Dissertação em Mestrado de Saúde
Dissertação em Mestrado de Saúde
Dissertação em Mestrado de Saúde
Vassouras
2019
RICARDO LAJOVIC SAFATLE
Orientador:
Prof. Dr. Bruno Monteiro Tavares Pereira, Universidade de Vassouras
Doutor pela Universidade Estadual de Campinas, Brasil
Co-orientador:
Prof. Dr. Carlos Eduardo Cardoso, Universidade de Vassouras
Doutor pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Brasil
Vassouras
2019
RICARDO LAJOVIC SAFATLE
Banca Examinadora:
Orientador:
Prof. Dr. Bruno Monteiro Tavares Pereira, Universidade de Vassouras
Doutor pela Universidade Estadual de Campinas, Brasil
Vassouras
2019
DEDICATÓRIA
Dedico essa obra aos seres humanos que morreram nos conflitos ao longo da história de nossa
espécie, que não foram identificados ao falecerem, não puderam voltar ao aconchego de seu lar e se
despediram de sua vida, mesmo que no anonimato, como verdadeiros heróis, em sua maioria
defendendo o interesse de sua nação e a liberdade de seu povo. Aos dignos heróis, que descansam no
sono eterno, nos diversos túmulos dos soldados desconhecidos, que estão em várias cidades ao redor
do globo terrestre e, no caso de nossos pracinhas da FEB, repousam no aterro do flamengo, na cidade
do Rio de Janeiro – RJ, no Túmulo do Soldado Desconhecido das Forças Armadas Brasileiras.
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha esposa pelo amor e pelo cotidiano e por sempre estar ao meu lado e me
apoiar em todas as decisões profissionais e acadêmicas.
Agradeço ao meu pai e à minha mãe pelo amor, pelo eterno cuidado e pela oportunidade
ofertada com a provisão dos estudos, o que fez com que eu tivesse condição de estar galgando mais
um degrau acadêmico.
A Coronel Médica Dra. Carla Maria Clausi, Subdiretora de Saúde Operacional da Diretoria de
Saúde do Exército Brasileiro pela revisão técnica em saúde/medicina militar do presente trabalho.
Aos colegas de trabalho, pela convivência diária nas jornadas de trabalho integral e à
disposição permanente do comando militar em prol da defesa da soberania de nossa pátria.
À memória do Marechal Médico Dr. Emmanuel Marques Porto, pela atuação e coragem junto
ao 1º Batalhão de Saúde da Força Expedicionária Brasileira no Teatro de Operações italianos durante
a 2ª Guerra Mundial, herói de guerra brasileiro, assessor de saúde do Comando Militar durante a
Guerra, que mostrou o caminho do dever para as gerações de militares de saúde que o sucederam,
deixando, também, como legado a Academia Brasileira de Medicina Militar.
EPÍGRAFE
Objetivo: Mostrar as atividades realizadas pelo Serviço de Saúde do Exército Brasileiro durante a
missão do 26º Batalhão Brasileiro de Infantaria de Força de Paz (BRABAT 26).
Conclusão: Foi adquirida muita experiência para o Serviço de Saúde do Exército durante o
cumprimento da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH),
principalmente com a utilização real do Destacamento de Resposta Inicial (DRI) pelo contingente
militar do BRABAT26, no decorrer da passagem do Furacão Irma pelo país. Essa experiência pode
ajudar o país em atuação na abordagem de situações de Catástrofe/Desastre dentro e fora do território
nacional.
Introduction: An account of the experiences of a Brazilian Army Medical Officer on the role of the
Brazilian Army Health Service in a United Nations Organization Mission in Haiti in 2017.
Objective: To show the activities carried out by the Health Service of the Brazilian Army during the
mission of the 26th Brazilian Battalion of Peacekeeping Infantry (BRABAT 26).
Method: Handwritten description, collection and storage of data during the whole period of the
mission involving the Brazilian Army Health Service, and subsequent data collection by the Brazilian
Army, by the Ministry of Defense and other news channels.
Results: Several medical procedures, currently widely used in health care facilities throughout the
world, were initially used during civil and military casualties during combat in armed conflicts by
military health services. In the present study, the Brazilian troop performance during a disaster
situation is reported, and some selected situations of emergency care at the Level 1 Medical Unit
(UMN1) are presented.
Conclusion: Much experience was gained for the Army Health Service during the implementation of
the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH), mainly with the actual use of the
Initial Response Detachment (DRI) by the BRABAT military contingent26 during the passage of
Hurricane Irma across the country. This experience can help the country in its approach to disaster /
disaster situations inside and outside the country.
Key-words: Army Health Service; Operative Medicine; UN Peace Mission; Emergency Medicine;
Medical Disaster Response.
LISTA DE FIGURAS
57
Figura 01: American Journal of Disaster Medicine. 2019. Manuscript # AJDM19-187. Submit
2019 Mar 31. Lessons Learned From The Brazilian Army Advanced Disaster Assessment &
Preparedness Team (ADAPT) on Hurricane Irma in Haiti.
58
Figura 02: Trabalho (Apresentação Oral Curta) apresentado no Congresso Brasileiro de Saúde
Coletiva, na Fiocruz – Rio de Janeiro, em 2018. (https://proceedings.science/saude-coletiva-
2018/papers/atendimento-de-saude-diversos-a-grupo-de-brasileiros-no-exterior).
59
Figura 03: Trabalho (Pôster) apresentado no Congresso Mundial de Medicina Militar em Nova
Deli – Índia, em 2017, pelo Mestrado da Universidade Severino Sombra. (http://www.cimm-
icmm.org/images/Rapport42emeCongresMondialInde2017/Abstract_book_42ndICMMWorldCon
gress_India2017.pdf).
60
Figura 04: Pesquisa de Campo. Certificado de participação da MINUSTAH. (Autor do trabalho
se encontra presente em foto do artigo “O BRABAT 26 e o Destacamento de Resposta Inicial
(DRI) para avaliação de desastres”, na figura 09, página 85, na Revista Doutrina Militar Terrestre
em revista, outubro a dezembro 2017, Edição Temática: “Brasil no Haiti, um caso de sucesso
(2004 – 2017)”. Site:
http://ebrevistas.eb.mil.br/index.php/DMT/article/download/873/916/.
67
Figura 12: Trabalho (Pôster) apresentado no Congresso Brasileiro de Medicina de Emergência,
na PUC de Porto Alegre – RS, em 2016. (http://abramede2018.com.br/2016/show-
trabalho.php?id=378).
68
Figura 13: Trabalho (Pôster) apresentado na Conferência Mundial de Médicos de Família e
Comunidade (WONCA) no Rio Centro, Rio de Janeiro, em 2016.
(https://proceedings.science/wonca/autores/ricardo-lajovic-safatle?lang=es).
69
Figura 14: Trabalho (Pôster) apresentado na Conferência Mundial de Médicos de Família e
Comunidade (WONCA), no Rio Centro, Rio de Janeiro, em 2016.
(https://proceedings.science/wonca/autores/ricardo-lajovic-safatle?lang=es).
70
Figura 15: Trabalho (Pôster) apresentado na Conferência Mundial de Médicos de Família e
Comunidade (WONCA), no Rio Centro, Rio de Janeiro, em 2016.
(https://proceedings.science/wonca/autores/ricardo-lajovic-safatle?lang=es).
Figura 16: Símbolo e Nome da Divisão de Saúde do 5º Batalhão de Infantaria Leve Aeromóvel – 71
Lorena – SP.
LISTA DE FOTOS
Quadro 02: Os vinte e cinco casos mais comuns de atendimento no período estudado. 11
Quadro 03: Casos de trauma mais comuns em atendimentos de emergência no período estudado. 12
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 04: Instrução sobre Sistema de Saúde dentro dos Estabelecimentos de Ensino Militar. 15
Gráfico 06: Instrução sobre Atendimento Pré-Hospitalar dentro dos Estabelecimentos de Ensino 16
militar.
Gráfico 08: Instrução sobre Atenção Primária à Saúde dentro dos Estabelecimentos de Ensino 17
Militar.
1 CONTEXTO ...................................................................................................................... 01
3 METODOLOGIA............................................................................................................... 05
4 RESULTADOS.................................................................................................................. 06
5 RELATO DA EXPERIÊNCIA........................................................................................... 19
6 DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 54
ANEXO.............................................................................................................................. 57
APÊNDICE......................................................................................................................... 72
1- CONTEXTO
O Haiti fica na Ilha Hispaniola, descoberta por Cristóvão Colombo em 1492, cedido pela
Espanha à França em 1697, tornando-se importante exportador de açúcar na região caribenha.
