PDF CAP. 33 E 34 - David E. Zimerman - Fundamentos Psicanalíticos
PDF CAP. 33 E 34 - David E. Zimerman - Fundamentos Psicanalíticos
PDF CAP. 33 E 34 - David E. Zimerman - Fundamentos Psicanalíticos
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
SANTO ANDRÉ - SP
2023
RESENHA INFORMATIVA
1. REFERÊNCIA
O Capítulo 33 – “Psicanálise com Crianças” – procede a uma revisão histórica, detendo-se nas
técnicas mais contemporâneas.
“Terapia Psicanalítica com Púberes e Adolescentes”, título do Capítulo 34, enfoca o tratamento
analítico com pacientes dessa fase da existência.
Zimerman, David E. Manual de técnica psicanalítica [recurso eletrônico]: uma re-visão / David E.
Zimerman. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2008.
2. SOBRE O AUTOR
3. RESUMO
A autora ressalta a rivalidade entre as abordagens de Anna Freud e Melanie Klein. Klein, uma
psicanalista genial, desenvolveu uma técnica centrada em brinquedos, desenhos e jogos para
interpretar as fantasias inconscientes das crianças. A polêmica entre as abordagens de Anna
Freud e Melanie Klein na Sociedade Britânica de Psicanálise é abordada, bem como a influência
de Klein na expansão da análise com crianças nesse contexto.
Outros teóricos notáveis são mencionados, como René Spitz, que utilizou filmes para
documentar o desenvolvimento emocional das crianças, e Donald Winnicott, que desenvolveu
conceitos importantes como "mãe suficientemente boa" e "falso self".
A terapia infantil oferece um ambiente para a criança se expressar por meio de brinquedos e
jogos simbólicos, permitindo o entendimento de suas emoções e fantasias inconscientes. No
contexto terapêutico, os brinquedos como bonecas, animais, carrinhos, blocos e jogos de regras
fixas são disponibilizados para a criança brincar, comunicando-se de forma não verbal. Questões
de resistência por parte da criança são abordadas, podendo representar falhas na compreensão
por parte do analista, bem como a interação com os pais, que podem afetar o processo
terapêutico.
São discutidas técnicas interpretativas na análise das crianças, com ênfase na interpretação das
atividades lúdicas e comportamentais, identificando os significados que a criança confere às
relações familiares e aos papéis que desempenha. O texto também menciona os desafios em
lidar com resistências, atuações e transferências específicas das crianças, particularmente em
casos de crianças autistas ou com problemas de desenvolvimento.
A abordagem psicanalítica é vista como uma oportunidade para o terapeuta procurar despertar
emoções escondidas e ajudar o desenvolvimento emocional.
A busca por uma identidade própria muitas vezes leva o adolescente a se distanciar da família
para não ser apenas visto como "filho de seus pais". As forças conflitantes que emergem durante
esse processo, incluindo sentimentos de amor, agressão, erotismo, narcisismo e independência,
podem levar a reações extremas.
O adolescente pode tentar envolver ou afastar violentamente os pais, sendo muitas vezes
projetor dos conflitos internos não resolvidos dos pais. Os pais, por sua vez, enfrentam uma crise
quando seus filhos entram na adolescência, incluindo luto pelo tempo que passou, perda da
imagem da criança, desilusão com expectativas não realizadas e preocupações com a
segurança de seus filhos em um mundo mais violento. As identificações projetivas dos pais nos
filhos e como suas próprias questões não resolvidas podem influenciar a dinâmica familiar. O
autor destaca a importância para o terapeuta de entender como a família lida com a entrada do
adolescente na adolescência, a fim de fornecer uma terapia eficaz.
Embora a convivência com grupos possa levar a experimentações com drogas, é importante
diferenciar entre o uso de drogas como um modismo e casos de dependência. Os pais são
aconselhados a compreenderem a dinâmica grupal normal dos adolescentes, enquanto mantêm
uma atitude vigilante e equilibrada, permitindo que seus filhos passem por essa fase de forma
saudável e gradual, sem pressionar prematuramente por comportamentos adultos.
No texto “A prática clínica” aborda a prática clínica no contexto da psicanálise com adolescentes.
Destacam-se diversos aspectos relevantes para o tratamento, tais quais: Empatia e Flexibilidade,
Equilíbrio na Relação, Comunicação com os Pais, Comunicação Verbal e Não-Verbal, Relação
Terapêutica.
4. APRECIAÇÃO DO RESENHISTA