Manual de Procedimentos para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários - Volume IX-Projeto de Sinalização e Segurança Viária

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DIRETORIA DE PROJETOS

MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE

ESTUDOS E PROJETOS RODOVIÁRIOS

VOLUME IX

PROJETO DE SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA VIÁRIA

Belo Horizonte, Junho de 2019


DIRETORIA DE PROJETOS

DIRETOR GERAL: Eng.º Fabrício Torres Sampaio

VICE - DIRETOR GERAL: Eng.ª Maria da Conceição Pereira dos Reis

DIRETOR DE PROJETOS: Eng.º. Adalberto Bahia

ELABORAÇÃO:

Arq.ª Ana Paula Santiago da Cunha

Arq.ª Marilda Siqueira Castro

Eng.º Walmir Luiz Zuccheratte

REVISÃO:
Eng.ª Maria Cristina G. Branquinho de Oliveira

Eng.ª Maria Selma F. Schwab

Arq.ª Marilda Siqueira Castro

Belo Horizonte, Junho de 2019


MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IX - Projeto de Sinalização e Segurança Viária

Apresentação

Este Manual visa à uniformização dos procedimentos na execução de estudos e


projetos de engenharia rodoviária.

Configura-se como importante ferramenta de trabalho para acompanhamento dos


serviços contratados ou elaborados pelo próprio DEER/MG.

Este Manual abrange todos os procedimentos a serem observados em cada fase do


estudo ou projeto e é composto pelos seguintes volumes:

Volume I Estudos de Tráfego, Capacidade e Níveis de Serviço

Volume II Estudos de Segurança de Trânsito

Volume III Estudos e Levantamentos Topográficos

Volume IV Estudos Geológicos e Geotécnicos

Volume V Estudos e Projeto de Meio-Ambiente

Volume VI Projeto Geométrico e de Terraplenagem

Volume VII Projeto de Drenagem

Volume VIII Projeto de Pavimentação

Volume IX Projeto de Sinalização e Segurança Viária

Volume X Projeto de Desapropriação

Volume XI Projeto de Obras de Arte Especiais

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ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IX - Projeto de Sinalização e Segurança Viária

ÍNDICE
1. ORIGEM ................................................................................................................................. 5

2. OBJETIVO ............................................................................................................................. 5

3. CONDIÇÕES GERAIS .......................................................................................................... 5

3.1. Procedimento .................................................................................................................... 6


3.1.1 Fase 1 ............................................................................................................................. 6
3.1.2 Fase 2 ............................................................................................................................. 7
3.1.3 Fase 3 ............................................................................................................................. 8
3.1.4 Fase 4 ........................................................................................................................... 11

4. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS .............................................................................................. 11

4.1. Princípios para a Elaboração do Projeto ..................................................................... 14

4.2. Sinalização Horizontal ................................................................................................... 14


4.2.1 Marcas Longitudinais .................................................................................................... 15
4.2.2 Marcas Transversais ..................................................................................................... 15
4.2.3 Marcas de Canalização ................................................................................................ 18
4.2.4 Inscrições no Pavimento ............................................................................................... 19

4.3. Sinalização Vertical ........................................................................................................ 23


4.3.1 Placas de Regulamentação .......................................................................................... 25
4.3.2 Placas de Advertência .................................................................................................. 25
4.3.3 Placas de Indicação ...................................................................................................... 26

4.4. Dispositivos Auxiliares .................................................................................................. 33


4.4.1 Dispositivos Delimitadores ............................................................................................ 33
4.4.2 Dispositivos de Sinalização de Alerta ........................................................................... 35
4.4.3 Dispositivos de Contenção Veicular ............................................................................. 38
4.4.4 Barreiras Antiofuscamento e Acústica .......................................................................... 38
4.4.5 Dispositivos de Proteção para Pedestres ou Ciclistas ................................................. 39

4.5. Sequência de Procedimentos para Elaboração de Projetos ..................................... 40

4.6. Projeto de Sinalização de Interseção ........................................................................... 41

4.7. Orientações para Observações em Campo ................................................................. 41

4.8. Orientações para Análise de Minuta de Projeto ......................................................... 42


4.8.1 Volume 1 - Relatório de Projeto.................................................................................... 42
4.8.2 Volume 2 - Projeto de Execução .................................................................................. 43

ANEXOS ........................................................................................................................................ 46

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1. ORIGEM
Este Manual foi baseado em estudos e observações desenvolvidos por especialistas
na área, nas Recomendações Técnicas do DEER/MG pertinentes, nas normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas, no Código de Trânsito Brasileiro e nos
Manuais Brasileiros de Sinalização de Trânsito do CONTRAN.
2. OBJETIVO
Tem por finalidade organizar e sistematizar os critérios fundamentais para
elaboração do Projeto de Sinalização e Segurança Viária necessários à elaboração
de projetos de engenharia rodoviária.
Foi desenvolvido em consonância com as normas do Sub Comitê Executivo de
Engenharia Consultiva, do Programa Mineiro da Qualidade e Produtividade no
Habitat (PMQP-H), do Estado de Minas Gerais.
3. CONDIÇÕES GERAIS
Os órgãos rodoviários contratam, para execução de seus projetos, o serviço de
empresas particulares, as Consultorias, que os fiscalizam segundo as
especificações, normas técnicas, administrativas e cláusulas contratuais vigentes.
Não obstante a diversidade das funções, a do Consultor e a do Fiscal, estas não
devem ser antagônicas. Pelo contrário, devem ser exercidas em perfeita sinergia,
focando o mesmo objetivo, que deve ser a constante busca das melhores soluções
técnicas e econômicas, visando a adequada execução dos serviços, atentando para
as especificações e cronograma existentes.
A fiscalização não deve ser um obstáculo, mas um facilitador do processo. O Fiscal
deve observar, analisar, sugerir e exigir.
O bom entendimento Fiscal-Consultor facilita um melhor andamento dos projetos,
dentro dos padrões técnicos especificados, que é o objetivo maior do Contrato.
Preliminarmente, é importante que Consultor e Fiscal tenham estudado em todos os
seus pormenores, as normas técnicas vigentes, Edital e as cláusulas contratuais,
permitindo, assim, uma criteriosa e segura execução do serviço.
Uma boa equipe de fiscalização é aquela que consegue um serviço de boa
qualidade sem prejuízo da produção, colaborando, sem ser transigente.
Em suma, deve ter em foco as características apresentadas no Quadro I a seguir.

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QUADRO I
FASE DO TRABALHO DEVERES DA FISCALIZAÇÃO
Ser claro. Ser objetivo. Conhecer bem as especificações, normas,
PLANEJAMENTO
instruções e Contrato. Antecipar os problemas que possam surgir.
Ser claro, preciso e conciso. Emitir as ordens por escrito. Respeitar a
INSTRUÇÕES
hierarquia da Consultora. Evitar atrasos.
Cumprir com os prazos de analises acordados, para não prejudicar a
produção da Consultora. Manter Controle de Qualidade. Manter-se
EXECUÇÃO
entrosado com a Consultora. Atuar com segurança e autoridade,
sem ser autoritário. Ser ético.
Manter equipe de pessoal capaz e em quantidade necessária e
suficiente. Ter cortesia e desenvoltura. Manter registros. Controlar
FISCALIZAÇÃO
periodicamente os serviços executados, de forma a ser possível
cumprir os prazos determinados.
MEDIÇÃO Medir com precisão. Exigir o acompanhamento da Consultora.

3.1. Procedimento
O projeto deve ser desenvolvido de forma transparente e tecnicamente justificado,
com todos os detalhamentos necessários, para a execução da obra.
Ao final de cada evento descrito a seguir, deve ser elaborada Ata de Reunião,
relatando os assuntos abordados e as respectivas decisões tomadas, devidamente
ratificadas pelos presentes, sob responsabilidade dos Coordenadores de Projeto,
por parte da Contratada e da Contratante
3.1.1 Fase 1
Após a ordem de início do serviço, o Coordenador do Projeto deve convocar a
Consultora e disponibilizar os dados existentes para o trecho em estudo, informando
o que se espera no desenvolvimento do objeto contratual.
De posse da documentação necessária, os Coordenadores do Projeto pela
Contratante e Contratada, devem realizar VISITA TÉCNICA INICIAL ao local do
empreendimento, para avaliar e discutir in-loco: os aspectos técnicos e a concepção
do traçado, as eventuais correções, os pontos obrigatórios de passagem, as
possíveis alterações de traçado ou outras soluções técnicas, tendo como referência
a proposta da Contratada.
Conforme dito anteriormente, ao final da visita, deve ser elaborada a Ata da
Reunião, onde conste o escopo do projeto e a concepção geral do traçado da
rodovia, a ser detalhada na elaboração do diagnóstico.
A Contratada, de posse da Ata de Reunião referente à visita inicial, deve voltar ao
trecho para coleta de outras informações necessárias, visando complementar os
estudos preliminares, destinadas à elaboração do Diagnóstico e da Concepção do
Projeto.

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Esse diagnóstico deve se basear principalmente em: dados de tráfego, investigação
ambiental preliminar, avaliação das condicionantes da geometria da via,
desapropriação, segurança viária, terraplenagem, drenagem e pavimentação.
O Diagnóstico deve ser encaminhado ao Coordenador do Projeto para análise
prévia, acompanhado da concepção da obra a ser projetada, indicando as
alternativas propostas.
Após a análise, o Coordenador do Projeto deve convocar uma reunião com a equipe
da Consultora para discutir as propostas e conceder a Aprovação Preliminar,
visando à continuidade do projeto.
3.1.2 Fase 2
A Minuta do Projeto deve ser desenvolvida sobre as soluções escolhidas e
aprovadas na fase de Diagnóstico e Concepção do Projeto, de acordo com os
Termos de Referência do Edital e das instruções da Contratante.
Quando definida em Edital, deve ser utilizada a metodologia “Análise de Engenharia
de Valor”, para avaliação das soluções propostas. Nesta análise devem ser levados
em consideração, os principais itens dos serviços que interferem no valor global do
empreendimento, incluindo custo inicial, sua manutenção e operação, durante a vida
útil do patrimônio público construído.
Para aprovação da Minuta do Projeto, Contratada e Contratante devem realizar
VISITA TÉCNICA (de “Portaria”) conjunta de avaliação ao trecho, em cumprimento
ao disposto na Portaria DEER/MG nº 2145/06.
A visita deve ser realizada de posse da Minuta do Projeto analisada e, após a
locação do eixo e marcação dos “off sets” em campo, otimizada através de um
“check list”, gerando um Relatório de Visita Técnica.
A minuta deve ser entregue no prazo mínimo de 10 (dez) dias úteis antes da Visita
de Portaria.
Desta visita deve participar uma equipe multidisciplinar constituída por
representantes da Diretoria de Projetos, Diretoria de Infraestrutura e Diretoria de
Manutenção do DEER/MG, além dos Coordenadores Geral/Setoriais da Consultora.
A autorização para prosseguimento dos serviços deve ser precedida de reunião com
os Coordenadores do Projeto da Contratada e Contratante, envolvendo toda a
equipe gerencial responsável, de ambas as partes, para análise conjunta da Minuta
do Projeto corrigida, devendo este evento durar o tempo necessário para se esgotar
o assunto.
Depois de atendidas as correções por parte da Contratada, dá-se por encerrada a
fase de da elaboração da Minuta do Projeto.

