Resumo de Conhecimentos Específicos

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Resumo

Conhecimentos Específicos

Planejamento, normas, fiscalização e legislação

Planejamento de projetos e obras

O planejamento de uma obra inclui estudos de longo, médio e curto prazos, focado
nas metas das equipes e programações diárias.

Foi o Sistema Toyota de Produção que expandiu a ideia de planejamento, mesmo


antes do surgimento do conceito de planejamento de fato. O Sistema Toyota de
Produção é mais conhecido como Lean Construction. O Modelo Toyota consiste em
eliminar o estoque e reduzir os custos, com garantia da qualidade do produto,
desenvolvimento e respeito pelos possíveis clientes.

Koskela conceitua a produção tradicional da construção civil como baseada no


modelo de conversão. Esse modelo consiste na conversão de entradas (matéria-prima)
em saídas (produtos) como único foco de atenção durante a produção, não atentando
para as outras atividades de não conversão que na maioria dos casos são grandes
geradoras de perdas. O gerenciamento com base nesse modelo busca a diminuição
dos custos através da redução dos sub-processos, reduzindo atividades que não
agregam valor ao produto. Outra característica desse modelo é a não preocupação
com o atendimento satisfatório aos requisitos do cliente.

Um projeto é um empreendimento único, com início e fim definidos, que utiliza


recursos limitados e é conduzido por pessoas, visando atingir metas e objetivos pré-
definidos estabelecidos dentro de parâmetros de prazo, custo e qualidade.

As partes do planejamento são:

A. Planejamento dos fins: especificação do estado futuro desejado;

B. Planejamento de meios: direcionamento para a empresa chegar ao objetivo


desejado;
C. Planejamento organizacional: esquematização dos requisitos organizacionais para
poder realizar os meios propostos;

D. Planejamento de recursos: dimensionamento de recursos humanos e materiais,


determinação da origem e aplicação de recursos financeiros;

E. Planejamento de Implantação e controle: corresponde à atividade de planejar o


gerenciamento de implantação do estabelecimento.

Tipos de planejamento:

- Planejamento Estratégico: é um processo gerencial que permite ao executivo


definir o rumo que será seguido pela empresa, com vista a obter um nível de
aperfeiçoamento na relação da empresa e seu ambiente.
- Planejamento Tático: nem tão emergencial, nem tão em longo prazo, reúne
informações presentes para serem formalizadas a um tempo médio
determinado.
- Planejamento Operacional: se dá na formalização através de documentos
escritos, das metodologias de desenvolvimentos e implantações estabelecidas.

Existem diversos métodos de planejamento e controle para a construção civil, entre os


quais, se destacam desde técnicas simples como o Diagrama de Barras ou Gráfico de
Gantt, até as Redes PERT/CPM. Essas técnicas são facilmente aplicáveis em
determinados tipos de obras, onde não existe um considerável número de repetições,
pelo fato das mesmas não levarem em conta a simplificação que a repetição oferece.
Quando o projeto é de natureza repetitiva, a técnica de planejamento e controle mais
apropriada, por tirar proveito da repetição, é a técnica de Linha de Balanço.

Na visão do PMI, as áreas de conhecimento de gerenciamento (9) são: Gerenciamento


de Integração do Projeto, Gerenciamento de Escopo do Projeto, Gerenciamento do
Tempo do Projeto, Gerenciamento do Custo do Projeto, Gerenciamento da Qualidade
do Projeto, Gerenciamento de Recursos Humanos do Projeto, Gerenciamento de
Comunicação do Projeto, Gerenciamento do Risco do Projeto e Gerenciamento de
Contratação do Projeto.
Portanto, é altamente recomendável que também as datas de início e término das
tarefas não críticas sejam gerenciadas com atenção, pois ao se consumir toda ausência
de um grupo de atividades não críticas cria-se um novo caminho crítico dentro do
projeto, tornando a tarefa de gerenciá-lo como um todo ainda mais complexa.

Viabilidade, planejamento e controle das construções

Dois aspectos são importantes: a viabilidade técnica e a financeira. No primeiro caso, é


preciso considerar as especificidades da obra, a necessidade de profissionais
especializados, a facilidade de acesso, a disponibilidade de fornecedores e assim por
diante.

No quesito financeiro, há a necessidade de uma avaliação do orçamento e do fluxo de


caixa. Afinal, deve-se saber se a empresa possui, ou não, caixa para realizar a obra.
Essa análise também serve para indicar se é preciso buscar por investidores ou formas
de financiamento.

Se uma das duas áreas não forem atendidas completamente ou se tiver mais riscos
que o desejável, a viabilidade econômica de obras pode ficar comprometida. Então,
não basta ter um orçamento bem estruturado se a parte técnica não é atendida
corretamente — e vice-versa.

A taxa mínima de atratividade representa o retorno mínimo esperado pela empresa de


acordo com as suas políticas de investimento ou o custo de oportunidade do capital
investido.

Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é a taxa mínima de retorno esperado pelo


investidor em função do risco do investimento, ela será sempre superior ao custo de
oportunidade do capital próprio.

Taxa mínima de atratividade, que representa a menor taxa a partir da qual se


começará a obter ganhos financeiros.
O VPL de um projeto de investimento é calculado como sendo a diferença entre os
valores presentes das entradas e saídas de caixa em relação ao investimento inicial.

A Taxa Interna de Retorno (TIR) é definida como a taxa de juros que anula o valor
presente líquido (VPL) de um empreendimento. Torna os valores futuros trazidos para
valor presente igual ao investimento inicial. Para se efetuar a análise de retorno do
investimento pode ser efetuada a comparação de taxa dos fundos de investimento
com a TIR do projeto, onde a maior taxa representa a melhor opção de investimento.

Payback é o tempo necessário para que as parcelas de retorno anuais do fluxo de caixa
se equiparem ao investimento inicial.

O payback simples é o tempo necessário para que os fluxos de caixa se igualem ao


valor do investimento inicial sem efetuar a correção monetária.

O payback descontado foi criado com o objetivo de simular melhor a realidade, no qual
é aplicada uma taxa de atualização monetária sobre fluxo de caixa trazendo o mesmo
para valor presente (fluxo de caixa descontado). O tempo de retorno de capital,
considerando o valor do dinheiro no tempo é conhecido como payback descontado.

Análise e interpretação de documentação técnica

O Caderno de Encargos (CE) é o conjunto de especificações técnicas, critérios,


condições e procedimentos estabelecidos pelo contratante para a contratação,
execução, fiscalização e controle dos serviços e obras. O texto é semelhante ao das
Especificações Técnicas, mas normalmente o CE é mais geral, servindo para todas as
obras, enquanto que as ET são particulares. Estando associado ao software de
orçamentos, permite a emissão de relatório apenas das composições em uso para
determinada obra, agilizando a comunicação técnica com a obra (ou com os fiscais).
O Relatório Diário de Obras (RDO) é o documento usado principalmente em obras e
projetos de construção, para registrar diariamente informações sobre o dia de
trabalho na obra, funciona como uma espécie de memorial do canteiro de obra.

É no diário de obras que se registra, por exemplo, as principais atividades executadas


no dia, o uso e a disponibilidade de recursos, o efetivo da obra, as locações de
máquinas e equipamentos e a sua utilização no dia, condições climáticas, os acidentes
de trabalho, comentários do Contratante/Fiscalização e do Contratado, principais
problemas não previstos que impediram a execução de algum serviço ou tarefa, em
quais áreas foi executado o trabalho. Por exemplo: choveu muito (e não foi possível
executar um acabamento externo, podendo haver, um prolongamento do prazo para
terminar a obra).

O relatório diário de obra pode ser uma exigência expressa no contrato entre a
contratante e a prestadora de serviço. Além disso, o Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (Confea) tornou obrigatório um documento similar ao diário
de obra por meio da Resolução 1.024. Essa Resolução obriga o uso de um documento -
chamado de Livro de Ordem - em todas as obras e serviços executados por
profissionais do sistema Crea/Confea. O registro do livro é obrigação de cada
responsável técnico envolvido na obra, devendo ser preenchido com informações
cruciais para a comprovação de sua participação e das atividades desenvolvidas. Deve
conter 3 grupos de elementos principais: dados da obra, descrição de atividades e
serviços e imprevistos.

A grande diferença é que cada projeto possui um Livro de Ordem, elaborado com base
nos dados do planejamento, no resultado final e nas informações relevantes ao longo
de cada etapa. O Diário de Obra, por outro lado, é feito todos os dias, ainda que a
etapa iniciada ainda não tenha sido concluída.

Segurança e higiene do trabalho


Com o intuito de proteger a integridade física e mental do trabalhador, existem
normas e procedimentos que chamamos de “higiene do trabalho”. Ela está
diretamente relacionada ao diagnóstico e prevenção de doenças ocupacionais e para
isso, observa e analisa o comportamento humano em suas atuações no ambiente de
trabalho. Envolve, também, estudo e controle das condições de trabalho.

