Pintor de Automóveis 2016 PDF

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2017 

 
 
 
 
 
 
PINTOR DE AUTOMÓVEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE

PROGRAMA DE QUALIDADE 01

PROCESSO E TÉCNICAS DE REMOÇÃO DE TINTAS 00

IDENTIFICAÇÃO DE SUBSTRATOS 00
LIXAMENTO E PREPARAÇÃ DE SUPERFÍCIES 00

MASSAS DE REPARAÇÃO 00

PROCESSO DE LIXAMENTO 00

PISTOLAS DE PINTURA 00

INICIAÇÃO A PINTURA 00

TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO E ORÇAMENTO DE PINTURA 00

LIMPEZA E DESENGRAXAMENTO DE PEÇAS /CARROCERIAS 00

PRIMER´S FOSFATISANTES 00

PRIMER´S DE ALTA PERFORMANCE 00

PINTURA DE COMPONENTES PLÁSTICOS AUTOMOTIVOS 00

TIPOS DE TINTA 00

TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE TINTAS E VERNIZES 00

AS CORES 00

PROCESSO DE POLIMENTO 00

TÉCNICAS PARA RETOQUES 00

TÉCNOLOGIA DE POLIMENTO E ESTÉTICA VEICULAR 00

CQP - DEFEITOS, CAUSAS E CORREÇÃO 00

GERENCIAMENTO DE CUSTOS DE OFICINA 00

LAY OUT DE OFICINAS 00

PROGRAMA DA QUALIDADE TOTAL

===Programa 5S===

É o primeiro passo para quem quer se organizar, seja em âmbito pessoal,


familiar, social ou profissional.
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Trata-se de uma filosofia, que por sorte gramatical no Idioma Japonês,
começam com a letra “S”, de onde surgiram através das técnicas de
Brainstorming. Esta ferramenta ajuda pessoas e empresas a se reorganizar
retomando a eficiência e a qualidade de produtos, serviços e principalmente
qualidade de vida das pessoas.

Significado das Palavras:

1º S – SEIRI – Senso de Utilização​:


Refere-se a identificação, classificação e remanejamento dos recursos que não
são úteis ao nosso posto de trabalho. Destina-se a eliminar tarefas
desnecessárias e desperdícios de recursos, inclui na utilização correta dos
equipamentos, sua manutenção preventiva, com o objetivo de aumentar a vida
útil destes. “​Separar o necessário do desnecessário”

2º S – SEITON –​ Senso de Ordenação:


R
​ efere-se a disposição dos objetos, comunicação visual e facilitação do fluxo
de pessoas. Com isto há diminuição do cansaço físico, economia de tempo e
facilita a tomada de medidas emergenciais.
Colocar cada coisa em seu devido lugar​.

3º S – SEISON – Senso de Limpeza:


Cada pessoa deve limpar e organizar sua própria área de trabalho,
conscientizar o grupo e sua equipe de trabalho, para que evitem sujá-la. Tem
por objetivo final manter o ambiente físico agradável.
Limpar e cuidar do ambiente de trabalho.

4º S – SEIKETSU – Senso De Saúde:


Instiga a preocupação com a própria Saúde a nível físico, mental e emocional.
Com a aplicação dos três conceitos anteriores, cuidar da Saúde fica mais fácil,
pois em ambientes limpos e organizados, pouco é o risco de acidentes de
trabalho, baixa toxicologia e incidência de fungos e bactérias, eliminam
possibilidades de doenças, facilita a comunicação e causa bem estar inclusive
no relacionamento interpessoal.
Tornar saudável o ambiente de trabalho.​

5º S – SHITSUKE – Senso de Auto-Disciplina:


R​efere-se aos padrões éticos e morais. Uma pessoa auto-disciplinada discute
seu ponto de vista e opina questões profissionais até o último momento mas,
assim que a decisão for tomada por consenso, ela executa o que fora por todos
determinado.
Rotinizar e padronizar a aplicação dos "4 S" anteriores.

PROCESSO DE REMOÇÃO DE TINTAS

​REMOVEDOR PASTOSO

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Indicado para remoção de pinturas antigas originais e repinturas (tintas, primer
e até mesmo massas).
Também é utilizado para remoção de tintas industriais e limpeza em geral de
peças mecânicas automotivas ou não.

Composição Química
A base de solventes clorados, aromáticos e espessantes.

Características
Densidade a 25ºC .............. 1,05 - 1,16 g/cm3
Viscosidade a 25 ºC..............110 - 130 KU
pH ........................................ 9 – 12

Apresentação
Líquido viscoso, aspecto gelatinoso e incolor.

Modo de Usar
Retire com um pincel ou espátula em abundância e aplique sobre o local a ser
removido. Aguarde de 10 à 20 minutos ou até que o mesmo venha à reagir. Se
necessário, fazer uma 2ª. aplicação. Após a remoção e a raspagem, lavar a
peça com água e limpar com Thinner ou Solução Desengraxante.

Não aplicar em locais muito quentes ou com incidência solar.

Nota1:​ Abrir a lata com cuidado. O Removedor Pastoso forma gases e pode
explodir a tampa.

​ or ser um produto agressivo é recomendado o uso de óculos de


Nota2: P
proteção, luvas de Látex Nitrílico e avental durante a aplicação.

Nota3:​ Para melhor ataque do Removedor Pastoso é aconselhável lixar ou


provocar ranhuras na superfície da tinta.

Nota 4: ​Nunca aplique o Removedor Pastoso em superfícies que tenham altura


superior ao seu peitoral, pois podem ocorrer respingos que ocasionem
acidentes graves.

Armazenagem
Deve ser mantido à temperatura ambiente (25ºC) ou menor para que não
ocorra alterações em suas características iniciais.

Validade ​. ​Embalagem
12 meses Latas de 800g e 3,6Kg.

IDENTIFICAÇÃO DE SUBSTRATOS

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Antes de iniciar um processo de Pintura ou Repintura o Pintor deve realizar a
identificação e o estado dos substratos, segundo suas características, as quais
determinam o tipo de preparação da superfície antes da pintura e a escolha do
melhor sistema de pintura a aplicar.

Tipos de Substratos:

Substratos Minerais:
Natureza:​ Concreto, estuque, argamassa, tijolo, etc.

idade:​ por ex. concreto recente e por isso alcalino, substratos antigos pintados
ou não.
Estado:​ substratos em bom estado ou manchados, coesos ou degradados,
secos ou úmidos, com trincas, mapas, bolhas, desplacamento, etc.
Substratos metálicos (aço, alumínio, zinco)
Deve ter-se em consideração:
Natureza:​ origem, aços de diferentes composições, alumínios e ligas, zinco e
ligas, galvanizados, cobre e outras ligas.

Preparação da peça/estrutura:​ chapa laminada a quente ou a frio, peça


obtida com carepa ou não de laminação, por injeção, junções por solda, etc.
Estado da superfície:​ presença de corrosão, sujidades (óleos, gorduras,
pingos de solda), restos de tinta antiga, etc.
Substratos plásticos

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Existe uma grande variedade de materiais plásticos, pelo que é importante
reconhecer com cuidado a sua natureza.
Os termorrígidos e compósitos
Os termoplásticos

● Poliolefinas: polietilenos, polipropilenos, teflon, etc.


● PVC e seus polímeros
● Poliestireno e seus polímeros (ABS)
● Plásticos técnicos: Poliésteres, Nylon, NORYL, PPO, PP, EPDM PP, etc.
● Elastômeros \ Borrachas

MASSAS DE REPARAÇÃO

Nome do Produto: Massa Poliéster


Composição: Resina Poliéster Insaturada, Cargas, Solventes e Aditivos;
Aplicação / Propriedades:
Possui alto poder de enchimento, sendo portanto indicada para correção de defeitos de
superfícies, substituindo a massa plástica e a massa rápida em uma única aplicação.
Possui ainda a caracteristica de aderir na maioria dos substratos metálicos. Possui
também alta flexibilidade.
Substrato / Pré-tratamento:
Aço carbono

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É necessário que o substrato esteja limpo e desengraxado, não aplicar sobre o fundo
fosfatizante.
Relação Catálise: 100 partes de Massa Poliéster
Catalisador 2 a 3 partes de Catalisador para Massa Poliéster
Tempo de Vida Útil da Mistura a 25°C serão 3 a 4 minutos
Espessura da camada seca Dependente de aplicação
Flash Off time Secagem do ar - 25°C 3 a 5 minutos para aplica
20 a 30 minutos para lixamento
Lixamento
Grana P80 com calço rígido a P240 semi flexível; com movimentos orientados.
Rendimento; variável.
O produto é tóxico. Indicamos a utilização dos seguintes equipamentos de segurança:
máscara para gases e luvas de PVC. Aplicar com um masseador.
As informações aqui citadas, são baseadas em testes de laboratórios e experiências
práticas. A qualidade do produto é assegurada somente quando aplicado por
profissional treinado de acordo com as especificações.

LIXAMENTO E PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE

Operações de lixamento em metais

O lixamento é feito pela ação penetrante de sucessivos grãos abrasivos da lixa na


peça, da qual remove cavacos de material, com dimensões proporcionais a sua
dimensão e agressividade; (Granulometria).
O resultado na área lixada são riscos no sentido de ação da lixa. A profundidade
destes riscos é, em princípio, proporcional ao tamanho do grão abrasivo. Por isso é
necessário etapas de lixamento, com lixas de diversas granulometrias, até o grau de
acabamento pretendido.

Como em toda operação, a utilização da lixa mais indicada permite obter:

• Acabamento desejado;

• Tempo mínimo de operação;

• Eficiência e rendimento da lixa.

Existem diversos tipos de operações de lixamento em diferentes substratos. Estas


empregam abrasivos revestidos (lixas) nos mais variados formatos, conforme a
operação e as máquinas utilizadas.
Estes formatos de abrasivos revestidos podem ser:

• Cinta de lixa;

• Disco de lixa, (com ou sem furo);

• Escova;

• Folha;

• Roda;

• Rolo.

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● Mantas Abrasivas;
● Esponjas abrasivas;

Na oficina de funilaria e pintura, a operação de lixamento ocupa em média 45%


do tempo despendido na reparação de um veículo. Isto representa um custo
significativo de mão de obra e material. O aumento de produtividade e a
redução dos custos depende da escolha e do uso de produtos e sistemas
adequados que tornem o trabalho mais rápido, econômico e de melhor
qualidade.

Fatores importantes na escolha da Lixa

Poder de corte: ​É a capacidade de remoção do material a ser lixado. Depende


basicamente da qualidade do grão mineral e da construção da lixa.
A boa lixa é aquela que tem bom corte e proporciona boa qualidade final no
acabamento.

Durabilidade:​ É o tempo que o mineral permanece cortando eficientemente.


Quanto mais durável, mais econômico. Um abrasivo eficiente é aquele que
combina poder de corte com durabilidade. Uma lixa que dura pouco significa
desperdício de dinheiro.

Acabamento
Algumas lixas podem cortar rápido mas a sua alta produtividade pode ser uma
ilusão.