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A apresentação na fase da Minuta do Projeto deve constar de:
 Volume 1 – Relatório do Projeto e Documentos para Concorrência contendo textos
descritivos e justificativos do projeto elaborado, de forma sucinta (3 vias);
 Volume 2 – Projeto de Execução (3 vias);
 Volume Anexo 3 B – Estudos Geotécnicos (2 vias);
 Volume Anexo 3 D – Notas de Serviço e Cálculo de Volume (1 via);
 Volume Anexo 3 E – Seções Transversais Gabaritadas, na escala 1:200 (1 via);
Todos os volumes devem ser apresentados também em meio digital, em arquivos:
“.doc” ou “.docx”; “.dso” e/ou “.dwg”.
3.1.3 Fase 3
A Contratada deve apresentar o Projeto de Execução, desenvolvido com base nas
soluções aprovadas na Minuta do Projeto, para análise do Contratante, indicando as
soluções propostas, a memória de cálculo, o quadro de quantidades e o orçamento
final.
O Coordenador do Projeto deve avaliar se há concordância entre a Minuta do
Projeto e o Projeto de Execução, verificar se os quantitativos e o orçamento final
estão justificados e detalhados na memória de cálculo, visando evitar supressão de
itens na Planilha.
No caso de serem introduzidas alterações na Minuta do Projeto por recomendação
do Coordenador do Projeto (Contratante), devem ser feitas as correções no prazo
estipulado e deve ser reapresentada a Minuta corrigida, para aprovação. A
aprovação da nova Minuta de Projeto pelo Coordenador do Projeto deve ser
formalmente comunicada à Contratada.
Em reunião específica entre os Coordenadores do Projeto da Contratada e
Contratante, envolvendo toda a equipe gerencial responsável, deve ser feita análise
conjunta do Projeto de Execução apresentado, devendo este evento durar o tempo
necessário para se esgotar o assunto.
O Projeto de Execução deve conter o conjunto de elementos necessários e
suficientes à execução completa da obra, possibilitando a contratação por preço
global, contendo: o relatório de projeto, as especificações técnicas, os desenhos, as
notas de serviço, as memórias de cálculo, os resultados dos estudos e o orçamento
detalhado do custo global do empreendimento.
A variação máxima admitida para os quantitativos é de no máximo 10 % (em valor
contratual), para sua execução.

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A impressão definitiva do Projeto de Execução deve ser encaminhada ao
Coordenador do Projeto (Contratante) para aprovação final e a aceitação deve ser
oficialmente comunicada à Contratada.
A apresentação na fase de Projeto de Execução (impressão final) deve constar de:
 Volume 1 Relatório do Projeto e Documentos para Concorrência contendo resumo
do projeto elaborado (6 vias);
 Volume 2 Projeto de Execução (6 vias);
 Volume Anexo 3B – Estudos Geotécnicos (6 vias);
 Volume Anexo 3D – Notas de Serviço e Cálculo de Volume (6 vias);
 Volume Anexo 3E – Seções Transversais Gabaritadas, na escala 1:200 (2 vias);
Todos os volumes devem ser apresentados também em meio digital, em arquivos:
“.doc” ou “.docx”; “.dso” e/ou “.dwg”.
As cópias dos projetos em meio digital devem contemplar as diversas etapas do
projeto, incluindo todos os arquivos gerados no software “TopoGraph” ou similar,
relativos à poligonais, irradiação, planialtimetria, estaqueamento, greide, desenhos
dos projetos e seções transversais gabaritadas e arquivos relativos a todos os
serviços constantes do projeto.
O Projeto Planialtimétrico deve ser apresentado nas seguintes escalas:
Situação Referencial Escala
Planta Horizontal 1 : 2.000
Horizontal 1 : 2.000
Perfil Vertical 1 : 200
As interseções devem ser apresentadas em planta na escala 1:500 (H) e em perfil
1:1.000 (H) / 1: 100 (V).
Os projetos devem ser encadernados de acordo com os seguintes critérios:
Formato Papel Fonte
A3 Capa Papel couchê 180 g/m 2, plastificado frente Arial tamanho 18 a 26
A3 Miolo Papel 75 g/m2, branco, impressão 1/0 Arial tamanho >= 8
A4 Capa Papel couchê 180 g/m 2, plastificado frente Arial tamanho 14 a 22
A4 Miolo Papel 75 g/m2, branco, impressão 1/0 Arial tamanho 12

As encadernações da Minuta de Projeto devem ter capa na cor branca. As


encadernações do Projeto de Execução devem ter capa na cor verde claro (“verde
tahiti”)

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O modelo para capa de caderno em formato A - 3 é o seguinte:

Fonte Estilo Tamanho


GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Arial Negrito 24
SECRETARIA DE ESTADO DE INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE Arial Negrito 22
DEPARTAMENTO DE EDIFICAÇÕES E ESTRADAS DE RODAGEM
Arial Negrito 20
DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROJETO DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA DE


Arial Negrito 22
MELHORAMENTOS E PAVIMENTAÇÃO

RODOVIA :
TRECHO : Arial Negrito 16
SUBTRECHO: (quando for o caso)

Volume 2: PROJETO DE EXECUÇÃO Arial Negrito 18

MÊS/ANO Arial Normal 14

O modelo para capa de caderno em formato A - 4 é o seguinte:


Fonte Estilo Tamanho
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Arial Negrito 18
SECRETARIA DE ESTADO DE INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE Arial Negrito 14
DEPARTAMENTO DE EDIFICAÇÕES E ESTRADAS DE RODAGEM Arial Negrito 14
DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROJETO DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA DE


MELHORAMENTOS E PAVIMENTAÇÃO Arial Negrito 14

RODOVIA:
SUBTRECHO: (quando for o caso) Arial Negrito 12

Anexo 3A – PROJETO DE DESAPROPRIAÇÃO Arial Negrito 14

MÊS/ANO Arial Normal 11

Na apresentação do Projeto de Execução, a Contratada deve apresentar


documento, assinado pelo Representante Legal e Responsável Técnico, declarando,
sob pena de lei: que o projeto de engenharia e os quantitativos apresentados

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obedecem rigorosamente aos termos do Edital de Licitação, as especificações
contidas em seus anexos, as normas técnicas vigentes e, que todos os elementos
disponíveis para a elaboração do projeto foram baseados em dados reais, coletados
em visitas “in loco”.
3.1.4 Fase 4
Deve ser realizada uma exposição do projeto para as empresas interessadas em
realizar a obra, com a participação dos Coordenadores de Projeto da Contratada e
do Contratante, e do Representante da Diretoria responsável pela contratação da
obra.
A Contratada deve apresentar a concepção e os detalhes do Projeto de Execução,
bem como as soluções definidas, os quantitativos previstos e as providências a
serem tomadas durante a execução das obras, principalmente em relação ao meio
ambiente e áreas a serem desapropriadas.
4. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
O Projeto de Sinalização e Segurança Viária compõe-se basicamente da sinalização
horizontal e vertical, dos dispositivos auxiliares e dos dispositivos de contenção
veicular, com foco na segurança de usuários vulneráveis da via e motoristas.
Este projeto deve ser elaborado, tendo em vista o disposto nos Manuais Brasileiros
de Sinalização de Trânsito (MBST) do CONTRAN, do qual foram retiradas citações
literais, bem como as tabelas mais comumente utilizadas na elaboração do projeto.
Estes Manuais podem ser encontrados nos “links”:
http://www.denatran.gov.br/resolucoes;
http://www.deer.mg.gov.br/institucional/legislacao/normas-tecnicas-deer#manuais.
 Volume I, Sinalização Vertical de Regulamentação, Resolução 180 do CONTRAN;
 Volume II, Sinalização Vertical de Advertência, Resolução 243 do CONTRAN;
 Volume III, Sinalização Vertical de Indicação, Resolução 486 do CONTRAN;
 Volume IV, Sinalização Horizontal, Resolução 236 do CONTRAN;
 Volume VII, Sinalização Temporária, Resolução 690 do CONTRAN;
 Resolução 600 do CONTRAN - Estabelece os padrões e critérios para a instalação
de ondulação transversal (lombada física) em vias públicas;
 Resolução 601 do CONTRAN - Estabelece os padrões e critérios para a instalação
de sonorizador em vias públicas;
 Resolução 738 do CONTRAN - Estabelece os padrões e critérios para a instalação
de faixa elevada para travessia de pedestres em vias públicas.

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Volume IX - Projeto de Sinalização e Segurança Viária
O primeiro conceito a ser considerado na concepção do Projeto de Sinalização e
Segurança Viária é referente à velocidade diretriz (ou de projeto) da rodovia, que
está condicionada às principais características da via, tais como: raios de curva,
superelevação e distância de visibilidade, dentre outros.
Os parâmetros para o projeto de sinalização vertical e de sinalização horizontal da
via são escolhidos a partir da velocidade diretriz, visando sempre a uniformização da
comunicação com o usuário.
O segundo conceito é relativo à velocidade regulamentada da via, a qual define o
limite máximo de velocidade em que o veículo pode circular na pista ou faixa, válido
a partir do ponto onde a placa R-19 é colocada.
A velocidade regulamentada na via deve estar em conformidade com o Manual
Brasileiro de Sinalização de Trânsito, Volume I – Sinalização Vertical de
Regulamentação, de acordo com as Tabela 1 (Vias Urbanas) e Tabela 2 (Vias
Rurais), a seguir:
Tabela 1 - Velocidade de Regulamentação - VIAS URBANAS

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Tabela 2 - Velocidade de Regulamentação - VIAS RURAIS

Nota 1 - Trechos de vias rurais inseridos em áreas urbanas, cujas características


operacionais sejam similares às de vias urbanas, para efeito desta tabela, devem ser
classificados como tais, e a velocidade máxima permitida deve ser definida com
base na Tabela 1.