Primeiro país das Américas a abolir a escravidão negra, em 1794 – após revolta dos escravos – e, em
1803, conseguiu ganhar a guerra contra os franceses, conquistando sua independência em 1804,
sendo o segundo país livre das Américas e a primeira nação negra independente do mundo.
Sua história de nação livre tem sido marcada por disputas internas, golpes de estado e
violência. A capital é Porto Príncipe e a população do país é estimada em mais de 10 milhões de
habitantes. Em relação à condição de vida, cerca de 80% da população haitiana vive abaixo da linha
da pobreza. No âmbito da saúde, além dos problemas decorrentes da falta de saneamento e da
contaminação das fontes de água, aproximadamente 6% dos adultos estão infectados com o vírus da
AIDS. Em 12 de janeiro de 2010, por volta das 19h50min (horário de Brasília), um terremoto de 7.3
na escala Richter atingiu o Haiti, afetando 2 milhões de pessoas, deixando 1 milhão de desabrigados
e 250.000 mortos, dos quais 101 eram integrantes da MINUSTAH, entre eles 18 militares brasileiros.
Faleceu, também, no episódio, a médica pediatra e sanitarista brasileira Dra. Zilda Arns Neumann. A
maior parte dos haitianos atingidos no terremoto de 2010 vive ainda hoje em acampamentos
improvisados.
1
A política atual no Haiti caracteriza-se por ser uma República Presidencialista e possui
Assembleia Nacional.
A experiência realizada por meio da MINUSTAH alerta para o fato de que assuntos como
motivação profissional, pessoal e financeira, análise do tempo imprevisível no Teatro de Operações
e adaptação pessoal ao Teatro de Operações – por meio de ingestão de líquidos, uso de repelentes,
protetor solar, o confinamento e a forma de lidar com as restrições, a falta de liberdade, a saudade, o
cansaço, o estresse, a adaptabilidade para viver em grupo, pertencer a uma comunidade, partilhar
hábitos, intimidade, manias e tolerar diferenças individuais sob regime militar - são imprescindíveis
para reflexão de cada militar que pleiteia ir para uma missão de paz como voluntário, por meio do
processo de seleção de efetivo de recursos humanos militares pelo seu país6.
2
comunicação em excesso, pois isso leva ao isolamento em relação às pessoas da comunidade da
missão.
Prováveis estressores da missão podem ser, a título de exemplo, distância da família, falta
de privacidade na Base, tempo da missão, falta de poder para mudar as circunstâncias de vida da
população local, problemas de relacionamento interpessoal na Base, permanecer neutro, apesar de
provocação da população local6.
3
2- OBJETO DA EXPERIÊNCIA
4
3- MÉTODOS
Os dados para pesquisa foram adquiridos por meio de compilação dos Códigos
Internacionais de Doenças – Décima Edição (CIDs-10), com rascunho de quadro feito à mão durante
realização da missão em Porto Príncipe, digitalizados; questionário aplicado ao público militar, com
resultado de coleta de dados de 24 voluntários participantes; utilização da Revista do BRABAT 26 e
demais manuais militares relacionados à missão de paz, fornecidos pelo Exército Brasileiro e
Ministério da Defesa do Brasil (MD); e busca de artigos científicos e capítulos de livros relatando
assuntos de desastres naturais e do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro em missões no exterior,
pela ONU. Durante análise dos prontuários médicos, livros de gabinete médico e livro de passagem
do serviço médico da UMN1, foram evidenciados, ao total do cumprimento da missão, 516
atendimentos médicos diversos, em período de 4 meses, entre junho e setembro de 2017, com 106
CIDs diferentes, dos quais 61 se repetiram mais de uma vez. O que apareceu com maior frequência
repetiu-se 58 vezes. Não há registro, na presente amostra, dos atendimentos dos profissionais que
também compunham a equipe nas áreas de Odontologia, Farmácia, Fisioterapia, Enfermagem,
Psicologia, dos procedimentos de controle da Saúde Pública pela Medicina Veterinária e dos
atendimentos médicos das Bases Companhia de Engenharia de Força de Paz (BRAENGCOY),
Destacamento Operativo de Fuzileiros Navais (BRAMAR), Hospital Militar de Campanha da Força
Aérea da Argentina (ARGHOSP) e dos militares do BRABAT ocupando Bases nas cidades de Cap
Haitien e Fort Liberté, ofertando saúde aos integrantes da operação de segurança e engenharia
durante a desmobilização dos Batalhões do Chile (CHIBAT), do Peru e do Uruguai (URUPERBAT)
e do Nepal, trabalhando em conjunto com militares e civis do Canadá, Estados Unidos, Bangladesh e
Marrocos.
5
4- RESULTADOS
18 M54 Dorsalgia.
17 R51 Cefaleia.
6
7 J01 Sinusite aguda.
7 K30 Dispepsia.
5 M543 Ciática.
4 H10 Conjuntivite.
4 K590 Constipação.
4 M436 Torcicolo.
7
4 T784 Alergia não especificada.
3 M79 Outros transtornos dos tecidos moles, não classificados em outra parte.
3 R05 Tosse.
8
1 B001 Dermatite vesicular devido ao vírus do herpes.
1 H110 Pterígio.
1 J437 Enfisema.
9
1 N459 Orquite, epididimite e epidídimo-orquite, sem menção de abscesso.
1 R040 Epistaxis.
10
Quadro 02: Os vinte e cinco casos mais comuns de atendimento no período estudado.
18 M54 Dorsalgia.
17 R51 Cefaleia.
7 K30 Dispepsia.
11
7 R070 Dor de garganta.
Quadro 03: Casos de trauma mais comuns em atendimentos de emergência no período estudado.
X232 – Contato com abelhas, vespas e vespões – escolas, outras instituições e áreas de
administração pública.
12
nocivas e às não especificadas.
A coleta dos dados pelo questionário “Pesquisa sobre a difusão dos conhecimentos
atinentes à Atenção Primária à Saúde e Atendimento Pré-Hospitalar na formação dos militares do
Exército Brasileiro – EB (Estabelecimentos de Ensino)” foi realizado de 12 de setembro de 2017 a 21
de abril de 2018, por meio de formulário/survey eletrônico pelo site
(https://docs.google.com/forms/d/1Pi3jjK2JE1U4Sj130FdHuDSRS6wLf6buA2grVLQvxBI/edit),
com acesso voluntário em página da internet por militares do Batalhão de Infantaria de Força de Paz
(BRABAT26), do 5º Batalhão de Infantaria Leve Aeromóvel – Lorena – SP (5º BIL), da Academia
Militar das Agulhas Negras – Resende – RJ (AMAN) e da Escola de Saúde do Exército – Rio de
Janeiro - RJ (EsSEx), com 24 voluntários no período, dentre eles 21 militares de mais de uma Força
Armada singular e 3 civis.
Gráficos do Questionário:
13
Gráfico 02: Posição do Militar entre os Postos/Graduações ou condição Civil.
Dos participantes, os tempos de serviço foram: 0-5 anos: 17% (4) / 6-15 anos: 29% (7) / 16-25 anos:
33% (8) / 26-35 anos: 8% (2) / civil: 13% (3).
14
Gráfico 04: Instrução sobre Sistema de Saúde dentro dos Estabelecimentos de Ensino Militares.
Quando se perguntou se o entrevistado conhecia o que é um Sistema de Saúde, foi respondido NÃO
por 13% (3), NÃO SEI RESPONDER por 29% (7) e SIM por 58% (14).
15
Gráfico 06: Instrução sobre Atendimento Pré-Hospitalar dentro dos Estabelecimentos de Ensino
Militares.
Sobre a competência de Atenção Primária à Saúde, ao se perguntar se houve instrução sobre Atenção
Primária à Saúde dentro do Estabelecimento de Ensino Militar, foi respondido NÃO por 37,5% (9),
NÃO SEI RESPONDER por 29,2% (7), SIM por 20,8% (5) e NÃO SOU MILITAR por 12,5% (3).
Quando se perguntou se o entrevistado conhecia o que é Atenção Primária à Saúde, foi respondido
NÃO por 25% (6), NÃO SEI RESPONDER por 21% (5) e SIM por 54% (13).
17
Gráfico 10: Conhecimento individual sobre Regulação Médica.
Quando se perguntou se o entrevistado achava importante a Regulação Médica, foi respondido NÃO
por 0% (0), NÃO SEI RESPONDER por 54% (13) e SIM por 46% (11).
