Organização de Empresa PDF
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CAPITULO 1: INTRODUÇÃO
1.1. PRIMÓRDIOS DA GESTÃO
Até ao final do século XIX persistiu um grande empirismo quer na
administração das empresas, quer na utilização dos meios humanos e
materiais. Todavia, à medida que se ia acentuando a complexidade da
produção, mais se impunha uma racionalização científica das máquinas e
do factor humano e tentativa de solução da diversidade de problemas
que se apresentavam às empresas como um todo.
Katz e Kahn (1978) dizem que “nosso modelo teórico para a compreensão
das organizações é o sistema energético input-output, onde o feedback
energético do outupt reactiva o sistema. As organizações sociais são
claramente sistemas abertos nos que o input de energia e a conversão
do output em posteriores inputs energéticos consistem em transacções
entre a organização e o seu entorno”.
1.2.1. Funções das organizações
Todos nós temos objectivos: objectivos individuais, cuja realização
depende só de nós, e objectivos colectivos, cuja realização estará
dependente de encontrarmos um conjunto de circunstâncias para que
possam ser satisfeitos. Todos nós, de alguma forma, somos membros de
uma organização.
De entre as várias funções que as organizações devem satisfazer,
parece ser consensual entre muitos autores, como por exemplo Stoner e
Freeman (1985), enunciar as seguintes: servem a sociedade, realizam
objectivos, preservam o conhecimento e proporcionam carreiras
profissionais.
a) Servem a sociedade
São instituições sociais que reflectem alguns valores e necessidades
culturais com que alguns de nós temos necessidades de nos identificar.
Permitem que vivamos juntos e de modo civilizado. É através delas que
realizamos objectivos enquanto sociedade.
Como exemplos podem-se referir o club de futebol, o credo religiosos
e, no caso de um partido político, a possibilidade de se estabelecer
no poder e decidir políticas económicas, sociais e outras, defendidas
pelos seus membros.
b) Realizam objectivos
Coordenando esforços de diferentes entidades as organizações conseguem
obter o que não obteriam individualmente, ou seja, utilizando como
simbolismo a linguagem matemática, 2+2= 5. É o denominado efeito
sinergia: o todo é superior à soma das partes: Por exemplo, uma escola
do ensino superior, ao coordenar, entre outros, os professores,
alunos, pessoal administrativo e segurança, permite a cada um dos
alunos obter a licenciatura, que de outra forma seria muito mais
difícil ou mesmo impossível.
c) Preservam o conhecimento
Organizações como universidades, museus e bibliotecas guardam e
protegem a maior parte do conhecimento que se foi acumulado ao longo
de gerações, permitindo que ele seja transmitido às gerações
vindouras, para além de contribuírem para o seu aumento e
desenvolvimento. O conhecimento é assim como que uma ponte contínua
entre as gerações passadas, presentes e futuras. Hoje, na chamada
“nova economia”, o conhecimento é o principal recurso, bem diferente
dos recursos tradicionais (terra, trabalho e capital), e ao contrário
destes, tem como principais características as seguintes: não ser
escasso; ter carácter acumulativo; gozar de rendimentos crescentes à
escala; e incrementar-se quando se reparte.
O conhecimento é o elemento chave dos modos de produção actuais e a
aprendizagem (a capacidade de absorver e de criar conhecimento) é o
seu processo mais importante.
Gestão moderna
Este tipo de gestão caracteriza-se pela impessoalidade (das regras dos
processos, das nomeações, etc.). Consiste em racionalizar a
organização ao ponto da rigidez limitar a sua capacidade de evolução e
flexibilidade necessárias a uma estratégia de progresso: Sistematiza a
preparação de todas as decisões, a sua execução e o controlo dos
resultados. Assenta num sistema hierárquico constrangido, implicando
subordinação e controlo. Cada área da organização pretende que a sua
função particular constitua um fim em si. A adaptação faz-se por
crises.
Gestão científica
A característica deste tipo de gestão assenta no propósito de preparar
mais as decisões e acção, de organizar a sua execução e de exercer um
controlo dinâmico mais sobre os resultados do que sobre os meios.
Trata a organização como um todo, como um sistema. Há maior
sistematização do trabalho nos diferentes domínios em que se exerce a
gestão. O processus de decisão
Desenvolve-se em quatros etapas:
Recursos-chave de sucesso
Métodos para coordenar os meios
Orçamento
- Estrutura e responsabilidade das pessoas
Regras de funcionamento
Delegação de objectivos e responsabilidades
Controlo e acções correctivas
1.5. CONCEITO DE GESTÃO
De um modo simples pode afirmar-se que sempre que se executar
continuamente um conjunto de actividades utilizando vários recursos e,
de forma sistematizada, se vão tomando decisões que tornam mais
eficiente a execução dessas actividades, existe gestão.
Gestão (gerir) é o processo (enquanto modo sistemático de fazer as
coisas) de planear, organizar, liderar e controlar a utilização dos
recursos postos à disposição da organização, a fim de alcançar os
objectivos pretendidos, de maneira eficiente e eficaz. O gestor é a
pessoa responsável pelo desempenho das organizações, sejam formais ou
informais, que faz com que os resultados sejam obtidos através das
pessoas. As organizações formais são aquelas que proporcionam bens e
ou serviços aos seus clientes, oferecem oportunidades de carreira aos
seus membros, baseiam-se numa estrutura, de acordo com algum critério.
São organizações que estão desenhadas no papel, com base em manuais de
organização, de descrição de cargos, de organogramas, de regras,
regulamentos. As organizações informais, por sua vez, emergem
espontânea e naturalmente entre as pessoas que ocupam posições na
organização formal. São constituídas de interacções e relacionamentos
Bibliografia consultada
Carvalho, J. Eduardo, “Gestão de Empresas, Princípios
fundamentais”, 3ª edição, Edições Sílabo, Lisboa, 2014