A higiene do trabalho ou higiene ocupacional é um conjunto de medidas preventivas


relacionadas ao ambiente do trabalho, visando a redução de acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais. A higiene no trabalho consiste em combater as doenças
profissionais.

Segurança do Trabalho é o conjunto de medidas técnicas, médicas e educacionais,


empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando condições inseguras do
ambiente de trabalho, quer instruindo ou convencendo pessoas na implantação de
práticas preventivas.

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa


ou instituição, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte,
a perda ou a redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Incidente é o evento que tem o potencial de levar a um acidente ou que deu origem a
um acidente.

Perigo é a fonte ou situação com potencial para provocar danos ao homem, à


propriedade ou ao meio ambiente, ou a combinação destes.

Risco é a combinação da probabilidade de ocorrência e da gravidade de um


determinado evento perigoso.

Avaliação de riscos é o processo de estimar a magnitude dos riscos existentes no


ambiente e decidir se um risco é ou não tolerável. Existem duas modalidades básicas
de avaliação:

- Avaliação qualitativa: conhecida como preliminar, utiliza-se apenas a sensibilidade do


avaliador para identificar o risco existente no local de trabalho.

- Avaliação quantitativa: que mede, compara e estabelece medidas de eliminação,


neutralização ou controle dos riscos com uso de um método científico e a utilização de
instrumentos e equipamentos destinados à quantificação do risco.

Podemos considerar quatro tipos principais de acidentes:

- Acidente pessoal;

- Acidente material e pessoal;

- Acidente com dano material;

- Acidente com simples advertência de perigo.


Tecnicamente existem duas causas de acidentes: atos inseguros e condições inseguras.

- Negligência: é a omissão voluntária do cuidado - falta de atenção.

- Imprudência: é a falta de observação das medidas de precauções e segurança,


previsível, necessárias no momento para evitar um mal - excesso de confiança.

- Imperícia - é a falta de aptidão, habilidade, experiência, ou de previsão no exercício


de determinada função.

Entende-se Ato Inseguro como sendo as causas de acidentes do trabalho que residem
exclusivamente no fator humano, isto e, aqueles que decorrem da execução de tarefas
de uma forma contrária às normas de segurança.

Condição Insegura: as circunstâncias externas incompatíveis para realização do


trabalho, contrárias com as normas de segurança e prevenção de acidentes.

Equipamentos de Proteção Coletiva ( EPC): é toda medida ou dispositivo, sinal,


imagem, som, instrumento ou equipamento destinado à proteção de uma ou mais
pessoas expostos a risco durante a realização de um trabalho.

Equipamento de Proteção Individual (EPI): é todo dispositivo de uso individual,


destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua
saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade. Seu uso será
quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente
em que se desenvolve a atividade. Devemos utilizá-lo quando não for possível
eliminar o risco por outras medidas ou equipamentos de proteção coletiva, para
complementar a proteção coletiva, em trabalhos eventuais ou emergenciais e em
exposição de curto período.

Fiscalização de obras e serviços

ensaios de recebimento da obra; acompanhamento da aplicação de recursos


(medições, cálculos de reajustamento, mudança de data base, emissão de fatura);
documentação da obra: diários, documentos de legalização, ARTs. Recebimento
(provisório e definitivo).

Faz-se necessário a existência de três figuras na fiscalização:

I. Gestor do contrato : coordena e comanda a execução do contrato;

II. Fiscal técnico do contrato;


III. Fiscal administrativo do contrato: analisar e conferir o documento fiscal (nota fiscal)
e a documentação trabalhista e tributária (ART’s, cópias de carteira de trabalho,
comprovante de entrega do EPI etc, certidões negativas).

O Recebimento dos serviços e obras executados pela Contratada será efetivado em


duas etapas sucessivas:

• na primeira etapa, após a conclusão dos serviços e solicitação oficial da Contratada,


mediante uma vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de
Obras e Serviços, será efetuado o Recebimento Provisório;

• nesta etapa, a Contratada deverá efetuar a entrega dos catálogos, folhetos e


manuais de montagem, operação e manutenção de todas as instalações,
equipamentos e componentes pertinentes ao objeto dos serviços e obras, inclusive
certificados de garantia;

• após a vistoria, através de comunicação oficial da Fiscalização, serão indicadas as


correções e complementações consideradas necessárias ao Recebimento Definitivo,
bem como estabelecido o prazo para a execução dos ajustes;

• na segunda etapa, após a conclusão das correções e complementações e solicitação


oficial da Contratada, mediante nova vistoria realizada pela Fiscalização e/ou
Comissão de Recebimento de Obras e Serviços, será realizado o Recebimento
Definitivo;

• o Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante após a


apresentação pela Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS,
certificado de Recolhimento de FGTS e comprovação de pagamento das demais taxas,
impostos e encargos incidentes sobre o objeto do contrato.

Reajuste é uma forma de reequilíbrio econômico-financeiro pela defasagem do preço.


Têm-se a repactuação e o reajuste por índice.

A diferença fundamental entre os dois institutos é que, enquanto no reajuste há


correção automática do desequilíbrio, com base em índices de preços previamente
estipulados no edital, na repactuação a variação dos componentes dos custos do
contrato deve ser demonstrada analiticamente, de acordo com a Planilha de Custos e
Formação de Preços e o contrato é corrigido na exata proporção do desequilíbrio que
parte da interessada lograr comprovar.

Atente-se que o marco inicial para a contagem de 1 (um) ano de contrato para fins de
reajuste é a data da apresentação da proposta, ou seja, dia do Pregão ou aquele dia
marcado para a abertura dos envelopes da proposta que é após feita a habilitação dos
licitantes (não antes) ou a data que consta por escrito na proposta de preço (visto que
no Pregão o licitante tem que reenviar a proposta readequada de preço). Não
confunda com a data da assinatura do contrato ou da Ordem de Serviço e saiba
também que o contrato só pode ser reajustado após um ano do último reajuste.

O primeiro reajustamento levará em conta o índice acumulado nos 12 meses contados


a partir da data de apresentação da proposta. No segundo reajustamento, o índice
acumulado nos últimos 12 meses (em razão da anualidade), será aplicado sobre o valor
atualizado do contrato. Não é possível utilizar o valor original do contrato e aplicar o
índice acumulado em 24 meses. Isso porque o resultado dessa operação não é o
mesmo daquele evidenciado após o segundo reajustamento do contrato,
considerando o valor já atualizado.

Avaliação de custos e etc

O orçamento preliminar é uma estimativa de custos aprimorada, que leva em


consideração o levantamento de alguns quantitativos simples.

Isso porque ele considera o levantamento de algumas quantidades de materiais, como


o volume do concreto (área construída x espessura média da camada de concreto), a
área da forma (volume de concreto x taxa de fôrma) e o peso das armaduras (volume
de concreto x consumo de aço).

O orçamento analítico representa o tipo de orçamento mais preciso e detalhado para


o planejamento de obras. Ele é construído a partir de pesquisas de preços dos
insumos, que são organizados em composições de preços unitários e disponibilizados
por tabelas de preços de referência, como as tabelas do sistema SINAPI.
O orçamento analítico considera todos os custos envolvidos na obra, incluindo custos
diretos, como os custos dos materiais e da mão de obra, e custos indiretos, como os
custos com a administração e o lucro de uma empresa.

É também a partir do orçamento analítico que se obtém diversos relatórios a respeito


de um orçamento de obra, como o orçamento sintético (uma versão compacta do
orçamento analítico, que exibe as composições de custos unitários sem especificar
seus insumos) e a curva ABC.

Os encargos trabalhistas são os tributos que oferecem benefícios diretos para o


colaborador, como as férias e o 13º salário. Eles não são a mesma coisa que as
contribuições sociais, mas também são garantidos por lei aos trabalhadores brasileiros.
Na verdade, a principal diferença é que os encargos trabalhistas são pagos
diretamente aos profissionais, enquanto os sociais são direcionados para o Estado, a
exemplo do INSS e do FGTS.

Para calcular o custo final de um colaborador, é preciso considerar o salário e os


encargos sociais e trabalhistas.

Adicional de Remuneração: é o benefício pago para colaboradores em funções


insalubres ou perigosas.

Ausência Remunerada: Não são todos os casos em que a falta deve ser descontada no
salário. O funcionário tem o direito de receber o dia de trabalho quando comprovar
que doou sangue, por exemplo — ainda que esse atestado só valha para um dia de
ausência.

Repouso Remunerado: O DSR (Descanso Semanal Remunerado).