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4.1. Princípios para a Elaboração do Projeto


Para garantir as condições de real eficácia de percepção dos usuários da via é
preciso assegurar à sinalização viária, os princípios descritos a seguir:

Estar de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro e legislação


Legalidade
complementar;
Permitir fácil percepção do que realmente é importante, com quantidade de
Suficiência
sinalização compatível com a necessidade;
Seguir um padrão legalmente estabelecido e atender à regra de que situações
Padronização
iguais devem ser sinalizadas segundo os mesmos critérios;
Transmitir mensagens objetivas de fácil compreensão; evitar a ocorrência de
Clareza
informação conflitante no direito de passagem;
Ser precisa e confiável, corresponder à situação existente; ter credibilidade;
Precisão e
atender aos requisitos técnicos mínimos de segurança viária e fluidez,
confiabilidade
alternando o direito de passagem de movimentos conflitantes;
Visibilidade e
Ser vista à distância necessária e em tempo hábil para a tomada de decisão;
legibilidade
Estar permanentemente limpa, conservada e visível; sofrer as adequações
Manutenção e
necessárias, tais como reprogramação, atualização e remoção,
conservação
acompanhando a dinâmica do trânsito.
Fonte: Manuais Brasileiros de Sinalização de Trânsito do CONTRAN

A sinalização deve ser colocada em posição e em condições que a tornem


perfeitamente visível e legível durante o dia e à noite, em distância compatível com a
segurança do trânsito.
Sempre que possível, deve-se utilizar símbolos, em detrimento de legendas, por
serem de reconhecimento imediato e internacional.
Não é necessário utilizar em placas de sinalização, a palavra “ATENÇÃO”, pois
atenção é inerente ao ato de dirigir. O motorista deve estar sempre atento.
Não se deve utilizar em placas de sinalização, a palavra “PERIGO”, pois não é
prerrogativa de nenhum órgão do Sistema Nacional de Trânsito, projetar, construir
ou manter algo perigoso sobre a via pública.
4.2. Sinalização Horizontal
A Sinalização Horizontal deve estar de acordo com o Manual Brasileiro de
Sinalização de Trânsito, Vol. IV, Sinalização Horizontal, Res. 236 do CONTRAN.
As Marcas Viárias devem ser na cor amarela, quando separam fluxos opostos de
trânsito e devem ser na cor branca, quando separam fluxos de mesmo sentido.

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4.2.1 Marcas Longitudinais
São as Linhas de Divisão de Fluxos Opostos (LFO), Linhas de Divisão de
Fluxos de Mesmo Sentido (LMS), Linhas de Bordo (LBO) e Linhas de
Continuidade (LCO). Devem ter a largura definida em função da velocidade, a
saber:
Tabela 3 - Largura de Linhas Longitudinais
Velocidade (km/h) Largura da Linha (m)
V < 80 0,10
V ≥ 80 0,15
As Linhas de Divisão de Fluxo de Mesmo Sentido (LMS) e as Linhas de Divisão
de Fluxos Opostos (LFO) podem ter a seguinte cadência:
Tabela 4 - Cadência (LFO e LMS)
Velocidade Cadência Traço (t) Espaçamento (e)
(km/h) (t : e) (m) (m)
V < 60 1: 3 2 6
60 ≤ V < 80 1: 2 4 8
V ≥ 80 1:3 4 12
As Linhas de Bordo (LBO) devem ser sempre contínuas e pintadas na cor branca e
sua largura deve ser de acordo com a Tabela 3.
As Linhas de Continuidade (LCO) devem ser utilizadas a partir dos “tapers” da
interseção, no prolongamento das linhas de bordo, para dar noção de continuidade
de faixa de tráfego. Também devem ser utilizadas para dar continuidade à linha de
divisão de fluxos no mesmo sentido, quando há supressão ou acréscimo de faixas
de rolamento. Sua cor é branca ou amarela, conforme a linha que a antecede. Deve
ser mantida a largura da linha que a antecede. As medidas de traço e espaçamento
(intervalo entre traços) devem variar em função da velocidade regulamentada na via,
a saber:
Tabela 5 - Cadência (LCO)
Velocidade Cadência Traço (t) Espaçamento (e)
(km/h) (t : e) (m) (m)
V ≤ 60 1: 1 1 1
V > 60 1:1 2 2
4.2.2 Marcas Transversais
As Marcas Transversais são constituídas pelas: Linha de Retenção (LRE), Linhas
de Estímulo à Redução de Velocidade (LRV), Linha de “Dê a Preferência”
(LDP), Faixa de Travessia de Pedestres (FTP), Marcação de Cruzamento
Rodocicloviário (MCC) e Marcação de Cruzamento Rodoferroviário (MCF).
Devem ser na cor branca.

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A Linha de Retenção (LRE) indica ao condutor o local limite em que deve parar o
veículo. Sua largura é em função da velocidade, a saber:
Tabela 6 - Largura de Linha (LRE)
Velocidade (km/h) Largura da Linha (m)
V ≤ 60 0,40
V > 60 0,60
Quando existir faixa de travessia de pedestres, a LRE deve ser colocada a uma
distância de 1,60 m do início desta.
A posição da linha de retenção depende da sua utilização. Ao delimitar parada antes
da faixa de pedestre, a linha de retenção deve ficar a pelo menos 1,60 do início
daquela faixa. Quando não houver faixa de pedestre, a linha de retenção deve ficar
a pelo menos 1,00 m do prolongamento do meio fio da pista de rolamento.
As Linhas de Estímulo à Redução de Velocidade (LRV) são o conjunto de linhas
paralelas que, pelo efeito visual, induzem o condutor a reduzir a velocidade, de
maneira que esta seja ajustada ao limite desejado em um ponto adiante naquela
faixa de tráfego. Sua largura varia em relação à velocidade regulamentada na via:
Tabela 7 - Largura de Linha (LRV)
Velocidade (km/h) Largura da Linha (m)
V < 60 0,20
60 ≤ V ≤ 80 0,30
V > 80 0,40
A LRV pode ser implantada ANTES de curvas acentuadas, declives acentuados,
cruzamentos rodoferroviários, ondulações transversais, ou onde estudos de
engenharia indiquem a necessidade. Não é recomendável generalizar seu uso,
preservando assim sua eficácia.
Recomenda-se que a última linha da LRV esteja a uma distância mínima de 2 m, do
ponto onde a velocidade já deva estar reduzida.
O número de linhas e espaçamento entre elas varia à medida que se aproximam do
local onde o veículo deva estar com a velocidade reduzida, conforme o Manual
Brasileiro de Sinalização de Trânsito, Vol. IV, Sinalização Horizontal, Res. 236 do
CONTRAN.
Apresenta-se a seguir, um exemplo de LRV utilizada em rodovia, pista simples.

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EXEMPLO DE LRV

A Linha de Dê a Preferência (LDP) deve ter largura de 0,40 m, com cadência de


1:1, com traço de 0,50 m, espaçamento de 0,50 m e deve ter afastamento de 1,60 m
da base do símbolo indicativo de interseção com a via que tem a preferência.
Sua localização deve estar a uma distância mínima de 1,60 m do alinhamento do
meio fio da pista transversal ou da linha de limite da pista transversal. Deve ser
acompanhada pela sinalização vertical de regulamentação R-2.
A Faixa de Travessia de Pedestre (FTP), de maneira geral, deve ser do tipo
zebrada, na cor branca. A largura das linhas é de 0,40 m, com espaçamento entre
linhas de 0,60 m e extensão de 4,00 m. A extensão da faixa de pedestres depende
do volume de pedestres que nela transita.
A Marcação de Cruzamento Rodocicloviário (MCC) é composta de linhas
paralelas constituídas de paralelogramos de dimensões iguais a 0,40 m (para vias
urbanas) e 0,60 m (para vias rurais), espaçados de 0,60 m. São na cor branca e
quadrados, quando o cruzamento se der a 90 graus. O espaçamento entre os
paralelogramos deve ter medida igual à sua base.
A Marcação de Cruzamento Rodoferroviário (MCF), na cor branca, é composta de
duas linhas paralelas de retenção - com largura igual a 0,30 m (para vias urbanas) e
0,60 m (para vias rurais) e igual espaçamento entre elas - e de uma área
denominada retângulo de advertência.
Deve existir um retângulo de advertência para cada faixa de tráfego, composta de
duas linhas transversais ao eixo da pista com larguras iguais a 0,30 m (para vias
urbanas) e 0,60 m (para vias rurais), cujo espaçamento pode variar de 15,00 m a
150,00 m, em função das características da via. Neste retângulo deve estar inscrito
o símbolo “Cruz de Santo André”.

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A primeira linha de retenção deve ser colocada a 3,00 m do trilho externo mais
próximo e paralela a este.
No trecho entre o primeiro sinal de advertência e a linha de retenção devem ser
implantadas as linhas de proibição de ultrapassagem, em ambos os sentidos de
tráfego.
A MCF deve vir precedida dos sinais de advertência A-39, no caso de Passagem de
nível sem barreira, ou A-40, no caso de Passagem de nível com barreira.
Em cruzamento não semaforizado, deve ser utilizado sinal R-1 “Parada Obrigatória”.
4.2.3 Marcas de Canalização
As Marcas de Canalização são constituídas pelas Linhas de Canalização (LCA) e
pelo Zebrado de Preenchimento de Área de Pavimento não Utilizável (ZPA),
sendo este sempre aplicado em conjunto com a linha que o acompanha.
A Linha de Canalização (LCA) pode ser branca, quando direciona fluxo de mesmo
sentido ou pode ser amarela, quando direciona fluxo de sentido oposto. Sua largura
deve ser conforme mostrado a seguir:
Tabela 8 - Largura de Linha (LCA)
Velocidade (km/h) Largura da Linha (m)
V < 80 0,10
V ≥ 80 0,15
O Zebrado de Preenchimento de Áreas de Pavimento Não Utilizável (ZPA)
destaca a área interna às linhas de canalização.
É feito com linhas inclinadas a 45 graus, em relação à direção dos fluxos de tráfego.
A largura da linha é de 0,40 m e o espaçamento pode ser de 2,40 m (para
velocidade menor do que 80 km/h), ou 3,20 m (para velocidade igual ou maior do
que 80 km/h).
Dentre os ZPA existem os tipos: Marcação de Áreas de Pavimento Não Utilizável
(MAN), Marcação de Confluências, Bifurcações e Entroncamentos (MCB),
Marcação de Aproximação de Obstáculos Permanentes (MAO) e Marcação de
Transição de Largura de Pista (MTL), Marcação de Acostamento Pavimentado e
de Canteiros Centrais Fictícios (MAC).
Possuem cor branca, quando direcionam fluxo de mesmo sentido ou amarela,
quando direcionam fluxo de sentido oposto.
A marcação do zebrado é feita com linhas inclinadas a 45 graus, em relação à
direção dos fluxos de tráfego. A largura da linha é de 0,40 m e o espaçamento é de
1,20 m.

