FAQs Princípios Gerais Da Atividade Administrativa
FAQs Princípios Gerais Da Atividade Administrativa
FAQs Princípios Gerais Da Atividade Administrativa
Os princípios são normas dotadas de uma elasticidade e de uma abertura valorativa próprias e
comportam, por isso, vários graus de concretização, consoante o seu peso e valia na situação
concreta em causa.
Por isso se diz que a convivência dos princípios é conflitual, enquanto a convivência das regras
é antinómica, ou seja, os princípios podem coexistir, enquanto as regras antinómicas se
excluem.
Atualmente, os princípios têm vindo a adquirir um conteúdo cada vez mais densificado e
exigente, tendo força invalidante própria, isto é, um determinado procedimento
administrativo pode ser anulado por violação de um princípio da atividade administrativa.
- A invalidade da decisão;
- A ineficácia da decisão;
7. A U.Porto é uma fundação pública de direito privado, também se lhe aplicam os princípios
gerais da atividade administrativa?
Sim. Nos termos do nº 4 do artigo 134º do RJIES, o regime de direito privado não prejudica a
aplicação dos princípios constitucionais respeitantes à Administração Pública, nomeadamente
a prossecução do interesse público, bem como os princípios da igualdade, da imparcialidade,
da justiça e da proporcionalidade.
Os princípios têm concretização na lei. Mas também podem ter aplicação direta, isto é,
também são fonte de direito podendo ser diretamente convocados para a solução de uma
determinada questão a que a lei não dê resposta.
Princípio da proteção dos dados pessoais – direito dos particulares à proteção dos seus dados
pessoais e à segurança e integridade dos suportes, sistemas e aplicações utilizados para o
efeito, nos termos da Lei nº 67/98 de3 26 de outubro (art.18º).
Cooperação - dever dos órgãos da administração e dos interessados cooperarem entre si com
vista á obtenção de decisões legais e justas (art.60º, nº1).
v. art. 3º
O exercício de poderes por parte da Administração pressupõe uma base normativa, isto é, não
existe atividade administrativa sem uma lei que a fundamente. Por isso é fundamental, em
cada decisão, seja ela consubstanciada em ato administrativo, regulamento ou contrato, saber
qual a norma legal habilitante, isto é, a norma ao abrigo da qual a decisão é tomada, ou que
consagra a competência que permite que a mesma seja tomada.
Este princípio é particularmente relevante em matéria financeira, no sentido de só poder ser
autorizada a despesa que decorra da prossecução dos fins da pessoa coletiva pública.
v.art.6º
Na sua vertente negativa, este princípio significa que a administração não pode privilegiar,
beneficiar, prejudicar, privar de qualquer direito ou isentar de qualquer dever ninguém em
razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou
ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
Na sua vertente positiva, o princípio da igualdade exige o tratamento igual de situações iguais,
mas impõe também o tratamento diferente de situações que sejam jurídica ou materialmente
desiguais.
v.art.7º
A administração está obrigada a prosseguir o interesse público pelo meio que represente um
menor sacrifício para as posições jurídicas dos particulares, adotando os comportamentos
adequados aos fins prosseguidos. Este princípio comporta três dimensões essenciais:
v.art.9º
Na sua vertente positiva, este princípio significa que a Administração deve ponderar todos os
interesses juridicamente protegidos relevantes no caso concreto, mantendo-se equidistante
em relação aos interesses particulares.
Este princípio assume relevo particular em matéria de concursos, quer seja de pessoal, quer
seja de aquisição de bens e serviços, e ainda em matéria disciplinar.
Também a Lei geral do Trabalho em Funções Públicas contém uma secção relativa a garantias
de imparcialidade, estabelecendo um conjunto de normas em matéria de incompatibilidades,
impedimentos e acumulação de funções, que visam garantir a isenção no exercício de funções
públicas (arts.20º a 24º).
v.art.10º
Significa, enquanto princípio geral, que qualquer pessoa deve ter um com portamento correto,
leal e sem reservas quando entra em relação com outras pessoas.
Tem assim, uma vertente negativa, que visa impedir a ocorrência de comportamentos desleais
e incorretos, e uma vertente positiva, que visa promover a cooperação entre os sujeitos.
v.art.11º
v.art.12º
v.art.13º
Este princípio tem duas vertentes. Uma é a do dever de pronúncia, que significa que os órgãos
da administração têm o dever de se pronunciar sobre todos os assuntos da sua competência
que lhes sejam apresentados pelos particulares., bem como sobre quaisquer petições,
representações, reclamações ou queixas formuladas em defesa da Constituição, da lei ou do
interesse público.
Diferente é o dever de decisão. Este dever não existe quando o órgão competente tenha, há
menos de dois anos contados da data da apresentação do requerimento, praticado ato
administrativo sobre o mesmo pedido, formulado pelo mesmo particular, com os mesmos
fundamentos. Neste caso, continua a existir o dever de pronúncia.