Encargos: grupo A (taxas e contribuições; ex: inss, fgts, senai), grupo B (encargos com
incidência integral do grupo A; ex: 13°, férias + ⅓, auxílio+faltas justificadas), grupo C
(encargos com incidência parcial do grupo A; ex: aviso prévio (1/12 de sálario x 80%,
1/12 do décimo e 1/12 de férias+terço), adicional do aviso (Na média de permanência
de 12 meses (não se aplica). Na média de 24 meses = 0,33% e Na média de 36 meses =
0,44%)), grupo D (não recebe incidência do grupo A; multa do fgts, adicional),
Os elementos necessários para o cálculo do BDI são:

Administração Central (AC);

Custo Financeiro (CF) — é uma estimativa do quanto o capital investido na obra


renderia caso estivesse aplicado no mercado financeiro (uma das referências usadas
neste caso é o rendimento do CDB);

Seguros (S);

Garantias (G) — é a taxa de caução, seguro garantia, fiança bancária ou títulos da


dívida pública;

Margem de Incerteza (MI) — representa custos com imprevistos não cobertos por
seguros;

Tributos Municipais (TM) — ISSQN) e outros tributos municipais;

Tributos Estaduais (TE) — exemplo é o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e


Serviços (ICMS), quando houver;

Tributos Federais (TF) — entram as contribuições para os Programas de Integração


Social (PIS) e para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por exemplo;

Margem Bruta de Contribuição (MBC) — é a lucratividade prevista para o projeto.


Licitação de obras públicas

Há atestado de capacidade técnica operacional (da empresa) e atestado de


capacidade técnica profissional.

A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

II – comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível


em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das
instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a
realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros
da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;

A comprovação de aptidão referida no inciso II do “caput” deste artigo, no caso das


licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por
pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades
profissionais competentes, limitadas as exigências a:
I – capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu
quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, profissional de nível
superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, detentor de
atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de
características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior
relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de
quantidades mínimas ou prazos máximos.

Contratos administrativos de obras públicas. 9.1, características, requisitos


substanciais e formais. 9.2 Peculiaridades e interpretação. 9.3 Formalização, execução,
controle, inexecução, revisão e rescisão.

Contrato é o acordo recíproco de vontades que tem por fim gerar obrigações
recíprocas entre os contratantes. Assim como o particular, o Poder Público celebra
contratos no intuito de alcançar objetivos de interesse público.
Os contratos celebrados pelo ente administrativo dividem-se em contratos
administrativos e contratos civis (ou privados). No primeiro ocorre a supremacia da
Administração sobre o particular uma vez que se busca a concretização de um
interesse público enquanto no segundo a Administração encontra-se análoga ao
particular.

O contrato civil (ou privado) da administração caracteriza-se por ser um acordo de


vontade entre um particular e a Administração que se submetem ao regime jurídico de
Direito Privado uma vez que o ente administrativo encontra-se em condições análogas
ao particular. Contudo, segundo José dos Santos Carvalho Filho, essa forma de
contrato está praticamente extinta uma vez que a Lei nº 8.666/93 enquadrou todos os
tipos de contratos da administração em seu regime.

O contrato administrativo caracteriza-se por ser um acordo de vontades entre um


particular (objetivando o lucro) e a Administração que se submetem ao regime jurídico
de Direito Público, instruído por princípios publicísticos, contendo cláusulas
exorbitantes e derrogatórias do direito comum. São cláusulas exorbitantes: a
alteração unilateral, rescisão unilateral, fiscalização, aplicação de penalidades,
anulação, retomada do objeto, restrições ao uso do princípio da exceptio non
adimpleti contractus (exceção do contrato não cumprido).

São espécies de contratos administrativos:

De obra pública: ajuste contratual que tem por objeto uma construção, reforma ou
uma ampliação de um imóvel destinado ao público ou ao serviço público. Essa
modalidade admite duas espécies de regimes de execução, a empreitada e a tarefa.

De serviço: ajuste que tem por objeto uma atividade prestada à Administração, para
atendimento de suas necessidades ou de seus administrados.

De fornecimento.

De concessão: divide-se em três modalidades: concessão de serviço público, concessão


de obra pública, e concessão de uso de bem público, para que o explore por sua conta
e risco.
De gerenciamento: que consiste na espécie em que o contratante comete ao
gerenciador a condução de um empreendimento, reservando para si a competência
decisória final e responsabilizando-se pelos encargos financeiros. O contrato de gestão
designa algumas espécies de acordos celebrados entre a Administração direta e
entidades da administração indireta, assim também com entidades privadas que
atuam de forma paralela com o Estado, e com dirigentes de órgãos da própria
administração direta.

De permissão: destaca-se pelos atributos da unilateralidade, discricionariedade e


precariedade.

De convênios e consórcio público: os convênios administrativos são pactos celebrados


por entidades públicas de diversas esferas do Poder Público, podendo haver a
participação de entes privados, para o alcance dos objetivos comuns. “Convênio é
acordo, mas não é contrato. No contrato as partes têm interesses diversos e opostos;
no convênio os partícipes têm interesses comuns e coincidentes”. “Os consórcios são
acordos firmados entre entidades estatais, autárquicas, fundacionais ou paraestatais,
sempre da mesma espécie, para a realização de objetivos de interesse comum dos
partícipes”.

Termo de parceria: instrumento a ser firmado entre o Poder Público e a entidade


qualificada como organização social, com vistas à formação de parceria entre as
partes.

O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de


preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam
compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos
demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais
como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou
ordem de execução de serviço.

O contrato administrativo tem as seguintes características: formal, oneroso,


comutativo e intuitu personae. É formal porque deve ser formulado por escrito e nos
termos previstos em lei. Oneroso porque há remuneração relativa contraprestação do
objeto do contrato. Comutativo porque são as partes do contrato compensadas
reciprocamente. Intuitu personae consiste na exigência para execução do objeto pelo
próprio contratado.

A Administração Pública aparece com uma série de prerrogativas que garantem sua
supremacia sobre o particular. Tais peculiaridades constituem as chamadas
CLÁUSULAS EXORBITANTES, explícitas ou implícitas, em todo contrato administrativo.

CLÁUSULAS EXORBITANTES - jamais seriam possíveis no Direito Privado

1. Exigência de Garantia

2. Alteração ou Rescisão Unilateral por parte da Administração;

3. Fiscalização;

4. Retomada do Objeto;

5. Aplicação de Penalidades e Anulação

6. Equilíbrio Econômico e Financeiro;

7. Impossibilidade do Particular Invocar a Exceção do Contrato não Cumprido: Nos


contratos de direito privado, de natureza bilateral, ou seja, naqueles em que existem
obrigações recíprocas, é admissível a exceção do contrato não cumprido – a parte
pode dizer que somente cumprirá a obrigação se a outra parte cumprir a sua. No
entanto, nos contratos administrativos, afirma-se que o princípio da continuidade dos
serviços públicos IMPOSSIBILITA AO PARTICULAR argüir a exceção do contrato não
cumprido. Se a Administração descumpriu uma cláusula contratual, o particular não
deve paralisar a execução do contrato, mas postular perante o Poder Judiciário as
reparações cabíveis ou a rescisão contratual. A inoponibilidade da exceção do contrato
não cumprido só prevaleceria para os contratos de serviços públicos.

Na interpretação dos contratos administrativos, levar-se-á em conta o interesse


público, mas não se rejeitará a proteção que é devida ao contratado, nem se negarão
os princípios da boa-fé e da probidade, contra o arbítrio , os quais devem ser
rigorosamente respeitados pelo Poder Público, fazendo-se a interpretação da maneira
menos onerosa para o devedor, no conjunto das disposições e não isoladamente.
A formalização dos contratos entre a Administração Pública e particulares se dá com a
respectiva assinatura de ambos, sendo sua publicação condição indispensável para
eficácia do mesmo.

Noções de Legislação Ambiental

Legislação ambiental é o conjunto de normas jurídicas que se destinam a disciplinar a


atividade humana, para torná-la compatível com a proteção do meio ambiente A
legislação ambiental brasileira, para atingir seus objetivos de preservação, criou
direitos e deveres para o cidadão.

Unidades de Conservação: conjunto de áreas legalmente estabelecidas pelo poder


público, que objetivam a preservação do meio ambiente e das condições naturais de
certos espaços territoriais do país.

Resolução n° 237

I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental


competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e
as normas técnicas aplicáveis ao caso.

II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente


estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser
obedecidas pelo empreendedor para localizar, instalar, ampliar e operar
empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental.
III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos
ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma
atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença
requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental,
relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de
recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.

IV – Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que afete


diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de
dois ou mais Estados.

Empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras,


bem como os empreendimentos capazes de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de
outras licenças legalmente exigíveis.

A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou


potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio
estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente
(EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências
públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação.

Compete ao IBAMA o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades com


significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, a saber:

I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar


territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras
indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União.

II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados;

III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou de


um ou mais Estados;

IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e


dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em
qualquer de suas formas e aplicações;
V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislação
específica.

Compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal o licenciamento


ambiental dos empreendimentos e atividades:

I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades de


conservação de domínio estadual ou do Distrito Federal;

II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação natural de


preservação permanente e em todas as que assim forem consideradas por normas
federais, estaduais ou municipais;

III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais


Municípios;

IV – delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou
convênio.

Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do


empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a
viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem
atendidos nas próximas fases de sua implementação;

Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de


acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados,
incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes;

Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após


a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as
medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas:

I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor,


dos documentos, projetos e estudos ambientais necessários ao início do processo de
licenciamento correspondente à licença a ser requerida;
II - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos
documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes;

III - Análise pelo órgão ambiental competente dos documentos, projetos e estudos
ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias;

IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental


competente, uma única vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos e
estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiteração da
mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido
satisfatórios;

V - Audiência pública, quando couber;

VI - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambiental


competente, decorrentes de audiências públicas;

VII - Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico;

VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida


publicidade.

No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a


certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento
ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do
solo e, quando for o caso, a autorização para supressão de vegetação e a outorga para
o uso da água, emitidas pelos órgãos competentes.

Poderão ser estabelecidos procedimentos simplificados para as atividades e


empreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental, que deverão ser
aprovados pelos respectivos Conselhos de Meio Ambiente.

Poderá ser admitido um único processo de licenciamento ambiental para pequenos


empreendimentos e atividades similares e vizinhos ou para aqueles integrantes de
planos de desenvolvimento aprovados, previamente, pelo órgão governamental
competente, desde que definida a responsabilidade legal pelo conjunto de
empreendimentos ou atividades.
Os prazos de análise não devem ultrapassar 6 (seis) meses a contar do ato de
protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os
casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo será de até 12
(doze) meses. A contagem do prazo será suspensa durante a elaboração dos estudos
ambientais complementares ou preparação de esclarecimentos pelo empreendedor,
que deverá atender à solicitação de esclarecimentos e complementações dentro do
prazo máximo de 4 (quatro) meses, a contar do recebimento da respectiva notificação.

I - O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o estabelecido


pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao
empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos.

II - O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, o


estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não
podendo ser superior a 6 (seis) anos.

III - O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar os planos de


controle ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos.

Na renovação da Licença de Operação (LO), que deverá ser requerida com


antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de
validade, o órgão ambiental competente poderá, mediante decisão motivada,
aumentar ou diminuir o seu prazo de validade, após avaliação do desempenho
ambiental da atividade ou empreendimento no período de vigência anterior,
respeitados os limites (4 e 10 anos).

Atividades ou empreendimentos sujeitas ao licenciamento ambiental:

-Extração e tratamento de minerais

-Indústria de produtos minerais não metálicos

-Indústria metalúrgica

- Indústria mecânica (fabricação de máquinas, aparelhos etc)

- Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicações

- Indústria de material de transporte


- Indústria de madeira

- Indústria de papel e celulose

- Indústria de borracha

- Indústria de couros e peles

- Indústria química

- Indústria de produtos de matéria plástica

- Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos (beneficiamento de


fibras, fabricação e acabamento de fios e tecido, tingimento e outros acabamentos,
fabricação de calçados e componentes para calçados)

- Indústria de produtos alimentares e bebidas

- Indústria de fumo

- Indústrias diversas (usinas de produção de concreto, de asfalto e serviços de


galvanoplastia)

- Obras civis (rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos, barragens e diques, canais


para drenagem, retificação de curso de água, abertura de barras, embocaduras e
canais, transposição de bacias hidrográficas, outras obras de arte

- Serviços de utilidade (produção de energia termoelétrica, transmissão de energia


elétrica, estações de tratamento de água, interceptores, emissários, estação elevatória
e tratamento de esgoto sanitário, tratamento e destinação de resíduos, dragagem e
derrocamentos em corpos d’água, recuperação de áreas contaminadas ou degradadas)

- Transporte, terminais e depósitos (transporte de cargas perigosas, transporte por


dutos, marinas, portos e aeroportos, terminais de minério, petróleo e derivados e
produtos químicos, depósitos de produtos químicos e produtos perigosos)

- Turismo (complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos e autódromos)

- Atividades diversas (parcelamento do solo, distrito e pólo industrial)

- Atividades agropecuárias
- Uso de recursos naturais

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001

Considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas


e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:

I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

II - as atividades sociais e econômicas;

III - a biota;

IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

V - a qualidade dos recursos ambientais.

Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de


impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual
competente, e do IBAMA em caráter supletivo, o licenciamento de atividades
modificadoras do meio ambiente, tais como:

I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;

II - Ferrovias;

III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;

IV - Aeroportos;

V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos


sanitários;

VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;

VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para
fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais
para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras
e embocaduras, transposição de bacias, diques;

VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);

IX - Extração de minério;

X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;

Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária,


acima de 10MW;

XII - Complexo e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos,


etc);

XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI;

XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares


ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de
importância do ponto de vista ambiental;

XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha ou em áreas consideradas de relevante


interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais
competentes;

XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez
toneladas por dia.

Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo RIMA, a serem


submetidos à aprovação do IBAMA, o licenciamento de atividades que, por lei, seja de
competência federal.

O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, obedecerá às seguintes


diretrizes gerais:

I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto,


confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto;

II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de


implantação e operação da atividade;
III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos
impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos,
a bacia hidrográfica na qual se localiza;

lV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação na


área de influência do projeto, e sua compatibilidade.

O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as seguintes atividades


técnicas:

I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto com descrição e análise dos


recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a
situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando:

a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima;

b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora;

c) o meio sócio-econômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-


economia.

II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de


identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis
impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e
adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e
permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas;
a distribuição dos ônus e benefícios sociais.

III - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os
equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a
eficiência de cada uma delas.

lV - Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento (os impactos


positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem considerados.

O relatório de impacto ambiental - RIMA refletirá as conclusões do estudo de impacto


ambiental e conterá, no mínimo:
I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as
políticas setoriais, planos e programas governamentais;

II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando


para cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as
matérias primas, e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnica
operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos
diretos e indiretos a serem gerados;

III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de


influência do projeto;

IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da


atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de
incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua
identificação, quantificação e interpretação;

V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando


as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a
hipótese de sua não realização;

VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos


impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau de
alteração esperado;

VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de


ordem geral).

Respeitado o sigilo industrial, o RIMA será acessível ao público.

LEI Nº 9.605

As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade


quando:
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a
quatro anos;

II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado,


bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja
suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime.

As penas restritivas de direito são:

I - prestação de serviços à comunidade;

II - interdição temporária de direitos;

III - suspensão parcial ou total de atividades;

IV - prestação pecuniária;

V - recolhimento domiciliar.

Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas,


as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios
de Vida Silvestre. O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a
natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com
exceção dos casos previstos em lei.

Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável as Áreas de Proteção


Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as
Reservas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de Desenvolvimento
Sustentável e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural. O objetivo básico das
Unidades de Uso Sustentável é compatibilizar a conservação da natureza com o uso
sustentável de parcela dos seus recursos naturais.

Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência imediata pessoal do


agente ou de sua família.
Legislação aplicável à contratação de obras e serviços de engenharia

.Lei nº 12.462/2011 (Regime Diferenciado de Contratações Públicas)

É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável


exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:

IV - das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

V - das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.

VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma e


administração de estabelecimentos penais e de unidades de atendimento
socioeducativo;

VII - das ações no âmbito da segurança pública;

VIII - das obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na mobilidade


urbana ou ampliação de infraestrutura logística;

X - das ações em órgãos e entidades dedicados à ciência, à tecnologia e à inovação.

A opção pelo RDC deverá constar de forma expressa do instrumento convocatório.

Nas licitações de obras e serviços de engenharia, no âmbito do RDC, poderá ser


utilizada a contratação integrada, desde que técnica e economicamente justificada e
cujo objeto envolva, pelo menos, uma das seguintes condições:

I - inovação tecnológica ou técnica;

II - possibilidade de execução com diferentes metodologias; pu

III - possibilidade de execução com tecnologias de domínio restrito no mercado.

Nas hipóteses em que for adotada a contratação integrada, é vedada a celebração de


termos aditivos aos contratos firmados, exceto nos seguintes casos:

I - para recomposição do equilíbrio econômico-financeiro decorrente de caso fortuito


ou força maior; e
II - por necessidade de alteração do projeto ou das especificações para melhor
adequação técnica aos objetivos da contratação, a pedido da administração pública,
desde que não decorrentes de erros ou omissões por parte do contratado.

Nas licitações disciplinadas pelo RDC será admitida a participação de licitantes sob a
forma de consórcio, conforme estabelecido em regulamento.

