Matematica Basica PDF
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Matemática Básica
1ª Edição
Brasília/DF - 2018
Autores
Sirlei Alves Chaves
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e
Editoração
Sumário
Organização do Livro Didático........................................................................................................................................4
Introdução...............................................................................................................................................................................6
Capítulo 1
Conjuntos Numéricos....................................................................................................................................................9
Capítulo 2
Produtos Notáveis e Frações................................................................................................................................... 20
Capítulo 3
Potenciação, Radiciação e Racionalização.......................................................................................................... 27
Capítulo 4
Razão, Proporção e Regra de três (simples e composta)............................................................................... 36
Capítulo 5
Matemática Básica e suas aplicações nas finanças......................................................................................... 47
Capítulo 6
Matemática básica e suas aplicações em Estatística...................................................................................... 61
Referências........................................................................................................................................................................... 68
Organização do Livro Didático
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em capítulos, de forma didática, objetiva e
coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões para reflexão, entre outros
recursos editoriais que visam tornar sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também,
fontes de consulta para aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização do Livro Didático.
Atenção
Cuidado
Importante para diferenciar ideias e/ou conceitos, assim como ressaltar para o
aluno noções que usualmente são objeto de dúvida ou entendimento equivocado.
Importante
Observe a Lei
Conjunto de normas que dispõem sobre determinada matéria, ou seja, ela é origem,
a fonte primária sobre um determinado assunto.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa
e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio.
É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus
sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para a construção de suas
conclusões.
4
Organização do Livro Didático
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Saiba mais
Sintetizando
Posicionamento do autor
Importante para diferenciar ideias e/ou conceitos, assim como ressaltar para o
aluno noções que usualmente são objeto de dúvida ou entendimento equivocado.
5
Introdução
Este livro de estudo se destina aos alunos do curso de graduação a distância da
Faculdade Unyleya. Dessa forma, são apresentados alguns conceitos e definições
fundamentais da disciplina Matemática Básica, tendo como objetivo principal
aplicá-los na resolução de problemas característicos. Acredita-se que, a partir dos
temas apresentados, os futuros getores possam adquirir subsídios matemáticos para
construir uma prática que atenda às novas demandas do mercado de trabalho, isto
é, que vai além do nível descritivo. Sempre que possível, ao longo deste Livro de
Estudos, são postas algumas questões relativas aos conceitos apresentados a fim de
conectá-las a uma abordagem da Gestão. Assim, articulam-se teoria e prática para
estabelecer conceitos e significar objetos matemáticos. A apresentação dos temas
ocorre de forma simples, clara e objetiva e, sempre que possível, é associada a
exemplos e a contextos relacionados à realidade de um gestor. Vale ressaltar que não
há a preocupação de esgotar completamente os conceitos abordados, embora estejam
incluídas referências bibliográficas para aqueles que desejam aprofundar e estudar
mais detalhadamente as noções apresentadas.
6
Objetivos
7
8
CONJUNTOS NUMÉRICOS
CAPÍTULO
1
Introdução
Objetivos
Números naturais
9
CAPÍTULO 1 • Conjuntos Numéricos
w = y ou w > y (leia: w maior que y) ou w < y (leia: w menor que y), sendo que:
w > y ⇔ (w – y) ∈ *
w < y ⇔ (w – y) ∉
Exemplos:
a. 8 > 5 = 8 – 5 = 3 e 3 ∈ *
e. {x ∈ | x < 7} = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}
f. {x ∈ | x < 7} = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}
Números inteiros
Exemplo: ℤ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3, +4, +5 ...}
ℤ – conjunto dos inteiros não nulos: {..., -5, -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4, 5 ...}
ℤ *-– c cconjunto dos inteiros negativos: {..., -5, -4, -3, -2, -1}
ℤ- – conjunto dos inteiros não positivos: {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
10
Conjuntos Numéricos • CAPÍTULO 1
w > y ⇔ (w – y) ∈ ℤ+*
w < y ⇔ (w – y) ∉ ℤ *-
Observe que:
w < 0 ⇔ w é negativo w ∉ ℤ *-
Exemplos:
a. 5 > – 7 = (5 – (– 7) = 5 + 7 = 12 > 0)
c. {x ∈ ℤ | – 5 < x < 2} = {- 5, - 4, - 3, - 2, - 1, 0, 1, 2}
d. {x ∈ ℤ | – 5 < x < 2} = {- 4, - 3, - 2, - 1, 0, 1}
e. {x ∈ ℤ | x < 2} = {...,- 5, - 4, - 3, - 2, - 1, 0, 1}
Números racionais
a
Todo número racional é do tipo , com a e b inteiros, sendo b ≠ 0. Fazem
b
parte desse conjunto: os números naturais, inteiros positivos/negativos,
decimais, as frações e as dízimas periódicas.
11
CAPÍTULO 1 • Conjuntos Numéricos
Exemplos:
8
a. 0,8∈ , pois 0,8 =
10
261
b. −2, 61∈ , pois − 2, 61 =
100
4
c. 1,333…∈ , pois1,333… =
3
Um número racional escrito na forma decimal pode apresentar finito de casas decimais
(decimal exato) ou ainda infinito períodico (dízimas períodicas). Note que todo número
inteiro é racional:
w
O número , racional também é chamado de razão w para y.
y
Para verificar se duas razões são iguais, basta aplicarmos a regra da “multiplicação em cruz”:
w x
= ⇔ wz =yx
y z
Logo, a soma, subtração, multiplicação e divisão de dois números racionais será sempre
um número racional, vejamos:
12
Conjuntos Numéricos • CAPÍTULO 1
w x wz + yx w x wx
+ = . =
y z yz y z yz
w x wz − yx w x w z wz
− = :
= =.
y z yz y z y x yx
Exemplos:
6 20 180
a. = ⇔ 6 . x = 9 . 20 ⇔ 6 x = 180 ⇔ x = ⇔ x = 30
9 x 6
3 7 18 +35 53
b. += =
5 6 30 30
c. 9 3 9 8 72
: ⇔ . ⇔ =−6
−4 8 −4 3 −12
Números irracionais
Os números racionais podem ser obtidos por meio da razão entre dois
p
números inteiros, isto é, pelas divisões indicadas por q , sendo p e q inteiros
e q diferente de zero.
Porém, existem números que estão fora dos padrões descritos acima, ou seja,
apresentam representação decimal infinita e não periódica. Nesse caso, tais
representações não podem ser dadas por meio da divisão entre dois números inteiros. Logo,
esse número não é racional.
Os números irracionais não podem ser representados por uma fração, pois possuem infinitas
casas decimais e, por esse motivo, não apresentam período. Os números irracionais são
considerados uma dízima não periódica.