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A extensão da área da MAO em torno do pavimento não utilizável é obtida pela
fórmula:
l=0,5 x v x d, onde:
l = comprimento do trecho que antecede o obstáculo e do trecho, antes da ilha, onde deve ser
proibida a ultrapassagem ou mudança de faixa (m);
v = velocidade regulamentada no trecho (km/h);
d = distância do eixo do obstáculo à borda externa da linha de canalização (m);
a = afastamento lateral do obstáculo à linha de canalização que deve ser de, no mínimo, 0,30 m e de,
no máximo, 0,60 m.
A extensão da área da MTL é obtida pela fórmula:
l=0,5 x v x d, onde:
l = comprimento do trecho de estreitamento (m);
v = velocidade regulamentada no trecho (km/h);
d = variação na largura da faixa de mesmo sentido (m);
4.2.4 Inscrições no Pavimento
As Inscrições no Pavimento se constituem de setas direcionais, símbolos e
legendas.
As Setas Indicativas de Posicionamento na Pista para Execução de
Movimentos (PEM) indicam em que faixa de trânsito o veículo deve se posicionar
para efetuar o movimento desejado. Devem ser demarcadas no pavimento na cor
branca. Seus comprimentos variam de acordo com a velocidade:
Tabela 9 - Comprimento de PEM
Comprimento da seta (m)
Velocidade (km/h)
Via Urbana Via Rural
V < 60 5,00 5,00
60 ≤ V ≤ 80 5,00 7,50
V > 80 7,50 7,50
As Setas Indicativas de Mudança Obrigatória de Faixa (MOF) indicam a
necessidade de mudança de faixa, em virtude de estreitamento ou obstrução da
pista.
Sua cor é branca e suas dimensões variam de acordo com a velocidade.
Sempre que as condições físicas da via permitirem devem ser utilizadas no mínimo 3
(três) setas, em cada faixa de trânsito a ser suprimida, distanciadas conforme Tabela
10, a seguir:

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Tabela 10 - Distância e Comprimento de MOF
Distância (m) Comprimento da
Velocidade (km/h)
d = d1 d2 Seta (m)
V < 60 5,00 5,00 5,00
60 ≤ V ≤ 80 5,00 7,50 7,50
V > 80 7,50 7,50 7,50
d = distância considerada a partir do ponto de saída da faixa de trânsito;
d1 = distância entre a primeira e segunda fileiras;
d2 = distância entre segunda e terceira fileiras.
A MOF deve vir acompanhada de placas de advertência correspondentes ao tipo de
estreitamento da pista, sempre que possível:
 A-21 a – estreitamento de pista ao centro;
 A-21 b – estreitamento de pista à esquerda;
 A-21 c – estreitamento de pista à direita.
As Setas Indicativas de Movimento em Curva (IMC) são aplicadas no centro de
cada faixa para indicar a aproximação de curva acentuada. Sua cor é branca e suas
dimensões variam de acordo com a velocidade. Devem ser utilizadas, no mínimo, 2
(duas) setas, mas recomenda-se o uso de 3 (três), distanciadas, conforme Tabela
11, a seguir:
Tabela 11 - Distância e Comprimento de IMC (Vias Rurais)
Distância (m) Comprimento da
Velocidade (km/h)
d = d1 d2 Seta (m)
V < 60 30,00 45,00 5,00
60 ≤ V ≤ 80 40,00 60,00 7,50
V > 80 50,00 75,00 7,50
d = distância considerada a partir do ponto de início da curva;
d1 = distância entre a primeira e segunda seta(s);
d2 = distância entre segunda e a terceira seta(s).
A IMC deve ser aplicada em curvas acompanhadas por placas de advertência
correspondentes:
 A-1 a – Curva acentuada à esquerda;
 A-1 b – Curva acentuada à direita;
 A-4a – Curva acentuada em S à esquerda.
 A-4b –. Curva acentuada em S à direita.

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Os Símbolos utilizados são : Símbolo Indicativo de Interseção com Via que tem
a Preferência (SIP), Símbolo Indicativo de Cruzamento Rodoferroviário (SIF);
Símbolo Indicativo de Via/Pista/Faixa de Trânsito de Uso de Ciclistas (SIC);
“Bicicleta”; Símbolo Indicativo de Área/Local de Serviços de Saúde (SAS);
“Serviços de Saúde”; Símbolo indicativo de Local de Estacionamento de
Veículos que Transportam (ou que sejam conduzidos por) Pessoas Portadoras
de Deficiências Físicas (DEF) e “Deficiente Físico”.
A SIP é utilizada como reforço à placa R-2, indicando a existência de cruzamento
com via que tem a preferência. Deve estar afastado de 1,60 m da LDP (Linha de “Dê
a Preferência”).
O triângulo deve estar inscrito entre 1,50 a 15,00 m de distância da interseção, a
partir do prolongamento do meio fio da via transversal no centro da faixa onde
estiver inserido. Deve ser na cor branca, com altura que varia com a velocidade,
conforme segue:
Tabela 12 - Altura de SIP
Velocidade (km/h) Altura (m)
V ≤ 60 3,60
V > 60 6,00
O Símbolo Indicativo de Cruzamento Rodoferroviário (SIF) ou “Cruz de Santo
André” é utilizado para indicar a aproximação de uma interseção em nível com
ferrovia. Vem acompanhado do sinal vertical de advertência A-41 e, em alguns
casos, do sinal A-39.
As Legendas constituídas pelas palavras “PARE”, “DEVAGAR”, “ESCOLA”, “XX
km/h” e “ÔNIBUS” possuem cor branca e devem ter altura que varia com a
velocidade, conforme segue:
Tabela 13 - Altura de Legenda
Vias Rurais Vias Urbanas
Velocidade (km/h)
Altura (m) Altura (m)
V ≤ 60 2,40 1,60
V > 60 4,00 2,40
A legenda PARE deve estar posicionada a, no mínimo, 1,60 m antes da linha de
retenção e deve estar centralizada na faixa de circulação em que está escrita.
Porém, a posição da linha de retenção depende de sua utilização: quando for para
delimitar local de parada relativo à Faixa de Pedestre, a linha de retenção deve ficar
a pelo menos 1,60 m do início da faixa. Já quando a linha de retenção tiver como
intuito a demarcação de uma parada obrigatória, esta deve ficar a uma distância de
pelo menos 1,00 m do prolongamento do meio fio da pista de rolamento, à qual se
faz o acesso ou o cruzamento.

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No Ponto de Embarque ou Desembarque de Passageiros do Transporte
Coletivo (PED), a baia deve ser identificada através da inscrição “ÔNIBUS” no
pavimento, sempre que possível, independentemente de haver abrigo de concreto
ou não.

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Junto ao PED deve existir “taper” para aceleração e desaceleração, além de baia,
onde os passageiros possam embarcar e desembarcar do veículo, com segurança.
O PED deve ser implantado, de tal forma que o veículo NÃO tenha que parar sobre
a pista de rolamento da rodovia, quando da operação de embarque e desembarque
de passageiros. O PED deve ser identificado pela placa “S-14”, a seguir:

Onde houver ponto de parada de transporte coletivo deve ser prevista a faixa de
travessia de pedestres, seguindo sempre que possível, a linha de desejo do
caminhamento dos mesmos. Caso a linha de desejo do caminhamento de pedestres
seja longitudinal à via, deve-se verificar se existe acostamento pavimentado ou
passeio e deve haver sinalização de advertência no local. Caso a linha de desejo do
caminhamento do pedestre seja transversal à via, pode ser implantada a faixa de
pedestres tipo zebrada, com linhas de 040 m de pintura, 0,60 m de espaçamento e
comprimento de 4 m ou a “faixa elevada de pedestres” (conforme Res.495, do
CONTRAN), incluindo a sinalização vertical de advertência que as acompanham.
Ver descrição técnica para abrigo de ônibus, no “link”:
http://www.deer.mg.gov.br/institucional/legislacao/normas-tecnicas-deer#manuais.
4.3. Sinalização Vertical
No Projeto de Sinalização Vertical devem ser definidos o tipo, as dimensões, as
mensagens e símbolos, os materiais para confecção das placas e suportes, o tipo de
película refletiva para acabamento da face principal da placa, o posicionamento e a
localização das placas de regulamentação, advertência e indicação a serem
implantadas ao longo da via.
As legendas e símbolos contidos nas placas de regulamentação e advertência
devem ser padronizados, bem como suas dimensões, conforme Manuais Brasileiros
de Sinalização de Trânsito, do CONTRAN: Volume I, Sinalização Vertical de
Regulamentação, Resolução 180; Volume II - Sinalização Vertical de Advertência,
Resolução 243.
Todas as placas indicativas devem ser dimensionadas em função das mensagens,
com emprego dos padrões alfanuméricos adequados à velocidade diretriz da via,

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conforme o disposto no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, Volume III,
Sinalização Vertical Indicativa, Resolução 486 do CONTRAN.
Em vias rurais, as placas laterais devem ser implantadas com afastamento lateral
mínimo de 1,20 m e máximo de 3,00 m, medido entre a borda lateral da placa e a
borda externa do acostamento/pista de rolamento (se não houver acostamento), e
com altura de 1,20 m, medida entre a borda inferior da placa e o solo.
No caso de placas suspensas, com dispositivo de proteção contínua (barreira de
concreto ou defensa metálica), o afastamento lateral deve ser de no mínimo 1,20 m,
a contar do limite externo do dispositivo. A altura mínima livre deve ser de 5,50 m.
Em vias urbanas, ou em trechos de vias rurais inseridos em áreas urbanas cujas
características operacionais seja similares às de vias urbanas, as placas laterais
devem ser implantadas com afastamento lateral mínimo de 0,30 m para trechos
retos da via, e 0,40 m nos trechos em curva, e com altura livre de 2,40 m em relação
ao solo. No caso de placas suspensas, a altura mínima livre deve ser de 4,60 m.
As placas representadas no Projeto de Sinalização e Segurança Viária devem estar
na escala 1:50, apresentadas na posição horizontal, com código, dimensões e
estaca ou distância de referência, além da indicação de “Implantar”, “Retirar” ou
“Manter”.
O Artigo 82, do Código de Trânsito Brasileiro reza: “É proibido afixar sobre a
sinalização de trânsito e respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de
publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se relacionem com a
mensagem da sinalização.”
Assim, as placas indicativas contendo nome(s) de estabelecimento(s) particular(es),
podem conter apenas esta informação ou outras a ela relacionadas, tais como,
indicação de sentido, distância, pictogramas e devem ser implantadas,
separadamente das placas de sinalização indicativa da via, mas podem estar
integradas ao sistema viário, sem prejuízo deste.
Podem ser indicados por placa, até 2 (dois) nomes de estabelecimentos ou até 4
(quatro) pictogramas.
A distância recomendada entre placas é de 100 (cem) metros.
Caso necessário e, se aprovado pela Diretoria de Projetos, pode-se admitir que essa
distância seja de, no mínimo, 50 (cinquenta) metros.

