Conjuntos e Potencia

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Conjuntos

Os conjuntos não possuem definição, mas tem como noção intuitiva o agrupamento de qualquer
tipo e quantidade de objectos com pelo menos uma característica em comum. Com esta noção,
podemos identificar alguns conjuntos, conforme os dados a seguir.

 O conjunto dos dias da semana;


 O conjunto das letras do nosso alfabeto;
 O conjunto dos módulos leccionados no seu Curso.

Geralmente, os conjuntos são constituídos por elementos e designados por letras maiúsculas do
nosso alfabeto. Tais elementos, que são conhecidos como qualquer um dos objectos que compõe
o conjunto. Com base nos exemplos sobre conjuntos, podemos obter os seguintes exemplos
sobre elementos de conjuntos.

 Quinta-feira é um elemento do conjunto dos dias da semana, pois quinta-feira compõe


este conjunto.
 Dezembro é um elemento do conjunto dos meses do ano, pois Dezembro compõe este
conjunto.
 A letra α (alfa) não é elemento do conjunto das letras do nosso alfabeto, pois α não
compõe este conjunto, e sim o conjunto das letras do alfabeto grego.
 RPSNR é um elemento do conjunto dos módulos leccionados no Instituto Messalo, pois
RPSNR compõe este conjunto.

Representação Dos Conjuntos

Os conjuntos serão representados entre chavetas ou diagramas de venn, onde os elementos são
discriminados e separados por vírgula:

A = {segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado, domingo}

Conjuntos Numéricos

Neste capítulo apresentaremos conjuntos cujos elementos são números, por isso denominamos
conjuntos numéricos. Em cada um deles, os elementos têm alguma característica em comum.
Existem em matemática, seis conjuntos numéricos, nomeadamente, Conjunto dos números

dr. Feliciano Lequechane [email protected] 847461472 / 867461479


naturais, dos números inteiros, dos números racionais, dos números irracionais, dos números
reais e o conjunto dos números complexos.

Portanto, fará parte deste estudo sucinto o conjunto dos números racionais, mas, por uma questão
de higiene matemática, há que falar de outros conjuntos antecedentes, nomeadamente, conjunto
de números naturais e conjunto de números inteiros.

Conjunto dos Números Naturais

O surgimento do conjunto dos números naturais deveu-se à necessidade de se contarem os


objectos. Dai que, entendeu-se número natural, como sendo todo numero que aparece
naturalmente ao longo de um processo de contagem.

Temos, então: , Em que n representa um elemento genérico do


conjunto.
O conjunto de números naturais, pode ser representado geometricamente por meio de pontos
dispostos em uma recta, chamada recta numérica. Nela indicamos um ponto de origem
(correspondente ao número zero), uma unidade de medida e uma orientação (para a direita, por
exemplo)

0 1 2 3 4 5

Operações em

No conjunto dos números naturais são definidas duas operações: a adição e a multiplicação.
Quaisquer que sejam os números naturais a e b, sua soma e seu produto , são
números naturais.

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Exemplo:

 . É um número natural;
 É um número natural;
 . É um número natural.
 . É um número natural.

Já o mesmo não ocorre com a subtracção. No conjunto dos números naturais, só é possível
realizar a subtracção , quando .

Assim, a operação , resulta em um número natural, ou , resulta também em


um número natural. Mas não existe no conjunto dos números naturais, um número que possa
resultar da operação .

Para que seja sempre possível realizar subtracções, é necessário ampliar o conjunto , dando
origem o conjunto dos números inteiros.

Conjunto dos números Inteiros

O conjunto dos números inteiros , é formado por todos elementos do conjunto de números
naturais e seus respectivos opostos (ou simétricos).

Assim vejamos:

Notamos que, é subconjunto de :

z𝕫
𝕫

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Para representar geometricamente o conjunto na recta numérica, vamos utilizar os elementos
de , acrescentando pontos correspondentes a seus opostos.

Operações em

No conjunto dos números inteiros são definidas três operações: a adição, a subtracção e a
multiplicação. Quaisquer que seja os inteiros a e b, sua soma , sua diferença e seu
produto são números inteiros.

Exemplos:

 , É um número inteiro;
 , É um número inteiro;
 , É um número inteiro;
 , É um número inteiro;
 , É um número inteiro;
 , É um número inteiro.

Já o mesmo não ocorre com a divisão. No conjunto dos números inteiros, só é possível realizar
uma divisão , quando a é múltiplo de b.

Assim por exemplo, a operação resulta em um número inteiro, ou também


resulta em um número inteiro. Mas, qual seria o numero inteiro que resultaria da operação
?

Para que seja sempre possível realizar divisões, é necessário ampliar o conjunto dos números
inteiros, formando assim o conjunto dos números racionais.

