Artigo TCC Pais Origem Alemã
Artigo TCC Pais Origem Alemã
Artigo TCC Pais Origem Alemã
cognitivas e culturais
Eloisa Capeletto1
Henrique Sartori1
1
Discentes do Curso de Psicologia da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE).
2
Mestre em Patrimônio Cultural e Sociedade. Especialista em Neuropsicologia e em Psicoterapias Cognitivas
pelo Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva (IPTC). Docente do Curso de Psicologia da Universidade da
Região de Joinville (UNIVILLE).
Resumo: Este artigo teve como objetivo conhecer aspectos diversos da criação dos filhos
TCC. Para tanto, foi utilizada de uma pesquisa exploratória e qualitativa, que se deu mediante
entrevistas semiestruturadas com seis indivíduos que possuíam filhos e eram de descendência
alemã: cinco mulheres e um homem. A partir da análise de conteúdo dos dados obtidos,
valorizadas pelos pais. Ficou evidente também que as influências recebidas dos pais
repercutem na criação de seus filhos e que o conhecimento teórico auxilia a distinguir pontos
relações pais-filhos
Abstract: This article aimed to meet many aspects of child-rearing when parents are German
part of CBT. It was used in an exploratory and qualitative research, that by means of
semi-structured interviews, with six people who had children and were of German descent:
five women and one man. From the content analysis of the data obtained, was noted that the
encouraging autonomy and independence are the requirements most valued by parents. It was
also evident that the influences received from parents resonate in child-rearing and so the
theoretical knowledge helps to distinguish positive and negative points of this upbringing.
Keywords: cognitive-behavioral theory; German culture; emotional needs; parents-children
relations
Introdução
A relação entre o social e o indivíduo influencia na maneira como ele avalia diferentes
reações diversas vinculadas a eles (Gonçalves, 2014). Esse processo se dá diante do convívio
em escolas, igrejas, associações e, em especial, nas dinâmicas familiares (Groth & Hoch,
2011).
Nesse quesito, Lordelo, Fonseca e Araújo (1999) destacam que as crenças parentais
possuem efeitos pertinentes nas práticas de cuidado e essas práticas, por sua vez, influenciam
o desenvolvimento infantil, uma vez que são os pais que costumam mediar os princípios que
são seguidos pelo grande grupo. Entretanto, ressalta-se que as direções dessas influências,
bem como as interligações entre elas, não são evidentes. A partir disso, pontua-se a complexa
natureza das relações entre cultura, crenças parentais, práticas de cuidado e comportamento da
criança.
com pais e mães constituem fatores de risco para o desenvolvimento cognitivo e social e
externos ao seu ambiente familiar (Cia, Pereira, Del Prette & Del Prette, 2006). Macarini,
Martins, Sachetti & Vieira (2010) inclui que a maneira como os pais agem e pensam formam
escolhas e decisões dos filhos e que, compreendendo a teoria cognitiva, modulam as crenças
Darling e Steinberg (1993 apud Brás et al, 2008) também trazem três aspectos
Macarini et al (2010), compreendendo essa relação, traz três modelos culturais de self
modelo é nomeado independente, o qual prioriza metas pessoais, autonomia e foca nas
o self é definido como autônomo quanto a sua ação e relacional no que tange à proximidade
interpessoal. Esses modelos, por sua vez, variam segundo o contexto em que a pessoa vive e
que seus descendentes viveram, sua classe social, nível de escolaridade, ocupação, idade, etc.