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4.3.1 Placas de Regulamentação


Apresenta-se a seguir as dimensões mínimas para as placas de regulamentação:
Tabela 14 - Sinais de Forma Circular
Diâmetro Tarja Orla
Via
(m) (m) (m)
Urbana 0,40 0,040 0,040
Rural (estrada) 0,50 0,050 0,050
Rural (rodovia) 0,75 0,075 0,075
Tabela 15 - Sinal de Forma Octogonal (R-1)
Lado Tarja Orla
Via
(m) (m) (m)
Urbana 0,25 0,020 0,010
Rural (estrada) 0,35 0,028 0,014
Rural (rodovia) 0,40 0,032 0,016
Tabela 16 - Sinal de Forma Triangular (R-2)
Lado Tarja
Via
(m) (m)
Urbana 0,75 0,10
Rural (estrada) 0,75 0,10
Rural (rodovia) 0,90 0,15
4.3.2 Placas de Advertência
Apresenta-se a seguir as dimensões mínimas para as placas de advertência:
Tabela 17 - Sinal de Forma Quadrada
Orla externa Orla interna
Via Lado (m)
(m) (m)
Urbana 0,45 0,009 0,018
Rural (estrada) 0,50 0,010 0,020
Rural (rodovia) 0,60 0,012 0,024
Tabela 18 - Sinal de Forma Retangular
Lado maior Lado menor Orla externa Orla interna
Via
(m) (m) (m) (m)
Urbana 0,50 0,25 0,005 0,010
Rural (estrada) 0,80 0,40 0,008 0,016
Rural (rodovia) 1,00 0,50 0,010 0,020
Nota: Placas de regulamentação ou advertência a serem implantadas em áreas
protegidas por legislação especial, relativas à patrimônio histórico, artístico, cultural
arquitetônico, arqueológico e natural tem dimensões diferenciadas, que podem ser
consultadas nos Manuais Brasileiros de Sinalização de Trânsito.

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4.3.3 Placas de Indicação
Para o dimensionamento das placas indicativas em vias rurais deve ser utilizada a
fonte “Standard Alphabets for Highway Signs and Pavement Markings”. Para
legenda escrita com letras maiúsculas e minúsculas ou somente minúsculas
(unidades de medida) deve ser utilizada a Série E(M). Para legenda escrita somente
com letras maiúsculas deve ser utilizada a Série D.
Em vias urbanas devem ser utilizados os caracteres alfanuméricos e sinais gráficos
dos tipos “Standard Alphabets for Highway Signs and Pavement Markings” - Série
E(M) e Série D ou “Arial” ou “Helvética Médium”.
A sinalização de indicação é constituída por:
a) Placas de Identificação de Rodovias e Estradas
b) Placas de Identificação Quilométrica
c) Placas de Identificação de Municípios
d) Placas de Identificação de Regiões de Interesse de Tráfego e Logradouros
e) Placas de Identificação Nominal de Pontes, Viadutos Túneis, Passarelas, Cursos
d’Água, Áreas de Manancial e Áreas de Proteção Ambiental
f) Placas de Identificação de Limite de Municípios, Divisa de Estados ou Perímetro
Urbano
g) Placas de Orientação de Destino
g.1) Placas Indicativas de Sentido
g.2) Placas Indicativas de Distância
h) Placas Educativas
i) Placas de Serviços Auxiliares
j) Placas de Atrativos Turísticos
j.1) Placas de Identificação de Atrativo Turístico
j.2) Placas Indicativas de Sentido de Atrativos Turísticos
j.3) Placas Indicativas de Distância de Atrativos Turísticos
Descrevem-se a seguir, os tipos de placas de Indicação:
a) As Placas de Identificação de Rodovias e Estradas (Escudos), indicam ao
condutor a rodovia ou estrada federal ou estadual em que está transitando. O
escudo deve ter fundo na cor branca, com tarjas e dizeres na cor preta.
O escudo pode ser aposto sobre fundo azul e estar associado ao nome da rodovia.

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Neste caso, a placa deve ter fundo azul, com letras na cor branca e o nome oficial
da rodovia deve ter altura mínima da letra maiúscula de 200 mm.
O escudo deve ser colocado 200 m após o início da rodovia/estrada e 200 m após o
término da faixa de aceleração dos principais Acessos à rodovia/estrada. Podem ser
repetidos em intervalos de 10 km.
As dimensões de pictogramas e símbolos devem ser definidas em função da altura
da letra maiúscula. Nas placas onde não houver legenda, as dimensões do
pictograma devem variar em função da velocidade, conforme Tabela 19 e Tabela 20
a seguir:
Tabela 19
Dimensão dos Símbolos e Pictogramas Associados a Legendas
Símbolos
Pictogramas
Altura da letra maiúscula Altura do Escudo (mm)
Lado do quadrado
(mm) Rod. Estadual
(mm)
(3 algarismos)
125 200 250
150 230 250
175 260 300
200 300 375
250 380 450
300 450 600
350 530 600
400 600 750
450 680 750
Obs.: As larguras do escudo devem ser proporcionais à sua altura
Tabela 20
Dimensão dos Símbolos e Pictogramas para Placas sem Legendas
ou Placas de Identificação de Atrativo Turístico
Símbolos
Pictogramas
Velocidade da via Altura do Escudo (mm)
Lado do quadrado
(km/h) Rod. Estadual
(mm)
(3 algarismos)
V ≤ 60 400 600
60 < V ≤ 100 500 750
V > 100 600 930
Obs.: As larguras do escudo devem ser proporcionais à sua altura
Os espaçamentos horizontais e verticais entre os elementos (legenda, orla interna,
tarja, setas, pictogramas e símbolos) devem ser iguais a “d”, sendo d = ¾ h,
conforme a Tabela 21, a seguir:

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Tabela 21
Espaçamentos entre Elementos
Altura da letra maiúscula Espaçamento
h (mm) d (mm)
50 38
75 56
100 75
125 94
150 112
175 131
200 150
250 188
300 225
350 263
400 300
450 338
b) As Placas de Identificação Quilométrica (Marco Quilométrico ou MQ) indicam
ao condutor a sua posição em relação à rodovia ou estrada. A placa deve ter fundo
azul, dizeres e tarjas na cor branca. Nas Placas de Identificação Quilométrica de
Distância, a altura mínima da letra maiúscula/algarismo deve ser de 150 mm.
Em rodovias de pista simples, os marcos devem ser dispostos alternadamente em
ambos os lados da via, frontalmente ao fluxo do tráfego, a cada quilômetro, de forma
crescente, na direção de norte para sul ou de leste para oeste, sendo os números
pares à direita e ímpares à esquerda da via, observado o sentido de crescimento da
rodovia.
b.1) Critérios para Implantação dos Escudos e Marcos Quilométricos
A altura de implantação deve ser a no mínimo 0,50 m e no máximo 1,20 m, a contar
da borda inferior da placa à superfície da pista. A altura máxima pode ser excedida,
no caso da existência de dispositivo de contenção viária, que impeça a perfeita
visibilidade da placa.
O afastamento lateral deve ser no mínimo de 1,20 m, medido entre a borda lateral
da placa e a borda externa do acostamento ou da pista, quando não existir
acostamento. Em vias com dispositivo de contenção viária, o afastamento lateral
deve ser de no mínimo 1,20 m, a contar do limite externo do dispositivo.
Para atender aos disposto no Sistema Rodoviário Estadual (S.R.E) do DEER/MG,
foram dimensionados os diversos modelos de Escudos e Marcos Quilométricos
para sinalização de vias rurais, inclusive aquele que contém espaço para até 3 (três)
letras na parte superior e espaço para até 4 (quatro) números na parte inferior. As
legendas na parte superior podem ser: MG – via rural do Estado de Minas Gerais;
LMG – via rural de ligação; AMG – acesso ou extensão de rodovia que, partindo de

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rodovias federais ou estaduais, atendem a centros populacionais ou localidades ou
MGC – rodovia estadual coincidente com rodovia federal. (Ver “link”:
http://portal.der.mg.gov.br/mapainterativo/)
Apresenta-se a seguir, exemplos de Escudos e Marcos Quilométricos.

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MARCOS QUILOMÉTRICOS
EXEMPLOS

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c) As Placas de Identificação de Municípios indicam ao condutor o ponto de início


de uma determinada localidade, situando-o quanto a municípios, vilas, distritos ou
lugarejos. A placa deve ter fundo azul, dizeres e tarjas na cor branca. A altura
mínima da letra maiúscula é de 200 mm.
d) As Placas de Identificação de Regiões de Interesse de Tráfego e
Logradouros situam o condutor em relação ao seu posicionamento em determinada
localidade urbana, identificando vias, bairros, regiões ou zonas cardeais. A placa
deve ter fundo azul, dizeres e tarjas na cor branca. A altura mínima da letra
maiúscula deve ser de acordo com a Tabela 23.
e) As Placas de Identificação Nominal de Pontes, Viadutos Túneis, Passarelas
Cursos d’Água, Áreas de Manancial, e Áreas de Proteção Ambiental indicam ao
condutor o nome da obra de arte ou do curso d’água a ser trasposto, bem como
início e término de áreas de manancial ou proteção ambiental. A placa deve ter
fundo azul, dizeres e tarjas na cor branca. A altura mínima da letra maiúscula deve
ser de acordo com a Tabela 23.
f) As Placas de Identificação de Limite de Municípios, Divisa de Estados ou
Perímetro Urbano indicam ao condutor a linha divisória que separa dois municípios
ou Estados ou o início de uma área urbana. A placa deve ter fundo azul, dizeres e
tarjas na cor branca. A altura mínima da letra maiúscula deve ser de acordo com a
Tabela 23.
A parte superior da placa deve conter a legenda “LIMITE DE MUNICÍPIOS” ou
“PERÍMETRO URBANO”, separado por tarja, da parte inferior. A parte inferior da
placa deve conter primeiro o nome do município ou Estado, em que o condutor está
entrando e, em seguida, o nome do município ou Estado do qual está saindo.
g) As Placas de Orientação de Destino podem ser:
g.1) Placas Indicativas de Sentido que orientam o condutor em relação às direções
e sentidos, para que o mesmo possa alcançar o destino pretendido. A placa deve ter
fundo verde, dizeres e tarjas na cor branca. Caso ocorra alguma indicação de
rodovia, o fundo deve ser azul, com dizeres e tarjas na cor branca.
Podem ser adotadas até 4 (quatro) linhas (mensagens) por placa. Localidades de
mesmo sentido devem ser agrupadas e orientadas com apenas uma seta, exceto
quando os fundos das mensagens forem de cores diferentes; neste caso deve ser
adotada uma seta para cada mensagem.
A sequência de ordenação de setas e legendas é mostrada na Tabela 22 e a altura
das letras é mostrada na Tabela 23. Devem ser utilizadas setas horizontais, verticais
e inclinadas a 45 graus, conforme o caso, com a finalidade de indicar a direção a ser
seguida pelo veículo, para atingir a localidade desejada. Salienta-se que a seta deve
indicar a manobra a ser realizada na interseção e, NÃO a posição geográfica da

