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Wundt

1) Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia experimental em 1879 para estudar a mente de forma científica. 2) Ele acreditava que a consciência era composta por sensações elementares que se associavam. 3) Wundt usou a introspeção controlada, mas este método tinha limitações e a psicologia precisava de métodos mais objetivos.

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1) Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia experimental em 1879 para estudar a mente de forma científica. 2) Ele acreditava que a consciência era composta por sensações elementares que se associavam. 3) Wundt usou a introspeção controlada, mas este método tinha limitações e a psicologia precisava de métodos mais objetivos.

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Psicologia B – 12º Ano

Diferentes conceções sobre o estudo do ser humano

As várias dicotomias relacionadas com a explicação do comportamento espelham diferentes


conceções do ser humano e dão importância a aspetos relacionados com a consciência e o
inconsciente, o comportamento, cognição e mente. Podemos integrar as principais conceções
acerca do ser humano em três grupos distintos:

1. Perspetiva mental interna – põe a tónica em elementos de natureza mental e interna.


Principais representantes que estudaremos: Wundt e Freud.
2. Perspetiva comportamental externa – realça os elementos de natureza
comportamental e externa. Estudaremos a visão de Watson.
3. Perspetiva cognitiva e integradora – tenta superar as oposições de algumas
dicotomias. Iremos analisar determinados aspetos das perspetivas de Piaget e António
Damásio.
Comecemos por Wundt

Wundt e o primeiro laboratório de psicologia Experimental

A formação inicial de Wundt (1832-1920) foi medicina, mas acabou por se


dedicar à psicologia. Em 1879, fundou na universidade de Leipzig, o primeiro
Laboratório de Psicologia Experimental, seguindo os modelos dos laboratórios das
ciências da natureza. O seu laboratório tornou-se rapidamente um centro de
investigação dominado pela procura do rigor científico, servindo de modelo a outros
laboratórios de psicologia.

Wundt define como seu objeto principal contribuir para o processo de


autonomização da psicologia em relação à filosofia. Para isso, aproxima-se das
conceções que orientam ciências como a química, segundo as quais as substâncias
químicas são compostas por átomos que, combinados formam as moléculas.

Ao estudar a consciência, os processos mentais do ser humano vão procurar


decompô-la nos seus elementos mais simples, que são as sensações. Wundt e os seus
seguidores defendem uma conceção segundo a qual os processos mentais são
resultado da associação das sensações. Daí que a teoria de Wundt seja designada por
associacionismo. Também é conhecida por estruturalismo porque o objetivo era
estudar a estrutura da mente.

É no seu laboratório que vai procurar conhecer os elementos constituintes da


consciência, a forma como se relacionam e associam. Para atingir o seu objetivo –
conhecer a consciência -, Wundt vai utilizar a introspeção, isto é, a observação interior
feita pelo próprio sujeito. Contudo, Wundt, que pretendia distinguir o método de
introspeção que cada um de nós faz quotidianamente, recorre à introspeção
controlada. Observadores treinados (os seus alunos, entre outros), deveriam no
laboratório, descrever as suas experiências resultantes de uma situação experimental

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que ele definia. Por exemplo, pedia aos seus colaboradores que registassem de forma
rigorosa, de modo quantitativo, as sensações provocadas pela mastigação de um
amendoim, as sensações provocadas pela audição de sons repetitivos, etc.

Embora considerado por muitos como o fundador da psicologia científica, não


é, contudo, com Wundt que a psicologia adquire o estatuto de ciência autónoma. A
fundação do laboratório de psicologia experimental representa um marco importante
na história da psicologia, mas o estudo da mente através da introspeção não resiste às
críticas e exigências do estatuto de ciência experimental e objetiva.

Em síntese:
1. Wundt considera que a consciência é o objeto da psicologia.
2. Defende que a consciência é constituída por sensações.
3. A introspeção controlada é o método que adota.
4. Através da auto-observação seria possível conhecer os elementos constituintes da
consciência.
5. Wundt contribui de forma decisiva para a construção da psicologia como ciência,
mas ainda não é um estudo rigoroso e objetivo.

Limitações do método introspetivo

A introspeção – análise interior feita pelo próprio sujeito – foi objeto de muitas críticas,
quando assumida como método adotado pela psicologia. Uma das críticas mais vigorosas
considera que a consciência não pode ser estudada objetivamente porque só pode ser
observada pelo próprio e que a introspeção não tinha qualquer valor científico: o sujeito que
observa e que é observado é o mesmo. Seria o mesmo, segundo alguns, que estar à janela e
vermo-nos passar na rua, (o que é impossível). Mas as críticas não se ficam por aqui.
Registamos outras limitações da aplicação do método introspetivo:

1. O indivíduo que introspeciona é o único que observa a sua experiência interna, o que
quer dizer que esta não pode ser controlada por outro observador;
2. Os dados da introspeção só podem ser comunicados através da linguagem e, muitas
vezes o sujeito tem dificuldade em exprimir por palavras o que sente;
3. As crianças e os animais não se podem introspecionar;
4. Há experiências psicológicas, como a ira, a cólera e a emoção, que não podem ser
objeto de uma observação interior. Se uma pessoa está muito irritada não pode
analisar a ira que experimenta;
5. Só analisa os fenómenos conscientes. O inconsciente não pode ser analisado através
da auto-observação;
6. Quando as pessoas tomam consciência de um estado psicológico este modifica-se. A
análise racional de uma emoção, de um sentimento, modifica-os.

Estas são algumas das limitações da introspeção que, pelo seu caráter subjetivo e pelo
seu relativismo, levam a que seja abandonada como método de investigação
priviligiado da psicologia científica. Contudo os estudos de Wundt contribuíram para a
formação da psicologia como ciência.

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