Caderno Didático Educação Física 9 Ano Final
Caderno Didático Educação Física 9 Ano Final
Caderno Didático Educação Física 9 Ano Final
Edição: 2020
Caderno Didático de
Educação Física
Escola:
Nome:
Ano: Turma: Ano:
SUMÁRIO
APRESENTANDO.....................................................................03
INTRODUÇÃO..........................................................................04
Unidade Didática 1:
AVALIAÇÃO FÍSICA..............................................................06
CONCEITOS BÁSICO................................................................ 10
Unidade Didática 2:
PADRÕES ESTERIÓTIPOS DA BELEZA CORPORAL...19
Unidade Didática 3:
LUTAS DO MUNDO...............................................................28
CLASSIFICAÇÃO DAS LUTAS...................................................28
BOXE...........................................................................................30
Unidade Didática 4:
TÊNIS........................................................................................44
Unidade Didática 5:
PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NA NATUREZA.
...................................................................................50
CORRIDA DE ORIENTAÇÃO..................................................... 53
APRESENTANDO
A Coleção Cadernos Didáticos de Educação Física representa uma conquista
muito importante para minha prática pedagógica neste componente curricular.
Representou uma oportunidade de ressignificar o ensino da Educação Física e
possibilitar aos estudantes melhores espaços de discussão e compreensão dos te-
mas da cultura corporal de movimento. Esta necessidade foi, ao longo dos anos,
influenciada pelos desafios encontrados na prática do “ser” professor, entretanto,
também possui raízes nos preceitos estabelecidos pelo movimento renovador ini-
ciado em meados da década 1980.
Paulo Ghiraldelli Júnior (1988), Lino Castellani Filho (1988), Mauro Betti
(1991), Valter Bracht (1992), Elenor Kunz (2001), Coletivo de Autores (2009), en-
tre outros, delinearam uma concepção em que os saberes das práticas corporais
também precisam ser desconstruídos, contextualizados, problematizados e siste-
matizados. Esta perspectiva toma como fundamental que a disciplina Educação
Física também se engaje na tarefa escolar de possibilitar que o aluno desenvolva o
pensamento crítico, não se limitando a propiciar apenas a prática de um conjunto
específico de modalidades esportivas e/ou atividades recreativas.
Estes instrumentos permitiram aprimorar o processo de ensino dos conteúdos
em minhas aulas possibilitando uma tematização das práticas corporais funda-
mentadas na concepção da Escola Republicana e contextualizadas ao ambiente
sócio-histórico-cultural em que atuei neste período. Por isso, cabe ao professor
que fizer uso desta coleção, num primeiro momento, realizar as adequações ao
seu projeto pedagógico e num segundo momento, mediar a relação que alunos e
alunas estabelecerão com esses materiais.
Construídos ao longo dos últimos anos, a partir de minha prática pedagógica,
os Cadernos Didáticos de Educação Física foram aperfeiçoados a partir do Mes-
trado Profissional em Educação Física em Rede Nacional – ProEF e constituem
produtos do estudo intitulado “PARA EXPLICAR AS COISAS”: as representa-
ções dos alunos do ensino fundamental II quanto ao uso dos cadernos didáticos
de Educação Física.
A elaboração respeitou os documentos legais que orientam as organizações
curriculares, por isso, os Cadernos Didáticos de Educação Física seguem as orien-
tações do Referencial Curricular Municipal. Este é estruturado a partir do Refe-
rencial Curricular Gaúcho que, por sua vez, é norteado pela Base Nacional Co-
mum Curricular.
Destaco que nas mãos de professores capacitados qualquer material didá-
tico, seja ele livro, apostila, material audiovisual, cone ou bola funciona como
instrumento parceiro do projeto pedagógico. Do contrário, provavelmente, estes
mesmos materiais não comprometerão, mas também, não promoverão as apren-
dizagens que se espera do projeto de Educação Física iniciado pelo Movimento
Renovador.
Certo de estar contribuindo com o reconhecimento da Educação Física en-
quanto componente curricular engajado num projeto político e pedagógico, dese-
jo aos docentes que fizerem uso destes materiais, muito sucesso na formação de
sujeitos críticos, capacitados a intervir na sociedade, que façam uso do seu papel
de cidadãos por um mundo sem desigualdades, mais cooperativo e colaborativo,
sustentável, que reconheça a pluralidade e que respeite as diferenças.
INTRODUÇÃO
Avaliação Física
05
Unidade Didática 1:
AVALIAÇÃO FÍSICA
06
O estilo de vida moderno tem sido marcado pela diminuição nos níveis de
exercício físico nas crianças devido ao maior tempo em frente à televisão, compu-
tador, vídeo game e a falta da prática do exercício físico e a dificuldade em brincar
devido a problemas de segurança, além da maior ingestão alimentar, principal-
mente de alimentos com pouco valor nutritivo tem contribuído para o aumento
da obesidade infanto-juvenil.
Obesidade
De acordo com o IBGE (2007), no Brasil há 38,8 milhões de pessoas obesas,
ou seja, 40,6% da população adulta estão acima do peso, e com isso a obesidade
vem se tornando um problema de saúde pública, pois ela é responsável pelo apa-
recimento de várias doenças como a hipertensão arterial, algumas dislipidemias,
entre outras. A obesidade ocorre devido a um balanço energético positivo, que se
dá pela maior ingestão de energia e menor gasto energético, porém Blair e Nicha-
man (2002) demonstraram que a ingestão alimentar não mudou muito nos últi-
mos 40 anos e mesmo assim a obesidade aumentou. Com isso, pode-se relacionar
a obesidade com a diminuição do gasto energético, que pode ser devido à redução
das atividades realizadas por causa do sedentarismo.
