Patrulhamento A Pé - Comunicação Organizacional

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DÉCIMA SEGUNDA REGIÃO DA POLÍCIA MILITAR


196ª CIA ENSINO E TREINAMENTO

COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
Patrulhamento a pé

SÍNTESE: Trabalho apresentado na disciplina


de Comunicação Organizacional, no âmbito da
Turma “A”, para obtenção de créditos e
aprovação no Curso de Formação de Soldados
(CFSd/2020-Interior).
INSTRUTOR: Cel Laurito Reis

DOUGLAS EMANUEL CARDOSO FIGUEREDO, SD 2ª CL PM – Número de Curso 6


LUIZA CARVALHO DE OLIVEIRA MIRANDA, SD 2ª CL PM – Número de Curso 18
MARLON BARROSO SILVA, SD 2ª CL PM – Número de Curso 19
NILTON FACCINI NETO, SD 2ª CL PM – Número de Curso 20
OTAVIO MONTEIRO LEITE, SD 2ª CL PM – Número de Curso 21
PATRICIA FERREIRA DE LIMA, SD 2ª CL PM – Número de Curso 22
SOLANGE APARECIDA RIBEIRO, SD 2ª CL PM – Número de Curso 25

Ipatinga, Minas Gerais


Dezembro de 2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................4
3 CONCLUSÃO........................................................................................................................5
REFERÊNCIAS........................................................................................................................6
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1 INTRODUÇÃO

No Brasil dos anos 80 podíamos observar com frequência em logradouros públicos


famílias inteiras passeando com total tranquilidade e segurança. Essa sensação de liberdade
garantida refletia-se do cotidiano das capitais até o final da década de 70. A partir de então, o
Brasil passou a ser alvo de iminente criminalidade, culminando num crescimento de índices
espantosos. A ascensão do tráfico de drogas foi um dos fatores que mais contribuiu para esse
incremento. Não se nega a influência dos fatores socioeconômicos no aumento da
criminalidade e da violência, porém não obstante, não seriam só estes os fatores determinantes
para uma avaliação crítica sobre o problema.
Pensando nisso, a Polícia Militar de Minas Gerais resolveu implantar uma outra
filosofia, a da Polícia Comunitária, adotada no ano de 1993, quando assim o Comando - Geral
fez publicar a Diretriz de Planejamento de Operações n° 3008, a fim de normatizar o assunto.
As medidas adotadas pela polícia comunitária são esforços empreendidos ao sentido de dar
um atendimento mais eficaz à questão da segurança pública mantendo a sintonia com um
modelo de administração pública gerencial, trazendo pra perto a polícia da comunidade, o que
antes não existia sob hipótese alguma, onde dominava a filosofia isolacionista.
Dentro dessa nova filosofia veio o emprego do policiamento a pé, criado com a
intenção de aumentar a sensação de segurança da população em Belo Horizonte,
especialmente nas áreas caracterizadas pelo alto fluxo de pessoas e da alta incidência de
criminalidade. O patrulhamento a pé consiste essencialmente no policiamento feito por
duplas, hoje em dia tal patrulhamento pode ser visto em centros comerciais, áreas
residenciais, praças públicas, pontos turísticos, entre outros locais de grande movimentação de
pessoas. Essas patrulhas são realizadas respeitando-se os itinerários contidos nos cartões
programa, que por sua vez são embasados na análise criminal realizada pelo serviço de
inteligência da Polícia Militar. É o serviço prestado pela polícia militar que confere maior
proximidade com as pessoas, ao mesmo tempo que previne a criminalidade através da
presença ostensiva.
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2 DESENVOLVIMENTO