18
5- RELATO DA EXPERIÊNCIA
A Organização das Nações Unidas (ONU) possui 193 países membros, entre eles o
Brasil. Essa Organização, utilizando critérios internos, seleciona/convida os países participantes, por
meio de seu Conselho de Segurança e de seus governos centrais/federais, para participar e/ou
coordenar uma ação específica e localizada em uma determinada região do globo terrestre. Tal fato
ocorreu com o Brasil na MINUSTAH, de 2004 a 2017, quando participou do Comando da Missão da
ONU no Haiti. O Force Commander desta missão foi um Oficial General brasileiro. Participaram,
também, um Batalhão de Infantaria de Força de Paz (BRABAT) e um Batalhão de Engenharia
(BRAENGCOY), além do Grupamento Operativo dos Fuzileiros Navais (BRAMAR) e de um
pelotão de Fuzileiros da Força Aérea Brasileira integrado no interior de uma das Companhias de
Combate. Os contingentes desses Batalhões eram modificados a cada 6 meses. Além do Brasil, havia
a participação de mais 20 países, com atividades específicas, mas o maior contingente de militares
era o brasileiro.
A partir do aceite de uma missão sob a égide da ONU por um país, e após planejamento
logístico, judicial, administrativo, operacional, entre outros, inicia-se a convocação de recursos
humanos, com especializações diversas, que serão utilizados para o cumprimento da missão. No caso
do Exército Brasileiro, para o Serviço de Saúde do Exército, no Quadro de Oficiais Médicos, o
processo seletivo se deu por ato voluntário, a partir de consulta e aceitação do médico, via Sistema de
Cadastro do Pessoal do Exército (SICAPEx), com resposta direcionada e analisada diretamente pelo
Gabinete do Comandante do Exército.
19
Exército (CPAEX) – e necessitam de parecer positivo do Comandante da Organização Militar de
origem, com discriminação do comportamento e da conduta do militar dentro da Unidade.
O BRABAT 26 leva essa numeração por ser o 26º Contingente Militar Brasileiro a ser
enviado ao Haiti. Ele teve treinamento operacional na 12ª Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel –
Caçapava – SP (12ª Bda Inf L AMV) –, sendo a primeira fase de treinamento nas Organizações
Militares dessa Brigada Militar, entre elas o 5º Batalhão de Infantaria Leve Aeromóvel – Lorena – SP.
No primeiro trimestre do ano de 2017, os treinamentos para a missão concentraram-se no interior de
cada OM da 12ª Bda Inf L AMV, por meio de instruções linguísticas (creole), regras de engajamento,
princípios básicos das operações de paz, capacetes azuis e código de conduta pessoal, “briefing” de
partida e “briefing” de chegada, procedimentos operacionais padrão em situações diversas,
atendimento de primeiros socorros, cultura haitiana, entre outros treinamentos.
Foram divididos 4 escalões de militares para o embarque aéreo, com o total de 970
homens e mulheres do Batalhão de Infantaria de Força de Paz, que se destinaram a Porto Príncipe –
Haiti. De Campinas-SP, partiu o primeiro voo, no Boeing KC-137 da Força Aérea Brasileira, com o
primeiro escalão militar, que chegou em 16 de maio de 2017 em solo haitiano. O 26º Contingente
Brasileiro (CONTBRAS) iniciou suas atividades em 02 de junho de 2017, com a solenidade de
mudança dos comandos do BRABAT, GRUPAMENTO OPERATIVO DE FUZILEIROS NAVAIS
(BRAMAR) e BRAENGCOY, que contou com a participação da Representante Especial do
Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), como a Chefe da Missão das Nações
Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH)10.
20
Foram considerados como riscos de saúde prévios à missão, doenças originadas por
animais, água contaminada, alimentos contaminados, pessoas infectadas e doenças respiratórias. As
doenças mais comuns previamente à missão, observadas como importantes para o seu andamento,
foram hepatite A, hepatite B, AIDS, febre tifoide, leptospirose, esquistossomose, malária, dengue,
febre amarela, leishmaniose tegumentar, meningite meningocócica, raiva, conjuntivite, hordéolo
(terçol), filariose e diarreia. Foi dada importância na recomendação do pessoal quanto ao atendimento
de emergência (1º socorro) prestado pelos militares, usando o mnemônico DRABCDE
(Danger/Perigo, Response/Resposta, Airway/Via Aérea, Breathing/Respiração,
Circulation/Circulação, Disability/Incapacidade - neurológico, Exposure/Exposição) e a utilização
dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 7, 8.
O DRI foi idealizado para a avaliação de uma situação pós desastre. No entanto, foi
utilizado experimentalmente para avaliação e mensuração de uma resposta prévia ao acontecimento
de desastres. Foram feitos reconhecimentos com a equipe de saúde do DRI, passando pelas cidades
de Les Cayes, Jeremi e Dame-marri (ao Sul), Gonaives e Port-de-Paix (ao Norte) e Jacmel e Marigot
21
(a Sudoeste), focando na estrutura dos hospitais, número de leitos, especialidades clínicas e
cirúrgicas, transporte por ambulâncias rodoviárias e possibilidade de evacuação aeromédica, corpo de
bombeiros, atendimento pré-hospitalar local e existência de Unidade de Terapia Intensiva nos
hospitais. Foi observado, durante os deslocamentos de viatura, as condições sanitárias das cidades e
sua estrutura, verificando a presença de cemitérios nos terrenos de praticamente todas as casas nas
rodovias, principalmente na região sul do Haiti.
Também foi constatado, nas cidades da região sul do Haiti, em junho de 2017, durante
missão de levantamento de dados do DRI, que as instituições civis das três localidades visitadas não
desenvolviam trabalhos proativos de prevenção a desastres, ou mesmo trabalhos comunitários em
geral. Com poucas exceções, foram observados apenas trabalhos pontuais, atendendo às pequenas
comunidades carentes, por falta de pessoal e recursos. Na cidade de Jeremie, os moradores da cidade
chegaram a receber informações sobre a vinda do Furacão Matthew em 2016 na rádio, mas não
tomaram providências, por dois motivos principais, de acordo com averiguação na cidade: não
compreenderam a gravidade da situação, devido ao baixo grau de escolaridade da população, e
também por não possuírem instrução sobre o que fazer nessa situação. A estrutura de saúde é precária
para o número de habitantes das três regiões, principalmente em Dame-Marie, local onde ocorrem
mortes por falta de um banco de sangue para transfusão. No caso de um novo desastre natural, seria
preciso um grande esforço para desdobrar pessoal, material de saúde e meios para evacuação dos
locais afetados, bem como cuidados com a tropa que seria empregada, devendo-se tomar todas as
medidas de proteção individual e descontaminação para que fossem evitadas baixas de militares
empenhados nas ações de resposta ao desastre.
Nas cidades da região norte do Haiti, em julho de 2017, durante missão de levantamento
de dados do DRI, foi observada a existência de uma campanha de prevenção e orientação para a
população e um plano de contingência sobre desastres naturais. Em Gonaives, após o Furacão Jeanne,
em 2004, e a inundação, em 2008, o governo municipal e o departamental (estadual) vinham
acompanhando e orientando a população sobre desastres naturais, com foco nas inundações. As
outras cidades da região norte do Haiti também possuem preocupação e certo desenvolvimento de
medidas conjuntas com a população, quanto à atuação mediante situações de desastre, mas menos
adeptas do que a cidade de Gonaives.
O BRABAT 26 poderia ser empregado por meio de uma “Quick Reaction Force” (QRF)
aerotransportada, fora da Área de Responsabilidade (AOR) da MINUSTAH, em apoio à
23
PNH/UNPOL (Polícia Nacional do Haiti / Polícia das Nações Unidas). A UMN1, no caso de
emprego da QRF, aerotransportada, deve escalar 1 (um) médico que acompanha o Pelotão de Força
de Reação Rápida (Pel QRF) na aeronave (Anv) e uma equipe de saúde APH que deve ficar em
condições de (ECD) seguir por meio terrestre.
Durante a missão do BRABAT 26, o DRI se deparou com diversas situações a serem
analisadas, e também atuou, como no episódio do Furacão Irma, de categoria 5, que se direcionava à
região norte do Haiti, com ventos de mais de 300 km/h na rotação e deslocamento de
aproximadamente 20 km/h. No final da tarde de 05 setembro de 2017, o Force Commander reuniu os
Comandantes do BRABAT 26 e da BRAENGCOY 26 e toda a tropa, no pátio de formatura do
BRABAT/CONTBRAS, no interior da Base General Bacellar (BGB), dentro do Campo General
Jaborandy, e foram explanadas todas as ordens para execução de atividades e recomendações a todos
os militares brasileiros (Marinha/Exército/Aeronáutica).