Números reais
O conjuntos dos números reais são formados por todos os números com
representação decimal, ou seja, com casas decimais exatas ou periódicas
(números racionais) e casas decimais não exatas e não periódicas (números
irracionais). O símbolo do conjunto dos números reais é o ℝ.
Desse modo, o conjunto dos números reais (ℝ) é formado pela união do conjunto dos
números racionais (ℚ) com o conjunto dos números irracionais ( ).
13
CAPÍTULO 1 • Conjuntos Numéricos
Soma, subtração, multiplicação e divisão, quando for possível a divisão, de dois números
reais sempre terão como resultado um número real. A adição e a multiplicação em números
reais seguem as seguintes propriedades:
1. Comutativa:
∀x ∈ e ∀y ∈ , x + y = y + x e xy = yx
2. Associativa:
, ∀y ∈ e ∀z ∈ , ( x + y ) + z =x + ( y + z ) e ( xy ) z =x ( yz )
∀x ∈
3. Elemento neutro:
∀x ∈ , x=
+ 0 x e=
x .1 x
, ∃ ( − x ) ∈
∀x ∈ | x + ( − x ) =0
1 1
∀x ∈ * , ∃ ∈ * | x . =1
a x
5. Distributiva:
, ∀y ∈ e ∀z ∈ , x ( y + z ) = xy + xz
∀x ∈
Exemplos:
3 3 3 5
a. O oposto de é − . O inverso de é − .
5 5 5 3
2 2 2 5
b. O oposto de − é+ . O inverso de − é
5 5 5 2
1
c. O oposto de 8 − 5 é − 8 + 5 . O inverso de 8 − 5 é
8− 5
Importante
Nos exemplos b e c, obrigatoriamente temos que racionalizar, no entanto só veremos como fazê-lo no capítulo 3,
racionalização.
14
Conjuntos Numéricos • CAPÍTULO 1
Sintetizando
Conjunto dos números naturais, com execeção do zero: ℕ* = {1, 2, 3, 4, 5, 6 , 7, 8, 9, 10, ...}
Conjunto dos números inteiros: ℤ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}
Conjunto dos números inteiros não nulos: ℤ* = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4, 5, ...} = ℤ - {0}
15
CAPÍTULO 1 • Conjuntos Numéricos
Conjunto dos números inteiros não positivos: ℤ- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
Conjunto dos números inteiros positivos: ℤ *- = {..., -5, -4, -3, -2, -1}
Atenção
Representação de um conjunto
Um conjunto pode ser denotado por meio de letras maiúsculas, como A, B, C etc., e seus elementos por letras
minúsculas, como a, b, c etc.
» Representação tabular: nesse caso, os elementos são apresentados entre chaves e separados por vírgulas.
» Representação por meio de diagrama de Venn: os elementos são simbolizados por pontos interiores a uma região
plana, delimitada por uma linha fechada que não se entrelaça.
» Representação por uma propriedade: nessa representação, os elementos de um conjunto A são descritos por meio
de uma propriedade P que os determina.
Exemplos:
A = {a, e, i, o, u} (representação tabular) A = {x| x é vogal} (representação por meio de uma propriedade).
A reta real
A reta acima que representa ℝ é chamada reta real, na qual os números estão ordenados.
Um número a é menor que qualquer número x colocado à sua direita e é maior que qualquer
número x à sua esquerda.
Intervalos reais
16
Conjuntos Numéricos • CAPÍTULO 1
Atenção
A “bolinha cheia” (•) em um extremo do intervalo indica que o número associado a esse extremo pertence ao
intervalo.
A “bolinha vazia” (o) em um extremo do intervalo indica que o número associado a esse extremo não pertence ao
intervalo.
17
CAPÍTULO 1 • Conjuntos Numéricos
Intervalo fechado
Dados dois intervalos, pode-se definir entre eles as operações de união, interseção e
diferença. Observe os exemplos a seguir.
Dados os intervalos: A = ]5, 9], B = [7, 11], C = ] -2, + ∞ [ e D = ] - ∞, 8], segue que:
a. A ∪ B
b. A ∩ B
Portanto: A ∩ B = [7, 9]
c. C – D
Portanto: C – D = ]-8, + ∞[
18
Conjuntos Numéricos • CAPÍTULO 1
Sintetizando
19
PRODUTOS NOTÁVEIS E FRAÇÕES
CAPÍTULO
2
Introdução
Reserve um momento tranquilo para esta leitura e, principalmente, para a resolução dos
problemas e das atividades de aprendizagem.
Sempre que sentir dificuldade, retorne aos conceitos e exemplos apresentados ou contate
seu Professor.
Bons estudos!
Objetivos
Produtos notáveis
Os produtos notáveis são as operações mais famosas da Matemática e seu uso simplifica
cálculos, diminui o tempo de resolução dos problemas e otimiza aprendizados. Por isso, são
realmente notáveis!
20
Produtos Notáveis e Frações • CAPÍTULO 2
Para calcular um número ao quadrado, multiplicamos esse número por ele mesmo, por
exemplo: 3 2 = 3.3, que é igual a 9. Então, para calcular (a + b) 2, multiplicamos (a + b) por
(a + b), ou seja:
(a + b) =( a + b ) . ( a + b )
2
a 2 + 2ab + b 2 , pois ab =
ba
(a + b)
2
Portanto, é verdade que: =a 2 + 2ab + b 2 .
( )
2 2 2 2
»
x + 4 = x + 2 . x. 4 + 4 ⇔ x + 8 x + 16
» ( 2 x + 3 z ) = ( 2 x ) + 2 . 2 x. 3 z + ( 3 z ) ⇔ 4 x + 12 xz + 9 z
2 2 2 2 2
Conseguiu compreender a noção de produtos notáveis e o primeiro dos três tipos que
vamos estudar nesta disciplina? Caso tenha restado alguma dúvida, não hesite em consultar
seu Professor antes de seguir para o próximo tópico.
a.a + a. ( −b ) + ( −b ) .a + ( −b ) . ( −b )
a 2 − 2ab + b 2
21
CAPÍTULO 2 • Produtos Notáveis e Frações
Afinal, a. ( −b ) =( −b ) .a =−ab e ( –b ) . ( −b ) =
b2
Percebeu a diferença entre os dois produtos notáveis apresentados? Muito bem! A única
diferença é o sinal de menos. Então, o que foi apontado sobre o primeiro tipo de produto
notável também é válido para o segundo, ou seja, o quadrado da diferença de dois termos é
igual ao quadrado do primeiro termo, menos duas vezes o produto do primeiro termo pelo
segundo, mais o quadrado do segundo termo.
( x − 4)
2
» = x 2 − 2 . x. 4 + 42 ⇔ x 2 − 8 x + 16
( 2 x − 3z ) = ( 2 x ) − 2 . 2 x. 3 z + ( 3 z ) ⇔ 4 x 2 − 12 xz + 9 z 2
2 2 2
»
Entendeu? Se ainda tiver dúvidas, consulte seu professor antes de seguir para o tópico
seguinte.
