofres públicos.
Art. 26. Considera-se efetivo exercício, além dos dias feriados ou em que o
ponto for considerado facultativo, o afastamento motivado por:
I – férias;
II – casamento, até 08 (oito) dias consecutivos;
III – luto, pelo falecimento de cônjuge, filho, pais ou de irmãos até 08 (oito) dias
consecutivos;
IV – convocação para serviço militar;
V – júri e outros serviços obrigatórios;
VI – exercício de cargo de provimento em comissão na administração;
VII – exercício do cargo de Secretário de Município com prévia e expressa
autorização do Prefeito;
VIII – licença-prêmio;
IX – licença a funcionária gestante até 120 (cento e vinte) dias;
X – licença para tratamento de saúde até o limite máximo de 24 (vinte e quatro)
meses;
XI – licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração;
XII – licença por acidente em serviço, ou ocorrência de doença profissional;
XIII – doença de notificação compulsória;
XIV – participação em programa de treinamento regularmente inscrito;
XV – exercício de mandato eletivo;
XVI – licença paternidade;
Art. 27. Considera-se ainda como efetivo exercício o período em que o
funcionário estiver em disponibilidade.
Art. 28. Preso preventivamente, pronunciado por crime comum ou condenado
por crime inafiançável em processo no qual não havia pronuncia, o funcionário será
afastado do exercício até a decisão final passada em julgado.
Art. 29. No caso de condenação que não determine a demissão do funcionário,
continuará ele afastado do exercício.
Art. 30. Salvo os casos expressamente previstos neste Estatuto, o funcionário
que interromper o exercício por mais de 30 (trinta) dias consecutivos ou 45 (quarenta e
cinco) intercalados, sem justa causa, dentro do período de 365 (trezentos e sessenta e
cinco) dias, será demitido por abandono de cargo, depois de chamado por edital.
Art. 31. Verificada a hipótese prevista neste artigo, incumbe ao superior
imediato do faltoso, sob pena de reponsabilidade civil e funcional, comunicar o fato a
autoridade competente para a imposição d penalidade ali preconizada.
Art. 32. A autoridade que irregularmente der exercício a funcionário responderá
civil e criminalmente pelo ato e ficara pessoalmente responsável por quaisquer
pagamentos em decorrência dessa situação.

Seção V
Do Estágio Probatório

Art. 32. O funcionário nomeado para cargo efetivo fica sujeito a um período de
estagio probatório de 02 (dois) anos, com o objetivo de apurar os requisitos necessários
à sua confirmação no cargo para o qual foi nomeado.
Art. 33. São requisitos básicos a serem apurados no estagio probatório:
I – idoneidade moral;
II – assiduidade e pontualidade;
III – disciplina;
IV – eficiência;
V – aptidão.
Art. 34. A verificação dos requisitos mencionados neste artigo será efetuada
pelo departamento de Recursos Humanos, que a encaminhará reservadamente ao
dirigente do órgão.
Art. 35. O não atendimento de quaisquer das condições estabelecidas para o
estágio probatório implicará na instauração do processo de exoneração do funcionário, o
qual somente será concluído após a defesa deste, no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 36. A apuração dos requisitos de que trata o artigo deverá processar-se de
modo que a exoneração do funcionário possa ser feita antes de findo o período de
estagio probatório, sob pena de responsabilidade do encarregado.
Art. 37. A prática de atos que infrinjam os itens I e II do § 1° do art. 27
importará na suspensão automática do período ali estabelecido e, uma vez concluído
pela sua improcedência, o prazo da suspensão será considerado de nenhum efeito.
Art. 38. Uma vez encerrado o processo da exoneração, será ele encaminhado
com a manifestação conclusiva do titular do órgão de exercício do funcionário, ao
Secretário da Administração que o submeterá com seu pronunciamento a decisão do
final do Chefe do Poder Executivo.

Seção VI
Da Estabilidade

Art.39. Cumprindo satisfatoriamente o estágio probatório, o funcionário


adquirirá estabilidade no serviço público.
Art.40. O funcionário somente perderá o cargo em virtude de sentença judicial
ou mediante Processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
Art.41. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o funcionário
público estável ficará em disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento
em outro cargo.

Seção VII
Da Remoção

Art.42. Remoção é a movimentação do funcionário, a pedido ou de ofício


mediante preenchimento de lotação, sem se modificar, entretanto, a sua situação
funcional.
Art.43. A remoção dar-se-á no interesse da Administração, devidamente
comprovada:
I – de um para outro órgão da Administração;
II – de uma para outra unidade integrante do mesmo órgão.
Art. 44. Em qualquer caso, porém, a remoção somente poderá ser feita,
respeitada a lotação de cada órgão ou unidade.
Art. 45. Somente se dará a remoção, a pedido, para outra localidade, em razão
de doença do próprio funcionário, do cônjuge ou dependente, desde que comprovado o
motivo.
Art. 46. Sendo ambos funcionários, remoção de ofício de um dos cônjuges
assegurará a do outro para serviço na mesma localidade.
Art. 47. É vedada a remoção de oficio do funcionário que esteja regularmente
matriculado em curso de treinamento, aprimoramento ou aperfeiçoamento profissional,
mantido por instituição oficial do município em curso de especialização que guarde
correspondência com as atribuições do cargo ocupado, mesmo que ministrado por
entidade de ensino superior.

Seção VIII
Do Regime de Trabalho

Art. 48. O período normal de trabalho do funcionário é de 08 (oito) horas


diárias, a serem prestadas, de preferência das 7 (sete) às 17 (dezessete) horas, salvo
disposição em contrario.
Parágrafo Único. Os chefes das repartições ou serviços mediante aprovação do
Secretário Municipal ou autoridade equivalente, poderão alterar o horário de que trata
este artigo, observado o limite ali estabelecido, sempre que as necessidades do serviço
assim o exigirem.
Art. 49. Os órgãos cujos serviços se fizerem necessários diuturnamente e/ou aos
sábados, domingos e feriados civis ou religiosos funcionarão nesses dias sem regime de
plantão, fixando pelos respectivos dirigentes.
Art. 50. Os ocupantes de cargos em comissão o de função gratificada por
encargos de chefia, assessoramento, secretariado ou inspeção estão sujeitos qualquer
que seja seu cargo ou emprego de origem, a jornada de 8 (oito) diárias de trabalho.
Parágrafo Único. Estarão também sujeitos a carga horaria de 8 (oito) horas
diárias os ocupantes dos cargos de fiscal de Vigilância Sanitária e Sanitaristas.
Art. 51. A jornada de trabalho dos médicos, cirurgiões dentistas e professores
municipais é fixada em 4 (quatro) horas diárias, reduzindo-se lhes, de consequência,
1/3(um terço) dos respectivos vencimentos quando fixados para carga de 6 (seis) horas.
Parágrafo Único. O pessoal de que se trata esse artigo poderá, a critério da
administração e mediante autorização expressa do Chefe do Poder Executivo ou de
alguém este delegar tal competência, ter dobrada sua carga horária, passando, nessa
hipótese, a perceber, também duplicado, o respectivo vencimento, com a redução
prevista no “caput” deste artigo.
Art. 52. Frequência é o comparecimento obrigatório do funcionário ao serviço
dentro do horário fixado em lei ou regulamento do órgão de sua lotação, para cabal
desempenho dos deveres inerentes ao cargo ou a função observadas a natureza e
condições do trabalho.
Parágrafo Único. Apurar-se a frequência:
I – pelo ponto;
II – pela forma determinada em requerimento, quanto aos funcionários que, em
virtude das atribuições que desempenham, não estão sujeitos a ponto.
Art. 53. Ponto é o registro pelo qual se verificarão, diariamente, a entrada e
saída do funcionário em serviço.
§ 1° Nos registros de ponto deverão ser lançados todos os elementos necessários
à apuração da frequência.
§ 2° Para o registro do ponto serão usados preferencialmente, meios mecânicos.
§ 3° Salvo nos casos expressamente previstos neste Estatuto, é vedado dispensar
o funcionário do registro do ponto e abonar faltas ao serviço.
§ 4° As autoridades e os funcionários e que, de qualquer forma, contribuírem
para o descumprimento do dispositivo no parágrafo anterior, serão obrigados a repor,
aos cofres públicos, as importâncias indevidamente pagas aos servidores faltosos, sem
prejuízo da ação disciplinar cabível.
§ 5° O funcionário poderá ter abonadas até o limite de 3 (três) faltas do serviço
em cada mês civil, desde que devidamente justificadas.
§ 6° A dispensa da marcação do ponto, quando assim o exigir o serviço, não
desobriga o funcionário por ela atingido do comparecimento à repartição, durante os
horários de expediente, para o cumprimento de suas obrigações funcionais.
§ 7° As fraudes praticadas no registro de frequência, ou pratica de quaisquer
outros atos para justificar ausências indevidas do local de trabalho, acarretarão ao seu
autor, se por força das circunstancias não houver cometido de outra maior, a pena de:
I – repreensão, na primeira ocorrência;
II – suspensão, por 60 (sessenta) dias, na segunda ocorrência;
III – demissão na terceira.
§ 8° Recebendo o autor a conivência de terceiros, a estes será aplicada a mesma
pena. Se o conivente for encarregado do ponto, ser-lhe-à aplicada, na primeira
ocorrência, suspensão por 60 (sessenta) dias e, na segunda, a pena de demissão.
Art. 54. Excetuados os ocupantes de cargos de direção superior, todos os
funcionários estão sujeitos à prova de pontualidade e frequência mediante o sistema de
marcação de ponto.
Parágrafo Único. O disposto neste artigo não se aplica ao funcionário que,
necessariamente, desempenhe suas atividades em serviços externos, bem assim que,
pela natureza de suas atribuições quando comprovadamente no o exercício delas de
deslocar-se da repartição em que estiver lotado.
Art. 55. A falta de marcação do ponto importa na perda de vencimentos ou da
remuneração do dia: se prolongada por 30 (trinta) dias consecutivos ou 45 (quarenta e
cinco) dias, na perda do cargo, abandono na forma preconizada no art. 37 deste Estatuto.
Art. 56. Os funcionários que estiverem cursando estabelecimento de ensino,
oficiais ou reconhecidos, poderão marcar o ponto até meia hora depois da entrada ou até
meia hora antes na saída, dos horários a que estiverem sujeitos.
§ 1° Em casos especiais, atendido a conveniência do serviço, ao funcionário
estudante poderá ser concedido horário especial, quando comprovada a
incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, contudo, sem prejuízo de
sua carga horária semanal.
§ 2° Para valer-se de qualquer das faculdades previstas neste artigo, o
funcionário semestralmente, no inicio das aulas encaminhará requerimento à autoridade
competente, instruindo-o com atestado do diretor do estabelecimento de ensino que
estiver frequentando, o qual deverá preencher os seguintes requisitos:
I – ser passado em papel marcado o timbre do estabelecimento;
II – conter o nome e filiação do funcionário, data e local em que nasceu, curso e
classe que estiver matriculado, número da matricula, horário completo de suas atividade
escolares e declaração de frequência.
Art. 57. Nos dias úteis, só por determinação contida em decreto do Prefeito
Municipal poderão deixar de funcionar as repartições integrantes do Poder Executivo ou
ser suspensos seus trabalhos.

Seção IX
Do Regime de Dedicação Exclusiva

Art. 58. Considera-se como dedicação exclusiva a obrigatoriedade de


permanecer o funcionário, em regime de tempo integral, a disposição do órgão em que
tiver exercício , ficando, em consequência, proibido de exercer outro cargo, função ou
atividade particular ou publica, ressalvado a pertinente a uma de magistério, desde que
haja correlação de matérias o compatibilidade de horário.
Art. 59. O candidato ao regime de dedicação exclusiva dever, apresentar por
ocasião de sua opção, declaração de não acumulação de cargos, funções ou empregos na
administração municipal, direta ou indireta, inclusive nas esferas estadual e federal. E
de que não exerce atividade particular, observada a ressalva prevista no art. 58.
§1°. Uma vez deferida a opção de que trata este artigo, a mesma somente ser
retratada:
I – por descumprimento das condições estabelecidas no artigo precedente,
devidamente comprovado;
II – por conveniência de qualquer das partes;
§ 2°. Verifica a inveracidade de declaração a que se refere este artigo ou
descaracterizada a mesma, o funcionário faltoso ficará obrigado a restituir, de uma só
vez e no prazo de 30 (trinta) dias, toda qualquer importância auferida em razão da
pratica da infração aqui prevista, sem prejuízo de outras sanções.
Art. 60. Ao funcionário, quando em regime de dedicação exclusiva e na forma
que dispuser o respectivo regulamento, será atribuída uma gratificação de até 100%
(cem por cento) do respectivo vencimento, que a ele não se incorporará para nenhum
efeito.
Art. 61. O disposto nesta seção não se aplica aos titulares de cargos que, por sua
natureza, exijam a prestação de serviço em regime de tempo hábil.

Seção X
Da Recondução

Art. 62. Recondução é o retorno ao cargo anteriormente ocupado, a pedido, de


funcionário estável inabilidade em estagio probatório relativo a outro cargo,
dependendo, sempre, da existência da vaga.

Seção XI
Da Promoção

Art. 63. Promoção é o provimento na referencia inicial de cargo, vago de classe


imediatamente superior aquela que ocupa dentro da mesma serie de classe e da mesma
categoria funcional a que pertença, de funcionário efetivo ou estável, que esteja
ocupando a ultima referencia horizontal de sua classe.
Art. 64. As promoções far-se-ão por merecimento e por antiguidade,
alternadamente, exceto quanto a classe final de serie de classe, em que serão decretada a
razão de 2/3 (dois terços) por merecimento e 1/3 (um terço) por antiguidade.

