Apostila Do Curso NR-35
Apostila Do Curso NR-35
Apostila Do Curso NR-35
ALTURA (2014)
Introdução a NR 35
Responsabilidades do Empregador
Esta Norma na sua inspiração não buscou elaborar receitas e assim priorizar a
análise de risco responsável, permitindo soluções particulares alternativas que
possam manter a garantia de segurança desejada. No item é especificado
quando será necessário a emissão da Permissão de Trabalho - PT;
- Identificar problemas reais que possam ter sido ignorados durante a seleção
de equipamentos de segurança e de trabalho;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja
forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da
atividade;
- Certificados de Treinamento;
- ASO;
c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal
súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais.
- Epilepsia
- Vertigem e tontura
- Alterações cardiovasculares
- Acrofobia
- Alterações otoneurológicas
- Diabetes Mellitus
a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo
de execução;
35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma
será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da
atividade.
Podem ser: ventos fortes, chuva, vendavais, tempo muito seco que exija
hidratação adicional, umidade alta, sol e calor excessivos, etc. que poderão
que poderão comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores;
Quando houver outros riscos como, por exemplo, o risco de contato elétrico,
áreas classificadas e espaços confinados, as Normas Regulamentadoras n º 10
, 20 e 33 deverão ser cumpridas respectivamente.
i) os riscos adicionais;
Além dos riscos de queda em altura intrínsecos aos serviços objeto da Norma,
existem outros riscos, específicos de cada ambiente ou processo de trabalho
que, direta ou indiretamente, podem expor a integridade física e a saúde dos
trabalhadores no desenvolvimento de atividades em altura. Existe, portanto, a
determinação de obrigatoriedade da adoção de medidas preventivas de
controle para tais riscos “adicionais”, com especial atenção aos gerados pelo
trabalho em campos elétricos e magnéticos, confinamento, explosividade,
umidade, poeiras, fauna e flora, ruído e outros agravantes existentes nos
processos ou ambientes onde são desenvolvidos os serviços em altura,
tornando obrigatória a implantação de medidas complementares dirigida aos
riscos adicionais verificados.
Dentre os riscos adicionais podemos elencar:
j) as condições impeditivas;
Vale lembrar que após o resgate as vítimas não devem ser deitadas na posição
horizontal em nenhum momento, seja durante o resgate ou quando chegarem
ao solo. A manobra correta é deixar a vítima na posição sentada, por pelo
menos 20 minutos, mesmo se estiver inconsciente. Deixar de seguir estes
procedimentos pós resgate pode causar danos à vítima e, às vezes, levar até a
morte.
m) a forma de supervisão.
Atividades não rotineiras: Conjunto de ações que não fazem parte do cotidiano
de uma atribuição, função ou cargo do trabalhador no processo do trabalho.
b) as orientações administrativas;
c) o detalhamento da tarefa;
e) as condições impeditivas;
g) as competências e responsabilidades.
35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser
previamente autorizadas mediante Permissão de Trabalho.
Atividades não rotineiras são as atividades não habituais que estão fora do
planejamento de execução e não contempladas nas Análises de Risco e nos
procedimentos. Existem tarefas que tem frequência mínima, ou seja, realizadas
de tempos em tempos, mas é uma atividade conhecida e planejada que faz
parte do processo de trabalho da empresa. As atividades não contempladas
nestes requisitos deverão ter autorização prévia através de uma Permissão de
Trabalho, que é um documento que, após avaliação prévia, conterá os
requisitos de segurança que devem ser obedecidos naquela situação.
Anexo I - Acesso por Cordas
ACESSO POR CORDAS
(Inserido pela Portaria MTE n.º 593, de 28 de abril de 2014)
1. Campo de Aplicação
1.1 Para fins desta Norma Regulamentadora considera-se acesso por corda a
técnica de progressão utilizando cordas, com outros equipamentos para
ascender, descender ou se deslocar horizontalmente, assim como para
posicionamento no local de trabalho, normalmente incorporando dois sistemas
de segurança fixados de forma independente, um como forma de acesso e o
outro como corda de segurança utilizado com cinturão de segurança tipo
paraquedista.
b) arboricultura;
c) serviços de atendimento de emergência destinados a salvamento e resgate
de pessoas que não pertençam à própria equipe de acesso por corda.
