EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

URGENTE – TUTELA PROVISÓRIA RECURSAL

JUSTIÇA GRATUITA
DISTRIBUIÇÃO POR APENSO – AUTOS DE AI 0075625-24.2020.8.16.0000

BUCHOLZ TRANSPORTES LTDA – ME, já qualificado nos autos de

primeiro grau, comparece respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio
do seu advogado que abaixo subscreve, com fulcro no artigo 1.015, V1 do Código de
Processo Civil, para interpor:

AGRAVO DE INSTRUMENTO
COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA RECURSAL

em face da decisão proferida pelo Juízo da Vara Cível da

Comarca de Marechal – PR nos autos de Embargos à Execução de nº 0004518-
69.2020.8.16.0112, calcado nas razões de fato e de direito que passa a expor.

Pugna-se pelo recebimento do recurso, análise do pedido de

tutela provisória recursal e pela intimação da parte contrária para, querendo,
contrarrazoar no prazo legal.

1
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;

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 Oportunamente, em atendimento ao art. 1.017, I do NCPC,
informa-se o nome e endereço profissional do procurador da AGRAVANTE e do
AGRAVADO:

Advogado AGRAVANTE: JACKSON DA SILVA WAGNER,

brasileiro, solteiro, devidamente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção
do Paraná, sob o n. 79.916; ALINE JANINY LACERDA GIANINI OAB/PR, 83230, ambos
com escritório profissional na Rua Barão do Rio Branco, n° 1694, Centro, na cidade de
Toledo - PR, local onde recebe notificações e intimações, e-mail:
[email protected].

Advogado AGRAVADO: Rosângela da Rosa Corrêa, OAB/PR

34524.

Relaciona, ainda, as cópias das peças que formam o instrumento:

a) Petição inicial;
b) Decisão recorrida;
c) Cópia da Procuração.

Nestes termos,
pede e espera DEFERIMENTO.
Toledo/PR, 1 de março de 2021.

(assinado digitalmente)
JACKSON DA SILVA WAGNER
OAB/PR 79.916

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 EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
PRECLARO RELATOR
COLENDA CÂMARA
ILUSTRES JULGADORES

RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA RECURSAL

AUTOS Nº 0004518-69.2020.8.16.0112
DISTRIBUIÇÃO POR APENSO – AUTOS DE AI 0075625-24.2020.8.16.0000
AÇÃO: EMBARGOS À EXECUÇÃO
AGRAVANTE: BUCHOLZ TRANSPORTES LTDA – ME
AGRAVADO: BANCO BRADESCO S/A
JUÍZO DE ORIGEM: Vara Cível da Comarca de Marechal-PR

1. DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE

O presente recurso é próprio, tempestivo, as partes são legítimas

e estão devidamente representadas.

Demais disso, o preparo recursal fica dispensado pois o objeto do

recurso é justiça gratuita, conforme o artigo 99, § 7º do CPC.

Informa-se que o Cartório não expediu em tempo hábil a certidão

de intimação da decisão agravada, razão pela junta-se cópia da tela do processo
eletrônico (projudi) que demonstra a tempestividade do recurso. Ademais, por se
tratar de processo eletrônico, a referida certidão é peça facultativa, conforme o art.
1.015, § 5º do CPC/2015.

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 Portanto, estão preenchidos os pressupostos de admissibilidade,
razão pela qual requer seja o agravo de instrumento conhecido e provido na forma
que se passa a fundamentar.