§ 1°. Em cada classe da mesma carreira profissional a primeira promoção


obedecera ao principio de merecimento e a segunda ao de antiguidade, repetindo-se esse
critério em ralação as promoções imediatas.
§ 2°. Qualquer outra forma de provimento de vaga não interromperá a sequencia
dos critérios de que trata este artigo.
§ 3°. O critério a que obedecer a promoção deverá vier expresso no ato
respectivo.
Art. 65. As promoções serão realizadas em cada ano, em data a ser estabelecida
pela administração, salvo se inexistirem cargos vagos.
Paragrafo Único. A secretaria da administração fará publicar, a relação dos
cargos vagos existentes e sujeitos ao provimento por promoção.
Art. 66. Merecimento é a demonstração positiva do desempenho do funcionário,
durante a sua permanência na classe, tendo em vista a responsabilidade funcional, o
esforço dispendido na execução do trabalho, a natureza de suas atribuições a capacidade
e a assiduidade, a pontualidade e a disciplina.
Art. 67. O merecimento do funcionário será apurado em pontos positivos e
negativos, segundo o preenchimento das condições essenciais e complementares
definidas nesta seção, necessárias ao desempenho de suas atribuições.
Art. 68. As condições essenciais a que se refere o artigo anterior dizem respeito
à atuação do funcionário no exercício de suas funções ou a requisitos indispensáveis ao
mesmo e são apurados segundo:
I – a responsabilidade funcional, aferida através da maior ou menor contribuição
do funcionário para com ocupantes do mesmo cargo, levando-se em conta a sua
capacidade de discernimento e convencimento, bem assim, pelas consequências
advindas de suas falhas no desenvolvimento de suas atribuições, as quais possam
ocasionar, em maior ou menor escala, prejuízos par administração publica ou terceiros;
II – o esforço despendido na execução do trabalho, seja através de sua agilidade
mental, memoria, atenção, raciocínio, imaginação e capacidade de julgamento e
planejamento e pela atenção visual exigida pelo trabalho em relação a detalhes;
III – a natureza de suas atribuições, tendo em vista a sua complexidade,
tomando-se por base a maior diversidade das tarefas com variado grau de dificuldade
técnicas, bem como a capacidade de pensar e agir com senso comum na falta de normas
e procedimentos de trabalho previamente determinados, e, ainda de apresentar sugestões
ou ideias tendentes ao aperfeiçoamento do serviço;
IV – a capacidade, aferida pelo conhecimento das técnicas aplicáveis a seu
campo de trabalho, seja pela qualificação escolar, seja através de treinamento
especifico, bem como, pelo tirocínio demostrado na absorção, em maior ou menor
tempo, das peculiaridades das tarefas que lhe são cometidas.
Art. 69. Para cada um dos fatores relacionados no artigo precedente serão
apurados, semestralmente, pelo preenchimento da ficha individual de acompanhamento
de desempenho, 20 (vinte) pontos de avaliação positiva.
Art. 70. As condições complementares de que trata o art. 67 referem-se aos
aspectos negativos do desempenho funcional e decorrem da falta de assiduidade, da
impontualidade horária e da indisciplina.
§ 1°. Para efeitos deste artigo:
I – a falta de assiduidade será determinada pela ausência injustificada do
funcionário ao serviço;
II – a impontualidade horária será determinada pelo numero de entradas tardias e
saídas antecipadas;
III – a indisciplina será apurada tendo em vista as penalidades de repreensão,
suspensão e destituição de função impostas ao funcionário.
§ 2°. Serão computados os seguintes pontos negativos:
I – 1 (um) para cada falta injustificada ao serviço;
II – 1(um) para cada grupo de três entradas tardias ou saídas antecipadas,
desprezada, na apuração semestral, a fração;
III – 3 (três) para cada pena de repreensão;
IV – 10 (dez) para cada pena de suspensão de até 30 (trinta) dias;
V – 15 (quinze) para cada pena de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
VI – 50 (cinquenta) para cada distribuição de função ou pena de suspensão
preventiva ou prisão administrativa.
Art. 71. Os dados sobre o merecimento do funcionário, na classe a que pertença,
serão levantados, trimestralmente, e apurados nos meses de dezembro e junho, pelo
Departamento de Recursos Humanos do órgão de sua lotação, mediante o
preenchimento de ficha individual de Acompanhamento de Desempenho, conforme
modelo próprio.
Parágrafo Único. Os dados sobre o merecimento do funcionário com exercício
em órgão diverso de sua lotação serão neste avaliados.
Art. 72. As condições essenciais e complementares do merecimento, constante
da Ficha Individual, serão aferidas pela autoridade competente, definida no
Regulamento de cada órgão, ouvidos, sempre o chefe imediato atual e o anterior do
funcionário, sem prejuízo de outros meios e fontes de indagação e formação do
convencimento.
Art. 73. A aferição do merecimento, que se dará nos meses imediatamente
posteriores ao da expedição da ficha individual prevista no art. 71, será publicada no
órgão oficial do Município, através de “Boletim de Avaliação”, podendo o funcionário,
a partir desta e no prazo de 10 (dez) dias, interpor recurso para a autoridade de que trata
o artigo antecedente que, em igual prazo, decidirá sobre o mesmo em caráter definitivo.
Art. 74. Para ter direito à promoção por merecimento o funcionário deverá
ainda, submeter-se a processo de seleção profissional, de provas e títulos, através do
qual comprove possuir experiência e capacidade funcionais e os conhecimentos
requeridos pela especificação de classe a que concorra.
§ 1°. Somente estará habilitado ao processo de seleção prevista neste artigo o
funcionário que obtiver, no mínimo, 60 (sessenta) pontos positivos, já computados
pontos negativos definidos no § 2° do art. 70, devidamente publicados no Boletim de
Avaliação de que trata o artigo anterior.
§ 2°. A pontuação correspondente ao processo do seletivo estabelecido neste
artigo será fixada à razão de, no mínimo 50 (cinquenta) pontos para as provas e 20
(vinte) para os títulos.
§ 3°. Para os efeitos deste artigo, somente serão considerados como títulos os
pertinentes à especialização da classe a que estiver concorrendo o funcionário e
correspondentes a cursos realizados em entidades de ensino superior ou instituições
oficiais congêneres nacionais ou estrangeiras.
§ 4°. Para o cumprimento das disposições deste artigo, será publicado no órgão
oficial ou placard da prefeitura o edital expedido pelo titular do órgão, regulamentando
o processo de seleção profissional, com prazo nunca inferior a 20 (vinte) dias de sua
realização.
Art. 75. Obedecida a seriação de valores estabelecida para os pontos positivos,
decorrentes das condições essenciais, e os negativos, relativos as condições
complementares, bem assim para o processo seletivo interno, a pontuação final do
merecimento de que trata este artigo perfará, no máximo, um total de 150 (cento e
cinquenta) pontos.
Art. 76. O merecimento do funcionário, para efeito de promoção, decorrera da
soma dos pontos obtidos nos termos do art. 73, constantes da publicação do Boletim de
Avaliação, e dos oriundos do procedimento seletivo, de que trata o art. 74, cujo
resultado final será publicado no órgão oficial ou placard da prefeitura, sob a forma de
Boletim de Promoção.
§ 1°. Serão promovidos, obedecido o número de pontos obtidos, constates do
Boletim de Promoção, tantos funcionários quantas forem as vagas fixadas no edital a
que ser refere o parágrafo único do art. 65.
§2°. Ocorrendo empate, aplicar-se-á o mesmo critério estabelecido no art. 101.
Art. 77. O merecimento é adquirir do especificamente na classe, promovido, o
funcionário começará a adquirir merecimento a contar de seu ingresso na nova classe.
Art. 78. As promoções por antiguidade recairão em funcionários que tiverem
sucessivamente maior tempo efetivo exercício na classe, em numero sempre
correspondente ao de vagas.
Art. 79. A antiguidade será determinada pelo tempo líquido de exercício do
funcionário na classe a que pertencer.
Art. 80. Quando houver fusão de classe, os funcionários contarão, na nova
classe, a antiguidade que guardavam na situação anterior.
Art. 81. A antiguidade na classe será contada:
I – nos casos de nomeação, readmissão, reversão ou aproveitamento a partir da
data em que o funcionário assumir o exercício do cargo;
II – nos casos de readaptação, acesso ou promoção, a partir da vigência do ato
respectivo.
Art. 82. Na apuração do tempo liquido de efetivo exercício, para determinação
da antiguidade na classe, bem como para efetivo exercício de desempenho, serão
incluídos os períodos de afastamento previstos no art. 33.
Art. 83. Não concorrerá a promoção salvo por antiguidade, nas hipóteses dos
incisos III e VII, o funcionário:
I – em estagio probatório ou em disponibilidade;
II – que não obtiver, no caso de promoção por merecimento, no mínimo 30
(trinta) pontos nas provas ou 40 (quarenta) pontos no somatório das provas e títulos ou
ainda, 60 (sessenta) pontos de merecimento, nos termos do § 1° do art. 74.
III – que estiver em exercício de mandato de interesse particular ou afastado, a
qualquer titulo, sem ônus para os cofres públicos;
IV – que estiver em licença para tratar de interesse particular ou afastado, a
qualquer titulo, sem ônus para os cofres públicos;
V – que não possuir os cursos exigidos pela especificação da classe a que
concorra;
VI – que estiver cumprindo pena disciplinar;
VII – que estiver à disposição da administração federal, da municipal ou da de
outros Estados, bem como, de entidade de direito privado, salvo em virtude de
convênios firmados para fins assistenciais e ou educacionais.
Art. 84. Somente concorrerão à promoção os funcionários que tiverem
alcançado a ultima referencia horizontal da classe de que for ocupante.
Parágrafo Único. O disposto neste artigo não se aplica ao funcionário que, por
força de enquadramento, já esteja ocupando a ultima referência de sua classe, hipótese
em que deverá cumprir o interstício de dois anos na mesma, apurado de acordo com as
normas que regulam a contagem de tempo para efeito da antiguidade na classe, para que
possa fazer jus à promoção a classe imediatamente superior.
Art. 85. Em beneficio do funcionário a quem de direito cabia a promoção, será
declarado sem efeito o ato que houver decretado indevidamente.
§ 1°. O funcionário promovido indevidamente não ficara obrigado a restituir o
que a mais tiver recebido.
§ 2°. O funcionário a quem cabia a promoção será indenizado da diferença do
vencimento a que tiver direito.
Art. 86. Para os efeitos de promoção por antiguidade ou merecimento, o órgão
de deliberação coletiva, onde houver, o Departamento de Recursos Humanos ou
unidade equivalente, do órgão de lotação do funcionário, elaborará, semestralmente, a
relação de classificação por tempo apurado e por pontos obtidos, encaminhando-a à
Secretaria de Administração, para após consolidada, adotar as providencias necessárias
ao provimento das vagas existentes.
Parágrafo Único. Para os efeitos deste artigo, serão obedecidos rigorosamente a
ordem de classificação, de acordo como os pontos obtidos nos termos do art. 76, bem
como, a ordem de antiguidade apurada em relação própria.
Art. 87. Para todos os efeitos, será considerado promovido o funcionário que
vier a falecer sem que tenha sido decretada, no prazo legal a promoção que lhe cabia.

Seção XII
Do Acesso

Art. 88. Acesso é a passagem do funcionário, pelo critério de merecimento, de


classe integrante de uma série de classe, ou uma classe uma classe única, para classe
inicial de outra série de classe, ou outra classe única de nível hierárquico superior, da
mesma ou de outra categoria funcional.
Art. 89. São requisitos indispensáveis para o acesso:
I – concurso interno de provas;
II – comprovação da habilitação profissional a exigida para o cargo a que
concorra o funcionário;
III – frequência e titulação em curso de treinamento ou de especialização.
Art. 90. Não poderá concorrer ao acesso o funcionário que incorrer nas
situações previstas no art. 83, ressalvada a do inciso II.
Art. 91. Os concursos de acesso serão realizados, anualmente, salvo se
inexistirem vagas.
Art. 92. Os trabalhos relativos ao concurso de acesso reger-se-á pelos mesmos
moldes do concurso público de quem tratam os artigos 5º ao 10º deste Estatuto.
Art. 93. O concurso de acesso precederá o concurso público, destinando ao
concurso publico as vagas remanescentes do concurso de acesso.
§1°. Sendo impar o numero de vagas, serão reservadas para o acesso metades
mais uma.
§2°. Na falta de funcionários habilitados ou não sendo preenchida a totalidade
das vagas destinadas ao acesso, as mesmas poderão ser providas por concurso público.
§3°. A distribuição de vagas para efeito de acesso far-se-á de acordo com as
necessidades dos diversos órgãos da administração direta do Poder Executivo e de suas
autarquias.
Art. 94. O edital de abertura do concurso será publicado por 3 (três) vezes
consecutivas no órgão oficial ou placard da Prefeitura, com antecedência mínima de 30
(trinta) dias, dele constando o prazo, horário e local de recebimento das inscrições, bom
como instruções especiais, determinado:
I – classe com especificações das respectivas atribuições;
II – numero de vagas por classe e cargos;
III – condições para inscrição e provimento do cargo, a saber;
a) Situação funcional do candidato;
b) Diploma, certificados e títulos;
c) Outras considerações necessárias.
IV- tipo de programas das provas;
V – curso de treinamento a que ficarão sujeitos os candidatos, quando previstos;
VI – critério de avaliação dos certificados e/ou títulos obtidos no curso de
treinamento de que trata o item anterior;
VII – outros requisitos essenciais ao provimento do cargo.
Art. 95. A inscrição para o concurso de acesso será feita pelo próprio candidato
ou por meio de procurador, mediante comprovação dos requisitos exigidos e
preenchimento de formulário próprio.
Art. 96. As inscrições deferidas e/ou indeferidas serão publicadas até 10 (dez)
dias úteis após o encerramento do prazo de efetivação das mesmas.
Art. 97. Do indeferimento de inscrições cabe recurso administrativo a ser
impetrado no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados a partir da publicação a que se
refere o artigo anterior.
§1°. O recurso, devidamente instruído, deverá ser dirigido a autoridade
competente para execução dos trabalhos inerentes ao concurso, nos termos do art. 92.
§2°. O candidato poderá participar condicionalmente das provas enquanto seu
recurso estiver pendente de decisão.
§3°. A decisão do recurso de que trata este artigo, de ciência obrigatória ao
funcionário, será irrecorrível por via administrativa.
Art. 98. A inexatidão ou irregularidade na documentação apresentada ainda que
verificada posteriormente, eliminara o candidato do concurso de acesso, anulando todos
os atos decorrentes da inscrição.
Art. 99. Os candidatos serão convocados para as provas por edital, devidamente
publicado, que deverá conter a indicação do dia, hora e local das mesmas.
Parágrafo Único. Não haverá segunda chamada, em nenhuma das provas, seja
qual for o motivo alegado.
Art. 100. O resultado da avaliação das provas será homologado pela autoridade
competente e publicado em ordem de classificação por pontos obtidos pelos aprovados.
§1°. A classificação a que se refere este artigo ficará limitada a 20% (vinte por
cento) além do numero de vagas oferecidas.
§2°. Os classificados entre os 20% (vinte por cento) excedentes somente serão
aproveitados se ocorrerem desistências de candidatos classificados dentro do número de
vagas fixado no edital.
Art. 101. Quando ocorrer empate na classificação, terá preferencia,
sucessivamente, o funcionário:
I – que tiver a maior carga horária em cursos de especialização e/ou extensão,
treinamento ou aperfeiçoamento, compatíveis com cargo objeto do concurso;
II – com maior numero de pontos constantes da ultima publicação do boletim de
promoção;
III – de maior tempo de serviço publicado;
IV – de maior tempo de serviço municipal;
V – de maior numero de dependentes;
VI – mais idoso.
Art. 102. O curso de treinamento ou de especialização será realizado quando
necessário para complementação das qualificações exigidas pelo exercício do cargo.
Parágrafo Único. Só poderão participar do curso de que trata este artigo os
candidatos classificados nas provas do concurso interno.
Art. 103. Serão fixados em edital o período, local do estabelecimento de ensino
e horário do curso para o qual o candidato deverá inscrever-se.
Art. 104. O provimento por acesso far-se-á por ordem de classificação, no prazo
máximo de 20 (vinte) dias da publicação do resultado final do concurso.
Art. 105. O funcionário elevado por acesso passará a integrar a nova classe
poderá ser lotado em outro órgão, no interesse do serviço público.
Art. 106. No caso do concurso de acesso ser realizado na forma da delegação
prevista no Parágrafo único do artigo 60, deverá ser apresentado a Secretaria da
Administração o competente relatório, no prazo de 30 (trinta) dias após a homologação
do resultado final do concurso.
Parágrafo Único. Verificada qualquer irregularidade praticada em decorrência
da delegação referida neste artigo, o Secretário da Administração poderá anular total ou
parcialmente o concurso.
Art. 107. Os casos omissos serão resolvidos pelo titular da Secretaria da
Administração.