Martin e Johnson (1992 apud Lordelo et al, 1999) discutem sobre a relação entre as
infantil e concluem que pais com um conhecimento mais sofisticado sobre teorias do
competentes. Isso porque entende-se que os pais com teorias mais sofisticadas tendem a se
tornarem mais observadoras de suas crianças, embora uma direção inversa de causalidade seja
também plausível.
abordadas pela terapia do esquema, uma TCC de terceira onda criada por Young, Klosko &
Weishaar (2008) e que se fundamenta na teoria do apego elaborada por Bowlby, a qual postula
que a qualidade do vínculo oferecido pela mãe ou cuidador ao bebê terá repercussões ao longo
pressupostos da terapia do esquema, a criança precisa, para ter suas necessidades emocionais
atendidas, estabelecer vínculos seguros com outros indivíduos, o que inclui segurança,
estabilidade, cuidado e aceitação; deve ter também sua autonomia, competência e sentido de
devem estar presentes. A satisfação dessas necessidades fundamentais são requisitos para o
desenvolver esquemas desadaptativos remotos que, por sua vez, são capazes de vir a
atrapalhar seu fluxo saudável de vida. Tais esquemas resultam em incapacidade de formar
cita-se que é típico de seus descendentes uma postura um tanto quanto rígida, levando essas
manifestação de seus próprios desejos, ou agindo segundo seus sentimentos. Sujeitos que
foram criados em famílias de origem alemã relataram ter crescido com falta de demonstrações
afetivas por parte de seus pais, além de perceberem a existência de certas dificuldades na
conversação com os mesmos (Groth & Hoch, 2011). Macarini et al (2010) complementa
independente e autônomo.
sentimentos desse povo, que talvez tenha “sido a forma encontrada pela sociedade, em algum
momento de sua existência, para controlar os instintos” (Hillebrand, 2016, p. 66), tal padrão
teria sido transmitido no decorrer das gerações desde o período colonial e se tornou
determinante na forma de relacionamento entre as pessoas, por meio da religião, escola e
família.
Esses esclarecimentos são importantes no que concerne o objetivo desse artigo, que é
conhecer aspectos diversos da criação dos filhos quando os pais possuem origem alemã,
que pode influenciar a resposta emocional e comportamental a esses eventos (Knapp & Beck,
2008). Na realização da pesquisa que antecedeu essa produção, foi dado especial enfoque ao
estudo das necessidades emocionais fundamentais que os filhos demandam de seus pais e
Método
geralmente se utiliza entrevistas com pessoas que tiveram experiências com os as variáveis
categorização, interpretação e redação de um relatório (Marconi & Lakatos, 2003; Gil, 2010).
com seis pais de origem alemã. Por entrevista semiestruturada, entende-se aquela que possui
(Triviños, 1987). A amostra aqui se definiu como não probabilística, em que os respondentes
são selecionados com base na sua disponibilidade e disposição para responder (Shaughnessy,
O roteiro de entrevista semiestrurada foi composto por questões que versam sobre os
seguintes temas: o que as crianças/adolescentes precisam dos pais; dificuldades para oferecer
coisas consideradas importantes; práticas e modelos educativos; fatores que levam ao mal
comportamento; como lidam com as emoções expressas pelos filhos; incentivo a autonomia e
Participantes
Para este estudo foram entrevistadas seis pessoas, mediante o seguinte critério de
inclusão: ter filhos e ser de descendência alemã. Os participantes foram assim identificados:
anos, sendo 2A a mais idosa (82 anos) e a única que nasceu na Alemanha. Uma entrevistada
possui ensino superior completo em Enfermagem; duas possuem magistério, tendo atuado
O método para análise dos resultados obtidos foi a Análise de Conteúdo proposta por
Franco (2012, p. 12), cujo ponto de partida “é a mensagem, seja ela verbal (oral ou escrita),
conjunto e perceber suas possíveis relações. Nesse sentido, na Análise de Conteúdo deve ser
foram tabeladas. Por último, houve o tratamento dos dados, com a finalidade de interpretar os
Resultados e discussão
criação de seus filhos. Segundo a teoria da emoção de Richard Lazarus (Gonçalves, 2014), as
emoções têm impacto direto sobre o que o indivíduo faz e a maneira como o faz. Esta, no que
emocionais e discussões pertinentes a elas foram separadas por domínios: o primeiro domínio
fim, o quinto e último domínio condiz aos limites e de autocontrole (Young et al, 2008).
