Re 27
Re 27
Re 27
- maio/junho 1968
Circuito
B
O gerador de onda quadrada
(fig 2) é formado por transis-
tores de silício planar tipo
BF I R4 com frequência de corte
alta (> 200 MHz) para o obten-
ção de uma boa onda quadrada.
Para que a onda fornecida seja
simétrica deve-se ter R, = R. e
FIG. 2 C, = C, cujos valores também
determinam a frequência do mul-
tivibrador.
A onda quadrada é retirada
dos coletores de T, e T,, por
meio de C, em paralelo com R,
e de c. em paralelo com R.,
sendo então aplicada às bases
de T, e T. (transistores de cha-
veamento, tipo BC I 08, silício
planar). Dos coletores de T, e
T., que são inten:ooectados, re-
colhe-se o sinaJ · para a entrada
do vertical do osciloscópio via
duplo seguidor de emissor T, e
T, (fig. 6).
Na fig. 3 apresentamos, além
de T, e T., m transistores T, e
T., também do tipo 8C I 08 que
funcionam como amplificadores
de áudio para os sinais de en-
FIG. 3 trada A e 8 . O potenciômetro
R" controla a posição relativa
dos dois sinais na tela do osci-
-loscópio. Ru e R,. (vide fig. 6)
determinam a amplitude de cada
um dos sinais individualmente.
A ÍIID de isolar o simulador
prõpriamente dito do osciloscó-
pio, interpôs-« um estágio du-
plo seguidor de emissor esque-
matizado na fig. 4.
O esquema completo do si-
mulador de duplo feixe, exceto
a fonte, é apresentado na fig. 6.
Desempeoho
A tensão de alimentação exer-
ce grande influência no funcio-
FIG. 4 namento do circuito. Com o
MAIO/JUNHO, 1968
132
r-----------~----------~-e+12V
Ch
1
._,r r
c16
1001J.F/25V
110V I
I
L( FIG. 5
Fonte de alimentação. A nume·
ração correta · do transistor é
T 9 e não T 7 •
aumento da tensão de alimen- por meio do potenciômetro R,.. fim, contém todo o circuito da
tacão observa-~ que ocorre uma O transistor AC 128 (ou OC 74) fig. 6, com exceção dos contrQ-
melhora na separação entre o deve ser montado sôbre um dis- les de ampliture do ·Canal A e
canal A e o canal B. Por outro sipador de alumínio de 8 cm', do canal B e do contrôle de
lado, na situação de ausência do pelo menos. posição dos sinais. A fig. 7 apre-
sinal de entrada, obtém-se me- senta a placa de circuito impres-
lhor onda quadrada com alimen- so com a disposição dos compo-
tação entre 8 e 13 volts: se se Construção nentes simultâneamente.
aumenta a tensão para mais de
13 volts a comutação torna-se O simulador propriamente dito A fonte também é apresentada
lenta, ao passo que abaixo de é montado em uma placa de cir- em placa de circuito impresso,
8 volts há instabilidade durante cuito impresso. Esta contém, contendo, inclusive, o potenciô-
a comutação. Elegeu-se 12 V então, o gerador de onda qua- metro R,. que serve para ajustar
para tensão nominal. A fig. 5 drada, o amplificador do canal a tensão de alimentação. A fig. 8
mostra o circuito empregado na A, o amplificador do sanai B mostra claramente a placa com
fonte de alimentação onde a ten- e o estágio separador da saída a distribuição de todos os com-
são de saída pode ser ajustada duplo seguidor de emissor. En- ponentes da fonte.
T3 T5
'~
ca
R13
Rs
+12V
R15
FIG. 6
MAIO/JUNHO, 1968
• • • • • • ":"l:__: • •
~ • • ·~/
• •
,....---
• • • •
.
'--
•
FIG. 7
• • •
•
I
·~. :I~·
Circuito impresso ,
visto do lado do
cobre.
• D •
•
• •
•
• •
6
• ~ •
~H~
i
• I
I
- • • I
• I· • • ·I -• •
• • • •
r--
• • • •
A@ • .. .. @A • •
I
TERRA P/VERTICAL
Rzz
• c::::::J •
• •
o o
ENTRADA A ENTRADA B
Um chassis de alumínio do-
brado em U serve de base para
a fixação das duas placas de cir-
cuito impresso e também dos três
contrôles, das tomadas de sinais
de entrada, da tomada de saída
para o osciloscópio e da chave
liga-desliga da rêde. A fig. 9
apresenta êsse chassis com tôdas
as dimensões das furações e das
dobras necessárias.
A caixa do simulador é com-
posta pelo chassis acima descrito
e por uma tampa ·que também é
uma chapa de alumínio dobrada
em U (fig. 10).
LISTA DE MATERIAIS
RESISTORES
R, 5,6 K
Rz = 5,6 K
R, = 58 K
R. 58 K
Rs
R,
= 330 K
330 K
Rt 47 K
R. 180 K
R, = 180 K
R,.
Ru
= 1,5 K
1,5 K
R,z Potenciômetro 2 K
linear
R, Potenciômetro 50 K
linear ..
R,. Potenciômetro 50 K
linear
R.. 1 K
R,. 47 K
R,t 33 K
lt,. 47 K
lt,. 12 K
Rzo = 1 M
• CIRCUITO IMPRESSO
DO SIMULADOR
(DETALHES NA FIG. 7)
I 65
I I
I
I I
o
I() I ·8 A' ' 8 I
I-·---------- . -$- -~- 1
$-
~- ,A
i~
~
o I
1•
30
i
-·-----.-
•
o
N
I
o I
I() I
I
I
I
' I
-~- on
o
....
II
' I~
-$-I
, I
·A
-~-
I
60 140
FIG. 9
150
FIG. 10
204
·I· 62 -1
R 21 =1 M Cs = 270 pF cerâmica T, = BC 108
Rn =2K C, = 47 nF poliester T4 =
BC 108
R,= 1on c. = 47 nF poliester T, = BC 108
R, = Potenciômetro
4 50 K c,. = 100 nF poliester T, = BC 108
linear C 11 = 100 nF poliester J'1 =
BC 108
c, = 100 !J.F/6,4 V eletrolítico Ta = BC 108
TRANSFO~DORES C" = 100 ~ nF poliester T. = AC 128 (ou de 74)
Tr, = Transformador de fôrça c,. = 10dJ-t.F/25 V eletrolítico
secundário: 30V, 100mA. C,s = 100 }J.F/25 V eletrolítico DIO DOS
c,. = 100 JJ.F /25 V eletrolítico
CAPACITORES D, D,, D,, Ji>• = BY 126
C, =
100 pF cerâmica TRANSISTORES
C, = 100 pF cerâmica CHAVES
C, =
22 nF poliester T, = BF 184
c. = 22 nF poliester T, = BF 184 Ch, = chave bipolar liga-desliga
MAIO/JUNHO, 1968
AS
CURVAS CARACTERISTICAS
DAS VALVULAS
ESUAS APLICAÇOES
1 - GENERALIDADES
_,!o__ _
A interpretação e a utilização correta das curvas
características das válvulas a vácuo é uma das mais
importantes tarefas com que se defronta o engenheiro
ou o técnico especializado em rádio e eletrônica.