Seção XIII
Da Readmissão
Art. 108. Readmissão é o reingresso, no serviço público sem ressarcimento de
vencimentos e vantagens, atendido o interesse da administração, do ex-ocupante do
cargo de provimento efetivo.
Parágrafo Único. Para os fins deste artigo o ex-funcionário deverá:
I – gozar de boa saúde física e mental, comprovada em inspeção por junta
médica oficial;
II – satisfazer as condições e os requisitos exigidos para o provimento do cargo;
Art. 109. A readmissão dependerá sempre da existência de vaga, excluída a
destinada a promoção o acesso, e dar-se-á de preferencia, no cargo anteriormente
ocupado ou em outro de atribuições análogas e de vencimentos equivalentes.
Art. 110. O tempo de serviço público do readmitido será computado para os
efeitos previstos em lei.
Seção XIV
Da Reintegração

Art. 111. Reintegração é o reingresso no serviço público, do funcionário


demitido, com ressarcimento de vencimentos e vantagens inerentes ao cargo, por força
de decisão administrativa ou judiciária.
Paragrafo único. A decisão administrativa de reintegração será sempre
proferida à vista de pedido de reconsideração, através de recurso ou revisão de processo.
Art. 112. A reintegração dar-se-á no cargo anteriormente ocupado, no que
resultou de sua transformação ou se extinto, em cargo equivalente, para cujo provimento
seja exigida a mesma habilitação profissional e tenha vencimento idêntico.
Parágrafo Único. Se inviáveis as soluções indicadas neste artigo, será
reestabelecido, por lei, o cargo anterior, no qual se dará a reintegração.
Art. 113. Invalidada por sentença a demissão, o funcionário será reintegrado e o
eventual ocupante da vaga, se estável, retornara ao cargo de origem, sem direito a
indenização.
Parágrafo Único. Se extinto ou transformado o cargo, dar-se-á o retorno no
resultado da transformação ou em outro de mesmo vencimento de atribuições
equivalente, observada a habilitação legal.

Seção XV
Do Aproveitamento

Art. 114. Aproveitamento é o retorno ao serviço ativo do funcionário em


disponibilidade.
Art. 115. Será obrigatório o aproveitamento do funcionário efetivo ou estável:
I – em cargo de natureza e vencimento ou remuneração compatível com os
anteriormente ocupados, respeitada sempre a habilitação profissional;
II – no cargo restabelecido, ainda que modificada a sua denominação, ressalvado
o direito de opção por outro, desde que o aproveitamento já tenha ocorrido.
Parágrafo Único. O aproveitamento dependerá de prova de capacidade física e
mental mediante inspeção por junta médica oficial.
Art. 116. Na ocorrência de vaga no quadro de pessoal do município, o
aproveitamento terá preferencia sobre as demais formas de provimento.
§1°. Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de
maior tempo de disponibilidade e, em caso de empate, o maior tempo de serviço público
municipal.
§2°. O aproveitamento far-se-á a pedido ou de ofício, no interesse da
administração.
Art. 117. Será tornado em efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade
se o funcionário não tomar posse no prazo legal, salvo por motivo de doença
comprovada em inspeção médica por órgão oficial, ou de exercício de mandato eletivo,
casos em que ficará adiada ate 5 (cinco) dias uteis após a cessação do impedimento.

Seção XVI
Da Reversão

Art. 118. Reversão é o retorno à atividade do funcionário aposentado por


invalidez, quando insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria,
dependendo sempre da existência de vaga.
§1°. A reversão dar-se-á a requerimento do interessado ou de ofício.
§2°. Em nenhum caso poderá reverter a atividade o aposentado que, em inspeção
médica, não comprovar a capacidade para o exercício do cargo.
Art. 119. A reversão dar-se-á, de preferencia, no mesmo cargo ou no resultante
de sua transformação.
§1°. Em casos especiais, a critério do Chefe do Poder Executivo e respeitada a
habilitação profissional, poderá o aposentado reverter ao serviço em outro cargo de
vencimento ou remuneração equivalente.
§2°. Em hipótese alguma a reversão poderá ser decretada a cargo de vencimento
ou remuneração inferior ao provento da inatividade, excluídas, para este efeito, as
vantagens já incorporadas por força de legislação anterior.
Art. 120. A reversão do funcionário aposentado dará direito, em caso de nova
aposentadoria, a contagem do tempo de serviço computado para a concessão da anterior.
Art. 121. O funcionário revertido não aposentado novamente, sem que tenha
cumprido pelo menos 5 (cinco) anos de efetivo exercício no cargo em que se deu o seu
retorno a atividade, salvo se a aposentadoria dor por motivo de saúde.
Art. 122. Será tornada sem efeito a reversão do funcionário que não tomar ou
deixar de entrar em exercício nos prazos legais.

Seção XVII
Da Readaptação

Art. 123. Readaptação é a investidura do funcionário em outro cargo mais


compatível com sua capacidade física, intelectual ou quando, comprovadamente,
revelar-se inapto para o exercício das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes
ao cargo que venha ocupando, sem causa que justifique a sua demissão ou exoneração,
podendo efetivar-se de ofício ou a pedido.
Art. 124. A readaptação verificar-se-á:
I – quando ficar comprovada a modificação do estado físico ou das condições de
saúde do funcionário, que lhe diminua a eficiência para a função;
II – quando se apurar que o funcionário não possui a habilitação profissional
exigida em lei para o cargo que ocupa.
Art. 125. O processo de readaptação baseado nos incisos I e II do artigo anterior
será iniciado mediante laudo firmado por Junta Médica Oficial e nos demais casos, por
proposta fundamentada da autoridade competente.
Parágrafo Único. Instaurado o processo com base no inciso II do artigo
precedente, poderão ser exigidos do funcionário exames de capacidade intelectual a
serem realizados por instituição oficial indicada pelo município.
Art. 126. A readaptação dependerá da existência de vaga e não acarretará
decesso ou aumento de vencimento, exceto no caso de expressa opção do interessado
para cargo de vencimento inferior.
Art. 127. Não se fará readaptação em caso para o qual havia candidato aprovado
em concurso ou teste de avaliação para promoção ou acesso.
Art. 128. O funcionário readaptado que não se ajustar as condições de trabalho e
atribuições do novo cargo será submetido a nova avaliação pela Junta Médica Oficial e,
na hipótese do §1°do art. 241, será aposentado.

CAPITULO III
DA VACÂNCIA

Art. 129. Vacância é abertura de claro no quadro de pessoal do serviço,


permitindo o preenchimento do cargo vago, e decorrerá de:
I – recondução;
II – promoção;
III – acesso;
IV – readaptação;
V – aposentadoria;
VI – exoneração;
VII – demissão;
VIII – falecimento;
Art. 130. Exoneração é o desfazimento da relação jurídica que une o funcionário
ao Município ou suas entidades autárquicas, órgãos de impressa oficial, salvo
disposição expressa quanto à sua eficácia no passado.
§1°. Dar-se-á exoneração:
I – a pedido:
II – de oficio nos seguintes casos:
a) A critério da autoridade competente para o respectivos provimentos;
b) Quando o funcionário quando não tomar posse ou deixar de entrar em
exercício nos prazos legais;
c) Quando não satisfeitos os requisitos do estagio probatório e não couber a
recondução;
d) Quando o funcionário for investido em cargo, emprego ou função publica
incompatível como de que é ocupante;
e) Na hipótese de abandono de cargo, quando extintas a punibilidade por
prescrição.
§2°. A exoneração prevista no inciso I do parágrafo anterior será precedida de
arquivamento de requerimento escrito do próprio interessado e as de que tratam as
alíneas “b” e “e” do inciso II do mesmo dispositivo mediante proposta motivada da
autoridade competente da repartição em que o funcionário estiver lotado.
§3°. O funcionário, quando respondendo a processo administrativo, só poderá
ser exonerado a pedido após a conclusão do mesmo e desde que reconhecida a
inocência.
Art. 131. Ocorrera a vaga na data:
I – da publicação do ato de recondução, promoção, acesso, readaptação,
aposentadoria, exoneração ou demissão;
II – da posse em outro cargo suja acumulação seja incompatível;
III – do falecimento do funcionário;
IV – da vigência da lei que criar o cargo
Parágrafo Único. O ato de demissão mencionará sempre o dispositivo em que
se fundamenta.
Art. 132. Em se tratando de cargo de chefia, assessoramento, secretariado ou
inspeção, a vacância se dará por dispensa:
I – a pedido do funcionário;
II – de ofício, nos seguintes casos:
a) Quando o funcionário designado não assumir o exercício no prazo legal;
b) A critério da autoridade competente para o provimento.
§1°. A vacância ainda se dará por destituição, na forma prevista no inciso II,
alínea “b” como penalidade, no caso de falta de exação no cumprimento do dever.
§2°. Constituem falta de exação no cumprimento do dever a dispensa do
funcionário do registro de ponto e o abono de falta ao serviço, fora dos casos
expressamente previstos neste Estatuto.

TITULO III
DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPITULO I
DO VENIEMNTO, DA REMUNERAÇÃO E DAS VANTAGNES

Seção I
Disposições Preliminares

Art. 133. Além do vencimento, poderão ser deferidas ao funcionário as


seguintes vantagens pecuniárias:
I – indenizações:
a) Ajuda de custo;
b) Diárias;
c) Despesa de transporte.
II – auxilio:
a) Salario família.
III – gratificações:
a) Adicional por tempo de serviço;
b) De incentivo funcional;
c) De representação de gabinete;
d) De representação especial;
e) Especial de localidade e por atividades penosas, insalubres ou perigosas;
f) Pela prestação de serviço em regime de tempo integral;
g) Pela prestação de serviço extraordinário;
h) Pelo exercício de encargo de chefia, assessoramento, secretariado e inspeção;
i) Por encargo de curso ou concurso;
j) Pela elaboração ou execução de trabalho relevante de natureza técnica ou
científica;
l) De ciclo básico e ensino especial;
m) De transporte;
n) De incentivo à permanência no serviço ativo;
IV – progresso horizontal.
V – 13° (decimo terceiro) salario.
§1°. As indenizações não se incorporam aos vencimentos ou proventos, para
qualquer efeito, nem ficam sujeitos a impostos ou contribuições previdenciárias.
§2°. As gratificações poderão incorporar-se ao vencimento ou provento nos
casos e condições indicados nesta lei.
§3°. É vedada a participação do funcionário publico no produto da arrecadação
de tributos e multas.
Art. 134. Salvo disposição em contrario, a competência para a concessão dos
benefícios de que trata este título é do Prefeito.

Seção II
Do vencimento e da Remuneração

Art. 135. Vencimento é a retribuição paga ao funcionaria pelo efetivo exercício


de cargo público, correspondente ao padrão fixado em lei, não podendo, em caso algum,
ser inferior ao Piso Nacional de Salários.
Art. 136. Remuneração é o vencimento acrescido das vantagens de caráter
permanente ou a ele incorporáveis, na forma prevista em lei.
Art. 137. O funcionário somente receberá o vencimento ou a remuneração
quando estiver em efetivo exercício do cargo ou nos casos de afastamento
expressamente previsto em lei.
Art. 138. O funcionário investido em mandato eletivo federal, estadual ou
municipal será afastado de exercício de seu cargo de acordo com as normas
constitucionais e legais aplicáveis.
Art. 139. A investidura em cargo público, de provimento em comissão, não
importa em suspensão de contrato individual de trabalho de servidor da administração
indireta, que continuará percebendo o salario e demais vantagens de seu emprego
diretamente da entidade de origem.
§1º. Pela repartição onde estiver provido perceberá o servidor, na hipótese deste
artigo, a diferença a maior, se houver entre o vencimento do cargo em comissão e o
salario correspondente ao emprego de origem, cumulativamente com a gratificação de
representação respectiva.
§2°. Sobre a diferença de vencimentos e a gratificação de representação a
previdência municipal.
§3°. Compreende o salario, para efeito de apuração de diferença a que alude o
§1°, todas as vantagens remuneratórias percebidas pelo servidor, exceto salario família e
adicionais por tempo de serviço.
Art. 140. O funcionário perderá:
I – 1/3 (um terço) do vencimento ou da remuneração diária quando comparecer
ao serviço até meia hora depois de encerrado o ponto ou quando se retirar até meia hora
antes de findo o período de expediente;
II – 1/3 (um terço) do vencimento ou da remuneração:
a) Do quinto ao oitavo mês de licença por motivo de doença em pessoa de sua
família;
b) Enquanto durar o afastamento por motivo de prisão preventiva pronuncia por
crime comum ou condenação por crime inafiançável em processo no qual
não haja pronuncia, com direito a receber a diferença, se absolvido;
III – 2/3 (dois terços) do vencimento ou da remuneração:
a) Do nono ao decimo segundo mês de licença por motivo de doença em pessoa
de sua família;
b) Durante o período de afastamento em virtude de condenação, por sentença
definitiva, a pena que não determine a demissão;
IV – o vencimento ou remuneração:
a) Do decimo terceiro ao vigésimo quarto mês de licença por motivo de doença
em pessoa de sua família;
b) Do dia em que, não sendo feriado ou ponto facultativo, deixar de comparecer
ao serviço, salvo motivo legal ou falta abonada, até três em cada mês civil.
Art. 141. O vencimento e as vantagens pecuniárias percebidas pelo funcionário
não sofrerão:
I – redução, salvo o disposto em lei, convenção ou acordo coletivo;
II – descontos além dos previstos em lei.
Parágrafo Único. Os benefícios de que trata este artigo não serão objeto de
arresto, sequestro ou penhora, ressaltado o caso de prestação de alimentos resultantes de
sentença judicial.
Art. 142. A indenização ou restituição devida pelo funcionário a fazenda Pública
será descontada em parcelas mensais não excedentes a décima parte do valor do
vencimento ou remuneração.
§1°. O funcionário que se aposentar ou passar a condição de disponível
continuará a responder pelas parcelas remanescentes da indenização o restituição, na
mesma proporção.
§2°. O saldo devedor do funcionário demitido, exonerado o que tiver cassada a
sua disponibilidade será resgatado de uma só vez, no prazo de 60 (sessenta) dias,
respondendo da mesma forma o espolio, em caso de morte.
§3°. Após o prazo previsto no parágrafo anterior, o saldo remanescente será
inscrito na divida ativa e cobrado por ação executiva.

Seção III
Das Indenizações

Subseção I
Da Ajuda De Custo

Art. 143. Ajuda de custo é o auxilio concedido ao funcionário municipal a título


de compensação das despesas motivadas por mudança e instalação na nova sede em que
passar a ter exercício.
§1°. A ajuda de custo na hipótese deste artigo será atribuída pelos Secretario o
autoridade equivalente, em importância que não excederá a 3 (três) vezes o menor
vencimento básico pago pelo município, acrescida da indenização pelas despesas com a
mudança mediante comprovação por documento hábito.
§2º. Não haverá pagamento de ajuda de custo quanto às despesas com mudança
ficar a cargo da administração.
Art. 144. Não se concedera ajuda de custo ao funcionário removido a pedido ou
por conveniência da disciplina.
Art. 145. O funcionário restituirá a ajuda de custo quando:
I – não se transportar para nova sede nos prazos determinados;
II – antes de terminada a missão, regressar voluntariamente, pedir exoneração ou
abandonar o serviço.
§1°. A restituição e de responsabilidade pessoal e, casos especiais a critério da
autoridade competente, salvo nas hipóteses de exoneração e demissão.
§2°. Não haverá obrigação de restituir:
I – quando o regresso do servidor for determinada de oficio ou por doença
comprovada:
II – quando o pedido de exoneração for apresentado após 90 (noventa) dias de
exercício na nova sede:
III – no caso de falecimento do servidor, mesmo antes de empreender viagem.

Subseção II
Das Diárias
Art.146. O funcionário que, a serviço se deslocar da sede do município eventual
e transitoriamente fará jus a diária compensatória das despesas de alimentação e
pousada.
Art. 147. As diárias serão pagas adiantadamente, mediante calculo da duração
presumível do deslocamento do funcionário, de acordo com regulamentação que for
expedida.
Art. 148. O funcionário que indevidamente, receber diárias será obrigado a
restituir, de uma só vez, a importância recebida, ficando ainda sujeito as punições
previstas no artigo seguinte.
Art. 149. É vedada a concessão de diárias com o objetivo de remunerar outros
serviços ou encargos, sob pena de reponsabilidade.

