Arquitetura Vernacular e Bio Arquitetura
Arquitetura Vernacular e Bio Arquitetura
Arquitetura Vernacular e Bio Arquitetura
SÃO LUÍS – MA
2021
Arquitetura Vernacular
Pode-se definir esse termo da Arquitetura como um tipo de obra que utiliza
recursos naturais e técnicas da região em que ela será construída, ou seja, são
utilizados materiais e recursos locais do ambiente onde ela estará inserida. Segundo
Paul Oliver no seu livro Built to meet needs, ele afirma que, diante de uma
necessidade de definição mais afunilada para o termo, pôde concluir que a arquitetura
vernacular inclui não somente as habitações, mais também outras construções dos
povos, com relação ao contexto ambiental e recursos disponíveis.
Quando surgiu?
Não é possível afirmar uma data concreta de quando iniciou esse tipo de
construção, pois ela sempre existiu. Mas pode-se dizer que essa técnica começou a
ser estudada e analisada mais detalhadamente a partir do fim do século XIX. Foi
quando os arquitetos Frank Lloyd Wright e Le Corbusier fizeram desse estilo típico
uma versão mais sofisticada.
Iglu, Canadá
São casas com moldes de colmeia que já serviram de habitação popular. Era
construída a partir de tijolos, adobes e pedras encontradas no ambiente local. A
construção pode ser concluída rapidamente por conta do seu formato, fazendo dela
uma boa opção para os nômades, pois se trata de uma estrutura resistente ao calor e
ao frio. No período de calor tem o auxilio das aberturas laterais que proporcionam uma
ventilação cruzada e no período frio o seu formato pouco volumoso representa que
existe pouca perda de calor.
Hoje em dia as casas colmeias não são mais utilizadas como habitações, mas sim
com um espaço de armazenamento.
Mais uma vez a matéria prima Junco aparece nesse tipo de habitação. O junco
é coberto de lama para produzir as cabanas. Essas casas tem formato de arcos
catenários (seguem uma curva de centenária invertida, bem comum em edifício nos
tempos antigos). Os arcos chegam a medir cerca de 9 metros de altura. Essas casas
eram bem populares por conta do seu baixo custo, mas hoje é vista como
ultrapassada.
Oca
Famosa moradia dos Índios no Brasil, a oca é bastante comum nas regiões
indígenas brasileiras, elas formam diversas aldeias. Construídas com galhos e troncos
de árvores, ela é coberta com palha ou folhas de palmeira. As ocas podem ser
pequenas e abrigar apenas uma família ou podem ter até 40 metros de comprimento
e várias famílias viverem ali dividindo o mesmo espaço. Elas não possuem divisões
internas, não possuem janelas, a circulação do ar acontece devido a presença de mais
de uma porta. A construção de uma oca acontece entre 7 e 15 dias, e essa edificação
chega a durar até 15 anos.
Com o passar do tempo essa Arquitetura estava sendo cada vez mais deixada
de lado, com a vinda da Arquitetura moderna, os olhares e desejos foram além de
uma simples habitação.
Mas essas construções regionais estão voltando gradativamente devido o aumento
do custo da energia. Os arquitetos têm utilizado da sua sustentabilidade e grande
eficiência em termos energéticos para construir novas habitações funcionais.
Bioarquitetura
Materiais utilizados:
Tintas ecológicas
Hoje encontra-se tintas que são produzidas a partir de produtos naturais, sem
produtos tóxicos. Tintas elaboradas para agredir menos o meio ambiente, feita com
matéria prima orgânica, ela torna possível existir paredes bonitas e sofisticadas de
uma forma totalmente sustentável.
Tijolo ecológico
Esse material apresenta ainda mais vantagens do que o tijolo padrão feito de
barro. O processo de fabricação desse material é totalmente sustentável, pois eles
não são levados ao forno e com isso não liberam gases poluentes. Os ecotijolos são
moldados em uma prensa e possui grande resistência e capacidade de isolamento
térmico e acústico.
Madeira de Demolição
Esse material é um material reaproveitado que nasce da demolição de casas e
edifícios antigos. A madeira de demolição é reaproveitada para ser inserida em uma
determinada decoração dando um ar de rusticidade ao local onde ela estará inserida.
OLIVER, Paul. Built to meet needs: cultural issues in. 1ª edição 2006. pag. 27. Built
to meet needs: cultural issues in. Architectural Press - 17 outubro 2006.
PAUL OLIVER, 2006. Problems of definition and praxis pag. 27. In: OLIVER, P. Built
to meet needs: cultural issues in