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localidade. Quando houver pictograma na placa, as setas devem vir junto aos
mesmos.
Tabela I – Ordem das Setas

A altura mínima da letra maiúscula, nas Placas Indicativas de Sentido, deve ser de
acordo com a velocidade da via, conforme discriminado, a seguir.
Tabela 23 – Altura da Letra de Placas Indicativas
Altura das letras (mm)
Velocidade (km/h)
Via Urbana Via Rural
V ≤ 40 125 150
40 < V ≤ 70 150* 150
V = 80 200 200
80 < V ≤ 100 250 250
*Nota: Embora a altura mínima de letra para 40 < V ≤ 70, seja de 150 mm, recomenda-se o uso de
letra com altura de 175 mm, conforme padrão já utilizado pelo DEER/MG.
g.2) As Placas Indicativas de Distância informam ao condutor as distâncias em
quilômetros, até as localidades de destino. Devem apresentar fundo na cor verde,
com dizeres, símbolos e tarjas na cor branca. Quando houver indicação de rodovia,
o campo desta mensagem, deve ter fundo na cor azul, com dizeres e tarjas na cor
branca. A altura mínima da letra maiúscula deve estar de acordo com a Tabela 23.
h) As Placas Educativas tem por finalidade educar o usuário da via, através de
mensagens que reforcem regras gerais de circulação, levando-o a um
comportamento seguro no trânsito. Devem ter fundo branco, dizeres e tarjas na cor
preta. A altura mínima da letra maiúscula deve ser de acordo com a Tabela 23.
i) As Placas de Serviços Auxiliares indicam ao usuário da via os locais onde
encontrar os serviços indicados. Devem ter fundo azul, tarjas, setas e legendas na
cor branca e pictograma com fundo na cor branca e figura na cor preta. A placa pode
conter apenas pictogramas, mas caso existam também dizeres, a altura mínima da
letra maiúscula deve ser conforme a Tabela 23.
j) As Placas de Atrativos Turísticos orientam aos usuários da via sobre a direção e
localização dos pontos turísticos existentes. Devem ter fundo marrom, tarjas, setas e
legendas na cor branca e pictograma com fundo na cor branca e figura na cor preta.
Podem ser:

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j.1) Placas Indicativas de Sentido de Atrativos Turísticos, a altura mínima da
letra maiúscula deve ser conforme a Tabela 23.
j.2) Placas de Identificação de Atrativo Turístico, a altura mínima da letra
maiúscula deve ser conforme a Tabela 23.
j.3) Placas Indicativas de Distância de Atrativos Turísticos, a altura mínima da
letra maiúscula deve ser conforme a Tabela 23.
4.4. Dispositivos Auxiliares
Para implantação dos Dispositivos Auxiliares, os critérios ora apresentados podem
ser alterados, quando da publicação do Manual Brasileiro de Sinalização de
Trânsito, Vol. VI, Dispositivos Auxiliares, do CONTRAN.
Os dispositivos auxiliares são agrupados em nove conjuntos distintos, de acordo
com sua função, quais sejam: Dispositivos Delimitadores, Dispositivos de
Canalização, Dispositivos de Sinalização de Alerta, Alterações nas
Características do Pavimento, Dispositivos de Contenção Veicular, Barreiras
Antiofuscamento e Acústica, Dispositivos de Proteção para Pedestres e / ou
Ciclistas, Dispositivos Luminosos, Dispositivos de Uso Temporários,
Dispositivos de Controle de Acesso.
4.4.1 Dispositivos Delimitadores
Dispositivos Delimitadores são Balizadores, Tachas e Tachões, Cilindros
Delimitadores, dentre outros.
Os balizadores têm por finalidade proporcionar ao condutor melhor percepção dos
limites da pista, em trechos específicos da via, tais como: em curvas, horizontais ou
verticais, entroncamentos, local de transição de largura, na proximidade de
estruturas de pontes e viadutos, na delimitação de obstáculo, dentre outros locais
determinados por estudos de engenharia.
É constituído por elemento retrorrefletivo mono ou bidirecional aplicado sobre uma
máscara preta em suporte vertical em formato de lâmina ou pilarete, cujo material
pode ser “PVC”, madeira, metal, ou outro à critério do DEER/MG.
A cor do elemento retrorrefletivo é branca para fluxos de sentido único e pode ser na
cor vermelha quando voltado para o conta fluxo, em via rural de pista simples com
sentido duplo de circulação.
Os elementos retrorrefletivos devem possuir as seguintes dimensões: altura=0,12 m,
largura = 0,08 m. Deve ser implantado de modo que o centro do elemento
retrorrefletivo fique entre 0,60 m e 0,75 m da superfície da pista.
Quanto ao afastamento lateral deve ser a 1,00 m do limite do acostamento ou a 1,80
m da borda da pista de rolamento, em vias sem acostamento. Em pistas duplas deve

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estar entre 0,60 m e 1,00 m da borda da pista em canteiro central, em canteiro
divisor de fluxos com largura (l) maior ou igual a 3,00 m. O espaçamento longitudinal
entre balizadores deve ser:
Tabela 24 - Balizador
Raio da curva Espaçamento
R (m) d (m)
R ≤ 50 10
50 < R ≤ 150 15
150 < R ≤ 230 20
230 < R ≤ 400 30
400 < R ≤ 600 40
600 < R ≤ 800 50
R > 800 ou tangente 60
4.4.1.1 Tachas e Tachões
As Tachas e Tachões retrorrefletivos devem estar de acordo com a Recomendação
RT 01.09 - Fornecimento, Implantação Remoção e Limpeza de Tachas e Tachões,
vigente no DEER/MG.
Devem ser apostos em série no pavimento, reforçando marcas viárias, ou ao longo
das áreas adjacentes a elas. Podem ser mono ou bidirecionais, em função de
possuírem uma ou duas unidades refletivas.
Tachas não devem ser implantados SOBRE a sinalização horizontal e sim, junto à
mesma. Devem ser colocadas junto à marca viária, deslocadas para o lado externo
em cerca de 10 (dez) centímetros, de forma a propiciar futuras intervenções na
demarcação.
Em pavimento do tipo tratamento superficial, em tangentes e até em segmentos em
curvas (com R > 450 m) é recomendada a utilização de tacha sem pino de fixação.
O corpo da tacha deve ser branco ou amarelo, de acordo com a marca viária que a
mesma complementa. A cor do elemento refletivo da tacha pode ser:
 Branca: para ordenar fluxos de mesmo sentido;
 Amarela: para ordenar fluxos de sentidos opostos;
 Vermelha: em rodovias, de pista simples, duplo sentido de circulação, podem ser
utilizadas unidades refletivas na cor vermelha, junto à linha de bordo do sentido
oposto.
Os Tachões delimitam o espaço destinado à circulação em rotatórias, inibindo a sua
transposição de faixa de tráfego. O corpo do tachão deve ser sempre de cor amarela
e o elemento retrorrefletivo pode ser branco, para separar fluxos de mesmo sentido,
ou amarelo, para separar fluxos de sentidos opostos. Não deve ser utilizado no

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sentido transversal ao fluxo de tráfego; transversal no acostamento; sobre marcas
longitudinais de rodovia e de via de trânsito rápido; sobre marcas longitudinais de
vias urbanas com velocidade superior a 60 km/h e sobre marcas longitudinais de
forma descontínua.
4.4.1.2 Cilindro Delimitador
O cilindro delimitador proporciona ao condutor melhor percepção do espaço
destinado à circulação, inibindo a transposição de marcas viárias ou melhorando a
visibilidade de obstáculos na via. Pode ser usado também para melhorar a
visibilidade de obstáculos na via, tais como: ilhas, canteiros ou refúgios, dentre
outros. Possui altura mínima de 0,75 m e máxima de 0,90 m e diâmetro máximo de
0,20 m.
Nas marcas de canalização, os cilindros devem ser colocados paralelos ao fluxo
veicular que se deseja inibir, ou no alinhamento dos vértices do zebrado da marca
de canalização, afastados de, no mínimo, 0,20 m da borda da linha de canalização e
com intervalo máximo de 3,0 m entre si.
No caso de canteiro fictício, devem ser colocados paralelos ao fluxo veicular, mas
também podem ser colocados no eixo longitudinal, nos mesmos espaçamentos
indicados no parágrafo anterior.
4.4.2 Dispositivos de Sinalização de Alerta
Dispositivos de Sinalização de Alerta são: Marcador de Perigo, Marcador de
Obstáculo e Marcador de Alinhamento.
4.4.2.1 Marcador de Perigo (MP)
Os Marcadores de Perigo, devem ser implantados em interseções, nas extremidades
de canteiros e ilhas de canalização, para chamar a atenção do motorista para
situações geradoras de perigo potencial ao tráfego. São unidades afixadas em
suportes a serem implantados em obstáculos, tais como: vértices de bifurcação, ilha,
pilar de viaduto e cabeceira de ponte. Devem ser nas cores amarelo refletivo e preto
fosco, devendo ser posicionados de acordo com o fluxo que contorna o obstáculo.
Suas dimensões são 0,30 x 0,90 m.

