TCC - A Sexualidade Na Terceira Idade
TCC - A Sexualidade Na Terceira Idade
TCC - A Sexualidade Na Terceira Idade
São Paulo
2015
JÉSSICA LEO DOS SANTOS
São Paulo
2015
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Agradeço primeiramente a Deus, por me permitir realizar este sonho, pessoal e profissional,
fornecendo-me forças quando mais precisava.
Agradeço a minha mãe, Geralda Maria dos Santos por sempre acreditar em mim, mesmo
quando eu mesma não acreditava. Se hoje tenho a oportunidade de me formar realizando não
apenas um sonho pessoal, mas de toda uma família é graças a esta rainha.
Ao meu pai e irmãos, por toda força e coragem que transmitiram com seu carinho e
preocupação.
Agradeço a minha orientadora Profª Dra. Rosana Sigler, por suas orientações e sugestões que
tornaram este trabalho um sonho possível.
Finalmente não poderia deixar de agradecer as minhas amigas de curso e da vida, guerreiras,
sonhadoras, que me motivaram a seguir sempre com um enorme sorriso, sem nunca perder a
vontade de viver cada momento destes últimos cinco anos de graduação de bom humor. Afinal
os fins não justificam os meios, são os meios que tornam os fins possíveis.
RESUMO
A terceira idade é uma fase complexa que envolve vários preconceitos e tabus, entre eles o
tema da sexualidade, que muitas vezes está rodeado pela crença da inexistência sexual do
idoso. A fim de entender o processo biopsicossocial relacionado com a sexualidade e o
envelhecimento autônomo e saudável, este trabalho tem como objetivo compreender a
experiência da sexualidade na terceira idade, através de um levantamento bibliográfico.
Denota-se que os estereótipos intrínsecos na sociedade são prejudiciais para o sujeito idoso,
pois relaciona a sexualidade e o sexo exclusivamente a juventude, dando caráter proibitivo ao
sujeito que envelhece quanto a realização dos seus desejos. Mas, é na terceira idade que a
cisão do sexo e da sexualidade se apresenta com mais eficácia. Nesta fase o indivíduo
vivencia a sexualidade de forma mais abrangente, estando relacionado ao carinho e ao toque
tanto no próprio corpo quanto no do outro, distinguindo-se do ato sexual propriamente dito.
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................7
2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................................10
3 OBJETIVOS...........................................................................................................................11
3.1 Objetivo Geral..................................................................................................................11
3.2 Objetivo Específico..........................................................................................................11
4 MÉTODO...............................................................................................................................12
5 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO......................................................................................13
5.1 Terceira Idade..................................................................................................................13
5.2 Sexualidade.....................................................................................................................18
5.3 A Sexualidade na Terceira Idade.....................................................................................23
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................29
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1 INTRODUÇÃO
anos, é que a população idosa, poderá ultrapassar 30 milhões de pessoas e deverá representar quase
13% da população ao final deste período.
Os prognósticos apontam para uma realidade fora de controle, o grupo de indivíduos com
mais de 60 anos, foi a que mais cresceu em termos de proporção no Brasil, enquanto a população
jovem encontra-se em declino, sendo que a longevidade vem contribuindo cada vez mais com o
aumento de idosos na população. Diante do exposto, faz-se se necessário repensar a qualidade de
vida e isso inclui a qualidade da vida sexual.
Segundo o dicionário Aurélio (2010) sexualidade significa a qualidade do que é sexual, um
modo de ser próprio do que tem sexo. Ou seja, a sexualidade manifesta-se de forma individual e
pessoal para cada ser humano, conforme suas vivências e experiências no decorrer da sua vida,
podendo ser definido de diferentes maneiras, ou seja, a sexualidade deve ser compreendia partindo-
se do pressuposto, de que se compõe da totalidade do sujeito. Levando-se em consideração não
apenas os fatores biológicos, mas também sociais, psicológicos e culturais.
Atualmente, a noção de sexualidade é caracterizada pela busca do prazer e a satisfação dos
desejos do corpo, a partir das descobertas das sensações pelo contato físico e atração pelo outro,
sendo muitas vezes confundido com a definição do sexo em si, como se não existisse uma
separação entre eles, porém o sexo é uma manifestação física da sexualidade expressa com o outro,
para a obtenção da satisfação de desejos. Mas, sexualidade também pode se apresentar como a
admiração e prazer pelo próprio corpo, pois não está relacionada apenas a vertente genital, coital ou
reprodutiva. Tendo em vista, que fatores genéticos e culturais influenciam no contexto da
compreensão sexual de cada um.