Devem ser adotados os seguintes prazos mínimos para apresentação de propostas:

I - para aquisição de bens:

a) 5 dias úteis, quando adotados os critérios de julgamento pelo menor preço ou pelo
maior desconto;

b) 10 dias úteis, nas hipóteses não abrangidas pela alínea a deste inciso;

II - para a contratação de serviços e obras:

a) 15 dias úteis, quando adotados os critérios de julgamento pelo menor preço ou pelo
maior desconto; e

b) 30 dias úteis, nas hipóteses não abrangidas pela alínea a deste inciso;

III - para licitações em que se adote o critério de julgamento pela maior oferta: 10 dias
úteis; e

IV - para licitações em que se adote o critério de julgamento pela melhor combinação


de técnica e preço, pela melhor técnica ou em razão do conteúdo artístico: 30 dias
úteis.

A publicidade da licitação será realizada mediante publicação no diário e divulgação


em sítio eletrônico oficial centralizado de divulgação de licitações ou mantido pelo
ente encarregado do procedimento licitatório na rede mundial de computadores.

O julgamento pela maior oferta de preço será utilizado no caso de contratos que
resultem em receita para a administração pública.

No julgamento pelo maior retorno econômico, sendo o contratado remunerado com


base em percentual da economia gerada.
Considera-se pré-qualificação permanente o procedimento anterior à licitação
destinado a identificar:

I - fornecedores que reúnam condições de habilitação exigidas para o fornecimento de


bem ou a execução de serviço ou obra; e

II - bens que atendam às exigências técnicas e de qualidade da administração pública.

Dos atos da administração pública decorrentes da aplicação do RDC caberão:

I - pedidos de esclarecimento e impugnações ao instrumento convocatório no prazo


mínimo de:

a) até 2 (dois) dias úteis antes da data de abertura das propostas, no caso de licitação
para aquisição ou alienação de bens; ou

b) até 5 (cinco) dias úteis antes da data de abertura das propostas, no caso de licitação
para contratação de obras ou serviços;

Lei 8.666/1993

Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência,


sucessivamente, aos bens e serviços:

II - produzidos no País;

III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.

IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no


desenvolvimento de tecnologia no País.

V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva


de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da
Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.

Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para:


I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas
brasileiras; e

II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem


cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para
reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas
na legislação.

A soma das margens de preferência não podem ultrapassar o montante de 25% (vinte
e cinco por cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros.

I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada


por execução direta ou indireta;

II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a


Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação,
conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens,
publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais;

A alienação de bens imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da


administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as
entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de
concorrência, dispensada em alguns casos.

Os imóveis doados, cessadas as razões que justificaram a sua doação, reverterão ao


patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário.

Entende-se por investidura, para os fins desta lei:

I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou


resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por
preço nunca inferior ao da avaliação;

II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público,
de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas
hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas
unidades e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão.
Os avisos contendo os resumos dos editais deverão ser publicados com antecedência,
no mínimo, por uma vez:

I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade
da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas
parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais;

II - no Diário Oficial do Estado, quando se tratar de licitação feita por órgão ou


entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal;

III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de


circulação no Município ou na região onde será realizada a licitação;

O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será:

I - quarenta e cinco dias para:

a) concurso;

b) concorrência, para o regime de empreitada integral ou licitação "melhor técnica" ou


"técnica e preço"

II - trinta dias para:

a) concorrência, nos demais casos;

b) tomada de preços, "melhor técnica" ou "técnica e preço";

III - quinze dias para a tomada de preços, nos demais casos ou leilão;

IV - cinco dias úteis para convite.

Concorrência: quaisquer interessados que comprovem possuir os requisitos mínimos


de qualificação exigidos.

Tomada de preços: interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas


as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas.

Convite: escolhidos e convidados (cadastrados ou não) em número mínimo de 3 (três)


pela unidade administrativa, que o estenderá aos demais cadastrados na
correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de
até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

Concurso: para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a


instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores.

Leilão: venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos


legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis.

I - para obras e serviços de engenharia:

a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais);

b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

II - para compras e serviços:

a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);

b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);

c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais).

É dispensável a licitação:

I - no valor até 10% (dez por cento) do primeiro limite;

IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública;

V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta não puder ser
repetida sem prejuízo;

VIII - para a aquisição de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade
que integre a Administração Pública;

XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou


estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de
instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha
inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos;
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins
lucrativos e de comprovada idoneidade.

É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição.

Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações
simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite da concorrência, o
processo licitatório será iniciado com uma audiência pública com antecedência mínima
de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada, com
a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização.

Licitações simultâneas são aquelas com objetos similares e com realização prevista
para intervalos não superiores a trinta dias e licitações sucessivas aquelas em que,
também com objetos similares, o edital subseqüente tenha uma data anterior a cento
e vinte dias após o término do contrato resultante da licitação antecedente.

Considera-se como adimplemento da obrigação contratual a prestação do serviço, a


realização da obra, a entrega do bem ou de parcela destes, bem como qualquer outro
evento contratual a cuja ocorrência esteja vinculada a emissão de documento de
cobrança.

Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação, devendo


protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos
envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação
em até 3 (três) dias úteis.

Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem


desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis
para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas, facultada, no
caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis.

Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para
a contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos.

Executado o contrato, o seu objeto será recebido:

I - em se tratando de obras e serviços:


a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização;

b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente,


após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do
objeto aos termos contratuais;

II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:

a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade do material


com a especificação;

b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do material e


conseqüente aceitação.

Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de


observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:

Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.

Frustrar ou fraudar o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de


obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da
licitação:

Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Patrocinar interesse privado perante a Administração, dando causa à instauração de


licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder
Judiciário:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem em favor do


adjudicatário, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação ou nos
respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem
cronológica de sua exigibilidade:

Pena - detenção, de dois a quatro anos, e multa.

Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento


licitatório:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório, ou


proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:

Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.

Afastar ou procurar afastar licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou
oferecimento de vantagem de qualquer tipo:

Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente


à violência.

Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação instaurada para aquisição ou venda


de bens ou mercadorias, ou contrato dela decorrente:

Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

Admitir à licitação ou celebrar contrato com empresa ou profissional declarado


inidôneo:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a inscrição de qualquer interessado nos


registros cadastrais ou promover indevidamente a alteração, suspensão ou
cancelamento de registro do inscrito:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Lei nº 13.303/2016

Depende de autorização legislativa a criação de subsidiárias de empresa pública e de


sociedade de economia mista, assim como a participação de qualquer delas em
empresa privada.
Empresa pública é a entidade cujo capital social é integralmente detido pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.

Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do


Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida a participação de outras
pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administração
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Sociedade de economia mista é a entidade, sob a forma de sociedade anônima, cujas


ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito
Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.

A empresa pública não poderá:

I - lançar debêntures ou outros títulos ou valores mobiliários, conversíveis em ações;

II - emitir partes beneficiárias.

Os membros do Conselho de Administração e os indicados para os cargos de diretor


devem atender um dos requisitos das alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I e,
cumulativamente, os requisitos dos incisos II e III:

I - ter experiência profissional de, no mínimo:

a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, na área de atuação da empresa pública


ou da sociedade de economia mista ou em área conexa àquela para a qual forem
indicados em função de direção superior; ou

b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes cargos:

1. cargo de direção ou de chefia superior em empresa de porte ou objeto social


semelhante ao da empresa pública ou da sociedade de economia mista;

2. cargo em comissão ou função de confiança equivalente a DAS-4 ou superior, no


setor público;

3. cargo de docente ou de pesquisador em áreas de atuação da empresa pública ou da


sociedade de economia mista;
c) 4 (quatro) anos de experiência como profissional liberal em atividade direta ou
indiretamente vinculada à área de atuação da empresa pública ou sociedade de
economia mista;

II - ter formação acadêmica compatível com o cargo para o qual foi indicado; e

III - não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade.

Os requisitos previstos no inciso I poderão ser dispensados no caso de indicação de


empregado, desde que atendidos os seguintes quesitos mínimos:

I - o empregado tenha ingressado na empresa pública ou na sociedade de economia


mista por meio de concurso público;

II - o empregado tenha mais de 10 (dez) anos de trabalho efetivo na empresa pública


ou na sociedade de economia mista;

III - o empregado tenha ocupado cargo na gestão superior da empresa pública ou da


sociedade de economia mista.

O conselheiro independente caracteriza-se por:

I - não ter qualquer vínculo com a empresa pública ou a sociedade de economia mista,
exceto participação de capital;

II - não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim, de chefe do Poder Executivo, de


Ministro de Estado, de Secretário de Estado ou Município ou de administrador da
empresa pública ou da sociedade de economia mista;

III - não ter mantido, nos últimos 3 (três) anos, vínculo de qualquer natureza com a
empresa ou seus controladores;

IV - não ser ou não ter sido, nos últimos 3 (três) anos, empregado ou diretor da
empresa pública, exceto se o vínculo for exclusivamente com instituições públicas de
ensino ou pesquisa;

V - não ser fornecedor ou comprador, direto ou indireto, de serviços ou produtos da


empresa;
VI - não ser funcionário ou administrador de sociedade ou entidade que esteja
oferecendo ou demandando serviços ou produtos à empresa;

VII - não receber outra remuneração da empresa pública ou da sociedade de economia


mista além daquela relativa ao cargo de conselheiro.