Riscos profundos provocados pelo lixamento terão que ser retrabalhados ou


aparecerão como defeitos na pintura, (vassouramento). Isto adiciona custo de
mão de obra e material para a oficina.

Sistemas de fixação​
Métodos mais rápidos para realizar o trabalho significam economia de tempo e
mão de obra. Por esta razão, a 3M e outros grandes fabricantes mundiais,
desenvolveram sistemas de lixamento para agilizar estas operações.
Sistemas Hookit ~​ Lixadeira pneumática com ou sem aspiração com discos
abrasivos fixados com velcro. Plaina manual com tiras abrasivas fixados com
velcro e Telas abrasivas entre outras novidades...

Como é construída uma lixa

As lixas são constituídas de três partes básicas: o costado (papel, pano,


combinação pape/pano e fibra), o mineral (óxido de alumínio, carbureto de
silício ou minerais especiais) e o adesivo ( cola ou resina). As lixas são

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fabricadas de acordo com a necessidade ou aplicação, combinando-se estas
matérias primas.

O que significa o número da lixa:

Ele indica o tamanho médio do grão mineral com o qual a lixa foi fabricada.
Quanto maior o número, menor o tamanho do grão e mais fina a lixa.

Ex.:
Lixa Ferro 36 ​- desbaste pesado
Lixa Ferro 60 ​- semi-acabamento
Lixa d'água 150 ​- disfarce e acabamento
Lixa d'água 400, 600, 800 ​- lixamento fino
Lixa d'água 1200, 1500 ​e ​2000 ​- acabamento final (polimento)

Como obter maior rendimento e qualidade:

Um cuidado importante que resulta em vários benefícios refere-se a sequência


dos grãos utilizados em um lixamento. Para um melhor, aproveitamento da lixa
e resultado final de acabamento devem ser usados grãos não superiores a 100
pontos. Ou seja, se o trabalho foi iniciado com uma lixa grão 100, o próximo
lixamento deverá ser o grão 150 ou 180. Caso seja utilizado um grão maior, por
exemplo grão 220, poderão surgir dificuldades para remover os riscos do
Iixamento anterior. Fazendo isso, obtém-se maior rendimento da lixa, melhor
qualidade no lixamento, maior produtividade, menor esforço físico, economia
de tempo e material.

Como reduzir os desperdícios da lixa D´água

As lixas não necessitam ficar mergulhadas no balde antes de serem utilizadas.


Elas estão sempre prontas para serem usadas. Um tratamento especial no
costado torna a lixa d'água flexível e impermeável. Portanto, utilize a água
somente como lubrificante. Não deixe pedaços extras mergulhados no balde,
principalmente de um dia para o outro, pois isto diminui o rendimento de
qualquer lixa d’água.

Lixamento correto para Polimento automotivo

Ao fazer um lixamento para posterior polimento da pintura, utilize abrasivos


grãos 1200, 1500 ou 2000/2500 dependendo da condição final da pintura.
Realize o lixamento de maneira orientada, nos sentidos horizontal e vertical.
Isto reduz o tempo no polimento, facilita a obtenção do brilho e diminui a
possibilidade de riscos circulares, (hologramas).

Técnicas para lixamento da Massa Poliéster;

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Conforme recomendações dos fabricantes, não se deve usar água ou qualquer
outro lubrificante para o lixamento da massa poliéster. Para isso, recomenda-se
o lixamento a seco, que é o processo usado nas montadoras. Neste caso, você
pode usar a Lixa Seco com vários benefícios: evita oxidação por não usar
água, não empasta, prolonga a durabilidade da reparação, mantém o ambiente
limpo, entre outros.

Lixa Seco 80​ -Desbaste


​Lixa Seco 120​ -Semi-acabamento
Lixa Seco 180​ -Acabamento

Como conservar as lixas

As lixas possuem materiais que se alteram de acordo com as condições


ambientais, especialmente umidade e calor. Portanto, para maior durabilidade,
armazene e conserve-as em locais com temperatura entre 15 e 25°C e
umidade entre 35 a 50%. Não deixe as lixas expostas diretamente ao sol ou
guardadas próximas ao chão ou lugares úmidos.

MASSAS DE REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Quando em reparos de Funilaria, devido a gravidade dos amassados e também


onde se encontra o defeito, seu tamanho e claro, a espessura da chapa, não é
possível para o funileiro recompor o alinhamento e as formas da chapa em
100% do seu formato original. Consequentemente ficam defeitos que só
poderão ser nivelados com a aplicação de massas com alto poder de
enchimento, as massas de reparação automotiva, conhecidas como: Massa
Plástica, esta mais antiga e barata, e a Massa Poliéster, mais atual e menos
problemática.

Classificação das Massas

É comum por questões comerciais as Massas Automotivas se dividirem em


categorias, que podem ser pelo poder de enchimento, densidade, fineza ou tipo
de Polimerização.

Poder de enchimento é a capacidade que a massa tem de encobrir a


superfície nivelando-a pelo seu alto teor de sólidos.

Densidade: ​A ​i​ndústria química designa a ​massa (ou vulgarmente "peso") de


determinado sólido granulado desconsiderando que em meio aos seus grãos
contenha espaços "vazios" preenchidos por ar, ou espaços ocos, quanto maior
a densidade menor o espaço vazio entre as cargas.
Fineza: ​Característica delgada, fina, ou seja, um pó muito fino que proporciona
melhor nivelamento e acabamento da massa, conseguido através de
tecnologias de moagem dos pigmentos e cargas que a massa recebe em sua
formulação.

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P​olimerização: Forma ou reação química pela qual a massa muda seu estado
físico , passando de gelatinosa a dura, ou simplesmente a forma como a massa
seca. Nesse processo, as moléculas da Massa e seu catalisador, chamadas
monômeros se combinam umas com as outras formando moléculas maiores
denominadas polímeros.
Finalidade das Massas, P ​ rimeiro as massas devem ter boa aderência sobre
as superfícies, (Metais, Fibras, Plásticos), segundo não devem ter nenhum tipo
de reação com o substrato para não alterar suas características
físico-químicas, depois precisam ser de fácil aplicação, fácil lixamento,
secagem rápida e principalmente não apresentarem porosidade excessiva, o
que comprometeria o acabamento final, (pintura).
Cuidados na Aplicação: ​As Massas conseguem através de sua consistência
nivelar as superfícies, porém não devem ser aplicadas camadas muito
exageradas, pois isso pode alterar o ciclo de secagem, dificultar o lixamento e
nivelamento, dificultar a homogeneização e principalmente apresentar
porosidade, a qual requer repasses de massa e ainda provocará rechupamento
da tinta e conseqüente perda de brilho.

PROCESSO DE LIXAMENTO AUTOMOTIVO

No processo de reparação automotiva, a etapa de


lixamento é fundamental para manter a originalidade do
veículo. Muitos defeitos podem aparecer caso não se
execute um lixamento adequado na superfície reparada.

Do ponto de vista do dono da empresa de reparação, o


lixamento é a etapa que demanda um maior número de
horas trabalhadas dos profissionais, seja na funilaria ou
na preparação.

Em média, 45% do tempo gasto pelo profissional durante o processo de


reparação se refere a alguma atividade de lixamento. Desta forma, é
imprescindível que o empresário tenha ciência do custo deste tempo e faça
uma análise do custo/benefício do processo de lixamento implantado na sua
empresa​.

Lixamento a Seco X Lixamento via ùmida 

“O processo de lixamento a seco pode se tornar quatro vezes mais produtivo


que o processo convencional (lixamento com água) e também garantir a
qualidade no serviço executado, uma vez que não há água no processo e esta,
muita vezes, pode ocasionar pontos de ferrugem na chapa reparada e,

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posteriormente, comprometer o trabalho executado, assim como também a
vida útil do veículo”.

A pintura automotiva sofreu mudanças significativas nestes últimos anos,


principalmente com a redução de VOC (Compostos Orgânicos Voláteis) na
atmosfera e alteração em sua composição na eliminação de metais pesados.
Estas mesmas mudanças ocorreram nos produtos para pintura destinados ao
mercado da reparação automotiva. Esta evolução foi tão rápida que muitos
profissionais ainda não se deram conta destas mudanças e não puderam
perceber os benefícios que estes produtos podem lhes proporcionar.

Houve também uma alteração na fabricação das lixas utilizadas no processo de


lixamento a seco. No passado, as lixas utilizadas com água seguiam uma
norma para sua fabricação (Norma Americana ANSI). As lixas utilizadas no
sistema de lixamento a seco seguem a Norma Européia FEPA. A diferença
entre as normas ocorre principalmente nos grãos finos ou grãos de
acabamento. Para que o profissional execute um trabalho com qualidade e
rapidamente, ele deve conhecer um pouco sobre lixas também. Caso contrário,
poderá surgir alguns problemas no acabamento final, havendo a necessidade
de refazer o trabalho e o lucro da empresa reduzir ou até mesmo se ver
trabalhar no ‘vermelho’.

LIXAMENTO MECÂNICO

O cliente espera que o trabalho preliminar à pintura automotiva seja executado


rapidamente, mas também de maneira exata, de forma a assegurar que todo o
sistema de pintura automotiva alcance um acabamento de superfície de alta
qualidade.

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Modelo de Oficina Produtiva Toolsystem

A lixadeira excêntrica ou orbital, a base para lixar e o abrasivo só podem


trabalhar em total harmonia se forem complementares entre si. Uma excelente
conexão entre o abrasivo e sua base mantém o processo de lixamento em total
equilíbrio, excluindo a possibilidade de vibrações que afetem o desempenho da
ferramenta.

O uso do abrasivo correto também garantirá o resultado desejado: um


acabamento de superfície de alta qualidade!

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A qualidade do abrasivo e o tamanho do grão são ajustados para desempenhar
perfeição no trabalho, sendo que, os abrasivos possuem nove furos e sucção
Jetstream além de uma conexão de velcro minuciosamente desenvolvida para
manter os diversos componentes em seus devidos lugares.

Sistema de Aspiração e Otimização de tempo com equipamentos periféricos:

Modelo do Aspirador Industrial da Toolsystem

Perfeita aspiração dos mais variados pós e aparas, graças a regulagem


progressiva da potência de aspiração.

A potente lixadeira excêntrica ou orbital, sua base livre de vibrações e uma


elaborada diversidade de abrasivos, atingem seu melhor desempenho, quando
um aspirador industrial adequado for utilizado para sugar o pó, sendo que a
qualidade do filtro e a conexão com a lixadeira são fundamentais.

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Quanto mais em desordem e caótica for a área de trabalho, mais dinheiro e

Equipamentos elétricos

Lixadeira roto-orbital angular

Maior resistência a altas temperaturas


Estrutura superior anti-contaminação
Construído com engrenagens de alta resistência
Punho macio para maior conforto e controle.