Conforme ressalta Negreiros (2004) os idosos foram criados em um código de sexualidade
ainda muito rígido, o que é próprio ou impróprio; o que é natural, agradável, normal, ou ao
contrário: danoso, excessivo, insultuoso; aquilo que é passível de admiração, aceitação ou,
inversamente, de repulsa e negação.
De acordo com Alencar et al (2014) a sexualidade para a mulher idosa é vivenciada, de
forma mais restrita do que para o homem, porém os dois gêneros acabam sendo influenciados por
estigmas sociais, que afetam sua vida sexual. Devido uma percepção social, de que o indivíduo na
última fase da vida deixa de ser sexuado, pensamento este gerado por preconceitos, mitos e tabus,
que se tornam presentes na vida do sujeito ao alcançar a terceira idade.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) diz que o direito de se viver à
sexualidade é universal e tão fundamental quanto o direito à vida. Sendo assim, quando falamos de
sexualidade, a qualidade de vida e as relações afetivas estão diretamente ligadas, ao modo de viver
9
do indivíduo, seu estilo de vida interfere na forma como vê a vida e lida com as mudanças que sofre
no decorrer do tempo.
Apesar da velhice trazer alterações físicas, biológicas e psicológicas, as sensações não
sofrem deterioração. Os idosos podem ter experiências sexuais satisfatórias mas é necessário que
tenham consciência e conhecimento das mudanças que ocorrem no seu corpo e no do seu parceiro
(LAURENTINO et al, 2006).
A sexualidade não está vinculada apenas ao corpo físico, mas também com nossas crenças,
ideologias e imaginações. Deste modo, deve-se salientar que as ideologias e crenças se alteram
conforme seu tempo. Identifica-se que a ideia que se tinha da vida sexual, está relacionada apenas
com a função de procriação, deixando de existir a partir do término dessa fase e tornando o
indivíduo um ser assexuado e isso mudou radicalmente, tornando a sexualidade uma fonte de
satisfação e realização pessoal, independente da idade cronológica.
Ao pesquisarmos sobre o desenvolvimento humano, notamos que muitos estudos foram
realizados sobre a infância e adolescência, mas pouco se sabe sobre a vida adulta e o envelhecer.
Provavelmente, devido a dificuldade de se acompanhar um indivíduo durante toda sua fase adulta
até sua morte, o que torna uma área ampla e de difícil compreensão. Levando em consideração que
a população idosa vem crescendo gradativamente, juntamente com a longevidade, através da
melhoria na qualidade de vida. Faz-se necessário repensar e colocar em prática formas mais
humanizadoras de convivência com as pessoas da Terceira Idade, tanto com as famílias quanto nos
serviços de atendimento e a sociedade em geral.
Neste trabalho será apresentado os principais aspectos psicológicos dos idosos e o que a
cultura influencia na qualidade de vida dos mesmos, quanto á obtenção do prazer através da
sexualidade a fim de proporcionar um novo olhar a respeito dos idosos.
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2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVOS
4 MÉTODO
Este trabalho foi uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório. Para isso foi realizada
uma revisão bibliográfica sobre o tema da sexualidade na terceira idade, nas bases de dados
direcionadas à partir da biblioteca virtual em saúde, no site www.bvs-psi.org.br: Scielo, Lilacs,
Medline e Google Acadêmico.O acesso a essas bases de dados deu-se através dos descritores
“sexualidade”, “terceira idade”, “satisfação sexual”, “idosos” e “qualidade de vida”, no período
entre 2000 e 2015. Além dos artigos levantados nas bases de dados, foi também consultada a
literatura consagrada acerca da temática estudada: M. Foucault, S. Freud, E. Kübler Ross e S.
Beauvoir..
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5 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
De acordo com Minayo & Coimbra Junior (2002) o envelhecimento não é um processo
homogêneo. Cada indivíduo vivencia essa fase da vida de uma forma, considerando suas
experiências de vida e todos os aspectos estruturais: classe, gênero, etnia e fatores a eles
relacionados, como a saúde, educação e condições econômicas. Beauvoir (1999) em seu Livro “A
Velhice” diz que a velhice não é um fato estático, mas é o resultado e o prolongamento de um
processo.