O tipo de obesidade que mais nos preocupa é a obesidade central, tipo androi-
de (obesidade abdominal), pois ela representa maior risco à saúde que a obesida-
de periférica, tipo ginoide (obesidade na região dos quadris), aumentando o risco
de doença cardíaca (VAGUE, 1956; GUEDES; GUEDES, 1998).
Para prevenir não só a obesida-
de abdominal, mas a obesidade em
geral, é necessário manter uma ali-
mentação adequada e um estilo de
vida ativo, praticando exercício físi-
co, e, para isso, o Centers of Disease
Control – CDC – dos Estados Uni-
dos e o American College of Sports
Medicine (ACSM), recomendam
que sejam realizados 30 minutos de
atividade física contínua ou acumu-
lada, pelo menos 5 dias por semana
(MATSUDO; MATSUDO, 2006)
Obesidade Infanto-juvenil
Nos anos 80 a preocupação era a desnutrição infantil, porém agora é a obe-
sidade infantojuvenil está se tornando um problema de saúde pública, pois de
acordo com o IBGE, cerca de 10% das crianças e adolescentes brasileiros possui
sobrepeso e 7,3% sofre de obesidade. No Brasil, no período de 2002-2003, dentre
as crianças de 12 a 14 anos, 14,3% se encontra em sobrepeso, destes 10,4% são do
sexo masculino e 18,4% do sexo feminino; 17,5% em excesso de peso, 18,4% são
meninos e 16,6% meninas; e 2,4% em obesidade, dos quais 1,7% pertencem ao
sexo masculino e 3,2% ao sexo feminino (IBGE, 2009).
07
As classes sociais que mais possuem ca-
sos de obesidade infantil são a média e alta,
pois estudos mostram que nas escolas pri-
vadas a prevalência de sobrepeso e obesi-
dade é maior que nas escolas públicas e este
dado se justifica pelo acesso mais fácil das
crianças de nível socioeconômico melhor
a alimentos ricos em gorduras e açúcares
simples, assim como as modernidades tec-
nológicas que elas têm acesso e que levam
ao sedentarismo (COSTA; CINTRA; FIS-
BERG, 2006).
Outro importante fator para a obesidade dos filhos é originário dos próprios
pais. Quando um dos pais é obeso, o risco de a criança ser obesa é de 50%. Se o
pai e a mãe são obesos, esse risco sobe para 90% e sabemos que embora os fatores
genéticos respondam por 24 a 40% dos casos de sobrepeso, não se pode negar o
efeito do exemplo e compartilhamento de atitudes da família (RAMOS; BARROS
FILHO, 2003).
Métodos de avaliação
Para garantir a segurança na prática de exercício físico e para estratificação
de riscos faz-se necessária a avaliação da saúde tanto para indivíduos saudáveis
quanto para portadores de doenças crônicas (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS
MEDICINE, 2007) e isto pode ser realizado por meio de questionários. Um deles
é o questionário de prontidão para atividade física, o PAR-Q (SHEPHARD, 1992),
porém ele só pode ser utilizado em populações que tenham entre 15 e 69 anos de
idade. Por meio das perguntas contidas nele é possível elaborar diversas fichas de
anamnese e utilizá-las como avaliação da saúde. Entretanto, outros questionários
podem ser utilizados na avaliação da saúde de crianças e adolescentes, sendo que
Ferreira et al. (2006) demonstraram a importância da utilização destes questio-
nários na avaliação de crianças e adultos praticantes de atividades motoras.
Há vários métodos para se avaliar os indicadores de obesidade corporal, den-
tre eles há o método direto, indireto e duplamente indireto. O método direto se
caracteriza pela dissecação macroscópica ou extração lipídica, porém este mé-
todo é limitado, pois há necessidade de incisões no corpo, ou seja, há necessi-
dade de utilização de cadáveres (QUEIROGA, 2005; GUEDES, GUEDES, 2003;
COSTA, 2001). Os métodos indiretos têm por objetivo estimar os componentes
de gordura e a massa isenta de gordura, dentre eles temos a densitometria, a pe-
sagem hidrostática, a espectrometria, a absormetria radiológica de dupla energia
(DEXA), a ultrassonografia, a tomografia computadorizada, a ressonância mag-
nética, entre outros. Entretanto, estes métodos muitas vezes se tornam inviáveis
devido ao alto custo financeiro (GUEDES, GUEDES, 2003; MCARDLE, KATCH,
KATCH, 2008).
08
Os métodos duplamente indiretos
envolvem equações de regressão que
são utilizadas para estimar a composi-
ção corporal, dentre estes métodos se
destacam a bioimpedância elétrica e a
antropometria. Todavia, a utilização
da bioimpedância necessita de uma
série de cuidados que muitas vezes
são limitados à situação da avaliação,
como por exemplo, a ingestão de água
antes da realização do procedimento.
Um instrumento de fácil aplicação dentro da antropometria é o índice de massa
corporal, que fornece informações a respeito da quantidade de massa corporal
em relação à estatura. Outro instrumento é a análise da composição corporal por
meio da somatória das dobras cutâneas. Para esta análise há diversas fórmulas
propostas por diversos autores, e estas permitem a utilização de protocolos di-
ferentes compostos de duas ou até sete dobras cutâneas (GUEDES, GUEDES,
2003). Na antropometria é possível também utilizar medidas de circunferências
para se avaliar o risco de doença coronariana. Dentre estes se destacam as me-
didas da circunferência da cintura e do quadril, pois a medida da cintura isolada
ou a divisão entre a medida da cintura pela do quadril pode fornecer parâmetros
para risco coronariano (PETROSKI, 2009; GUEDES, GUEDES, 2003; COSTA,
2001).