O produto da soma pela diferença de dois termos é igual ao quadrado do primeiro termo
(a) menos o quadrado do segundo termo (b).
( a + b ) .( a − b ) = a.a + a. ( −b ) + b.a + b. ( − a )
a 2 − ab + ba + b 2
a 2 − b2
» ( x + 7 ) . ( x − 7 ) = x 2 − 7 2 = x 2 − 49
» ( 5 x − 2 ) . ( 5 x + 2 )= (5 x ) − 2 = 25 x − 4
2 2 2
22
Produtos Notáveis e Frações • CAPÍTULO 2
Sintetizando
(a − b)
2
» o quadrado da diferença de dois termos: =a 2 − 2ab + b 2 ;
» o produto da soma pela diferença de dois termos: ( a + b ) .( a − b ) = a 2 − b2 .
Frações
Iniciamos este tópico com uma pergunta: o que é fração? Confira se seu entendimento
está de acordo com o conceito a seguir.
Quando uma unidade, ou um todo, é dividido em partes iguais, uma dessas partes, ou a
reunião de várias, forma o que chamamos de fração.
Para representar uma fração, são necessários dois números inteiros: o primeiro indica
em quantas partes iguais foi dividida a unidade (ou o todo), dá nome a cada parte e é
chamado denominador da fração; o segundo indica o número das partes que foram
reunidas (ou tomadas da unidade) e é chamado numerador da fração.
7
Na fração 9 , o numerador é igual a 7, e o denominador é igual a 9, o que pode significar,
por exemplo, que você cortou uma pizza em nove fatias iguais e serviu sete aos seus
colegas.
Fração Leitura
1
Metade
2
9
10 Nove décimos
38
Trinta e oito centésimos
100
23
CAPÍTULO 2 • Produtos Notáveis e Frações
Fração Leitura
9
Nove sétimos
7
5
Cinco vinte avos
20
3
Exemplo: Um livro de Contabilidade Gerencial tem 210 páginas. Uma aluna já leu
7
desse livro. Quantas páginas faltam para terminar a leitura?
3 3 x 210 630
x 210
= = = 90
7 7 7
Encontramos 3 como sendo 90, ou seja, ela já leu 90 páginas do livro. Como o livro tem
7
210 páginas, logo, 210 − 90 =120 é a resposta; portanto, ainda faltam 120 páginas para
findar a leitura do livro.
Igualdade de frações
a c
Duas frações e com b ≠ 0 e d ≠ 0 são iguais se e somente se a.d = b.c, ou seja, a = c
b d b d
↔ a.d = b.c, com b ≠ 0 e d ≠ 0.
Nesta seção, serão apresentadas algumas operações com frações, como soma, diferença,
produto e divisão de frações. Essas operações são importantes para simplificarmos as
frações.
24
Produtos Notáveis e Frações • CAPÍTULO 2
Observe os exemplos:
3 2 3+ 2 5
» += =
8 8 8 8
5 3 5−3 2
» − = =
9 9 9 9
Quando os denominadores forem diferentes, devemos encontrar o mínimo múltiplo
comum (MMC) e transformar em frações de mesmo denominador para, depois, efetuar
as operações.
O MMC de dois ou mais números naturais, diferentes de zero, é dado pelo menor valor da
intersecção dos conjuntos dos múltiplos desses números.
Por exemplo, obtenha MMC de 4, 6 e 8, ou seja, MMC (4, 6, 8). Inicialmente, escrevemos o
conjunto dos múltiplos de 4, 6 e 8.
M4 = conjunto dos múltiplos de 4 = {4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, ...}
M6 = conjunto dos múltiplos de 6 = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, ...}
M8 = conjunto dos múltiplos de 8 = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, ...}
3 1 5 18 4 15 37
+ + = + + =
4 6 8 24 24 24 24
Resposta: 3 + 1 + 5 =
37
4 6 8 24
25
CAPÍTULO 2 • Produtos Notáveis e Frações
Produto de frações
O produto de frações implica a multiplicação do numerador com numerador e do
denominador com denominador. Se necessário, simplifique o produto para facilitar o
cálculo.
Divisão de frações
Na divisão de frações, vamos multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda e, se
necessário, vamos simplificá-las.
3
5 3 7 3.7 21
= .= =
a. 4 5 4 5.4 20
7
2
b. =7 2 14 2.14 28 , simplificando, temos: 28 ÷ 7 = 4
=. =
3 7 3 7.3 21 21 ÷ 7 3
14
Sintetizando
» Representação matemática das frações, fazendo uso das quatro operações matemáticas, soma, subtração,
multiplicação e divisão.
26
CAPÍTULO
POTENCIAÇÃO, RADICIAÇÃO E
RACIONALIZAÇÃO 3
Introdução
Bons estudos!
Objetivos
Potenciação
A potenciação, ou potência, é uma ferramenta útil para simplificar cálculos com números
grandes e é assim entendida graças às suas propriedades. Os números envolvidos em uma
multiplicação são chamados de fatores, e o resultado da multiplicação é o produto.
27
CAPÍTULO 3 • Potenciação, Radiciação e Racionalização
Quando os fatores são todos iguais, a forma de fazer a representação dessa multiplicação é por
a a . a .… .a , ou seja, n vezes.
meio da potenciação.=
n
Em que:
1.296 é a potência.
=
a.
23 2=
.2 .2 8
( −7 ) =( −7 ) . ( −7 ) =49
2
b.
Casos particulares
71 = 7
( −4 )
1
−4
=
1
3 3
=
5 5
28
Potenciação, Radiciação e Racionalização • CAPÍTULO 3
100 = 1
( −250 )
0
1
=
0
5
= 1
3
2 1 1
3−= =
32 9
1 1
(−4) −2= 2
=
(−4) 16
101 = 10
102 = 100
103 = 1000
As potências apresentam algumas aplicações em nosso dia a dia. Por exemplo, os cálculos que
envolvem juros compostos são desenvolvidos baseados na potenciação das taxas de juros.
Observe a resolução do exemplo a seguir.