Segundo Zimerman (2000) o processo de envelhecimento ocasiona diversas
transformações a nível psicológico, que se evidenciam pelas seguintes características:
• Dificuldade de adaptação a novos papéis;
• Desmotivação e dificuldade de planejar o futuro;
• Dificuldade de lidar com as perdas sociais, orgânicas e afetivas
• Dificuldade de adaptação às mudanças;
• Alterações psíquicas;
• Depressão;
• Somatização
• Hipocondria;
• Paranoia;
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• Suicídios
• Baixa auto-estima e
• Dificuldade de aceitação da auto-imagem.
Schneider e Irigaray (2008) destacam que o processo de envelhecer deve ser compreendido,
de acordo com a interação entre diferentes aspectos: cronológico, psicológico, biológico e social.
No aspecto psicológico evidencia-se o medo da morte e das perdas biológicas e sociais e como o
sujeito lida com elas. Aumenta o medo da solidão e abandono. Ocorre a diminuição da facilidade de
expressar sentimentos positivos e/ou emoções através da fala, a tendência a ser rígido e conservador
ou muito liberal.
O envelhecimento e a morte estão simbolicamente atrelados, de maneira marcante na
sociedade e na cultura, que perpassam gerações, ocasionando no sujeito que envelhece o medo da
morte. Kübler Ross (1998) responsável pela elaboração dos cinco estágios do Luto, defende que a
morte é imaginada pela sociedade como um evento considerado mórbido e proibido e algo a ser
evitado.
Segundo Mucida (2006) a velhice pode ser entendida também como uma fase do
desenvolvimento humano em que a ideação da própria morte costuma se aproximar do sujeito que
envelhece e ganha nitidez. Uma vez que o sujeito vivencia as perdas relacionadas ao processo de
envelhecimento e as mudanças igualmente vivenciadas no corpo com o avançar da idade, o
processo de luto é comumente experimentado. Assim, o fantasma da infinitude parece esvanecer,
aproximando a morte ao sujeito que envelhece.
Apesar de termos consciência da mortalidade, acabamos por viver como se a morte nunca
fosse chegar, porém quando o tempo apresenta-se através de suas marcas, no corpo, na mobilidade e
cognição, retirando do seu convívio aqueles que lhe são queridos, resulta em consequências
psíquicas fundamentais. Como o sujeito lida com suas perdas físicas e afetivas, é o que irá
influenciar como vê a vida e vive esta fase, de certa forma desconhecida. O embaraço para aceitar a
condição de idoso e a ideia de finitude de sua existência são temas preocupantes, pois não permitem
ao indivíduo elaborar de forma natural o processo do envelhecer e do morrer tanto em seu âmbito
individual como familiar, tornando difícil o enfrentamento nessa fase.
Já nos aspectos fisiológico e biológico, a parte anatômica é o mais visível, como a pele
ressecada, quebradiça e pálida. O branqueamento dos cabelos e a queda dos fios, principalmente
para os homens. As articulações ficam mais enrijecidas, ocasionando mudanças na marcha e nos
movimentos. Há um enfraquecimento do tônus muscular, levando a alterações na postura e nas
pernas. O aumento da pressão arterial e perda de peso são comuns nesta faixa etária e também o
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1 ARAÚJO, Ludgleydson Fernandes de; CARVALHO, Virgínia Ângela M. de Lucena e, Aspectos Sócio-Históricos e
Psicológicos da Velhice, Revista de Humanidades, Rio Grande do Sul, 2005.
16
a vida, passando por transformações que constituem o sujeito marcado por crises emocionais,
afetado por fatores culturais e históricos, sendo influenciados pelo tipo de interação que tem na
sociedade e, portanto, não somos governados apenas por fatores biológicos inatos.
No âmbito social a saída do Mercado de Trabalho, trás ao indivíduo o sentimento de
inutilidade, seguido por uma “pobreza” nas relações com os outros. A estigmatização e
discriminação da sociedade pelos idosos, podem ser internalizados por eles e na tentativa de
alcançar a aceitação do outro, o indivíduo pode vir a negar sua autoimagem e suas características
próprias advindas com a idade, podendo resultar em questões psíquicas, como sentimentos de
menos valia, tristeza, reclusão, sintomas de depressão, ansiedade e irritabilidade, principalmente se
associados aos aspectos físicos do envelhecimento.
