Aula9 Gentequefez
Aula9 Gentequefez
Aula9 Gentequefez
Alvo da Lição: Estudar a vida de Tomé e reconhecer que dúvida é um efeito na vida espiritual do
crente e pode levá-lo ao fracasso; que existe uma felicidade especial reservada àquela fé que
não requer provas.
Depois de uma noite de oração, Jesus escolheu, dentre Seus discípulos, aqueles aos
quais deu o nome de apóstolos. Eram doze homens: homens que mudaram o mundo! Cada um
deles tinha personalidade e características próprias, temperamentos peculiares. Uns eram
extrovertidos; uns eram sanguíneos, outros coléricos; uns eram melancólicos e outros
fleumáticos. Por que teria Jesus escolhido pessoas tão diferentes para compor o colégio
apostólico?
1. Por que Jesus escolheu pessoas tão diferentes para compor o chamado Colégio Apostólico (o
grupo dos doze apóstolos)?
Dentre esses homens, vamos destacar um melancólico, para que o conheçamos melhor.
2. Quem era Tomé? De onde veio, o que fazia e qual significado de seu nome?
Trata-se de Tomé, em aramaico Thomás, que quer dizer “gêmeo”, embora não
saibamos de quem ele era gêmeo. Em grego, seu nome Dídimo (Jo 11.16), também significa
“gêmeo”. Segundo algumas fontes informativas, ele também era conhecido como Judas Tomé,
“Judas, o gêmeo”.
Por certo a sua atividade profissional era a pescaria, assim como a outros apóstolos. É
bem provável que morasse na Galiléia (Jo 21.1). Entretanto não sabemos como se deu sua
conversão e vocação.
Conhecemos seu caráter pelos escritos de João. É no evangelho de João que Tomé
recebe especial destaque.
3. Por que Tomé é caracterizado como uma pessoa de temperamento melancólico?
Ele foi o mais melancólico, o mais pessimista, o mais incrédulo, o mais franco dos
apóstolos. Não cria em nada que não pudesse ver. Tinha uma atitude crítica, era um inquiridor
da verdade e, por isso, ela sempre lhe foi revelada de maneira prática.
IEQ PINEVILLE – ESCOLA BÍBLICA
É maravilhoso saber que o Senhor é Deus dos pessimistas, dos teimosos, dos
melancólicos. Ele foi o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Ele foi o Deus de Pedro, de
Paulo, de Tomé. E Ele é o nosso Deus também!
4. Em qual momento da vida de Jesus, Tomé, pela primeira vez marcou sua presença?
Foi quando chegou a notícia da doença de Lázaro, o amigo de Jesus, que Tomé marcou
sua presença no grupo apostólico, Jesus resolveu voltar para Judéia. Os discípulos se
mostraram receosos, pois, por duas vezes, Jesus tinha sofrido atentado. Tomé sabia que o
Mestre poderia ser morto, e reconhecia que o perigo que ameaçava o Senhor Jesus também
ameaçava Seus discípulos. Voltou-se, então, para os seus companheiros e disse: ”Vamos
também nós para morrermos com Ele” (Jo 11.16)
5. Quando falou: ”Vamos também nós para morrermos com Ele” , Tomé estava
demonstrando uma atitude corajosa de morrer por Jesus, ou estava expressando o
pessimismo de um temperamento melancólico?
Por um lado, foi uma atitude corajosa de Tomé. Isso era dedicação, devoção ao Senhor.
Ele mostrou-se disposto a morrer com Jesus. Ele preferia morrer com o Mestre a viver sem Ele.
Por outro lado, foi uma expressão pessimista, de uma alma melancólica e depressiva.
Parecia um homem sem esperança, resignado, sem sorte: “Vamos morrer com ele”. Estaria
Tomé, realmente, disposto a morrer com Jesus? Não é isso que lemos na narrativa do
Calvário. Lucas, o médico amado, quando narra a crucificação de Jesus afirma: ”Entretanto
todos os conhecidos de Jesus permaneceram a contemplar de longe estas coisas”(Lc 23.49).
Onde estava sua dedicação e devoção ao Senhor?
Aplicação
Nós não podemos morrer com Jesus, mas estaremos dispostos a morrer por Jesus? A nossa
fidelidade ao Senhor chega ao ponto de morrer por ele?
6. Quando Jesus estava conversando com os discípulos sobre a Sua partida, que estava
próxima, e falando do caminho da casa do Pai, como Tomé demonstrou falta de conhecimento a
respeito do Senhor
Quando Jesus deu a entender aos discípulos que eles conheciam o caminho da casa do
Pai, Tomé, demonstrando total ignorância, foi honesto, prático e franco: “Senhor, não sabemos
para onde vais; como saber o caminho?” (Jo 14.5)
Com essa pergunta, Tomé deu oportunidade para que Jesus fizesse uma das maiores
revelações sobre Sua Pessoa, ao dizer que Ele é não somente o caminho, mas a verdade e a
vida.
“Onde eu vou?”. Para o Pai. “Qual o caminho?”. Eu sou o caminho. “Como encontrá-lo?”.
Somente por mim.
Tomé recebeu de Jesus muito mais que esperava. Cristo, o único caminho para Deus.
Toda verdade está em Sua pessoa. Ele é a vida que deve ser vivida por todos.
8. O que Tomé perdeu, por não estar com os outros apóstolos quando Jesus apareceu?
Não sabemos qual a razão da ausência de Tomé quando Jesus apareceu aos Seus
discípulos. Talvez tenha sido devido a sua melancolia, ou pessimismo, ou incredulidade. O que
sabemos é que ele perdeu a bênção maravilhosa de ver Cristo ressurreto, de ouvir Sua voz, de
falar com Ele. Perdeu, também, a companhia dos irmãos.