Foram selecionados segmentos diversos dos grupamentos militares que partiram para
estabelecer base na proximidade da região norte haitiana. Em 06 de setembro, a base foi montada
próxima à praia e encontrava-se de um lado com o mar e do outro com alta montanha. Foram fixados
24
ao chão 5 contêineres presos por tratores e com todas as viaturas militares ao seu redor, ficando
afastado apenas o caminhão tanque de diesel, a fim de evitar problemas com incêndio, durante a
passagem do furacão. No dia 07 de setembro, foi feita, na praia, uma breve formatura, como ritual
militar da passagem natalícia da independência do Brasil, com a presença de todo o efetivo militar
brasileiro, do Force Commander, do Comandante do BRABAT 26 e da BRAENGCOY 26. Nesse
momento, a previsão de passagem do furacão era para as 02h da manhã de 8 de setembro. No final da
noite do dia 07 e início da madrugada do dia 08 de setembro, o acampamento militar foi atingido por
fortes ventos e muita chuva. Na manhã de 8 de setembro de 2017, duas equipes, uma pelo ar
(helicóptero) e outra pela terra (viatura Marruá) locomoveram-se para o Norte do Haiti, a fim de
analisarem os estragos. Foi constatado, na ocasião, que o evento se caracterizou por chuva e ventos
fortes em toda a região, mas sem maiores repercussões, à semelhança do Furacão Matthew, em 2016,
no Sul do Haiti.
25
5.1- SERVIÇO E PESSOAL DE SAÚDE NO CONTINGENTE BRASILEIRO DO HAITI EM 2017
Ao todo, participaram, dos pouco mais de 13 anos da missão brasileira no Haiti, 37.500
militares brasileiros da Marinha, Exército e Aeronáutica.
As células de Saúde foram constituídas pela UMN1 e pelo Posto de Socorro, com
elementos de saúde do Exército Brasileiro isolados no norte do Haiti, ambas do BRABAT 26, a da
BRAENGCOY 26, com pequeno Posto Socorro/Enfermaria no seu interior, e a do Destacamento
Operativo de Fuzileiros Navais (BRAMAR), com pequeno Posto Socorro/Enfermaria dentro de sua
base. A Chefia de Saúde do BRABAT26 ficou a cargo de Major Médica do Exército. Membros da
equipe de saúde do BRABAT26 integraram o Destacamento de Resposta Inicial.
2º Escalão: Casos de internações, a partir de 72 horas até 7 dias, ou atendimentos com maior
gravidade, eram encaminhados para a UMN2 (ARGHOSP), Hospital de Campanha da Força Aérea
Argentina, desdobrado no terreno, iniciando nesse nível os procedimentos cirúrgicos. A UN CLINIC
regulava o meio de transferência e o local final de internação do paciente pela ONU. Caso não
ocorresse a recuperação do paciente, ele era levado para países próximos (República Dominicana e
Estados Unidos).
3º Escalão: Situações mais delicadas e cirurgias com maior grau de especialização e complexidade
eram transferidas, por Evacuação Aero Médica (EVAM), para hospitais civis contratados, em Santo
Domingo – República Dominicana / UMN3. EVAM era realizada pela Aviação de Bangladesh e por
equipe e material de saúde do ArgHosp. No final da missão, passou a ser feita por empresa civil
contratada pela ONU e com material adquirido pela ONU, continuando a regulação médica sendo
feita pela UN CLINIC. Em alguns casos, com maior gravidade, que requeriam mais de 30 dias para
27
recobrar a aptidão total de saúde e na ausência de risco de morte, o militar era desligado da missão e
repatriado para tratamento no Brasil.
4º Escalão: Em algumas remoções mais complexas, fora de risco iminente de morte, e que
necessitassem de maior cuidado, realizava-se transferência para MIAMI – Estados Unidos. De lá, era
realizado o procedimento de repatriação para o Brasil.
5º Escalão: Para os casos em que se fazia necessária a repatriação, e para tratamentos a longo prazo, e
reabilitação, o paciente era removido para o Brasil, para acompanhamento em hospital militar das
Forças Armadas Brasileiras e utilização dos Fundos de Saúde da Marinha, do Exército ou da Força
Aérea Brasileira.
28
5.3- EXPERIÊNCIAS ISOLADAS
Um militar apresentou episódio de dor torácica súbita após realização da corrida durante
o Teste de Aptidão Física, como pré-requisito para admissão ao efetivo do CONTBRAS para o Haiti,
durante a estada em Caçapava-SP. Foi prontamente atendido e evacuado para hospital conveniado ao
FUSEX do 6º Batalhão de Infantaria Leve Aeromóvel (6º BIL), na cidade de Caçapava-SP, sendo
transferido posteriormente para a Unidade Coronariana e submetido a tratamento com cateterismo e
colocação de “stent” coronariano, em São José dos Campos – SP. O militar foi adequadamente
tratado, mas não foi selecionado para a missão de paz da ONU pelo Brasil, em 2017. No retorno da
tropa do BRABAT26 ao Brasil, esse militar foi visto em Organização Militar na cidade de São Paulo,
e já se encontrava recuperado.
Geralmente, a questão da dor é subjetiva e seu limiar se modifica de pessoa para pessoa.
Militares bem adestrados, e com treinamentos específicos e severos, suportam relativamente bem a
presença de dor. No entanto, um elemento em particular, altamente capacitado, apresentou quadro
álgico forte, sendo necessário o tratamento com analgesia potente durante a missão no exterior. Ele
fez tratamento de reabilitação, necessitando comparecer à enfermaria para exercícios fisioterápicos,
por tempo prolongado.
Outro militar apresentou, por vários dias seguidos, febre de origem indeterminada e que
não passava. Cabe dizer que o Haiti é região endêmica para malária e dengue. O militar em questão
apresentou, inicialmente, febre e piora de estado geral. Ele não teve seu diagnóstico confirmado e foi
tratado sintomaticamente, negando-se a receber tratamento para malária de forma empírica.
Melhorou após acompanhamento na enfermaria por alguns dias e medicações sintomáticas
acompanhadas de hidratação venosa, sendo liberado com recuperação total da UMN1 após alguns
dias de convalescência.
Alguns haitianos colocaram fogo em um lote ao lado do muro do BRABAT26 para fazer
carvão, o que necessitou da atuação da Brigada de Incêndio do BRABAT26 e da Engenharia Militar
para erradicar o incêndio. O início do combate ao fogo foi realizado por equipe de militares de
serviço que estavam na equipe de Reação. Dois militares apresentaram grau leve de intoxicação por
inalação de fumaça (monóxido de carbono). Foram tratados com oxigenioterapia na UMN1,
submetidos à observação clínica e liberados em seguida, sem maior repercussão.
30
6- DISCUSSÃO
Nos três primeiros séculos após sua descoberta, o Brasil-Colônia permaneceu aos
cuidados de cirurgiões portugueses e espanhóis, de boticários, de cirurgiões-barbeiros e, até, de
curandeiros, que aplicavam técnicas de Medicina curativa e algumas práticas da Medicina preventiva.
No entanto, foi no período das Guerras Napoleônicas (1799 – 1815) que nasceu o Serviço
de Saúde do Exército Brasileiro. O Príncipe Regente assinou o Decreto Regencial de 9 de fevereiro
de 1808, pelo qual instituiu o Serviço de Saúde do Exército e da Armada Real, então denominado
“serviços dos cirurgiões e físicos”.
Para estruturar o Serviço de Saúde, Dom João também deu origem à Repartição do
Cirurgião-Mor, primórdio da Diretoria de Saúde do Exército, nomeando Frei Custódio de Campos e
Oliveira como Cirurgião-Mor dos Exércitos e Armadas Reais, o primeiro Diretor de Saúde do
Exército Brasileiro.
Foi necessário muito trabalho do Serviço de Saúde do Exército para construir não só os
seus próprios serviços, como também o serviço de saúde do país, fazendo coincidir a gênese do
serviço militar de saúde com a história do aparecimento, no Brasil, das ciências da Medicina, da
Odontologia, da Farmácia, da Medicina Veterinária e da saúde preventiva.
Até a metade do século XIX, o Serviço de Saúde Militar foi a essência da assistência
institucionalizada no Brasil, com destaque pela introdução no Território Nacional dos marcos legais
31
dos exercícios profissionais das carreiras de saúde e da vigilância sanitária dos portos, das
mercadorias, dos alimentos e dos fármacos.