Embora os fabricantes forneçam as principais
curvas necessárias para os trabalhos de projeto, ou
simplesmente para que se possa ter uma idéia a res-
peito do desempenho de uma determinada válvula,
é interessante, em muitos casos, efetuar-se o levan- A
tamento de tais curvas. O equipamento exigido para
êsse fim é relativamente simples e as medidas reque- (o)
ridas podem ser fàcilmente procedidas por estudan-
tes das escolas de eletrônica de grau médio ou su-
perior. A experiência e a soma de conhecimentos
que se adquire nessa modalidade de trabalho justifi-
ca plenamente o esfôrço dispendido, contribuindo,
ademais, para que se amplie a familiaridade indis-
pensável no trato com as válvulas termiônicas.
As curvas características das válvulas permitem, +
outrossim, a resolução por métodos gráficos de um
grande número de problemas práticos de eletrônica,
sendo mister assim que o estudante aprenda, desde
o início a utilizar corretamente às curvas fornecidas
pelos manuais ou levantadas no laboratório.
O presente artigo se destina a leitores que já A
possuem os conhecimentos preliminares acêrca d'l
teoria e do funcionamento das válvulas eletrônicas
Onde fôr julgado necessário, todavia, ~ erá dada uma ( b)
explicação sucinta a respeito dos fatos diretamente
Fig. 1
envolvidos na matéria em estudo. O tratamento ma-
temático empregado é o mínimo que se pode dis- Polarização de uma válvula diodo no sentido
pensar ao desenvolvimento quantitativo dos assuntos direto (a) e no senti!lo inverso ( b).
abordados, achando-se plenamente ao alcance do lei-
tor.
apresenta de permitir a condução, quando se acha
2 - DI ODOS A VÃCUO polarizado no sentido direto (placa positiva em re-
lação ao catado, conforme se ilustra na fig. la) e
de impedí-la, quando se acha polarizado no sentido
O fato primordial que caracteriza o funciona- inverso (placa negativa em relação ao catado, como
mento de um díodo é a faculdade que o mesmo se mostra na fig. lb).
r, = constante (2)
1. 2 . 2 - Resistêoda dinâmica
CURVA CARACTERÍSTICA
Fir. 7
Fig. 5 Reta de carga de um diodo.
Determinação gráfica da resistência diftâmica
do diodo. (Continua na pág. 172)
n
De todos os sistemas de mo-
dulação descritos, o de modula-
ção de largura do pulso é o úni-
co em que a baixa freqüência
possui amplitude independente
da freqüência de modulação, o
que exclui portanto tóda distor-
ção de amplitude.
Além disso fica excluída tam-
bém distorção harmónica do
sinal devido à ausência de com-
ponentes harmónicas da fre- A modulação de largura do Fig . 4
qüência de modulação. No en- pulso pode ser feita de 3 modos Diagrama de blocos de um amplifi-
tanto, como podemos ver na diferentes: aluando-se só sóbre o cador classe D.
figura 3, o espectro de freqüên- início do pulso ou só sóbre a
cias devido a êsse tipo de modn- parte final do mesmo ou então
lnção apresenta harmónicas da sóbre os dois lados. A importân-
freqüência de repetição com suas cia que se deve creditar às ban- se utilize de modulação de lar-
respectivas bandas laterais de das laterais relativamente à fre- gura atuando sóbre os dois lados
amplitudes também independen- qüência de áudio é menor para do pulso, é o que se vê na fi-
tes da freqüência de modulação. o tipo de modulação que atua gura 4
sóbre os dois lados do pulso.
Vamos analisar em primeiro
Entretanto, é necessário que a lugar o modulador. Existem vá-
freqüência de repetição dos pul- rias maneiras de se produzir pul-
sos seja superior a 4/m., Um,, = sos modulados em largura. A
freqüência de corte superior de mais conhecida emprega um si-
áudio) para que a influência das nal de forma triangular e o su-
bandas laterais seja desprezível. perpõe ao sinal de áudio. Quando
Assim por exemplo, se desejamos há coincidência entre os dois si-
construir um amplificador que nais ocorre a comutação de um
Fig. 3 vá até 20kHz, é necessário que estágio que pode então estar blo-
Espectro de freqüência obtido no a freqüência de repetição seja da queado ou saturado. A forma de
caso da modulação em largura. ordem de 80kHz no mínimo. onda resultante é a vista na figu-
ra 5, nela vemos que a superpo-
sição das duas ondas (triangular
Isso pode provocar uma dis- e sinal de áudio) determina ins-
CIRCUITOS BÁSICOS tantes de tempo precisos onde
torção inharmónica devido à pos-
sibilidade de interferência entre a os dois sinais têm a mesma am-
freqüência de áudio e as bandas O diagrama de blocos básico plitude. Podemos então, produ-
laterais. de um amplificador classe D que zir um sinal modulado, utilizan-
Princípio da modula·
ção em largura de um AAAA
sinal senoidal a partir
de sinais triangulares.
rvvvv
s
Fig. 7
Modulador a diodos e formas
de onda obtidas em funcio·
naniento.
.----..-.......--------t----e-8
-12V
~Ok
s
220
--4--~-----eo
~------~~------_.~~--0
Fig. 8
Fig. 6
Disparador de Schimitt que torna menores os tempos
Modulador do tipo diferencial. de comutação.
o e---_.____._
(a) ( b)
-B
(c)
Fig. 12
Estágios de saída de um amplificador classe D.
Fig. 13 Fig. 14
Para sinais fracos os transistores de saí· A fim de melhorar o rendimento, pode·se comutar
da são saturados alternadamente durante uma corrente de intensidade proporcional ao valor
meio período do sinal de alta freqüência. instantâneo do sinal !!e áudio.
PRINCíPIO DE TENSAÕ DE
FUNCIONAMENTO ENTRADA
Ei
Primeiramente, o que quere-
mos é mudar a forma de onda rl-----~-----r-----t-----t
e aplicá-Ia ao amplificador. É
também necessário que esta te-
nha um grande número de har-
mônicos, a fim de proporcionar
um melhor efeito sonoro.
Logicamente, o raciocínio nos
dirigirá para a onda quadrada,
que, como sabemos, contém um
grande número de harmônicos e
nos dará o efeito desejado.
Um método muito simples TENSA-O DE COLETOR DE T2
consiste na colocação de um
ffiffi
disparador, para servir melhor
ao fim desejado. Ao mesmo
tempo foi acrescentado um. resis-
tor de realimentação (R,) para
melhor estabilidade CC.