Para Debert (2004) a velhice é uma construção sócio-cultural. De acordo com Schneider e
Irigaray (2008) é através das condições históricas, políticas, econômicas, geográficas e culturais que
resultam diferentes representações sociais dos idosos e da velhice, para a sociedade atual, ocorrendo
uma reciprocidade nas atitudes dos indivíduos que estão envelhecendo e a concepção de velhice
presente na sociedade.
Para Uchôa (2003)2 citado por Schneider e Irigaray (2008) foi a partir de estudos realizados
em diferentes sociedades, que se pode observar as diversas representações sociais dos idosos, sendo
estes fenômenos influenciados diretamente pela cultura a qual o indivíduo está inserido. No oriente,
por exemplo, a concepção de envelhecer é de acúmulo de experiências e saberes, um sujeito digno
de respeito e admiração. Porém, no ocidente os idosos são comumente mais vistos com
características mais depreciativas, devido à relação que a sociedade capitalista atribui ao indivíduo e
o capital, a ideia de produtividade é utilizada para atribuir aspectos de utilidade e deterioração aos
indivíduos, tal visão é extremamente negativa, por considerar aquele que não produz um ser inútil,
um estorvo até mesmo para a própria família.
Todos os aspectos que surgem com o processo de envelhecimento, sejam eles biológico,
psicológico, cultural e social, influenciam direta ou indiretamente nas concepções de bem estar,
qualidade de vida e identificação social do sujeito, trazendo mudanças no seu contexto
biopsicossocial. Conforme descrito por Marques (2004) a qualidade de vida tornou-se um símbolo
da busca continua pela felicidade, na sociedade contemporânea ocidental. Juntamente, com
propostas de vida ativa (profissional, afetiva e sexual). e de vida saudável (alimentação e exercícios
físicos).
Apesar do envelhecer ser constituído de fatores biopsicossociais, nota-se que todos os
aspectos biológicos, sociais e culturais que o configuram, resultam em questões psíquicas no sujeito
que envelhece. Por, interferirem em área diversas do sujeito, acabam por surgir interfaces que o
transformam, geralmente causam sentimentos de menos valia, sofrimento e exclusão social.
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5.2 SEXUALIDADE
A sexualidade é um tema presente nas discussões teóricas que preocupa vários autores
dentro e fora da psicologia, independente do período histórico. Nota-se que esta temática sempre
trouxe muito interesse e curiosidade de grandes estudiosos, na tentativa de compreender o sujeito
através da sua sexualidade. Neste capítulo iremos enfatizar o trabalho realizado por dois grandes
pensadores, que dispensam apresentações, Michael Foucault e Sigmund Freud.
Conforme a história nos apresenta, a relação das pessoas com a própria sexualidade teve
diversas transformações ao longo do tempo, bem como suas concepções perante a sociedade, que
foram sofrendo algumas metamorfoses sendo constituídos pelas experiências históricas, sociais e
subjetivas de cada sujeito. Porém, quando falamos de sexualidade, conceitua-la é difícil, complexo
e às vezes controverso, pois a sociedade acaba por vezes distorcendo a sua noção, ocasionando em
repressões, preconceitos e tabus, o problema é que isto a reduz ao mero sentido biológico que
envolve o ato de procriar ou foco na genitalidade.
No livro citado acima Foucault (1984/1998) descreve que a sexualidade é constituída por
três eixos que formam a sua noção: os saberes; os sistemas de poder e as formas como as pessoas se
reconhecem como sujeitos da sexualidade. O primeiro eixo está relacionado com a contribuição
teórico-cientifica que são os saberes que se encontram relacionados a área conceitual e trazem
concretude e significação à temática. O segundo, sistemas de poder, remetem a representação do
poder de dominação, com suas regras e repressões. Já o terceiro, refere-se a compreensão da forma
como o indivíduo moderno vivencia a sua própria experiência com a sexualidade.
As práticas pelas quais os indivíduos foram levados a prestar atenção a eles próprios, a se
decifrar, a se reconhecer e se confessar como sujeitos de desejo, estabelecendo de si para
consigo uma certa relação que lhes permite descobrir, no desejo, a verdade de seu ser, seja
ele natural ou decaído […] a exercer, sobre eles mesmos e sobre os outros, uma
hermenêutica do desejo, à qual o comportamento sexual desses indivíduos, sem dúvida deu
ocasião, sem no entanto constituir seu domínio exclusivo. (FOUCAULT, 1984/1998, p.11).