Amor, carinho, presença dos pais, segurança, apoio, parceria, atenção, cuidado e
com mais frequência em suas falas. Segundo Young et al (2008), pessoas com vínculos
respostas dos participantes, têm-se que apoio e parceria vinculam-se à segurança. Amor,
carinho, atenção e acolhimento fazem parte do cuidado e empatia. Presença dos pais
o que os filhos mais precisam dos pais com as necessidades do primeiro domínio.
A respeito das maiores dificuldades para oferecer aquilo que os participantes pensam
ser importante para os filhos, surgiram três diferentes eixos de análise. No primeiro eixo, dois
problematiza a valorização de bens materiais para suprir a presença física dos pais. Nessa
perspectiva, 6A reconhece que às vezes não consegue dar a atenção que gostaria aos filhos,
2A queixa-se que atualmente “essa maneira de viver e educar os filhos está tudo muito
caro, muito inacessível para a maioria das pessoas”, encontrando mais dificuldades para
encaminhá-los para a escola e o mercado de trabalho. Nota-se, em sua fala, uma mudança de
ordem econômica que impacta diretamente no estilo de vida das pessoas e, por consequência,
como forma de ascender socialmente e custear os estudos. Em suas palavras: aos “[...]16 anos
eu falei pro meu pai: ‘pai eu quero trabalhar’. Ele disse: ‘você precisa estudar’”.
suas filhas, conforme a seguinte fala: “a gente sempre primou pela qualidade e a gente
sempre pagou colégio particular, violão, computação, né? [...] todas as coisas que a gente
pode dar pra ajudar elas a fazer um bom processo cultural e educacional [...]”.
personalidade da criança como incompreensíveis fora das relações sociais. Suas ações são
reações que se sustentam, de forma relacional, nas ações dos adultos. O universo doméstico,
necessidades emocionais do terceiro domínio (Young et al, 2008). 5A aponta dificuldade para
tratar de temas que são tabus sociais, sobretudo no que tange à sexualidade. Por fim, 3A cita
crianças e adolescentes aceitarem aquilo que é imposto pelos pais, isto é, uma dificuldade de
Setton (2002) discorre sobre a teoria do habitus em Pierre Bourdieu. Para a autora,
cognição. O que diferencia essa teoria da terapia do esquema é que os esquemas da segunda
não dizem respeito apenas ao agir cotidiano; a não satisfação de necessidades emocionais gera
percepção que o indivíduo possui sobre ele mesmo e o mundo, podendo influenciar suas ações
e seu agir cotidiano. As cinco necessidades emocionais não satisfeitas geram esquemas que
estruturadas, isto é, fundamenta a influência do social sobre a cognição. Dessa forma, quando
5A aponta a dificuldade de falar sobre sexualidade deve-se, para uma análise mais abrangente,
falhas e repetir o que dá certo, guiando-se por valores morais e éticos. Ela cita mudanças
históricas na sociedade na forma de criar os filhos. Percebe que na atualidade “os pais estão
muito preocupados, lendo tudo, às vezes sem saber o que fazer”. O discurso da participante
4A exemplifica essa colocação. Ela cita que seu maior medo durante a gestação era de não
saber educar. Para tanto, leu obras do psiquiatra Içami Tiba. No livro “Disciplina, limite na
medida certa”, o autor responde às principais dúvidas dos pais numa linguagem acessível ao
público leigo acercas das seguintes temáticas: responsabilidade, liberdade, limites e disciplina
(Tiba, 1996).
4A ainda traz que seu conhecimento teórico, além das suas experiências e vivências,
lhe deram uma base mais sensível e intuitiva para lidar com as necessidades emocionais de
suas duas filhas, uma vez que sua relação com a mãe não parecia suprir a necessidade
emocional de vínculo seguro e ter pouco caráter afetivo. Sobre isso, ela relata:
Hoje eu, olhando pra trás, eu vejo a minha mãe, a minha mãe ela não te dá carinho,
ela te dá um abraço, mas se você quiser dar um beijo nela assim, dar um afago mais
acentuado assim, ela: ‘tá bom, tá bom, tá bom’, ela faz assim sabe, então eu tinha
muito disso e eu fui percebendo com o tempo, à medida que as meninas foram
crescendo, eu fui perdendo isso.
