Aula 02 - 18022021

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HOMEOPATIA

Princípios ou Fundamentos

Prof. Dr. Alvaro Galdos


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◦ Conceitos de Homeopatia
◦ Princípios da Homeopatia
◦ Lei dos semelhantes
◦ Patogenia
◦ Simillimum
ROTEIRO DA AULA ◦ Experimentação no homem sadio
◦ Doses mínimas
◦ Remédio único
◦ Escolas Homeopáticas
◦ Medicamento homeopático
◦ Conceitos e definições
HOMEOPATIA
• Método terapêutico baseado na lei natural de cura similia similibus curantur, ou seja ,

o semelhante será curado pelo semelhante.

• Sistema científico e filosófico bem determinado, com uma metodologia de pesquisa

própria, que se apoia em dados da experimentação clínica de drogas e de

medicamentos homeopáticos no homem sadio, para sua posterior aplicação no

homem doente.
PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA
• Lei dos semelhantes

• Experimentação no homem sadio

• As doses mínimas

• Remédio único
LEI DOS SEMELHANTES
• Também chamada do princípio da similitude.

• Precursores : Hipócrates e Paracelso - por meio de suas obras difundiram a lei

dos semelhantes.

• Hahnemann foi o descobridor do seu mecanismo de aplicação e de sua

utilização científica na cura dos doentes.


LEI DOS SEMELHANTES
• Qualquer substância capaz de provocar em um homem sadio, porém

sensível, determinados sintomas é capaz de curar , desde que em doses

adequadas, um homem que apresente um quadro mórbido semelhante ,

com exceção das lesões irreversíveis.

• Para aplicar essa lei é necessário saber antecipadamente o que cada droga

é capaz de provocar em indivíduos sadios.


PATOGENESIA
LEI DOS SEMELHANTES
• PATOGENESIA é o conjunto de sintomas e sinais, objetivos (físicos) e subjetivos

(emocionais e mentais), que um organismo sadio apresenta ao experimentar

determinada substância medicinal.

• Para que o organismo produza sintomas , é necessário que a dosagem da substância

testada seja forte o bastante para promover o desequilíbrio no organismo, e o mesmo

tenha um alto grau de sensibilidade à substância testada.


SIMILLIMUM
LEI DOS SEMELHANTES
• Simillimum é o remédio que abrange a totalidade dos sintomas de um

homem doente, ou seja, aquele medicamento cuja patogenesia melhor

coincidir com os sintomas apresentados pelo paciente.

• A indicação de um medicamento homeopático depende das características

pessoais e reacionais do paciente.


LEI DOS SEMELHANTES
• O médico tratará o paciente como uma unidade corpo-mente, que recebe

continuamente influências dos ambientes natural e social.

• Enfermidade é o resultado da reação insuficiente do organismo diante da doença.

• Deve-se estimular a reação orgânica para que esta possa sobrepujar a força da doença.

• Quando administramos uma droga que provoca sintomas semelhantes aos que o paciente

está sentindo, observamos num primeiro momento um aumento transitório dos sintomas.
LEI DOS SEMELHANTES
• Com o fim do efeito farmacológico, após a droga ter sido eliminada,

notaremos um efeito biológico de sinal contrário, que é traduzido pela

reação orgânica à droga.

• Como a droga e a doença provocam sintomas semelhantes, haverá um

aumento sincrônico da reação orgânica, que proporcionará a melhora ou a

cura do paciente.
EXEMPLO DA APLICAÇÃO DO SIMILLIMUM:

• Durante uma consulta como o homeopata, o paciente


relata frequentes hemorragias nas fezes, diarréias
explosivas, gosto amargo na boca, sensação de
sufocamento com falta de ar à noite, grau de
inquietude de espírito, ansiedade e diminuição da
memória, medo de morrer, a sensação de queimação
estomacal diminui com o calor e piora com o frio.
Sintomas semelhantes com a ingestão do arsênico,
logo o simillimum para essa patogenesia, é o
Arsenicum album.
EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM SADIO

• A única forma de conhecer de maneira confiável os efeitos farmacológicos

de uma substância medicinal é experimentando-a no organismo humano

sadio.

• Não são utilizados testes em animais, pois cada espécie apresenta uma

reação própria, muito diferente da reação dos seres humanos. Por serem

distintas as suas constituições.


EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM SADIO

• Experimentação em animais se observa os sintomas mais grosseiros, porque os

animais não se expressam por palavras.

• Os testes em doentes também não são tolerados, pois a mistura dos sintomas

provocados pela doença natural com os sintomas provocados pela droga

teste, impede uma avaliação correta do experimento


EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM SADIO

• Experimentação patogenética é o procedimento de testar substâncias

medicinais em indivíduos sadios para elucidar os sintomas que irão refletir sua

ação.

• Ela é a base para a escolha de um medicamento, possibilitando dessa forma

que a manifestação sintomática do doente e da substância medicinal se

combinem fortalecendo e estimulando os mecanismos de defesa.


EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM SADIO
• As drogas devem ser testadas nas doses tóxicas (sintomas físicos), hipotóxica e dinamizadas

(sintomas emocionais e mentais) para que possam revelar todos os sintomas.

• Dessa forma os sintomas físicos, emocionais e mentais aparecem com uma maior riqueza

de detalhes.

• Com a dinamização pode-se revelar com muito mais facilidade uma variedade de

sintomas altamente refinados e específicos.


EXPERIMENTAÇÃO NO HOMEM SADIO
• Protocolo de pesquisa: método “duplo-cego”.

• Inicia-se com a administração da substância a ser testada em doses ponderais. Depois de

anotados todos os sintomas , é que se passa à dose seguinte, que é uma dinamização

sempre mais diluída que a anterior.

• Os sintomas vão sendo anotados para cada uma das doses, nas três esferas: física,

emocional e mental.

• A patogenesias são compiladas em livros denominados “Matérias Médicas Homeopáticas”


DOSES MÍNIMAS
• Com a finalidade de diminuir os efeitos negativos da agravação, empregou

doses pequenas, diluindo os medicamentos em água e álcool. De acordo

com determinadas proporções.

• Observou que, se o medicamento não era forte o suficiente para produzir a

agravação dos sintomas, não era capaz de promover satisfatoriamente a

reação orgânica.
DOSES MÍNIMAS
• Além de diluir , passou a imprimir agitações violentas, que são as sucussões.

• Com as sucussões diminuía a agravação dos sintomas e dos efeitos tóxicos e

um aumento da reação orgânica.

• A partir daí começou a utilizar diluições infinitesimais e potencializadas pelas

fortes agitações.
DOSES MÍNIMAS
• Diluição do insumo ativo, sempre intercalada pelas sucussões, obedece a

uma progressão geométrica, promovendo uma diminuição de sua

concentração química e um aumento de sua ação dinâmica, que estimula a

reação do organismo na direção da cura.


REMÉDIO ÚNICO
• Hahnemann testava apenas uma droga por vez, na experimentação patogenética.

• Só mudava a prescrição quando o quadro sintomático sofresse uma alteração e depois

que o primeiro medicamento administrado já não atuava no organismo doente.

• Para isso, pesquisava na matéria médica homeopática a patogenesia capaz de cobrir a

totalidade dos sintomas do momento.


REMÉDIO ÚNICO
• O médico procura sempre individualizar o quadro sintomático, para

encontrar o simillimum.

• Apenas um medicamento cobrirá a totalidade dos sintomas.

• O remédio único corresponde um dos fundamentos mais importantes da

homeopatia, mas é o mais difícil de ser realizado na prática, pois exige do

clínico conhecimentos bastante profundos da matéria médica homeopática.


ESCOLAS HOMEOPÁTICAS
ESCOLAS HOMEOPÁTICAS
• Motivos: complexidade da doença observada, imprecisão dos sintomas,

desconhecimento dos princípios homeopáticos, processo de industrialização

do medicamento homeopático, inexistência de patogenesias capazes de

cobrir a totalidade dos sintomas observados no doente, necessidade do

estudo constante e a experiência clínica particular de alguns homeopatas.


ESCOLAS HOMEOPÁTICAS
• Unicismo: o médico prescreve um único medicamento, à maneira de

Hahnemann, com base na totalidade dos sintomas do doente(simillimum).

• Pluralismo também conhecido como alternismo: o médico prescreve dois ou

mais medicamentos para serem administrados em horas distintas,

alternadamente, com a finalidade de um complementar a ação do outro,

atingindo a totalidade dos sintomas.