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Conjunto dos números Racionais

Definimos como o conjunto dos números representados sob forma de fracção . Deste modo,

um número é racional quando pode ser escrito como uma fracção , com p e q inteiros e .

Então:

Quando , temos . Isso mostra que todo número inteiro é também racional,

ou seja, é subconjunto de . Então podemos construir o diagrama.

Suponhamos que um garçom tenha de dividir igualmente uma pizza entre seis pessoas. Assim
sendo, a pizza toda é um inteiro e cada uma das partes em que ficar dividida será representada
pelo número fraccionário: , que se lê: um sexto.

O número , É chamado de fracção.

Os termos da fracção, nesse exemplo 1 e 6 são chamados de numerador e denominador


respectivamente.

Números Racionais na forma decimal

Os elementos de , apresentam-se normalmente como fracção( ), mas há outra


forma de representar os números racionais, denominada forma decimal, dividindo o numerador
pelo denominador.

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Todo número racional representado em notação decimal é chamado de número decimal.

Vejamos as fracções representadas na forma decimal.

Números como esses que contêm na representação decimal mais simples um número finito de
algarismos são chamados de decimais exactos.

Algumas vezes, no entanto, ao dividirmos o numerador pelo denominador de uma fracção, não
obtemos resto zero em nenhuma etapa da divisão. Nesses casos, o quociente da divisão apresenta
uma repetição infinita de algarismos após a vírgula. Esse tipo de quociente é chamado Dizima
periódica.

Exemplo:

Podemos concluir que os números na forma decimal são uma outra maneira de representação
para os números na forma fraccionária. Como veremos a seguir, essa forma de representação
oferece vantagens pois torna mais simples realizar operações, comparações etc.

Conjunto dos Números Irracionais

Vimos que existem infinitos números racionais, que podem ser escritos na forma de fracções
com numerador e denominador inteiro. Ao ser representado na forma decimal, um numero
racional pode ser um decimal exacto ou uma dizima periódica.

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Existem, entretanto, números cuja representação decimal é infinita, mas não periódica.

Vejamos os exemplos:

O numero 0,123456….( em que as casas decimais são números naturais justapostos) não é
dizima periódica, pois, os infinitos algarismos a direita da vírgula não se repetem
periodicamente.

Os números √ √ não são dizimas


periódicas.

Dessa forma, um número cuja representação decimal infinita não é periódica é chamado Número
irracional.

O conjunto dos números reais

Esse conjunto é formado pelos números racionais e pelos irracionais e é representado por .

Assim teremos: .

Por outro lado, se um número real é irracional, ele não é racional. Assim.

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Potenciação

Pode acontecer que numa multiplicação sucessiva os factores sejam iguais, isto é:



Estes casos podem ser escritos de maneira mais simplificada, e teremos o seguinte:



Ao falarmos de quadrado de dois, cubo de três e quinto de quatro, estamos a usar um novo
conceito de Potência.

Potência é uma multiplicação de factores iguais.

 o símbolo é uma potência.


 O 4 é o factor que se repete e chama-se Base da Potência.
 O 5, que é o número de vezes em que se repete a base, chama-se de Expoente.

Repare que ao escrevermos ; estamos sim a denotar uma potência, no entanto, pela definição,
estaremos a supor existir uma multiplicação com um só factor, o que não e verdade. A ser assim,
convencionou-se que = 4 e isto generaliza-se µa todos números que tenham expoente igual a
1

Também convencionou-se que:

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Operações com potências

As propriedades de multiplicação sucessiva de factores iguais, justificam as seguintes regras:

Multiplicação de Potências com Bases Iguais e Expoentes Diferentes

Ao multiplicarmos potências com bases iguais e expoentes diferentes, mantemos a base e


somamos os expoentes.

Exemplo:

Multiplicação de Potências com Expoentes Iguais e Bases Diferentes

Ao multiplicarmos potências com expoentes iguais e bases diferentes, mantemos o expoente e


multiplicamos as bases.

Exemplo:

Divisão de Potências com Bases Iguais e Expoentes Diferentes

Ao dividirmos potências com bases iguais e expoentes diferentes, mantemos a base e subtraímos
os expoentes.

Exemplo:

Divisão de Potências com Expoentes Iguais e Bases Diferentes

Ao dividirmos potências com expoentes iguais e bases diferentes, mantemos o expoente e


dividimos as bases.

Exemplo:

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Potência de potência

Nas linhas anteriores, procuramos transmitir ao estudante a noção de potência, vamos agora
recursivamente desenvolver casos de sobreposição de potências, exemplo:

Ao desenvolvermos expressões com potência de potência faremos o seguinte

De outra maneira poderemos manter a base e multiplicar os expoentes, isto é:

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