Assim, essa entrevistada e também 1A, 5A e 6A, percebem influências da criação que
recebeu de seus próprios pais. A diferença é que 1A aponta para uma criação “tradicional
precisam às vezes se confrontar com um “não”, né, para elas sentirem que as coisas não é
bem como eles querem”. A mesma ainda salienta que, por vezes, deve-se deixar que os filhos
tomem suas próprias decisões e façam suas escolhas e que eles também arquem com as
consequências delas.
Por outro lado, 4A, 5A e 6A fazem apontamentos sobre aspectos que consideram
“ruins” e devem ser repensados ou, ainda, que foram bons e devem ser reproduzidos, em
relação a educação que elas mesmas receberam. 5A refere que seu modelo de criação foi
também aprendido no colégio: “Tentar, né, ser mais aberto, mais carinhoso, diferente de
como a gente foi criado”. Para 6A, em contrapartida: “Foi bem mais ou menos a mesma coisa
que meus pais, só que mais rígido, mais firme em algumas coisas, botando mais limites e
sendo mais rigoroso [...]”. No que se refere a necessidade de limites realistas, 1A também
relata que os seus pais eram mais modernos e que deixavam sair na época da adolescência,
atribuindo-lhe responsabilidades numa relação de confiança: “você tem que ter confiança, eu
vou depositar um x confiança em você, espero que você corresponda a essa confiança que
estou dando”.
3A, nessa mesma perspectiva, ao afirmar que nunca estudou e que todo seu
conhecimento deriva da prática, verbaliza: “está dentro de sua personalidade aquilo que seus
pais te ensinaram ou quando você sente meio perdido você procura um conselho de um
amigo”. Nessas passagens fica evidenciada a repercussão que a cultura tem na criação das
entre os entrevistados de que a falta de limites dados pelos pais e as influências externas são
pois:
Quando você tem um filho adolescente ele começa a escapar debaixo da asa, ele sai,
ele vai tendo convivência, a partir da escola, depois da escola outros cursos e aquele
círculo não é tão sadio e ai vem as más influências e as coisas acontecem e você vê
seu filho fazendo as coisas que menos esperam.
Nesse mesmo ponto de vista, a entrevistada 5A levanta para a ausência dos pais no
cotidiano dos filhos, principalmente nas últimas décadas, o que levaria, de acordo agora com
6A, a falta de suporte, de limites, rigidez. Ele ressalta a importância dos pais agirem como
exemplo para seus filhos, uma vez que as crianças se portam de acordo com a mesma regra de
conduta utilizada por aqueles que são seus modelos. Hillebrand (2006), assim, traz que pais
outras pessoas, os quais funcionam como guias para a produção de desempenhos hábeis. Essa
maneira que as competências desejadas sejam dominadas. Nesse sentido que a concepção de
6A se mostra importante, uma vez que ele também cita a incoerência existente entre o
comportamento de um pai, que é reproduzido pelo filho que, por sua vez, recebe represália e
um feedback negativo por agir da mesma maneira que, anteriormente, o pai agiu. A
incompatibilidade existente aqui, poderia ser reduzida caso o pai tivesse conhecimento de
processos de modelação, conforme traz Bandura (2008) e em concordância com o que já foi
de testar até onde seus limites podem ir. Essa lógica levantada por 4A funcionaria como um
jogo de limites, que exigem que os pais enfrentam as crianças e adolescentes, que aprendam
com eles e também saibam quando ceder ou acordar e quando se manter firme perante uma
decisão.
