O ASSASSINO DA HONRA Ou A LOUCA DO JARDIM
O ASSASSINO DA HONRA Ou A LOUCA DO JARDIM
O ASSASSINO DA HONRA Ou A LOUCA DO JARDIM
Do reino de Eloim
O Assassino da Honra
Ou a Louca do Jardim
Porque é conhecedor
Na maior lamentação
Já sente no coração
Vê quem é merecedor
De sua devocacia
Na capital de Lisboa
Tinham um só coração.
Honrada e criteriosa
O nome de Albertina
Um grande conquistador
Confiando no dinheiro.
com educabilidade
sem saber que ele queria
roubar-lhe a moralidade.
Um anjo delicado
só não é milionário
E Orberto na cidade
não é desmoralizado.
E outro de Albertina
Que eu a si declarei-me?
Eu já estou prevenido
Se a senhora contar
A Orberto este passado
E a senhora só conta
E o rosto desinchou
E falaremos de Orberto
da qual eu só me livrava
se baixasse à sepultura.
Na maior condenação
O bandido novamente
um ladrão conquistador
Pela má inclinação
Debaixo do travesseiro.
Às 4 horas da tarde
- Se eu contar a Orberto
O bandido se defende
E eu fico na perdição.
Sentenciada a morrer
Ou gases no coração
Trazia perturbação.
Entrando no camarim
Chegou-lhe no pensamento
Firmado no pensamento
debaixo do travesseiro
Do traidor se lembrou.
- Você me atraiçoou
Dali desapareceu
E o de Julia também
A Providencia Divina.
eu estou arrependido
de me tornar homicida
E a senhora pediu-me
Estão aí os retratos
A senhora já pediu
e o roubador da honra
a fonte do galardão.
Também creia como eu
Na matéria de alguém
Em soluço comovente
porque o falsineroso
terá que apodrecer
do sofrimento e da dor.
eu morrerei satisfeita
e levantou o pinhal
A menina se calou.
E assim continuou
Que quando Orberto pegava
No punhal a criancinha
A criança se calava.
A criancinha chorava
No mundo a peregrinar.
Enlouqueceu de repente
Embrenhou-se na montanha
Na montanha abandonada
De sua propriedade
A velhinha de bondade
Herdou a eternidade.
Já foi o segundo golpe
Se ajoelhava e pedia
Já fazia piedade
Abandonou a montanha
Só em dizer heresia
Em sua propriedade.
E logo reconheceu
Orberto se conformou
Na cidade chegou
Ela se apoderou.
descalça de pé no chão
peregrinando na rua
o vestido e as moedas
O vestido recebeu
O nome do assassino
O sofrimento e a dor.
Da filhinha se lembrava
E do marido também
o amor me iludiu
do maldito casamento.
eu me vejo desonrada
a honra é precipitada.
E falemos de Albertina
Destinou-se a conhecer
De comovida chorou.
Naquela situação.
Trocou as vestes da louca
A louca lá no jardim
um coração de amor
para te compadecer
de um ente sofredor.
Albertina despediu-se
Já um rapaz conversando
O maldito traidor
O assassino da honra
A cobiça do amor
E Paulo de cá dizendo:
De te gozar eu preciso
E assim se retirou
Natureza de serpente
E Paulo chegando lá
Chegou a ocasião.
Me encho de alegria
em assunto de amor.
deseja me recusar?
Eu sendo milionário
E você a me rejeita?
Retirou-se angustiado
Pensativo a estudar
A forma de traição
Do autor da criação
A louca lá no jardim
Paulo é um roubador
e o marido acreditou.
debaixo do travesseiro.
E pagar a crueldade.
- Me considero vingado.
Já debaixo do facão
Conheceu a perdição
Debaixo do travesseiro
A cigarreira cromada
Um bandido como eu
Em si mesmo detonou
Orberto e Albertina
E à policia entregaram
O assassino morrer.
CAETANO COSME DA SILVA – Caetano Cosme da Silva nasceu em Nazaré da Mata, PE, no dia
25 de novembro de 1927. Autor muito fecundo, seus temas favoritos são histórias dramáticas,
algumas delas "continuações" de outras obras conhecidas (A filha da louca do jardim, O filho
de João de Calais). Compôs também algumas "pelejas". É falecido. Viveu na cidade paraibana
de Campina Grande. Ele é autor dos cordéis “Assassino da honra ou a louca do jardim, O (FC-
115)”, . Exemplo de um homem que atirou em uma imagem de São Severino do Ramos, O (FC-
165) . Farrapo humano (FC-448) . Helena a deusa de Tróia (FC-413) . Lágrimas de amor ou a
vingança de um condenado (FC-533) . Moça cendendo tabaco no mercado em Catolé, Uma
(FC-834) . Peleja de Ana Roxinha com Maria Roxinha (FC-611) . Pescaria em Boqueirão, a vara,
o anzol, o minhocão, Uma (FC-963) Traição de Alfredo e a vingança de Justino, A (FC-753) .