Essas regras tentam direcionar o homem em sua conduta, mostrando como agir, fazendo
valer seus direitos de poder, liberdade e autoridade, perante a sociedade e as mulheres, tendo em
vista que as práticas sexuais na antiguidade era libertinas, sendo as relações extraconjugais e
homossexuais, amnas popularmente aceitas. A austeridade sexual não é uma tentativa de definir
uma área de conduta sexual, através da dominação por regras, mas uma análise da conduta
masculina, a fim de formar a atitude dos homens, uma moral sexual elaborada por homens para os
homens, se distinguindo das ações de libertinagem anteriormente aceitas e praticadas
(FOUCAULT,1984/1998).
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Freud (1905/1949) chama de objeto sexual, o sujeito que emana à atração sexual, e alvo
sexual a ação para a qual a pulsão atrai. A pulsão sexual tem sua origem popular na fábula, no
momento da criação do homem, em que o ser humano foi dividido em duas metades, o homem e a
mulher. Desde então buscam se complementar através do amor, tentando voltar a ser um só. Por este
motivo segundo o mesmo autor, a sociedade considera errado, fora dos padrões, quando o objeto
sexual representa a pessoa do mesmo sexo denominado por ele de Invertidos/aberrações.
Para Freud a pulsão sexual é a libido, restrita somente a está energia. Não tendo seu objeto
de afeição biologicamente determinado, podendo ter a obtenção do prazer sexual, através de
diversas formas mas sempre relacionadas as zonas erógenas do sujeito. Segundo Laplanche e
Pontalis (2001) as zonas erógenas são: “qualquer região do revestimento cutâneo-mucoso,
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suscetível de se tornar sede de uma excitação de tipo sexual. De forma mais específica, certas
regiões que são fundamentalmente sedes dessa excitação: zona oral, anal, uretro-genital, mamilo”.
Freud (1905/1949) relata que diferentemente do que se acreditava, a pulsão sexual está
presente desde a infância, não apenas a partir da puberdade. Para o autor, o ser humano passa por
estágios do desenvolvimento, sendo a sexualidade infantil fragmentada nas fases oral, anal e fálica.
Essas fases são caracterizadas por mudanças do desejo, predominante em cada fase e como
esses desejos são realizados, chamados também de fases pré-genitais. Nesse período o objeto da
obtenção do prazer sexual é o próprio corpo, ou seja, auto erógeno. Mas, quando chega ao término
do desenvolvimento sexual na vida adulta, que as funções de procriação e obtenção do prazer sexual
podem estar associados, a sexualidade não é considerada por Freud como algo inato, mas uma
construção social.
Parece certo que o recém-nascido traz consigo germes de moções sexuais que continuam a
se desenvolver por algum tempo, mas depois sofrem uma supressão progressiva, a qual, por
sua vez, pode ser rompida por avanços regulares do desenvolvimento sexual ou suspensa
pelas peculiaridades individuais. Nada se sabe ao certo sobre a regularidade e a
periodicidade desse curso oscilante de desenvolvimento (FREUD, 1905/1949, p. 80).
Os estágios do desenvolvimento sexual iniciam-se com a fase oral, onde parte da energia
sexual é focalizada na língua e lábios, no ato de chuchar ou sugar, devido a relação direta desde seu
nascimento com a alimentação. Na sequencia a nova zona de prazer é o ânus, na fase anal,
distúrbios intestinais, retenção das fezes e o ato de defecar proporcionam excitabilidade ao ânus. Na
fase fálica, sua zona erógena é constituída pelo clitóris ou pênis, em que a satisfação da energia
sexual provém da masturbação, esse estágio é marcado pela notoriedade do sujeito de identificar o
pênis ou a falta dele, passando pelo medo da castração, e o complexo de édipo para o menino e
complexo de Electra para a menina.
Seguido por um período de latência, em que a pulsão sexual é reprimida. Para Freud, a
repressão da libido nessa fase é necessária, para evitar o incesto e o sujeito ter tempo para se
adequar as regras estabelecidas pela sociedade. A energia nesta fase é direcionada a socialização.
Chegando ao término do desenvolvimento sexual na vida adulta, chama-se de fase genital, o
indivíduo busca a satisfação sexual no objeto externo, dissociando a sexualidade e o sexo apenas
para reprodução.