Para a avaliação do nível de atividade física, são propostos diversos questio-
nários (anamnese). Dentre eles se destacam o Questionário de Atividade Física
Habitual preconizado por Baecke (GUEDES et al., 2006), porém este é mais in-
dicado para população acima de 14 anos. Outro instrumento é o International
Physical Activity Questionary (IPAQ), que foi proposto pela OMS e mais tarde
validado para crianças brasileiras por Pardini et al. (2001), sendo que estudos
recentes têm utilizado este instrumento.
A avaliação dos hábitos alimentares tam-
bém se faz necessária quando se estuda obe-
sidade e é possível realizá-la de algumas for-
mas. Uma delas é o recordatório de 24 horas
que consiste no relato de todos os alimentos
consumidos no período de 24 horas, desde
a primeira até a última refeição realizada
neste intervalo de tempo (MAJEM, BARBA,
1995). Outro método descrito na literatura é
o questionário de frequência alimentar, que consiste em perguntas relativas à
frequência usual de consumo de 94 itens alimentares referentes a um período de
seis meses, onde as porções utilizadas neste instrumento representam o consumo
médio, em gramas, de cada item alimentar (SLATER et al., 2003). O registro de
24 horas, que consiste em o avaliado levar o questionário para casa e preencher
conforme a realização das refeições (THOMPSON; BYERS, 1994). Em virtude da
mudança nos hábitos alimentares durante o final de semana, o registro de 24 ho-
ras é aplicado em três dias, sendo um deles durante um dia de final de semana.
09
Questões para reflexão
CONCEITOS BÁSICOS
Teste:
É uma pergunta específica utilizada
para aferir conhecimento ou habilida-
de de uma pessoa. É uma ferramen-
ta específica de medida e implica em
uma resposta da pessoa que está sen-
do medida.
Medida:
É a quantificação da resposta do
teste. É uma técnica de avaliação que
usa procedimentos que, geralmente,
são precisos e objetivos, resultando
em dados geralmente quantitativos,
que podem ser expressos de uma for-
ma numérica.
10
Análise:
É a resultante da comparação dos resultados obtidos em um evento.
Avaliação:
É um processo permite, objetiva ou subjetivamente comparar critérios e deter-
minar a evolução de uma pessoa ou grupo numa linha de tempo, seus avanços e
retrocessos.
Antropometria
A antropometria é a ciência que estuda e avalia o tamanho, o peso e as propor-
ções do corpo humano, através de medidas de rápida e fácil realização, não neces-
sitando equipamentos sofisticados e de alto custo. Exemplo: peso corporal, esta-
tura, perímetros, composição corporal, índice de massa corporal, entre outros.
Índice de Massa Corporal2
O Índice de Massa Corporal (IMC) é um número calculado a partir do peso e
altura da pessoa. O IMC é um indicador da gordura corporal. Apesar do IMC não
medir a gordura diretamente, pesquisas mostram que ele se relaciona aos méto-
dos de medição direta. O Índice de Massa Corporal pode ser considerado uma
alternativa prática, fácil e barata para a medição direta de gordura corporal.
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Aptidão Neuromuscular3
A aptidão neuromuscular pode ser definida como a condição de um indivíduo
em executar ações musculoesquelético relacionada com as capacidades motoras
de: força e resistência muscular, flexibilidade, velocidade, agilidade, coordena-
ção, equilíbrio e suas possíveis combinações.
As capacidades motoras de força e endurance muscular e flexibilidade, soma-
das a endurance cardiorrespiratória e a composição corporal, constituem o con-
junto de atributos que compõem a “aptidão física relacionada à saúde”. Segundo
as Diretrizes do American College of Sports Medicine – ACSM, o termo “aptidão
física relacionada à saúde” é definido como “um estado caracterizado pela capa-
cidade do indivíduo de realizar as atividades diárias com vigor e demonstrar ca-
pacidades que estão associadas com um baixo risco de surgimento prematuro de
doenças hipocinéticas (aquelas associadas com a inatividade física)”.
• São benefícios da aptidão neuromuscular relacionados à promoção da saú-
de:
• Manutenção ou aumento da força e resistência musculares;
• Manutenção ou aumento da flexibilidade;
• Manutenção da estabilidade postural;
• Aumento da estabilidade articular prevenindo lesões;
• Redução dos desgastes das superfícies articulares;
• Prevenção de lombalgias;
• Auxiliar na manutenção ótima de uma massa corporal magra;
• Prevenção da perda de massa magra (proteólise) que ocorre com o envelhe-
cimento;
• Redução dos fatores de risco para doenças cardiovasculares;
• Manutenção da capacidade funcional em indivíduos idosos;
A avaliação periódica da aptidão neuromuscular permite traçar perfis longi-
tudinais (teste -> re-teste) de populações ou indivíduos submetidos a progra-
mas de intervenção (ex.: exercício físico, reeducação alimentar e fármacos) e,
consequentemente, monitorar a eficiência desses programas, permitindo ajustes
adequados nas prescrições de exercícios.