importância de se “ter amigos, sair, jogar bola, andar de bicicleta, porque isso faz com que a
criança se conscientize do que é o mundo né, e vai percebendo as… as multifacetas que o
de todos os entrevistados que, entretanto, não deram tanta ênfase ao brincar junto das
crianças. O entrevistado 6A, por exemplo, trouxe que “É bom né, eles brincarem, gastarem as
energias e se divertirem, sempre com regras claro. Fazer amigos né”, não se colocando como
Complementando essa colocação, 1A relata que a ausência dos pais nas brincadeiras se
daria pelo “fato deles quererem trabalhar e darem mais valor a sua vida profissional”, o que
resultaria, por sua vez, no excesso de atividades e no pouco tempo de interação entre pais e
filhos, conforme também evidenciado nas dificuldades inicialmente percebidas. Ela cita que
as crianças são colocadas em “colégio de manhã, aula de balé, aí aula de piano, aula de
inglês, aula disso e aula daquilo… e a criança não tem tempo de ser criança”. Faz-se uma
ressalva aqui de que existe uma percepção de que os momentos de espontaneidade fazem-se
Dentro dessa mesma necessidade emocional, discute-se sobre a posição dos pais frente
a livre expressão das emoções dos filhos e como eles agem perante as inclinações próprias dos
Eles falam em estabelecer deveres, valores e responsabilidades para as crianças desde a tenra
idade. Sobre isso, a entrevistada 1A expõe: “tem que aprender a guardar os brinquedos que
sujou, entendeu - já tem que criar uma certa responsabilidade, mesmo uma criança de 2
anos”. 3A também traz que propunha a sua filha ir a escola sozinha, mesmo que outros pais
Acho que os filhos hoje em dia são criados com muita liberdade e liberdade demais
não é bom, pois envolve em más influências e um certo valor que até lá podemos dizer,
mais adiante não. Liberdade para os filhos tudo bem, mas não demais, eles precisam
saber que tudo que eles fizerem na vida tem consequências.
anteriormente por Young et al (2008) podem ser alinhadas, assim, ao modelo de self
1A traz uma reflexão sobre a autoestima da criança e a relação que ela estabelece com
na criação dos filhos. Frisa que eles devem ter metas a cumprir e que, ao serem cumpridas,
momento em que sua filha começou a namorar um menino mais velho que estabeleceu com
ela uma relação era abusiva. Apesar de 4A e seu esposo, também de origem alemã, atentarem
a filha para a situação não ideal de relacionamento, eles não impuseram qualquer tipo de
Teixeira, Oliveira & Wottrich (2006) coletaram informações que vão ao encontro das
Parentais - EPP que foram aplicadas a adolescente de origens e etnias abrangentes. Em seu
artigo, trazem o incentivo a agir de maneira independente, o aprender com os próprios erros, o
apresentam um índice igual a 0,76, em uma escala que vai até 01. Toda a liberdade dada,
pais de supervisão do comportamento dos filhos buscando conhecer suas atividades ao invés
de lhes impor restrições explícitas. Essa não proibição com exigências e busca pela autonomia
se mostra marcante na cultura alemã e se alinha ao apresentado nas entrevistas, que coloca a
responsabilização.
Considerações finais
social. A TCC fundamenta os desdobramentos que essas crenças podem ter na vida adulta dos
filhos.
origem alemã e possuírem filhos. Seus níveis de formação foram bem heterogêneos. Ainda
assim, foi possível perceber semelhanças em seus discursos a respeito da criação dos filhos.
Para a maioria dos entrevistados, as principais dificuldades para criar os filhos versam
espontaneidade e lazer e de estarem presentes. Percebe-se que eles almejam que seus filhos
chegam a admitir que outros aspectos da educação são, por vezes, negligenciados.
Compreende-se que essa dificuldade que os pais possuem não é característica diferencial da
cultura alemã, mas são próprias das sociedades ocidentais imersas em um sistema que é
capitalista.
Fica evidente no discurso dos entrevistados que as influências recebidas de seus
características que consideram positivas na educação que receberam e tentam modificar suas
atitudes naquilo que consideram como experiências negativas. Nota-se que os pais com maior
nível de escolaridade possuem teorias mais sofisticadas sobre a criação dos filhos e, assim,
Portanto, com o presente estudo foi possível conhecer aspectos diversos da criação dos
filhos quando os pais possuem origem alemã em um diálogo interdisciplinar entre a TCC e
teorias culturais. Assim, pontua-se que trabalhos posteriores podem ser desenvolvidos no
expressão e emoções validadas e espontaneidade e lazer, visto que elas constituem o aspecto
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