O Policiamento Ostensivo a pé ou patrulhamento a pé como hoje é denominado é um


resquício de ação preventiva executada pela Polícia Militar. Com as diferentes formas e
intensidades dos crimes, as instituições militares tiveram também de desenvolver outras
maneiras de atuar, o que resultou em diversas novas modalidades no policiamento, que em sua
essência possui caráter repressivo. Com isso o policiamento a pé, que é a mais tradicional e
antiga forma de policiamento preventivo acabou se tornando um mero resquício desse tipo de
serviço. O policiamento a pé, graças à sua maior aproximação com os destinatários desse
empenho, e pela facilidade de acesso à locais que outra modalidade de policiamento não
alcançaria, é a mais eficaz forma de atuação na prevenção de crimes em centros comerciais.
Esse tipo de patrulhamento, com a aproximação da comunidade local, facilita a comunicação
e interação com a sociedade, mecanismos como o diálogo tem fortalecido ainda mais essa
interação, o que favorece na obtenção de informações. O patrulhamento a pé realça a
prevenção de crimes, trazendo segurança para a sociedade.
A presença policial é uma política de segurança pública que fortalece a eficácia de
incolumidade das pessoas e do patrimônio, garantindo a ordem pública. O policial em si já é
um promotor de relações públicas, somente pelo fato de estar fardado, por isso é essencial que
ele interaja com o público de forma respeitosa e cortês, de forma a promover e elevar a
imagem da Polícia Militar. Essa ação gera uma espécie de círculo vicioso do bem, onde o
policial promove a imagem da instituição, que acaba por gerar confiança nas pessoas,
facilitando o trabalho do mesmo e a diminuição da criminalidade aparece como consequência.
Outro fator que deve ser levado em consideração é que o policiamento nas cidades deve ser
disposto de forma a se tornar visível, principalmente pelas pessoas de bem, pois a
transparência da organização materializa-se na abordagem rigorosa do desvio comportamental
e na produção de diagnósticos e disponibilização de dados, sem transformá-los ao critério das
conveniências. Um dificultador presente é o tamanho do efetivo do patrulhamento a pé, que
poderia ser maior, e não é, por falta de política pública que resulta na falta de recursos
humanos e financeiros; comprometendo a demanda de pessoal.
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3 CONCLUSÃO

Por conseguinte, o governo estadual deve investir em recursos humanos e logísticos


para suprir a ausência de policiais militares nas ruas, não necessariamente somente em
patrulha a pé, mas em todos os portifólios, fazendo necessário a criação de mecanismos de
políticas de segurança pública.
Fica evidente que o policiamento ostensivo é nossa razão existencial uma vez que
está previsto na Constituição Federal em seu artigo 144, em se tratando do policiamento a pé
fica mais do que evidente essa atuação do militar a pé, ainda que menos ágil do que demais
portifólios, uma característica é a facilidade da interação entre a Polícia Militar e a
comunidade, pela sua maior proximidade do militar ali postado com o cidadão de bem,
trazendo sensação de segurança objetiva e subjetiva, pautada principalmente na prevenção
inibindo o surgindo de ações delituosas, bem como reduzindo riscos e garantindo a paz social.
Um dos problemas do lançamento deste portifólio, que apesar de ser classificado
como essencial, é que o número de policiais militares, vem diminuindo a cada ano, ocorrendo
uma grande evasão de militares da ativa, bem como o ingresso de novos policias militares não
suprem essa carência, gerando um déficit enorme nos quadros da PMMG. Entretanto, os
comandantes sempre presam por este portifólio, principalmente em datas comemorativas do
comércio, exemplo prático é o lançamento do efetivo da atividade meio na operação natalina
no policiamento a pé, aproximando a comunidade da instituição.
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REFERÊNCIAS

CAMARGO, C. A. de. Polícia comunitária como instrumento democrático para a Segurança


Pública. In: FÓRUM INTERNACIONAL DE POLÍCIA COMUNITÁRIA E DIREITOS
HUMANOS, 1., 1999, São Paulo. Anais do Fórum e do Congresso. São Paulo: Polícia Militar
do Estado de São Paulo, 1999.

CEL BATISTA PMPB. Abriosa: Registros históricos da PMPB, 2014. O Policiamento


Ostensivo a pé: resquício de ação preventiva. Disponível em: < http://abriosa.com.br/o-
policiamento-ostensivo-a-pe-resquicio-de-acao-preventiva/> Acesso em: 14 de dezembro de
2020.

FONSECA, Molise Zimmermann. O policiamento a pé em áreas comerciais como estratégia


da Polícia Comunitária na cidade de Belo Horizonte. Monografia apresentada à Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e à Academia de Polícia Civil de Minas
Gerais (ACADEPOL-MG), para aprovação no Curso de Pós-graduação em
Criminologia/2005. Belo Horizonte, 2006.

MINAS GERAIS, Resolução n° 4827, de 26 de agosto de 2019. Dispõe sobre o portfólio de


serviços da polícia militar de minas gerais. Disponível em: <
https://ementario.policiamilitar.mg.gov.br/principal > Acesso em: 14 de dezembro de 2020.

SOUZA, Renato Vieira da. Entrevista para a monografia. In: FONSECA, Molise
Zimmermann. O policiamento a pé em áreas comerciais como estratégia da Polícia
Comunitária na cidade de Belo Horizonte. Monografia apresentada à Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e à Academia de Polícia Civil de Minas Gerais
(ACADEPOL-MG), para aprovação no Curso de Pós-graduação em Criminologia/2005. Belo
Horizonte, 2006.

TROJANOWICZ. Robert; BUCQUEROUX. Bonnie. Policiamento Comunitário – Como


Começar, 2ª ed. Rio de Janeiro: Biblioteca da Polícia Militar, 1999.

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