29
CAPÍTULO 3 • Potenciação, Radiciação e Racionalização
isso ocorre acumulação de capital (C), que deverá ser expressa por uma potenciação
cujo número de meses (n) corresponderá ao expoente, e a base será representada pela
taxa (i). A fórmula para calcular o montante (M) nos juros compostos é:
M = C x (1 + i)n
5
M = 1500 x 1 + 1
100
M = 1500 x (1 + 0,01)5
M = 1500 x (1,01)5
M = 1500 x 1,0510
M = 1.576,52
Propriedades de potenciação
2
2 22 4
=
= 2
9 9 81
4
3 34 81
= = 4
10 10 10000
30
Potenciação, Radiciação e Racionalização • CAPÍTULO 3
22 x 2=
5
22+=
5 7
2= 128
2 5 3 2+3 5
3 3 3 3 3 243
x =
= =
=5
2 2 2 2 2 32
Considere a expressão 35
. Por definição de potências, temos:
32
35 3 𝑥𝑥 3 𝑥𝑥 3 𝑥𝑥 3 𝑥𝑥 3 3 𝑥𝑥 3 𝑥𝑥 3
= = = 33 = 27
32 3 𝑥𝑥 3 1
am
Logo, se a ≠ 0 é um número real, e m e n são números inteiros positivos, então, = a m−n ,
an
ou seja, conservamos a base e subtraímos do expoente do numerador o expoente do
denominador. Por exemplo:
54
2
= = 54− 2 = 52 = 25
5
6
5
6 −5 1 1
4 = 5 = 5 = 5= 5
5
5 4 4 41 4
4
Portanto, se a ≠ 0 é um número real, m e n são números inteiros positivos, então, (am)n = am.n,
ou seja, conservamos a base e multiplicamos os expoentes. Por exemplo:
( 3 )=
2 2
32.2= 3=
4
81
2
2 3 2 3.2 2 6 26 64
= = = =
5 5 5 56 15625
31
CAPÍTULO 3 • Potenciação, Radiciação e Racionalização
Radiciação
Para que possamos dar continuidade ao estudo de radiciação, é necessário que você
tenha compreendido plenamente o estudo de potenciação, pois a radiciação é uma
operação inversa da potenciação. Sendo assim, caso ainda restem dúvidas, volte ao
tópico anterior, faça uma leitura atenciosa e contate seu Professor.
Imagine um número (x) que, elevado ao cubo ou à terceira potência, seja igual a 8.
Ou seja, (x) 3 = 8. Logo, esse número é o 2, pois 2 3 = 8. Essa é a operação inversa da
potenciação, chamada radiciação.
Denomina-se raiz de índice n (ou raiz enésima) de a o número ou a expressão que, elevado
à potência n, reproduz a. A raiz é representada pelo símbolo √. Sendo assim, podemos dizer
que um número b é chamado de raiz enésima de um número a, isto é, n
a = b , se e somente
se a = b . Em que:
n
√ → é o radical
a → é o radicando
b → é o radicando
4
16 = 2, pois 24 = 16
3
−27 = 3, pois (-3)3 = -27
32 2 , pois 2 25 32
5
5
= = =
243 3 3 35 243
A radiciação é uma operação que tem por finalidade, se fornecida à potência de um
número e seu expoente, determinar qual é esse número. É muito utilizada para se obter
soluções de equações e simplificação de expressões aritméticas e algébricas.
32
Potenciação, Radiciação e Racionalização • CAPÍTULO 3
As potências com expoente fracionário podem ser escritas em forma de radical, e o radical
pode ser escrito em forma de potenciação com expoente fracionário. Por exemplo:
1
3 =5 3
5
4
3 4
5 =5 3
1 1 2
25
= 25=
2
( 52 )=
2 5=
2
5
Propriedades da radiciação
( )
n
Se b ≥ 0 e n > 1 (leia maior que 1), e um inteiro par, então: n 1
b = b n= b= b , vejamos:
4
( )
4
1
4
15 = 15=
4
15
= 15
( )
8
1
8
21= 21
=8
21
= 21
Expoente ímpar
n
( )
n
Se b é um número real qualquer e n > 1 um número ímpar, então: n 1
b = b n= b= b,
vejamos:
3
( )
3
1
3
27= 27
= 3
27
= 27
( )
9
1
9
77= 77=
9
77
= 77
a n
a
=n ,b ≠ c
b n
b
33
CAPÍTULO 3 • Potenciação, Radiciação e Racionalização
( )
m
n
a = n am
p n pn
a= a
Vejamos os exemplos abaixo:
3
8 . 27 = 3 8 . 3 27
13 5
13
5 = 5
8 8
( )
2
3
15 = 3 152
3 5
30 3 =
= .5
30 15
30
Racionalização
Em alguns casos, você pode encontrar raízes no denominador da fração, situação que a
torna irracional. Para prosseguir com os cálculos, é conveniente que você elimine essas
raízes do denominador, por meio de um processo chamado racionalização.
Denominamos fração irracional toda fração constituída por um radical em pelo menos um
de seus termos: numerador ou denominador, por exemplo: 9 , 4 , 47 , 25 .
3
15 5 3 15 49
Racionalizar uma fração é reescrevê-la sem raízes no denominador, ou seja, transformar um
denominador irracional em racional. Sendo assim, a dica é multiplicar tanto o numerador
(parte de cima) quanto o denominador (parte de baixo) por um mesmo número diferente
de zero.
34
Potenciação, Radiciação e Racionalização • CAPÍTULO 3
Assim:
1 1 3 1. 3 3 3
= =. = =
3 3 3 3 ( ) (
2
32 ) 3
Resposta: 3
3
Exemplo 2: Racionalize a fração 6 .
5− 3
Resolução: Multiplicamos ambos os termos da fração pelo conjugado do denominador. Nesse
exemplo, o conjugado de 5− 3 é 5 + 3 , logo:
=
6 6
= .
5+ 3 6. (= 5 + 3)
=
6( 5 + 3)
5− 3 5− 3 5+ 3 ( 5− 3 ) .( 5 + 3 ) ( 5) −( 3)
2 2
(
6 5+ 3 6 5+ 3) (
6 5+ 3 6 5+ 3 ) ( ) ( )
= = = = 3
52 − 32 25 − 9 5−3 2
( 5+ 3 )
Resposta: 3 ( 5+ 3 )
Sintetizando
» A radiciação é uma operação inversa da potenciação, sendo utilizada para obter a solução de equações e
simplificação de expressões algébricas.
35
CAPÍTULO
RAZÃO, PROPORÇÃO E REGRA DE TRÊS
( SIMPLES E COMPOSTA ) 4
Introdução
O que você vai aprender neste capítulo tem grande importância para a Matemática e
para o seu cotidiano pessoal, acadêmico e profissional. Os assuntos são relacionados
à aplicação dos conceitos de razão, proporção e porcentagem, por meio de problemas
simples e rápidos, como o desconto numa loja em liquidação, e de problemas mais
complexos relacionados à inflação ou à taxa de juros, por exemplo.
Bons estudos!
Objetivos
Razão
Na sociedade moderna, o conceito de razão é utilizado nos jornais e nas revistas para
comunicar a concentração de pessoas em uma determinada cidade ou o fluxo de carros em
um pedágio, por exemplo, além de estar presente nas mais variadas áreas de conhecimento.
