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Va n d eci d o s S a n tos

ADVOCACIA E CONSULTORIA JURIDICA

EXMO.(A) SR.(A) DR.(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA VARA DO


TRABALHO DE SALVADOR/BA

DAIANE XAVIER MOURA, brasileira, solteira, design de sobrancelhas, CPF sob n.º
828.716.205-04, RG: 09.461.620-50 SSP/BA, emitida 21/05/2010, CTPS 84345 –
SERÍE 00075 – BA, PIS 200.10121.75-1, residente e domiciliado na Rua Dr. Mario
Campos s/n.º Bloco 506- Apartamento 002- Parque Bela Vista, Salvador/BA CEP:
40.279-220, por meio de sua advogada e procuradora que esta subscreve, vem à
presença de Vossa Excelência com fulcro no art. 840 da CLT propor a presente:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Contra BD DESIGN DE SOBRANCELHAS LTDA, Pessoa Jurídica de Direito


Privado, Inscrita sob n. 41.009.982/0001-60, CNAE 9602-5/02, situada na Av. Antonio
Carlos Magalhães n.o 656, Loja Shopping Itaigara, Sala 52AT – Itaigara Salvador/ BA
CEP: 41.825-905. Endereço eletrônico: [email protected], (71)99281-9330,
pelos motivos e fundamentos que passa a expor:

Rua Des. Moacir Pitta Lima n. o 47 -1. 0 andar Setor H Mussurunga 1 CEP: 41.490.450,

E ma il: vandecis antos.ad v@homa il.com Cel: 71 9815 4-5685


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DA CONCESSÃO DA JUSTIÇA GRATUITA

A Requerente, atualmente tem sob sua responsabilidade a manutenção de sua família,


não pode arcar com as despesas processuais e honorários periciais, se houver, uma vez
que, esta desempregada.

Para concessão do benefício, os documentos apresentados são por si só suficientes para


corroborar com o direito da Requerente conforme esclarece a redação do art. 99 CPC:
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição
inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo o u
em recurso.
§ 1o Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido
poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e
não suspenderá seu curso.
§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos aut os elementos
que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida
exclusivamente por pessoa natural.(grifo nosso)

Desta forma, como prova junta-se ao presente pedido, a declaração de hipossuficiência e


a CTPS anexos, uma vez que, possuem presunção de veracidade, tão somente pode ser
desconsiderada em face de elementos probantes suficientes em contrário, conforme
precedentes sobre o tema:
EMENTA BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GR ATUITA. PRESEUNÇ ÃO DE
VERACIDADE DA DECLARAÇ ÃO DE INSUFICIENCIA ECONOMICA. É
presumivelmente verdadeira a declaração de insuficiência econômica
formulada pelo trabalhador, sendo devida a concessão do benefício da
gratuidade de justiça, salvo na hipótese em que demonstrada a falsidade de seu
teor. Aplicação do art. 99, §3º do CPC/2015. (TRT4, RO 0020099 -
75.2016.5.04.0201, Relator (a): Tânia Regina Silva Reckiegel, 2ª Turma,
publicado em : 16/03/2018)

AGR AVO INSTR UMENTO, R ECURSOS ORDINÁRIO. GRATUIDADE


JUSTIÇA, HIPOSSUFICIENCIA EC ONOMICA. MER A DECLARAÇ ÃO.
Para o deferimento do benefício da justiça gratuita exige-se tão somente a
declaração da parte quanto à sua hipossuficiência. Agravo Instrumento
interposto pela reclamante conhecido e provido. (TRT -1,
00000082120175010521, Relator Desembargador/ Juiz do Trabalho: Márcia
Leite Nery, Quinta Turma, Publicação: DOERJ 19-04-2018)

Por tais razões, com fundamento no art. 5º, LXXV da Constituição Federal, pelo art. 98
do CPC c/c art. 790, § 4º da CLT, requer o deferimento das benesses da gratuidade
judiciária em favor do Reclamante.
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DA PRESCRIÇÃO

Vale ressaltar, os direitos pleiteados pela Reclamante, encontram-se inserindo no prazo


prescricional estabelecido pelo Art 7º, Inciso XXXIX da Constituição Federal c/ c Art.
11 da CLT, ou seja, no prazo prescricional de 05 (cinco) anos, haja vista que, o termino
do contrato de trabalho em 08 de janeiro de 2024.