Subseção III

Art. 150. Conceder-se-á indenização de transporte o funcionário que realizar


despensas em serviços externos por força das atribuições normais de seu cargo.
Paragrafo único. O valor das indenizações de que trata este artigo e as condições para a
sua concessão serão estabelecidos em regulamento.

Seção IV
Do Auxilio

Subseção única
Do Salário-família

Art. 151. O salário-família será concedido ao funcionário ativo, inativo ou em


disponibilidade, que tiver dependentes vivendo a suas expensas, sendo 5% (cinco por
cento) do salario mínimo.
Art. 152. Consideram-se dependentes para os efeitos desta subseção:
I – O filho de qualquer condição, os enteados e os adotivos;
II – O filho inválido, de qualquer idade.
Paragrafo único. Para a concessão do salário-família equiparam-se:
I – Ao pai a mãe, padrasto e a madrasta;
II – Ao filho, menor de 14 (quatorze) anos que, mediante autorização judicial,
viva sob a guarda e o sustento do funcionário.
Art. 153. O ato de concessão terá por base as declarações do próprio
funcionário, respondera funcional e financeiramente por quaisquer incorreções.
Art. 154. Quando o pai e a mãe forem funcionários municipais viverem em
comum, o salário-família será concedido mediante opção, aquele que requerer.
§1°. Se não conviverem em comum, será concedido os que tiver os dependentes
sob sua guarda.
§2°. Se ambos os tiverem, será concedido a um e outro, de acordo com a
distribuições dos dependentes.
§3°. Ao pai e a mãe, na falta de padrasto e madrasta, equiparam-se os
representantes legais dos incapazes.
Art. 155. O salário-família relativo a cada dependente será devido a partir do
mês em que tiver ocorrido o fato ou ato que lhe der origem, ainda que verificando no
ultimo dia do mês.
Art. 156. O salario família será pago mesmo nos casos em que o funcionário
deixar de perceber, temporariamente, vencimento ou proventos.
Art. 157. O salário-família não esta sujeito a nenhum tributo, nem servira de
base para qualquer contribuição, ainda que para fim de providencia social.
Art. 158. Será casado o salário-família, quando:
I – verificado a falsidade ou inexatidão da declaração de dependência;
II – o dependente deixar de viver as expensas do funcionário, passar a exercer
função publica remunerada, sob qualquer forma, ou atividade lucrativa ou vier a dispor
de economia própria;
III – falecer o dependente;
IV – comprovadamente o funcionário descuidar da guarda e sustento dos
dependentes.
§ 1°. A inexatidão ou falsidade de declaração acarretara na restituição do salario-
família indevidamente recebido, sem prejuízo da penalidade cabível.
§ 2°. Ressalvado o disposto no parágrafo anterior, a suspensão ou redução
relativa a cada dependente ocorrera no mês seguinte ao do ato ou ao fato que o
determinar.
§ 3°. O funcionário, sob pena de disciplinar, será obrigado a comunicar o órgão
de pessoal, dentro de 15 (quinze) dias, toda e qualquer alteração que possa acarretar a
supressão ou redução do salário-família.

Seção V
Das Gratificações

Subseção I
Da Gratificação do Adicional por tempo de Serviço

Art. 159. Ao funcionário será concedida por quinquênio de efetivo serviço


público, gratificação adicional de 5% (cinco por cento) sobre os vencimentos ou a
remuneração do respectivo cargo de provimento efetivo, vedada a sua computação para
fins de novos cálculos de idêntico beneficio.
§ 1°. O funcionário fará jus a percepção da gratificação adicional a partir do dia
em que completar cada quinquênio.
§ 2°. A gratificação adicional será sempre atualizada, acompanhado,
automaticamente as modificações do vencimento ou remuneração do funcionário.
§ 3°. A apuração do quinquênio será feita em dias e o total convertido em anos,
considerando este sempre como de 365 (trezentos e sessenta e sessenta e cinco) dias.
§ 4º. Quando da passagem do funcionário à inatividade, a incorporação da
gratificação adicional será integral, se decretada à aposentadoria com proventos
correspondentes à totalidade do vencimento ou da remuneração e proporcional ao tempo
de serviço na hipótese de assim se a mesma concedida.
Art. 160. A concessão da gratificação adicional far-se-á à vista das informações
prestadas pelo órgão de pessoal que contralizar o assentamento individual do
funcionário.
Art. 161. O funcionário que exercer cumulativamente mais de um cargo terá direito a
gratificação adicional em relação aquele de vencimento mais elevado.
Art. 162. Não será concedida gratificação adicional, qualquer que seja o tempo de
serviço, a funcionário comissionado, salvo em relação ao cargo de que for titular
efetivo.
Art. 163. A gratificação adicional não será devida enquanto o funcionário, por qualquer
motivo, deixar de receber o vencimento do cargo, exceto na hipótese do artigo anterior.
Parágrafo único. Toda vez que o funcionário sofrer corte em seu vencimento, será
também feita, automaticamente e proporcionalmente, a redução adicional.

Subseção II
Da Gratificação de Incentivo Funcional

Art. 164. A titulo de incentivo funcional, será concedida um gratificação mensal


de até 20% (vinte por cento) sobre o vencimento ou a remuneração do funcionário
portador de certificado de curso de aperfeiçoamento ou especialização ministrado:
I – pelo órgão de Recrutamento, Seleção e Desenvolvimento de Pessoal da
Secretaria da Administração;
II – por entidade de ensino superior;
III – por instituição de ensino mantida pelo Poder Público de destinadas a
treinamento de funcionários;
IV – por outra instituição Pública ou Privada, que mantém cursos ou contratada
para este fim pelo Município.
§ 1°. Os cursos de que trata este artigo deverão obrigatoriamente, versar sobre
disciplinas relacionadas com as atribuições do cargo ocupado pelo funcionário Público,
§ 2°. Será garantida a todos os funcionários igualdade de condições para
ingresso nos cursos a que se referem os incisos I, III, deste artigo.
§ 3°. Caso o numero de pretendentes a determinado curso supre o numero de
vagas, serão eles selecionados à base de 50% (cinquenta por cento) mediante provas, e
50% (cinquenta por cento) por merecimento, nos termos do art. 73 deste Estatuto.
Art. 165. Compete ao titular do órgão de lotação do funcionário a concessão da
gratificação disciplinada nesta Subseção, observados os seguintes critérios:
I – para cursos de duração igual ou superior a 6 (seis) meses ou de 260 (duzentos
e sessenta) a 520 (quinhentos e vinte) horas-aulas, 5% (cinto por cento);
II – para cursos de duração igual ou superior a um ano letivo ou 600 (seiscentas)
horas-aulas, 10% (dez por cento).
Art. 166. Não se concedera a gratificação prevista nesta Subseção quando o
curso constituir requisito exigido para a nomeação promoção ou acesso, bom como
quando se tratar de curso vago ou de frequência não obrigatória.
Subseção III
Da Gratificação De Representação De Gabinete

Art. 167. A gratificação de representação do gabinete será devida ao funcionário


investido em cargos de direção o assessoramento superior, de livre nomeação e
exoneração.
Parágrafo único. A gratificação de que trata este artigo não é acumulável com
as de função e pela prestação de serviço em regime de tempo integral.

Subseção IV
Da Gratificação De Representação Especial

Art. 168. A gratificação de representação especial será concedida


individualmente, por ato do Chefe do Poder Executivo a quem, a seu juízo, julgar
conveniente atribuí-la, para prestação de encargos de confiança, junto aos gabinetes do
Prefeito e dos Secretários ou autoridades equivalentes.
Art. 169. A gratificação prevista nesta Subseção não é acumulável com
vencimento de cargo em comissão ou com outras de qualquer natureza, exceto as de
adicional por tempo de serviço e de incentivo funcional.

Subseção V
Da Gratificação Especial De Localidade E Por Atividade Penosas, Insalubridade
Ou Perigosas.

Art. 170. A gratificação pelo exercício em determinadas zonas ou locais e pela


execução de atividades penosas, insalubres ou perigosas, será determinada em
regulamento a ser baixado pelo Chefe do Poder Executivo.
Parágrafo único. A gratificação de que trata este artigo, será regulamentada por
Decreto, não será superior a 20% (vinte por cento) do vencimento do cargo de
provimento efetivo de que for o funcionário ocupante.

Subseção VI
Da Gratificação Pela Prestação De Serviço Em Regime De Tempo Integral
Art. 171. O funcionário poderá ser convocado para prestar serviço em regime de
tempo integral, hipótese em que sua jornada de trabalho será alterada até o máximo de 8
(oito) horas diárias.
Parágrafo único. Somente poderá prestar serviço em regime de tempo integral
o funcionário titular de cargo para cujo provimento não se exija a prestação de serviço
na condição de que trata este artigo.
Art. 172. A gratificação pela prestação de serviço em regime de tempo integral
será concedida por ato o mediante autorização do Chefe do Poder Executivo ao
funcionário para esse fim convocado.
Parágrafo único. O valor da gratificação prevista neste artigo corresponderá a
até 33% (trinta e três por cento) do vencimento ou remuneração do funcionário por ela
beneficiado.

Subseção VII
Da Gratificação Pela Prestação De Serviços Extraordinários

Art. 173. A gratificação pela prestação de serviço extraordinários se destina a


remunerar os serviços pela prestados fora da jornada norma de trabalho a que estiver
sujeito o funcionário, no desempenho das atribuições do seu cargo, não podendo, em
caso algum exceder a 180 (cento e oitenta) horas dentro do mesmo exercício.
§ 1°. A gratificação pela prestação de serviço extraordinário será:
I – previamente arbitrada pelo Secretário do Município ou autoridade
equivalente em quantia não superior a 1/3 (um terço) do vencimento mensal do
funcionário.
II – paga por hora de trabalho antecipado ou prorrogado, calculada na mesma
base percebida pelo funcionário por hora de período normal de expediente, não
podendo, em caso algum, exceder a 1/3 (um terço) do vencimento de um dia.
§ 2º. Em se tratando de serviço extraordinário noturno, o valor da hora será
acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
Art. 174. Será vedado conceder gratificação pela prestação de serviço
extraordinário com o objetivo, de remunerar outros servidores, encargos ou a titulo de
complementação de vencimento.
§ 1º. O funcionário que receber importância relativa a serviço extraordinário que
não prestou, será obrigado a restituí-la de uma só vez, ficando, ainda sujeito a punição
disciplinar.
§ 2°. Será responsabilizada a autoridade que infringir o disposto neste artigo.
Art. 175. Será punido com a pena de suspensão e, na reincidência, com a de
demissão, o funcionário que atestar falsamente em seu favor ou de outrem a prestação
de serviço extraordinário.
Art. 176. O funcionário que exercer cargo em comissão ou encargo gratificado
não poderá perceber a vantagem prevista nesta Subseção.

Subseção VIII
Da Gratificação Pelo Exercício De Encargos De Chefia, Assessoramento,
Secretariado E Inspeção.

Art. 177. A função gratificada será instituída pelo Chefe do Poder Executivo
para atender encargo de chefia, assessoramento, secretariado e inspeção, previstos em
regulamento ou regimento e que não justifiquem criação de cargo.
§ 1º. A vantagem de que trata este artigo:
I – não constitui situação permanente e os valores e critérios para fixação de seus
níveis ou símbolos serão definidos em ato da autoridade mencionada neste artigo;
II – será percebidas pelos funcionário cumulativamente com respectivo
vencimento ou remuneração;
III – não excederá, quanto ao seu nível ou símbolo mais elevado, a 4 (quatro)
salários mínimos de referencia.
§ 2º. Cabe aos Secretários do Município e autoridades equivalentes prover as
funções gratificadas instituídas para encargos de chefia, assessoramento, secretariado e
inspeção.
Art. 178. Não perderá o encargo gratificado o funcionário que se ausentar em
virtude de férias, luto, casamento e licença para tratar de saúde.
Parágrafo único. Somente será permitida a substituição nos termos dos art. 17 e
19 deste Estatuto.
Art. 179. O funcionário investido em encargo gratificado ficará sujeito a
prestação de serviço em regime de tempo integral.
Art. 180. A destituição do funcionário da função gratificada por encargos de
chefia, assessoramento, secretariado e inspeção dar-se-á na forma prevista no § 1° do
art. 132 deste Estatuto.

Subseção IX
Da Gratificação Por Encargo De Curso Ou Concurso

Art. 181. A gratificação por encargo de curso ou concurso destinar-se-á retribuir


o funcionário quando designado para membro de comissões de Provas ou concursos
públicos ou quando não desempenho da atividade de professor de cursos de
treinamento, e especialização, regularmente instituídos, e será fixada e atribuída pelo
titular do órgão cuja unidade cometer a realização do curso ou do concurso.

Subseção X
Da Gratificação Pela Elaboração Ou Execução De Trabalho Relevante De
Natureza Técnica Ou Cientifica

Art. 182. A gratificação pela elaboração ou execução de trabalho relevante de


natureza técnica ou cientifica será arbitrada mediante solicitação do Secretário do
Município ou autoridade equivalente.
Parágrafo único. Quando se tratar de trabalhos necessários ao cumprimento de
convenio celebrados com órgãos do Governo Federal, Estadual e Municipal caberá ao
titular do órgão executor a competência prevista no capitulo deste artigo.

Subseção XI
Da Gratificação Do Ciclo Básico E Ensino Especial

Art. 183. Desde que em efetiva regência de classe, aos professores do Ciclo
Básico, como tal compreendido o envolvimento dos níveis correspondentes a “pré-
alfabetização”, 1ª e 2ª série do primeiro Grau e aos de Ensino Especial, necessário ao
magistério em unidades ou classes especificas de alunos portadores de deficiência, será
atribuída uma gratificação de 20% (vinte por cento) sobre o respectivo vencimento,
ficando de consequência, sua carga horaria fixada em 25 (vinte e cinco) horas semanais.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo considera-se em regência de classe
o professor:
I – em gozo de férias;
II – afastamento por motivo de recesso escolar;
III – licenciado;
a) Para tratamento da própria saúde;
b) Para repouso a gestante;
c) Por motivo de doença em pessoa da família.
Art. 184. A gratificação de que trata o artigo procedente não se incorporará ao
vencimento para nenhum efeito e somente poderá acumular-se com as gratificações
previstas nas alíneas “a” , “b” e “i” do inciso III do art. 133 deste Estatuto.
Art. 185. Ressalvados os casos previstos no parágrafo único do art. 186, a
percepção do beneficio disciplinado nesta Subseção cessa a partir do dia em que o
professor deixar a regência de classe se somente se restabelece quando a esta retornar.
Art. 186. Ao professor de 1° e 2° grau, efetivamente em regência de classe, que
houver completado ou vier a completar tempo de serviço para se aposentar
voluntariamente, será concedida uma gratificação de 30% (trinta por cento) enquanto
perdurar tal situação.
Parágrafo único. A gratificação de que trata este artigo não se incorporará ao
vencimento para qualquer efeito e nenhum beneficiário não poderá percebe-la por prazo
superior a 5 (cinco) anos.
Art. 187. Considerar-se em regência de classe, para efeito de percepção da
gratificação disciplinada nesta Subseção, o professor que se encontra nas situações
previstas nos itens I e II do parágrafo único do art. 183.