Mas a atividade auto-erótica das zonas erógenas é idêntica em ambos os sexos, e essa
conformidade suprime na infância a possibilidade de uma diferenciação sexual como a que
se estabelece depois da puberdade. Com respeito às manifestações auto-eróticas e
masturbatórias da sexualidade, poder-se-ia formular a tese de que a sexualidade das
meninas tem um caráter inteiramente masculino. A rigor, se soubéssemos dar aos conceitos
de 'masculino' e 'feminino' um conteúdo mais preciso, seria possível defender a alegação de
que a libido é, regular e normativamente, de natureza masculina, quer ocorra no homem ou
na mulher, e abstraindo seu objeto, seja este homem ou mulher. (FREUD, 1905/1949,
p.207)
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Neste capítulo a terceira idade será contextualizada, a partir da sua sexualidade. Quando
falamos da sexualidade desta fase da vida, vários preconceitos, tabus e discriminações ocorrem, as
crenças pré-existentes na sociedade em relação a está população tornaram-se intrínsecas até mesmo
para os próprios idosos.
Os estereótipos que cercam o idoso acabam por ser contraditórios, partindo do pressuposto
que o ser humano desde o princípio, deseja a infinitude e busca incessantemente encontrar meios
para obtê-lo. Na antiguidade, principalmente na Grécia, as mitologias relatam diversas histórias do
desejo e a procura do Homem pela imortalidade, como o elixir da vida, a fonte da juventude, a
ambrosia, a imortalidade através da glória (BULFINTH, 2006) e para a mitologia cristã o Santo
Graal. Tais mitos, sempre relacionaram a juventude com a imortalidade, o envelhecer com a morte.
Estas percepções apesar de fazerem parte dos mitos, não se distanciam tanto da nossa realidade,
pois apesar do ser humano desejar uma vida longa e plena, sofre com o medo do envelhecimento e
da morte.
Nas sociedades ocidentais a juventude é muito valorizada, sendo utilizada como símbolo
de onipotência, virilidade, e a velhice como inutilidade, incapacidade, devido a associação do ser
humano com o sistema capitalista de produção. Estas concepções acarretam a busca do sujeito a
permanecer aparentemente jovem, não aceitando sua autoimagem. Conforme afirma Mucida (2009)
o novo surge de novas atitudes do sujeito perante a vida, de respostas singulares ao que lhe mostra
imprevisível, transformações apenas estéticas não fará com que surjam novos caminhos para a
realização do desejo. Segundo Proust (1994) 3 citado por Mucida (2009) "nenhuma importância
teriam as bolsas sob os olhos e as rugas da testa se não fosse a tristeza do coração".
A tão desejada fonte da juventude, de certa forma não parece mais tão mitológico, quanto
se imaginava. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010) a população
idosa no Brasil, passa por um processo de crescimento, gradual e continuo. A longevidade tornou-se
cada vez mais presente na sociedade, e a saúde sexual é parte importante deste processo, pode-se
dizer, de uma certa perspectiva, que o Homem encontrou o que na mitologia tanto se ansiava.
Até pouco tempo o Brasil era considerado um país de jovens, agora se vê envelhecendo,
por este motivo que o interesse da sociedade, estudiosos e até mesmo do Poder Público, pelos
idosos, é relativamente recente. Iniciou no Brasil, com a redefinição do setor de bem estar, advinda
3 MUCIDA, Angela. O sujeito não envelhece: psicanálise e velhice. Belo Horizonte: Autêntica; 2006.
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com importantes conquistas no plano social, como a Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988, pelo art. 6º que assegura os direitos sociais de todos os cidadãos, sendo eles: a educação, a
saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social,
a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados e conforme a lei 8080/90, que
garante a melhoria do bem estar e qualidade de vida, com a prevenção, promoção e recuperação da
saúde. (YAMAMOTO, 2009).
Para Minayo, Hartz e Buss (2000) a qualidade de vida é uma percepção unicamente
humana, que se aproxima do nível de contentamento encontrado nas áreas da vida familiar,
amorosa, social, ambiental e sua autoimagem. Ou seja, é a capacidade de realizar uma justaposição
de princípios que constituem uma sociedade em relação aos seus padrões de bem-estar e conforto.
Pode-se considerar que a longevidade é uma conquista social e coletiva, porém é também
preocupante. Devido a escassez de investimentos tanto científicos como governamentais e até
mesmo afetivos, do próprio sujeito e daqueles que o cercam.
