Propagacao de Erros Ou Desvios

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 18

Algarismos Significativos

Propagação de Erros ou Desvios


L1 = 1,35 cm;
L2 = 1,3 cm;
L3 = 1,30 cm
L4 = 1,4 cm;
L5 = 1,7 cm.

• Qual destas medidas está correta? Qual apresenta algarismos com


significado?
• O instrumento de medida não garante precisão de milímetros (0,1
cm), muito menos de décimos de milímetros (0,01 cm).
• Então, 0,3 cm é um valor duvidoso, mas pode ser estimado por um
ser humano, mas 0,05 cm não pode ser estimado com a escala da
figura.
• Nesta escala, centésimos de centímetros, ou décimos de milímetros
(0,01 cm = 0,1 mm) são os primeiros algarismos duvidosos, e por
isto passam a ser significativos
• comprimento do palito é L6 = 1,34 cm, mas 1,36 também seria uma
boa leitura.
• Os algarismos significativos são todos os algarismos corretos e o
primeiro algarismo duvidoso.
• vamos assumir que se não soubermos qual é a
incerteza da medida, assumiremos como sendo igual
a metade do menor intervalo de medida do
instrumento.
• de modo que poderíamos escrever
• L4 = (1,4 ± 0,5) cm,
• e para o instrumento mais preciso:
• L7 = (1,35 ± 0,05) cm.

Zero a direita é algarismo significativo, mas


zero a esquerda não é algarismo significativo.
• Média aritmética: Se n número dados, cada número
denotado por xi, onde i = 1, ..., n, a média aritmética é a
soma dos valores xi's divididos por n, ou
n

 x  i
x  i 1

n
• Desvio médio: Se desejamos determinar a precisão de
um conjunto de dados, primeiramente devemos
entender o que é desvio da média, ΔXi, de uma medida
xi:
X i  xmed  xi
• quando calculamos a soma dos desvios da média,
obtemos o valor zero. Isto faz muito sentido porque a
média está situada em uma posição que separa o
conjunto de dados “ao meio”.

• É bastante simples: digamos que se tenha o conjunto


(2,4). A média é 3, e a medida 2 está uma unidade
abaixo da média (seu desvio é -1) enquanto que a
medida 4 está uma unidade acima da média (seu
desvio é +1). A soma dos desvios é zero (tente mostrar
que este resultado sempre é verdadeiro).
• Uma vez que a soma dos desvios é nula, a
maneira de obtermos o desvio médio é tomarmos
a média dos módulos dos desvios:
 
  X i 
X med   i 
n
• Com o média dos módulos dos desvios em mãos
poderemos expressar a grandeza X de um modo
bastante interessante:
X  X med  X med
• A variância é calculada subtraindo o valor
observado do valor médio. Essa diferença é
quanto um valor observado se distância do valor
médio. Observe o exemplo a seguir:

 2


  X med  xi 

 
2 i

N 1
2) Observe as notas de três competidores em uma prova de
manobras radicais com skates.

Competidor A: 7,0 – 5,0 – 3,0

Competidor B: 5,0 – 4,0 – 6,0

Competidor C: 4,0 – 4,0 – 7,0

Ao calcular a média das notas dos três competidores iremos


obter média cinco para todos, impossibilitando a nossa análise
sobre a regularidade dos competidores.
Partindo dessa ideia, precisamos adotar uma medida que
apresente a variação dessas notas no intuito de não
comprometer a análise.
Competidor A:  5  7  2   5  5  2   5  3  2 
 A2     2, 0
3 1
 5  5  2   5  4  2   5  6  2 
Competidor B:  B2     1, 0
3 1
Competidor C:  5  4  2   5  4  2   5  7  2 
 C2     3, 0
3 1
• O desvio padrão, S, é estatisticamente mais significativo que o
desvio médio de uma amostra.
• Para um conjunto de N dados, a variância, σ2 é definida como:

 2
   X med  xi  
2   i 
N 1
• O Desvio padrão é obtido através da Raiz quadrada da Variância.
Utilizando ainda o mesmo exemplo podemos obter o seguinte:

 2
   X med  xi  
Competidor A

  i 
√2,0 = 1,41
N 1
Competidor B
√ 1,0 = 1,0
-> Logo Podemos notar que o
competidor B possui uma melhor
Competidor C
regularidade nas notas.
√3,0 = 1,73
Sabemos agora determinar a partir de n observações o
desvio padrão de uma medida, isto é, sabemos estimar a
partir da análise de n observações o erro que teríamos,
com uma dada probabilidade, caso houvéssemos realizado
uma única determinação.
Entretanto, tendo realizado n determinações o
melhor valor disponível é a sua média (xmed), e portanto
estaremos mais interessados em estimar o erro em xmed.
Note que, quanto maior o número
 2
de observações n, menor será o
    X med  xi   desvio padrão da média e
m    i  portanto, maior a precisão do
N N  N  1 resultado. Este é um princípio
fundamental da estatística.
Quando a medição de uma grandeza R de interesse é feita
de maneira indireta, sendo esta grandeza obtida a partir
de medidas de n grandezas primárias {a1, a2, a3, ..., ak, ...,
an}, o cálculo de R é feito a partir de uma função
conhecida das grandezas primárias.

Estas grandezas são também


denominadas grandezas de entrada,
enquanto a grandeza R é
denominada grandeza de saída.

Exemplo:
Cálculo da Densidade
Grandezas de entrada: massa e volume
Grandeza de saída: densidade
Fazendo um desenvolvimento matemático apropriado,
temos uma expressão para o cálculo da incerteza padrão
da grandeza de saída

2 2 2
 R   R   R 
     
2 2 2
R     a1    a2  ...     an
 a1   a2   an 

Esta expressão para a incerteza padrão da grandeza de


saída, também chamada de incerteza padrão
combinada, é utilizada quando as grandezas de
entrada {a1, a2, a3, ..., ak, ..., an} são medidas repetidas
vezes, gerando valores médios ak e desvios padrão das
médias  ak
Consideremos o caso em que se deseja calcular a incerteza
padrão propagada no valor de uma grandeza de saída R,
com relação funcional do tipo R = a + b.
Sendo as incertezas padrão de a e b,  a e  b
respectivamente.
 
2 2
   
 R      a      b 
R 2 R 2

 a   b 
R    a    b 
2 2

Sendo a forma final para grandeza combinada e sua


incerteza padrão combinada escrita como:

R  R  a  b     a    b 
2 2
Referências
• Referências Bibliográficas
1. Domiciano, J. B., Juraltis K. R., “Introdução ao
laboratório de Física Experimental”, EDUEL, 2009.
2. Vuolo, J. H. – “Fundamentos da Teoria de Erros” –
Ed. Edgard Blücher , São Paulo, 1992.
3.
http://www.uel.br/cce/fisica/docentes/dari/d3_materia
l10_6ce2c61b.pdf

Você também pode gostar