DO CONTRATO DE TRABALHO

A Reclamante foi admitida em 14/07/2017 para exercer a função de Auxiliar de Design


de Sobrancelhas, percebendo com salário base inicial de R$ 1.100,00 (um mil e cem
reais) mensais, sendo demitido sem justa causa no 09/12/2021, tendo recebido como
ultima salário base o valor de R$ 1.100,00 (um mil, cem reais) totalizando 04 meses e
23 dias, conforme CTPS e Rescisão, anexas.

Durante o desempenho de seu oficio, a Reclamante desenvolvia as seguintes atividades:


auxiliar de design e auxiliar de limpeza.

Observa-se ainda que, o rompimento do contrato de trabalho ocorreu por dispensa sem
justa, no dia 09 de dezembro de 2021, data pela qual, o trabalho foi definitivamente
interrompido.Assim, o aviso prévio ocorreu de forma indenizatória, sendo registrados
por duas vezes, conforme documentos anexos.

Contudo, no momento da dispensa, a Reclamante somente recebeu de forma parcial as


verbas devidas em decorrência da rescisão contratual, no total de R$ 1.951,69 (um mil,
novecentos e cinquenta e um reais, sessenta e nove centavos), em 17/12/2021, sendo
estas devidas, assim, como todas as verbas ora pleiteadas, devendo ser abatidas apenas
aquelas recebidas ao mesmo título, conforme Rescisão anexa.

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É de conhecimento de todos que, em razão da pandemia do vírus SARS-CoV-2


(“coronavírus”), causador da doença COVID-19, as empresas devem tomar medidas
asseguratórias determinadas pelo Ministério da Saúde, a fim de, prevenir o contágio do
virus aos clientes, bem como, garantir um ambiente salubre aos seus empregados.
Todavia, a reclamada, nada o fez, sendo necessário, que a Reclamante ultilizasse objetos
pessoais, tais como: alcool em gel, e máscaras dentro do ambiente de trabalho .

Assim fica evidente que, a empresa Reclamada não cumpriu com os devidos
pagamentos das verbas rescisórias, a qual faz jus a Reclamante, onde tais fatos serão
comprovados pela ampla documentação anexa, assim como, serão confirmados em
futura oitiva de testemunhas, as quais serão oportunamente arroladas.

Diante deste contexto, insuportável de tamanha injustiça social, levou a Reclamante, a


levar ao Juízo, a fim de deduzir verbas que não foram pagas durante o contrato de
trabalho, assim, depois de explanados os motivos de fato e de direito, requer seja a
presente reclamação, julgada procedente.

DA JORNADA LABORAL

Inicialmente, a Reclamante exercia função de auxiliar de design de sobrancelhas,


cumprindo uma jornada diária de 08 horas de segunda-feira a quarta-feira das
10h00mim às 18h00min e de quinta-feira a sexta-feira das 10h00mim às 19h00min com
1 hora de intervalo, para descanso e refeição, as quais eram exercidas na matriz
localizada no Shopping Itaigara nesta Capital.

DO SALDO DE SALÁRIO

Conforme os art. 459, § 1º, e 463 a 465 da CLT, o salário deve ser pago até o quinto dia
útil do mês subseqüente, seja em dinheiro, cheque ou depósito em conta bancária.

No caso em comento, a Reclamante laborou por 08 dias no período em que ocorreu a


ruptura do contrato de trabalho, fazendo jus ao período trabalhado com base de cálculo
R$ 36,67/dia x 09, totalizado o valor de R$ 330,03, acrescidos do FGTS no valor de R$
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66,01 perfazendo o total estimado em R$ 396,04. Portanto, requer a condenação da


Reclamada ao pagamento do saldo de salário.

DAS FÉRIAS

No presente caso, a Reclamante faz jus ao período proporcional de férias, referente ao


período 2021, 05/12 acrescido do terço constitucional, nos termos do Art. 7.º, XVII da
CF/88 c/c Art. 146, Parágrafo único da CLT, uma vez que, no último período aquisitivo,
a mesma não usufruiu de seu direito de férias.

DO 13º SALÁRIO

A Reclamante faz jus ao pagamento do 13º salário proporcional do ano 2021.