Segundo Vasconcellos et al (2004) com a atual visibilidade em nível mundial da população
idosa, foi identificado uma relação entre o aumento do tempo de vida, ao progresso da medicina e
do meio ambiente em que o sujeito está inserido. Pois, tanto o ser humano quanto as condições de
saúde e a integração social tiverem crescimento significativo. Apesar desses avanços, os
preconceitos, tabus e estereótipos relacionados aos idosos, estão presentes na sociedade e no próprio
sujeito, que internaliza estas normas sociais, resultando em inibições na obtenção da satisfação do
desejo.
Nas ultimas décadas, com o avanço da tecnologia e das ciências, as questões fisiológicas,
como: a disfunção erétil e andropausa para os homens, a menopausa e o climatério para as
mulheres, dificultavam uma vida sexual satisfatória. Atualmente, tornou-se possível o indivíduo
voltar a ter uma vida sexual prazerosa, através da utilização de hormônios sintéticos, contracepções
e medicações para a disfunção erétil, com isso a medicina auxilia a minimizar as dificuldades que o
biológico trás com o envelhecimento.
Para Vasconcellos et al (2004) a disfunção erétil está mais relacionada a questões de nível
psicológico do que fisiológico. Pois, para o homem apenas o medo de não obter sucesso durante o
ato sexual, juntamente com a insegurança em si mesmo devido as suas crenças sociais no resultados
que a velhice proporciona ao sujeito, faz com que evite a relação, para não encarar com o fracasso,
este pensamento resulta no aumento do sentimento de menos valia, reduzindo também a frequência
das relações sexuais, mesmo para aqueles com parceiros de longa data.
A pressão que a sociedade impõe aos homens, relacionando a impotência sexual como algo
inerente a velhice e a virilidade, força e vitalidade vinculado apenas ao jovem, torna o indivíduo
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temente ao fracasso. Quem nunca ouviu a expressão "homem que é homem", mas o que significa
afinal ser homem? Está necessidade que a sociedade exige ao indivíduo do sexo masculino, de
provar à todo momento sua virilidade, faz com que ao envelhecer, acreditem que perderam até
mesmo sua masculinidade caso a impotência venha a ocorrer, portanto passam a evita-la.
[...] sob essa condição de “virilidade ética” é que se poderá, segundo um modelo de
“virilidade social”, estabelecer a medida que convém ao exercício da “virilidade sexual”.
No uso desses prazeres de macho é necessário ser viril consigo como se é masculino no
papel social. (FOUCAULT, 1984/1998, p.77)
Mas, também teme a rejeição da sociedade. Para buscar a aceitação, acaba não se
reconhecendo como sujeito da sua própria imagem. Buscando, através de auxílios estéticos
permanecer jovem e belo, segundo os padrões impostos, esta insatisfação com sua
autoimagem ocorre predominantemente nas mulheres, porém não exclusivamente. Para os
homens o sentimentos de menos valia, são resultantes da disfunção erétil existente ou apenas
o medo da possibilidade de impotência.
• Conhecimento sobre a sexualidade - Master e Johnson (1970)4 citado por Vasconcellos et
al (2004) explicam que devido a falta de conhecimento dos homens as mudanças biológicas
advindas com o envelhecimento, faz com que entendam estas alterações como impotência
sexual, unindo com sentimentos de menos valia, ficam temerosos ocasionando a redução das
relações sexuais, a fim de evitar frustrações. Entende-se que quando o indivíduo não tem
conhecimentos suficientes sobre as mudanças que ocorrem em seu próprio corpo,
principalmente a relação entre a sexualidade e o envelhecimento, os estereótipos dominam
sua imaginação, com concepções equivocadas. Portanto, a educação em saúde faz-se
necessário, para possibilitar uma melhor compreensão do sujeito, livre de preconceitos
sociais, a fim de vivenciar seus desejos inconscientes recalcados.
• Relações afetivas - Indivíduos que chegam a terceira idade sem um cônjuge, expressam sua
sexualidade de outras formas, porém algumas crenças que limitam a satisfação do desejo,
podem interferir na obtenção da satisfação sexual.