Quando deixamos de nos reunir com nossos irmãos para cultuar o Senhor, sofremos
inúmeras perdas. Perdemos a fé, a esperança, o amor, a oportunidade do crescimento
espiritual, a bênção da comunhão. É com muita razão que o escritor da Epístola aos Hebreus
diz: “Não deixemos de congregar-nos, como é de costume de alguns” (Hb 10.25)
9. Qual a atitude de Tomé quando soube que Jesus ressuscitara e aparecera aos demais
apóstolos?.
Quando Tomé soube que Jesus havia ressuscitado, não pôde acreditar. Isso era demais
para ele.
10. Qual a prova que Tomé queria ter para crer na ressurreição de Jesus?
Tomou uma posição: só acreditaria se tivesse provas concretas.” Se eu não vir nas
mãos algum acreditarei”(Jo20.25). Ele se mostrou presunçoso, insolente, obstinado: estava
decidido a não acreditar e não bastaria ver Jesus, teria que colocar o dedo em Suas feridas.
Que homem teimoso! Fraquejou quanto à fé, deixando-se assaltar pelas dúvidas.
11. Por que Jesus apareceu e permitiu que Tomé fizesse o que desejava?
Jesus, que sabe de tudo, que conhece o coração dos homens, atendeu a exigência de
Tomé. No domingo seguinte, estando o grupo reunido, inclusive Tomé, Jesus apareceu e disse
ao incrédulo: Veja as minhas mãos e ponha seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu
lado. Pare de duvidar e creia!’ (Jô 20.27
Não era necessário colocar o dedo nas feridas! Então ele creu e reconheceu que Jesus
é o próprio Deus e Senhor da sua vida. Ele admitiu a deidade de Cristo e seu Senhorio. Apesar
disso recebeu uma reprimenda do Mestre: “Por que me viste, creste? Bem aventurado os que
não viram e creram”(Jo 20.29)
Conclusão
Tomé viu Jesus, novamente, por ocasião da segunda grande pesca (Jo
21.2). Pela última vez, encontramo-lo, reunido com o grupo apostólico, no
cenáculo em Jerusalém, em oração, aguardando a descida do Espírito Santo.
Graças a Deus, ele não tinha dúvidas quanto à vinda do Consolador.
Diz a tradição, narrada por cristãos primitivos, que Tomé foi missionário
na Síria, na Pártia, na Pérsia, e na Ìndia. Na Índia, onde passou por muitas
provas, foi martirizado. Se realmente foi assim, Tomé provou que estava
pronto a morrer pelo Seu Mestre.
Alvo da Lição: Mostrar, pelo exemplo de Barnabé, os principais valores da vida cristã.
Barnabé foi um dos personagens destacados da comunicação cristã primitiva. Era judeu,
de uma família de sacerdotes, da tribo de Levi e Natural de Chipre, uma ilha do mediterrâneo
(At 9.36). Segundo o testemunho de Lucas, “era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé
(At 11.24). Certamente em decorrência disso,foi enviado de Jerusalém a Antioquia para cuidar
da igreja ali recém formada (At 11.22). De Antioquia foi designado, juntamente com Paulo, para
um empreendimento missionário entre os gentios – a primeira viagem missionária de Paulo. (At
13.1-3)
Seu nome judeu era José. Para ressaltar uma característica peculiar, os apóstolos
chamavam-no de Barnabé (At 4.36), interpretado por Lucas como filho da exortação (ou
consolação). Barnabé foi um tipo de consolador, um exortador, um paracleto (chamado para o
lado de outro a fim de ajudá-lo). Vale salientar que parakletos é um título que Jesus dá ao
Espírito Santo no evangelho de João.
Barnabé como filho da exortação, se coloca ao lado de outros com o fim de ajudá-los,
apresentando duas fortes marcas: generosidade e discipulado.
Todos eram continuamente supridos por causa da efetividade que os vinculava fortemente
(v.32)
Repartir o que se tem com quem não tem, corresponde com exatidão à expectativa de
Jesus a respeito de Seus discípulos: “Vendei os vossos bens e dai esmolas” (lc 12.3) e, “se
queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois
vem e segue-me” (Mt 19.21); bem como corresponde à compreensão de arrependimento de
João Batista (lc 3.11)
Aplicação
Ao compartilhar os seus bens com os necessitados , Barnabé mostrou-se um autêntico discípulo de
Jesus.
Aplicação
Que tenhamos essa visão de Barnabé para que a igreja de Jesus seja o palco da bênçao dos
homens e da glória de Deus, e nunca palco de rivalidade e glórias humanas!
Aplicação
Quantas vezes, hoje em dia, faltam sabedoria e coragem para resolver os problemas que surgem no
meio da igreja.
Aplicação
Estaríamos dispostos a dar uma segunda chance a alguém, na igreja, que falhou?
Conclusão
Por todas essas coisas, confere-se a Barnabé o título que Le foi
atribuído pelos apóstolos: filho da exortação.
A sua aparição no Novo Testamento revela com absoluta grandeza de
dispor a si para o crescimento do próximo com indizível interesse, profunda
humildade e incansável perseverança. Também é da natureza de dispor a
propriedade para o bem estar de outros por considerá-los seus iguais e da
mesma grandeza. Enfim, Barnabé usou sua vida para abençoar os homens e
glorificar a Deus. Que Deus nos dê a graça de imitar Barnabé.