2. BREVE RELATO E DO DIREITO

2.1 JUSTIÇA GRATUITA: PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS

NECESSÁRIOS – REQUISITOS DA PESSOA JURÍDICA AGRAVANTE QUE NÃO PODEM SER
CONFUNDIDOS COM A PESSOA JURÍDICA DO SÓCIO, VEZ QUE ESTE NÃO É PARTE NA
AÇÃO E O DIREITO FUNDAMENTAL DE AÇÃO ESTÁ SENDO EXERCIDO PELA PESSOA
JURÍDICA – DOCUMENTOS QUE COMPROVAM A AUSÊNCIA DE MOVIMENTAÇÃO
FINANCEIRA E A PRECÁRIA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO AGRAVANTE – INÚMERA AÇÕES
DE EXECUÇÕES – INSCRIÇÕES NO SPC E SERASA EM VALORES AUTOS – INCAPACIDADE
DO AGRAVANTE EM QUITAR ATÉ AS DÍVIDAS IRRISÓRIAS E PEQUENAS – AUSENCIA DE
MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA – MICROEMPRESA QUE SOBREVIVE SE UTILIZANDO DO
LIMITE DA CONTA (QUE INCLUSIVE FOI BLOQUEADO JUDICIALMENTE) – O QUE
DENOTA A SITUAÇÃO ATUAL QUE IMPOSSIBILITA O PAGAMENTO DE CUSTAS E
HONORÁRIOS SEM PREJUÍZO DO SEU SUSTENTO – SITUAÇÃO IDÊNTICA ANALISADA
NO AGRAVOD DE INSTRUMENTO Nº 0075625-24.2020.8.16.0000

Incialmente, por força do parágrafo único do art. 930 do CPC o

presente agravo de instrumento deve ser distribuído por prevenção junto ao agravo
de nº 0075625-24.2020.8.16.0000, vez que a ação de primeiro grau trata das
mesmas partes e do mesmo assunto que a ação que embasou aquele agravo (a
instituição financeira protocolou ações em duplicidade, cobrando valores do
mesmo contrato, o que ensejou em nova defesa via embargos à execução)

Pois bem.

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 Os Agravantes ajuizaram Embargos à Execução de nº 0004518-
69.2020.8.16.0112.

Na referida ação formulou pedido de justiça gratuita e juntou

documentos.

Contudo, o magistrado indeferiu o pedido de justiça gratuita no

evento 40 (item 4) e impôs o parcelamento das custas.

A decisão merece reforma.

Com todo o respeito a magistrada, pouco interessa que a certidão

constatou no evento 10.1 bens em nome do sócio, já que a ação é em nome da pessoa
jurídica apenas, que não se confunde com aquela e o direito fundamental e ação está
sendo exercido pela pessoa jurídica. Demais disso, a própria certidão do evento 10.1
dispõe que dos 20 (vinte veículos), 08 (oito) possuem restrições e bloqueios judiciais.

O DRE 2020 (Demonstrativo do Resultado do Exercício) em

anexo comprova que em 2020 a agravante teve prejuízo financeiro. E está com o
caixa negativo em R$ 32.240,77.

Os extratos bancários em anexo da Agravante no Banco do

Brasil que demonstra que todo o mês ela se utiliza do seu limite de cheque especial
para sobreviver, pagar pessoal, honrar obrigações e manter as operações ativas.
Fato este já narrado no primeiro grau, no agravo de instrumento e que agora se
reforça com mais extratos.

Os extratos bancários da Agravante no Banco Bradesco que

demonstra saldo negativo até 2020, ano da última movimentação da conta.

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 A justiça gratuita não pressupõe estado de miserabilidade
como afirmado na decisão (a miserabilidade é essencial na assistência judiciária
gratuita fornecida pela defensoria pública, conceito diverso), mas sim
impossibilidade, ainda que momentânea, de pagamento de custas sem prejuízo da
renda familiar:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. PEQUENO PRODUTOR

RURAL. JUSTIÇA GRATUITA. O benefício da gratuidade não supõe estado de miserabilidade
da parte. Análise individualizada das condições da requerente que leva à conclusão de que
não possui meios para suportar o custo processual, sob pena de comprometer o sustento
próprio e da família. A justiça gratuita pode oportunamente ser revogada, provando a
parte contrária a inexistência ou o desaparecimento dos requisitos essenciais à concessão.
Precedentes jurisprudenciais. AGRAVO PROVIDO, DE PLANO. (TJRS - AI: 70080712235 RS,
Relator: Paulo Roberto Lessa Franz, Data de Julgamento: 22/02/2019, Décima Câmara
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 26/02/2019)

A Agravante é uma pequena empresa de transportes (ME -

microempresa) que passa por sérias dificuldades financeiras.