ESCOLAS HOMEOPÁTICAS
• Complexismo : o médico prescreve dois ou mais medicamentos para serem

administrados simultaneamente ao paciente.

• Os compostos alopatizam a homeopatia, tratam doenças e não doentes.

• Organicismo : o médico prescreve o medicamento visando aos órgãos do

doente, considerando as queixas mais imediatas do paciente. Conduta muito

semelhante do alopata que fragmenta o doente em órgãos e sistemas. Não leva

em conta os sintomas emocionais e mentais.


O QUE É MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO?
O QUE É MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO

• É toda apresentação farmacêutica destinada a ser ministrada segundo o

princípio da similitude, com finalidade preventiva e terapêutica, obtida por

método de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas

(FARM.HOMEOP.BRAS.II).
O QUE É MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO

• O medicamento homeopático visa prevenir ou curar por meio de sua

capacidade de ativar todo um complexo reativo natural.

• Para tanto, deverá ser diluído e potencializado mediante uma

farmacotécnica especial e utilizado de acordo com a lei dos semelhantes.


O QUE É MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO

• Não basta que as substâncias originais e as preparações básicas sejam

apenas diluídas e potencializadas pelos métodos da dinamização para serem

consideradas medicamentos homeopáticos .

• Elas precisam ter sido previamente testadas no homem sadio, de acordo com

os protocolos de experimentação patogenética, e utilizadas em

conformidade com a lei dos semelhantes.


CONCEITOS E DEFINIÇÕES
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
• SUCUSSÃO: consiste na agitação vigorosa e ritmada contra anteparo

semirrígido de fármacos sólidos e líquidos, solúveis e dissolvidos em insumo

inerte adequado.

• TRITURAÇÃO: consiste na redução de fármaco a partículas menores por ação

mecânica, em gral de porcelana, com lactose como excipiente, visando

solubilizar, diluir e dinamizar o mesmo.


CONCEITOS E DEFINIÇÕES
• DINAMIZAÇÃO : É a resultante do processo de diluições seguidas de sucussões

e/ou triturações sucessivas do fármaco, em insumo inerte adequado, com a

finalidade de desenvolvimento do poder medicamentoso.

• INSUMO ATIVO : Droga ou fármaco que se constitui no ponto de partida para

a preparação de medicamento.
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
• DROGA : matéria-prima de origem mineral, vegetal, animal ou biológica

constituída por um ou mais fármacos.

• FÁRMACO : produto ou substância que, em contato ou introduzida em um

sistema biológico, com finalidade terapêutica ou preventiva, modifica uma

ou mais de suas funções.


CONCEITOS E DEFINIÇÕES
• INSUMO INERTE : substância complementar de qualquer natureza , desprovida

de propriedades farmacológicas ou terapêuticas e utilizada como veículo ou

excipiente, bem como material de outra origem destinado ao

acondicionamento de formas farmacêuticas.

• FORMAS FARMACÊUTICAS : são preparações resultantes da manipulação de

insumos ativos e inertes, de acordo com as regras da farmacotécnica.


CONCEITOS E DEFINIÇÕES
• ESCALAS : são as proporções (insumo ativo: insumo inerte) seguidas na

preparação das diferentes diluições. As dinamizações são preparadas

segundo as escalas : Centesimal , Decimal e Cinquenta Milesimal.

• POTÊNCIA : é o poder medicamentoso da droga ou fármaco, desenvolvido

através da dinamização.
MÉTODOS DE PREPARO
REFERÊNCIAS
ALVES, José Maria. Noções Breves de Farmácia Homeopática. 2010. Disponível em:
<http://www.homeoesp.org/art_homeo_0160.html>. Acesso em: 17 jun. 2014.

ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Homeopática Brasileira. 2011. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasi leira/conteudo/3a_edicao.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2014.

ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medicamentos Homeopáticos. 2002. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/faqdinamica/index.asp?Secao=Usuario &usersecoes=36&userassunto=137>. Acesso
em: 17 jun. 2014.

BAROLLO, Célia Regina. O Medicamento Homeopático. 2010. Disponível


em:
<http://www.humaniversidade.com.br/boletins/medicamento_homeopatico.htm>. Acesso em: 17 jun. 2014.
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