Segundo as diretrizes do ACSM, os componentes da aptidão neuromuscular
relacionados à promoção da saúde são:
Aptidão neuromuscular
• Força: definida como “a força máxima que um músculo consegue gerar para
uma determinada velocidade”;
• Endurance (resistência) muscular: definida como “a capacidade que tem um
músculo de realizar contrações repetidas ou de resistir à fadiga muscular”;
• Flexibilidade: definida como “a capacidade de movimentar uma articulação
por meio de sua amplitude de movimento completa”.
3. http://edfisicamatutino.blogspot.com.br/2011/03/avaliacao-neuromuscular.html. Acesso em
14 10/03/2016.
Avaliação da Resistência Muscular Localizada (endurance muscular)
Tabela do teste de flexão de braço
Homens (número de repetições por minuto)
15
Tabela do teste de Abdominal
CLASSIFICAÇÃO PARA HOMENS (número de repetições por minuto)
16
Avaliação da Flexibilidade
Sentar e alcançar
Masculino - com banco (em cm)
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Unidade Didática
Padrões Esteriótipos
da Beleza Corporal
18
Unidade Didática 2:
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A psicóloga Karina Vieira adverte que o culto ao corpo e a busca exagerada por
uma beleza idealizada podem trazer consequências dolorosas, por vezes, irrever-
síveis.
“- A inversão de valores, o ter versus o ser, já é um traço característico da so-
ciedade. A plástica visual diz respeito a cada um”, afirma. E, ainda salienta que
a constante insatisfação pessoal pode gerar distúrbios psicológicos e alimenta-
res.
Culto ao corpo: retrato de uma obsessão
Exibição de fisiculturismo
realizada em Alcalá de Hena-
res (Madri). Ximena Garrigues
e Sérgio Moya.
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Jorge (nome fictício porque, como todos os consumidores de esteroides con-
sultados, quer proteger seu anonimato) tem 49 anos. Ele gosta de homens su-
per musculosos como Vin Diesel e Dwayne Johnson, conhecido como The Rock,
e sonha em ter um corpo como o deles. Um instrutor de academia prescreveu
a ele uma dieta de seis refeições diárias à base de muita proteína e lhe vendeu
anabolizantes com a bula escrita em turco. Jorge, que sabe dos efeitos colaterais
negativos, ainda não teve coragem de injetá-los. Mas segue uma dieta rigorosa e
malha diariamente na academia seguindo a máxima de seu treinador: “Para que
os músculos aumentem, é preciso sofrer”. O resultado, por enquanto, é uma ten-
dinite irrecuperável em um dos ombros. Ainda que aparente ser mais jovem do
que é, ele não está satisfeito com seu corpo. Sente-se infeliz e tentado a recorrer
às ampolas que estão guardadas no fundo da geladeira.
Há vozes que defendem o uso de determinadas substâncias se isso for feito
de maneira responsável e sob controle. Como Desiree Gazmira, que há alguns
anos competiu no fisiculturismo feminino: “É alto que deveria ser controlado por
médicos e farmacêuticos. O problema é com aquelas pessoas que buscam atalhos
e agem de modo irresponsável. Essa gente dá uma fama ruim a nosso mundo.
Existe, mas não faz parte disso”.
Questões de reflexão
23
4. Como sabemos quando alguém está magro/gordo, baixo/alto, bonito/feio?
b.Quem determina?
6. Você acha que sua opinião sobre ideais de beleza sofre alguma influência da
mídia? Justifique.
8. Na sua opinião, uma pessoa que não se enquadra nos padrões de beleza im-
postos pela mídia tem maior dificuldade na sua vida social? (amigos, namoro,
emprego, entre outros). Justifique sua resposta.
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9. Você conhece alguém que tenha passado por alguma situação ruim em rela-
ção a avaliação de seu corpo por outras pessoas?
10. O que as pessoas fazem para se manter dentro dos padrões de beleza?
(c) Quais são suas sugestões para alguém que queira melhorar a estética de seu
corpo de forma saudável?
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11. (ENEM, 2017) Apesar de muitas crianças e adolescentes terem a Barbie
como um exemplo de beleza, um infográfico feito pelo site Rehabs.com compro-
vou que, caso uma mulher tivesse as medidas da boneca de plástico, ela nem esta-
ria viva. Não é exatamente uma novidade que as proporções da boneca mais famo-
sa do mundo são absurdas para o mundo real. Ativistas que lutam pela construção
de uma autoimagem mais saudável, pesquisadores de distúrbios alimentares e
pessoas que se preocupam com o impacto da indústria cultural na psique humana
apontam, há anos, a influência de modelos como a Barbie na distorção do corpo
feminino. Pescoço Com um pescoço duas vezes mais longo e 15 centímetros mais
fino do que o de uma mulher, a Barbie seria incapaz de manter sua cabeça levan-
tada. Cintura Com uma cintura de 40 centímetros (menor do que a sua cabeça),
a Barbie da vida real só teria espaço em seu corpo para acomodar metade de um
rim e alguns centímetros .de intestino. Quadril O índice que mede a relação en-
tre a cintura e o quadril da Barbie é de 0,56, o que significa que a medida da sua
cintura representa 56% da circunferência de seu quadril. Esse mesmo índice, em
uma mulher americana média, é de 0,8. Disponível em: http://oglobo.globo.com.
Acesso em: 2 maio 2015.
Pesquisa:
Distúrbios em relação ao corpo
• Anorexia nervosa
• Bulimia nervosa
• Vigorexia
• Compulsão alimentar
• Transtorno dismórfico corporal
1. O que é? Quais as suas características? O que causa essa doença?
2. Como prevenir? Quais são as consequências para pessoas portadoras
dessa patologia? Existe tratamento? Quais?