A inscrição do SPC/SERASA do evento 1.7 demonstra que a

microempresa possui inscrições de valores módicos, como de R$ 1.300,00 (mil e
trezentos reais) por exemplo. Convenhamos, uma microempresa com saúde financeira
adequada não estaria devendo valores tão módicos na praça. São inúmeras inscrições
em valores medianos que indicam a dificuldade da microempresa em quitar até as
dívidas de pequena e média monta, o que comprova as dificuldades financeiras.

Demais disso, o relatório do evento demonstra que a Agravante

é executada em diversas ações de valores altos, todas em que está inadimplente, em
trâmite no projudi em desfavor da Agravante

Fosse a Agravante rica ou estivesse sendo movimentada

financeiramente certamente as referidas ações cíveis já teriam sido arquivadas em
razão da quitação ou acordo de parcelamento. Pelo contrário, na espécie as ações
continuam em andamento pelo fato de que a Agravante não possui dinheiro disponível,
vez que está impossibilitada financeiramente de quitar suas dívidas.

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 O documento do evento 22 (último balanço da empresa do ano
de 2019) confirma a dificuldade financeira. De acordo com o balanço da empresa
(parte Embargante, pouco interessa aqui a condição dos seus sócios já que se tratam
de pessoas distintas), temos que o total das despesas regulares e operacionais são bem
maiores que o lucro. Além disso, o último balancete do ano de 2019 demonstra que o
lucro líquido da empresa (descontadas as despesas e confrontadas com as entradas)
caiu drasticamente quando comparado e 2018 e chegou a R$ 35.193,41 (trinta e
cinco mil, cento e noventa e três mil reais e quarenta e um centavos). Ao
dividirmos isso por 12 meses temos o valor mensal de R$ 2.932,78 (dois mil
novecentos e trinta e dois reais e setenta e oito centavos), o que não dá nem 3
salários mínimos de renda e lucro por mês. E o TJPR entende que para o caso de
renda/lucro até 3 salários mínimos é imprescindível o deferimento da justiça gratuita:

Portanto, aplica-se, por analogia, o entendimento

jurisprudencial:
DECISÃO MONOCRÁTICA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIÇA GRATUITA.
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E MATERIAIS. DECISÃO
AGRAVADA QUE REVOGOU O BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.
AFIRMAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS. PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE.
DEFERIMENTO DO BENEFÍCIO INDEPENDENTE DE COMPROVAÇÃO DO
COMPROMETIMENTO DA RENDA PARA AQUELES QUE TENHAM RENDA INFERIOR A 03
(TRÊS) SALÁRIOS MÍNIMOS. AGRAVANTE QUE PERCEBE RENDA BRUTA SUPERIOR AO TETO.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (Processo: 0003567-57.2019.8.16.0000. Rel. Sigurd
Roberto Bengtsson. 11ª Câmara Cível. Data da Publicação: 05/02/2019)

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 AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INVENTÁRIO. DECISÃO AGRAVADA QUE
INDEFERIU A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA, POR SE
TRATAR DE AUTOS DE INVENTÁRIO E HAVER BENS A INVENTARIAR. INSURGÊNCIA DOS
AUTORES DO INVENTÁRIO. RENDIMENTOS COMPROVADOS QUE FICAM AQUÉM DO
EQUIVALENTE A 03 (TRÊS) SALÁRIOS MÍNIMOS. IMPOSSIBILIDADE DE ARCAR COM AS
CUSTAS PROCESSUAIS SEM O PREJUÍZO DO PRÓPRIO SUSTENTO OU DA FAMÍLIA.
FUNDAMENTOS SUFICIENTES PARA A CONCESSÃO DA GRATUIDADE. DECISÃO AGRAVADA
REFORMADA”. Recurso conhecido e provido. (TJPR - 11ª C. Cível - AI - 1741143-1 - Sengés
- Rel.: Sigurd Roberto Bengtsson - Unânime - J. 12.09.2018)