Seção VI
Do Progresso Horizontal

Art. 188. Progresso horizontal é a variação remuneratória correspondente a


passagem do funcionário de uma para outra referencia, dentro da mesma classe,
obedecidos os critérios da antiguidade e merecimento.
§ 1°. Pelo critério de antiguidade o funcionário passará de uma para outra
referencia a cada 2 (dois) anos de efetivo exercício na classe, independentemente de
qualquer outra avaliação.
§ 2°. Para os efeitos deste artigo, o merecimento e a respectiva aferição far-se-ão
tomando-se por base os resultados decorrentes da aplicação das disposições contidas
nos arts. 66 a 73 deste Estatuto.
Art. 189. A progressão por merecimento poderá efetivar-se a cada 12 (doze)
meses, reabrindo-se o prazo para progressões posteriores.
Parágrafo único. A pontuação para a aferição do merecimento correspondente à
progressão de que trata este artigo far-se-á tomando-se por base a média dos dois
semestres imediatamente a ela anteriores a constantes, do boletim de avaliação referido
no art. 73 e não ser inferior 60 (sessenta) pontos.
Art. 190. A progressão horizontal será concedida por ato de Secretario da
Administração aos funcionários que preencham os requisitos estabelecidos nesta Seção
mediante processo formalizado no órgão em que tiverem exercício.
Art. 191. Será pago, pelos cofres públicos Municipais, o décimo terceiro salário
a todos os servidores públicos Municipais, independentemente da remuneração a que
fizerem jus.
§ 1°. O décimo terceiro salário corresponderá a 1/6 (um seis avos) da
remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente, podendo
ser pago em qualquer hipótese, até o vigésimo dia.
§ 2º. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como
mês integral para os efeitos do parágrafo anterior.
§ 3º. As faltas legais e justificadas ao serviço não serão deduzidas para os fins
previstos no parágrafo 1º.
Art. 192. O servidor exonerado perceberá o décimo terceiro salário
proporcionalmente aos meses de serviço, sobre o vencimento ou remuneração do mês
anterior ao da exoneração.
Art. 193. O décimo terceiro salário é extensivo ao inativo e será pago, até o dia
20 de dezembro de cada ano, tomando-se por base o valor dos proventos devidos nesse
mês.
Art. 194. O décimo terceiro salário não será no calculo de qualquer outra
vantagem pecuniária.

Capitulo II
Das Férias

Art. 195. O funcionário fará jus, anualmente, a 30 (trinta) dias consecutivos de


férias, que podem ser acumuladas até o máximo de 2 (dois) períodos, no caso de
necessidade do serviço.
§ 1º. Para o primeiro período aquisitivo, serão exigidos 12 (doze) meses de
exercício.
§ 2º. Os professores, desde que em regência de classe, deverão gozar férias fora
do período letivo.
Art. 196. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de
calamidade pública, comoção interna, convocação para o júri, serviço militar o eleitoral.
§ 1°. É facultado ao funcionário inclusive ao comissionado converter 1/3 (um
terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da
remuneração que lhe seria devido nos dias correspondentes.
§ 2°. O servidor comissionado, quando da sua exoneração perceberá férias
proporcionalmente aos meses de serviço, calculado sobre os vencimentos ou
remuneração do mês da exoneração.
Art. 197. Para efeito de aposentadoria será contado em dobro o período de férias
não gozado por motivo de comprovada necessidade do servidor.
Parágrafo único. O disposto neste artigo somente produzirá os seus efeitos após
expirado o limite de acumulação a que se refere o art. 198 deste Estatuto.
Art. 198. Até 3 (três) faltas não justificadas será descontado em um dia de férias.
Art. 199. As férias serão remuneradas com um terço a mais que o normal.

Capitulo III
Das Licenças

Art. 200. Ao funcionário poderá ser concedida licença:


I – para tratamento de saúde;
II – por motivo de doença em pessoa da família;
III – a gestante;
IV – para o serviço militar;
V – por motivo de afastamento do cônjuge;
VI – para atividade politica;
VII – para tratar de interesses particulares;
VIII – prêmio;
IX – para frequentar a cursos de especialização, treinamento ou
aperfeiçoamento;
X – paternidade.
Art. 201. Ao funcionário ocupante de cargo em comissão só poderão ser
concedidas licenças para tratamento de saúde, a gestante, paternidade e por motivos de
doença em pessoa da família.
Art. 202. O funcionário deverá aguardar em exercício a concessão da licença,
salvo doença comprovada que o impeça de comparecer ao serviço, hipótese em que o
prazo da licença começará a correr a partir do impedimento.
Art. 203. A licença dependente de inspeção médica poderá ser prorrogada de
ofício ou a requerimento do funcionário.
Parágrafo único. O pedido de prorrogação deverá ser apresentado pelo menos
10 (dez) dias antes de findo o prazo de licença, se indeferido, contar-se-á como de
licença o período compreendido entre seu término e a data do conhecimento do
despacho denegatório.
Art. 204. O funcionário não poderá permanecer em licença por prazo superior a
24 (vinte e quatro) meses, exceto nos casos previstos nos itens IV, V, e VI do art. 200.
§ 1°. Terminada a licença, o funcionário reassumirá imediatamente o exercício
do cargo salvo pedido de prorrogação.
§ 2º. O não cumprimento do disposto no parágrafo anterior importara na perda
total do vencimento e, se a ausência se prolongar por mais de 30 (trinta) dias
consecutivos, sem causa justificada, na demissão por abandono de cargo.
Art. 205. Decorrido o prazo de 24 (vinte e quatro) meses de licença para
tratamento de saúde, o funcionário será submetido à nova inspeção médica e
aposentado, se for julgado total e definitivamente inválido para o serviço público.
Art. 206. O funcionário licenciado nos termos dos itens I, II e IX do art. 200 não
poderá dedicar-se a qualquer atividade remunerada, sob pena de ser cassada a licença e
de ser demitido por abandono do cargo.
Art. 207. O funcionário em gozo de licença comunicará ao seu chefe imediato o
local onde poderá ser encontrado.

Seção I
Da Licença Para Tratamento De Saúde

Art. 208. A licença para tratar de saúde será concedida de ofício o a pedido do
funcionário.
§ 1º. Em qualquer das hipóteses, será indispensável a inspeção médica, que
poderá se realizar, caso as circunstancias exijam, no local onde se encontrar o
funcionário.
§ 2º. Para licença até 90 (noventa) dias, a inspeção será feita por médico oficial,
admitindo-se excepcionalmente, quando assim não seja possível, atestado passado por
médico particular, com firma reconhecida.
§ 3º. Há hipótese do parágrafo anterior, o atestado só produzirá efeito após
homologado pela junta médica oficial ou junta médica convocada para este fim.
§ 4º. No caso de não ser homologada a licença, no prazo máximo de 10 (dez)
dias, o funcionário será obrigado a reassumir o exercício do cargo, sendo considerado
como falta que exceder de 3 (três) dias em que deixou de comparecer ao serviço, por
haver alegado doença.
Art. 209. O funcionário acidentado no exercício de suas atribuições, ou
acometido de doença profissional, terá direito a licença com vencimento e vantagens do
cargo pelo prazo de até 2 (dois) anos, podendo, porém a junta médica concluir, desde
logo, pela aposentadoria.
§ 1º. Entende-se por acidente em serviço aquele que acarrete dano físico ou
mental e tenha relação mediata ou imediata com o exercício do cargo, inclusive o:
I – sofrido pelo funcionário no percurso da residência ao trabalho ou vice-versa;
II – decorrente de agressão física sofrida no exercício do cargo.
§ 2º. A comprovação do acidente, é indispensável para a concessão da licença,
deverá ser feita em processo regular, no prazo de 8 (oito) dias, salvo motivo de força
maior.
§ 3º. Entende-se por doença profissional a que se deva atribuir com relação de
causa e efeito, e condições inerentes ao serviço ou fatos nele ocorridos.
Art. 210. Será licenciado o funcionário acometido de moléstia grave, contagiosa
ou incurável, especificada em lei, quando a inspeção médica não concluir pela imediata
aposentadoria.

Seção II
Da Licença Por Motivo De Doença Em Pessoa Da Família

Art. 221. Ao funcionário poderá ser deferida licença por motivo de doença de
ascendente, descendente, colateral, consanguíneo ou afim até o 2º grau civil do cônjuge.
§ 1º. São condições indispensáveis para a concessão de licença prevista nesta
seção:
I – prova de doença em inspeção médica verificada na forma prevista nos §§ 1º e
3º do art. 210;
II – ser indispensável a assistência pessoal do funcionário e que esta seja
incompatível com o exercício simultâneo do cargo.
§ 2º. A licença a que se refere este artigo será:
I – com vencimento integral até o quarto mês;
II – com 2/3 (dois terços) do vencimento do quinto mês;
III – com 1/3 (um terço) do vencimento do nono ao décimo mês;
IV – sem vencimento do décimo terceiro ao vigésimo quarto mês.

Seção III
Da Licença Gestante

Art. 212. A funcionária gestante será concedida, mediante inspeção médica,


licença por 4 (quatro) meses, com os vencimentos e vantagens do cargo.
§ 1º. Salvo prescrição médica em contrário, a licença será concedida a partir do
início do oitavo mês de gestação.
§ 2º. No caso de nascimento prematuro, a licença terá inicio a partir do dia do
parto.
§ 3º. No caso de natimorto, decorrido 30 (trinta) dias do evento, a funcionária
será submetida a exame médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício.
Art. 213. Em caso de adoção de recém- nascido, à funcionária serão concedidos
60 (sessenta) dias de licença remunerada.
Art. 214. Em qualquer dos casos previstos neste capitulo, após o termino da
licença, a funcionária disporá de 1 (uma) hora por dia, para amamentação do filho, até
os 6 (seis) meses de idade.

Seção IV
Da Licença Para O Serviço Militar

Art. 215. Ao funcionário convocado para o serviço ou outro encargo de


segurança nacional será concedida licença pelo prazo previsto em legislação especifica.
§ 1º. A licença será concedida mediante apresentação de documento oficial que
comprove a incorporação.
§ 2. A licença será com o vencimento do cargo, descontando-se, porém, a
importância que o funcionário perceber, na qualidade de incorporado, salvo se optar
pelas vantagens remuneratórias de serviços militar, o que implicará na perda de
vencimento.
Art. 217. Ao funcionário oficial da reserva das Forças Armadas, será concedida
licença com o vencimento do cargo, durante o período de estágio de serviços militar não
remunerado e previsto em regulamentos militares.

Seção V
Da Licença Para Atividade Política

Art. 218. Ao funcionário poderá ser concedida licença com remuneração


durante o período que registrar a candidatura e até o 10 (décimo) dia seguinte da
eleição, como se em atividade estivesse.

Seção VI
Da Licença Para Tratar De Interesses Particulares

Art. 219. O funcionário poderá obter licença sem vencimento para tratar de
interesse particular, a juízo da administração.
§ 1º. O funcionário aguardará em exercício a concessão da licença.
§ 2º. A licença não perdurara por tempo superior a 2 (dois) anos e só poderá ser
concedida nova depois de decorrido 1 (um) biênio da terminação da anterior, qualquer
que seja o tempo da licença.
§ 3º. O disposto nesta seção não se aplica ao funcionário em estágio probatório.
Art. 220. O funcionário poderá desistir da licença a qualquer tempo, porém, o
retorno dependerá de deferimento da administração.
Art. 221. Em caso de interesse público comprovado, a licença pode ser
interrompida, devendo o funcionário ser notificado do fato.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o funcionário deverá apresentar-se
ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias, a partir da notificação, findo os quais a sua
ausência será computada como falta.

Seção III
Da Licença Prêmio
Art. 222. A cada quinquênio de efetivo exercício prestado na condição de cargo
provimento efetivo, o funcionário terá direito a licença prêmio de 03 (três) meses, a ser
usufruída ininterruptamente, com todos os direitos e vantagens do cargo.
Parágrafo único. O funcionário ao entrar em gozo de licença-prêmio perceberá,
durante esse período, vencimento do cargo em provimento efetivo, acrescido das
vantagens pecuniárias a que fizer jus.

Seção IX
Da Licença Para Frequência A Curso De Doutorado, Mestrado, Especialização,
Treinamento Ou Aperfeiçoamento

Art. 223. Para a consecução dos objetivos de que trata os Capítulos II e III do
Título V deste Estatuto, poderá ser concedida licença ao funcionário matriculado em
curso de doutorado, mestrado, de especialização, treinamento ou aperfeiçoamento
profissional, realizar-se fora da sede de sua lotação.
§ 1º. O doutorado, o mestrado, a especialização, o treinamento ou o
aperfeiçoamento profissional deverão visar o melhor aproveitamento do funcionário no
serviço público.
§ 2º. Compete ao prefeito por solicitação do titular do órgão de lotação do
funcionário, conceder a licença prevista neste artigo.
§ 3º. Em casos de acumulação do funcionário em relação a ambos.
§ 4º. Realizando-se o curso na mesma localidade da lotação do funcionário, ou
em outra de fácil acesso, em lugar de licença poderá ser concedida simples dispensa do
expediente, nos dias e horários necessários à frequência regular do curso.
§ 5º. Considera-se como de efetivo exercício o período de afastamento do
funcionário motivado pela licença concedida nos termos desta Seção, mediante
comprovação de frequência no curso respectivo, fornecida pelo dirigente do órgão
encarregado de sua ministração.

Capitulo IV
Do Tempo De Serviço

Art. 224. Será feita em dias a apuração do tempo de serviço.


§ 1º. O numero de dias convertido em anos, considerado o ano como de 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias.
§ 2º. Feita a conversão, os dias restantes até 180 (cento e oitenta) não serão
computados, arredondando-se para 1 (um) ano quando excederem esse numero, nos
casos de cálculos de proventos de aposentadoria proporcional e disponibilidade.
Art. 225. A apuração é a liquidação do tempos de serviço público à vista dos
assentamentos do funcionário, arquivados no órgão de pessoal responsável pela guarda
daqueles documentos.
Parágrafo único. Quando os assentamentos não oferecerem dados suficientes
que permitam uma segura apuração do tempo de serviço prestado, o órgão responsável
pelo levantamento deve recorrer, subsidiariamente, ao registro da frequência ou a folha
de pagamento.
Art. 226. Será contado, integralmente, para efeito de aposentadoria e
disponibilidade, o tempo de serviço prestado:
I – como contratado ou sub qualquer outra forma de admissão, desde que
remunerado pelos cofres municipais;
II – a instituição de caráter privado, que tiver sido encapada ou transformada em
estabelecimento de serviço público;
III – as autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia
mista sob o controle acionário do município;
IV – as Forças Armadas;
V – em atividades vinculadas ao regime do Sistema de Previdência Federal, após
ter o funcionário completado 5 (cinco) anos de efetivo exercício no serviço público
Municipal.
§ 1º. O tempo de serviço somente será contado uma vez para cada efeito,
vedada, a acumulação do que tiver sido prestado concomitantemente.
§ 2º. Não será contado o tempo de serviço que já tenha sido base para concessão
de aposentadoria por outro sistema.
§ 3º. O tempo de serviço só será contado após devidamente averbado.
Art. 227. Não será computado, para nenhum efeito, o tempo;
I – da licença por motivo de doença em pessoa da família do funcionário quando
não remunerada;
II – da licença para tratar de interesse particular;
III – da licença por motivo de afastamento do cônjuge;
IV – de afastamento não remunerado.
Art. 228. O computo de tempo de serviço público, a medida que flui, somente
será feito no momento em que dele necessitar funcionário para comprovação de direitos
assegurados em lei.
Parágrafo único. A contagem de tempo de serviço público reger-se-á pela lei
em vigor à ocasião em que o serviço haja sido prestado.