32
Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), o Serviço de Saúde do Exército Brasileiro
atuou no território italiano com excelência junto aos hospitais norte-americanos, o que levou ao
reconhecimento do serviço empenhado pelas forças amigas. Essa missão, pela primeira vez, contou
com a atuação das Oficiais Enfermeiras, que integraram o Corpo de Saúde do Exército. Participou
desse evento o Oficial Médico Emmanuel Marques Porto, futuro Marechal Médico Brasileiro. Foi o
Chefe do Serviço de Saúde da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Ele é o único
Marechal Médico do Exército Brasileiro. Possui relatos de sua participação na 2ª Guerra Mundial
descritas em capítulo que leva o seu nome, na obra do Marechal Floriano de Lima Brayner, de 1977,
Chefe do Estado Maior da FEB, do livro “Recordando os Bravos, eu Convivi com ele, Campanha da
Itália”. Em 09 de fevereiro de 2009, foi publicada a Portaria do Estado Maior do Exército, Portaria Nº
035, com a criação, na Escola de Saúde do Exército Brasileiro, do Espaço Cultural Marechal Médico
Emmanuel Marques Porto, médico que participou do maior conflito armado ocorrido no século XX.
Ele era membro da Academia Nacional de Medicina e fundador da Academia Brasileira de Medicina
Militar.
A partir da segunda metade do século XX, o Serviço de Saúde vem fornecendo apoio aos
Contingentes Brasileiros em Missões de Paz, como as missões em Angola, no Timor Leste e no Haiti.
O Serviço de Saúde do Exército também leva a assistência à saúde para a Família Militar,
ou seja, dependentes, pensionistas e militares da reserva. É principalmente nas Organizações
Militares de Saúde (OMS) que todos os integrantes do Exército e seus dependentes recebem os
cuidados preventivos e assistenciais das mãos de oficiais e praças de Saúde, em todo o Território
Nacional.
A Mão Amiga oferece auxílio à População Civil nas situações emergenciais e/ou sociais,
principalmente nas regiões mais carentes e atingidas por condições geográficas e sociais
desfavoráveis. Assim, o Serviço de Saúde tem sido a mão amiga atuante em meio à população
ribeirinha da região Amazônica e aos sertanejos da região Nordeste, que enfrentam situações de
carência na área da Saúde.
No Brasil, a Medicina Operativa prestada pelo Serviço de Saúde das Forças Armadas
Brasileiras está regulada pelo MANUAL DE APOIO DE SAÚDE EM OPERAÇÕES
34
CONJUNTAS do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, sendo oferecido como apoio
eficiente, eficaz e efetivo, principalmente em situações em que os recursos humanos,
infraestrutura física e materiais sejam limitados.
A SAÚDE (Serviço de Saúde) é uma complexa área dentro do sistema militar, que
atua em várias áreas, como administrativa, operativa/operacional, assistencial e logística. Ela se
liga a todos os outros campos de atuação militar, como no controle do efetivo, em conjunto com a
primeira seção (S1 ou E1 ou G1 ou U1); a inteligência militar em saúde, juntamente à segunda
seção (S2); a instruções e participações em operações militares diversas, sob a coordenação da
terceira seção (S3); na administração e aquisição de materiais logísticos de saúde, pela quarta
seção (S4); e, também, via Fiscal Administrativo, pela participação dos ACISOS (ações cívico
sociais) da Força, promovidas pela quinta seção (S5) ou Relações Públicas (RP). No Haiti, o
leque de interligação da saúde foi maior do que o que geralmente ocorre em um batalhão
convencional, dentro do território brasileiro. Atuou em território estrangeiro com apoio a diversas
células operacionais, como a “Quick Reaction Force” (QRF) e o Destacamento de Resposta
Inicial (DRI). Interagiu com a população haitiana por meio da seção de Intérpretes Militares, e
através dos Eventos Comuns Civis e Militares (CIMIC). Atuou junto à Assessoria Jurídica para
os aspectos do trabalho médico brasileiro quanto ao atendimento de nacionais não brasileiros e as
condições escritas em contratos de serviço para essas atividades. Trabalhou com a Seção de
Patrimônio na constante conferência e análise dos materiais carga em nome da Unidade de Saúde.
Na Seção de Comando e Controle, com a participação do oficial superior Médico Chefe do
Brabat26, compondo o espaço no Estado Maior da Unidade e fazendo a assessoria específica para
os fatores de saúde e higidez da tropa. Na Seção de Comunicação Social, ajudando no
“marketing” do emprego do Serviço de Saúde das Forças Armadas Brasileiras em prol da
construção de inter-relação amistosa entre os militares brasileiros e a população local. Contribuiu
com os serviços do Destacamento Operativo de Paz, com participação de elemento de saúde em
seu interior. Trabalhou em conjunto com o Destacamento de Operações Psicológicas,
principalmente durante coleta de dados prévios para utilização do DRI. Na Fiscalização
36
Administrativa fez atuação quanto ao controle de produtos e combate de animais e vetores, e o
controle de água na região do Batalhão (BRABAT26), sendo modelo de atuação em Saúde
Pública. Fez acompanhamento próximo da saúde dos militares do Setor de Aprovisionamento, o
que ajudou na diminuição e controle do que seria o aumento das doenças de origem do aparelho
digestório na tropa. Houve interação com os pelotões de Comunicação em referência às
necessidades de estabelecimentos de pontos de escutas de saúde entre os profissionais de saúde e
o Comando do Batalhão, interação com o pelotão de Engenharia devido à constante necessidade
do serviço desses companheiros para manutenção de equipamentos de saúde, o que permitiu o
funcionamento e a capacidade operativa de saúde da UMN1. Trabalhou junto com o pelotão de
Manutenção que se desdobrava para colocar as viaturas ambulância em ordem para
funcionamento e cumprimento das missões e o pelotão de Suprimento, responsável por controlar
e adquirir materiais que seriam necessários para a Saúde. Em resumo, um Serviço de Saúde é
muito importante e, para o mesmo funcionar, necessita de todos os demais como forma de
engrenagem para manter o perfeito funcionamento institucional10.
37
prevenção e possui posição única na relação da morbidade e mortalidade do público atendido.
São importantes como liderança na transmissão do saber à população sobre atendimentos pré-
hospitalares imediatos.2
38
decisão e execução das ações de controle das doenças e agravos. É um instrumento importante
para planejar, organizar e operacionalizar os serviços de saúde. Todos os níveis do sistema de
saúde têm atribuições de vigilância epidemiológica, compreendendo a coleta de dados, o
processamento de dados coletados, a análise e interpretação dos dados processados, a
recomendação das medidas de controle apropriadas, a promoção das ações de controle indicadas,
a avaliação da eficácia e da efetividade das medidas adotadas e a divulgação de informações
pertinentes5.
Pode-se mostrar o ocorrido entre os anos de 1948 a 1998 nas 49 missões de paz da
ONU, em que cerca de 23% das fatalidades, no efetivo das tropas, ocorreram por enfermidades
não relacionadas ao combate. Em relação ao Brasil, nos anos de 1990, em operação pela ONU,
três militares tiveram evento fatal devido à infecção promovida pelo Plasmódio, em Angola.
Dados dos eventos iniciais da MINUSTAH, no período compreendido entre 2004 e 2006,
mostraram que 4,4% dos militares brasileiros do CONTBRAS retornaram ao solo brasileiro com
exames sorológicos positivos para malária14, 23.
Foram observados, ao longo de toda a missão de paz no Haiti, por pouco mais de 13
anos, casos de doenças endêmicas como a dengue e seus tipos 1, 2, 3 e 4, a malária, a filariose, a
encefalite do Nilo Ocidental e a mansonelose. Foram relatadas e acompanhadas três epidemias,
em 2010, após o terremoto que assolou o Haiti: a primeira de gastroenterite, depois de malária e,
em seguida, de cólera. Devido ao país possuir graves problemas de saúde pública, também foi
preciso realizar o controle de cães errantes, pois é o estado americano com maior foco da doença
de raiva, no continente.
39
Foi realizada coleta e exame parasitológico de fezes de todo o efetivo brasileiro
durante a missão, tratados todos os casos positivos de verminose intestinal, antes de retornar ao
Brasil, feito atendimento médico 24 horas nos 7 dias da semana e distribuição de medicamentos,
constantes da Farmácia Militar, por meio da cadeia logística de saúde classe VIII do BRABAT26.
Ocorreu presença constante dos elementos de saúde dentro das Companhias (Subunidades
Militares), com orientações frequentes a todos os militares, isoladamente, e assessoria aos
comandantes das Companhias sobre a higidez da tropa e, principalmente, quanto à hidratação dos
militares, para que fossem evitados casos de rabdomiólise, e além da prevenção de doenças de
carrapatos, como a febre maculosa, entre outras. A assessoria ao Comando da Unidade (Batalhão)
BRABAT26 se fazia pela Major Médica Chefe do Serviço de Saúde do BRABAT26 e a
assessoria ao Force Commander era realizada pelo Chief Medical Officer, Oficial Coronel
Médico da FAB.