É dispensável a realização de licitação por empresas públicas e sociedades de


economia mista:

I - para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

II - para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);

Considera-se que há:

I - sobrepreço quando os preços orçados para a licitação ou os preços contratados são


expressivamente superiores aos preços referenciais de mercado;

II - superfaturamento quando houver dano ao patrimônio da empresa caracterizado,


por exemplo:

a) pela medição de quantidades superiores às efetivamente executadas ou fornecidas;

b) pela deficiência na execução de obras e serviços de engenharia que resulte em


diminuição da qualidade, da vida útil ou da segurança;

c) por alterações no orçamento de obras e de serviços de engenharia que causem o


desequilíbrio econômico-financeiro do contrato em favor do contratado;

d) por outras alterações de cláusulas financeiras que gerem recebimentos contratuais


antecipados, distorção do cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada do
prazo contratual com custos adicionais para a empresa pública ou a sociedade de
economia mista ou reajuste irregular de preços.

O valor estimado do contrato a ser celebrado pela empresa pública ou pela sociedade
de economia mista será sigiloso, facultando-se à contratante conferir publicidade ao
valor estimado do objeto da licitação, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos
quantitativos e das demais informações necessárias para a elaboração das propostas.
Na hipótese em que for adotado o critério de julgamento por maior desconto, o valor
estimado do objeto da licitação constará do instrumento convocatório.

Os procedimentos licitatórios devem adotar os seguintes prazos mínimos para


apresentação de propostas ou lances:

I - para aquisição de bens:

a) 5 (cinco) dias úteis, menor preço ou o maior desconto;

b) 10 (dez) dias úteis, nas demais hipóteses;

II - para contratação de obras e serviços:

a) 15 (quinze) dias úteis, menor preço ou o maior desconto;

b) 30 (trinta) dias úteis, nas demais hipóteses;

III - no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias úteis, a melhor técnica ou a melhor


combinação de técnica e preço, bem como para licitação com contratação semi-
integrada ou integrada.

VII - anteprojeto de engenharia: peça técnica com todos os elementos de contornos


necessários e fundamentais à elaboração do projeto básico, devendo conter
minimamente os seguintes elementos:

a) demonstração e justificativa do programa de necessidades, visão global dos


investimentos e definições relacionadas ao nível de serviço desejado;

b) condições de solidez, segurança e durabilidade e prazo de entrega;

c) estética do projeto arquitetônico;

d) parâmetros de adequação ao interesse público, à economia na utilização, à


facilidade na execução, aos impactos ambientais e à acessibilidade;

e) concepção da obra ou do serviço de engenharia;

f) projetos anteriores ou estudos preliminares que embasaram a concepção adotada;

g) levantamento topográfico e cadastral;

h) pareceres de sondagem;
i) memorial descritivo dos elementos da edificação, dos componentes construtivos e
dos materiais de construção, de forma a estabelecer padrões mínimos para a
contratação;

VIII - projeto básico: conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de


precisão adequado, para caracterizar a obra ou o serviço, elaborado com base nas
indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegure a viabilidade técnica e o
adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento e que possibilite a
avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução,
devendo conter os seguintes elementos:

a) desenvolvimento da solução escolhida, de forma a fornecer visão global da obra e a


identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;

b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a


minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de
elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;

c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a


incorporar à obra, bem como suas especificações, de modo a assegurar os melhores
resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua
execução;

d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos,


instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter
competitivo para a sua execução;

e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a


sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros
dados necessários em cada caso;

Nas licitações de obras e serviços de engenharia, consideram-se inexequíveis as


propostas com valores globais inferiores a 70% (setenta por cento) ...

Depois de iniciada a fase de apresentação de lances ou propostas, a revogação ou a


anulação da licitação somente será efetivada depois de se conceder aos licitantes que
manifestem interesse em contestar o respectivo ato prazo apto a lhes assegurar o
exercício do direito ao contraditório e à ampla defesa.

A inadimplência do contratado quanto aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais


não transfere à empresa pública ou à sociedade de economia mista a responsabilidade
por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a
regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.

O contratado poderá aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou


supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por
cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de
edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus
acréscimos.

Lei nº 11.079/2004

Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade


patrocinada ou administrativa.

Concessão patrocinada envolve, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários,


contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a


Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução
de obra ou fornecimento e instalação de bens.

É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada que tenha como objeto


único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos
ou a execução de obra pública.

Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes diretrizes:

VI – repartição objetiva de riscos entre as partes;


A contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-privada
poderá ser feita por:

I – ordem bancária;

II – cessão de créditos não tributários;

III – outorga de direitos em face da Administração Pública;

IV – outorga de direitos sobre bens públicos dominicais;

V – outros meios admitidos em lei.

Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito


específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria. Poderá assumir a
forma de companhia aberta, com valores mobiliários admitidos a negociação no
mercado.

A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade


de concorrência.

As concessões patrocinadas em que mais de 70% (setenta por cento) da remuneração


do parceiro privado for paga pela Administração Pública dependerão de autorização
legislativa específica.

Lei nº 8.987/1995

concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, mediante concorrência, à


pessoa jurídica ou consórcio de empresas, por sua conta e risco e por prazo
determinado;

concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: o investimento


da concessionária é remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da
obra por prazo determinado;

permissão de serviço público: a delegação, a título precário (sem garantia de prazo,


podendo ser retomado pelo concedente a qualquer instante), mediante licitação, da
prestação de serviços públicos.
Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade,
eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e
modicidade das tarifas (não oneradas excessivamente).

No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente


prever a possibilidade de outras fontes provenientes de receitas alternativas,
complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem exclusividade,
com vistas a favorecer a modicidade das tarifas.

A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade, salvo no caso


de inviabilidade técnica ou econômica.

A empresa líder do consórcio é a responsável perante o poder concedente pelo


cumprimento do contrato de concessão, sem prejuízo da responsabilidade solidária
das demais consorciadas.

É admitida a subconcessão, desde que expressamente autorizada pelo poder


concedente. Será sempre precedida de concorrência.

A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem prévia


anuência do poder concedente implicará a caducidade (perde a validade) da
concessão.

O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a


adequação na prestação do serviço. A intervenção far-se-á por decreto do poder
concedente. Esse procedimento administrativo deverá ser concluído no prazo de até
cento e oitenta dias.

Extingue-se a concessão por:

I - advento do termo contratual;

II – encampação (retomada pelo concedente por interesse público, após


indenização);

III – caducidade (declarada pelo concedente quando o serviço estiver sendo


prestado de forma inadequada, descumprimento de cláusulas ou leis, paralisação do
serviço etc);

IV - rescisão;

V - anulação;

VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou


incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão.

Obras de edificações

Projetos e especificações de materiais e serviços

Acompanhamento de obras: apropriação de serviços

O termo “apropriação” pode ser definido como a apuração dos serviços executados
visando à obtenção e o conhecimento exato das quantidades material / mão-de-obra e
dos tempos realmente empregados nos serviços executados, onde as informações
colhidas na obra servirão de base para as composições de custo unitário dos serviços,
análise da produtividade, ajustes e elaboração do cronograma da obra, controle de
gastos e prioridades da obra.

Dentre as principais importâncias da apropriação de custos podemos citar:

- Comparar os valores entre os custos orçados e os apropriados;

- Determinar os motivos de diferenças e corrigi-los;

- Avaliar as possíveis alterações no andamento da obra;

- Comparar com serviços iguais as outras obras;

- Prever despesas para futuras etapas de serviço;

- Acompanhar e corrigir o cronograma da obra;

- Aprovar decisões em tempo hábil;

- Analisar a produtividade dos operários.


Construção

Organização do Canteiro

O planejamento do canteiro de obras, ou planejamento de “layout” como também é


chamado, pode ser definido como o planejamento da logística da obra, como a
disposição das instalações provisórias, armazenamento de materiais, movimentação
de trabalhadores e máquinas, entre outros.

Os canteiros de obras são divididos em três tipos: restritos, amplos e lineares.

Nos canteiros denominados restritos, a construção ocupa todo o terreno ou a maior


parte dele. Os canteiros denominados amplos possuem apenas uma pequena parcela
de terreno ocupada pela construção. Os canteiros de obras lineares são limitados em
apenas uma dimensão e possuem poucas possibilidades de acesso.

Os componentes que irão compor o canteiro de obras são divididos em áreas de


vivência e áreas operacionais, esses componentes dependem do porte da obra e
serão dimensionados pelo engenheiro de acordo com as especificações da norma e
necessidade da obra.

Os principais elementos das áreas de vivência são:

● Vestiários (masculino e feminino)

● Instalações sanitários (masculino e feminino)

● Refeitório

● Cozinha (apenas se houver preparo de alimento em obra)

● Área de lazer

● Alojamento e lavanderia (apenas se os funcionários residirem na obra)

● Ambulatório (em obras com 50 ou mais operários).