O potenciómetro P, é destina-
do ao conttóle do nível de his-
terese. ~ste, como já sabemos,
G Q
VALÔRES PICO A PICO
variando o nível de saída, nada
FIG. 3
Ei=1,0V
f=100Hz
Ecc•6V
Ei~111
f=10Hz
Ecc=311
I211 (
_j_~::::::::::::=....J-- L ~·1,011
f=100Hz
Ecc=3V
j
u
E(0,2511. 5,211
f=100Hz
Ecc•911
Ei=111
'Gil
f=10Hz
Ecc=911
Ei=0,2511
f•100Hz
Ecc•611 3,211
E1•0,2511
f•100Hz
Ecc•311
FIG. 5
7V
>
-a. 6V
a.
g 5V
CARACTERíSTICAS ~
-)"
O consumo do distorsor é mui- ~ 4V
to baixo, conforme mostra a ta-
3V
bela abaixo, para diversas ten-
sões de alimentação.
2V
A 1111entaça'J Comum o
- -- -- - 1V
'j'/ 0,8mA
6V 0,5mA
50 100 500 1.000 5.000 10.000
3V 0,2mA
-Hz
EN
FIG. 7
T, - BC108
T, - BC108
c - 220nF/ 160V poliest-zr FIG. 8
c, - 4 70nFI 160V polizster
R, -lMSJ; I/ 4W
R, - 470!1; l / 4W
R, -IMSJ; l/4W
R, - 4,7kSJ; 1!4W
R, - 3,9kSJ; 1!4W
CH,- chave de pressão 4 X 2
J, - jaque (fêmea) p/ guitarra
J, - jaque (fêmea) p/ guitarra
p, - 50kSJ; potenciômetro li-
near sem chave
P, - 50kSJ; potenciômetro li-
near sem chave
Suporte para pilhas, chapa de
alumínio, parafusos, etc ..
•••
EQUIPAMENTO PRODUZI RÃ MAIS RESISTÊNCIAS A CARV AO
II
O Voltímetro CC 40kfl
O voltímetro CC é um instru-
mento que se destina a medir 1kfl
diferenças de potencial em cir-
cuitos de corrente CQntínua. +A
FIG. 15
lo galvanômetro, o que nos indi- à massa). Com a válvula em são negativos, indicando atenua-
ca que a máxima corrente que funcionamento, lemos no mili- ções de sinal e para a direita os
êste pode suportar é de cêrca amperímetro a corrente por êle valôres são positivos, corespon-
de 90J.LA. Em diversos instru- indicada e com o auxílio do ma- dendo a amplificações de sinais.
mentos esta posição também é nual comprovamos se está de
usada para medidas de tensões acôrdo com as especificações do Vejamos agora como utili-
CC; sendo que nêste caso há fabricante. Se porventura encon- zar tal instrumento, lembran-
uma indicação no instrumento. tramos um valor muito baixo do do primeiramente que os pon-
normal, e tôdas as tensões de tos de entrada e de saída
Na figura 14 encontramos ilus- alimentação estiverem corretas, onde forem feitas as medidas
trada uma escala de miliampe- isto será um indício evidente de devem ter obrigatoriamente a
rímetro. Com a chave seletora que a válvula está com emissão mesma impedância, sendo es-
na posição 250mA, utilizamos a baixa. ta normalmente fixada em
faixa A acrescentando um zero 600!l. Observando êste fato de
ao valor obtido. Na de 25mA Aliando os conhecimentos de grande importância, devemos
utilizamos a faixa A com o pró- voltímetro CC e miliamperí- conectar o instrumento em pa-
prio valor obtido. Na de 2,5mA metro CC, podemos comprovar ralelo com a entrada do cir-
utilizamos a faixa A deslocan- se uma válvula ou transistor es- cuito e ajustar o sinal de
do-se a vírgula de uma casa a tá ou não em perfeito funciona- entrada até que o instrumen-
esqu~rda do valor obtido. Na mento. Assim procedendo, ob- to indique zero dB. Feito
posição de 1OOJ.LA utilizamos a temos com o voltímetro CC tôdas isto, passamos o insrumento pa-
faixa B acrescentando um zero as tensões entre eletrodos e com ra a saída do circuito, conec-
ao valor obtido e lembrando que o miliamperímetro CC tôdas as tando-o também em paralelo, e
nesta posição a unidade a ser correntes que circulam pelo dis- lemos o valor indicado. Se o
usada é J.LA, assim teremos que positivo e, com o auxílio de um instrumento indicar zero dB é si-
100J.LA = O,lmA. manual de curvas características,
podemos comprovar se os va-
nal de que o circuito nem am-
plificou nem atenuou o sinal. Se
O miliamp~rímetro é um ins- lôres acima obtidos estão ou não o ponteiro defletir para a es-
trumento que sempre deve ser de acôrdo com as especificações querda indicando uma leitura
ligado em SÉRIE com o circui- do fabricante. Esta é sem dúvi- negativa, isto significará que o
to. Quando não sabemos o va- da a melhor e mais segura ma- circuito atenuou o sinal e, em ca-
lor aproximado da corrente que neira de se comprovar o funcio- so contrário, amplificou o sinal.
desejamos medir, devemos sem- namento de uma válvula ou Pelo simples fato de termos ajus-
pre iniciar a medição com a transistor. tado zero dB para a entrada, o
chave na posição de máxima valor encontrado na saída já é
escala, no nosso caso 250mA. o valor numérico do ganho ou
Porém, devemos estar seguros A Escala de· Decibel atenuação em dB.
de que a corrente em hipótese
alguma supere êste valor máxi- Como normalmente a pos1çao
A unidade decibel (dB) é nor- utilizada para a medida de dB
mo. Como êste miliamperíme- malmente usada para· expressar
tro é do tipo CC, não podemos é 1OVAC, devemos observar se
o ganho de um circuito ampli- as tensões que vamos medir não
utilizá-lo em CA pelos mesmos ficador. Suponhamos que em um
motivos vistos para o voltíme- superam I OV e se não há ten-
amplificador tenhamos na entra- são contínua superposta. Caso
tro CC; além do mais, deve ser da uma tensão de 2V e na saída
observado o sentido em que flui houver, devemos bloqueá-la por
uma tensão de 8V, ou seja, um meio de um capacitor.
a corrente, observando a pola- ganho de tensão G. = 4. Se de-
ridade dos bornes marcados no sejarmos expressar êste ganho em
miliamperímetro. decibéis, G = 20 . log G., don- Mediçio de Capacitores e
de vem que, no nosso exemplo,
Uma das aplicaões do miliam- o ganho em dB será 20 .log Indutores
perímetro CC é a medição de 4, aproximadamente 12dB. As-
correntes de circuitos de alimen- sim, notamos uma relação loga- Alguns multitestes são dota-
tação, tais como, correntes do rítmica entre ganho de tensão dos de escalas para a medição
circuito de +B de um receptor e ganho em dB. No multiteste do valor de um determinado ca-
de rádio, para comprovar se o a posição pa chave seletora para pacitor ou indutor dentro de uma
valor está dentro das especifi- a medição <le dB é normalment·e certa faixa de valôres. Porém, pa-
cações da fonte. Uma outra uti- a posição I OVAC, sendo que a ra tal medida é necessária uma
lização é para C()mprovar a emis- leitura do valor em dB é nor- fonte externa de tensão alterna-
são de uma válvula. Para tal malmente numa escala como a da de valor adequado. Como
procedemos da seguinte forma: mostrada na figura 15 tal medição é normalmente feita
inserimos o miliamperímetro em na posição CA JOV, a fonte de
série com o circuito de' catodo Como podemos notar, a es- tensão alternada deverá forne-
(positivo no catodo e negativo querda de zero dB os valôr.es cer IOV.