36
Razão, Proporção e Regra de três (simples e composta) • CAPÍTULO 4
Assim: 8000 = 2 .
4000
Resposta: a razão desse exemplo pode ser lida como a razão de 8.000 para 4.000, ou 8.000
está para 4.000, e é igual a 2, o que equivale a dizer que o salário de João Carlos é o dobro
do salário de Antonio. Por meio da razão, estamos fazendo uma comparação de grandezas
que, nesse caso, são os salários de João Carlos e Antonio. Portanto, a razão de um salário
para outro é igual a 2.
Exemplo 3: Dos 1.200 inscritos para uma vaga de emprego, foram selecionados 240 candidatos.
Isto é, 1200 = 1 . Ou seja, de cada 5 candidatos inscritos, 1 foi selecionado.
240 5
Exemplo 4: Para um concurso público, candidataram-se 48.500 pessoas para concorrer a 50
48500 970
vagas disponíveis. A razão = = 970 , logo, 970 representa o número de candidatos
50 135
por vaga (cada vaga está sendo disputada por 970 candidatos).
Importante
A inversa de uma razão, a , com a ≠ 0 e b ≠ 0, é obtida trocando-se a posição dos termos da razão considerada;
b
37
CAPÍTULO 4 • Razão, Proporção e Regra de três (simples e composta)
Razões especiais
Velocidade média
Qual a razão entre as medidas dessas grandezas e o que significa essa razão? Vejamos:
Razão = 1150 km = 92 km / h.
12, 5 h
Ao fazer uso da razão, descobre-se que a cada hora foram percorridos 92 km em média.
Consumo médio
Densidade demográfica
Densidade demográfica é a razão entre o número de habitantes de uma região e a área dessa
região. Por exemplo, um determinado Estado do Sudeste, com área de 301.388 km2, em um
de seus censos, teve sua população estimada em 15.672.176 habitantes. Determine a razão
entre o número de habitantes e a área desse Estado.
38
Razão, Proporção e Regra de três (simples e composta) • CAPÍTULO 4
Proporção
Dados quatro números racionais a, b, c e d, não nulos, nessa ordem, dizemos que eles
formam uma proporção quando a razão do primeiro para o segundo for igual à razão do
a c
terceiro para o quarto. Logo, = ou a : b e c : d, (leia-se: a está para b assim como c
b d
está para d; e a e c são denominados extremos, enquanto b e d são denominados meios).
6 54 é uma porporção, pois 6 : 8 = 54 : 72 (leia-se: 6 está para 8 assim como 54 está para 72.
=
8 72
10 20 é uma proporção, pois 10 : 12 = 20 : 24 (leia-se: 10 está para 12 assim como 20 está para 24.
=
12 24
14 28 é uma proporção, pois 14 : 18 = 28 : 36 (leia-se: 14 está para 18 assim como 28 está para 36.
=
18 36
Propriedades
a c
=⇔ a . d =
b .c
b d
Observe os exemplos abaixo:
4 8
=⇔ 4 .10 =
5 .8
5 10
6 9
= ⇔ 6 .12 =
8 .9
8 12
39
CAPÍTULO 4 • Razão, Proporção e Regra de três (simples e composta)
a + c a a + c c a −c a a −c c
= ou = = e ou
=
b + d b b + d d b −d b b −d d
Exemplo: na proporção 12 = 9 , temos:
16 x12
12 + 9 12 12 + 9 9 12 − 9 12 12 − 9 9
= = , ou = , ou = , ou
16 + 12 16 16 + 12 12 16 − 12 16 16 − 12 12
Números proporcionais
Diretamente proporcional
Resolução: sejam:
Pelo enunciado, x está para 280,00 assim como y está para 440,00, e x + y = 324.000, ou seja:
x y
=
280, 00 440, 00
40
Razão, Proporção e Regra de três (simples e composta) • CAPÍTULO 4
Assim;
x y x+ y x y
= ⇔ ==
280, 00 440, 00 280, 00 + 440, 00 280, 00 440, 00
324.000, 00 x 324.000, 00 y
= = ou
720, 00 280, 00 720, 00 440, 00
Logo,
324.000, 00 x
= ⇔ 720 x = 324.000, 00 . 280, 00 ⇔ 720 x = 90.720.000, 00
720, 00 280, 00
90.720.000, 00
=x = ⇔ x 126.000, 00
720
Ou seja, x = 126.000,00.
324.000, 00 y
= ⇔ 720 y = 324.000, 00 . 440, 00 ⇔ 720 y = 142.560.000, 00
720, 00 440, 00
142.560.000, 00
=y = ⇔ y 198.000, 00
720
Ou seja, y = 198.000,00
Resposta: O primeiro amigo (x) recebeu R$ 126.000,00, e o segundo amigo (y) recebeu
R$ 198.000,00.
Inversamente proporcional
Dizemos que os números racionais a, b e c são inversamente proporcionais aos números
racionais x, y, e z quando temos:
x . a = y . b = z . c = k, e k é uma constante.
41
CAPÍTULO 4 • Razão, Proporção e Regra de três (simples e composta)
Já regra de três composta é uma técnica para a resolução de problemas com mais de
duas grandezas.
Se duas grandezas variam sempre na mesma razão, dizemos que essas grandezas são
diretamente proporcionais. Quando variam sempre uma na razão inversa da outra,
dizemos que essas grandezas são inversamente proporcionais.
Resolução:
120 km = 2 horas
x km = 10 horas
1200
120 .10 = 2.x ⇔ 2 x = 1200 ⇔ x = ⇔ x = 600
2
42
Razão, Proporção e Regra de três (simples e composta) • CAPÍTULO 4
É indispensável o uso de uma seta para baixo na coluna que contém a grandeza procurada.
Nas demais colunas, se as grandezas forem diretamente proporcionais, coloque a seta na
mesma direção e, para as grandezas inversamente proporcionais, as setas devem estar na
direção oposta.
Resolução:
30
250 30
=
450 x
Logo,
250 30
= ⇔ 250 . x =
450 . 30 ⇔ 250 x =
13500
450 x
13500
=x x 54
⇔=
250
Resposta: Trabalhando do mesmo modo, o trator fará 450 metros de estrada em 54 dias.
Exemplo 2: Com a velocidade de 75 km/h, um motociclista faz o percurso entre a sua casa
e seu local de trabalho em 40 minutos. Devido a um pequeno congestionamento, esse
motociclita fez o percurso de volta em 50 minutos. Qual a velocidade média no percurso
de volta para casa?
Resolução:
43
CAPÍTULO 4 • Razão, Proporção e Regra de três (simples e composta)
Logo,
3000
75 . 40= x . 50 ⇔ 3000= 50 x ⇔ x= ⇔ x= 60
50
Vamos complicar um pouco. Agora o objetivo é resolver problemas com mais de duas
grandezas, direta ou inversamente proporcionais. Para isso, devemos utilizar a regra de três
composta. Veja alguns exemplos.