4 VASCONCELLOS, Doris; NOVO, Rosa Ferreira; CASTRO, Odair Perugini de; VION-DUR, Kim; RUSCHE,
Ângela; COUTO, Maria Clara Pinheiro de Paula; COLOMBY, Patrick de; GIAMI, Alain, A sexualidade no processo
do envelhecimento: novas perspectivas - comparação transcultural, Estudos de Psicologia, 2004.
27
Para Alencar et al (2013) quando o idoso não tem um parceiro sexual, a auto estimulação
torna-se uma prática frequente para ambos os sexos, mas predominantemente para os homens, por
uma questão de tabu, restrição ou até mesmo desconhecimento da mulher sobre sua sexualidade. O
coito nesse caso, passa a não ser mais a principal fonte de prazer, a sexualidade se expressa através
de outras formas de estimulação sexual, sendo a masturbação a principal delas. Tendo em vista que
a sexualidade não se resume ao ato do sexo propriamente dito, deve-se diferenciar a sexualidade da
genitalidade.
Segundo dados da pesquisa realizada pelos mesmos autores, denotou-se que dentre os 36
participantes, nenhum citou o ato sexual como fonte de prazer, dez idosos identificaram as carícias
como preferencia e quatro relataram carícias e beijos, outros quatro praticavam a masturbação para
obtenção da satisfação sexual.
Como denota nestes capítulos a terceira idade, está associada a misticismos que ligam o
idoso a um ser assexuado, como se sua sexualidade vivenciada durante toda sua existência
desaparece-se pelo simples fato de envelhecer. Para Coelho et al (2010) quando o idoso expressa
abertamente sua pulsão sexual é considerado por muitos como tendo desvio de caráter, sendo
rotulado a mulher de assanhada e o homem de tarado. A construção destes estereótipos direcionam a
sexualidade a unicamente pertencente aos mais jovens, induzindo o sujeito idoso a recalcar seus
desejos.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compreender a sexualidade do ser humano é algo complexo, pois como vimos ao longo
destes capítulos sua definição não é fixa, tendo diversas concepções de acordo com cada autor. A
sexualidade é algo inerente ao ser humano, porém também é uma construção social; as vivências do
sujeito desde seu nascimento influenciam a expressão da sua sexualidade, afinal durante toda a sua
existência o homem busca incessantemente obter prazer.
Desvincular a sexualidade da função procriadora com foco exclusivamente genital, foi um
marco para a humanidade, permitindo que a sociedade possa vivenciar a experiência da sua própria
sexualidade de forma livre, pois a libido faz parte do sujeito, sendo que não deveria ser limitada e
restrita apenas a uma determinada faixa etária, devido a padrões de moralidade impostos pela
sociedade e mantidos por ela como algo a ser vigiado.
Pois, tal moral sexual ocasionou repressões, preconceitos e estereótipos que muitas vezes
impossibilita a realização do desejo de forma integral. Se a própria sexualidade já é controversa e
polêmica, quando relacionada ao idoso, torna-se ainda mais divergente. Tendo em vista que, tantas
regras, normas de conduta e estereótipos refletem de forma negativa nestes indivíduos. Ao dar um
caráter de jovialidade a sexualidade, tornando o sujeito idoso temente aos seus próprios desejos, sua
busca pelo prazer sexual, passa a ser reprimida pele próprio indivíduo. Porém, mesmo diante de
tantos fatores que tentam restringir a satisfação sexual do idoso, denota-se que a sexualidade se
expressa de diversas formas, não apenas de forma genital.
Partindo desse pressuposto, podemos compreender que a obtenção da satisfação sexual nos
idosos, é mais prejudicada pelas influencias que a sociedade exerce nesses indivíduos. Os
estereótipos intrínsecos que relacionam a sexualidade, a juventude, transformando o idoso em um
ser assexuado, faz com que o próprio indivíduo reprima seus desejos, pois a moral sexual que as
pessoas tanto insistem em manter acabam por limita-los. Porém, é através da terceira idade que a
cisão da sexualidade e do sexo se apresenta com mais eficácia, pois suas vivencias tornam-se mais
relacionadas ao toque, tanto no próprio corpo quanto no do outro. De acordo com estes aspectos
identifica-se a necessidade de se ter nas equipes de saúde do idoso a questão da sexualidade, como
foco de orientação e aprendizagem, pois a falta de conhecimento do próprio corpo e suas mudanças
biopsicossociais influenciam em como o indivíduo se identifica e vivencia sua sexualidade.
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SITES CONSULTADOS