Após a organização dos dados coletados em um texto com formato
científico, monte uma apresentação utilizando cartaz informando as
principais informações da pesquisa.
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Unidade Didática
Lutas do Mundo
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Unidade Didática 3:
LUTAS DO MUNDO
São aqueles caracterizados como dis-
putas em que o oponente deve ser subju-
gado, com técnicas, táticas e estratégias
de desequilíbrio, contusão, imobilização
ou exclusão de um determinado espaço
na combinação de ações de ataque e de-
fesa.
Ex.:
individuais – judô, caratê, esgrima,
boxe, luta greco-romana, taekwondo;
coletivo – Kabadi
Lutaas versus Briga
É muito importante ter clareza que lutas
e brigas são coisas distintas que nada tem a
ver uma com a outra. Enquanto a luta apre-
senta regras, respeito entre os praticantes e
toda uma organização social, as brigas não
apresentam regras, são desorganizadas e
constituem-se em uma maneira violenta
de resolver conflitos por meio de ações não
éticas e desrespeitosas, ou seja, são bem di-
ferentes das lutas.
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Média distância
Já as ações de média distância referem-
-se as lutas que exigem um afastamento
maior em razão do tipo de golpe realizado
entre os envolvidos em comparação às lutas
de curta distância. Tal fato também se re-
fere às ações que são desenvolvidas nessas
modalidades, que são de toque, seja com
socos ou com chutes. Alguns exemplos de
modalidades de média distância são o cara-
tê, o kung fu, o boxe, o muay thai, o savate,
o krav maga, o kickboxing, entre outras.
Longa distância
As ações de longa distância, por sua vez,
como o próprio nome indica, exigem uma
distância ainda maior entre os envolvidos.
Para isso, é necessário algum tipo de imple-
mento no desenvolvimento das ações, como
uma espada, por exemplo. Existe uma série
de modalidades que utilizam implementos
e podem ser classificadas como de longa
distância, tais como a esgrima, o kendo,
kempo, algumas ações do kung fu, entre
outras.
Distância Mista
Finalmente, temos as ações caracteriza-
das pela distância mista, ou seja, que mis-
tura duas ou mais distâncias, como curta
com média. Qual modalidade poderia ser
enquadrada nesta última divisão? O MMA
é o melhor exemplo, pois agrega tanto ações
de curta distância como agarres, finaliza-
ções e quedas, quanto de média distância,
tais como socos, chutes e joelhadas.
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2. Diferencie Luta e briga.
Boxe
Há registros longínquos da existência do boxe já no ano 3.000 a.C., no Egito.
Mas foi na Grécia Antiga, no século 7 a.C., que a modalidade começou a tomar
cara de esporte. A história do boxe, no entanto, é cheia de altos e baixos. Embora
tenha feito parte das Olimpíadas da Grécia Antiga, quando os lutadores apenas
protegiam as mãos com pedaços de couro, o
boxe chegou a morrer.
Durante o Império Romano, houve altera-
ções no mínimo controversas na modalida-
de. O boxe passou a ser protagonizado pelos
gladiadores, que lutavam com luvas rechea-
das de metal. Algo propício para o objetivo
dos combates, já que na maioria das vezes a
disputa terminava com a morte de um dos
lutadores.
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Regras Básicas
A luta é dividida em rounds, ou assaltos, que tem duração que podem variar
entre 3 min. e 1 minuto (para a divisão de juniores). O intervalo entre os rounds
é de 1 min.
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O número de rounds (assaltos) pode variar dentre os níveis amador e profis-
sional. No profissional, as lutas têm 12 rounds, podendo chegar até 15. Já para os
amadores, são no máximo 5 rounds.
• Chutar.
• Dar cabeçada.
No final de cada assalto, os lutadores ganham pontos, que são atribuídos por
cinco jurados da luta. Estes pontos, definidos por golpes e defesas, servem para
definir o ganhador em caso da luta chegar até o fim. Quando um lutador con-
segue derrubar o adversário e este permanece por 10 segundos no chão ou não
apresentar condições de continuidade na luta, ela termina por nocaute. Não são
permitidos golpes baixos (na linha da cintura ou abaixo dela).
As categorias
Para tornar as lutas mais competitivas,
as regras do boxe definiram categorias
que variam de acordo com o peso do luta-
dor (boxeador ou pugilista).
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Organização das lutas
As entidades de boxe são as responsáveis pela organização das lutas desde
1910, quando foi criada a União Internacional de Boxe (UIB), em Paris.
Posteriormente, outras entidades surgiram, outras deixaram de existir ou se
fundiram a novas entidades, até que nos dias atuais temos em vigor cinco grandes
entidades:
• Associação Mundial de Boxe (AMB), fundada em 1921;
• Conselho Mundial de Boxe (CMB), fundado em 1963;
• Federação Internacional de Boxe (FIB), criado em 1983;
• Organização Mundial de Boxe (OMB), criado em 1988;
• Federação Mundial de Boxe Profissional (FMBP), criado em 1998.
Além dessas, existe ainda a Asso-
ciação Internacional de Boxe Amador
(AIBA).
Modelo de atadura
Curiosidades
O boxe é um esporte, também considerado arte marcial, que faz parte dos Jo-
gos Pan-Americanos e também das Olimpíadas. Podemos citar como boxeadores
que mais fizeram sucesso: Larry Holmes, Muhammad Ali, Sugar Ray Leonard,
Oscar de la Hoya, Julio Cesar Chavez e Mike Tyson. No Brasil, podemos destacar
Éder Jofre, Adilson “Maguila” Rodrigues e Acelino Popó Freitas.