Resolução:
20 24 1600
. =
28 36 x
44
Razão, Proporção e Regra de três (simples e composta) • CAPÍTULO 4
Logo,
1612800
480
= x 1612800=
⇔x ⇔ x 3360
=
480
Exemplo 4: Uma família resolve fazer uma viagem no final de semana, saem de carro
e percorrem 250 km em 2 dias se rodar 5 horas por dia. Em quantos dias essa família
percorrerá 750 km se rodar 6 horas por dia?
Resolução:
» Se a família aumentar o número de horas que roda por dia, o número de dias
diminuirá; assim, as grandezas número de h/dia e número de dias são inversamente
proporcionais.
45
CAPÍTULO 4 • Razão, Proporção e Regra de três (simples e composta)
Logo,
250 6 2 1500 2
. = ⇔ =⇔ 1500 . x =
3750 . 2
750 5 x 3750 x
7500
1500=
x 7500 ⇔ =
x x 5
⇔=
1500
Sintetizando
» Conceitos básicos sobre razão e proporção, em que a proporção é a igualdade entre duas razões, suas aplicações e
propriedades.
» As diferenças entre as regras de três simples e composta, resolução de atividades com uso de razão inversa e sua
utilização em situações envolvendo proporções entre grandezas.
46
CAPÍTULO
MATEMÁTICA BÁSICA E SUAS
APLICAÇÕES NAS FINANÇAS 5
Introdução
Neste capítulo, você estudará os juros simples e compostos. Então, o que significa “juros”?
Diz-se que juros é o termo utilizado para designar o “preço do dinheiro no tempo”, ou
melhor, é o “preço” que alguém paga por ficar com a posse do dinheiro de outra pessoa
por algum tempo. Quando você pega certa quantia emprestada no banco, ele cobrará
uma remuneração em cima do valor que ele te emprestou, pelo fato de deixar você ficar
na posse desse dinheiro (que era dele) por certo tempo. Essa remuneração é expressa
pela taxa de juros. Existem duas formas principais, ou regimes, de cobrança de juros:
juros simples e juros compostos.
O regime de juros simples tem um viés mais teórico, sua utilização é voltada mais para
fins didáticos do que para fins práticos. No cotidiano, a maioria das operações é realizada
segundo o regime de juros compostos (ex.: poupança, empréstimos e financiamentos de
automóveis e casa própria etc.). As operações de curto prazo, tais como os cálculos de
multas por atraso no pagamento de conta telefônica etc., fazem uso de juros simples,
pois se trata de um valor fixo por dia de atraso.
Objetivos
» Compreender uma transação no regime de juro simples por meio dos termos que a
compõe e realizar operações financeiras no regime de juro simples.
» Compreender uma transação no regime de juro compostos por meio dos termos que a
compõe e realizar operações financeiras no regime de juro compostos.
Porcentagem
47
CAPÍTULO 5 • Matemática Básica e suas aplicações nas finanças
16 16 . 4 64
= = = 64%
25 25 . 4 100
16 64
= 0,=
64 = 64%
25 100
16 x 1600
= ⇔ 25 x= 1600 ⇔ x= = 64
25 100 25
36
Como 36 litros de 90 foram consumidos, temos como fração 90
, logo:
36 4
= 0,=
4 = 4%
90 100
48
Matemática Básica e suas aplicações nas finanças • CAPÍTULO 5
9
9% de 360 ⇔ . 360 ⇔ 0, 9 . 360 = 32, 4∴ 360 + 32, 4 = 392, 40
100
109
109% de 360 ⇔ . 360 ⇔ 1, 09 . 360 =
392, 4
100
Os cálculos de porcentagens são muito usados na indústria, nas finanças e nas ciências
para avaliar resultados. É comum pessoas e empresas usarem expressões de acréscimo ou
de redução nos preços de produtos ou serviços, números ou quantidades, sempre tomando
por base 100 unidades.
» O arroz teve aumento de 15%. Isso quer dizer que, em cada R$ 100,00, o arroz teve um
acréscimo de R$ 15,00.
» Um cliente ganhou desconto de 35% na compra de uma bermuda jeans. Isso quer dizer
que, em cada R$ 100,00, a loja deu um desconto de R$ 35,00.
» Se, na empresa Jurujuba, a cada 100 funcionários 85 são dedicados ao trabalho; podemos
dizer que, dos funcionários que trabalham na empresa Jurujuba, 85% são dedicados.
Todas essas expressões envolvem uma razão especial, à qual damos o nome de
porcentagem, ou percentagem.
49
CAPÍTULO 5 • Matemática Básica e suas aplicações nas finanças
12 4 20 80
= = = =…
15 5 25 100
Portanto, denomina-se razão centesimal toda a razão que tem para consequente
80
(denominador) o número 100; em nosso exemplo, é a razão centesimal. Veja outros
100
exemplos:
8 12 24 77 80 90
, , , , ,
100 100 100 100 100 100
8
08 8% ( leia − se : oito por cento ) ;
= 0,=
100
12
= 12% ( leia − se : doze por cento ) ;
= 0,12
100
21
21 21% ( leia − se : vinte e um por cento ) ;
= 0,=
100
77
77 77% ( leia − se : setenta e sete por cento ) ;
= 0,=
100
80
= 80% ( leia − se : oitenta por cento ) ;
= 0,80
100
95
95 95% ( leia − se : noventa e cinco por cento ) ;
= 0,=
100
125
25 125% ( leia − se : cento e trinta e cinco por cento ) .
= 1,=
100
As expressões 8%, 12%, 21%, 77%, 80%, 95% e 125% são chamadas taxas percentuais.
Resolução:
6 x
= ⇔ 8 . x = 6 .100 ⇔ 8 x = 600
8 100
600
x= ⇔ x= 75
8
50
Matemática Básica e suas aplicações nas finanças • CAPÍTULO 5
Resolução: 2, 2, 5 1
= 5 =
100 40
Resposta: 2,5% na forma de razão é 1
40
.
Cálculo de porcentagem
Resolução: P = 5.750,00, i = 5 e p = ?.
Assim:
p 5 5750 . 5 28750
= ⇔ p= ⇔ p= ⇔ p = 287, 5
5750 100 100 100
51
CAPÍTULO 5 • Matemática Básica e suas aplicações nas finanças
5 5 . 5750 28750
5% de=
5750 . 5750
= = = 287,5
100 100 100
Agora, aplicando os conhecimentos adquiridos até aqui e utilizando a regra de três simples,
vamos resolver novamente o exemplo 1.