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4.4.2.2 Marcador de Obstáculo (MO)
Têm por finalidade alertar o condutor quanto à existência de obstáculo na via, capaz
de afetar sua segurança, como pilares e vigas de viadutos, passarelas, cabeceira de
ponte estreita, com restrição de altura e/ou largura para a circulação de veículos,
dentre outros. É composto de faixas, que devem ser aplicadas diretamente no
obstáculo, de cores alternadas nas cores amarela, no caso de uso permanente, ou
laranja, em situação de uso temporário, retrorrefletivas, e preta, que deve ser fosca.
No caso de obstáculo lateral ou bifurcação, as faixas devem possuir inclinação de
45°, indicando o lado do obstáculo por onde o veículo deve passar. Em obstáculo
aéreo (viga de viaduto, passarela, etc.), a inclinação deve ser de 90°. A largura das
faixas deve ser de 0,30 m para obstáculo lateral e de 0,40 m para obstáculo sobre a
pista.
4.4.2.3 Marcador de Alinhamento (MA)
Têm por finalidade alertar o condutor do veículo sobre alteração no alinhamento
horizontal da via. É indicado em curvas e em estreitamento de pista. São duplos
(uma placa voltada para o fluxo e outra voltada para o contra fluxo veicular) e devem
ser implantados em suportes simples, independentes, no lado externo da curva, com
a ponta da seta voltada para o lado interno da curva ou pista. Podem ser
implantados ainda atrás das defensas metálicas e barreiras de concreto para melhor
visualização das mesmas.
Os marcadores de alinhamento devem ser confeccionados em chapa de aço
carbono laminado à frio, na espessura de 1,50 mm (MSG 16), nas dimensões de
0,50 x 0,60 m, tendo o fundo na cor preta fosca, com seta na cor amarela, em
película refletiva. A borda inferior do dispositivo deve estar a uma altura mínima de
0,80 e máxima de 1,50 m da superfície da pista.
Seu afastamento lateral, quando implantado junto à defensas e barreiras de
concreto, deve ser no máximo 0,80 m. Seu afastamento lateral quando implantado
em curvas deve ser de no mínimo 1,50 m e no máximo 3,00 m, em relação ao fim do
acostamento ou do pavimento. Em curvas, o espaçamento entre os marcadores de
alinhamento é dado em função do raio externo da curva, conforme a Tabela 25, a
seguir:
Tabela 25 - Marcador de Alinhamento
Raio externo (m) Espaçamento (m)
R ≤ 50 5
50 < R ≤ 150 8
150 < R ≤ 230 10
230 < R ≤ 400 15
400 < R ≤ 600 20
600 < R ≤ 800 25
R > 800 30

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O espaçamento entre os marcadores de alinhamento, junto às pontes, pode ser a
cada 8 metros. Ajustes podem ser feitos, de forma que o início e fim do trecho a ser
delineado recebam marcadores.
4.4.2.4 Alterações nas Características do Pavimento
Dentre as Alterações nas Características do Pavimento destacam-se: Ondulação
Transversal, Faixa Elevada para Travessia de Pedestres, Sonorizador,
Pavimento Colorido, Revestimento Rugoso, Pavimento Micro Fresado,
Revestimento com Sonorizador Longitudinal.
A Ondulação Transversal deve ser implantada conforme Resolução 600 do
CONTRAN, que estabelece os padrões e critérios para a instalação de ondulação
transversal (lombada física) em vias públicas.
A Faixa Elevada para Travessia de Pedestres deve seguir a Resolução nº 738 do
CONTRAN, que estabelece os padrões e critérios para a instalação de travessia
elevada para pedestres em vias públicas.
O Sonorizador deve seguir a Resolução nº 601 do CONTRAN, que estabelece os
critérios e padrões para a instalação de sonorizador nas vias públicas.
O Pavimento Colorido é produzido através de alterações na pigmentação do
próprio pavimento ou de utilização de materiais coloridos, tais como: pavimento
intertravado colorido ou demarcações diversas. Pode ser utilizado em via ou trecho
onde é necessário caracterizar situações diferenciadas de tráfego (“traffic calming”);
nas proximidades ou em áreas de praças, escolas, travessias elevadas e em
projetos de moderação de tráfego; para diferenciar uma parte da pista em que o uso
é exclusivo para determinado tipo de veículo (baias para parada de transporte
coletivo, por exemplo), ciclofaixa ou faixa de pedestres.
Obs.: Para mais informações ver “link”:
http://www.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Temas/BHTRANS/ma
nual-traffic-calming-2013
O Revestimento Rugoso ou Camada Porosa de Atrito são tratamentos
superficiais do pavimento, utilizados para melhorar a aderência pneu/pavimento e
reduzir o efeito da aquaplanagem, aumentando a segurança da via.
O Pavimento Micro Fresado é um tratamento superficial do pavimento, utilizado
para melhorar a aderência pneu/pavimento, reduzir o efeito da aquaplanagem, além
de contar com o efeito sonoro para despertar a atenção do motorista. Pode ser
utilizado na faixa externa à linha de bordo ou em intervalos no meio das linhas
duplas amarelas, ou ainda, em trechos maiores na faixa de rolamento.

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4.4.3 Dispositivos de Contenção Veicular
A função dos dispositivos de contenção veicular (defensas metálicas e barreiras de
concreto) é redirecionar os veículos desgovernados à pista de rolamento, reduzir a
severidade dos acidentes, além de minimizar os danos às pessoas e propriedades
da seguinte forma.
 Protegendo os veículos que deixam a pista de rolamento e que possam se chocar
contra obstáculos fixos, frontais ou laterais, ou ainda, contra outros veículos do fluxo
oposto, que porventura venham a atravessar o canteiro central;
 Prevenindo a queda ou choque dos veículos desgovernados em viadutos, pontes,
muros de contenção ou taludes de aterro.
Os locais de sua utilização devem ser conforme a RT 01.24 “Critérios para Adoção
de Dispositivos de Contenção Veicular”, vigente no DEER/MG ou conforme a norma
ABNT NBR 15486 “Dispositivos de Contenção Viária”.
As Defensas Metálicas devem atender as normas: ABNT NBR 6970 “Defensas
Metálicas Zincadas por Imersão à Quente” e ABNT NBR 6971 “Defensas Metálicas,
Projeto e Implantação”.
As Barreiras de Concreto devem estar de acordo com a RT.01.22 “Barreira de
Segurança de Concreto”, vigente no DEER/MG, ou ABNT NBR 14885 “Barreiras de
Concreto”.
A defensa metálica ou barreira de concreto deve ser sinalizada com marcador de
alinhamento duplo, a cada 8 metros, com elementos refletivos no corpo da
defensa/barreira, a cada 4 m.
Os elementos refletivos para balizamento devem estar de acordo com a RT.03.15
“Elementos Refletivos para Balizamento de Defensas Metálicas, Barreiras de
Concreto ou Obras de Arte”, em vigor no DEER/MG.
Em se tratando de defensa não convencional, ou seja, aquela que já vem sinalizada
de fábrica, não se deve utilizar elementos refletivos. As “defensas sinalizadas” já
possuem pintura refletiva contínua na parte central da lâmina. A pintura é executada
industrialmente na cor branca, com tinta acrílica emulsionada em água (ABNT NBR
13699), retrorrefletorizada com microesferas de vidro do tipo VII (ABNT NBR 6831),
com índice de refração de 1,9. A retrorrefletância é da ordem de 800 mcd/lux/m².
4.4.4 Barreiras Antiofuscamento e Acústica
São dispositivos utilizados para minimizar os efeitos do ofuscamento ou da poluição
sonora provocada pelos veículos automotores.
 A Barreira Antiofuscamento é um dispositivo de proteção visual utilizado para
eliminar ou minimizar o ofuscamento dos condutores, provocado pela luz dos faróis

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dos veículos que circulam no sentido oposto ou por interferências luminosas
adjacentes à via. Devem ser utilizadas no canteiro divisor de fluxos opostos da via.
As barreiras antiofuscamento podem ser manufaturadas, compostas ou de chapa
expandida, ou painel eletrossoldado, ou grade metálica ou de lamela plástica,
atendendo no mínimo, às normas técnicas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas; ou natural, de vegetação (cerca viva). A necessidade de seu uso deve
considerar a largura do canteiro central divisor de pistas, o Volume Diário Médio, a
composição do tráfego, a geometria da via e o histórico de acidentes.
A Barreira manufaturada deve possuir altura mínima de 1,75 m do nível do solo, nela
incluída a altura do dispositivo de contenção veicular (defensa metálica ou barreira
de concreto), porventura existente, sendo que a fresta máxima entre a barreira
antiofuscamento e o dispositivo de contenção veicular seja de 0,10 m, ou
diretamente implantada no solo. Deve possibilitar boa visibilidade lateral da pista
oposta, através de seus elementos.
A Barreira Antiofuscamento Natural é constituída por arbustos resistentes à ação
de gases emitidos pelos veículos automotores, plantados ao longo do canteiro
central, de forma adequada para eliminar ou minimizar o ofuscamento dos
condutores, provocado pelos faróis dos veículos que circulam no sentido oposto.
 A Barreira Acústica é um dispositivo utilizado para bloquear a propagação do som
proveniente dos veículos automotores, minimizando a sua intensidade nas áreas
adjacentes à via, que possuem ocupação urbana. É constituída pelos mais diversos
materiais, como placas de concreto armado ou leve, paredes de alvenaria
convencional, madeira, chapas transparentes em acrílico ou material similar, dentre
outros, com a capacidade de absorção e dissipação de ondas sonoras, mitigando os
seus efeitos.
A atenuação do ruído está diretamente relacionada com a geometria e dimensões
da barreira acústica, bem como com o seu material, forma e textura. A determinação
da barreira acústica está relacionada com o resultado final da atenuação sonora e
com seu efeito plástico sobre a paisagem e deve ser estudada criteriosamente caso
a caso pela engenharia. Sua altura mínima é de 1,50 m.
4.4.5 Dispositivos de Proteção para Pedestres ou Ciclistas
São dispositivos de proteção utilizados para direcionar, reter ou bloquear o fluxo de
pedestres ou ciclistas, para eliminar potenciais pontos de conflitos com os veículos e
aumentar a segurança do trânsito. Dentre os diversos tipos, pode-se citar:
 Dispositivo de Retenção e Canalização, que tem a finalidade de disciplinar, reter,
direcionar e segregar o fluxo de pedestres ou ciclistas, impedindo o seu acesso a
pontos indesejados ou criando espaços exclusivos. Podem ser utilizados o Gradil, o
Vaso, a Floreira e a Cerca Viva, sendo mais comuns os discriminados a seguir:

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O Gradil pode ser:
 Fixo, cravado no piso, e é caracterizado pelo uso permanente, com altura mínima
de 1,10 m e máxima de 1,20 m, com vão livre inferior de, no máximo, 0,40 m;
 Portátil, constituído de módulos intertravados, e é mais utilizado em situações de
uso temporário.
 Rígido, constituído de uma estrutura composta por elementos ou placas vazadas,
utilizado para uma restrição mais imperativa ao fluxo de pedestres. Possui altura
mínima de 1,10 m e máxima de 1,20 m, com vão livre inferior de no máximo 0,40 m;
 Maleável, constituído por uma estrutura composta de elementos verticais cravados
no pavimento e unidos por correntes, mais utilizado para o direcionamento dos
pedestres. Possui altura da corrente de, no máximo, 1,10 m nas extremidades e de
0,90 m, no ponto mais baixo.
 Modular, quando é executado em módulos.
 Contínuo, quando forma uma única peça.
A Cerca Viva é um sistema de retenção e canalização constituído de vegetação
formada por arbustos plantados e tratados, com a finalidade de disciplinar, direcionar
e segregar o fluxo de pedestres ou ciclistas, impedindo seu acesso a pontos
indesejados ou criando espaços exclusivos. Deve ser composta por arbustos que
possam formar um conjunto compacto que dificulte a transposição por pedestres ou
ciclistas, sem ser plantas espinhosas.
Enfim, dependendo das características locais há que se estudar o dispositivo de
proteção para pedestres e ciclistas mais adequado a cada caso.