Capitulo V
Da Disponibilidade

Art. 228. Disponibilidade é o afastamento temporário do funcionário efetivo ou


estável em virtude da extinção do cargo ou declaração de sua desnecessidade.
Art. 230. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o funcionário
ficará em disponibilidade remunerada, com vencimentos proporcionais ao seu tempo de
serviço.
Art. 231. Qualquer alteração de vencimento concedido, em caráter feral, aos
funcionários em atividade, será extensiva, na mesma época e proporção ao provento do
disponível.
Art. 232. O período relativo à disponibilidade, considerado como de efetivo
exercício para efeito de aposentadoria e gratificação.
Art. 233. Aposentadoria é o dever imposto ao município de assegurar ao
funcionário o direito à inatividade, como uma compensação pelos serviços já prestados
ou como garantia de amparo contra as consequência da velhice e da invalidez.
Art. 234. Salvo disposto constitucional em contrato, o funcionário será
aposentado:
I – por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes
de acidentes de serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
especificadas em Lei Federal, e proporcionais nos demais casos;
II – compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais
ao tempo de serviço;
III – voluntariamente:
a) Após 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se do sexo masculino, ou 30 (trinta)
anos se do feminino;
b) Após 30 (trinta) anos de exercício em função de magistério, como tal
considerada a efetiva regência de classe, se professor e 25 (vinte e cinco) se
professora.
Parágrafo único. Considera-se função do magistério, para os efeitos do disposto
na alínea “b” do item III, deste artigo, o funcionário:
I – no exercício de cargo em comissão:
a) Na esfera da administração direta e indireta do Poder Executivo;
b) Fora da esfera da municipal desde que o comissionamento se de na área da
educação.
Art. 235. É automática a aposentadoria compulsória, que será declarada, com
efeito, a partir do dia seguinte aquele em que o funcionário completar a idade limite.
Parágrafo único. O retardamento do ato declaratório a que se refere este artigo
não evitará o afastamento do funcionário nem servirá de base ao reconhecimento de
qualquer direito ou vantagem.
Art. 236. A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para
tratamento de saúde, por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses, salvo
quando o laudo médico oficial concluir pela incapacidade definitiva do funcionário para
o serviço público.
§ 1º. Após o período de licença, e não estando em condições de assumir o cargo
ou de ser readaptado em outro mais compatível com a sua capacidade, o funcionário
será declarado aposentado.
§2º. A declaração de aposentadoria, na hipótese do parágrafo anterior, será
precedida de perícia, realizada pela junta médica oficial, em que se verifique e relate a
ocorrência de incapacidade do funcionário para o serviço público.
Art. 237. O funcionário em disponibilidade poderá ser aposentado nos termos do
art. 233.
Art. 238. O provento da aposentadoria será:
I – correspondente ao vencimento integral do cargo quando o funcionário:
a) Contar o tempo de serviço legalmente previsto para a aposentadoria
voluntaria;
b) For invalidado para o serviço público, por acidente em serviço ou em
decorrência de doença profissional;
c) For acometido de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna,
cegueira progressiva, hanseníase ativa, cardiopatia grave, paralisia
irreversível e incapacidade, doença de Parkinson, Coréia de Huntington,
espondiloartrose aquilosante, nefropatia grave e estados avançados de paget
(osteíte deformante), com base nas conclusões da junta médica.
d) Na inatividade for acometido de qualquer das doenças especificadas na
alínea anterior.
II – proporcional ao tempo de serviço, nos demais casos.
Parágrafo único. A proporcionalidade de que trata o item II corresponderá, por
ano de efetivo exercício, a 1/35 (um trinta e cinco) avos para os funcionários do sexo
masculino, e a 1/30 (um trinta) avos, para os do sexo feminino, e para os ocupantes de
funções de magistério, 1/25 (um vinte e cinco) avos, se professora.
Art. 239. O calculo dos proventos terá por base o vencimento do cargo acrescido
de gratificação adicional por tempo de serviço e outras vantagens pecuniárias,
incorporáveis na forma desta Lei.
Parágrafo único. Em nenhuma hipótese o provento será fixado em valor
inferior ao do salário mínimo vigente à época da aposentadoria.
Art. 240. Os proventos de inatividade serão revistos na mesma proporção na
mesma data, sempre que se modificarem os vencimentos de funcionários em atividade.
Art. 241. O funcionário que contar tempo de serviço suficiente para se aposentar
voluntariamente passará a inatividade:
I – com o vencimento do cargo efetivo acrescido além de outros benefícios
previstos nesta lei, da gratificação de função ou de representação que houver exercido,
em qualquer época, por no mínimo 5 (cinco) anos ininterruptos;
II – com igual vantagens, desde que o exercício referido no inciso anterior tenha
compreendido um período, pelo menos 10 (dez) anos intercalados.
§ 1º. Quando mais de um cargo ou função haja sido exercido, será atribuída a
vantagem do de maior valor, dede que lhe corresponda um exercício não inferior a 12
(doze) meses. Fora dessa hipótese, atribuir-se-á vantagem do de valor imediatamente
inferior dentre os exercícios por igual período.
§ 2º. O período de prestação de serviço em regime de tempo integral, desde que
não obrigatório para o exercício do cargo, será computado para efeito do interstício a
que se referem os incisos I e II deste artigo.
§ 3º. Os benefícios de que trata este artigo serão reajustados na mesma
proporção, sempre que forem majorados para o funcionamento em atividade.
Art. 242. O chefe do órgão em que o funcionário estiver lotado determinará o
seu afastamento do exercício do cargo, comunicando o fato à autoridade competente
para a decretação da respectiva aposentadoria, através do Secretário da Administração,
no dia imediato em que:
I - for considerado, por laudo médico definitivamente incapaz para o serviço
público.
II - completar idade limite para a aposentadoria compulsória.
Parágrafo único. O procedimento de que trata a parte inicial do caput. Deste
artigo deverá ser adotado pelo Secretário da Administração ou autoridade equivalente,
quando for publicado o decreto de aposentadoria voluntaria do funcionário.
Art. 243. O funcionário aposentado não fica eximido de contribuição
previdenciária sendo descontada na forma da lei.

Capitulo VII
Da Previdência A Assistência

Art. 244. Em caráter geral, a previdência e assistência dos funcionários do


município serão prestada através do órgão de Previdência e Assistência dos funcionários
dos servidores do município na forma da legislação própria.
Art. 245. Sem prejuízo de outros benefícios devidos em razão do artigo
precedente, a vida e a preservação de acidentes nos locais de trabalho de funcionários
serão protegidas por seguros coletivos, cujos valores serão atualizados semestralmente.
Parágrafo único. Independentemente do disposto neste artigo, o local de
trabalho do funcionário disporá de todas as condições que garantam a redução dos
riscos inerentes as suas atribuições, por meio de normas de saúde, higiene, conforto e
segurança.
Art. 246. Os planos de assistência de que trata este Capítulo serão tratados na lei
de Previdência e Assistência dos servidores do município.
Art. 247. A pensão aos beneficiários do funcionários falecido, ainda que
aposentado, corresponderá a totalidade do vencimento ou da remuneração do cargo ou
dos proventos.
Parágrafo único. As pensões serão revistas na mesma proporção e na mesma
data, sempre que ser modificar o vencimento ou a remuneração dos funcionários em
atividade.
Art. 248. O funcionário acidentado, em serviço ou acometido de doença
profissional que, por expressa exigência de laudo médico oficial, necessitar de
tratamento especializado, terá hospitalização e tratamento integralmente custeados pela
administração pública e pelo órgão de previdência.
Parágrafo único. Na hipótese do tratamento, por necessidade comprovada, ter
de efetivar-se fora da sede de lotação do funcionário, ao mesmo será também concedido
auxilio especial para transporte próprio e de um acompanhante.
Art. 249. Em caso de falecimento do funcionário em serviço fora da sede, será
sua família indenizada das despesas com o as providencias decorrentes do evento,
inclusive transporte do corpo e gastos de viagem de uma pessoa.
Art. 250. O Poder Público garantirá diretamente ou através de instituição
especializada, total assistência médica e hospitalar ao funcionário de restrita capacidade
econômica, quando acometido de moléstia grave, e provada a insuficiência de seus
vencimentos para lhe atender os encargos.
Art. 251. A assistência jurídica, que consistirá no patrocínio da defesa do
funcionário, em processos criminais por fato ocorrido no exercício da função do cargo,
será prestada por Procurador ou Assessor do município.
Art. 253. Aos funcionários serão concedidos na forma estabelecida no art. 160
de Estatuto, o beneficio de salário-família.

Capitulo VIII
Do Direito De Petição

Art. 254. Será assegurado ao funcionário o direito de requerer, bem como o de


representar.
Art. 255. O requerimento é cabível para defesa de direitos ou de interesse
legitimo e representação, contra abuso de autoridade ou desvio do poder.
§ 1º. O direito de requerer será exercido perante a autoridade competente em
razão da matéria e sempre por intermédio daquela a que estiver imediatamente
subordinado o funcionário.
§ 2º. A representação deve ser encaminhada pela via hierárquica e será
obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior aquela contra a qual é interposta.
Art. 256. Sob pena de responsabilidade, será assegurada aos funcionários:
I – o rápido andamento dos processos de seu interesse, nas repartições públicas;
II – a ciência das informações, pareceres e despachos dados em processos que a
ele se refiram;
III – a obtenção de certidões requeridas para defesa de seus direitos e
esclarecimentos de situações, salvo se ao interesse publico impuser sigilo.
Art. 257. O requerimento inicial do funcionário não precisará vir acompanhado
dos elementos comprobatórios do direitos pleiteados, dede que constem do
assentamento individual do requerente.
Art. 258. Caberá pedido de reconsideração dirigido a autoridade que houver
expedido o ato ou proferido a primeira.
Parágrafo único. O prazo para apresentação do pedido de reconsideração será
de 15 (quinze) dias, contados a partir da ciência do ato ou decisão de sua publicação.
Art. 259. Ressalvadas disposições em contrário, previstas neste Estatuto, caberá
recurso:
I – do indeferimento do pedido de reconsideração;
II – das decisões sobre os recursos sucessivamente imediatamente interpostos.
§ 1º. O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver
expedido o ato ou proferido a decisão e, sucessivamente, em escala ascendente as
demais autoridades.
§ 2º. O recurso será interposto por intermédio da autoridade recorrida, que
poderá reconsiderar a decisão ou mantendo-a encaminha-lo à autoridade superior.
§ 3º. Será de 30 (trinta) dias o prazo de recurso a contar da publicação ou
ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.
Art. 260. O pedido de reconsideração e o recurso não tem efeito suspensivo
provido qualquer deles, os seus efeitos retroagirão a data do ato impugnado.
Art. 261. O direito de petição na esfera administrativa prescreverá:
I – em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão, cassação de aposentadoria
ou disponibilidade e os referentes a matéria patrimonial.
II – em 120 (cento e vinte) dias nos demais casos, salvo quando outro prazo for
estabelecido por lei.
Art. 262. O prazo de prescrição contar-se-á da data da publicação oficial ou da
efetiva ciência do interessado do ato impugnado.
Art. 263. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem
a prescrição até 2 (duas) vezes.
Art. 264. Os prazos para a pratica dos diversos atos de mero expediente
interlocutórios ou finais, serão fixados em regulamento especifico.
Art. 265. O direito de pleitear em juízo sobre qualquer lesão de direito
individual do funcionário é impostergável e o seu exercício não elidira o de pleitear em
instancia administrativa.
Art. 266. O direito de petição será exercido diretamente pelo funcionário ou por
seu cônjuge ou parente até o 2º grau, mediante procuração com poderes expressos e
essenciais ou, ainda, por advogado regularmente constituído.
Parágrafo único. Para o exercício do direito de petição, será assegurada, vista
do processo ou documento, na sede da repartição, ao funcionário ou procurador
especialmente constituído.

TÍTULO IV
DA ACUMULAÇÃO

Art. 267. É vedada a acumulação remunerada de cargos, empregos e funções


públicos, exceto nos casos previstos na Constituição Federal, ou em Lei Complementar,
obedecidos os critérios de compatibilidade de horários e correlação de matérias.

TÍTULO V
DO REGIME DISCIPLINAR

Capítulo I
Dos Deveres

Art. 268. São deveres do funcionário:


I – assiduidade;
II – pontualidade;
III – discrição;
IV – urbanidade;
V – lealdade às instituições constitucionais e administrativas a que servir;
VI – observância das normas legais e regulamentares;
VII – obediência às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
VIII – zelo pela economia e conservação do material que lhe for confiado e pelo
desempenho dos encargos de que for incumbido;
IX – exposição, aos chefes, das duvidas e dificuldades que encontrar no exame
dos documentos e papéis sujeitos ao seu estudo;
X – levar ao conhecimento de seu chefe imediato as irregularidades de que tiver
ciência, em razão do seu cargo, representando à autoridade superior, se aquele não levar
na devida conta a informação prestada;
XI – guardar sigilo sobre os assuntos de natureza confidencial;
XII – atender, com preterição de qualquer outro serviço;
a) As requisições para defesa da Fazenda Pública;
b) A expedição das certidões requeridas para defesa de direitos e
esclarecimentos de situações de que trata o inciso III do art. 255.
c) Ao público em geral;
XIII – apresentar-se decentemente trajado ao serviço;

XIV – trazer rigorosamente atualizado as leis, regulamentos regimentos,


instruções;
XVI – frequentar cursos de treinamento, aperfeiçoamento e especialização
profissional legalmente instituído.
Parágrafo único. As faltas às aulas dos cursos a que se refere o inciso XVI
deste artigo equivalerão, para todos os efeitos, a ausência ao serviço, salvo se por
motivo justo, comunicado e inequivocamente evidenciado nas 24 (vinte e quatro) horas
imediatamente seguintes, através de prova idônea.

Capitulo II
Do Aperfeiçoamento E Da Especialização

Art. 269. É dever do funcionário diligenciar para o seu constante


aperfeiçoamento profissional e cultural.
Art. 270. O funcionário tem por dever frequentar, salvo motivo relevante que o
impeça cursos de especialização, treinamento e aperfeiçoamento profissional, para os
quais seja expressamente designado ou convocado.
Art. 271. Para que o funcionário possa ampliar sua capacidade profissional o
município promoverá cursos de especialização e aperfeiçoamento, conferências
congressos, publicações de trabalhos referentes ao serviço público e viagens de estudo.
§ 1º. O município pode conceder facilidade, inclusive financeira, supletivas, aos
funcionários que, por iniciativa própria, tenha obtido bolsa de estudo ou inscrição em
cursos fora do município, desde que a modalidade de que trate seja correlata a sua
formação e atividade profissional no serviço público municipal.
Art. 272. O município manterá em caráter permanente, no orçamento de cada
exercício, dotação suficiente destinada a garantir a consecução dos objetivos dispostos
neste Capítulo.
Art. 273. Os diplomas, certificados de aproveitamento e atestados de frequência,
fornecidos pelo órgão responsável pela administração de cursos e bolsas de estudos,
influem como títulos nos concursos em geral e nas promoções e acessos de classe em
que esteja interessado o seu portador, desde que expedidos na conformidade do disposto
no § 3º do art. 74.