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Lixadeira Excêntrica Eletrônica, ideal para lixar e
polir madeiras, metais, plásticos e pinturas em superfícies côncavas.Leve,
prática e versátil, esta lixadeira integra os movimentos oscilante e giratório,
resultando em um ótimo acabamento da superfície.

Usada para dar acabamento e lixar madeiras e metais


Leve e compacta, com potência elevada e coletor de pó
Excelente sistema de travamento de lixas
Base com sustentação reforçada
Botão trava para operações contínuas.

PISTOLAS DE PINTURA

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Pistola de Sucção

Acabamento para uma ampla gama de tintas.


Gatilho super leve e preciso.
Utiliza caneca de alumínio.

Especificações:
Vazão de Tinta: 330ml/min.
Consumo de Ar: 11 cfm.
Pressão de ar na entrada da pistola: 45psi.
Tamanho do leque à uma distância de 8'': 11''

Pistola por gravidade

Pistola por gravidade Gravidade HVLP

Bico: 1,4 mm Bico:1.4mm


Capacidade 600 ml Capacidade: 600 ml
Entrada de ar ¼” (M) Entrada de ar: 1/4" (M)
Consumo Isnt.8,25 lts. s Consumo de ar Instantâneo:
Pressão de Trabalho: 15 a 21 0,25 pcs ou 7,08 l/seg
Pressão de Trabalho: 15 a 21 psi

Retoques/ Micro Pintura

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Aerógrafo Mini-jet

Caneta para micro pintura Pistola por gravidade para


Bico: 0,3 mm Retoques, capacidade 130 ml
Capacidade: 7 ml Bico 1.0mm
Entrada de ar: 1/6\" Entrada de ar ¼”
Consumo de ar Instantâneo: 0,02 pcs ou 0,47 l/seg consumo de ar de 0,29 pcs ou
Pressão de Trabalho: 7 a 30 psi 22 psi

Devilbiss

Modelo Pop-600

Pistola convencional de gravidade possui excelente custo benefício, alta


produtividade e qualidade no acabamento.
Sua capa de ar convencional proporciona uma pulverização uniforme com
baixo consumo de ar.
Especificações:
Vazão de Tinta: 275ml/min.
Consumo de Ar: 8 cfm @ 30 psi.
Tamanho do Leque: 11'' à uma distância de 8''.

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Obs.: Valores obtidos com base poliéster metálico à uma viscosidade de 15
segundos no copo Ford #4.
​Modelo HVLP Transtec SGK 505-622

Pistola de pressão de alta produção alimentada por tanque de pressão ou


bomba.
Proporciona economia de tinta reduzindo o desperdício e a poluição, com a
vantagem de consumir menor volume de ar. Gatilho super leve e preciso.
Agulha de aço inox temperada e defletor de ar de alumínio anodizado
substituível com rosca para anel da capa.
Passagens de tinta no corpo são de aço inox.
Indicadas também para aplicação de tintas à base d'água.

Especificações:
Vazão de Tinta: 300 a 840ml/min.
Consumo de Ar: 11,0 a 13,5 cfm.
Pressão de ar na entrada da pistola: 35 a 45 psi.
Tamanho do leque à uma distância de 9'': 13'' a 16''.

PINTURA INDUSTRIAL

O próximo assunto é relacionado a pintura Industrial, onde além de alta


qualidade, requer alta produção, baixo consumo de materiais, fácil manuseio,
assistência técnica e peças de reposição garantidas, com alto custo/benefício;
isto claro, aliados a atualização tecnológica acompanhando as tendências
mundiais no que diz respeito ao Meio Ambiente, Saúde e Segurança dos
Operadores.

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Pistolas eletrostáticas;

FONTE DE ALTA TENSÃO TECPLUS LÍQUIDO

● Tensão de Alimentação: 220 / 240 V – 50 / 60 Hz.


● Ar filtrado com Pressão de ar: máx. 100 lbf/pol².
● Tensão de Corrente: Ajustável de 0 a 75 kV - 120µA máxima de saída.

https://meet.google.com/wgq-tqww-yhi

Peso: 480g.
Características Elétricas:

● Tensão de Operação: 0 a 75 kV
​Características Pneumáticas:

● Ar de pulverização: 100 lbf/pol² máximo


● Consumo de Ar: 25 scfm a 100 lbf/pol²
​Conexões das mangueiras:

● Ar: 1/4” – 18 NPSM


● Fluido: 3/8” – 18 NPSM

Conjunto de pintura com Bomba Duplo Diafragma e pistola SGK Transtec


(H.V.L.P.)

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● Bomba de baixa pressão que substitui o tanque de pressão;
● Ideal para grandes consumos de tinta podendo utilizar várias pistolas de
uma só vez, com sistema de pulverização H.V.L.P. ou convencional.
● Ciclo de retorno de tinta;
● Trabalha com agitadores de tinta pneumáticos;
● Utilizado na maioria dos segmentos de mercado.
● Pressão de trabalho: 0,5 a 7 bar
● Consumo de ar: 80 l/min
● Capacidade: 30 l/min (máx)
● Peso aproximado: 8 kg
● Dimensões: 650 x 210 mm

Tanques de Pressão:

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Tanques de Pressão
Características Técnicas
Modelo Volume Peso Dimensões
TP 10 10 Lts 6 Kg 312 x 220 x 420 mm
TP 20 20 Lts 30 Kg 415 x 360 x 695 mm
TP 40 40 Lts 32 Kg 415 x 360 x 847 mm
TP 60 60 Lts 37 Kg 500 x 500 x 880 mm
TP 10
O tanque TP 10 é construído em aço carbono com pintura epóxi com tampa de
alumínio injetado.
Ajuste fino e com trava na regulagem - Borboleta com arruela para trava de
segurança - Equipamento com válvula de segurança e manômetro - Garantia
de peças de reposição.

TP 20/40/60 com agitador pneumático


Os tanques TP 20/40/60, possuem rodízios giratórios que facilitam seu
transporte mesmo quando estão com material a ser utilizado.
Agitador pneumático com baixo consumo de ar - Balde de inox interno
facilitando a limpeza do mesmo - Evita, ao agitar, a decantação de partículas
sólidas da tinta - Economia de tempo em relação a caneca de pintura -
Garantia de peças de reposição.

TP 20/40/60 com agitador manual


Os tanques TP 20/40/ 60 com agitador manual possuem as mesmas
características dos com agitador pneumático, porém este é substituído por um
dispositivo mecânico com acionamento manual.

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INICIAÇÃO A PINTURA

Configuração carregada em cima ou embaixo


​Causa:

A. Acúmulo de material na capa de ar.


B. Obstrução parcial nos orifícios dos chifres ou nos orifícios centrais da capa.
C. Acúmulo de material no bico do fluido ou obstrução parcial do mesmo

Correção:
A. Remova a capa e lave -a com solvente.
B. Remova a capa e lave -a com solvente.
C. Remova o bico e lave -o com solvente.
(Nunca use materiais perfuro cortantes)

​Configuração defeituosa em curva

Causa:
D. Bico de fluido danificado;

Correção:
D. Substitua o conjunto bico e agulha.

​Configuração carregada no centro


Causa:
A. Excesso de material.
B. Material muito viscoso.

Correção:
A. Reduza o fluxo de material fechando o botão de regulagem do fluido ou
aumente a pressão do ar no Filtro Regulador de ar;
B. Dilua o material com o solvente especificado;

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​Configuração dividida ou cinturada.
Causa:
A. Pressão muito alta.
B. Falta de material.

Correção:
A. Reduza a pressão do ar no Filtro Regulador de ar;
B. Aumente o fluxo de material, abrindo o botão de regulagem de fluido.

Pulverização intermitente ou ondulante

Causa:
A. Quantidade de material insuficiente na caneca.
B. Pistola e canecas inclinadas num ângulo excessivo.
C. Passagem de fluido obstruída.
D. Tubo de fluido da caneca solto ou rachado.
E. Bico de fluido solto ou assento do bico de fluido danificado.
F. Material viscoso demais para alimentação por sucção.
G. Gaxeta (18) gasta ou seca, ou sobreposta (19) da gaxeta solta.

Correção:
A. Encha a caneca
B. Não incline excessivamente a pistola ou gire o tubo do fluido.
C. Limpar a passagem do fluido.
D. Aperte ou substitua o tubo de fluido.
E. Aperte ou substitua o conjunto bico e agulha.
F. Dilua o material ou use equipamento de alimentação por pressão.
G. Troque ou lubrifique a gaxeta ou aperte a sobreposta.

A Pistola não pulveriza:

Causa: Correção:
A. Baixa pressão de ar na pistola. A. Verifique as linhas de ar ou
​aumente a pressão no Filtro;

B. Botão de regulagem de fluido. B. Abra o botão de regulagem


do fluido.

C. Material muito viscoso. C. Dilua o material

24
D. Capa solta. D. Aperte a capa

25
26
LIMPEZA E DESENGRAXAMENTO DE SUPERFÍCIES
AUTOMOTIVAS

Na industria de reparação automotiva, o desengraxamento é uma operação


muito importante, pois o uso de produtos inadequados, técnicas, insumos e
acessórios incorretos, podem ao invés de proporcionar melhor desempenho
dos produtos de revestimento, causam grandes problemas e reações difíceis
para reverter nos sistemas e processos de repintura automotiva.

O desengraxamento manual, tem como finalidade remover todo tipo de


contaminação que depositou-se sobre a superfície a ser tratada, independente
de sua classificação. Esta técnica usa produtos e insumos de origem orgânica
que efetuarão a limpeza através do arrasto mecânico, e sua eficiência depende
da observação do pintor e subseqüentes repasses do líquido desengraxante
usado.

Os produtos destinados ao desengraxamento e limpeza de superfícies para


Repintura Automotiva tem custo acessível, diversos fabricantes, fácil aplicação
e são muito eficientes.

Ex: ​3901S - Limpeza Superfície


Diluente de Limpeza utilizado para preparação e limpeza de superfícies em
todas as etapas do processo de repintura.
Pontos Fortes
● Limpeza de Superfície sem Resíduos
● Indicado para todas as Etapas do Processo de
Repintura Indicado para todos os Substratos, exceto
Plástico.

Limpeza Superfície:
Embeber um pano de limpeza limpo em 3901S ​-
Limpeza Superfície.
Limpar a superfície para remover sujeiras e
impurezas.
Passar pano de limpeza limpo e seco por toda a
superfície.
Evitar deixar o 3901S - Limpeza Superfície secar na
superfície. Caso isto ocorra, reaplicar 3901S -
Limpeza Superfície e remover utilizando pano limpeza limpo e seco.

27
WASH PRIMER “FUNDO FOSFATISANTE”

Descrição do Primer:
Resina vinílica especial, bi -componente. Utilizado especificamente em metais
nú;

Produto:​ Como primer promotor de aderência sobre superfícies metálicas não


ferrosas, onde reage quimicamente com o substrato proporcionando excelente
aderência. (Formando a primeira camada de proteção anti-corrosiva).

Pode-se encontrar esse produto com diversas nomenclaturas comerciais, ex:


Wash Primer; Fundo Fosfatisante Anti-corrosivo; Peberal Wash Primer etc...