Além disso, o extrato da conta corrente em anexo demonstra a

real situação financeira da Agravante que só tem sobrevivido por utilizar o seu cheque
especial. Como já declinado no agravo de instrumento nº 0075625-24.2020.8.16.0000,
bem como se vê no extrato no dia 11 a Agravante possuía um saldo do cheque especial
de aproximadamente R$ 27.000,00 (vinte e sete mil reais); após pequenos depósitos
o cheque especial subiu para pouco mais de R$ 28.000,00 (vinte e oito mil reais). Isso
demonstra que a microempresa, que não se encontra em boa situação financeira, se
utiliza do cheque especial para sobreviver. E a situação se agravou, pois no dia
15/12/2020 foi realizado um bloqueio judicial (execução em apenso – valor de R$
408.040,130), que impossibilitou a época a Agravante de movimentar seu cheque
especial, pois o limite disponível estava em R$ 0,00 (esse bloqueio indevido do limite
da conta/cheque especial foi resolvido na respectiva Execução).:

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 Diante de todo o exposto, resta comprovada a situação precária
e de complicada saúde financeira da Agravante, razão pela qual requer seja a liminar
que concedeu provisoriamente a justiça gratuita seja confirmada no julgamento de
mérito.

Por fim, incide a Súmula 481 do STJ que dispõe sobre o direito à
justiça gratuita da empresa que demonstrar hipossuficiência, o que é o caso.

Sobre o assunto:

DECISÃO MONOCRÁTICA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO MONITÓRIA.

INDEFERIMENTO DA JUSTIÇA GRATUITA NA ORIGEM. PESSOA JURÍDICA. ALEGADO
EXCESSO DE DÍVIDAS. PRETENDIDA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. POSSIBILIDADE.
INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 481 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. EXISTÊNCIA DE
INDICATIVOS A RESPEITO DA SITUAÇÃO ECONÔMICA DEFICITÁRIA DA EMPRESA
AGRAVANTE. DOCUMENTOS QUE DEMONSTRAM A INCAPACIDADE DE ARCAR COM AS

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 CUSTAS PROCESSUAIS. DECISÃO DE PLANO, NOS TERMOS DO ARTIGO 932, INCISO V, ALÍNEA
C, DO CPC. RECURSO PROVIDO. (TJPR - 18ª C.Cível - 0021850-31.2019.8.16.0000 - Londrina
- Rel.: Desembargador Espedito Reis do Amaral - J. 27.05.2019)

Evidente, portanto, a impossibilidade de a Agravante arcar com

as custas e honorários de sucumbência, razão pela qual requer o deferimento da
justiça gratuita.

Sendo colocada em dúvida os documentos e alegações da

Agravante o Relator possui o poder-dever de investigar, via infojud, se o Embargante
é mesmo apta a ser beneficiário da justiça gratuita, como entende a jurisprudência e
se verá a frente.

Diante de todo o exposto, requer seja reformada a decisão de

primeiro grau para que ocorra o deferimento dos benefícios da justiça gratuita para a
Agravante. Subsidiariamente, requer seja deferido o recolhimento das custas ao final
do processo, pelo vencido, pois o feito já foi contestado e o próximo passo é o
julgamento antecipado da causa (prova exclusivamente documental).

3. DA CONCESSÃO DA TUTELA PROVISÓRIA EM SEDE RECURSAL

Pugna-se neste tópico pela concessão da tutela provisória

recursal (art. 1.019 c/c art. 932, NCPC2), a fim de que o Relator do recurso conceda
desde já a medida de urgência pleiteada neste Agravo de Instrumento.

Observe-se que os requisitos da tutela provisória recursal, são os

mesmos da tutela provisória de urgência, atualmente previstos no artigo 300 do NCPC,

2
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de
aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a
pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
Art. 932. Incumbe ao relator:
(...)
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;

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quais sejam a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo.