A, ,
. . ./"-.I
:a
I
dutores corresponder à outra es- ~----lt--·J
cala de tensão, o transformador
deverá modificar a tensão da \_BOBINA OU
rêde para o valor de fim de es- CONDENSADOR
cala da posição corespondente. FIG. 16
Na figura 17 temos a ilustra-
ção das escalas, uma para ca- Medição de Correntes Elevadas
pacitares e outra para induto- CA e CC
res. Conforme a figura, há uma
marcação a respeito da freqüên- A maioria dos multitestes não
cia. De fato, como podemos no- possui escala de medição de
tar, pela montagem da figura 16 corrente alternada, e a de cor-
o elemento em teste fica em rente contínua chega apenas à
casa dos 250mA. Com a monta-
gem apresentada na figura 18
poderemos medir correntes al-
ternadas e contínuas de quaisquer
valôres.
Trata-se de um divisor de cor-
FIG. 17 rente, com 5 posições, mas o
leitor poderá aumentar ou di-
minuir o número de posições à
vontade. A escala utilizada no
multiteste será a de IOV.
Para utilizarmos tal instru-
mento, devemos conectar os bor-
nes A e B em série com o cir-
série com o meàidor, sendo qu~ tamente na escala. É óbvio que cuito, e efetuar a leitura na
êste, na verdade, estará indican- só poderemos medir capacita- escala de volts, mas apenas o
do a reatância da bobina ou do res ou bobinas cujos valôres es- valor numérico, sendo a unidad~
capacitor. Pelas fórmulas: tejam dentro dos limites da es- d;, medida o ampere. Por exem-
cala. plo, suponhamos estar na escala
2 1t/L, Um cuidado deve ser tomado x 10, e a leitura no voltímetro foi
X= - - - - , Xc de 3V; assim, pela lei de Ohm,
2 1t/C quanto ao tipo de capacitor
e sua tensão de isolação. Não 3V em O, l!l implica uma
as quais fornecem a reatância podemos testar capacitares ele- corrente de 30A. Desta ma-
capacitiva X, e a reatância in- trolíticos, pois circularia cor- neira, chegamos a uma regra
dutiva Xc em função da freqüên- rente alternada, danificando-os. pr~.tica, que consiste em ler o
cia f e da capacidade C ou in- Quanto à tensão de isolação, valôr em volts, acrescentar um
dutância L, concluímos que a vale para qualquer tipo, mas zero, a unidade de medida, sen-
reatância depende da freqüência, não podemos testar capacita- do o ampere. Na posição xi não
além do valor do componente. res com tensão de trabalho acrescentamos zero, na -;- I O des-
Como desejamos saber êste úl- menor do que a da fonte, no locamos uma casa para a esquer-
timo, necessitamos fixar a fre- nosso caso IOV, pois estaríamos da e assim por diante. Concluí-
qüência. Para isso, o -instrumen- em perigo de ruptura do dielé- mos que, na posição + 1 . 000,
to utiliza a própria freqüência de trico. Continua na pág. 155
rêde. Como os dois valôres pa-
drões são 50Hz e 60Hz, normal-
mente os instrumento s trazem
escalas marcadas nessas duas
freqüências, conforme indica a
figura 17. Assim, o leitor deverá
D
efetuar a leitura na escala cor- H.OOO x10
respondente à freqüência da rê-
de que estiver utilizando. FiG. 18 + +100 x1
+A
O manêjo de tal parte do ins-
trumento é simples, bastando
intercalar o capacitor ou bo- -B
bina que desejamos testar nos 1.ooo.n 1001l 100
bornes A e B na figura 16. Fei-
to isso, efetuamos a leitura dire-
B
___ ,1.
I
-t.2
b c
3
R1
h21 i1
e1 h22 R2
u1 u2
e e
FIG. 1 FIG. 2
26
O valor de R 0 :
v,-v. 23 - 7,6
Rn = ----- =
FIG. 3 I, 5
= 3,08
Adotado R 0 = 3ill
O fator S de estabilidade, face
aos parâmetros utilizados, resulta:
+ ...-----------------------4----.. +3V ~' · Rk
s =
R,+ R,,
onde R = resistência equivalente PROJETO DO REGULADOR onde Rk = Y, · I I R.,
da carga, SÉRIE
Como r, » 2k!l e ~, = 30:
O regulador série está ilustrado
c, » na figura 3.
30 o 5
4fR s = ----- = 147
1,02
20V v, = -49,6V:.~ -64,2V
Para f = 50Hz e R = ----- = v, -23V Para a impedância de saída
O,IOOA
resulta:
= 200 n, resulta I, = 100mA
Rk 2 . 000
T, AC128
T,
~2 os 30.147
c, » --------- AD149
4 o 50 200 = 0,45!1
C, » 25!J.F
D = OAZ205
Para regulação máxima de I %
deve-se ter:
Para limitar o "ripple" às espe- (L = 5mA e V, = 7,6V)
cificações, IJ. v, "'"
O resistor de carga R. deve p...,. =
1oo. v2 satisfazer:
< 4
8w• . L . c, . c, . R
Com Vz min = 23 V para =
Para o AC-128, ~' ""' 90 : Pn ... x
ou
--------------- = S min =
4w' . c, . L » 1
2wC,R »1 v, /J. V, mu = 0,1 • V, m<>
C, » 12,7!J.F = V,
3,02 0,1 • V, mu
Introdução ESTÁGIO DE R. F.
FIG. 2
•t2 V CAG
FIG. 6
A - c
FIG. 3
B
Yn
$'"'" Yzz
YN
E
( M • k 12 '(L,L2 l o>--~c-G--(w_l 47 s
FIG. 10
/
/
/
---- ' ' '
~a~--r~~~Er
I -- t
PV PS FREQ DO OSCILADOR
PS PV
. . . - ---+- --·-- -·--+-------· --· -
PORTADORA
VÍDEO 41,?5MHz 45,75fAH l
PORTADORA
SOM
FIG. 11
I~
qüência mais alta que a pordadora de vídeo, no
ampliador de FI a portadora de som é de freqüên-
cia mais baixa que a da portadora de vídeo.
A mistura de duas freqüências pode se fazer
em um elemento qualquer de característica não
linear, como por exemplo um díodo ou a impe-
dância de entrada de um transistor.
Existe uma amplitude ideal que o oscilador deve
injetar no misturador, para que o ganho de con-
versão seja o maior possível, o que deve ser G
TRANSISTOR CO M C0L FTOR
observado em cada canal que seja selecionado. Em
HOMOGÊ NEO
geral o estágio misturador é a característica não
linear de entrada de uma válvula ou transistor, cuja
saída já é sintonizada para freqüência intermediária,
constituindo portanto o primeiro ampliador d·~ FI.
