Manual de Orientações Nutricionais para Síndrome Do Ovário Policístico

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Centro Universitário Brasileiro

UNIBRA

Manual de Orientações Nutricionais


para Síndrome do Ovário Policístico

Curso: Nutrição Professora: Helena Campello

Disciplina: Educação Alimentar e Nutricional II

Alunas: Debora Elaine, Jeniffer Fernanda, Juliana Araújo, Juliana


Karina, e Nairany Arruda

Recife,2020

1.O que é a Síndrome do Ovário Policístico (SOP)?


A Síndrome do Ovário Policístico é descrita como uma endocrinopatia
multifatorial, a qual foi relatada pela primeira vez em 1935 por Stein e Venthal,
e afeta 20% das mulheres no período de fertilidade. A SOP é caracterizada
pela presença de hiperandrogenismo, anovulação e ovário com a presença de
12 ou mais cistos, por muitas vezes, as mulheres apresentam também,
amenorreia e hirsutismo. A etiologia da síndrome do ovário policístico ainda é
considerada heterogênea, porém, muitos estudos consideram que 70% dos
casos são hereditários.

Em 2004 o consenso de Rotterdam firmou sintomas para o diagnóstico de


SOP, a mulher deve apresentar no mínimo dois dos três sintomas, como ovário
policístico com doze ou mais cistos que contenham entre 2 a 9 mm,
anovulação e hiperandrogenismos clinico ou laboratorial, assim, nenhum
desses sintomas de forma isolada pode se caracterizar em SOP.

2. Como identificar os sintomas da SOP?


Na síndrome do ovário policístico os altos níveis de andrógenos retido dentro
dos cistos no ovário, tendem a desenvolver características masculinas nas
mulheres, como excesso de pelo, oleosidade, queda de cabelo em região de
calvície masculina, irregularidade menstrual, acne e infertilidade.

Uma outra característica da SOP é a resistência insulínica (RI), que não se


sabe ainda, se o hiperandrogenismo causa a resistência insulínica (RI) ou a RI
predispõe o hiperandrogenismo, contudo, ocorre uma deficiência no
mecanismo de ação da insulina. A mulher com SOP produz insulina além do
necessário para as células, de modo que, resulta em insulina livre na corrente
sanguínea causando uma resistência insulínica e posteriormente uma diabetes
mellitus tipo 2.

Além do hiperandrogenismo, anovulação e resistência insulínica, a síndrome


do ovário policístico pode desencadear doenças cardíacas, excesso de peso
e/ou obesidade, desordens no perfil lipídico, hipertensão arterial e câncer no
endométrio.

3. Qual a conduta nutricional para SOP?


Para mulheres com síndrome do ovário policístico o tratamento não
farmacológico é de fato o que se tem o melhor resultado. A prática de
exercícios físicos e conduta nutricional que venha a reduzir seus sintomas e
conjuntamente o tratamento de possíveis comorbidades associadas, a conduta
nutricional deve seguir de acordo com a patologia apresentada, uma vez que, a
mulher apresente diabetes, seus parâmetros serão referentes a um paciente
diabético, assim como uma paciente com dislipidemia.

Caso a paciente não tenha comorbidades associadas o manejo nutricional


deverá ser: agregar qualidade na sua alimentação, podendo recomendar para
a paciente a prática de exercício físico, consumo de alimentos com baixo índice
glicêmico, consumo de gorduras boas e a ingestão de alimentos integrais. A
melhora na qualidade da alimentação, associada a prática de exercícios físicos,
tendem a reduzir o peso da paciente que consequentemente apresenta
melhoras nos sintomas da síndrome.

4. Quais alimentos auxiliam no tratamento da SOP?

Uma dieta com alimentos ricos em cálcio, vitamina D, vimatina C, fibra,


ômega 3 , bem como as carnes magras , evitando alimentos
ultraprocessados ,embutidos, gordutas saturadas e açúcar refinado , o que
demonstrou ser benéfico no tratamento para portadoras de SOP, bem como na
prevenção de comorbidades associadas. Os principais alimentos são os
peixes, as oleaginosas, frutas ,principalmente as cítricas, vegetais como os
folhosos de coloração verde escura, os integrais e óleos vegetais como o
azeite.
Referências

FONSECA, H.P, ALDRIGHI, J.M, Atividade física, hábitos alimentares e


qualidade de vida em mulheres com síndrome dos ovários policísticos.
Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo, São Paulo, p 1-5,2012.

GONÇALVES, M.M, et al, Interferência dos hábitos nutricionais no perfil


metabólico de mulheres com síndrome dos ovários policísticos. Arquivos
Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de
São Paulo, São Paulo, p 6-11, 2018.

LIOCADIO, V.C.S, A dietoterapia como aliada no tratamento da síndrome


dos ovários policísticos, Faculdade De Ciências Da Educação E Saúde,
Brasília, p 1-18, 2017.

Ministério da Saúde, Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para


Síndrome dos Ovários Policísticos. Conitec - Comissão Nacional De
Incorporação De Tecnologias No Sus, Brasília, 2019.

SILVA, A.C.P.A, et al, Síndrome dos ovários policísticos e suas


complicações na idade reprodutiva. Revista Eletrônica De Trabalhos
Acadêmicos, Goiânia, n.4, p 1-10, 2017.

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