Resolução:
Resolução: Para obter o aumento, calculamos 7,25 – 6,84 = 0,41, ou seja, o pacote de farinha de
trigo subiu R$ 0,41; logo, R$ 0,41 está para R$ 6,84 assim como x está para 100, e x é o percentual
de aumento. Aplicando a regra de três, temos:
0, 41 x
=
6,84 100
Logo;
0, 41 x 41
= ⇔ 0, 41 .100= 6,84 . x ⇔ 41= 6,84 x ⇔ x= ⇔ x= 5, 99
6,84 100 6,84
Juro
52
Matemática Básica e suas aplicações nas finanças • CAPÍTULO 5
Se uma fatura for paga com atraso, será acrescido ao valor o juro correspondente ao tempo
de atraso.
Juros simples
O regime de capitalização é simples quando o juro incide apenas sobre o valor do capital
inicial (C) ou valor presente (PV ).
Vejamos um exemplo:
Exemplo 1: Suponha que um adolescente resolve aplicar parte da sua mesada em uma
instituição financeira sob o regime de juros simples, capital de R$ 1.000,00 a uma taxa de 2%
ao mês, durante 3 meses. A evolução da aplicação, no regime de juros simples, seria a seguinte:
Nota-se que, no final do período, ou seja, 3 meses, no regime de juros simples, o adolescente
terá um montante de R$ 1.060,00. Veja que, nesse caso, o juro incide sempre SOMENTE
sobre o valor de R$ 1.000,00, Capital.
Exemplo 2: Renata fez uma aplicação no valor de R$ 1.500,00 durante 7 meses, à taxa de
juros de 0,65% a.m. (ao mês). Podemos calcular o montante alcançado por Renata ao final
da aplicação da seguinte forma:
0, 65
0, 65% de1000 ⇔ .1000 ⇔ 0, 0065 .1000 =
6,5 =
R$ 6,50
100
53
CAPÍTULO 5 • Matemática Básica e suas aplicações nas finanças
O capital foi aplicado por 7 meses. Logo, multiplicando-se o juro de um mês por 7, temos:
6,5=
. 7 45,5
= R$ 45,50
Observe que, para encontrar o valor do juro, multiplicamos o valor do investimento pela taxa
de juro e pelo tempo de aplicação, portanto:
J = C. i . t
M=C+J
Juro simples → J = C . i . t
J = Juro
C = Capital
t = Perído de tempo
Montante → M = C + J → M = C + C . i . t → M = C(1 + i . t)
No juro simples, uma taxa de 3,1% a.m. é equivalente a 37,2% a.a, pois 0,031 . 12 = 0,372.
Semelhantemente, uma taxa de 48% a.a. é equivante a 4% a.m., pois 0,48 : 12 = 0,04.
Importante
Duas taxas só são equivalentes quando, se aplicadas em um mesmo capital e durante um mesmo tempo, produzem
montantes idênticos.
54
Matemática Básica e suas aplicações nas finanças • CAPÍTULO 5
Dados:
C = 2250,23
t = 5 meses
6,5
i = 6,5% a.m., 100
= 0,0065
J=?
Solução algébrica:
J=C.i.t
J = 2250, 23 . 0,0065 . 5
J = 73,13
Dados:
C = 537,17
t = 1 dia
i=?
J = 2,14
Solução algébrica:
J 2,14
J= C . i . t ⇔ =
i i
⇔= i 0, 00398… . 30 (1 mes )
⇔=
C .t 537,17 .1
i = 11,95% ao mês
55
CAPÍTULO 5 • Matemática Básica e suas aplicações nas finanças
Dados:
M=?
C = 109.975,00
1, 45
i = 1,45% a.m , = 0,0145
100
Solução algébrica:
M C (1 + i . t ) ⇔
= = M 109975 (1 + 0, 0145 . 4 ) ⇔
= M 109975 (1 + 0, 058 )
Exemplo 4: Determine o valor da aplicação cujo valor de resgate foi de R$ 98.548,00 por
um período de 6 meses, sabendo que a taxa de aplicação a juros simples foi de 1,77% ao
mês.
Dados:
M = 98548,00
C=?
t = 6 meses
1, 77
i = 1,77% a.m. 100
= 0,0177
Solução algébrica:
M 98548 98548
M = C (1 + i . t ) ⇔ C= ⇔ C= ⇔ C=
(1 + t.i ) (1 + 0, 0177 . 6 ) (1, 0177 . 6 )
98548
C
= C 16139, 01
⇔=
6,1062
56
Matemática Básica e suas aplicações nas finanças • CAPÍTULO 5
Juros compostos
M = C . (1 + i)t , onde:
M = montante
C = capital
i = taxa
t = tempo
Exemplo 1: Bruno aplicou R$ 600,00 num banco que paga juros compostos de 3% ao mês. Qual
será seu montante após o período de 6 meses?
M = C . (1 + i)t
Dados:
M=?
C = 600
3
i = 3% a.m, 100
= 0,03
t=6
57
CAPÍTULO 5 • Matemática Básica e suas aplicações nas finanças
Exemplo 2: Qual foi o capital que, aplicado a uma taxa de 2% ao mês, produziu em 10 meses
um montante de R$ 15.237,43?
M = R$ 15.237,43
t = 10
2
i = 2% a.m., 100
= 0,02
M = C * (1 + i)t
15237,43 = C . (1 + 0,02)10
15237,43 = C . (1,02)10
15237,43 = C . 1,218994
C = 15237, 43
1, 218994
C = 12.500,00
M=?
C = 12.000
M = C . (1 + i)t
M = 12000 . (1 + 0,015)36
M = 12000 . 1,01536
M = 12000 . 1,70914
M = 20.509,68
58
Matemática Básica e suas aplicações nas finanças • CAPÍTULO 5
Podemos calcular o preço do litro de óleo de freio após o acréscimo das seguintes maneiras:
1,05 .1,02.1
= ,03 1,10313
= 110,313%
110,313
110,313% de 3,8 ⇔ . 3,8 ⇔ 1,10313 . 3,8 =
4,19
100
Portanto, o preço de 1 litro de óleo de freio nessa loja após os três acréscimos é R$ 4,19.
Importante
Observe que a porcentagem de acréscimo deve ser calculada sempre sobre o valor obtido anteriomente.
Exemplo 2: As Casas Bahia estão realizando uma mega liquidação. Uma TV LED 4K Ultra
HD 42 polegadas, que inicialmente custava R$ 2.500,00, sofreu um desconto de 20%; se o
cliente pagar à vista, há mais 10% de desconto sobre o valor de liquidação. Qual será o preço
do televisor após os descontos?
Podemos calcular o preço da TV pago à vista de várias formas. Calculamos o preço após
cada desconto, vejamos:
59
CAPÍTULO 5 • Matemática Básica e suas aplicações nas finanças
80
80% de 2500 ⇔ . 2500 ⇔ 0,8 . 2500 =
2000
100
90
90% de 2000 ⇔ . 2500 ⇔ 0, 9 . 2000 =
1800
100
72
72% de 2500 ⇔ . 2500 ⇔ 0, 72 . 2500 =
1800
100
Sintetizando
» A porcentagem é uma razão entre dois números, em que o denominador sempre será 100.