ATUAÇÃO DO AGC
+
FIG. 13
O AGC é o contrôle automático de ganho
do aparêlho. Procura fazer com que o alimentação Os problemas causados pela atuação do AGC
do cinescópio seja pràticamente independente do sinal são devidos ao fato de que muitas vêzes êle não
de entrada. Para isso, a partir de um certo nível, varia só o ganho do estágio, mas tende também
reduz o ganho dos estágios ampliadores, entre êles a deformar as curvas de passagem. Principalmente
o ampliador de RF. O fator de ruído do conjunto no caso dos transistores, a variação de corrente de
será o menor possível para o maior intervalo d~ emissor acarreta variações das impedâncias de en-
sinal de entrada, se o AGC do seletor fôr de trada e saída (veja figura 14). Alguns transistores
ação retardada, isto é, se começar a atuar somente de silício poàem apresentar variações de até I : I O
30 a 50 dB depois de começar a atuar sôbre o ganho de impedância de entrada. Esta variação de im-
de FI (veja fórmula no capítulo relativo ao ruído). p~dância de entrada acarreta problemas no casa-
No seletor de canais o AGC age sôbre o mento da antena ao elemento ativo, pois o trans-
estágio de RF, cujo ganho será função de um formador de impedâncias é feito para determinados
parâmetro variável comandado pelo AGC, por valôres de impedância de entrada. No entanto, o
exemplo, tensão de polarização da grade 1 para · coeficiente de reflexão na entrada do se-letor não
um pentodo de corte remoto, a corrente de emissor deve ultrapassar valôres de ordem de 50%.
de transistor, etc. ~ste parâmetro vai geralmente A segunda consideração a ser feita refere-se à
ser comandado por uma tensão U que será gerada impedância de saída. Representemcs esta impedân-
no estágio de AGC. cia por uma parte real Ro e uma reativa 1/wC.~ =
Devemos ter uma maior variação relativa de e respectivas variações t!,. R. e t!,. C0• Na figura 14
ganho t!,. G I t!,. U possível e o menor consumo de temos o circuito eqüivalente. O t!,. C, causaria um
~"-"" l
z,, Ro
FIG. 14
v,n v,
AR o
=r c. =rA C0 R
'r c l1 l2 =r= c 2 R2
AZ11
[
deslocamento na freqüência de ressonância do pri- FATOR DE RUíDO
mário do filtro e uma variação no fator de amor-
tecimento d, = 1/Q, = (Wm ·R, ·C,)-', onde: Como é sabido da teoria de ruído, em um
conjunto de amplíadores em sene (figura 15) com
Wm = freqüência de centro da faixa ganho a,, fator de ruído F ,, i = 1 . . . n, o ruído
R, resistência total de amortecimento do do ';onjunto é dado por:
primário
C, = capacitância total de sintonia do primário F,- 1 F, - 1
R, resistência total de amortecimento do se-
cundário F Fo+--- +---- +
C, = capacitância total de sintonia do secun-
dário
Fn
/::,. Ro também causaria variações no fator de amor-
tecimento do primário. Um dos cuidados a ser to-
+ .. .. +
mado refere-se a
/::,. Co tomando-se Co + C = C,, tal qu~ /::,. Cu « C, . Se os a , forem maiores que 1, teremos os últimos
Consideramos o efeito de /::,. Co insignificante. têrmos da série despresíveis, ficando pràticamente:
Outra precaução está relacionada a /::,. Ru. O ·fato r
de amort~cimento total do filtro F, -1
d = do + d, = Q, I + Q,- o =
.= (R,.C,.Wm)- 1 + (R,.C,.wm)- 1
deve permanecer constante, pois para um determi-
nado acoplamento (no nosso caso levemente super- Em televisores temos um caso semelhante (figura
crítico) determina a faixa de passagem do filtro. 16). Portanto o fator d:! ruído do conjunto é pràti ·
Para d tornar-se constante, temos que levar em camente dado por
consideração que (para cada canal Wm sendo fixe)
-t:,.R,
F
Wm.Co.Ro 2 a ••
pois já tornamos C, constante
t:,. R, Ro. R
como
R,' 1=1 I
, pois R , = - - , ! /::,. Rol
Ro+R
I (R/Ro +R)' . /J.Ro I
FIG. 16
~GERADOR
DE
RUI DO
1-
OBJETO DE
AMPLIADOR
DE BAIXO
- DE TE TOR
C/ INDICADOR
ME DI DA 1-- RUIDO E - 3dB
FIG. 17
~I
CALIBRADO
( SELETOR I FAIXA LARGA
F2 ' G2
sinal na entrada, que acarr;:tariam o aparecimento de Mesa ou Planar. como os casos dos AFI39 e AF239
"imagens fantasmas", se o cabo da antena fôsse su- de germânio ou BFY88, BF200 e BF202 de silício.
ficientemente longo. Na faixa de VHF a preferência por válvulas
ou transistores está mais ou menos empatada, com
Há diversas fontes de ruído, algumas com ca- valores de 2 a 5kTo. Na faixa de UHF ·as válvulas
racterísticas de ruído branco, como por exemplo o começam a perd~r terreno para os transistores, onde
. ruído Shot, e o ruído térmico, que influenciam as
faixas de V. H. F e U. H. F. e outros que no caso
o AFI39 apresenta F =
7,5dB para 800MHz e
o AF239 e BF200 são ainda melhores.
não interessam, como o ruído flicker ou ruído I I f
cuja potência fornecida é inversamente proporcional
à freqüência. COEFICIENTE DE MODULAÇÃO CRUZADA
O estudo do ruído começou recentemente com
Einstein (1906) e Lorentz (1912). As não linearidades das características dos ele-
O ruído em transistores é comtituído de várias mentos ativos (principalmente transistores) causam,
partes: ruído Shot das correntes de base e einissor, além de distorções do sinal modulado e mudanças
ruído de divisão de correntes (emissor -. base + do índice de modulação, um tipo de fenômeno,
coletor), ruído S·hot do díodo base-coletor polari- muito importante, que denominamos de modulaçã ~ >
zado inversamente, etc. cruzada. Suponhamos que em um transistor sejam
injetados dois sinais: um com freqüência f 1 sem
O ruído térmico também é constituíd'J de par- modulação (sinal útil) e o outro com fr~qüência
tes, devidas à rbb', r" etc., como também de resis · f, modulado em amplitude (sinal perturbador). Na
tências eventuais no circuito, que por isso devem saída poderemos constatar que a modulação de f,
ser evitadas no circuito de acoplamento da antem:. apart:ce também modulando o sinal f 1 (figura 18).
ao elemento ativo. Êst~ efeito pode ser constatado em alguns t:-
levisores quando sintonizamos um canal distant~
A medida do fator de ruído é feita em cabine (fraco) e existe um canal vizinho muito forte. P:>-
blindada, com um gerador de ruído e um ampliador deremos então constatar o canal selecionado, bem
dotado de um atenuador de 3dB (figura 17). Com sintonizado, e a imagem do canal vizinho, não sin-
o gerador sem funcionar, mas ainda conectado, c
o atenuador curto circuitado, observa-se a indicação
de tensão (potência) na saída. Depois, com
o atenuador atuando e o gerador de ruído li- FIG. 18
gado, aumenta-se a quantidade de ruído in-
jetado até se obter novamente, na saída, o
mesmo valor de tensão (potência) que se
tinha no comêço. Feito isto, o gerador cali-
WffiA- '•
brado indica qual o fator de ruído (veja Te-
lefunken Laborbuch III, pág. 154).