4. Resgate
4.1 A equipe de trabalho deve ser capacitada para autorresgate e resgate da
própria equipe.
4.2 Para cada frente de trabalho deve haver um plano de resgate dos
trabalhadores.
5. Condições impeditivas
5.1 Além das condições impeditivas identificadas na Análise de Risco, como
estabelece o item 35.4.5.1, alínea ¨j¨ da NR-35, o trabalho de acesso por corda
deve ser interrompido imediatamente em caso de ventos superiores a quarenta
quilômetros por hora.
5.2 Pode ser autorizada a execução de trabalho em altura utilizando acesso por
cordas em condições com ventos superiores a quarenta quilômetros por hora e
inferiores a quarenta e seis quilômetros por hora, desde que atendidos os
seguintes requisitos:
a) justificar a impossibilidade do adiamento dos serviços mediante documento
assinado pelo responsável pela execução dos serviços;
b) elaborar Análise de Risco complementar com avaliação dos riscos, suas
causas, consequências e medidas de controle, efetuada por equipe
multidisciplinar coordenada por profissional qualificado em segurança do
trabalho ou, na inexistência deste, pelo responsável pelo cumprimento desta
norma, anexada à justificativa, com as medidas de proteção adicionais
aplicáveis, assinada por todos os participantes;
c) implantar medidas adicionais de segurança que possibilitem a realização das
atividades;
d) ser realizada mediante operação assistida pelo supervisor das atividades.
Guia de Nós
Aprenda a fazer os nós corretos para cada finalidade de aplicação. A seguir
descrevemos e ilustramos cada nó e sua aplicação prática.
Tipos de nós:
- Emendas de cabos;
- Nós com alça;
- Nós de ancoragem;
- Nós auto-blocantes;
- Nós de tração;
- Nós de salvamento;
- Nós decorativos;
- Amarras;
- Nós diversos.
Estas definições são flexíveis, ou seja, os nós aqui mostrados podem variar na
sua classificação (seu tipo), pois são usados de várias maneiras com diferentes
finalidades. Para ser bom, um nó deve apresentar algumas características:
Nó de correr em oito: Usado para emendar cabos de diâmetros iguais ou
diferentes. Sendo este mais fácil de desatar do que o nó de pescador.
Nó de barril: Usado para emendar cabos de diâmetros iguais, principalmente
feitos de nylon.
Nó direito: Pouco utilizado para unir cabos de mesmo diâmetro, tendo cuidado
na sua utilização, o mesmo deve estar com um arremate de cada lado para que
não se desfaça.
Nó direito alceado: Também utilizado para unir cabos de mesmo diâmetro,
sendo usado em trabalhos onde a segurança não seja fator determinante,
quando deseja soltá-lo com facilidade, apenas com um puxão.
Nó de escota singelo: Usado para unir cabos de diâmetros iguais ou
diferentes; pode ser feito em volta de uma argola, gancho, braçadeira, etc.
Nó d’água ou Nó de fita ou Nó duplo: Nó extremamente seguro, usado para
emendar cabos de mesmo diâmetro. Estes podendo até estar molhados; e para
fitas tubular é o nó mais empregado por não “maltratar” a mesma.
Nó de aventureiro: Usado para emendar cabos de mesmo diâmetro. Feito
com uma extremidade da corda para segurança individual do montanhista. É o
nó d’água, com uma volta a mais.
Nó de Zeppelin: Semelhante ao nó de caçador, é usado para emendar cabos
de diâmetros iguais ou diferentes com bastante segurança. Sendo fácil de
desatar.
Nó em nove: Usado em ancoragens fixas ou móveis. Este nó é mais utilizado
para tensões maiores, por reduzir menos a capacidade da corda em relação ao
volta de fiador duplo (nó em oito); na segurança individual do montanhista; e
para emendar cabos de mesmo diâmetro.