33
Golpes específicos
Jab ou Jabe: golpe frontal com o punho que está à frente na guarda. Embo-
ra seja geralmente usado para afastar o oponente ou para medir a distância, ele
pode nocautear;
Direto: golpe frontal com o punho que está atrás na guarda. É um golpe muito
rápido e forte;
Cruzado: tão potente quanto o direto, porém o alvo é a lateral da cabeça do
adversário. O cruzado termina seu movimento com o braço flexionado, diferen-
temente do direto;
Gancho: desferido em movimento curvo do punho, atingindo lateralmente
a cabeça ou abdome, dificultando a defesa do oponente. Difere do cruzado pela
distância que é aplicado, próximo e contornando a guarda adversária;
Upper: golpe desferido de baixo para cima visando atingir o queixo do opo-
nente.
Jab-direto: desfere-se socos com ambas as mãos ao mesmo tempo.
Nocaute - O nocaute, ou knockout (KO) na língua inglesa, ocorre quando um
dos lutadores aplica um golpe que derruba seu adversário no chão, incapacitan-
do-o de terminar o combate. Caso o lutador esteja visivelmente atordoado pelos
golpes do adversário, mas ainda permaneça de pé, o juiz pode interromper a luta,
o que configura um nocaute técnico, no inglês technical knockout (TKO).
Golpes baixos - Os golpes baixos são os aplicados abaixo da cintura e não são
permitidos no boxe. Se o outro adversário bater em uma dessas partes, o mesmo
será advertido e, na reincidência, poderá ser eliminado, a critério do árbitro.
Os golpes permitidos são os aplicados na parte frontal do adversário, como no
rosto e no abdome.
Sparring - Sparring é o pugilista que ajuda no treinamento de um outro
pugilista. Muitos lutadores profissionais começam suas carreiras como sparring,
antes de se profissionalizarem. Alguns exemplos de sparrings, que depois vieram
a se tornar campeões incluem: Larry Holmes, sparring de Muhammad Ali; Oscar
de la Hoya, sparring de Julio Cesar Chavez; e Riddick Bowe, sparring de Evander
Holyfield.
Links Interessantes
• Como fazer um saco de pancadas caseiro
https://www.youtube.com/watch?v=LYGfiDxFhNM
• Como fazer uma luva de boxe caseira
https://www.youtube.com/watch?v=FJQaJ0G_QpU
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Questões para estudo:
1. Onde e quando surgiu o boxe?
4. Quais os critérios utilizados para a definição das categorias desta luta? Quais
são as categorias?
7. O que é nocaute?
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Pesquisa
• Origem e história;
• Equipamentos e estrutura necessária;
• Como se pratica (regulamento básico)?
• Técnicas específicas de luta (movimentação, ataque e defesa);
• Como se determina o vencedor?
• Monte uma aula de 30 minutos para esta modalidade (pesquise
exercícios específicos da modalidade, mas que possam ser realizados
por alunos iniciantes).
Trabalho escrito completo: capa, índice, introdução, desenvolvi-
mento, conclusão, referências, anexos (entre outras informações ane-
xadas, deve estar a aula de 30 minutos planejada pelo grupo).
Cartaz explicativo resumido com imagens (uma cartolina ou outro
material de mesmo tamanho)
Apresentação
• Fala breve sobre a modalidade;
• Explicação resumida sobre o seu funcionamento;
• Desenvolvimento de uma aula de 25-30 minutos.
Peso: 20 pontos
Data de entrega e início das apresentações 05/08.
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Show: Nick Diaz e Anderson Silva, na luta que
deixou milhões de espectadores grudados na TV.
Abaixo, o todo-poderoso dono do UFC, Dana White:
à margem das regras do esporte
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Se o MMA fosse regulado por essa agência, qualquer atleta flagrado com ana-
bolizantes poderia ser banido do esporte por até oito anos. No UFC, se a culpa de
Silva for confirmada após os esclarecimentos que dará à NSAC, na terça-feira 17,
sua pena pode ser de até nove meses. “Fica evidente a importância do que repre-
senta o ‘show’ e o show nunca pode parar, não é mesmo? Precisamos discutir se o
MMA pode ser considerado esporte”, afirma Alexandre Velly Nunes, professor da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul que integrou grupos de controle de
doping em quatro olimpíadas. O código mundial antidoping é reconhecido pela
Unesco, o que implica que todos os países signatários deveriam segui-lo. “Se os
padrões internacionais não são utilizados, a modalidade fica sob suspeita.”
Questões de reflexão
1. Você considera o MMA um esporte legítimo ou uma espécie de versão huma-
na da rinha de galo?
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2. O MMA é um dos esportes que mais cresce no mundo. O que isso nos diz so-
bre a sociedade moderna?
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Espadas e Sensores: a tecnologia da esgrima
Um dos esportes mais tradicionais, a es-
grima já usa algum tipo de tecnologia des-
de a década de 20. Equipamento criado por
brasileiros vai trazer sistema wireless para
a atividade
Em uma pista de 14 metros, es-
grimistas dão passos rápidos para
frente e para trás e desferem golpes
tão rápidos em seus oponentes que
é necessário um replay em câmera
lenta para serem avaliados a olho
nu. Devido a essa rapidez e precisão
dos atletas, o esporte foi um dos pri-
meiros a adotar algum tipo de tec-
nologia para a detecção de pontos,
ainda na década de 20.