Em seletores a válvula, usam-s;: triodos
que têm baixo ruído mas baixo ganho, pen-
todos que têm alto ganho mas alto ruído,
cascodes que apresentam uma melhor combi- ~- ·
nação de ganho e ruído, ou válvulas especiais
como o neutrodo PC900. Em transisto-
rizacios temos alguns transistores especialmente
desenvolvidos para êste estágio, em técnica
cronizada e mais fraca, como se fôsse uma imagem Os seletores de VHF (30-300MHz) incluem a
fantasma "correndo" atrás da outra. faixa I (Canais 2 a 6) e a faixa III (Canais 1 a 13)
Estudos teóricos realizaoos mostram que o coe- e os de UHF operam dentro da faixa de 470 a
ficiente de modulação cruzada está diretamente rela- 890MHz (Canais 14 a 83).
cionado com a derivada segunda da transcondutância O problemà da mudanÇa de sintonia de um
e inversamente proporcional à transcondutância (*): canal para outro pode ser resolvido em princípio
de duas maneiras. A primeira é a solução por co-
a'Y, mutação, como por exemplo no circuito da figura 2.
Aí podemos reconhecer que para obtermos o casa-
k au,.' mento de impedâncias na entrada do seletor, o filtro
m== 1t de entrada é modificado para cada canal, sendo
IYztl portanto seletivo.
O coeficiente de modulação cruzada pode ser As indutâncias do filtro passa faixa também
definido como sendo a tensão perturbadora, U,., são comutadas com o respectivo acoplamento. A
modulada 100% em amplitude, necessária para pro- indutância do oscilador também tem que ser comu-
duzir 1% de modulação cruzada, para determinada tada e quando o ajuste fino do oscilador também
tensão de entrada do sinal útil, e para determinado é comutado (como no nosso caso) diz-se que o se-
afastamento da freqüência perturbadora. A sua me- letor é memomático.
dida é esquematizada na figura 19. As vêzes o oscilador é acoplado ao misturador
Os resultados são em geral apresentados como indutivamente, o que tem a vantagem de tornar
êste acoplamento ajustável para compensar possíveis
1 ~1
variações de amplitude de sinal injetado para cada
Y, canal.
Uma possibilidade para mudança de canal é
em função de L (corrente de coletor) ou como U., a variação contínua de certos valôres do seletor, co-
para 1% de modulação cruzada. mo por exemplo no circuito de U. H. F. (figura 20).
A modulação cruzada em seletores de canais No circuito, podemos reconhecer que o .filtro 1t
depende quase que exclusivamente do elemento ativo de entrada não é mudado para cada canal dentro
do estágio de entrada, do tipo de circuito (emissor da mesma faixa, sendo portanto de faixa larga.
comum ou bas~ comum) e do acoplamento antenõ.i- O filtro passa faixa é deslocado de um canal para
elemento ativo (faixa larga ou estreita). outro pelo princípio indicado na figura 21, onde a
freqüência de ressonância de uma linha de trans-
CLASSIFICAÇAO missão curto-circuitada em um extremo varia de
acôrdo com a capacitância acrescentada ao seu ex-
Os seletores de canais podem s:-:r classificados: tremo livre. Representemos isto pelo circuito dl
a) Quanto ao tipo de sintonia v
figura 22, onde: w,..., = 1/ LC.
{ Conde.,•dm variável
Capacitância variável
Comutação Indutância variável '· Varicaps
Sintonia Contínua Comprimento variável de linhas
de transmissão ressonantes
(linhas )./2, }..f 4, etc)
b) Quanto à freqüência
S.:letores de VHF
Seletores de UHF
(*) Internationale Elektronische Rundschau
Heft 11 Seiten 625-628
Heft 12 Seiten 691-694
ENTR:DAu :
ASSIMET. !
I FIG. 20
1:
-t -n:- 11
t12V C AG ACC'f'LAME'-ITO H 2V FI
,._____ FIG. 21
I
I
I
I ou a1 nd a
I
I
z- CAPACITaR VARIÁVEL
FIG. 22
Ic
I
FIG. 23 I
- c
I v
f
-20. 1
10 2 5 w2 2 5 103 2 5
4
10 2
--t{HZ)
t
na figura 1 tem uma realimen-
Tensão de alimentação
I
Pré-amplificador
de microfone
I Pré-amplificador
equalizador
causada pela alta amplificação e
elevada freqüência de corte su-
perior. Para conseguir bom com-
portamento no que diz respeito
24V 24V
ao ruído do primeiro estágio, a
Corrente CC 0,85mA 0,85mA corrente de trabalho do transistor
Sinal de saída T, é fixada num valor muito pe-
queno, de IOO(J.A.
(f =1kHz, R= JOOkil) 350m V 350mV
Sinal de entrada (Extraído de: Siemens Halbleite1
- Schaltbeispiele 1967)
(f =1kHz)
Idem, máximo
2m V
20m V
4,5mV
43mV
•••
Resistência de entrada 47k!l 47k!l
Distorção
f = 100Hz 0,3% 0,2%
f =1kHz 0,3% 0,1%
f =20kHz - 0,1%
Rejeição de sinais
interferentes > 50dB > 50dB
•••
FIG. 1
I.
13 em retificação de meia onda.
c
I.
6,5 - - em retificação de onda completa.
c
onde I. é a corrente contínua fornecida à carga (ou ao circuito estabi-
lizador) em mA e C é a capacidade do condensador de filtro _e m p.F.
Resumindo, podemos dizer que a variação total da tensão contínua
à saída do filtro resulta da soma das variações devidas à carga, à rêde
e à tensão de ripple.
Os semicondutores (diodos Zener e transistores) se prestam muito
bem para circuitos de estabilização de tensões baixas em que o consumo
(corrente) seja elevado, pois além do fato de ocuparem muito pouco
espaço, em relação a outros componentes como válvulas ou regulado-
res magnéticos, apresentam ainda as vantagens de possuir uma resistên-
cia interna muito pequena, desenvolver menos calor e possuir menor
tensão de ruído.
O primeiro requisito para que se tenha uma estabilização da tensão
contínua de saída de uma fonte de alimentação é a existência de uma
tensão de comparação cuja constância seja muito alta. Em aparelhos que
contêm válvulas essa tensão de comparação é gerada a maioria das vê-
zes por uma válvula a gás, em aparelhos transistorizados por diodos
~NSÃO Zener.