Durante a missão, houve todos os tipos de risco, sendo a única certeza a de ir; a de
voltar, uma incógnita. A tropa foi para a missão de paz, em país conturbado político/socialmente
onde, por vezes, eram encontradas pessoas mortas na rua. Não era permitido sair da Base por
motivo de segurança para a tropa, pois a classificação da ONU da segurança local era
“VERMELHA”, ou seja, grau máximo de risco, configurando necessidade de sair da Base com
arma e munição, inclusive para o pessoal de saúde (proteção individual), com autorização para
portar 1 fuzil e 1 pistola (oficiais), com 2 carregadores para cada arma, completos, e 1 fuzil
(praças). As pessoas não pertencentes às Bases também não podiam entrar sem que fosse
realizado protocolo de segurança. Houve riscos em missões externas à Base principal
(BRABAT), onde se pode ver, por vezes, pessoas em meio à população portando armas de fogo,
o que era sempre reportado ao comando militar. Havia proximidade a um dos lugares mais pobres
e violentos do mundo, a favela de Cité Soleil, e, para coroar a missão, a tropa partiu sem certeza
alguma, em direção ao Furacão Irma. Qualquer que seja a missão solicitada e distribuída pelo
Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas a um país, nunca será sem risco e
fácil e, por isso mesmo, cada país se prepara e seleciona os melhores recursos humanos e
materiais para o cumprimento da missão.
42
saber. Como médico, o autor teve oportunidade de aproveitar as situações para fazer, na maioria
das vezes, muito com pouco, aguçar seus conhecimentos em Saúde Pública, por meio da
observação e da análise da população, das cidades, da condição sanitária do país, das medidas de
prevenção e controle de incidentes, das redes hospitalares públicas e privadas e das transferências
inter-hospitalares, com os veículos e profissionais locais.
Ao viver fora do país natal por um período e deparar-se com problemas diversos,
pôde analisar e chegar à conclusão de que não é da cultura social brasileira conhecer
procedimentos sobre prevenção e atuação em situações de desastre, medidas que deveriam ser
voltadas à educação básica. No Haiti, em 2016, durante a passagem do Furacão Matthew,
aproximadamente 850 vidas foram perdidas. Para países como o Japão, ensinar suas crianças, no
ensino fundamental, sobre maneiras de como se proteger e agir em situações como os terremotos
que assolam com certa frequência o país, é uma atribuição do sistema de ensino. Em Israel,
também se ensinam as crianças como utilizar máscaras de gás e como atuar em diversas situações
críticas que o país possa enfrentar. Foi compreendido, durante os deslocamentos, como
componente do Destacamento de Resposta Inicial, que a mesma iniciativa de reconhecimento
deveria ser feita em todas as cidades do Brasil. Só com tempo, estudo, educação e experiência
muda-se um povo e, com isso, o destino de uma nação.
Durante a estada no Haiti, e após o primeiro semestre do retorno ao solo brasileiro, foi
disponibilizada uma pesquisa, por meio de elaboração de questionário/survey pela Internet, com o
propósito de realizar levantamento, por parte de militares voluntários, sobre o nível do
conhecimento que eles tinham sobre conceitos diversos de Saúde. Participaram 24 voluntários,
sendo 21 militares e 3 civis. As idades entre os participantes variam entre 24 e 64 anos de idade.
Participaram do estudo 1 Coronel (4,1%), 2 Majores (8,4%), 4 Capitães (16,5%), 8 1º Tenentes
(33%), 2 1º Sargentos (8,4%), 2 2º Sargentos (8,4%), 2 3º Sargentos (8,4%) e 3 Civis (12,5%).
43
Dos participantes, os tempos de serviço foram: 0-5 anos: 17% (4) / 6-15 anos: 29% (7) / 16-25
anos: 33% (8) / 26-35 anos: 8% (2) / civil: 13% (3).
Segundo a Pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Dra. Sônia Fleury, tem-se como
aspectos constitutivos principais a seguinte síntese de modelos de proteção social, que exercem
influência sobre os tipos de sistema nacional de Saúde, a saber: assistência, seguro e seguridade.
O primeiro, com base na caridade, sendo o acesso por meio de comprovação da pobreza; o
segundo, na condição de solidariedade, em que os benefícios se dão pelo vínculo, seja pelo
trabalho, seja pela filiação; o terceiro se apoia no princípio da justiça, possuindo acesso universal.
Não existem sistemas puros, também nem sempre a riqueza de uma sociedade se expressa por
justiça social, ou por um bom ordenamento dos serviço16, 20.
A Atenção Primária à Saúde (APS) é entendida como uma forma de organização dos
Serviços de Saúde, uma estratégia para integrar todos os aspectos desses serviços, a partir de uma
perspectiva da população19.
44
prestação de serviços efetivos e com qualidade; V. garantir a prestação de serviços com
eficiência24.
45
então, ficam cientes de suas responsabilidades para a atuação em operações de resposta a
desastres no Brasil, com plano de ativação de resposta conjunta.
O Plano e Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, para atuação das Forças
Armadas, segundo interpretação do Exército Brasileiro, contempla apenas colaboração e
cooperação, com autorização prévia do Comando de cada Força Singular. Para o emprego das
Forças Armadas Brasileiras, necessita-se de autorização a partir de decreto emitido pelo
Presidente da República, após análise da situação de instabilidade emergencial pela Secretaria
Nacional de Proteção e Defesa Civil.28 Esse processo pode levar 3 dias, até sua autorização. Nota-
se evolução na gestão das operações de resposta a desastres no Brasil, nos últimos anos, com
expressivo incentivo financeiro do governo federal, na prevenção e atuação em catástrofes, no
território nacional, possuindo as Forças Armadas estrutura de Comando e Controle, concomitante
à mobilidade e à logística, atuando com êxito em condições de guerra e em desastres.
46
Médica, foi respondido “não” por 0% (0), “não sei responder” por 54% (13) e “sim” por 46%
(11).
O APH é uma das disciplinas de saúde presentes no currículo militar, com diferentes
graus de profundidade e complexidade, podendo ser administrada ao público combatente e ao
público de saúde, de acordo com a categoria profissional e grau de abordagem e complexidade,
para atuação dos profissionais de acordo com a legislação vigente no Brasil. Habilita
profissionais do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro a atuarem, profissionalmente, nas
atividades de APH previstas no interior da Força Terrestre4.
No campo de batalha, as diretrizes de condutas desenvolvidas para o meio militar não são
semelhantes ao tratamento ofertado em cenário civil. Mortes evitáveis e mortes adicionais
47
desnecessárias ocorrem por vezes se o ambiente tático não for considerado, ao se planejar as
estratégias do atendimento ao trauma no teatro de operações.
O TCCC foi incorporado na quarta edição do manual PHTLS em 1999, com capítulo
sobre Medicina Militar, conseguindo, a partir de então, o endosso triplo do Comitê do Colégio
Americano de Cirurgiões sobre Trauma, da Associação Nacional de Técnicos de Emergência Médica
(NAEMT) e do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América.
O TCCC, com suas diretrizes, oferta aos médicos e componentes do serviço de saúde em
campanha meio de gerenciamento estratégico ao trauma, combinando bons medicamentos e boa
tática de pequenas unidades militares, tendo como objetivos, para atendimento ao trauma, nessa
ocasião: tratar a vítima, prever baixas adicionais e completar a missão.
Tem-se três fases na divisão do TCCC: cuidados sob fogos, cuidados táticos no campo e
cuidados táticos de evacuação. Na primeira, a equipe de saúde oferece cuidade limitado devido à
condição de estarem sob fogo hostil; na segunda, a equipe de saúde pode ofertar cuidados mais
extensos, pois já saíram dos fogos hostis; na terceira, ocorre a evacuação do ferido por aeronave,
barco ou ambulância terrestre para a instalação médica, local em que se encontra maior quantidade de
48
profissionais de saúde e equipamentos de saúde, o que aumenta a complexidade de oferta do
atendimento em saúde ao elemento militar baixado.
Os militares baixados com ferimentos que não os coloquem em risco imediato de morte, e
não prejudiquem na adesão ao esforço do combate, possuem o dever de se manterem junto a sua
Unidade Militar, na supressão ao fogo hostil. A equipe médica/saúde deve ajudar a suprimir o fogo
hostil, anteriormente à prestação dos cuidados inerentes a sua atividade fim, principalmente em
operações de Unidades pequenas, em que a força de fogo amiga é limitada, e todas as armas e pessoal
na Unidade serão necessárias para prevalecer o poder de fogo27.
6.1- APLICABILIDADE
A análise do presente estudo permite afirmar que a oferta de conhecimentos sobre saúde e
das atividades de saúde desenvolvidas pelos militares, tanto para o efetivo profissional militar, quanto
para a população civil, é benéfica para a sociedade em geral. Ela contribui para a propagação de
conhecimentos relacionados à utilização racional dos meios. Esses conhecimentos, disseminados ao
público militar, contribuem, durante o trabalho, para a solicitação e a aquisição de insumos materiais
necessários para o cumprimento de cada missão.