Aplicações​:
Como primer promotor de aderência em superfícies de alumínio, aço
inoxidável, galvanizados, etc. Utilizado como primeira demão sobre este
substrato e podendo receber diversos tipos de acabamentos opcionais de
acordo a necessidade de desempenho e tipo de ambiente ao qual o
equipamento ficará exposto.
“Não recomendado o uso de acabamento Laca Nitrocelulose aplicado direto
sobre ele”.

Catálise dos Produtos: ​Deve-se sempre observar as recomendações dos


fabricantes e intruções nas embalagens ou boletins técnicos, pois o manuseio
varia de Fabricante para fabricante, pois seu “pot life”, é muito reduzido assim
como seu tempo de armazenamento.

O tempo máximo da vida útil da mistura conseguido por alguns fabricantes


atinge 72 horas.

Aplicação: ​Após a mescla do produto é importante uma perfeita


homogeneização, prudente observar o prazo de indução, filtrar o produto em
tela 100, e aplicar duas demãos leves, (semi-úmidas), com intervalo de 5
minutos entre demãos.

Para melhor controle da camada, verifique a viscosidade da mescla em um


viscosímetro F4, e use bico de vazão da pistola dois pontos a menos que a
viscosidade indicada.
Ex: Se a viscosidade da mescla for parametrizada em 16 segundos, utilize um
bico de vazão da pistola de no máximo 1.4 mm.

Ajuste a pressão do ar em 25lbs.pol².

28
Primer de Alta Performance

O Primer Surfacer tem como finalidade proporcionar ao processo de pintura,


uma resistência anticorrosiva eficiente e também nivelar as superfícies
removendo grumos e vassouramento provocado pelo lixamento e desbaste de
não conformidades da carroceria provenientes dos processos de estampagem
e correções de funilaria. Esta camada base também permite nivelar pequenas
irregularidades superficiais existentes na tinta eletrodepositada, (cataforese),
por se tratar e um produto de alta performance permite boa fusão das tintas de
acabamento, além de possibilitarem tingimento para melhor cobertura da tinta
evitando entre outros o manchamento em cores metálicas e perolisadas.

Nas montadoras devido a alta produção, estes primer´s, (componente A), são
produtos bi-componentes, (catalisáveis) que secam ou polimerizam por reação
química numa reação em cadeia com agente de cura, (componente B), produto
a base de resinas Poliuretânicas e que pertencem a família dos termofixos que
se tornam insolúveis em solventes e apresentam maior resistência físico
química quando curados, devido a sua grande impermeabilidade. Podem ser
aplicados por sistemas de aspersão convencional, ou mecânica otimizada e só
secam em temperaturas superiores a 80ºC.

A aplicação de primer´s pelo processo eletrostático visa melhor eficiência na


deposição da camada, possibilita melhor gerenciamento de custos e do
aspecto do filme aplicado, a espessura do filme seco não ultrapassa 45µm de
camada seca.

Na Repintura Automotiva os primer´s de alta Performance, são assim


denominados devido ao seu alto teor de sólidos que proporciona maior
enchimento, secagem rápida e fácil lixamento, além de possibilitarem
tingimento para facilitar a cobertura da tinta e evitar manchas na pintura.

Nivelamento
O nivelamento é necessário para corrigir imperfeições na superfície a ser
pintada preenchendo possíveis defeitos do substrato que o primer não é capaz
de preencher​.

Enchimento
É a etapa onde se corrige pequenas imperfeições da superfície garantindo
melhor aderência do acabamento no substrato.
Os produtos que possuem esta função são os primers. Os primers podem ser
bicomponentes ou monocomponentes.
Os primers 2K (bicomponentes) conferem maior qualidade ao acabamento final
em função de sua maior resistência química.

Primer PU​  
Primer bi componente à base de resina acrílica reticulada com isocianato
alifático. Pertence a família dos Termofixos, pois sua cura, é realizada através
das reações químicas entre o veiculo, e o reticulador. Produto de alta
performance compatível com todas as linhas de tintas do atual mercado, com a
29
tratamento prévio específico pode ser usado em todos os tipos de substratos.
Indicado na preparação de superfícies para Repintura Automotiva em
pequenos reparos e/ou pintura geral.
Primer PU Bege e Cinza:

DX1500- Prim rPU Bege


DX1504 - Primer PU Cinza
Principais Características:
● Produto de Fácil Homogeneização
● Muito fácil de aplicar
● Excelente poder de enchimento
Ótima Lixabilidade e
Alto​ ​Rendimento

Primer PU DX1200

Primer bicomponente à base de resina acrílica reticulada com isocianato


alifático. Indicado na preparação de superfícies para Repintura Automotiva em
pequenos reparos e/ou pintura geral.

Principais Características :
Produto de Fácil Homogeneização
Boa Aplicabilidade
Fácil Lixamento e Bom Enchimento.

Primer Universal
Primer mono componente a base de resinas nitrocelulosica/alquídica. Seca por
evaporação de solventes, produto da família dos termoplásticos, também citado
como de baixa tecnologia, sua grande desvantagem em relação aos
bi-componentes é seu alto VOC.
Indicado para pequenos reparos e/ou pintura geral.
Possue secagem rápida e bom enchimento.

Descrição:

Produto com alto teor de sólidos que confere ao substrato excelente


enchimento, aderência, lixabilidade e flexibilidade.
Usado no preparo de superfícies que requeiram acabamento em
Laca Nitrocelulose, Acrílico, Poliéster e Esmalte Sintético.

Indicação:

É indicado em construção e manutenção como; estruturas metálicas, madeira,


Cores: Branco, Cinza e Vermelho Óxido. Acabamento: Fosco.
Propriedades Físico Químicas
Intempéries: Resistente a ações do tempo (Sol, Chuva, etc). Temperaturas:
Não aplicável com umidade relativa maior que 80% e/ou
temperaturas menores que 10ºC e maiores que 40ºC. Aderência:
30
Não aplicável em superfícies porosas, mofadas, oleosas e/ou sujas.

Informações Técnicas

Composição: Hidrocarbonetos aromáticos, glicóis, cetonas, álcoois, algodão


colódio, cargas minerais, pigmentos, resinas alquídicas e aditivos.

Especificação
Viscosidade
CF 04 a 25ºC

Secagem ao Toque: 10 a 15 Minutos.


S ecagem e Manuseio: 1 Hora.
Secagem Total: 48 Horas.
Diluição: 40% a 45% de Diluente

TINTAS

PINTURA DE COMPONENTES PLÁSTICOS

PORQUE PINTAR PLÁSTICOS

Devido a facilidade de produção de peças complexas, com um número menor


de operações e portanto com menor custo que outros materiais, a utilização de
plásticos está em constante crescimento. Porém o produto acabado pode
necessitar de algumas propriedades, tais como:

● Proteção contra substâncias agressivas;


● Proteção contra raios Ultra Violeta e intemperismo;
● Reprodução exata e constante de cores;
● Ocultar defeitos na superfície;
● Resistência a abrasão;
● Aparência metálica, entre outras.
Tais propriedades podem ser obtidas através da pintura das peças plásticas.

PINTURA DE PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

31
A sensibilidade a solventes, a resistência ao calor e os diversos níveis de
polaridade superficial, são fatores que influem na pintura em substratos
poliméricos. A escolha do sistema deve levar em consideração alguns fatores,
tais como:
● A polaridade superficial quando baixa ou nula, requer tratamento
superficial prévio.
● O solvente utilizado deve atacar o substrato apenas superficialmente
para se conseguir ancoramento da tinta, pois a extensão do ataque pode
comprometer seriamente a estrutura do material, prejudicando
sensivelmente suas propriedades mecânicas, principalmente a
resistência ao impacto.
● Deve-se levar em conta que a maioria dos polímeros contém aditivos
que podem vir a migrar para a superfície, prejudicando muito a adesão
da tinta.
● Condições ambientais em que o produto acabado ficará exposto
(ambientes agressivos, etc).
● Solicitações mecânicas da peça (escolha entre sistemas de tinta
flexíveis ou rígidos).

PRINCIPAIS SISTEMAS DE PRIMES E ACABAMENTO E SUAS


CARACTERÍSTICAS
Primer
A utilização de primer nos sistemas de pintura para plásticos é muito comum,
pois além de promover a aderência entre o acabamento e o substrato a um
custo muito mais baixo que outros pré-tratamentos descritos no item 5.5,
fornece também uniformidade superficial, proteção contra solventes agressivos
do acabamento , entre outros.
Basicamente os primers se dividem em:
Primers Monocomponentes

Em geral estes primers são constituídos de resinas vinilicas como, poliacetato


de vinila, álcool polivinilico, policloreto de vinila.

Estas resinas vinilicas possuem a propriedade de serem solúveis em álcoois e


insolúveis em solventes orgânicos que atacam a superfície polimérica, como os
hidrocarbonetos aromáticos. Dessa forma, pode-se dosar os solventes
orgânicos de forma a se obter ataque suficiente para promover adesão e não
comprometer as propriedades mecânicas do material. Este balanço de
solventes é muito importante quanto se pinta resinas de uso de engenharia a
alta suscetibilidade a solventes orgânicos.

Outras resinas , tais como, poliuretanos e acrílicos também podem ser


utilizadas na fabricação de primers monocomponentes, porém estas resinas

32
são solúveis em grande parte dos solventes orgânicos, perdendo assim a
vantagem de proteção do substrato. Estes primers são utilizados somente
quando se deseja encobrir defeitos na superfície do polímero.

Primers Bi-componentes

Enquanto que no primer mono-componente forma-se uma película


termoplástica. Nos bi-componentes se obtém uma camada de material
termofixo ou elastomérico, com características do oligomero original ,
tornando-os altamente resistentes a solventes e promovendo proteção ao
substrato a substancias agressivas proveniente do acabamento.
Os primers Bi-componentes são basicamente compostos por dois sistemas de
resinas listados abaixo:

● Epoxi / Poliamida
● Polímeros Hidroxilados / Isocianato

O primeiro possui as seguintes características:


● Promovem superfícies duras. Isso se deve a presença de uma resina
termofixa, facilitando o lixamento posterior, quando esta operação é
necessária.
● Após a aplicação do primer, este permite a aplicação do acabamento
após longos períodos.
● Tempo de uso (pot life) é em torno de 15 horas, sendo recomendado em
processos onde há a disponibilidade de estufa.
● Grande poder de encobrir defeitos superficiais.

Os sistemas poliuretânicos são divididos em 3 categorias:


a) PU/Acrílico
b) PU/Alquídico
c) PU/Poliéster

Basicamente estes primers diferem do anterior nos seguintes aspectos:


● Em geral promovem superfícies flexíveis até a - 40°C, sendo indicados
em aplicações onde a pintura necessite acompanhar a flexibilidade do
substrato, como por exemplo em um pára-choque.
● Após a aplicação dos primers b e c, estes permitem a aplicação do
acabamento mesmo depois de longos períodos, porém o sistema
Acrílico/Poliuretano pode comprometer a aderência com o acabamento
se a aplicação deste for muito demorada.
● O tempo de uso é menor, em torno de 5 horas, sendo mais indicados em
processos onde não se dispõe de estufas.
● O poder de encobrimento de defeitos superficiais é menor em relação ao
sistema anterior.