Antes, vale uma breve descrição das regras da esgrima: são três assaltos, com
três minutos cada. As armas brancas utilizadas são florete, espada e sabre. Na es-
pada e no florete, o adversário só pode ser atingido com a ponta da arma e ganha
pontos quando o faz. Na espada, é contabilizado o ponto quando qualquer parte
do corpo é atingida. O florete deve atingir o tronco, enquanto o sabre, que é me-
nor, pode atingir a região da cintura ou acima, sendo que o toque pode ser feito
com a lâmina ou a ponta da arma.
Embora existam relatos de esportes parecidos com a esgrima há três mil anos,
o esporte de maneira mais parecido com o atual surgiu entre 1500 e 1700. “Até o
século 19, o esporte funcionava sem sistema elétrico e era o árbitro que via se a
arma havia tocado ou não no adversário. Normalmente, colocava-se giz na ponta
da espada para ajudar nessa aferição”, explica Carlos Toledo Martins, esgrimista
e empresário que está trabalhando no desenvolvimento de um novo sistema de
detecção de pontos para a esgrima.
Na década de 20 surgiu o primeiro sistema elétrico na espada. No florete, a
tecnologia chegou por volta de década de 40 e no sabre no final da década de 80.
“Antes do sistema elétrico, sempre existiam reclamações dos atletas. Eles falavam
‘eu não senti nada’ e quem decidia era o árbitro. Dava muita margem ao erro”,
conta Carlos.
No sistema atual de detecção de pontos, há um dispositivo na ponta da espada
que está conectado a um sistema elétrico com fios. No caso da espada e do florete,
em que o atleta só pode pontuar com a ponta da arma, há um sensor que parece
um botão quando pressionado e acende uma luz no aparelho de sinalização. No
florete, há a luz vermelha e verde (uma para cada atleta), além da branca, quando
o toque é feito em uma zona não válida. Além disso, a pista é forrada com uma
malha magnética para que não haja confusão quando a arma tocar a pista, por
exemplo.
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Atletas do sabre utilizam um colete e uma máscara metálica para ativar o sen-
sor em caso do toque, já que na categoria os golpes contabilizados só são da cintu-
ra para cima. No florete, há apenas a utilização do colete metálico, já que o toque
que vale é apenas no torso. Na espada não há a necessidade dos coletes ou más-
cara metálicas, pois os pontos são contabilizados em qualquer parte do corpo.
Ao final da década de 90, o Comitê Olímpico Internacional (COI) come-
çou a pressionar a esgrima para desenvolver uma tecnologia melhor. Até en-
tão, o sistema elétrico de aferição é feito com “enroladeiras”, um equipamen-
to com fio que conecta o atleta na pista ao aparelho de sinalização. Foi então
que a FIE (Federação Internacional de Esgrima) começou a buscar um sistema
wireless para as competições, que foi desenvolvido pela STM, empresa russa. O
sistema feito pela STM foi utilizado em Sydney, em 2000, mas somente para a
categoria de sabre.
Segundo Martins, o sistema dos russos é efetivo, mas pode falhar com muito
suor. “Este aparelho coloca mais fios ainda no corpo do atleta e exige grandes
aparelhos conectados na pista”, conta Martins. “É uma parafernália muito gran-
de. Colocam equipamentos nas pessoas por baixo da luva, então ele é ligado na
barriga e joga um sinal para outro grande equipamento na pista”, explica. Por
trazer esse aumento na complexidade, o aparelho não foi vendido e só é usado
em apresentações e a partir das oitavas-de-final de grandes competições, como o
Mundial.
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A esgrima wireless
Atividade reflexiva
Com base no texto acima, disserte sobre a utilização da tecnologia nos esportes
citando exemplos que você conheça e justificando seu posicionamento. Obs.: má-
ximo de 30 linhas mais título; nome ao final do texto; entrega, 30 de julho. Crité-
rios de avaliação: organização das ideias; argumentação; apresentação estética;
ortografia. Peso: 20 pontos.
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Unidade Didática
Tênis
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Unidade Didática 4:
TÊNIS
Tipos de piso
Saibro Rápida
Grama
Para marcar um ponto é preciso que a bola toque no solo em qualquer parte
dentro da quadra adversária incluindo o alvado do oponente, fazendo com que o
adversário não consiga devolver a bola antes do segundo toque, ou que a devolva
para fora dos limites da outra meia-quadra.
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O tênis possui um intricado sistema de pontuação, que subdivide o jogo em ga-
mes/jogos e sets/partidas. Grosso modo, um game é um conjunto de pontos (15-
30-40-game) e um set é um conjunto de games (1-2-3-4-5-set). Cada game tem
um jogador responsável por recolocar a bola em jogo: fazer o serviço ou sacar.
Ganha o jogo aquele que atingir um número de sets pré-definido - geralmente 2
sets, sendo de 3 sets para os grandes torneios masculinos.
Equipamentos
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A Quadra
A quadra tem 23,77m de comprimento, e sua largura são 8,23m para partidas
de simples, e 10,97m para partidas de duplas. A rede tem 1,07m de altura nas
extremidades, e 914mm de altura no centro.
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Linguagem do esporte
• Ace / Ás - Saque que, bem colocado
ou batido com muita eficácia, não dá chance
ao adversário de pegar a bola na tentativa de
resposta.
• Break / Quebra de serviço / Quebra
de saque - Ganhar o game em que foi o ad-
versário quem sacou.
• Falta - Um erro no saque (por sacar
a bola para rede, para fora da área permiti-
da, ou por pisar a linha de fundo de quadra).
Dois erros consecutivos, ou dupla falta, fa-
zem o servidor dar um ponto ao oponen-
te.
