Período Joanino 8 Ano

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PERÍODO JOANINO

A presença da família real portuguesa no Brasil teve relação direta com eventos que estavam
acontecendo na Europa do século XIX. Em 1806, por ordem do imperador francês, Napoleão
Bonaparte, todos os países da Europa foram proibidos de comercializar com a Inglaterra. Essa
medida, conhecida como Bloqueio Continental, fazia parte da luta travada entre França e
Inglaterra e buscava enfraquecer economicamente os ingleses.

Como os portugueses recusaram-se a aderir ao Bloqueio Continental, foi ordenado por


Napoleão Bonaparte que o país fosse militarmente invadido pelas tropas francesas. Assim, a
partir de 1807, as tropas francesas invadiram Portugal. D. João VI, rei de Portugal, sabia que
seu país não possuía condições de resistir às tropas francesas e, assim, ordenou a transferência
da corte local para o Brasil.

De 25 a 27 de novembro de 1807, foram embarcadas às pressas de 10 a 15 mil pessoas|1|.


Além disso, com a corte portuguesa, foram trazidos ao Brasil todo o tesouro real, objetos que
formaram a Biblioteca Nacional e outros objetos de valor.

A família real e toda a corte portuguesa chegaram ao Brasil em janeiro de 1808, na cidade de
Salvador. A primeira grande mudança ordenada por D. João VI foi a abertura dos portos
brasileiros a todas as nações amigas. Essa era uma medida óbvia de acontecer, mas, de
qualquer maneira, representou um grande salto para a economia do país, que agora poderia
comercializar livremente com a grande potência econômica da época – a Inglaterra.

No campo econômico, D. João VI também revogou a proibição que existia sobre a instalação
de manufaturas no país. Por ordem do rei português, permitiu-se a construção de manufaturas
no Brasil e criaram-se mecanismos para incentivar e baratear a compra das matérias-primas
necessárias. Essas medidas, no entanto, não tiveram o resultado esperado.

As mudanças que aconteceram no aspecto econômico favoreceram principalmente os


comerciantes ingleses, que se estabeleceram em bom número no porto da cidade do Rio de
Janeiro. Além disso, foi estipulado em negociação pelos dois países que as taxas alfandegárias
sobre as mercadorias inglesas seriam de apenas 15%. Esse acordo ficou conhecido como
Tratado de Navegação e Comércio e foi assinado em 1810.

A presença da corte portuguesa no Brasil também contribuiu para o desenvolvimento da vida


cultural, principalmente na cidade do Rio de Janeiro. Foram construídos no Rio de Janeiro
museus, bibliotecas, teatros etc. Além disso, a presença de tipografias contribuiu para o
desenvolvimento da imprensa e aumentou a circulação de ideias no país. O crescimento da
vida cultural no Rio de Janeiro atraiu uma série de artistas e intelectuais estrangeiros.

Nas questões que envolviam a política externa, D. João VI envolveu-se em dois conflitos: o
primeiro aconteceu em 1809, quando foi ordenada a invasão da Guiana Francesa. Esse conflito
foi uma represália à invasão de Portugal pelas tropas francesas. O outro conflito ocorreu a
partir de 1811 pela posse da Cisplatina – região que corresponde atualmente ao Uruguai.

Após a derrota de Napoleão Bonaparte e a realização do Congresso de Viena, o rei português


passou a sofrer pressão das nações europeias para que retornasse, pois consideravam absurdo
um rei europeu estar instalado em uma colônia. D. João VI, que estava muito bem adaptado ao
Rio de Janeiro, decretou em resposta a elevação do Brasil para a condição de reino. Na prática,
o Brasil deixava de ser uma colônia e tornava-se um território equiparado ao restante do
território português, formando o Reino de Portugal, Brasil e Algarves.
1 – Explique o motivo pelo qual a família real portuguesa veio para o Brasil.

2 – O que foi o tratado de navegação e comércio assinado por D. João? Qual nação se
beneficiou?

3 – Quais os conflitos que o Brasil se envolveu no período joanino?

4 – Que acontecimento fez D. João elevar o Brasil a categoria de reino ?

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