~
·=- onde D,. U, representa a variação de tensão e D,.l, corresponde a variação
de corrente. No exemplo da figura 3, D,.U, vale 300mV e D,.l., 4mA,
• •
!:iii !!:: 3m A
'"o
<I ~ ~
a ~ !!!:'i '!:'! ::i
~ :õiii
~mA
40 mA
de onde resulta uma resistência de Zener para uma tensão inversa de
300mV
0
z ~ rtilí - 5V, igual a 75!1.
- -
''"
,__
"'
v;
'"crI == ==- ~ n'
4mA
== - -
para Ln, c te
D,. = 1°C
D,.r, aumento ou diminuição de valor que sofre r,.
O seu valor é positivo para diodos com tensão de referência maior
do que 6V, e negativo para aquêles que possuem tensão de referência
• • •
-0-0-
Eb
I, = - -, para E. = O (12) Os terminais de filamento devem ser, antes de
Rr. mais nada, ligados a uma fonte capaz de fornecer
a tensão e a corrente recomendadas pelo fabricante
O traçado da reta de carga permite a resolução da válvula, a menos que se deseje estudar o compor-
do problema básico da eletrônica das válvulas a vá- tamento do diodo em condições de temperatura de
cuo: dado um diodo e sua curva característica, e po- filamento ou de catodo diferentes das que são espe-
larizando-se o mesmo por uma tensão Eb, através cificadas.
de uma resistência de carga Rr., determinar o valor O potenciômetro R, se presta para o ajuste a
da corrente anódica I, e da tensão entre placa e grosso modo da tensão E. (indicada pelo voltímetro
catodo E •. V); o ajuste fino é procedido pelo potenciômetro (em
A solução é dada simplesmente pela determina- série) Rt.
ção das coordenadas E,P c I.P do ponto P de inter- A tensão contínua de polarização é alimentada
secção da reta de carga com a curva característica, através dos terminais B, podendo proceder de uma
conforme se mostra na fig. 7. bateria ou de um retificador.
nn
largura de faixa, que discutire-
mos adiante. n
As diferenças fundamentais
entre FM e AM são fáceis de
entender. Enquanto na técnica de b
TE MPO
AM a informação (voz ou mú-
sica) é transmitida pela varia-
ção da amplitude (modulação) da
portadora de radiofreqüência
(donde o nome "modulação de
u v u "
U~Plitude"), em FM a amplitu-
I:
__
h •I·
ba150kHz
h :I
_.
z.
sar de, na prática, restringirmos
a dinâmica também nas trans-
missões em FM, esta é bem
maior do que naquelas em AM.
Representação do tipo mais simples
de demodulador de FM.
90./ I \
plamento CP, e Cp>, formam dois
circuitos demoduladores simétri-
cos. As sintonias dos circuitos
:; \
ressonantes I e II estão desloca-
das de valôres iguais, acima e
abaixo da freqüência de resso-
nância do circuito LC.
~ r-- f- h
•'
- !--"-
Fig. 4
------ (MHz)
A portadora não modulada
produz, nos cricuitos sintoniza-
dos, tensões iguais que por sua ·
Forma de onda do sinal na 5aída de um ~emodulador por sintonia
vez provocam iguais quedas de
deslocada. tensão sôbre os resistores de car-
ga. As duas tensões são opostas
em virtude da mesma polarida-
de dos diodos D, e D2; em con-
D aos poucos sendo abandonado. seqüência disso neutralizam-se, e
Apenas o mencionamos por re- a tensão entre os pontos a e b
presentar um dos estágios do de- é nula. Uma elevação no valor
senvolvimento da técnica de FM. da freqüência, decorrente da
modulação, fará com que a ten-
são induzida no circuito II (cuja
O discriminador diferencial (ou ressonância estará mais próxima
R F
de Travis). da freqüência recebida) tenha va-
lor mais elevado que a do cir-
~te circuito, que elimina os cutio I (fortemente dessintoniza-
inconvenientes do demodulador do em relação à freqüência
por sintonia deslocada é apre- recebida). O resultado é maior
sentado na figura 7. A tensão corrente no diodo 0,, ficando
de FM é acoplada aos circuitos o ponto b positivo em relação
ressonantes L, C, e L2 C2 por meic ao ponto a. Por outro lado, di-
Fig. 5
Circuito aperfeiçoado de um dem•·
lador por sintonia deslocada.
I
cundário estão sintonizadas para
a mesma freqüência.
b Na ausência de modulação, há
um defasamento de 900 entre
E" e E,, e, portanto, e, e e,,
-v sendo iguais, se cacelam. Va-
riando a freqüência de E., o de-
Fig. 8 fasamento entre E,, e E,2 variará
proporcionalmente e a resultante
Curva S, resultante da combinação de duas curvas de será diferente de zero, aparecen-
ressonância.
do em forma de um sinal de
áudio.
O principal defeito do discri-
minador Foster-Seely é sua sen-
minuindo a freqüência, o circui- torção. Os capacitores c., e c.,, sibilidade às variações de am-
to I terá induzida maior tensão, do circuito da figura 7, desti- plitude da portadora.
e o ponto a se torna positivo em nam-se à eliminação dos resí-
relação a b. Havendo variação duos de alta freqüência.
contínua de freqüência, haverá
uma correspondente flutuação Como êste circuito é sensível Detetor de relação
da tensão entre a e b, tensão es- às variações de amplitude, é ne-
sa oscilante em baixa freqüên- cessário utilizá-lo em conjunto Comparado a outros demodula-
cia. A designação de "discrimi- com um limitador separado. A dores de FM, o detetor de rela-
nador diferencial" provém do desvantagem dêste discriminador ção apresenta diversas vanta-
fato de estarem ligados os cir- é a dificuldade de ·sintonização gens. A figura 1O mostra o
cuitos I e II em oposição de
fase. A polaridade oposta nos
dois circuitos sintonizados faz
com que a curva à direita da fi- Fig. 9
gura 8a seja "dobrada" para bai- Discriminador de fase ( Foster-Seely).
xo, produzindo-se a curva da
figura 8b, denominada curva S.
O ponto de trabalho está situa-
do no centro da parte retilínea;
as partes desenhadas com linha
interrompida não são utilizadas
para a demodulação. As altera-
ções de freqüência devidas à
modulação, fazem o ponto de
trabalho "deslizar" para cima e
para baixo, ao longo da curva
de ressonância, produzindo ten-
sões positivas e negativas. Co-
mo a curva possui uma parte
retilínea bastante longa, resulta
uma reprodução isenta de dis-
I
I
I
Fig. 11 I
Curva característica de um dlodo. ií
I
LIMITAÇÃO
Ação limitadora
à
teressante quando são usados dio-
dos a vácuo, cujos catodos devem
estar ligados à terra; tal é o caso i\RAO
das válvulas de funções múlti- f I DETETOR OU
plas (como a EBC 91, por ex.).
0
:I DISCRIMINADOR
--<1--+-.......
Limitador
O circuito indicado na figura
15 é o de um limitador~ que po-
derá ser usado com qualquer dos +B
circuitos detetores discutidos até
agora. O pentodo é do tipo co
mum, servindo qualquer um de
Fig. 15
radiofreqüência. Os circuitos res-
sonantes deverão ser sintoniza- Exemplo de um limitador de tensão.