• Vantagem - Ponto que desempata
o placar de igualdade (40 a 40 ou deuce).
Vantagem significa que o ponto seguinte pode concluir o game. Pode ser “vanta-
gem do sacador” ou “vantagem do recebedor” .
• Contagem de pontos - Os pontos são dados nesta ondem: 0, 15, 30, 40. Em
cada ponto existe um lugar certo para sacar, começando sempre pela direita.
Gran Slam
Foram vitórias significativas, mas a luta pela igualdade de gêneros nas qua-
dras ainda está longe do tie-break. Quase 45 anos depois, a ATP (Associação dos
Tenistas Profissionais) deu mais um passo grande rumo ao atraso ao promover
um sorteio sexista para os grupos do Next Gen Finals, que reúne os oito melhores
tenistas até 21 anos da temporada.
Cada tenista escolhia uma modelo, que levantava o vestido para mostrar em
que grupo o jogador estaria inserido na competição. A Red Bull, patrocinadora
do evento pediu desculpas públicas e qualificou o episódio como “inaceitável”.
Questões de reflexão:
1. Como você percebe a prática de esportes das mulheres em relação aos ho-
mens?
4 https://maquinadoesporte.uol.com.br/artigo/analise-tenis-mostra-que-igualdade-de-genero-ain-
48 da-esta-longe-do-esporte_33451.html
Unidade Didática
Práticas Corporais de
Aventura na Natureza
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Unidade Didática 5:
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Sugestão de filmes:
Uma caminhada na floresta
127 horas
Caminho do Peabiru
Os peabiru (na língua tupi, “pe” – caminho;
“abiru” - gramado amassado) são antigos ca-
minhos utilizados pelos indígenas sul-ame-
ricanos desde muito antes do descobrimento
pelos europeus, ligando o litoral ao interior do
continente.
O principal destes caminhos, denominado
Caminho do Peabiru, constituía-se em uma via
que ligava os Andes ao Oceano Atlântico. Mais
precisamente, Cusco, no Peru (embora talvez
se estendesse até o oceano Pacífico), ao litoral
brasileiro na altura da Capitania de São Vicen-
te (atual estado de São Paulo), estendendo-se
por cerca de 3 000 quilômetros, atravessando
os territórios dos atuais Peru, Bolívia, Para-
guai e Brasil.
Segundo os relatos históricos, o caminho passava pelas regiões das atuais ci-
dades de Assunção, Foz do Iguaçu, Alto Piquiri, Ivaí, Tibagi, Botucatu, Soroca-
ba e São Paulo até chegar à região da atual cidade de São Vicente. Ainda havia
outros ramos do caminho que terminavam nas regiões das atuais cidades de Ca-
naneia e Florianópolis.
Hoje
Restam ainda, em pontos isolados de mata e em algumas localidades, remi-
niscências desse caminho, que se caracterizava por apresentar cerca de 1,40 me-
tro de largura e leito com rebaixamento médio em relação ao nível do solo de
cerca de 40 centímetros, recoberto por uma gramínea denominada puxa-tripa.
Nos seus trechos mais difíceis, o caminho chegava a ser pavimentado com pedras.
Em alguns trechos, era sinalizado com inscrições rupestres, mapas e símbolos as-
tronômicos de origem indígena.
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Na década de 1970, uma equipe coordenada pelo professor Igor Chmyz, da Uni-
versidade Federal do Paraná, identificou cerca de trinta quilômetros remanescen-
tes da trilha na área rural de Campina da Lagoa, no estado do Paraná. Ao longo
desse trecho, foram, ainda, identificados sítios arqueológicos com vestígios das
habitações utilizadas provavelmente quando os indígenas estavam em trânsito.
Mais recentemente, essa universidade vinha desenvolvendo trabalhos para tornar
o caminho uma atração turística, a exemplo do Projeto Estrada Real, em Minas
Gerais.
Trilhas como está são utilizadas para práticas de aventura como desafios para
aventureiros profissionais, mas, também, para amadores.
Corrida de Orientação
A Corrida de Orientação é uma
espécie de rally a pé -, consiste
basicamente em um competidor,
equipado apenas com uma bússola
e um mapa topográfico, onde estão
marcados os locais por onde ele
deve passar.
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Nesses lugares existem prismas juntamente com picotadores, com o qual o
atleta deve picotar um cartão de controle, assinalando sua passagem. Ganha
quem fizer o percurso no menor tempo.
Nesta prova o competidor terá uma bússola, um mapa e sua inteligência. Nada
mais é preciso para que ele trace seu próprio caminho, atravessando trilhas e
montanhas, e quando chegar ao fim da corrida , passando por todos os pontos de
marcação, torne-se um verdadeiro vencedor.
• Preservar a natureza.
Característica do Esporte
A característica própria do desporto Orientação é escolher e seguir a melhor
rota por um terreno desconhecido contra o relógio. Isto exige habilidades de
orientação, tais como: leitura precisa do mapa, avaliação e escolha da rota, uso da
bússola, concentração sob tensão, tomar decisão rápida, correr em terreno natu-
ral, manter o controle da distância percorrida etc.
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Equipamentos Específicos da Orientação
Legenda
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O mapa de orientação
O percurso de Orientação
O percurso de orientação é constituído de triângulo de partida, pontos de con-
trole e chegada. Entre estes pontos, que são locados precisamente no terreno e
equivalentemente no mapa, estão as pernadas do percurso, nas quais o competi-
dor deverá orientar-se.
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Mapa adaptado do espaço escolar confeccionado exclusivamente para as
vivências do esporte na escola.
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