Verifica-se, então, que o relato de atividades militares de saúde é indispensável para que
continue o progresso e o avanço científico das técnicas inicialmente utilizadas em situações militares
limítrofes para sobrevivência humana que serão transformadas, em momento posterior, em
habilidades e técnicas médicas e de saúde, com aplicabilidade aos pacientes civis.
O uso, cada vez mais comum, dos Serviços Militares de Resgate e Salvamento no Brasil
nos últimos anos, além dos já realizados cotidianamente pelos Serviços dos Bombeiros Militares
Estaduais e Polícias Militares Estaduais, mostra o grande impacto das atividades militares,
principalmente com a oferta logística e a capacidade de realização de manobras complexas, bem
como a montagem, com extrema rapidez, do Sistema de Comando de Incidentes.
O conhecimento sobre Emergência, como acionar o resgate, qual número ligar e para
quem, em cada condição, faz com que os atendimentos ofertados à população sejam melhores e mais
exitosos. Em condição ambulatorial, também seria muito útil à população saber o que existe em um
sistema de saúde, onde buscar o atendimento e de que forma acessar o sistema de saúde. Todas essas
medidas trariam enorme benefício à sociedade brasileira, tanto aos militares, quanto à sociedade
50
civil, e ajudariam o Sistema Único de Saúde (civis) e o FUSEX (militares do EB) a ofertar melhores
condições de prestação de serviços de saúde com qualidade à população assistida.
51
7- CONCLUSÕES E/OU RECOMENDAÇÕES
Passar um período afastado de casa implica possíveis mudanças, tanto para aqueles que
retornam, quanto para aqueles que permanecem. Deve-se observar a reintegração familiar,
profissional e social do militar que retorna de missão.
A volta é um momento de alegria e expectativa, mas pode haver dificuldades, visto que
envolve um período de readaptação. Esse período deve ser visto como uma oportunidade de
fortalecer os vínculos com a família e os amigos, sendo um momento de refazer os laços afetivos.
Não foi observada alteração que comprometesse o trabalho dos profissionais brasileiros
desdobrados no terreno. Houve melhora do aparato de saúde, progressivamente, em relação às
missões anteriores, assim como é factível imaginar que haverá maiores ajustes e melhorias para a
participação do país nos próximos eventos solicitados pela ONU.
A partir de toda a análise e dados coletados, sabendo-se que para o bom andamento de
um Sistema é necessária a adesão de todos os indivíduos, e sendo o Sistema de Saúde Militar do
Exército Brasileiro constituído por todos os militares que estão em suas fileiras, assim como as suas
famílias, inativos, pensionistas e dependentes, que após a folha de pagamento com pessoal, a saúde é
o segundo maior gasto militar administrado pelo Exército Brasileiro, julga-se recomendável, ao
52
Departamento de Educação e Cultura do Exército e às suas Diretoria de Educação Superior Militar e
Diretoria de Educação Técnica Militar, a implantação, em todos os Estabelecimentos de Ensino
Militar, de disciplinas de Saúde, como parte integrante das grades curriculares. Dessa forma, no
futuro, coletivamente, será ofertada melhor prestação dos serviços de Saúde para todas as finalidades
militares, assim como, a longo prazo, reduzir-se-ão, significativamente, os gastos com Saúde no
interior da Instituição, impedindo a crise financeira (Fundo de Saúde do Exército) desse setor dentro
da Força, bem como mortes desnecessárias/evitáveis em situações de combate.
53
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Pesquisa e Ensino em Transportes. Curitiba: ANPET, 2014.
29. Smith JC. Stabilization and reconstruction operations: the role of the US Army Veterinary
Corps. US Army Medical Department Jornal. 2007, jul-set; 71-80.
55
30. Terremoto report.com. Terremoto superficial abaixo de Boucan-Carré, Haiti – setembro 2,
2017 [homepage na internet]. Report.com: Report.com, 02 set 2017 [acesso em 06 setembro
2018]. Disponível em: https://pt.earthquake-report.com/2017/09/02/moderate-earthquake-
haiti-region-on-september-2-2017/.
31. Trofa AF, Defraites RF, Smoak BL. et al. Dengue fever in US military personel in Haiti. The
Journal of the American Medical Association. 1997; 277 (19): 1546-48.
32. United States Army. Veterinary Service: tactics, technics and procedures. United States of
America: Headquarters – Department of the Army, 2004.
56
ANEXOS
Figura 01: American Journal of Disaster Medicine. 2019. Manuscript # AJDM19-187. Submit 2019
Mar 31.
Lessons Learned From The Brazilian Army Advanced Disaster Assessment & Preparedness
Team (ADAPT) on Hurricane Irma in Haiti.
57
Figura 02: Trabalho (Apresentação Oral Curta) apresentado no Congresso Brasileiro de Saúde
Coletiva, na Fiocruz – Rio de Janeiro, em 2018. (https://proceedings.science/saude-coletiva-
2018/papers/atendimento-de-saude-diversos-a-grupo-de-brasileiros-no-exterior).
58
Association between Glioblastoma Multiforme and Papilloma
Plexus Choroid: A Case Report and Literature Review
Safatle, Ricardo L.1; Safatle, Rodrigo L.2; Ogava, Rafaela M.3; Silva, Benjamin F.4; Vasconcellos, Nadia F.5; Camacho, Aline H. S.6
1 Career Doctor of the Ministry of Defense Brazilian Army; 2 Neurosurgery Physician at Neuro Derma Company; 3 Pediatrician at the Municipal Health Department of Lorena – SP; 4 Neurosurgeon Preceptor of Medical Residency at Federal Hospital of Bonsucesso – RJ;
5 Chief Radiologist of the Imaging Diagnosis Service of the Federal Hospital of Bonsucesso – RJ; 6 Anatomo Pathologist of the Pathological Anatomy Service of the Federal Hospital of Bonsucesso – RJ.
Introduction:
Discuss an unusual association between two brain tumors, glioblastoma multiforme (GBM) and choroid plexus papilloma (CPP). An exuberant gemistoctic component was noted. The morphological and immunohistochemical framework favored the diagnosis of glioblastoma
Throughout the text discuss the clinical presentation, show images preoperative, differential diagnosis, surgical treatment, pathological multiforme (WHO grade IV), juxtaposed choroid plexus papilloma (WHO grade I). In the immunohistochemical study, CK7, CK20, EMA, S-100 were
and immunohistochemical features of both tumors. Keywords: Glioblastoma Multiforme, Choroid Plexus Papilloma, Central Nervous positive in the papillary coating. GFAP was positive in the coating areas papillary and diffusely in the high grade component. The conduct was
System Tumors. established with outpatient treatment of routine associated with palliative treatment using analgesics and anticonvulsants at home since the
patient was out of therapeutic possibility and temozolamide treatment. Less than one month after surgical resection, the patient died GBM
complications and respiratory failure.
Objective:
The objective of this study was to report the rare association of these two brain neoplasms, first being the Glioblastoma Multiforme and
the second the Choroid Plexus Papilloma, then creating a brief review of the literature on pathologies in
since we did not identify in the literature an association report between the two
neoplasms.
Figura 03: Trabalho (Pôster) apresentado no Congresso Mundial de Medicina Militar em Nova Deli
– Índia, em 2017, pelo Mestrado da Universidade Severino Sombra. (http://www.cimm-
icmm.org/images/Rapport42emeCongresMondialInde2017/Abstract_book_42ndICMMWorl
dCongress_India2017.pdf).
59
Figura 04: Pesquisa de Campo. Certificado de participação da MINUSTAH. (Autor do trabalho se
encontra presente em foto do artigo “O BRABAT 26 e o Destacamento de Resposta Inicial (DRI) para
avaliação de desastres”, na figura 09, página 85, na Revista Doutrina Militar Terrestre em revista,
outubro a dezembro 2017, Edição Temática: “Brasil no Haiti, um caso de sucesso (2004 – 2017)”.
Site: (http://ebrevistas.eb.mil.br/index.php/DMT/article/download/873/916/).
60
Figura 05: Dados de mídia do Furacão Irma.
61
Figura 07: Posição exata do DRI e da Companhia de Infantaria e Engenharia Destacadas enviadas
pelo Force Commander da MINUSTAH para apoio à população no advento da passagem do Furacão
Irma no território Haitiano. Bola azul: o local em que a tropa permaneceu quando o furacão chegou
em 07 de setembro de 2017, à noite.