ACABAMENTOS

33
A função básica do acabamento é conferir ao substrato a aparência desejada,
além de melhoria da resistência ao intemperismo, resistência química, etc.

Os acabamentos também se dividem em:


● Sistemas monocomponentes
● Sistemas Bicomponentes
Comumente utiliza-se sistemas monocomponentes os poliacrilatos e nitratos de
celulose, os quais são conhecidos também como Laca Acrílica e Laca
Nitrocelulose respectivamente. Estes sistema requerem pequenos
investimentos de instalação e manutenção, refletindo em um baixo custo,
porém se prestam somente a promoverem estética, já que possuem limitada
resistência ao intemperismo e química. Desta forma, estes sistemas são
indicados em aplicações que não sejam expostas a ambientes agressivos.

Na grande maioria dos casos utiliza-se os sistemas uretânicos, quando se trata


de sistemas Bicomponentes.

Os mais frequentes são:


● Poliuretano / Acrílico: Quando se utiliza o acrílico como polímero, se
obtém sistemas de excelente resistência ao intemperismo e resistência
química.
● Poliuretano / Poliéster: Esta combinação não fornece a mesma
performance de resistência a intempéries , porém sua resistência
química é excelente e apresenta boa flexibilidade, característica esta
que se faz notar até a -40°C.
Quando se trata de cores metálicas /perolizadas obtém-se efeito desejado
aplicando-se sobre o acabamento um verniz transparente PU/ Acrílico. Cores
lisas não necessitam deste verniz.

PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE

Contaminantes como poeira, desmoldante e agentes lubrificantes devem ser


eliminados da superfície do substrato através de sua limpeza com álcool
isopropílico ou com solução de detergentes, sendo que o último pode ser
utilizado em linha de pintura através do sistema "Power Wash".
Em casos onde a simples limpeza superficial não é suficiente para proporcionar
uma boa aderência, pode-se melhorar a polaridade superficial através da
oxidação superficial que pode ser feita pelos métodos citados anteriormente.
APLICAÇÃO DA PINTURA
Numerosas técnicas de aplicação de pintura tem sido empregadas para pintura
de peças feitas plásticos de engenharia, dentre elas se incluem pistola
convencional, pintura hidráulica e pintura eletrostática.
Air spray - Utiliza ar comprimido para pulverizar a tinta.
Airless spray - Utiliza força hidráulica para atomizar a tinta. Esta pressão gira
em torno de 500psi. Em relação a primeira, esta apresenta diminuição da
névoa de over spray e um melhor acabamento.

34
Spray eletrostático - Este método consiste basicamente em formar um campo
elétrico entre o aplicador e a peça pintada previamente com um primer
condutivo, de modo a aumentar a força de impacto entre as partículas de tinta
e a peça, que chega a ser 1000 vezes o peso da partícula.
CURA DA TINTA
A cura pode ser feita a temperatura ambiente ou em estufa dependendo do
sistema de pintura envolvido. No caso da cura ser feita em estufa, a
temperatura máxima a ser aplicada deve ser em torno de 10°C, inferior ao HDT
do material a ser pintado.
PROBLEMAS COMUMENTE ENCONTRADOS NA PINTURA DE
PLÁSTICOS
Obtenção de peças manchadas
Causas prováveis
● Peça altamente tensionada.
● Solvente muito agressivo.
● Aparência ruim do moldado.
● Espessura da tinta insuficiente.
Possíveis soluções
● Ajustar as condições de moldagem.
● Utilizar um solvente menos agressivo.
● Minimizar linhas de solda, estrias, etc.
● Aumentar espessura da tinta.
Fissuramento
Este problema pode ser detectado pela presença de trincas superficiais na
pintura.

Causas prováveis

● Solvente agressivo.
● Peça altamente tensionada.
Possíveis soluções
● Utilizar solvente mais apropriado.
● Ajustar as condições de moldagem.
Ferfura
Caracteriza-se pela presença de pequenas e numerosas bolhas na pintura.

Causas prováveis
● Solvente retido abaixo da superfície da pintura que exsuda para a
superfície quando a peça é exposta ao calor.
● Solvente retido nos poros existentes no substrato que exsuda para a
superfície.
Possíveis soluções
● Aumento do tempo de evaporação do solvente.
Ajuste das condições de moldagem para eliminar a porosidade da peça
moldada ou usar um primer selador.

Branqueamento
Causa provável
● Condições de alta umidade.

35
Possível solução
● Aumentar a quantidade de solvente de maior ponto de ebulição.
Pé de Galinha
Caracteriza-se pela presença de trincas com ramificações na pintura,
assemelhando-se a pegadas de Galinha.

Causas prováveis
● Filme de tinta muito espesso.
● Sistema de solventes/pigmentos incorreto.
● Contaminação superficial.
Possíveis soluções
● Checar a técnica de aplicação da tinta.
● Mudar o sistema de solventes na formulação.
Crateras
Causas prováveis
● Pequenas partículas ou gotículas de óleo, silicone, entre outros.
● Contaminantes sólidos no sistema de pintura.
Possíveis soluções
● Checar o sistema de limpeza da superfície do substrato.
● Checar o sistema de pintura no que se refere à impurezas.

​ asca de Laranja
C
A superfície da área pintada apresenta poros semelhantes aos de uma
casca de laranja.

Causas prováveis
● Bico da pistola longe da superfície do substrato.
● Má homogeneização da tinta.
● Condições de umidade muito alta ou muito baixa.

Possíveis soluções
● Ajustar a distância.
● Homogeneizar a tinta.
● Ajustar as condições ambientais ou aumentar a porcentagem de
solvente.
Baixa Resistência a Adesão

Causas prováveis
● Presença de agente desmoldante ou outros contaminantes na superfície
do substrato.
● Seleção incorreta da tinta.
Possíveis soluções
● Eliminar o uso de agente desmoldante ou efetuar melhor limpeza da
peça. Agentes desmoldantes a base de Silicone dificilmente são
eliminados no processo de limpeza da peça.
● Consultar o fabricante de tinta.

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Resistência de adesão não uniforme.

Causas prováveis
● Contaminações localizadas na tinta ou na superfície do substrato.
● Homogeneização do sistema tinta/solvente.
Possíveis soluções
● Checar se há agente desmoldante ou outras substâncias estranhas.
● Checar a limpeza superficial da peça e a filtragem da tinta.
● Efetuar melhor a homogeização da tinta.
Bolhas

Causas prováveis
● Presença de água no sistema.
● Presença de óleo no sistema.
● Contaminação superficial.
Possíveis soluções
● Verificar linha de ar, pistola de pintura, etc.
● Verificar a limpeza superficial e possível contaminações de silicone.
● Limpar a superfície a ser pintada com Álcool Isopropílico. Eliminar fontes de
contaminantes.

TIPOS DE TINTA
O QUE É TINTA?
“Dispersão de um ou mais pigmentos em um aglomerante sólido,
quando aplicada em camadas forma um filme opaco e aderente do
substrato”

“Composição pigmentada líquida ou sólida, que se converte em uma


película opaca depois de sua aplicação”

“Polímero Orgânico, Inorgânico e Mineral, capaz de:


Embelezar, Proteger e personalizar diferentes tipos de substratos.

✔ Todas as tintas são opacas ?


✔ Qual a diferença entre Tinta e Verniz ?

COMPOSIÇÃO DAS TINTAS

✔ Resinas
✔ Pigmentos
✔ Cargas
✔ Solventes
✔ Aditivos
✔ Formulação
✔ Processo de fabricação

Finalidades de uma tinta

37
✔ Proteger
✔ Embelezar
✔ Sinalizar
✔ Iluminar
✔ Sanitizar

Tipos de tintas

Podem ser classificadas por:

✔ Reticulação
Termoplásticos
Termofixos
✔ Forma de fornecimento
Mono componente
Bi componente
✔ Natureza química
✔ Função ou esquema de pintura
✔ Quantidade de solventes orgânicos;

Natureza química:

✔ Sintético.
✔ Poliuretanos.
✔ Acrílicos
✔ Epóxis.
✔ Vinílicas.
✔ Poliésteres.
✔ Borracha Clorada
✔ Outras.

Função

✔ Primers
Aplicadas diretamente sobre o substrato previamente preparado.
Responsáveis pela aderência e o poder anti-corrosivo.
✔ Camada intermediária ou bases
Devem ter aderência com o primer e com a camada de
acabamento.
Responsáveis pela cor.
✔ Acabamentos
Estão em contato com o meio exterior e devem garantir a
resistência a agressões mecânicas,químicas e climatológicas.
Podem ser pigmentados o transparentes.

Quantidade de solventes orgânicos

✔ Baixo sólidos
38
✔ Médio Sólidos

✔ Alto sólidos
✔ Base Água
✔ Tinta em Pó

Produto:
Médio Sólidos Orgânico ( Base-Coat)

​ Base Solvente Base Água


Sólidos( % ) 22 21
Solventes orgânicos( % ) 78 14
Água ( % ) -- 65

Composição de uma Tinta

39
Resinas

✔ É o componente que provoca a formação da película.


✔ É a responsável pelas propriedades químicas e físicas da película seca.
✔ As tintas se classificam por sua natureza química (Poliéster,
Alquidicas,Epóxis,..)
✔ Normalmente se utilizam misturas de varias resinas.
✔ Sua estrutura química molecular é polimérica.
✔ Um polímero é uma combinação de unidades químicas repetidas
chamadas monômeros.

✔ Características fundamentais de um polímero são:


Funcionalidade:

40
– Grupo de átomos que vai ser capaz de reagir com outros
para chegar acabo a reação de polimerização.

Peso molecular:
– Alto Mw altas viscosidades.​◊ tintas baixos sólidos.
– tintas altos sólidos​◊​Baixo Mw baixas viscosidades.
Temperatura de transição vítrea. Tg.

– É a Temperatura em a que o polímero muda de um estado


flexível a outro rígido.
– Tg alta polímeros pouco flexíveis​◊
– polímeros muito flexíveis.​◊​Tg baixa

✔ Tipos de Resinas
Alquídicas
Poliésteres
Acrilicas
Epóxis
Amínicas
Celulósicas
Fenólicas
Borrachas Cloradas
Etc......