DO TRCT E DAS VERBAS RESCISÓRIAS

A reclamante teve o terminio do contrato de trabalho homologado em 09/12/2021,


conforme TRCT, anexo. Somente para efeitos de liberação do FGTS que estava
depositado e das guias para recebimento do Seguro Desemprego, a reclamante assinou o
Termo de Homologação de Rescisão do Contrato de Trabalho, porém, as verbas
rescisórias não adimplidas corretamente, constante a ressalva descrita na folha 09 da
rescisão anexa.

DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO

Tendo em vista, a inexistência de justa causa para rescisão do contrato de trabalho,


nasceu o direito ao Aviso Prévio indenizado, haja vista que, o art. 487, § 1º da CLT,
estabelece que a não concessão de aviso prévio pelo empregador dá direito ao
pagamento dos salários do respectivo período, integrando-se ao seu tempo de serviço
para todos os fins legais.

Ademais, no momento da comunicação do suposto desligamento da empresa, a


reclamante foi obrigada a assinar dois avisos prévios com datas distintas, gerando
grande a confusão mental, diante de situação delicada que consiste a rescisão contratual.

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Dessa forma, o período do aviso prévio indenizado, corresponde a mais 30 dias de


tempo de serviço para efeitos de cálculo do 13º salário, férias + 40%.

DO FGTS

Ao analisarmos o Extrato do FGTS da Reclamante, verificar-se que foram efetuados os


depósitos da importância correspondente à remuneração do período de vigência do
contratual, conforme extrato do FGTS anexo.

DO ACÚMULO DE FUNÇÃO

Apesar de que, a Reclamante ter sido contratada como auxiliar de design de


sobrancelhas, ocupava também o cargo de auxiliar de limpeza, desempenhando as
atividades de limpeza e coleta do lixo em geral, inclusive limpeza dos banheiros da loja.
Entretanto, durante todo o pacto laboral, sequer recebeu qualquer valor referente a este
acúmulo de função.

Assim, como já citado acima, materializou-se um acúmulo de serviços substancial,


porém, sem devida correspondência remuneratória, contrariando, assim, a característica
básica da CLT, qual seja que, os direitos e obrigações guardam a devida
proporcionalidade e nos limites do contrato de trabalho, haja vista, a ter a reclamada
imposta uma carga de trabalho maior, com ausência da contrapartida no tocante à
remuneração.

Diante do exposto, requer a condenação do Reclamado ao pagamento do adicional plus


salarial de atribuições havido, estimado em 50% do seu salário

DAS HORAS EXTRAS

Durante do pacto laboral, a Reclamante exerceu sua atividade em horários


extraordinários, uma vez que, era requisitada pela Reclamada, para exercer suas
atividades até sair mais tarde, sem o pagamento da contrapartida, conforme documento
acostado nos autos.

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Como pode certificar nos contracheques acostados, a Reclamante nunca recebeu pelas
horas extras trabalhadas, pelo fato que, a duração de jornada de 09 horas, o que gera 1h
diária, sem ser renumerada e tampouco compensação de horas, conforme Convenção
Coletiva anexa.

Tomando como base, a jornada semanal de 44horas mensais, perfazendo um total 05


meses, haja vista que, durante o lapso laboral. .

Assim, resta configurado que a Reclamante faz jus ao direito às horas extras em 50%,
perfazendo o total estimado valor das horas-extras e reflexos de R$ 386,91.

DA CARACTERIZAÇÃO DE RESCISÃO INDIRETA POR NÃO


FORNECIMENTO DE EPI´S

Conforme os fatos narrados anteriormente, a Reclamada não fornecia os epi´s


necessarios para fornecimento do estabelecimento comercial, haja vista, seu ramo de
atividade ser de cuidados pessoais, e ainda em tempo da pandmeia do vírus SARS-CoV-
2 (“coronavírus”), causador da doença COVID-19.

Com as determinações do Ministério da Saúde, como também, as orientações dos


orgãos executivos municipais para abertura deste tipo de comércio, asseveram que as
empresas deverão tomar todas as precauções para evitar a contaminação dos clientes e
seus funcionários pelo covid_19.

Para tanto, as empresas deveriam que se adaptar, seja limitando a entrada de clientes, e
ainda, fornecendo equipamentos de proteção individual para seus funcionários, como
máscaras, luvas, álcool em gel, e demais EPI’s que eliminem ou mitiguem a propagação
do vírus.