Lais de guia com segurança: Forma uma alça de qualquer tamanho, usado
para içar objetos sendo este mais seguro que o lais de guia; serve para
segurança individual do montanhista, sendo usado como auto; usado no
salvamento de vítimas, a volta é lassada no peito e sob os braços da pessoa a
ser içada; usado onde a segurança seja fator determinante; serve também para
equalizar um outro nó.
Lais de guia de correr: Forma uma alça que serve para laçar animais, objetos
diversos, etc.
Lais de guia alceado: Forma uma alça de qualquer tamanho. Utilizado para
rebocar carros, içar objetos pesados. Muito eficaz, por ser possível desfaze-lo
facilmente mesmo após grandes trações.
Nó de azelha: Usado como complemento para amarrações; para formar uma
alça; isolar uma falha no cabo e ancoragem. Uma vez acochado fica difícil
desatar. Pode ser feito pelo meio ou pelo extremo do cabo.
Olho de pescador ou Laçada do pescador: Forma uma alça de qualquer
tamanho, evitando que ela corra, com uso variado.
Alça com grupo simples: Forma uma alça de qualquer tamanho, evitando que
ela corra, com uso variado. Sendo pouco utilizado.
Arco de pescador: Forma uma alça de qualquer tamanho, evitando que ela
corra, sendo mais utilizado que a alça com grupo simples.
Nó de alpinista ou Nó de borboleta ou Borboleta alpina: Usado na ligação
(encordoamento) dos montanhistas e espeleólogos, o primeiro e o último da
cordada usam um dos nós com alça, tendo este que ser seguro. Usado em
trabalhos que necessitem de uma alça segura. Usado para receber tração em
amarrações de cargas ou esticar uma corda.
Nó quadrado: Serve como alça, sendo pouco usado. Serve para
ornamentação. Serve para emendar cabos de mesmo diâmetro, sendo este
pouco usado.
Nó amor perfeito: Forma uma alça de qualquer tamanho, evitando que ela
corra. Seu uso é variado.
Nó de barraca ou Nó kanoê: Forma uma alça ajustável. Muito utilizado para
amarrar uma barraca nas estacas de fixação, sem deixar o nó correr.
Nó de correr: Forma uma alça com uso variado que aperta-se quando puxada.
Com a utilização de madeiras, pode-se fazer uma escada.
Nó de correr duplo: Forma uma alça com uso variado, sendo este mais
seguro que o nó de correr, porém não pode ser utilizado para fazer uma
escada.
Lais de guia duplo: Usado para fazer uma ancoragem dupla, em seguranças
móveis ou fixas, em dois grampos por exemplo. Serve também para
salvamento de vítimas.
Volta do fiel e cote: Usado para içar objetos; e para fazer ancoragens. Sendo
bastante seguro.
Volta do fiel duplo: Usado para içar objetos, tendo cuidado na sua utilização;
em amarrações diversas, construções de abrigos, pontes, etc.
Nó U.I.A.A. com nó de mula: Mais utilizado no cascading, para resgatar um
companheiro em dificuldades. Também chamado de rappel debreável. Com
utilização do nó U.I.A.A. e um mosquetão, usado em situações onde a corda
depois de feita a transposição, possa ser resgatada. Muito seguro, mas requer
atenção em sua utilização.
Nó de fateixa ou Nó de argola: Usado na marinha, para prender um cabo a
um mastro, argola, âncora, etc., sem apertá-lo.
Nó de caminhoneiro: Nó de tração utilizado para esticar cabos. Amarrar
cargas, sendo bastante fácil de desatar.
Lais de guia triplo: Usado para fazer uma ancoragem dupla ou tripla, em
seguranças móveis ou fixas; no salvamento de vítimas. Coloca-se uma perna
em cada alça em quanto a outra fica no peito sob os braços; e quando
pretende-se obter 3 alças seguras para fins diversos.