Resinas Alquídicas / Poliésteres

✔ É a base dos Esmaltes Sintéticos


✔ ALKYD = ALcohol + aCID
✔ Classificação:
Modificação
– Alquídicas Puras - Poliésteres
– Alquídicas Modificadas (ácidos graxos ou óleos vegetais)
Comprimento de óleo
– Curtas
– Médias
– Longas
Secatividade ao ar
– Secativas
– Não Secativas
✔ Vantagens
Brilho
Secagem
Flexibilidade
Custo
✔ Desvantagens
Baixa resistência ao intemperismo
Amarelamento no excesso de calor
Baixa resistência químicA.
✔ Aplicações
41
Esmaltes Sintéticos
Esmaltes Estufa
Tintas Imobiliárias
Tintas Gráficas

Resinas Acrílicas
✔ São resinas construídas com monômeros acrílicos (Acrilatos,
Metacrilatos, estireno, acrilonitrila, etc...)
✔ Tipos
Termoplásticas
Auto-reticulantes
Hidroxiladas
Carboxiladas
Solúveis em água

✔ Vantagens
Resistência química
Resistência mecânica
Resistência a intempéries
Brilho
✔ Desvantagens
Dureza
✔ Aplicações
Esmaltes
Vernizes

Resinas Epóxis

​São polímeros caracterizados pelo grupo funcional glicidila


✔ Vantagens
Alta resistência química
Boas propriedades mecânicas
Alta resistência a corrosão
Necessitam de baixa energia de ativação

42
✔ Desvantagens
Baixa resistência a luz
Amarelamento
Calcinação
✔ Aplicações
Cataforese (KTL)
Primers
Tinta para Pisos
Manutenção Industrial
Laminados
Adesivos

✔ Reticulantes mais utilizados nos sistemas de cura estufa


✔ Reagem com Hidroxilas das resinas acrílicas, alquídicas, poliésteres,
epóxis
✔ São polímeros resultantes da reação do formaldeído com aminas,
amidas e imidas
✔ As mais conhecidas são
Melaminas
Uréias

Resinas Amínicas

✔ Vantagens
Dureza
Resistência Química
Resistência Mecânica
✔ Desvantagens
Seu excesso torna o filme vítreo, fragilizando o filme
✔ Aplicações
Esmaltes e Vernizes em sistema estufa

Sistema Poliuretano
✔ Sistema formado pela reação do isocianato (-NCO) com hidroxila (-OH),
ou seja, ​Catalisador para PU​ (-NCO) com o Esmalte PU (-OH)
✔ Podem ser
Bi-componentes
Mono-componentes (isocianato bloqueado)
✔ Cura
Temperatura ambiente
Estufa
Umidade

✔ Vantagens
Resistência química
Resistência mecânica
Resistência a intempéries
Reação com baixa temperatura
43
✔ Desvantagens
Pot Life
Sensibilidade a umidade

✔ Aplicações
Uso em retoques
Peças plásticas
Aviões
Trens
Ônibus
Materiais ou objetos que conseguem ser pintados em estufa

Pigmentos

✔ Qual a diferença entre pigmentos e corantes ?


✔ Pigmento é um material composto orgânico ou inorgânico, insolúvel,
promovendo cor e cobertura no substrato aplicado
✔ Corante é um material composto orgânico solúvel, com capacidade de
colorir os materiais;

✔ Classificação
Pigmentos Inorgânicos
Pigmentos Orgânicos

✔ Propriedades
Poder de tingimento
Poder de Cobertura
Forma de Partículas
Dispersabilidade
Solidez à luz
Solidez a intemperismo
Solidez a agentes químicos
Solidez a solventes
Eflorescência ou migração
Solidez ao sangramento

✔ Pigmentos Inorgânicos
Alta Densidade
Menor poder de tingimento
Resistência térmica elevada e alta resistência a luz
Pequena gama de tonalidades
Bom Poder de cobertura
Baixa superfície específica
Sais, Óxidos, Sais complexos de metais

44
✔ Pigmentos Orgânicos
Baixa densidade
Maior poder de tingimento
Boas propriedades de resistência a agentes químicos
Ampla gama de cores “vivas”
Poder de cobertura inferior
Alta superfície específica
Compostos orgânicos obtidos através de sínteses a partir de
produtos derivados do petróleo.

✔ Pigmentos mais utilizados


Branco – Dióxido de titânio
Preto – Negro de Fumo
Ocre – Amarelo óxido
Metálicos – Alumínio
Perolados – Pérolas (mica)
Amarelos – Cromato de Chumbo ou Benzimidalozona
Vermelhos – Antraquinona
Azuis – Ftalocianinas
Verdes – Ftalocianinas
Violetas – Dioxazina
Laranjas – Molibidato de chumbo ou Dibromantreno

✔ Opacidade
Esta propriedade da idéia do poder de cobertura de um pigmento.

✔ Forma e tamanho de partícula


Influi no poder de cobertura do pigmento.

✔ Índice de absorção de óleo.


Fornece uma idéia da facilidade de dispersão do pigmento.
Baixos índices de absorção implicam melhor dispersão do
pigmento.

✔ Cor
Resultado da reflexão das ondas de luz que o pigmento recebeu.
Um pigmento colorido absorve todas as ondas de luz que recebe,
exceto a correspondente a sua cor, que a reflete.
Um pigmento branco reflete todas as ondas de luz incidente que
chegam.
Um pigmento negro absorve todas as ondas de luz incidente que
chegam.

✔ Pigmentos mais utilizados


Branco – Dióxido de titânio
Preto – Negro de Fumo
45
Ocre – Amarelo óxido
Metálicos – Alumínio
Perolados – Pérolas (mica)
Amarelos – Cromato de Chumbo ou Benzimidalozona
Vermelhos – Antraquinona
Azuis – Ftalocianinas
Verdes – Ftalocianinas
Violetas – Dioxazina
Laranjas – Molibidato de chumbo ou Dibromantreno

Cargas
✔ São produtos de natureza inorgânica, que não conferem cor e opacidade
à tinta
✔ Finalidades
Reduzir custo
Ajustar brilho
Aumentar sólidos
Ajustar as resistências
✔ Cargas mais utilizadas
Carbonatos
Silicatos
Sílicas naturais e sintéticas
Sulfato de Bário
Talco

Solventes

✔ Qual a diferença entre solventes e diluentes ?

✔ Função
Solubilizar a resina (solventes)
Conferir a visc. de aplicação (diluentes)
Umectação do substrato
Auxiliar na formação do filme

✔ Classificação
Evaporação
Solvência
Natureza Química

✔ Escolha do solvente
Solvência
Taxa de evaporação/ faixa de destilação
Custo
Disponibilidade
Higroscópica
46
Aplicação (odor, toxidez, inflamabilidade)

✔ Propriedades
Peso específico
Peso molecular
Índice de refração (pureza do solvente)
Faixa de destilação
Ponto fulgor
Taxa de evaporação
Parâmetros de solubilidade
Tensão superficial

✔ Evaporação (Temp. de Ebulição)


Leves < 100 ºC
Médios 100 ºC a 150 ºC
Pesados > 150 ºC

✔ Solventes Leves
Formação inicial do filme
Evita escorrimento
Seu excesso pode causar fervura
Pode causar névoa
✔ Solventes Pesados
Formação final do filme
Brilho
Nivelamento / Alastramento
Prevenção de fervura
Seu excesso causa escorrimento e atuar como plastificante

✔ Ponto de fulgor
É a menor temperatura que a mistura (ar + vapor) inflama com a
chama (incêndio)
Quanto maior a pressão de vapor do solvente, maior
periculosidade
Medição
– Copo aberto
– Copo fechado
Classificação (abnt nb-98/79)
– INFLAMÁVEIS – ponto de fulgor < 37,8 ºC
– COMBUSTÍVEIS – ponto de fulgor > 37,8 ºC
✔ Toxidez
Podem causar distúrbios irreversíveis
TLV (Limite de Tolerância) em ppm
Índice de risco = ​Taxa evaporação​ x 1000
TLV
✔ Taxa de evaporação
47
Serve como indicação do tempo que o solvente evapora do filme
É avaliada em função do éter (método 1 – Europa) ou Ac. de
butila (método 2 - EUA)
Usamos o Ac. de butila com valor de referência 1 ou 100
Exemplo:
MEK = 400 – evapora 4 vezes mais rápido que o Ac. de butila
✔ Solvência
Verdadeiros
– são miscíveis ou dissolvem uma determinada resina em
qualquer proporção
Latentes
– só aqueles que só dissolvem ou se misturam com uma
resina em conj. com outro solvente latente numa relação
balanceada
Inativos
– não dissolvem nem misturam a resina, mesmo em
combinação com outro solvente latente
✔ Deve-se tomar cuidado para não deixar, um diluente, como último volátil
a sair do filme, pois isto acarretará incompatibilidade no sistema.

Aditivos

✔ Estão em pequenas quantidades


✔ Funções

Conferir propriedades especiais não conseguidas com os


pigmentos, resinas, solventes e cargas
– Ajudar na fabricação do material
– Melhorar estabilidade de armazenagem
– Ajudar na aplicação, qualidade e aspecto da película
aplicada.

✔ Tipos
Cinética
– Secantes, Catalisadores, Anti-pele
Reologia
– Espessantes, Niveladores, Tensoativos
Processo
– Dispersantes, Emulsificantes, Surfactantes
Preservação
– Bactericidas, fungicidas, biocidas, estabilizantes de UV
✔ Ou seja .......

Anti-Cratera
– Também promove slip (escorregamento)
– Seu excesso é perda de aderência entre camadas
(repintura), e aumento da casca de laranja, fervura ou
espuma.
48
Anti-espumante
– Seu excesso pode ocasionar crateras
Anti Fervura
– Seu excesso pode ocasionar perda de brilho
Promotor de nivelamento
– Seu excesso pode causar névoaAgente tixotrópico
– Excesso pode causar casca de laranja e perda de brilho.
AS CORES

A COR
A cor tem um papel importante nas nossas vidas, pois em tudo que vemos, ela
está presente.

Fig. 1

Espectro de cores na , faixa de ondas visíveis a olho nú, de 400 à 750 nm.
A faixa não visível incide o Ultra Violeta < 350nm., Infra vermelho < 750 nm.
(Fig. 1)

Um exemplo da presença das cores está no nosso dia a dia, nos carros, nas
casas, roupas e inclusive nos alimentos. Estes apresentam todas as cores do
Arco-íris, (fig.2), e suas variáveis e, ao observá-las raramente paramos para
pensar como elas surgem.

È importante para você profissional da repintura automotiva, tomar


conhecimento da origem dessas cores como também de seus possíveis
desvios, como detectá-los e corrigi-los.

49
Fig. 2

VISÃO GERAL

Imagine-se sentado em uma sala escura onde existam alguns objetos brancos.
O que você veria?
Absolutamente nada. Você não seria capaz sequer de ver sua mão de frente
ao seu rosto.
Como isso é possível?
Simplesmente porque você precisa de luz a fim de enxergar. Geralmente a luz
é irradiada de objetos extremamente quentes. O sol (fig. 3) naturalmente é o
primeiro que vem em nossa mente, mas o homem inventou a vela (fig. 5) e a
lâmpada (fig. 4), e o fogo (fig. 6), que também emitem luz própria.
Os objetos que emitem luz, são chamados fontes de luz. Essas fontes emitem
contínuos raios de luz (ondas), coloridas em todas as direções.
Se existe uma fonte de luz colorida em uma sala, todos os objetos da sala
serão iluminados pelos seus raios, esses objetos como espelho, irão em
retorno refletir esses raios. Se você estiver observando esses objetos os raios
incidirão sobre seus olhos como se viessem diretamente do objeto, mas na
verdade é a luz sendo refletida na cor do objeto que por você é identificada.