Fig. 16
Estágio de som de um
receptor de TV. g usado
um limitador e um dete·
tor de relação assimétrico.
1
uma válvula especial.
L----+----.+
3 e 5 estiverem positivas em te. É importante que tais re- geral com grande parte de seu
relação ao catodo. Com a tângulos tenham sempre a mes- espectro nas altas freqüências.
mudança de fase das tensões ma altura, isto é, que haja Para uma boa relacão sinal-ruído
dos circuitos I e II (mudan- Hmitação da corrente de anodo. nas altas, é necessário um refôr-
ça esta devido à FM), há uma Isto se consegue com o auxílio ço dos sons dessas freqüências.
constante variação dos interva- das grades 2, 4, 6 que blindam os A êsse refôrço nas transmissões
los de tempo em que a corrente outros eletrodos e nas quais apli- damos o nome de ênfase. Se o re-
de anodo pode existir. Como camos uma baixa tensão CC ceptor tivesse uma curva de res-
tais intervalos são maiores e me- (20 V). Com essa providência a posta linear, haveria excesso de
nores, ao compasso da freqüên- corrente só pode atingir um de- agudos. Torna-se pois necessá-
cia modulada, a corrente de ano- terminado valor, estando, pois, H· ria uma atenuação na recepção,
do também será maior ou me- mitada. Tal detetor exige uma atenuação essa conhecida como
nor. Podemos retirar a tensão de tensão de excitação de quase 8V, como de-ênfase. ·
áudio do resistor R., tendo po- a qual acarreta o inconveniente
rém o cuidado de passá-la num da inclusão de mais estágios am- A constante d·e tempo normal-
filtro RC, a fim de eliminar as plificadores de FI. mente usada, tanto na ênfase co-
componentes de alta freqüência mo na de-ênfase, é de 75IJ.s. Em
(veja adiante). outras palavras, na transmissão
t.nfase e de-ênfase há um refôrço do lOdB / década
O fenômeno está representa- a partir de 2,2kHz. Na recepção
do na figura 18. Os retângulos Dada a grande largura de fai- a curva é contrária, atenuando-
representam os intervalos nos xa em FM, são acentuados os -se lOdB/ década a partir de
quais há passagem de corren- ruídos em forma de pulsos, em 2,2kHz.
+V I II I II
Fig. 18
A corrente de anodo, em função
da fase das tensões nos circuitos -
v~~ I I 1 I I I i 1
-t
• •
I e II. 1 I I 1 1 I I
I I I I I I
1
t
lo I
I I
I
I
1
I
I
I
I I
I
I
I
~ ~ .. t
=
... ·,. ":j,.
o ..... '~
.....
Q "'
\
,.,
\ .. -:-
~ · ~ ~· ~
~ste defeito como sabemos, é imediatamente mentos estão ligados em paralelo, basta colocar em
identificado pela presença de uma única linha bran- curto-circuito a grade e o filamento da válvula de saí-
ca na tela do tubo. Sômente poderá ser provocado da. Nos aparelhos em que os filamentos se acham dis-
pelo circuito de deflexão vertical, que, por sua vez, postos em série, é preciso intercalar entre filamento
é composto de duas etapas: a osciladora e a de e grade, um capacitor de 0,02 a O,liJ.F. Como já
saída vertical. mencionamos se houver neste caso uma deflexão
Antes de mais nada, será necessário sabermos
qual destas duas etapas é a causadora do defeito.
Isto é bem simples, pois a freqüência de operação
do circuito de deflexão vertical é de 60Hz e temos
à mão uma tensão desta mesma freqüência : a ten-
são de rêde e, conseqüentemente, a tensão de fila-
mento. Portanto, se fôr aplicada uma tensão (reti-
rada do circuito de filamento) de 60Hz, à grade de
contrôle da válvula de saída vertical e houver de-
flexão, saber-se-á de imediato, que esta etapa não
é a causadora do problema. Caso contrário, eviden-
temente, será aí onde iremos procurar o defeito.
Não bastará, porém, sabermos qual das duas
etapas é a "culpada": nela deveremos, posterior-
mente, fazer algumas medições que irão reduzir o
tempo do consêrto, permitindo a verificação de mui-
tos componente~ sem necessidade de medições "a
frio", o que nos obrigaria a deslicar o aparelho.
Vejamos, portanto, com mais detalhes, o proces-
so de trabalho para o consêrto.
Uma vez retirada a tampa traseira do aparelho,
em primeiro lugar, localizamos os contrôles corres-
pondentes ao circuito de deflexão vertical, ou sejam,
altura, linearidade vertical e fixação ou sincronismo
vertical. Os dois primeiros encontram-se na parte
posterior do chassi. Girando-se o eixo dêstes con-
trôles de um extremo do percurso ao outro, podere-
mos comprovar se existe interrupção em algum dêles
pois neste caso, em alguma posição apareceria de-
flexão (mesmo que não total) .
Seguindo as ligações dêsses contrôles chegaremos
ao circuito de deflexão vertical, onde será fácil a
localização da válvula de saída (vertical). Aí apli-
caremos à grade uma tensão de 60Hz, retirada do cir-
cuito de filamento. Nos televisores em que os filil- FIG. 1
CONTRÔLE DE
VERT.
FIXAÇÃO VERTICAL
cuidado de desligar um dos
terminais das bobinas antes de
fazer o teste. Fica excluído o capa-
citor eletrolítico ligado ao catodo,
pois um defeito neste não causará
falta de deflexão. b
UM DEFEITO DE ALIMENTAÇÃO
Recentemente surgiu-nos para consêrto, um re- àquela cujo valor é especificado para a mesma. Con-
ceptor de rádio que apresentava um defeito curioso. cluímos que, sendo a corrente através da válvula
Como o sintoma fôsse coloração avermelhada das retificadora elevada, haverá uma resistência relativa-
placas da retificadora, a conclusão lógica a que mente baixa entre os pontos X e Y.
chegamos inicialmente (assim como todos o fariam)
é que a causa seria o capacitor eletrolítico. Uma A comprovação disso é simples: com o apa-
rápida verificação, no entanto, provou o engano e relho desligado e os capacitores eletrolíticos de fil-
foi aí que começou nossa dôr de cabeça, como ve- tragem · descarregados é conectado um ohmímetro en-
remos adiante. tre X e Y. Se a resistência indicada fôr superior a
cêrca de 1OOk!l, é provável que o circuito esteja em
O receptor de tipo convencional, com válvulas de ordem. Quando nós realizamos essa medida no nos-
base "octal" utilizando transformador de fôrça, tem so "receptor-problema", o valor indicado foi de apro-
as suas partes 'suspeitas' representadas na Fig. 3. ximadamente 9k!l, muito baixo portanto.
O fato da placa de uma válvula adquirir colo- Muito bem. Chegamos à conclusão de que a re-
ração avermelhada quando ligada, é indício seguro sistência entre X e Y é muito baixa. Que faremos
de ser a corrente que circula pela válvula superior agora? Vejamos.
FIG. 3