Capitulo III
Do Treinamento

Art. 274. O município manterá, na esfera do Poder Executivo, através do Setor


de Desenvolvimento Pessoal vinculado a Secretaria da Administração e entidades de
ensino conveniadas, curso de especialização, aperfeiçoamento e treinamento para os
funcionários regidos por este Estatuto.
Art. 275. Constituem, dentre outros, objetivos dos cursos referidos no artigo
anterior:
I – de especialização;
a) Ministrar conhecimentos técnicos especializados tendo em vista o
aprimoramento do funcionário no campo de sua atividade profissional;
b) Proporcionar ao funcionário condições de aprimoramento técnico especifico,
através de palestras conclaves, seminários ou simpósios, relativos ao campo
de sua especialização.
II – de aperfeiçoamento e treinamento:
a) Fornecer ao servidor elementos gerais de inscrições;
b) Ministrar técnicas especificas de administração, particularmente nos setores
de planejamento administrativo, lançamento e arrecadação de tributos;
elaboração e execução de orçamentos; administração de pessoal;
administração material; organização e métodos; relações públicas e
atividades de chefia;
c) Ministrar aulas de preparação para concursos;
Art. 276. Para os efeitos do disposto neste capitulo, aplicam-se aos funcionários
regidos por este Estatuto os disciplinamentos dos § 2º do art. 164.

Capitulo IV
Das Transgressões Disciplinares

Art. 277. Constitui transgressão disciplinar e ao funcionário é proibido:


I – referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso, em informação,
requerimento, parecer ou despacho, as autoridades, a funcionários e usuários bem como
a atos da administração Pública, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá-lo do
ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço.
II – retirar, sem previa autorização da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da repartição;
III – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
IV – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ilícito;
V – coagir ou aliciar subordinado com o objetivo de natureza político-partidária;
VI – participar da gerencia ou da administração da empresa industrial ou
comercial, exceto as de caráter cultural ou educacional;
VII – exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como
acionista, cotista ou comanditário;
VIII – praticar a usura em qualquer de suas formas;
IX – pleitear, como procurador ou intermediário, junto as repartições públicas,
salvo quando se tratar de percepção de vencimentos e vantagens de parentes até o
segundo grau;
X – receber propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie;
XI – cometer a pessoa estranha a repartição, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de encargos que lhe cometer ou a seus subordinados;
XII – deixar de pagar, com regularidade, as pensões a que esteja obrigado em
virtude de decisão judicial;
XIII – faltar à verdade no exercício de suas funções, por malicia ou má-fé;
XIV – deixar de informar, com presteza, os processos que lhe forem
encaminhados;
XV – dificultar ou deixar de levar ao conhecimento da autoridade competente,
por via hierárquica em 24 (vinte e quatro) horas, queixa, de denuncia, representação,
petição, recurso, ou documento que houver recebido, se o estiver na sua alçada resolver;
XVI – negligencia ou descumprir qualquer ordem legitima;
XVII – apresentar, maliciosamente queixas, denuncia ou representação;
XVIII – lançar em livros oficiais de registro, anotações ou qualquer outras
matérias estranhas a suas finalidades;
XIX – adquirir, para revenda, de associação de classe ou entidades beneficente
em geral, gêneros ou quaisquer mercadorias;
XX – entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras ou outros afazeres
estranhos ao serviço;
XXI – deixar, quando comunicado em tempo hábil, de providenciar a inspeção
médica do servidor, seu subordinado que faltou ao serviço por motivo de saúde;
XXII – deixar, quando sob sua responsabilidade, de prestar informações sobre
funcionários em estagio probatório;
XXIII – esquivar-se de providenciar a respeito de ocorrência no âmbito de suas
atribuições, salvo no caso de impedimento, o que comunicará em tempo hábil;
XXIV – representar contra superior hierárquico, sem observar as prescrições
regulamentares;
XXV – propor transações pecuniárias a superior ou subordinado com o objetivo
de auferir lucro;
XXVI – fazer circular ou subscrever lista de donativos no recinto da repartição;
XXVII – utilizar-se do anonimato para qualquer fim;
XXVIII – aconselhar ou concorrer para não ser cumprida qualquer ordem de
autoridade competente, ou para que seja retardada a sua execução.
XXIX – simular doença para escusar-se do cumprimento das obrigações;
XXX – trabalhar mal intencionalmente ou por negligencia;
XXXI – faltar ou chegar atrasado ao serviço, deixar de participar, com
antecedência, a autoridade imediatamente superior, a impossibilidade de comparecer à
repartição, salvo motivo justo;
XXXII – permutar processo, tarefa ou qualquer serviço que lhe tenha sido
atribuído, sem expressa permissão da autoridade competente;
XXXIII – abandonar o serviço para o qual tenha sido designado;
XXXIV – interesses particulares, férias, cursos ou dispensa de serviço para
participação em congressos, bem como depois de comunicado que qualquer delas foi
interrompida por ordem superior;
XXXV – desrespeitar ou procrastinar o cumprimento de decisão ordem judicial,
bem como criticá-las;
XXXVI – usar durante o serviço, mesmo em quantidades insignificante bebida
alcoólica de qualquer natureza;
XXXVII – recusar-se sem justa causa a submeter-se à inspeção médica ou
exame de capacidade intelectual ou vocacional previstos neste Estatuto;
XXXVIII – negligenciar no quadro de objetos pertencentes à repartição e que
em decorrência da função ou para o seu exercício, lhe tenha sido confiados,
possibilitando a sua danificação ou extravio;
XXXIX – demostrar parcialidade nas informações de sua responsabilidade, para
a aferição do merecimento de funcionários;
XL – influir para que terceiro intervenha para a sua promoção ou para impedir a
sua remoção;
XLI – retardar o andamento de processo;
XLII – receber gratificação por serviço extraordinário que não tenha prestado
efetivamente;
XLIII – deixar de aplicar penalidade merecidas, quando lhe forem aferidas,
atribuídas, a funcionários subordinados ou em casos contrario, deixar de comunicar a
infração à autoridade competente, para que o faça;
XLIV – deixar de adotar a tempo, na esfera de suas atribuições, providencias,
destinadas a evitar desfalques ou alcances pecuniários por parte de detentores de
dinheiro ou valores do município, dada a sua vida irregular o incompatível com seus
vencimentos ou renda particular, cuja comprovação poderá ser exigida;
XLV – abrir ou tentar abrir qualquer dependência da repartição fora das horas de
expediente desde que não esteja expressamente autorizado pela autoridade competente;
XLVI – fazer uso indevido de veículo da repartição;
XLVII – atender em serviço com desatenção ou indelicadeza, qualquer pessoa
do público;
XLVIII – indispor o funcionário contra os seus superiores hierárquicos ou
provocar, velada ou ostensivamente, animosidade entre seus pares;
XLIX – acumular cargos, funções em empregos públicos, ressalvadas as
exceções constitucionais previstas;
L – dar causa, intencionalmente, a extravios ou danificação de objetos
pertencentes à repartição;
LI – fazer diretamente ou por intermédio de outrem, transações pecuniárias,
envolvendo assunto de serviço, bens de Estado ou artigos de uso proibido;
LII – introduzir ou distribuir na repartição quaisquer escritos que atentem contra
a disciplina e a moral;
LIII – praticar crimes contra a administração pública;
LIV – lesar os cofres públicos ou dilapidar o patrimônio municipal;
LV – praticar ofensas físicas, em serviço, contra funcionário ou qualquer pessoa,
salvo se em legitima defesa devidamente comprovada;
LVI – cometer insubordinação grave em serviço;
LVII – aplicar irregularmente dinheiro público;
LVIII – revelar segredo que conheça em razão de seu cargo ou função;
LIX – faltar sem justa causa, o exercício de suas funções durante o período de 30
(trinta) dias consecutivos;
LX – faltar sem justa causa, ao sérvio por 45 (quarenta e cinco) dias
intercalados, durante o período de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias;
LXI – exercer advocacia administrativa;
LXII – ofender, provocar, desafiar ou tentar desacreditar qualquer colega ou
autoridade superior, com palavras, gestos ou ações;
LXIII – dar-se ao vicio da embriaguez pelo álcool ou por substancia de efeitos
análogos;
LXIV – importar ou exportar, usar, remeter preparar, produzir, fabricar, adquirir,
vender, expor à venda ou oferecer, fornecer ainda que gratuitamente, tem em deposito,
transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar ou entregar de qualquer forma
a consumo, substancia entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica,
sem autorização legal ou regulamentar;

Capitulo V
Das Responsabilidades

Art. 278. Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário reponde


civil, penal e administrativamente.
Art. 279. A responsabilidade civil decorre do procedimento omissivo ou
comissivo, doloso ou culposo, que impetre em prejuízo ao erário municipal ou de
terceiros.
§ 1º. A indenização de prejuízo caudado ao erário municipal poderá ser
liquidada nos termos do art. 142 deste Estatuto, à mingua de outros bens que respondam
pela indenização.
§ 2º. Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante
ao erário municipal em ação regressiva, proposta depois de transitar em julgado a
decisão de última instancia que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro
prejudicado.
Art. 280. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções
imputados ao funcionário com tal.
Art. 281. A responsabilidade administrativa resulta da prática de qualquer uma
das transgressões ou proibições previstas no Capítulo anterior.
Art. 282. As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo
umas e outras independentes entre se, bem assim as instancias civil, penal e
administrativa.
Art. 283. A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou
administrativa se negar a existência do fato ou afastar do acusado a respectiva autoria.

Capítulo VI
Das Penalidades

Art. 284. São penalidades disciplinares:


I – repreensão;
II – suspensão;
III – multa;
IV – destituição de função por encargos de chefia;
V – demissão;
VI – cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
Art. 285. Para imposição de pena disciplinar, no âmbito de suas respectivas
atribuições, são competentes:
I – o Chefe do Poder Executivo, em quaisquer dos casos enumerados no artigo
anterior;
II – os Secretários de município, autoridade equivalente e os dirigentes das
autarquias, as mesmas penas a que se refere o item anterior, exceto as de demissão,
cassação de aposentadoria e disponibilidade, é de exclusiva competência do prefeito.
§ 1º. A pena de destituição de função por encargo de chefia caberá a autoridade
que houver designado o funcionário.
§ 2º. A autoridade que tiver ciência da falta praticada por funcionário sob sua
subordinação, sendo ela punível independentemente de processo disciplinar, aplicará
desde logo a pena seja de sua alçada e quanto a que escapa aos limites de suas
atribuições, representará fundamentadamente e por via hierárquica de imediato, a
autoridade competente.
Art. 286. Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas:
I – a natureza da infração, sua gravidade e as circunstancias em que fora
praticada.
II – os danos dela decorrentes para os serviços públicos;
III – a repercussão do fato;
IV – os antecedentes do servidor;
V – a reincidência.
Parágrafo único. É circunstancia agravante de falta disciplinar haver sido
praticada com o concurso de dois ou mais servidores.
Art. 287. A pena de repreensão, que será aplicada por escrito e deverá constar
do assentamento individual do servidor, destina-se a punição de falta que, não sendo
expressamente objeto de qualquer outra sanção, seja a critério da administração,
consideradas de natureza leve.
Parágrafo único. Serão punidas com pena de repreensão as transgressões
disciplinares previstas nos itens XII a XIII do art. 276.
Art. 288. A pena de suspenção, que não excederá a 90 (noventa) dias será
aplicada em casos de falta grave ou de reincidência em qualquer das transgressões a que
alude o artigo anterior.
§ 1º. Para efeito deste artigo, consideram-se faltas graves as arroladas nos
incisos I a XI, XXVII a LXIV do art. 276.
§ 2º. Além da penal judicial que couber, serão considerados como de suspensão
os dias em que o funcionário deixar de atender as convocações, de júri sem motivo
justificado.
§ 3º. O funcionário suspenso perderá todas as vantagens e direitos decorrentes
do exercício do cargo.
§ 4º. Havendo conveniência para o serviço, a pena de suspensão poderá ser
convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou
remuneração, obrigando-se neste caso, o funcionário a permanecer no serviço.
§ 5º. A imposição da pena será, sempre precedida de sindicância, realizada em 5
(cinco) dias, contados do conhecimento da infração.
§ 6º. A aplicação das penas de repreensão e suspensão até 30 (trinta) dias
independe de processo administrativo.
§ 7º. A aplicação da pena de suspensão por mais de 30 (trinta) dias dependerá,
em qualquer caso, de apuração da falta em processo disciplinar que assegure ao
funcionário ampla defesa.
Art. 289. As penas de repreensão e de suspensão serão canceladas após o
decurso de 5 (cinco) e 10 (dez) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o
funcionário não houver, neste período, praticado qualquer nova infração disciplinar.
Parágrafo único. O cancelamento será efetivado pelo chefe do órgão encarregado
do controle dos assentamentos individuais do pessoal e não produzirá efeitos
retroativos, ressalvada a contagem dos dias de suspensão para aposentadoria e
disponibilidade.
Art. 290. A pena de demissão será aplicada nos casos das infrações previstas nos
itens LIV a LXV do art. 276, bem como nos casos de contumácia na prática de
transgressões disciplinares puníveis com suspensão ou de reincidência da infração.
§ 1º. Entende-se por contumácia a pratica, no período de 3 (três) anos
consecutivos, contado da data da primeira transgressão, de 4 (quatro) ou mais
transgressões disciplinares pelas quais o funcionário tenha sido efetivamente punido.
§ 2º. Constara sempre dos atos de demissão fundada em crime contra a
administração pública, exceto abandono de cargo, lesão aos cofres públicos e
dilapidação do patrimônio municipal a nota a bem do serviço público.
Art. 291. Será cassada a disponibilidade ou aposentadoria se ficar provado, em
processo administrativo em que se tenha proporcionado defesa ao acusado, que a
aposentadoria foi concedida irregularmente, que o funcionário em disponibilidade ou
aposentado, quando ainda na atividade, praticou ato que importasse em demissão a bem
ou serviço, ou se já na inatividade, aceitou representação de Estado estrangeiro, sem
prévia autorização do Presidente da República.
Parágrafo único. A disponibilidade também será cassada se o funcionário não
assumir, no prazo legal, o exercício do cargo em que for aprovado.
Art. 292. As penas de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
destituição da função serão aplicadas pela autoridade competente, em cada caso, para
nomear ou designar o funcionário investidura em cargo público.
Parágrafo único. Os atos de demissão, de destituição de função ou de cassação
de aposentadoria ou disponibilidade mencionarão sempre as causas e os fundamentos de
direitos em que se baseiem.
Art. 293. A aplicação de penalidade pelas transgressões disciplinares constantes
deste Estatuto não exime o funcionário da obrigação de indenizar o município pelos
prejuízos causados.
Art. 294. Cessará a incompatibilidade de que trata o art. 291 ser for declarada a
reabilitação do punido em revisão do processo disciplinar ou mediante sentença judicial.
Art. 295. Prescreve a ação disciplinar:
I – em 4 (quatro) anos, quanto as infrações puníveis com demissão e cassação de
aposentadoria ou disponibilidade.
II – em 1 (um) ano, quanto as infrações puníveis com suspensão por mais de 30
(trinta) dias ou destituição de função por encargo de chefia;
III – em 120 (cento e vinte) dias, quanto às transgressões puníveis com pena de
suspensão até 30 (trinta) dias, multa ou repreensão.
§ 1º. O prazo de prescrição começa a correr da data em que o ilícito for
praticado, exceto para a hipótese de cassação de aposentadoria por irregularidade na sua
concessão, caso em que o temo inicial é a data da ciência, pela autoridade competente,
do ato ou fato sujeito à punição.
§ 2º. Os prazos de prescrição fixados na lei penal aplicam-se as infrações
disciplinares previstas como crime, ressalvado o abandono de cargo.
§ 3º. O curso da prescrição interrompe-se com o ato de abertura de sindicância
ou instauração do processo disciplinar.
§ 4º. Interrompida a prescrição, todo o prazo começa a correr normalmente do
dia da interrupção.