50

fig. 3 fig. 4

Fig. 5 fig. 6

Fontes de luz, o sol natural e as demais.

COMPOSIÇÃO DA LUZ

Olhando para o céu em um dia claro, o sol parece irradiar uma luz branca muito
clara.
E assim o é.
Porém analisando mais atentamente perceberemos que quando o sol
atravessar as nuvens depois de fortes chuvas, poderemos observar o arco-íris.
Esse fenômeno revela na verdade que a luz branca é composta de muitas
cores. A dispersão de uma luz branca pode ser realizada através de um
prisma, (fig. 7), que é um triângulo de vidro o qual simula o efeito de uma gota
de chuva. Fazendo incidir luz branca numa face do prisma e após a
transposição da luz, sairá do outro lado uma luz multicolorida irradiando o que
chamamos de ​Espectro de Cores.
O espectro visível de cores pode assim ser representado: Vermelho, Laranja,
Amarelo, Verde, Azul e Violeta. Denominadas ​cores​ ​LUZ.

51
 
Fig. 7 fig. 8

círculo cromático

RESUMO

● A luz sempre é necessária para se ver um objeto;

● A luz origina-se de objetos que irradiam calor - fontes de luz;

● Um objeto apenas se torna visível quando os raios de uma fonte de luz


incidem sobre ele. Quando esses raios incidem em nossos olhos nós
podemos perceber o objeto;

● A luz branca é composta de 6 cores: vermelho, laranja, verde, azul e


violeta, essas cores juntas formam o espectro.

52
● Dessas 6 cores o vermelho, amarelo e azul são denominadas cores
primárias. São assim chamadas pois é impossível obtê-las a partir da
mescla de outras cores, combinadas com elas ou não e por isso ocupam
uma posição independente. ​(Cores pigmento).​ fig. 8 e 9.

​fig 8

​fig. 9

AS CORES DOS OBJETOS

Ver só é possível quando raios de luz incidem em nossos olhos.


Fontes de luz as quais irradiam luz própria podem ser vistas diretamente.
Objetos os quais não emitem luz qualquer luz podem ser vistos somente depois
de iluminados por uma fonte de luz como se fossem um espelho, (opacos).
Esse fenômeno ocorre quando os objetos contêm corantes ou pigmentos. Uma
das propriedades desses pigmentos é que eles apenas refletem uma certa
porção dessa luz. Então se a luz branca, (constituída de tons vermelho, laranja,
amarelo, verde, azul e violeta), incidir sobre um objeto com pigmento amarelo,
somente a luz amarela será refletida e as demais serão absorvidas. Isso
confirma o fato que somente os raios de luz amarela podem alcançar nossos

53
olhos e consequentemente nós veremos um objeto com pigmentação amarela.
Fig. 10

f​ig. 10

Entretanto um objeto contendo pigmentos vermelhos adicionados aos amarelos


irá também refletir raios de luz vermelha. A reflexão da união dos raios
vermelhos e amarelos dará ao objeto a cor vermelho amarelado ou laranja.

As cores que nós vemos entretanto, são determinadas em primeiro lugar pelos
pigmentos os quais somente refletem certas cores enquanto absorvem outras.

Os pigmentos brancos são diferentes. Esses pigmentos refletem todas as cores


de luz que incidem sobre ele. Se raios de luz amarelo, vermelho, azul, laranja,
verde e violeta incidem em nossos olhos simultaneamente, então todas as
cores fundem-se de novo.
Como você já notou, o resultado é a luz branca.

Pigmentos pretos são exatamente o oposto dos pigmentos brancos, ao invés


de refletir todas as cores, eles as absorvem. Preto, cor neutra, ausente de cor e
absorve toda a luz.

O OLHO HUMANO

O olho humano é um mecanismo complexo desenvolvido para a percepção de


luz e cor. É composto basicamente por uma lente e uma superfície
fotossensível dentro de uma câmera, grosseiramente comparando a uma
máquina fotográfica.

A córnea e a lente ocular formam uma lente composta cuja função é focar os
estímulos luminosos. A íris (parte externa colorida) é fotossensível e comanda
a abertura e fechamento da pupila da mesma maneira que um obturador. O

54
interior da íris e da [[coróide]] é coberto por um pigmento preto que evita que a
luz refletida se espalhe pelo interior dos olhos.

O interior dos olhos e coberta pela retina, uma superfície não maior que uma
moeda de um real e da espessura de uma folha de papel. Neste ponto do
processo da visão, o olho deixa de se assemelhar a uma máquina fotográfica e
passa a agir mais como um scanner. A retina é composta por milhões de
células altamente especializadas que captam e processam informação visual a
ser interpretada pelo cérebro. A fóvea, no centro visual do olho, é rica em
cones, um dos dois tipos de células fotorreceptoras. O outro tipo, o bastonete,
se espalha pelo resto da retina.
Os cone (célula)cones, segundo a teoria tricromática (teoria de
Young-Helmholtz), são responsáveis pela captação da informação luminosa
vinda da luz do dia, das cores e do contraste. Os [bastonetes são adaptados à
luz noturna e à penumbra.

​OS TRÊS TIPOS DE CONES

Os cones se dividem em três tipos e respondem preferencialmente a


comprimentos de ondas diferentes. Temos cones sensíveis aos azuis e
violetas, aos verdes e amarelos, e aos vermelhos e laranjas. Aos primeiros se
dá o nome de '''B''' (''blue/azul''), aos segundos '''G''' (''green/verde'') e aos
últimos '''R''' (''red/vermelho'').

Os cones são distribuídos de forma desequilibrada sobre a retina. 94% são do


tipo R e G, enquanto apenas 6% são do tipo B. Esta aparente distorção é de
fato uma adaptação evolutiva. A presença de um terceiro cone é uma
característica dos primatas. Os demais mamíferos contam com apenas dois
cones. O terceiro cone que desenvolvemos, além de dar mais informação
sobre cores, traz fundamentalmente uma melhoria na percepção de contrastes.
Isto proporcionou aos primatas uma vantagem na competição por alimentos e
na vida nas copas das árvores.

O modelo de cores RGB é um modelo aditivo no qual o vermelho, o verde e o


azul (usados em modelos aditivos de luzes) são combinados de várias
maneiras para reproduzir outras cores. O nome do modelo e a abreviação RGB
vêm das três cores primárias: vermelho, verde e azul (Red, Green e Blue, em
inglês), e só foi possível devido ao desenvolvimento tecnológico de tubos de
raios catódicos – com os quais foi possível fazer o display de cores ao invés de
uma ​fosforescência monocromática (incluindo a escala de cinza), como no
filme preto e branco e nas imagens de televisão antigas.
Estas três cores não devem ser confundidas com os pigmentos primários
Ciano, Magenta e Amarelo, conhecidos no mundo das artes como “cores
primárias”, já que se combinam baseadas na reflexão e absorção de fótons
visto que o RGB depende da emissão de fótons de um componente excitado a
um estado de energia mais elevado (fonte emissora, por exemplo, o tubo de
raios catódicos).

55
O modelo de cores RGB, por si só, não define o que significa “vermelho”,
“verde” ou “azul” (espectroscopicamente), e então os resultados de misturá-los
não são tão exatos (e sim relativos, na média da percepção do olho humano).
O termo RGBA é também usado, significando Red, Green, Blue e Alfa. Este
não é um modelo de cores diferente, e sim uma representação – uma vez que
o Alpha é usado para indicar transparência. Em modelos de representação de
cores de ​satélite​, por exemplo, o Alpha pode representar o efeito de ​turbidez
ocasionado pela ​atmosfera - deixando as cores com padrões mais opacos do
que seria a realidade.
Acima RGB Padrão cor luz
White Red Green Blue
RGB="#FFFFFF" RGB="#FF0000" RGB="#33ff33" RGB=#0000FF

Magenta Cyan Black Yellow


RGB=#FF00FF RGB=#00FFFF RGB=#000000Y RGB=#FFFF00

FONTES DE LUZ E SEUS EFEITOS NAS CORES


Foi dito que a cor de um objeto é determinada pelos pigmentos, os quais
refletem uma cor de luz enquanto absorvem as outras. Isso foi baseado na
suposição que o objeto em questão foi iluminado pela luz branca. A porção
daquela luz para a qual os pigmentos foram sensíveis, foi refletida.
Imagine o seguinte:
Nós iluminamos um objeto verde em um ambiente muito escuro, com uma
lâmpada puramente vermelha. Em outras palavras somente raios vermelhos
irão atacar o objeto verde. Nós temos dito que pigmentos verdes somente
serão refletidos pela luz verde! O que acontecerá então? Nesse caso, nada
será refletido.

Conseqüentemente nós não vemos nada, naturalmente esta referenda é a um


objeto contendo apenas pigmentos verdes iluminado por uma luz vermelha
pura. Porém se a luz não é puramente vermelha e acontece de conter um
pouco de verde, então nós seremos capazes de ver o objeto embora o
percebamos como sendo quase preto. Isso revela que não somente o pigmento
mas também a fonte de luz determina a cor que por nós é identificada.

Como profissional de colorimetria, você irá se deparar com esses fatos quase
que diariamente, por isso considere a seguinte situação:

Em um caso de repintura de um veículo amarelo o cliente retornou no dia


seguinte furioso, pois ele percebeu que sob as luzes da rua a área repintada
tinha um tom mais amarelado, ainda que ele não houvesse notado a diferença
quando da retirada do veículo, após inspeção de recebimento, como foi isso
possível?

Resposta:

Além de pigmentos amarelos a cor do carro também possuía pigmentos


vermelhos. Já as lâmpadas da oficina irradiavam quase nenhuma luz vermelha.
Nessa luz o carro parecia ser apenas amarelo. Consequentemente o colorista
ajustou a cor com pigmentos amarelo puro, o que parecia perfeito nos testes

56
sob a luz branca da oficina, pois não tinha nenhuma luz vermelha a ser
refletida, o que resultou numa grande diferença de cor em outros ambientes; a
esse fenômeno dá-se o nome de metameria.

A fim de prevenir a metameria, você deve estar atento a dois pontos:


Primeiro você deve se manter fiel a fórmula original proposta no sistema Mixing
em uso para a cor em questão.

Segundo compare a cor misturada sob duas ou mais fontes de luz diferentes,
se não tiver esta opção certifique-se que a luz usada para o teste seja o mais
próximo possível da luz do dia. A qual não poderá ser nem tão amarela, nem
tão vermelha e nem tão azul, pois em casos de uma tendência para uma ou
outra luminosidade você terá a impressão errada da cor.