Os elementos que constituem as áreas operacionais são:

● Escritórios
● Portaria

● Almoxarifado

● Depósitos

● Central de concreto

● Central de argamassa

● Central de armação

● Entre outros.

Instalações móveis, inclusive contêineres, serão aceitas em áreas de vivência de


canteiro de obras e frentes de trabalho, desde que, cada módulo:

a) possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% (quinze por cento) da
área do piso, composta por, no mínimo, duas aberturas adequadamente dispostas
para permitir eficaz ventilação interna;

c) possua pé direito mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);

A altura livre entre uma cama e outra é, no mínimo, de 0,90m (noventa centímetros).

Instalações sanitárias:

e) não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições;

i) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros);

j) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um


deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto de trabalho aos
gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.

Lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo
de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1
(uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração.

O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) deve ter área mínima de
1,00m2 (um metro quadrado);
A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80m2 (oitenta
centímetros quadrados), com altura de 2,10m (dois metros e dez centímetros) do piso.

Os alojamentos dos canteiros de obra devem:

f. ter área mínima de 3,00 (três metros) quadrados por módulo cama/armário,
incluindo a área de circulação;

g. ter pé-direito de 2,50 (dois metros e cinquenta centímetros) para cama simples e de
3,00m (três metros) para camas duplas;

É proibido o uso de 3 (três) ou mais camas na mesma vertical. A altura livre permitida
entre uma cama e outra e entre a última e o teto é de, no mínimo, 1,20m (um metro e
vinte centímetros).

É obrigatório no alojamento o fornecimento de água potável por meio de bebedouros,


na proporção de 1 (um) para cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores ou fração.

Refeitório:

l) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros).

Fundações

Normalmente as vigas baldrames são executadas em um nível abaixo do piso acabado


(no mínimo 20 cm). Sobre as fundações e vigas baldrames é executado a alvenaria de
embasamento de modo a permitir os diferentes níveis de piso mantendo o baldrame
nivelado, também tem a função de possibilitar a passagem de tubulações sem prejuízo
de danificar o baldrame, contenção lateral para aterros dos pisos e receber a camada
impermeabilizante do alicerce.
Baldrames:

- Marcação do eixo e faces laterais no terreno;

- Escavação até a cota de apoio prevista (desprezar a cobertura da capa vegetal);

- Verificação se o solo previsto para a cota de apoio é compatível com a capacidade de


carga estimada;

- Execução de forma lateral (se preciso);

- Concretagem;

- Execução da impermeabilização – evitar pontes de umidade;

- Execução do aterro compactado; e

- Execução da sequência normal das atividades posteriores.

Sapatas/blocos:

- Marcação do eixo e faces laterais no terreno (base da sapata);

- Escavação da sapata (com ou sem escoramento lateral);

- Verificação se o solo previsto para a cota de apoio é compatível com a capacidade de


carga do projeto;

- Execução do lastro para apoio da base da sapata;


- Execução da forma da base da sapata;

- Colocação de guias de madeira para a ferragem do pilarete de fundação;

- Colocação das ferragens da base e ferragens dos pilaretes;

- Limpeza do fundo da sapata;

- Concretagem – concretagem do fundo (concreto vibrado) e posterior concretagem do


tronco de pirâmide da sapata (dispensável uso de forma de madeira – concreto não
vibrado); e

- Desforma e reaterro.

Tubulões: são fundações profundas a céu aberto, também chamadas de estacas de


grandes diâmetros. O sistema de escavação pode ser manual ou mecânico. Em ambos
os casos, o poço é aberto até encontrar terreno firme, onde, então, a base é alargada
para a concretagem da base do tubulão. A escolha do tipo de tubulão é feita em
função do tipo de terreno a ser penetrado, da posição do nível d’água, do custo e do
prazo disponível para a execução das fundações. Tubulão a céu aberto – pode ser
usado em terreno suficientemente coesivo e acima do nível d’água, dispensando o
escoramento.

- Transferência do eixo do tubulão para o terreno;

- Marcação da circunferência que delimita o fuste;

- Escavação do fuste até a cota de apoio do tubulão (cota prevista) – verificação


permanente do prumo;

- Verificação se o solo na cota prevista é compatível com a capacidade de carga do


projeto;

- Liberação para a abertura da base ou continuação no avanço da escavação até o solo


compatível com a capacidade de carga do projeto; -

Abertura da base do tubulão;

- Liberação para a concretagem;

- Concretagem – observar cuidados com a concretagem do tubulão;


- Colocação da ferragem de espera para o bloco de transição; e

- Final da concretagem.

Tubulão tipo Chicago – o poço é aberto por etapas. Numa certa profundidade,
colocam-se pranchas de escoramento mantidas na posição por travamentos de anéis
metálicos. Escorado o novo trecho, escava-se o novo terreno escorando-se como
anteriormente, repetindo-se esta sequência até atingir o terreno onde será feita a
base.

Tubulão pneumático – utilizados em terrenos com muita água, mantendo-a afastada


da câmara de trabalho por ar comprimido. A execução de um tubulão a ar comprimido
difere conforme se use o método clássico, com elementos de concreto ou o
equipamento benoto, com tubos de aço.

Estacas de madeira – empregadas somente em terrenos saturados e abaixo do nível


de água subterrâneo, que condicione sua total imersão.

Para a cravação das estacas, o processo mais usual é o emprego do bate estaca os
quais podem ser divididos de acordo com o martelo usado, nos seguintes grupos: bate-
estacas de gravidade de simples efeito e de duplo efeito. Bate-estacas de gravidade
são aqueles cuja energia para cravação da estaca é transmitida à mesma pela queda
livre de um peso (martelo ou macaco) a uma altura determinada. No final da cravação
é feita a NEGA, isto é, a penetração da estaca para os dez últimos golpes, medindo-se
o quanto a estaca deve entrar. Com isso, constata-se se todas as estacas estão
atingindo determinada camada resistente e obtêm-se dados para o cálculo da
capacidade de carga.

Tipo strauss – são estacas com moldes fechados, cravados e recuperados. O tubo de
molde é enterrado procedendo-se à perfuração do terreno por meio de um balde com
ponta de janela. Enche-se o tubo de concreto em trechos de 0,5 a 1,0m que são
socados com um pilão à medida que se vai extraindo o molde. Armadura opcional.

Tipo franki – base alargada, totalmente armada.


Estaca Raiz - Estaca armada e preenchida com argamassa de cimento e areia, moldada
in loco executada através de perfuração rotativa ou rotopercussiva, revestida
integralmente, no trecho em solo, por um conjunto de tubos metálicos recuperáveis.

Estaca hélice: armação inserida após a concretagem.

Alvenaria

O serviço é iniciado pelos cantos após o destacamento das paredes (assentamento da


primeira fiada), obedecendo o prumo de pedreiro para o alinhamento vertical e o
escantilhão (régua graduada) no sentido horizontal. Se as marcações das fiadas estão
niveladas, o nivelamento é automático. Mesmo assim, é importante a conferência do
nível a cada três ou quatro fiadas assentadas. Da mesma forma, deve-se proceder com
a verificação do prumo.

Deve-se deixar um pequeno vão entre a alvenaria e a viga estrutural. Isso porque se
elevá-las até o final pode ocorrer um destacamento da alvenaria da estrutura por
causa da acomodação entre as diversas fiadas da alvenaria, além da acomodação
estrutural. Para prevenir tal situação, a alvenaria é interrompida cerca de 20 cm antes
do encontro com a viga. Após o período de cura do assentamento da alvenaria e ainda
depois do adicionamento das cargas principais do pavimento superior, no caso de
prédios de diversos pavimentos, procede-se ao fechamento desse vão que é o
chamado “encunhamento”. O preenchimento do vão pode ainda ser executado com o
uso de espuma expansiva de poliuretano e, nesse caso, o vão entre a alvenaria e a viga
não deve ser superior a 3 cm.

Concreto

hhhh
Estruturas Metálicas

Para reduzir a queda de pessoas e objetos, é conveniente reduzir também os trabalhos


de união de peças nas alturas, realizando o maior número de junções antes do
içamento.

As estruturas metálicas de edifícios perdem a resistência quando submetidas ao fogo.


Todos os edifícios de vários pavimentos feitos em estrutura metálica devem ser
protegidos contra o fogo. A proteção pode ser feita envolvendo o perfil com outro
material que retarde a exposição do mesmo às altas temperaturas.

A execução consistirá na fixação das peças entre si e com a infraestrutura (fundações).


Dessa forma, todos os elementos como estacas, vigas de baldrame ou mesmo sapatas
deverão já ter sido devidamente locados, executados e prontos para servir de suporte.

Impermeabilização

Os impermeabilizantes são classificados segundo o material constituinte principal da


camada impermeável, a saber: cimentícios, asfálticos e poliméricos (ex.: membrana
elastomérica de policloropreno e polietileno clorossulfonado);

Classificação dos sistemas quanto à flexibilidade – são classificados em sistemas


rígidos e flexíveis.