Capítulo VII
Da Prisão Administrativa
Art. 296. Cabe as autoridades de que tratam os incisos I e II do art. 284.
Solicitar fundamentadamente e por escrito, à autoridade judicial a prisão administrativa
de todo e qualquer responsável por dinheiro público e valores pertencentes à Fazenda
Municipal, ou que se acharem sob a guarda desta, nos casos de alcance ou omissão em
efetuar as entradas nos devidos prazos.

Capítulo VIII
Da Suspensão Preventiva

Art. 297. Cabe a suspenção preventiva ao funcionário, em qualquer fase do


processo disciplinar a que esteja sujeito, pelo prazo de 30 (trinta) dias, a ser aplicada
pela autoridade instauradora do processo, dede que sua permanência em exercício possa
prejudicar a apuração dos fatos.
Parágrafo único. A suspensão preventiva pode ser autorizada mesmo logo em
seguida ao esgotamento da prisão administrativa, não sendo acumuláveis.
Art. 298. A autoridade a que ser refere o artigo precedente compete, conforme o
caso, prorrogar até 90 (noventa) dias, o prazo de suspensão já ordenada, findo o qual
cessarão os respectivos efeitos, ainda que o processo não esteja concluído.
§ 1º. Não decidido o processo no prazo de 90 (noventa) dias, o indiciado
reassumirá automaticamente o exercício de seu cargo ou função, aguardando ai o
julgamento.
§ 2º. No caso de alcance ou malversação de dinheiros públicos, apurados em
inquérito, o afastamento do funcionário se prologará, em regime de exceção, até a
decisão final do processo disciplinar.
Art. 299. O funcionário terá direito:
I – a contagem do tempo de serviço relativo ao período em que tenha estado
suspenso, quando do processo não houver resultado pena disciplinar ou esta se limitar á
repreensão;
II – à contagem do tempo de serviço relativo ao período que exceder ao máximo
legalmente previsto para a suspensão;
III – a contagem do período de suspensão preventiva e ao pagamento de
vencimento ou da remuneração e todas as vantagens do exercício, desde que
reconhecida a sua inocência.

TÍTULO VI
DO PROCESSO DISCIPLINAR E SUA REVISÃO

Capitulo I
Do Processo

Art. 300. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é


obrigada a prover-lhe a imediata apuração, em processo disciplinar, assegurando-se ao
indiciado ampla defesa.
§ 1º. O processo disciplinar o precederá a aplicação das penas de suspensão por
mais de 30 (trinta) dias, destituição de função demissão, cassação de aposentadoria ao
de disponibilidade, ressalvada a hipótese de penalidade decorrente de sentença judicial.
§ 2º. Como medida preparatória, o funcionário público designado pela
autoridade, para apuração do fato e descoberta da autoria, procederá a uma sindicância
preliminar, o prazo de 15 (quinze) dias, mediante a apresentação de relatório-denuncia,
que conterá:
I – a exposição da infração administrativa, com todas as suas circunstancias;
II – a qualidade do indiciado:
III – a classificação do ilícito disciplinar;
IV – o rol de testemunhas e a indicação de outras provas, quando necessário;
Art. 301. São competentes para determinar a abertura de processo disciplinar, no
âmbito de suas respectivas atribuições, as autoridades a que se referem os itens I e II do
art. 284 deste Estatuto.
Art. 302. O processo disciplinar será promovido por uma comissão composta de
três funcionários, designados pela autoridade que a houver determinado, que escolherá,
dentre os membros, o respectivo presidente.
§ 1º. O presidente da comissão designará um de seus membros para secretariar
os trabalhos.
§ 2º. Sem prejuízo do disposto neste artigo, os Secretários Municipais, dirigentes
das autoridades equivalentes poderão instituir comissões permanentes de processo
disciplinar junto aos órgãos específicos.
Art. 303. Sempre que necessário, a comissão dedicará todo o seu tempo de
trabalho ao processo disciplinar, ficando aos seus membros, em tal caso, dispensados do
serviço normal da repartição durante o curso das diligencias e elaboração do relatório.
Art. 304. Recebido o relatório-denuncia, a comissão instaurará a citação do
acusado, para interrogatório a ser realizado, no máximo, até 5 (cinco) dias contados da
citação.
§ 1º. Não sabido, ou por se ocultar para não receber a citação, esta se fará por
edital, com o prazo de 15 (quinze) dias, publicado 3 (três) vezes no Diário Oficial ou
jornal de grande circulação.
§ 2º. Após o interrogatório, que deverá ser feito na presença das partes, abrir-se á
o prazo de 3 (três) dias para apresentação de defesa prévia, na qual o acusado terá
oportunidade de requerer as provas a serem produzidas na instrução, que deverá estar
concluída no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 3º. Se o acusado não comparecer para o interrogatório, será considerado revel,
caso em que a comissão nomeará um funcionário, se possível, da mesma classe ou
categoria para defende-lo, permitindo o seu afastamento dos serviços normais da
repartição durante o tempo estritamente necessário ao cumprimento daquele mister.
§ 4º. Igual providencia tomará a comissão quando o acusado, embora presente,
não tenha construído defensor.
§ 5º. Apresentada a defesa prévia, a comissão marcará, sucessivamente,
audiência para inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e defesa,
determinando, posteriormente a produção de outras provas requeridas pelas partes.
§ 6º. Na produção de prova, a comissão poderá recorrer, sempre dos,
requisitando à autoridade competente o pessoal, material e documentos necessários ao
seu funcionário.
§ 7º. As partes serão intimadas para todos os atos procedimentais, assegurando-
se lhes o direito de participação na produção de provas, mediante requerimento de
perguntas as testemunhas e formulação de quesitos, quando se tratar de prova pericial.
§ 8º. No caso de não comparecimento do acusado e seu defensor ou de qualquer
deles, por motivo justificado, será suspensa a audiência e designada outra data, fato que
somente ocorrerá uma vez por motivo justificado, ou se já adiada uma vez , ser-lhe-á
nomeado outro defensor e realizada a audiência, ainda que sem a presença do acusado.
§9º. Concluída a fase instrutória, dar-se-á vista dos autos às partes, na repartição,
no prazo de 3 (três) dias para solicitações de diligencia complementares, que serão
indeferidas pela comissão, quando julgadas meramente protelatórias.
§ 10º. Em seguida, a comissão abrirá, sucessivamente, prazo de 5 (cinco) dias
para alegações finais, de acusação e defesa.
§ 11º. Ultimado procedimento probatório, a comissão elaborará o seu relatório, o
seu relatório no prazo de 10 (dez) dias, que fará o histórico dos trabalhos realizados e
apreciará isoladamente, em relação a cada acusado, as irregularidades que lhe são
imputadas e as provas colhidas nos autos, propondo, então, justificadamente, a isenção
de responsabilidade ou punição, e indicando, neste ultimo caso, a penalidade que couber
ou as medidas adequadas.
§ 12º. Deverá, ainda, a comissão, em seu relatório, sugerir quaisquer providencia
que lhe pareçam de interesse do serviço publico.
Art. 305. A comissão quando não permanente, após elaborar o seu relatório ser
dissolverá, mas os membros prestarão, a qualquer tempo, à autoridade competente, os
esclarecimentos que lhes forem solicitados a respeito do processo.
Art. 306. Recebido o processo, a autoridade que determinou sua instauração o
julgará no prazo de 30 (trinta) dias, a contar de seu recebimento.
§ 1º. A autoridade referida neste artigo poderá solicitar parecer de qualquer
órgão ou funcionário sobre o processo, desde que o julgamento seja proferido no prazo
legal.
§ 2º. O julgamento deverá ser fundamentado, promovendo ainda à autoridade a
expedição dos atos decorrentes e as providencias necessárias a execução, inclusive a
aplicação da penalidade.
Art. 307. Quando escaparem a sua alçada as penalidades e providencias que lhes
parecerem cabíveis, a autoridade, as proporá, dentro do prazo marcado para o
julgamento, a quem for competente.
Art. 308. As decisões serão sempre publicadas no órgão oficial, dentro do prazo
de 10 (dez) dias.
Art. 309. Quando a infração disciplinar constituir ilícito penal. A autoridade
competente providenciará também a instauração do inquérito policial ou da ação penal.
Art. 310. No caso de abandono de cargo, a autoridade competente determinara
ao órgão oficial, por 3 (três) vezes, do edital de chamamento, pelo prazo de 20 (vinte)
dias, que será contado a partir da terceira publicação.
§ 1º. Findo este prazo e não comparecendo o acusado, ser-lhe-á nomeado
defensor para, em 10 (dez) dias, a contar da ciência da nomeação apresentar defesa.
§ 2º. Apresentada a defesa e realizadas as diligencias necessárias à colheita de
provas, o processo será concluso ao Secretário ou autoridade equivalente para
julgamento.

Capítulo II
Da Revisão

Art. 311. A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão do processo


disciplinar de que resultou aplicação de pena, desde que se aduzam fatos ou
circunstancias suscetíveis de justificar a inocência do requerente.
Parágrafo Único. Tratando-se de funcionários falecido ou desaparecido, a
revisão poderá ser requerida por qualquer dos seus sucessores ou das pessoas constantes
do seu assentamento individual.
Art. 312. Correrá a revisão em apenso ao processo originário.
Paragrafo Único. Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação
de injustiça da penalidade, ou a arguição de nulidade suscitada no curso de processo
originário, bem como a que, nele invocada, tenha sido consitada improcedente.
Art. 313. O requerimento será dirigido à mesma autoridade que houver imposto
a pena disciplinar.
§ 1º. Na inicial, o requerente fará uma exposição dos fatos e circunstancias
capazes de modificar o julgamento originário expedirá a designação do dia e hora para
inquirição das testemunhas que arrolar.
§ 2º. Será considerada informante a testemunha que, residindo fora da sede de
funcionamento da comissão, prestar depoimento por escrito, com firma reconhecida.
§ 3º. Ate a véspera da leitura do relatório, será licito ao requerente apresentar
documentos que lhe pareçam úteis ao deferimento do seu pedido.
Art. 314. Recebido o requerimento, a autoridade designara comissão especial,
composta de 3 (três) membros, um dos quais desde logo designado como presidente,
não podendo integrá-la qualquer dos membros da comissão do processo disciplinar
originário.
Paragrafo Único. O presidente da comissão designara, por portaria, o membro
que devera servir como secretario, comunicando este fato ao órgão de pessoal.
Art. 315. A comissão concluirá os seus trabalhos em 60 (sessenta) dias
permitida a prorrogação, a critério da autoridade a que se refere o artigo anterior por
mais 30 (trinta) dias, e remeterá o processo a este, com relatório.
Art. 316. O prazo para julgamento do pedido revisório será de 40 (quarenta)
dias, podendo antes a autoridade determinar diligencias, concluídas as quais proferirá a
decisão dentro do prazo de 15 (quinze) dias.
Paragrafo Único. Caberá ao Chefe do Poder Executivo o julgamento, quando
do processo revisto houver resultado pena de demissão, cassação de aposentadoria e
disponibilidade.
Art. 317. A decisão poderá simplesmente desclassificar a infração para a
aplicação de penalidade mais branda.
Art. 318. Julgada procedente a revisão do processo disciplinar, tornar-se-á sem
efeito a penalidade imposta, estabelecendo-se todos os direitos por ela atingidos.

TITULO VII
Das Disposições Gerais

Art. 319. Além dos sábados e domingos, da terça-feira de carnaval, da sexta-


feira santa e de outros dias que forem especialmente considerados de festa popular, não
haverá expediente em nenhuma repartição ou serviço municipal nos seguintes feriados:
I – nacionais;
a) 1º de janeiro
b) 21 de abril
c) 1º de maio
d) 7 de setembro
e) 12 de outubro
f) 02 de novembro
g) 15 de novembro
h) 25 de dezembro
i) O dia em que se realizarem eleições gerais.
j) O dia de eleições, mais apenas nas localidades onde as mesmas se
realizarem.
Art. 320. Não será antecipada a comemoração do feriado que coincidir com o dia
em que ser realizarem eleições, nos termos dos art. 1° e 2º da Lei nº 1.266, de 8 de
dezembro de 1.950.
Art. 321. Serão contados por dias corridos os prazos previstos neste estatuto e na
sua regulamentação.
§ 1º. Na contagem dos prazos, não se computa o dia inicial e inclui-se o de
vencimento.
§ 2º. Fica prorrogado para o primeiro dia útil seguinte o prazo vencido no dia em
que não haja expediente ou em que este não tenha sido integral.
Art. 322. Os funcionários públicos, no exercício de suas atribuições, não estão
sujeitos à ação plena por ofensa irrogada em informações, pareceres ou quaisquer outros
escritos de natureza administrativa, que para isso, são equiparados às alegações
produzidas em juízo.
Parágrafo Único. Cabe ao chefe imediato do funcionário mandar riscar, a
requerimento do interessado, as injurias ou calúnias porventura encontradas.
Art. 323. Os vencimentos e proventos não sofrerão descontos além dos previstos
em lei.
Art. 324. Por motivo de convicção religiosa, filosófica ou política, nenhum
funcionário poderá ser privado de qualquer de seus direitos, nem sofrer alterações em
sua vida funcional.
Art. 325. E vedada a remoção de oficio do funcionário investido em mandato
eletivo, a partir do dia da diplomação ate o termino do mandato.
Art. 326. Respeitadas as restrições constitucionais, a prática dos atos previstos
neste Estatuto é delegável.
Art. 327. O chefe do Poder Executivo poderá, mediante decreto, instituir
medalhas de méritos para concessão a funcionários que se distinguirem por relevantes
serviços prestados ao município.
Art. 328. Será promovido, após a morte, o funcionário que:
I – ao falecer já lhe coubesse, por direito, a promoção;
II – tenha falecido em consequência de acidente no desempenho de suas funções.
§ 1º. Para o caso do inciso II, é indispensável a previa comprovação do fato
através de inquérito.
§ 2º. A pensão a que tiverem direito os beneficiários do funcionário promovido
nas condições deste artigo será calculada tomando-se por base o valor dos vencimentos
ou remuneração do novo cargo.
Art. 329. A competência para a concessão das vantagens pecuniárias benefícios
em geral não especificada neste Estatuto será determinada, nas esferas da administração
direta e autárquica, por ato do Chefe do Poder Executivo.
Art. 330. Será considerado como de efetivo exercício o afastamento do
funcionário que esteja no desempenho da função da presidência de associações ligadas
ao funcionalismo municipal, nos dias em que participar de congressos, conclaves e
simpósios, realizados na sede de sua lotação ou fora dela, e que verse sobre assuntos
que digam respeito à categoria a que pertença.
Paragrafo Único. O afastamento de que trata este artigo devera ser comunicado
até 03 (três) dias antes da realização do evento e instruído com documento respectivo
convite ou convocação.
Art. 331. Não haverá suspeição na, esfera administrativa.
TITULO VIII
DAS DISPOSIÇOES FINAIS E TRASITORIAS

Art. 332. O chefe do Poder Executivo baixara os regulamentos que se fizerem


necessários à execução deste Estatuto.
Paragrafo Único. Os atuais regulamentos continuam em vigor naquilo em que
não forem incompatíveis com os preceitos deste Estatuto.
Art. 333. O Poder Executivo promoverá as medidas necessárias a formação e ao
aperfeiçoamento dos funcionários regidos por este Estatuto, notadamente para o
desempenho de cargos em comissão e de funções gratificadas, observados o respectivo
grau de hierárquico, a natureza das atribuições e as condições básicas necessárias ao seu
exercício.
Art. 334. Esta lei entrara em vigor na data da sua publicação.
Art. 335. Revogam-se as disposições em contrario.

Santa Bárbara De Goiás, aos 03 de dezembro de 1993.

GEORGE MORAIS FERREIRA


Prefeito

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