A lâmpada fluorescente se aproxima muito da luz branca pura com as


seguintes características:
- temperatura da cor ; de 6000-7000 Kelvin
- índice de fornecimento de cor 90 ou maior;
-Intensidade de luz, 1000 lux aproximadamente, para medidas horizontais a 2
metros de distância máxima da fonte de luz.

- a pintura do local dos testes deve ser com uma cor neutra, “cinza claro”
preferencialmente fosco ou acetinado. Ou usar o painel de luzes check color.

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Pinturas em aeronaves – Parte 1
Reportado por ​Ribeiro​ na frequência ​Álvaro Lemos​, ​Textos

Olá amigos amantes da aviação, na matéria de hoje falaremos sobre os processos que
são utilizados em pintura de aeronaves civis. Hoje teremos ajuda de dois profissionais da
área, eles são responsáveis por belíssimos trabalhos, e pude comprovar de perto o quanto
é gratificante unir o profissionalismo com o amor à profissão.

Antes quero explanar algumas informações importantes acerca dessa aérea, e deixar essa
matéria menos técnica possível.

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Os acabamentos em aeronaves são separados em três classes em geral: Proteção,
aparência e decoração. As partes internas são pintadas para protegê-las da
deteriorização.

Todas as partes expostas são pintadas para proporcionar proteção e apresentar uma
aparência agradável à aeronave. O acabamento decorativo inclui faixas de acabamento,
pintura de emblemas, aplicação de decalques e de números de identificação.

(Imagem: Reprodução)

O RBH-45 nos dá as diretrizes referentes à identificação da aeronave. Isso diz respeito a


marcações importantes que mostram a finalidade de cada aeronave, essas informações
são essenciais em vários aspectos, pois fazem parte de uma parte de documentações do
registro de aeronaves brasileiras. Na série sobre CTM (controle técnico de manutenção)
abordaremos mais sobre documentações.

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(Imagem: Reprodução)

Entrevistamos os senhores ‘Zé’ Carlos e Renato. Eles trabalham há muitos anos com
pinturas de aeronaves, sendo o primeiro desde os oito anos de idade e o segundo a mais
de quarenta anos (também com pintura automotiva). Atualmente encontram-se baseados
na cidade de Pará de Minas MG, entorno de BH. Trabalham na pintura de um belíssimo
Embraer Corisco Turbo, cauda em “T”. Tivemos a oportunidade acompanhar todo inicio do
processo, e tirar muitas duvidas a respeito do assunto.

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Primeira etapa: Limpeza e remoção da pintura

(Imagens: Reprodução)

Essa etapa é muito importante no processo no novo processo de pintura de um avião, pois
todo material que impede as outras etapas deve ser cuidadosamente removido. A
preparação da superfície diz tudo a respeito do trabalho do profissional, pois ele terá a
preocupação de deixar tudo bem limpo e pronto para a execução de uma boa pintura.

Pode-se usar desengraxastes, ou mesmo detergentes de limpeza em áreas onde não de


aplica o removedor pastoso. Observa-se as regras de segurança em relação a esse
processo, o removedor é um produto químico altamente perigoso em contato com a pele,
e, principalmente os olhos. Usa-se mascaras óculos de proteção, luvas e botas de
segurança a fim de se evitar o contato.

Vejamos o que o Sr. Zé Carlos tem a dizer sobre essa etapa:

AL: Quais os materiais usados na remoção da tinta?

Zé Carlos: Utilizamos o removedor pastoso, ele age de forma rápida de eficiente sobre a
pintura antiga, agilizando o trabalho e deixando a chapa praticamente nua.

AL: Como é feito o processo de remoção?

Zé Carlos: É um processo simples, onde utilizamos um pincel largo em toda estrutura da


aeronave.

AL: Quanto tempo dura o processo de remoção, em média?

Zé Carlos: Depende do tamanho da aeronave, mas fica em torno de uma semana.

AL: Esses produtos agridem as chapas da aeronave se deixados muito tempo expostos?

Zé Carlos: Agridem as peças de fibras, elas podem danificar devido aos fortes
componentes químicos do removedor pastoso.

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(Imagem: Reprodução)

O removedor pastoso é facilmente removido com água, em alguns casos pode-se utilizar
uma lavadora de alta pressão, onde a tinta velha sai com mais facilidade. Em alguns casos
pode-se utilizar um raspador ou mesmo lixas de grãos variados em locais onde a tinta
estiver muito fixada. O processo de remoção, tanto interno quanto externo, facilita a vida
do mecânico responsável pelas inspeções visuais.

Ele pode identificar possíveis trincas, corrosões ou avarias nas peças; bem como facilitar a
remoção de rebites ou parafusos que ficam escondidos sob a pintura. A aplicação do
agente removedor deve ser feita preferencialmente em ambientes externos, e a sombra.
Se a remoção em ambiente interno for necessária, ela deverá ser feita em local ventilado.

Superfícies de borracha sintética, incluindo pneus da aeronave, tecidos, e acrílicos, devem


ser cuidadosamente protegidas contra possíveis contatos com o removedor.

Mascara-se qualquer abertura que possa levar o removedor para o interior das aeronaves,
ou cavidades criticas como janelas de inspeção.

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(Imagens: Arquivo pessoal)

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Nas duas últimas imagens, vemos um governador de hélice, no qual precisei remover a
tinta para aplicar uma nova pintura.

Segunda etapa: Proteção

(Imagens: Reprodução)

Esse processo assemelha-se a o mesmo utilizado na pintura automobilística, porém, é


uma etapa bem simples de ser feita. Enquanto nos carros utilizasse primer, massas, ou
mesmo serviço de soldas, a aeronave recebe apenas uma demão de base de cromato de
zinco.

A base de cromato de zinco é bem utilizada no meio aeronáutico, e sua coloração amarela
o difere das outras bases utilizadas na aviação. Ela protege a partes externas e internas
da corrosão, ou mesmo danos causados por baixas ou altas temperaturas, como também
pela maresia.

Em peças de fibra, como carenagens, spiners, e polainas, pode-se aplicar uma demão de
primer de preenchimento. Ou mesmo uma fina camada de massa rápida para um melhor
acabamento nas chapas.

68
(Imagem: Reprodução)

CP: Qual o tipo de Primer mais utilizado em aeronaves?

Zé Carlos: Utilizamos o Primer Cromato, da Reflex.

CP: Quantas demãos são utilizadas para uma boa proteção e base para a pintura?

Zé Carlos: É necessária apenas uma demão de aplicação, ela já nos dá um boa


otimização do produto.

CP: Quantas latas de Primer se gastam em média numa aeronave multimotora tipo Baron
58 ou Seneca?

Zé Carlos: Utilizamos na média umas três latas de 3,6 kg.

Base de cromato de zinco

A base de cromato de zinco é aplicada em superfícies metálicas antes da aplicação de


esmalte ou laca, como um revestimento resistente à corrosão, e como base para pinturas
de proteção. O cromato de zinco é satisfatório para uso sob esmaltes à base de óleo ou
lacas nitro celulose.

69
(Imagem: Arquivo pessoal)

Uma boa aplicação da base de cromato de zinco assegura uma maior vida útil à estrutura
da aeronave, evitando o desgaste natural, causado pelo atrito de baixas temperaturas do
ar. Ele cobre toda a fuselagem, agindo como uma blindagem química.

70
ANAC e liberações de pinturas

A nossa “amada” Agencia Nacional de Aviação Civil não tem restrições em ralação a
pinturas em aeronaves, ela regulamenta o uso especifico das matriculas e letreiros
referente a finalidade da aeronave. O ​RBH-45 norteia essas questões​ caso você esteja
interessado em matar sua curiosidades.

Nesses casos, a ANAC é menos burocrática que o famoso Código Nacional de Transito.
No caso de automóveis, o proprietário deverá informar a mudança de pintura do mesmo.

Uma aeronave pode ter sua pintura personalizada ao gosto do cliente, fiz questão de
postar algumas imagens comentadas a respeito do assunto.

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(Imagem: Reprodução)

A Azul realizou mais uma ​pintura​ especial em uma de suas aeronaves. A novidade desta
vez é que quem sugeriu a ​pintura​ foi um ​passageiro​ da empresa, o curitibano Fernando
Guernieri. O cliente foi o vencedor do concurso cultural “Sua Arte lá em cima”, que recebeu
milhares de sugestões de todo o País.

Batizado de “Verão Azul”, o colorido Embraer 195, de matrícula PR-AXH, foi revestido com
uma ​pintura ​ousada inspirada em elementos da cultura brasileira e em suas principais
paisagens, mesclando, por exemplo, imagens do Pão de Açúcar com jogadores de
capoeira e um tucano: ​“O resultado é uma aeronave com as cores e a cara do Brasil”,​
disse o autor da arte.

72
A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), a Federação Brasileira de Instituições
Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) e a Azul Linhas Aéreas Brasileiras
começaram nesta segunda-feira, 6, uma série de ações em 11 aeroportos do País para
promover a prevenção contra o câncer de mama.

No Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, onde está o hub (concentrador de


voos) da companhia, o chamariz é a aeronave pintada de rosa, cor símbolo da luta
mundial contra a doença.

Segundo informou a empresa por meio de sua assessoria, a aeronave circulará durante
três anos. A tripulação do jato é 100% composta de mulheres e os uniformes são da cor da
campanha.

73
(Imagem: Rodrigo Gomes)

Pra finalizarmos, encontrei essas divertidíssimas pinturas das aeronaves de instrução de


uma escola de aviação do Paraná. Parabéns a ​Aerocon​, pela inovação em questão de
pinturas.

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(Fotos aeronaves da Aerocon)

Nossa matéria continua na próxima semana, falaremos mais sobre a fase de aparência e
decoração. Grande abraço a todos os amigos que nos prestigiam.

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ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA ORÇAMENTOS DE PINTURA

Para orçamentos de pintura com serviços cobrados por hora:

Pintura mão de Obra sem Material R$ 30,00 a hora mais 50% do valor
aproximado do custo do material aplicado.

Pintura Cores Perolisadas R$ 45,00 a hora mais 40% do custo do material


aplicado.

Pintura em Cores Sólidas BASE PU, R$ 42,00 a hora mais 50% do custo total
do material aplicado;

Pintura para cores lisas e Metálicas aplicados em Base Poliéster R$ 45,00 a


hora mais 40% do custo do material aplicado.

SUGESTÃO PARA COBRANÇA EM TEMPO (HORAS), PARA PINTURA


GERAL:

Veículos pequenos: 60 horas (palio)

Veículos Médios: 65 horas ( Corsa Sedam)

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Veículos Grandes: 70 horas (Vectra)

Utilitários: 80 horas (Doblô)

Sugestão para Cálculo Médio em horas para Pintura Parcial:

Peças pequenas 6 horas (para lamas);

Peças médias 7 horas (capô)

Peças grandes 8 horas (teto).

Retoques pequenos mínimo R$ 60,00

Retoques grandes em uma peça R$150,00

Retoques com alongamento em duas peças R$ 220,00

Polimento geral 8 horas ( Automóveis), Utilitários 10 horas

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