4.5. Sequência de Procedimentos para Elaboração de Projetos


A sequência de procedimentos para elaboração dos Projetos de Sinalização e
Segurança Viária é a seguinte:
 Estudo das Velocidades;
 Definição das Velocidades Locais;
 Estudo da Visibilidade;
 Definição dos Locais de Proibição de Ultrapassagem (Vertical e Horizontal);
 Aplicação da Sinalização Horizontal;
 Aplicação da Sinalização Vertical:
o Proibição de Ultrapassagem;
o Advertência de Curvas e Declives;

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o Regulamentação da Velocidade e outros;
 Sinalização de Interseções;
 Estudo da Segurança Viária;
o Aplicação dos Dispositivos de Segurança: defensas ou barreiras;
o Aplicação de marcadores de alinhamento;
o Aplicação de marcadores de perigo;
o Implantação de tachas refletivas.
o Implantação de Cilindros delineadores.
 Listagens;
 Dimensionamentos;
 Quantitativos.
4.6. Projeto de Sinalização de Interseção
O projeto de sinalização das Interseções deve ser elaborado sobre a planta do
projeto geométrico e deve ser apresentado na escala 1:500, em cores.
Neste projeto devem ser representadas a sinalização horizontal e vertical, de forma
clara, com setas direcionais, tachas refletivas, zebrados, cores, espaçamentos,
cadências, estacas das placas, tudo devidamente cotado, de forma a permitir a
perfeita implantação dos dispositivos no campo.
As placas devem ser espaçadas umas das outras, numa distância de 100,00 m a
150,00 m nas aproximações das interseções e devem ser compatibilizadas com as
demais placas do trecho.
As placas devem ser locadas em locais com boa visibilidade em planta e perfil.
4.7. Orientações para Observações em Campo
As orientações abaixo visam permitir ao consultor ou fiscal fazer um reconhecimento
da região e da via objeto do estudo, para subsidiar os serviços de elaboração ou
acompanhamento/fiscalização do projeto de sinalização e segurança viária:
 Conhecer a região objeto de projeto (rural, urbana, expansão urbana, tipo de
ocupação, relevo, etc.);
 Observar se existe vegetação na faixa de domínio, que causa restrição de
visibilidade e, por consequência, de ultrapassagem;
 Observar as características da via e seu uso: se é ligação entre municípios,
ligação com rodovia ou estrada; tipo de veículos prevalentes e volume de tráfego,
como está inserida no mapa rodoviário do Estado e do País e qual a função da via;

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ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume IX - Projeto de Sinalização e Segurança Viária
 Observar existência de perímetros urbanos, definindo início e final destes,
escolas, igrejas, loteamento, pontos turísticos, divisa de Municípios ou de Estados;
 Definir prováveis locais onde seja necessário implantar defensa metálica ou
barreira de concreto;
 Observar necessidade de intervenções especiais de segurança em locais críticos
do tipo: interseções em locais de pouca visibilidade, pontes em curva, trechos de
serra, aglomerados urbanos;
 Observar e cadastrar a sinalização existente, no que realmente for pertinente,
caso exista;
 Verificar necessidade de terceiras faixas e sinalizá-las, caso existam.
4.8. Orientações para Análise de Minuta de Projeto
Os procedimentos a seguir visam orientar e padronizar a análise de projetos de
sinalização e segurança viária, relacionando-se os itens mínimos que devem ser
apresentados e analisados em cada Volume:
4.8.1 Volume 1 - Relatório de Projeto
 Apresentar as determinações do CTB que orientaram a elaboração do projeto, bem
como Recomendações Técnicas do DER/MG ou outras normas utilizadas;
 Apresentar texto explicativo abordando os aspectos específicos do projeto em
questão, e não aspectos gerais de projetos de sinalização e segurança viária;
 Indicar a velocidade diretriz adotada para elaboração do projeto;
 Indicar os parâmetros adotados para elaboração do projeto: dimensões das placas,
cores, distância de visibilidade de ultrapassagem, larguras de linhas, cadências,
espaçamentos, dimensões de setas, símbolos, legendas e linhas transversais;
 Definir os materiais mais adequados a serem utilizados na sinalização horizontal,
vertical, dispositivos delimitadores e de segurança, sempre levando-se em conta o
tipo da via e seu Volume Médio Diário de tráfego;
 Justificar ou não o uso de dispositivos de contenção veicular e indicá-los
precisamente em planta, com terminais de entrada e saída, atenuadores de impacto
e conexões, se for o caso;
Analisar o Quadro de Quantidades, conforme padrão do DEER/MG, quanto aos
códigos, unidades de medição e quantidades.

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Volume IX - Projeto de Sinalização e Segurança Viária
4.8.2 Volume 2 - Projeto de Execução
4.8.2.1 Projeto Planialtimétrico
Apresentar o linear do projeto de sinalização e segurança viária entre planta e perfil
no projeto planialtimétrico, identificando com clareza o início e o fim das linhas de
proibição de ultrapassagem, sinalização vertical e dispositivos de contenção viária;
Observar se há coerência em relação às linhas de proibição de ultrapassagem, em
planta e perfil, bem como em relação à localização das placas e dispositivos,
observando sempre a adequada visibilidade.
4.8.2.2 Projeto de Interseções
O projeto de sinalização das interseções deve ser desenvolvido segundo o CTB e os
Manuais Brasileiros de Sinalização de Trânsito do CONTRAN.
4.8.2.3 Listagens
 Apresentar as listagens de acordo com o padrão DEER/MG e na mesma ordem de
apresentação;
 Compatibilizar as listagens, o linear de sinalização e o projeto das interseções;
 Cuidar para que não haja superposição de placas no linear e no projeto de
sinalização das interseções e nem que estejam muito próximas umas das outras
(numa distância nunca menor do que 50,00 m);
 Identificar as placas existentes informando a remoção ou aproveitamento das
existentes.
4.8.2.4 Quadro de Quantidades
Os códigos dos serviços devem ser os constantes do “Sistema de Cadastro de Itens
de Serviço” do DEER/MG. Ocasionalmente, podem ocorrer a inclusão de novos
serviços, o que deve ser discutido entre a equipe técnica e a Assessoria de Custos;
Verificar se os serviços e quantidades do “Quadro de Quantidades” estão coerentes
com as listagens e com o projeto de sinalização e segurança viária.

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4.8.2.5 “Check List”


Apresenta-se a seguir um “check list”, para que o especialista possa verificar se
foram atendidos todos os itens antes da entrega do projeto.
“Check-List” para Análise de Minuta de Projeto
Relatório de Projeto:
□ Apresentado e OK
□ Não foi apresentado
□ Não foi revisado como solicitado em ___/___/___
□ Não está de acordo com:
□ C.T.B., Anexo II e Manuais Brasileiros de Sinalização de Trânsito do CONTRAN;
□ Recomendações técnicas do DEER/MG;
□ Outros:
□ Não foi especificado ou deve ser revisto:
□ Velocidade operacional da rodovia;
□ Dimensões de placas;
□ Altura de letra para placas indicativas;
□ Cores de fundo das placas indicativas;
□ Larguras e espaçamentos da sinalização horizontal;
□ Dimensões de setas, símbolos, legendas e linhas transversais;
□ Definição dos tipos de materiais a serem utilizados na sinalização vertical e/ou horizontal;
□ Justificativa do uso ou não de dispositivo de contenção veicular, definição do tipo, dos terminais e
conexões.
Projeto Executivo de Segurança Viária: Linear e Interseção
□ Critérios de regulamentação da velocidade ao longo do trecho, conforme condições da geometria
da via, do tráfego, das interseções e da Res. nº 180, do CONTRAN;
□ Posicionamento das placas de advertência, conforme Res. nº 243, do CONTRAN;
□ Critérios de advertência das condições geométricas críticas, conforme Res n° 243, do CONTRAN;
□ Critérios de indicação das interseções, conforme Res n° Resolução 486, do CONTRAN;
□ Informar corte com altura igual ou superior a 1,20 m e distância ao eixo da pista para verificação
da visibilidade;
□ Critérios de verificação de visibilidade para proibição de ultrapassagem e/ou sua extensão,
conforme Res. n° 236, do CONTRAN;
□ Posicionamento das placas de regulamentação, conforme Res. n° 180 do CONTRAN;
□ Sinalização de locais em perímetro urbano, compatibilizando a velocidade do trecho com a local;

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□ Sinalização de 3ª (terceira) faixa;
□ Sinalização de obra de arte especial;
□ Posicionamento de marcadores de alinhamento;
□ Posicionamento de setas, símbolos, mensagens e zebrados;
□ Critérios de indicação de contenção veicular, extensão necessária, terminais e conexões;
□ Informar altura de aterros para uso de contenção veicular;
□ Sinalização de interseção;
□ Espaçamento de tachas e/ou balizadores e/ou marcadores de alinhamento;
□ Formulários conforme sinalização apresentada no linear e/ou na interseção;
□ Quantitativos compatíveis com listagens e projetos;
□ Serviços com códigos e unidades corretos.
4.8.2.6 Critérios de Medição
Apresenta-se a seguir os critérios de medição para o Projeto de Sinalização e
Segurança Viária:

Critérios de Medição do Projeto de Segurança Viária

ÍTENS PORCENTAGEM

1. Relatório de Projeto Completo 10


2. Estudo de Velocidade Completo 10
3. Estudo de Segurança Completo 10
4. Projeto de Sinalização Vertical Completo 15
5. Projeto de Sinalização Horizontal Completo 15
6. Projeto de Segurança Viária Completo 10
7. Projeto de Interseção Viária Completo 10
8. Listagens 10
9. Quantitativos 10
TOTAL 100 %

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