» A Matemática é importante no que tange a finanças, pois estabelece métodos para quantificar a variação de
capitais.
» É possível fazer um planejamento entre o que se recebe e o se pode gastar, fazendo aplicações com o objetivo de
gerar lucros e evitar possíveis prejuízos.
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CAPÍTULO
MATEMÁTICA BÁSICA E SUAS
APLICAÇÕES EM ESTATÍSTICA 6
Introdução
Objetivos
Variáveis estatística
Para decidirmos como organizar os dados, é necessário saber com que tipo de variáveis
trabalharemos. Os tipos de variáveis são:
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CAPÍTULO 6 • Matemática básica e suas aplicações em Estatística
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Matemática básica e suas aplicações em Estatística • CAPÍTULO 6
Quadro 3.
População estatística
Amostra estatística
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CAPÍTULO 6 • Matemática básica e suas aplicações em Estatística
c. Em uma pesquisa realizada por uma rede de televisão, pretende-se saber a intenção
de votos para presidente da república, em que foram ouvidas quatrocentas pessoas.
Esse grupo de quatrocentas pessoas é uma amostra.
Resposta: A Honda deve utilizar uma amostra, pois seria inviável uma simulação com a
população de 8.000 motocilcetas
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Matemática básica e suas aplicações em Estatística • CAPÍTULO 6
Média aritmética µ
Média (µ) é chamada também de média aritmética simples. Para calcularmos a média,
basta somar todas as informações do conjunto de dados e dividir pelo quantitativo de
informações que foram somadas. Vejamos alguns exemplos.
Exemplo 1: A tabela abaixo mostra o quantidade de gols marcados nos jogos da terceira
rodada do campeonato Espanhol.
Jogo I II III IV V VI
Número de gols 4 2 6 4 3 3
Para obtermos o número médio de gols marcados por jogo, basta dividir o total de gols pelo
número de jogos dessa rodada, isto é:
4+ 2+ 6+ 4+3+3
=µ ≅ 3, 6
6
A média de gols por jogo nessa rodada foi de 3,6. Logo, chamamos de média artimética dos
números 4, 2, 6, 4, 3 e 3.
Exemplo 2: Em um grupo de dez pessoas, temos as seguintes idades: 18, 24, 19, 22, 19, 48,
46, 55, 62 e 73. Qual a média de idade desse grupo?
18 + 19 + 19 + 22 + 24 + 46 + 48 + 55 + 62 + 73
µ = 38, 6
10
Média ponderada µp
65
CAPÍTULO 6 • Matemática básica e suas aplicações em Estatística
1o Multiplicar as informações cuja média necessita ser calculada por seus respectivos pesos:
40 . 465 = 18600
30 . 930 = 27900
10 .1395 = 13950
60450
µ=
p ⇔ µ p ≅ 755, 63
80
Moda (Mo)
A moda de um conjunto de dados é o valor que aparece com mais frequência, ou seja, é
aquele que mais se repete. Quando dois ou mais valores apresentarem a mesma frequência,
a distribuição será bimodal (duas modas), trimodais e ainda multimodais. Quando as
frequências forem exatamente iguais, não há moda, pois nenhumna se destacou. Sendo
assim, chama-se amodal.
Portanto, podemos afirmar que a moda (Mo) é o sexo feminino, pois tal categoria
apresentou maior frequência.
Exemplo 2: Vamos usar a tabela que mostra a quantidade de gols marcados nos jogos da
terceira rodada do campeonato Espanhol.
Jogo I II III IV V VI
Número de gols 4 2 6 4 3 3
As modas são 3 e 4 (bimodal), pois são os valores que possuem mais frequências.
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Matemática básica e suas aplicações em Estatística • CAPÍTULO 6
Mediana (Md)
Exemplo 1: A tabela abaixo apresenta em ordem não descrescente o comprimento (em centímetros)
de 11 peixes criados pelo Sr. Genival, piscicultor.
14 15 16 16 17 18 21 23 29 32 33
11 + 1
= 6 ⇔ 6º posição
2
51,3 77
80,4 100,3 145,2 162,7 177,3 188,1 202,7 254,8 263,9 289,1 331,5 385.7
Sintetizando
» As variáveis estatísticas são valores que assumem características em uma pesquisa, podendo ser classificadas em
variáveis qualitativas (nominais e ordinais) e quantitativas (discretas e contínuas).
» As medidas de tendência central (média, mediana e moda) são diferentes medidas centrais de um conjunto de
dados numéricos, diante das suas particularidades; cada uma representa um dado típico em um conjunto.
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Referências
ANDRINI, Álvaro. Praticando Matemática – 7ª série. São Paulo: Editora Brasil, 1989.
ALENCAR FILHO, Edgar de. Teoria elementar dos conjuntos. 15. ed. São Paulo: Nobel, 1974.
CABRAL, Luiz Cláudio; NUNES, Mauro César. Matemática básica explicada passo a passo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
CRESPO, A. A. Matemática Comercial e Financeira. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
GARCIA, Jacqueline da Silva Ribeiro; SOUZA, Joamir Roberto de. #Contato Matemática. 3o ano. São Paulo: FTD, 2016.
GIOVANI, José Ruy; CASTRUCCI, Benedito; GIOVANI JR, José Ruy. A conquista da matemática: teoria e aplicação.
São Paulo: FTD, 1992.
GÓES, Hilder Bezerra; TONAR, Ubaldo. Matemática para concursos. 7. ed. São Paulo; Fortaleza: ABC Editora, 2004.
IEZZI, Gelson et al. Matemática, ciência e aplicações, volume 3, ensino médio. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
SILVA, Luiz Paulo Moreira. “O que são conjuntos numéricos?”; Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.
uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-sao-conjuntos-numericos.htm>. Acesso em: 7 fev. 2019.
SILVA, Sebastião Medeiros da; SILVA, Elio Medeiros da; SILVA, Ermes Medeiros da. Matemática básica para
cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2013.
MACHADO, Antônio dos Santos. Matemática: temas e metas. 1 – Conjuntos Numéricos e Funções. 2. ed. São Paulo:
Atual, 1998.
MORETTIN, Pedro Alberto; BUSSAB, Wilton O. Estatística Básica. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
NAME, Miguel Assis. Vencendo a matemática. São Paulo: Editora do Brasil, 2005.
PUCCINI, A. L. Matemática Financeira: objetiva e aplicada. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
TRIOLA, Mário F. Introdução à Estatística. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
WEBER, J. E. Matemática para economia e administração. 2. ed. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1986.
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