62
Figura 08: Organograma do Ministério da Defesa do Brasil.
63
Figura 09: Organograma do Exército Brasileiro.
64
Figura 10: Organograma do CMSE, 12ª Bda Inf L AMV e 5º BIL.
65
Figura 11: Divisão dos Comandos Militares de Área do Exército Brasileiro.
66
Figura 12: Trabalho (Pôster) apresentado no Congresso Brasileiro de Medicina de Emergência, na
PUC de Porto Alegre – RS, em 2016. (http://abramede2018.com.br/2016/show-
trabalho.php?id=378).
67
Figura 13: Trabalho (Pôster) apresentado na Conferência Mundial de Médicos de Família e
Comunidade (WONCA) no Rio Centro, Rio de Janeiro, em 2016.
(https://proceedings.science/wonca/autores/ricardo-lajovic-safatle?lang=es).
68
Figura 14: Trabalho (Pôster) apresentado na Conferência Mundial de Médicos de Família e
Comunidade (WONCA) no Rio Centro, Rio de Janeiro, em 2016.
(https://proceedings.science/wonca/autores/ricardo-lajovic-safatle?lang=es).
69
AUTORES: SAFATLE, R.L; IZECKSOHN, M.M.V; OGAVA, R.M.
INSTITUIÇÕES: ESCOLA DE SAÚDE DO EXÉRCITO (EsSEx) – Exército Brasileiro / ENSP - FIOCRUZ
INTRODUÇÃO: O Médico de Família e Comunidade (MFC) tem competência em: assistência, É fundamental a presença do MFC no quadro de docentes e preceptores para
orientação comunitária, docência e pesquisa e gestão de recursos as quais devem adaptar-se a ensinar técnicas de abordagem individual com conhecimento na clínica centrada
cada comunidade. Esta especialidade clínica que se ocupa da manutenção e a resolução de na pessoa, valorizando o saber popular, com a lógica de ensino na integração de
mais de 85% dos problemas de saúde frequentes nos indivíduos ou comunidades, dando uma ensino-serviço-gestão-comunidade, com bases em diretrizes de qualidade dos
abordagem bio-psico-social e espiritual. Ministérios da Saúde e Educação.
A MFC tem seu lugar nas fronteiras e localidades mais afastadas, onde só o
Exército/Forças Armadas têm acesso. A Saúde Pública/Militar age em epidemias, CONCLUSÃO: Pelo MFC faz-se o ingresso aos Sistemas Locais e Nacionais de
calamidades públicas e proteção de fronteiras contra a entrada de novas patologias. Desta Saúde de maneira escalonada, coordenada, eficaz e eficiente. Quando isto não
forma o EB estará desempenhando sua função, com o seu Serviço de Saúde, exercendo a ocorre, gera-se a desorganização dos serviços de saúde, encarecimento dos
cidadania (MÃO AMIGA) e protegendo seus cidadãos. mesmos, inequidade, falta de acessibilidade e diminuição da cobertura para uma
O General de Brigada de Infantaria Severino Sombra de Albuquerque com ideal de alta porcentagem para a população, com perda da integração básica da atenção
interiorizar a educação superior no país abriu na Cidade de Vassouras-RJ uma Faculdade de médica que permite de maneira simultânea prevenir e curar, sanar e entender os
Medicina em 1968. pacientes e suas famílias e o aumento de morbimortalidade na população com a
Vendo as necessidades específicas do Serviço de Saúde do Exército (Sv Sau EB) e a consequente sobrecarga de atendimento nas Unidades de Urgência e
necessidade de educação superior aos moldes do ensino militar para formação de oficiais de Emergência do SUS/HOSPITAIS MILITARES.
carreira como no IME e a AMAN, foi vislumbrada a criação de uma Faculdade de Medicina do
Exército (FME). Segundo o Informativo da Escola de Saúde do Exército em 2013 foi feito “Não temos que saber apenas que doença a pessoa tem, mas que pessoa tem
estudo e obras para adequar às novas necessidades de Ensino, para fins de Formação, essa doença.” Frase atribuída a William Osler.
Especialização, Capacitação e Atualização Profissional dos militares integrantes do Serviço de
Saúde.
O Ministério da Educação (MEC) e o Comando do Exército firmaram em 17/10/2013, um
REFERÊNCIAS
protocolo de intenções para o desenvolvimento de ações para inclusão de militares em
políticas de valorização em atenção básica. O acordo destina-se a formação de nível superior ASSOCIAÇÃO Brasileira de Educação Médica – ABEM. Disponível em:
na área de saúde do Exército. <http://www.abem-educmed.org.br/sobre_abem.php>. Acesso em 04 out. 2014.
BRASIL. Ministério da Defesa. Hospital Central da Aeronáutica – HCA. Disponível em:
OBJETIVOS: A formação de profissionais capazes de atender às necessidades de saúde da <http://www.hca.aer.mil.br/externo/index.php?pag=noticias/exibir.php?id=337>.
população militar e civil quando solicitada, de acordo com a Associação Brasileira de Acesso em 04 out. 2014.
Educação Médica (ABEM). A utilização da Estratégia de Saúde da FamÍlia (ESF), com o MFC BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Informativo da Escola de Saúde
pelo Sv Sau EB otimiza o serviço de saúde para melhoria do atendimento prestado a família do Exército, ano 2, n. 1. Rio de Janeiro: EsSEx, jan/dez 2013.
militar e a redução de custos pelo atendimento inicial e acompanhamento de todos,
encaminhando as necessidades comprovadas ao atendimento especializado. Esse modelo em BRASIL. Ministério da Educação. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_conten&view=article&id=19170:mec-
parte já é adotado pela Aeronáutica desde 2010, com nome de PASIN (Programa Assistencial firma-acordo-com-exercito-para-acoes-na-area-da-saude&catid-212<emid=86>.
Integrado). Acesso em: 19 abr. 2014.
MOURA, Eduardo. Retrato de um Nacionalista: uma biografia romanceada de
MÉTODOS: Revisão bibliográfica de Documentos Oficiais. Severino Sombra. Vassouras-RJ: Universidade Severino Sombra, 2010.
RESULTADOS: O curso deve ofertar ao estudante contemplar o sistema de saúde vigente no MARINS, João. Educação Médica: gestão, cuidado, avaliação. São Paulo: Editora
Hucitec, 2011.
país, a atenção integral da saúde num sistema regionalizado e hierarquizado de
referência e contra referência e o trabalho em equipe multidisciplinar, atender as PERFIL do Médico de Família e Comunidade – Definição Iberoamericana, Colômbia
necessidades sociais da saúde, com ênfase no SUS /Sistema de Saúde Militar, e assegurar a 2010. Disponível em: <http://sbmfc.org.br/media/file/documentos/perfil_mfc.pdf>.
Acesso em 20 jul. 2014.
integralidade da atenção e a qualidade e humanização do atendimento.
70
DIVISÃO DE SAÚDE DO 5˚ BIL
Figura 16: Símbolo e Nome da Divisão de Saúde do 5º Batalhão de Infantaria Leve Aeromóvel
– Lorena – SP.
71
APÊNDICES
72
Foto 02: Livro de Registro de Atendimentos Médicos da UMN1 no BRABAT26.
73
Foto 03: Situação de limpeza urbana no Haiti.
74
Foto 05: Animais, como o porco, no centro e ao fundo da foto, são comuns e vistos soltos em todos
os lugares, em todas as regiões do país.
Foto 06: Animais, como as cabras, no centro da foto, são comuns e vistos soltos em todos os lugares,
em todas as regiões do país.
75
Foto 07: Visão mostrando favelas em Porto Príncipe e a falta de saneamento básico e contaminação
hídrica.
Foto 08: Mercado / feira em estrada no Haiti. A população costuma fazer comércio informal na beira
das rodovias do país.
76
Foto 09: Comboio do CONTBRAS retornando para a Base General Bacellar após atuação no
Furacão Irma na região norte do HAITI.
77
Foto 10: Ambulância de Resgate usada pelos militares brasileiros no Haiti.
78
Foto 12: Ambulância CTI Móvel Blindada (URUTU) com 2 leitos internos.
Foto 13: Organização do Comboio para sair a fim de averiguar a região ao norte do Haiti após a
passagem do Furacão Irma.
79
Foto 14: Viaturas do Batalhão de Infantaria e da Companhia de Engenharia do Comboio da Operação
de Apoio ao Haiti pelo advento da passagem do Furacão Irma no país.
80
Foto 15: Procedimento Cirúrgico de eletrocauterização de verrugas genitais.
81
Foto 16: Monumento na entrada (parte interna) do BRABAT.
Foto 17: Entrada do BRABAT – Base General Bacellar, no interior do Campo General Jaborandy.
82