A probabilidade do direito (antiga verossimilhança) resta

demonstrada por meio dos documentos em anexo, bem como por meio de todo o
conjunto normativo e jurisprudencial trazido à baila anteriormente. Sendo assim,
resta presente a probabilidade do direito da Agravante. Sobre o assunto:

DECISÃO MONOCRÁTICA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO MONITÓRIA.

INDEFERIMENTO DA JUSTIÇA GRATUITA NA ORIGEM. PESSOA JURÍDICA. ALEGADO
EXCESSO DE DÍVIDAS. PRETENDIDA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. POSSIBILIDADE.
INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 481 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. EXISTÊNCIA DE
INDICATIVOS A RESPEITO DA SITUAÇÃO ECONÔMICA DEFICITÁRIA DA EMPRESA
AGRAVANTE. DOCUMENTOS QUE DEMONSTRAM A INCAPACIDADE DE ARCAR COM AS
CUSTAS PROCESSUAIS. DECISÃO DE PLANO, NOS TERMOS DO ARTIGO 932, INCISO V, ALÍNEA
C, DO CPC. RECURSO PROVIDO. (TJPR - 18ª C.Cível - 0021850-31.2019.8.16.0000 - Londrina
- Rel.: Desembargador Espedito Reis do Amaral - J. 27.05.2019)

Lado outro, o perigo de dano também resta demonstrado por

meio dos documentos em anexo, bem como no fato de que não suspender a decisão
recorrida implicará no arquivamento prematuro da ação, já que o juízo de piso
deixou claro que o não recolhimento das custas implicará em extinção da ação,
minando o direito de defesa, de acesso à justiça e de assistência judiciária gratuita
da Agravante.

Diante de todo o exposto, requer ao Relator o deferimento da

tutela de urgência recursal (art. 1.019 c/c art. 932, CPC) a fim de que, em caráter
de urgência (artigos 300 e 301 do CPC), determine a suspensão da decisão recorrida
e o processamento da ação declaratória de nulidade, com a imediata análise do
pedido liminar realizado em primeira instância, até ulterior decisão do Tribunal
sobre o benefício da justiça gratuita. Frise-se que não busca o efeito suspensivo
para suspender a ação, o que prejudicaria o agravante que tem necessidade de ver
a ação processada para extinguir a execução o mais rápido possível, mas sim o
efeito ativo de concessão provisória da justiça gratuita.

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 Subsidiariamente, requer seja deferido o recolhimento das
custas ao final do processo, pelo vencido, pois o feito já foi contestado e o próximo
passo é o julgamento antecipado da causa (prova exclusivamente documental).

4. CONCLUSÃO

Por todo o exposto, requer seja o presente agravo de instrumento

conhecido e provido, para que:

Em sede liminar, requer ao Relator o deferimento da tutela de

urgência recursal (art. 1.019 c/c art. 932, CPC) a fim de que, em caráter de urgência
(artigos 300 e 301 do CPC), determine a suspensão da decisão recorrida, até ulterior
decisão do Tribunal sobre o benefício da justiça gratuita. Subsidiariamente, requer
seja deferido o recolhimento das custas ao final do processo, pelo vencido, pois o feito
já foi contestado e o próximo passo é o julgamento antecipado da causa (prova
exclusivamente documental). Frise-se que não busca o efeito suspensivo para
suspender a ação, o que prejudicaria o agravante que tem necessidade de ver a
ação processada para extinguir a execução o mais rápido possível, mas sim o efeito
ativo de concessão provisória da justiça gratuita.

Ao final, seja a tutela provisória recursal confirmada com a

consequente reforma da decisão interlocutória proferida pelo Juízo a quo, a fim de
que seja deferida a justiça gratuita para a Agravante. Subsidiariamente, requer seja
deferido o recolhimento das custas ao final do processo, pelo vencido, pois o feito já
foi contestado e o próximo passo é o julgamento antecipado da causa (prova
exclusivamente documental).

Nestes termos,
pede e espera DEFERIMENTO.

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