Classificação dos sistemas quanto à forma de sua apresentação – são classificados em


sistemas moldados no local (membranas) e sistemas pré-fabricados (necessitando de
soldagem ou colagem).

Classificação dos sistemas quanto à exposição ao intemperismo: resistentes, auto-


protegidos (possuem camada de autoproteção incorporada) e pós-protegidos
(recebem camadas sobrepostas, como proteção mecânica primária).
O sistema de impermeabilização deve atender às exigências de desempenho,
compatíveis com as solicitações previstas em projeto, tais como:

• Resistir às cargas estáticas e dinâmicas;

• Resistir aos efeitos dos movimentos de dilatação e retração do substrato e dos


acabamentos ocasionados por variações térmicas;

• Resistir à degradação ocasionada por influências climáticas, térmicas, químicas ou


biológicas decorrentes da ação da água, gases ou ar atmosférico;

• Resistir à água e às pressões hidrostáticas, de percolação, coluna d’água e umidade


do solo;

• Apresentar resistência e estabilidade físico-mecânica;

• Apresentar vida útil compatível com as condições previstas em projeto;

Após a execução da impermeabilização deve ser efetuado um ensaio para verificação


de falhas. Entre os ensaios, destacamos:

• Teste com lâmina de água (72h);

• Teste com equipamentos eletrônicos, termografia, etc

Reitera-se que os ensaios não destrutivos por meio da termografia devem


complementar os ensaios de estanqueidade além das observações dos projetistas,
equipes de fiscalização e executores/aplicadores de impermeabilização das
construções e edificações.

Programação de obras

O planejamento da construção consiste na organização para a execução, e inclui o


orçamento e a programação da obra. O orçamento contribui para a compreensão das
questões econômicas e a programação é relacionada com a distribuição das
atividades no tempo.
O planejamento de longo prazo é mais geral, com baixo grau de detalhamento,
considerando as grandes definições, tais como emprego de mão de obra própria ou
terceirizada, nível de mecanização, organização do canteiro de obra, prazo de entrega,
forma de contratação (preço de custo ou empreitada), e relacionamento com o cliente.
Esse nível é utilizado para a compreensão da obra e tomada de decisões de nível
organizacional (gerência da empresa).

No nível de planejamento de médio prazo trabalha-se com atividades ou serviços a


serem executados nos 4 a 6 meses seguintes. Nesse nível de planejamento a atenção
está voltada para a remoção de empecilhos à produção, através da identificação com
antecedência da necessidade de compra de materiais ou contratação de empreiteiros
(“lookahead planning”).

O planejamento de curto prazo visa à execução propriamente dita. Esse planejamento


desenvolve uma programação para um horizonte de 4 a 6 semanas, detalhando as
atividades a serem executadas. Nesse caso, já há a garantia do fornecimento de
materiais e mão de obra, bem como o conhecimento do ritmo normal da obra.É
comum medir a qualidade desse plano através da medição do Percentual de Planos
Concluídos (PPC), com a identificação das causas das falhas.

Há uma relação próxima entre o prazo de execução e o custo da obra, em função das
limitações dos clientes. Os recursos disponíveis mensalmente podem definir um prazo
mínimo para a obra. Por outro lado, o prazo da obra implica em alguns custos fixos
mensais, tais como aluguéis de equipamentos e mão de obra envolvida na organização
(mestres, técnicos, engenheiros ou arquitetos responsáveis pela execução). Desta
forma, é importante examinar os condicionantes gerais, desenvolvendo um plano geral
para a obra, o qual posteriormente será detalhado.

A programação de curto prazo (detalhada) é necessária por dois motivos: técnico e


financeiro. É importante ordenar corretamente as atividades, para que seja possível
adquirir, contratar ou alugar os materiais, a mão-de-obra e os equipamentos
necessários no momento adequado. Realizar estas atividades depois do momento
significa atrasar a obra. Realizar antes significa desperdiçar materiais (perdas no
armazenamento), pagar mão-de-obra ou equipamentos ociosos ou ainda empregar
recursos que geralmente não estão disponíveis ou que poderiam ser melhor aplicados.

Existem basicamente dois métodos para a programação de obras: PERT-CPM e Gantt.


Para seu emprego, deve-se saber as quantidades totais de cada serviço a ser
executado e suas durações (baseadas principalmente no consumo de mão-de-obra).

Quando se realiza a programação, precisa-se dividir ou agrupar os serviços, de acordo


com a forma como serão executados. Os que serão executados de forma intermitente
e simultânea devem ser divididos (estrutura de concreto, pisos, alvenaria,
revestimentos), enquanto que os de execução contínua devem ser agrupados
(instalações hidráulicas e elétricas). Assim, é preciso retrabalhar o orçamento,
adaptando-o para a programação. Após estas modificações, não há mais a divisão em
serviços, mas em atividades.

Sinapi

Custos Indiretos é o custo da logística, infraestrutura e gestão necessária para a


realização da obra. Corresponde à soma dos custos dos serviços auxiliares de apoio à
obra para possibilitar a sua execução. São os custos previstos para a Administração
Local, Mobilização e Desmobilização, Seguros, Custos Comercias e outros.

Despesas Indiretas são despesas decorrentes da atividade empresarial que incidem de


forma percentual sobre os custos da obra. Trata-se de recursos destinados ao
pagamento de tributos; ao rateio dos custos da administração central; à remuneração
ao construtor pela assunção de riscos do empreendimento; e à compensação de
despesas financeiras ocasionadas pelo descompasso entre gasto, medição e
recebimento.

Para que seja possível a realização do orçamento sem o conhecimento prévio de quem
irá executar a obra, o profissional deverá valer-se de referências estabelecidas de
produtividade e preço disponíveis em publicações técnicas, e padrões aceitáveis para
estimar a Administração Central, a tributação e o lucro do construtor.
Insumos: elementos básicos da construção civil (materiais, equipamentos e mão de
obra).

Uma Composição Unitária é a descrição e quantificação de cada insumo e composição


auxiliar empregados para se executar uma unidade de serviço. Deve conter os nomes
dos seus elementos, as unidades de quantificação e os indicadores de consumo e
produtividade (coeficientes).

Segundo o acordo de cooperação vigente entre IBGE – Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística – e a CAIXA para a gestão do SINAPI, cabe a cada uma das
instituições no que diz respeito aos insumos, as seguintes responsabilidades:

- Sinapi: definição e atualização das especificações técnicas dos insumos;


definição de conjuntos de famílias com as especificações dos insumos que as
compõem.
- IBGE: coleta mensal de preços de insumos; coleta extensiva, para subsidiar a
revisão das famílias homogêneas, revisão de coeficientes e formação de novas
famílias de insumos.

Os insumos do SINAPI são organizados em famílias homogêneas (ex: Família de tubos


em PVC para esgoto predial), para as quais é selecionado o insumo mais recorrente
(ex: 9863 - TUBO PVC SERIE NORMAL - ESGOTO PREDIAL DN 100MM - NBR 5688) como
insumo representativo, sendo os demais da mesma família denominados
representados. O preço dos insumos representativos é coletado mensalmente, e os
preços dos demais insumos são obtidos por meio da utilização de coeficientes de
representatividade, que indicam a proporção entre os preços dos chefes de família
(insumos representativos) e os preços de cada um dos demais insumos da família.Esses
coeficientes são obtidos em coletas extensivas, nas quais são coletados todos os
preços dos insumos de determinadas famílias.

Cada composição aferida apresenta coeficientes determinados estatisticamente a


partir de amostra composta por, no mínimo, 10 diferentes obras representativas do
território nacional, constituída de medições diárias pelo prazo mínimo de 5 dias em
cada uma.
IMPRODUTIVIDADE: Parcela de tempo inerente ao processo construtivo, portanto
representada nos coeficientes das composições.

OCIOSIDADE: Parcela de tempo prescindível, cujo impacto é desconsiderado nas


composições.

A metodologia de aferição prevê a identificação dos fatores que impactam na


produtividade (mão de obra e equipamentos) e consumo (materiais) de cada grupo de
serviços. Esses fatores são os elementos que caracterizam e diferenciam as
composições dentro do Grupo. Para representá-los de forma mais apropriada,
facilitando ao usuário a escolha da composição mais apropriada ao seu caso específico,
têm-se as chamadas Árvores de Composições para cada Grupo de serviços similares.

Caderno técnico - documento que apresenta seus componentes e suas características,


os critérios para quantificação do serviço, os critérios de aferição, as etapas
construtivas, além de normas e demais referências bibliográficas. Não substituem os
Cadernos de Encargos, de responsabilidade da contratante, apenas descrevem a
técnica construtiva observada e registram as condições detectadas nas obras que
serviram de base para a apresentação dos insumos e indicadores das composições.
Engenharia de Avaliações

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