De mesmo modo, o art. 166 da CLT, dispõe sobre a obrigação do fornecimento de


equipamento de proteção individual, de forma gratuita, pela empresa aos empregados e

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assim sendo, o fornecimento de EPIs aos trabalhadores principalmente durante esta


pandemia, um requisito fundamental para manutenção das condições de saúde e
segurança do ambiente de trabalho, e ainda, por garantir a integridade física dos
funcionários e dos clientes os quais ele atende, requer a caracterização de rescisão
indireta, nos termos do art. 483, alínea “c” da CLT.

DO DANO MORAL POR ASSEDIO MORAL

No caso em questão, deve considerar que o inequivoco abalo à diginidade do


trabalhador, haja vista, o Reclamante ser submetido às situações insustentáveis,
resultado ao direito à indenização por dano moral em face conduta arbitrária, abusiva,
da reclamada.

Vale relatar que, e mediante a conduta lesiva à honra objetiva do Reclamante,


perfeitamente caracterizado pelo dano extrapatrimonial previsto nos arts. 223-B e 223-c
do CLT

Também, o procedimento adotado pela Reclamada, ao exigir o cumprimento de metas


absurdas, levaram ao verdadeiro terror e constrangimentos a todos empregados que
estavam submetidos e a ela vinculados.

Ao longo de todo o pacto laboral o Reclamante era obrigada a vendem os seus


disponiveis na loja, um total de R$ 50 mil em vendas, com a promessa de 3% de
comissão de acordo com a prova testemunhal a ser recolhido em audiência.

A Reclamante tem amparo legal, no pese a propositura de tal medida, nos temos do art.
114, inc. VI da Constituição Federal, o qual, determina que a Justiça do Trabalho é
competente para processar e julgar as ações de indenização por dano moral e material,
oriundas na relação de trabalho.

Deste modo, a reparabilidade do dano moral, advêm no artigo 5º, incisos V e X da


Constituição Federal, e expressamente consagrada no Código Civil Brasileiro, em seus
artigos 186 c/c 927, in verbis:

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Art. 5º [...] X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e


a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação

Igualmente, o Código Civil, em seu art. 186, também assegura a devida reparação pelos
danos causados:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou


imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o
dano. [...]

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.

Neste sentido, a Reclamada usa de práticas predatórias em face de seus empregados, a


fim de gerar melhores resultados, fato este, que ocorreu durante todo o contrato de
trabalho da Reclamante.

Deste modo, o dano moral caracteriza-se pela lesão ou angústia causada em desrespeito
ao direito da personalidade através de agressões infamantes ou humilhantes,
discriminações atentatórias, divulgação indevida de fato íntima, cobrança vexatória e
outras tantas manifestações inconvenientes passíveis de ocorrer no convívio social.

Ademais, podemos afirmar que o valor de indenização deve ser prevalece pelos
princípios da razoabilidade e proporcionalidade, de modo que, este Quantum
Indenizatório não seja motivo de enriquecimento ilícito, tampouco irrisório, e ainda
tenha como meio de coibir as práticas lesivas em desfavor dos empregados.

Todavia, o empregador, o qual assume os riscos do negócio, deve propiciar a todos os


empregados um local de trabalho no mínimo respeitoso. Isso sob todos os aspectos,
incluindo-se tanto os da salubridade física, como o da salubridade psicológica.

Também, é sabido que a responsabilidade civil objetiva do empregador, ou seja, teoria


do risco da atividade deve a princípio de que todo aquele que obter lucros com uma
determinada situação deve ser responsável pelo risco ou desvantagens em decorrência
de tal atividade.

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Por fim, tratando do emprego como um bem jurídico maio do trabalhandor, ainda como
fonte de subsistência e de seu grupo familiar, em razao de dele aufere renda.

Desta forma, tanto a trabalhadora sofreu retalhação indevida e abusiva, levando as


consequencias para que a receber, e ainda a que depende desta renda, as quais são
desastrosas no que se refere aos pontos moral e material, chegando ao
comprometimento das relações familiares.

Os inúmeros tratamentos desumanos que eram efetuados pelo empregador, durante o


contrato, posteriormente comprovados pela prova testemunhal contribuem como
elementos comprobatórios tampouco não configuram como meras alegações.

Deste modo, requer que a Reclamada seja condenada ao pagamento de indenização por
danos morais no importe de R$ 5.000,00.

DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT

Destarte, caso não ocorra o pagamento das parcelas de natureza incontroversa na


primeira audiência, requer o Reclamante que seja condenada a Reclamada no
pagamento da multa prevista no art. 467 da CLT.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Nos termos do Art. 818 da CLT, “o ônus da prova incumbe ao reclamante, quanto ao
fato constitutivo de seu direito” ocorre que:

“Art 818 § 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades


da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de
cumprir o encargo nos termos deste artigo ou a maior facilidade de
obtenção da prova do fato contrario, poderá o juízo atribuir o ônus
da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído”.

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Destarte, diante do nítido desequilibro na obtenção das provas necessárias, tem-se


necessária a inversão do ônus da prova, sendo amparada pelo principio da distribuição
dinâmica da prova, efetivada pelo art.373 do CPC.

Neste sentido, considerando a busca pela equidade processual, bem com o estado de
hipossuficiência do trabalhador, requer a inversão do ônus da prova, nos termos do Art.
818, § 1º da CLT, e Art. 373, § 1º do CPC.

DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

A reforma trabalhista introduziu o artigo 791-A na CLT permitindo a concessão de


honorários de sucumbência, 5% a 15% sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível sua mensuração, sobre o
valor atualizado da causa.

Pelo exposto, A reclamada deu causa a presente demanda e deste sentido, pugna sejam
condenada ao pagamento dos honorários sucumbenciais devidos nos autos, conforme
previsto no art. 791-A da CLT.

DOS PEDIDOS

Pelo exposto requer a Vossa Excelência a citação da Reclamada para que


compareça à audiência a ser designada, visando acordar ou contestar a ação, se assim
desejar, devendo condená-la no pagamento das parcelas abaixo enumeradas:

1 - Saldo de salário de 09 dias no valor de R$ 396,04.


2- Férias proporcionais 04/12: R$ 733,33
3- 13º salário proporcional: R$ 758,96
4- Aviso Prévio: R$ 1.188,00
5- A condenação ao pagamento de dano moral no valor não inferior a R$
5.000,00, pelos danos de cunho psicológico devido os descontos indevido do TCRT.
6 - Acúmulo de funçao: R$ 550,00 por mês x 4 meses, total de R$ 2.200,00;
7- Multa do artigo 467 da CLT em caso de não pagamento das verbas aqui
pleiteadas na primeira audiência, por serem incontroversas: R$ 1.110,00

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8- FGTS 40% : R$164,28


9- Honorários advocatícios na base de 15% sobre o valor da condenação;
10- Concessão do benefício da Gratuidade da Justiça;
12- A Reclamante manifesta o interesse na realização da audiência de
conciliação/mediação, nos termos do Art. 764 da CLT;
14 – A consideração da dedução dos valores pagos posteiormente à rescisão:
R$ 1.951,69.

Requer Vossa Excelência que seja a presente reclamação julgada


PROCEDENTE, com a conseguinte condenação da Reclamada da forma do pedido e
demais combinações legais, protestando e requerendo de logo pela produção de provas
por todos os meios legalmente permitidos, oitiva de testemunhas, juntada de
documentos, inclusive a título de contraprova e depoimento pessoal do representante da
Reclamada, sob de pena de confissão e tudo o mais que se fizer necessário para o
perfeito deslinde da demanda.

Requer ainda, que seja a Reclamada, citada para que compareça à audiência a ser
designada, visando acordar ou contestar a ação, se assim desejar; devendo a trazer aos
autos, todos os documentos em seus poder necessários à instrução da lide.
Em atenção ao art. 7º da Resolução Administrativa nº 38 de 03 de setembro de 2021
do Órgão Especial, a Reclamante manifesta-se favorável ao Juizo 100% digital, e p ara tanto
disponibiliza, desde já, os meios de contato da parte e sua advogada, de forma que possa
ser realizada a audiência pelas ferramentas usuais deste Tribunal.
WhatsApp da Reclamante: (71) 98706-3325 E-mail do Reclamante:
[email protected]
WhatsApp da Advogada: (71) 98154-5685 E-mail do Advogado:
[email protected]

Atribui-se à presente ação o valor de R$ 9.598,92 meramente para efeitos fiscais.

Nestes termos que se pede deferimento.

Salvador, 11 de fevereiro de 2022.

VANDECI DOS SANTOS


OAB/BA Nº 64025

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