Gerenciamento Riscos Construcao Civil
Gerenciamento Riscos Construcao Civil
Gerenciamento Riscos Construcao Civil
NA C�N�T�U�� C�V�L
PA R A T E R AC E S S O A M A I S D I C A S ,
engenharias.editora2b.com.br/carreira/
AUTOR: André Paim, MBA, CAPP, PMP.
Engenheiro Civil, tem MBA em Gerenciamento de Projetos, especialização em
Gestão de Tecnologia e de Negócios em Telecom, professor de Gerenciamento
de Projetos em MBA e para certificação PMP, idealizador e instrutor de cursos de
BPM – Business Process Management e Compras. Tem Certificado Project Mana-
gement Professional (PMP) pelo PMI, certificado Certified Business Process Pro-
fessional (CBPP) pela ABPMP, certificado XPER Mentor em Inovação pela XPER.
Atua em projetos turn key e não turn key de Engenharia, Telecomunicações e
Suprimentos em vários estados do país.
• Riscos 5
• Conceito de Risco 7
• Gerenciamento de Riscos 10
» Identificar os Riscos 18
» Monitorar os Riscos 31
• Conclusões 32
• Bibliografia 33
Cada projeto de construção é único! Cada um possui duração, porte, complexidade, custo,
Cada projeto de construção é único! Cada um possui duração, porte, complexidade, cus-
escopo (frequentemente com disciplinas de engenharia integradas), metodologia de gestão,
to, escopo (frequentemente com disciplinas de engenharia integradas), metodologia de
ciclo de vida, equipes, especialistas, subcontratados, tecnologias, equipamentos, logística,
gestão, ciclo de vida, equipes, especialistas, subcontratados, tecnologias, equipamentos,
etc., específicos.
logística, etc., específicos.
Complexo ou não, de grande ou pequeno porte, qualquer projeto de construção enfrenta
Complexo ou não, de
continuamente umagrande
variedadeou pequeno
de situações porte,
incertas qualquer
geradas projeto
por várias fontes dede construção
incertezas, a en-
frenta continuamente
exemplo de: uma variedade de situações incertas geradas por várias fontes de
incertezas, a exemplo de:
O não gerenciamento
O não gerenciamentodasdas
incertezas
incertezas em umprojeto
em um projeto de construção
de construção colaboracolabora para
para descolar o desco-
lar o empreendimento
empreendimento dede suas
suas metas,
metas, colaborando
colaborando para que
para que vários vários
problemas problemas
ocorram ou sejamocorram
ou sejam potencializados,
potencializados, sendo
sendo alguns alguns deles:
deles:
• Atraso na execução do cronograma;
• Estouro do na
• Atraso orçamento;
execução do cronograma;
• • Estouro do orçamento;
Acidentes;
• • Acidentes; ineficaz;
Comunicação
• • Comunicação
Baixa performance; ineficaz;
• • Baixa performance;
Problemas de qualidade;
• • Problemas de qualidade;
Multas por descumprimento contratual;
• • Multas
Má-reputação;por descumprimento contratual;
• CONCEITO DE RISCO
Risco individual do projeto
o É um evento ou condição incerta que, se ocorrer, terá efeito sobre pelo menos
Todo projeto um
possui dois níveis
objetivo de riscos:
do projeto, a exemplo de custo, tempo, qualidade, escopo etc. O
• Risco individual do projeto
efeito poderá ser negativo (ameaça) ou positivo (oportunidade).
» É um evento ou condição incerta que, se ocorrer, terá efeito sobre pelo me-
nos um objetivo do projeto, a exemplo de custo, tempo, qualidade, escopo
• Risco etc.
geralO do projeto
efeito poderá ser negativo (ameaça) ou positivo (oportunidade).
o É o efeito da incerteza do projeto em seu todo, decorrente de todas as fontes de
• Risco geral do projeto
incerteza, incluindo os riscos individuais do projeto. O efeito pode ser negativo
» É o efeito da incerteza do projeto em seu todo, decorrente de todas as fontes
(ameaça)
de ou positivo
incerteza, (oportunidade).
incluindo os riscos individuais do projeto. O efeito pode ser
negativo (ameaça) ou positivo (oportunidade).
• Riscos conhecidos
o São os riscos identificados, isto é, aqueles que se sabe que podem ocorrer e
afetar um ou mais objetivos do projeto (positiva ou negativamente). Como se
sabe que podem ocorrer, devem ser proativamente gerenciados. A reserva de
custos
Os riscos de um parapodem
projeto tratamento ativo dosouriscos
ser conhecidos identificados é a Reserva de
desconhecidos:
• Riscos conhecidos a qual deve fazer parte da linha de base de custos do projeto (ou
Contingência,
» seja,
São oselimina-se a utilizaçãoisto
riscos identificados, de um percentual
é, aqueles queestimado de folga
se sabe que podem– “gordura”
ocorrer e–
afetar um ou mais
no orçamento, queobjetivos
passará a do projeto
ficar (positiva
mais realista ou negativamente). Como
e seguro).
se sabe que podem ocorrer, devem ser proativamente gerenciados. A reser-
va de custos para tratamento ativo dos riscos identificados é a Reserva de
• RiscosContingência,
desconhecidos a qual deve fazer parte da linha de base de custos do projeto
(ou seja, elimina-se a utilização de um percentual estimado de folga – “gor-
São riscos
o dura” que somente
– no orçamento, queserão conhecidos
passará quando
a ficar mais ocorrerem,
realista ou seja, não há
e seguro).
• Riscosação previamente planejada para seu tratamento. Para tratamento do risco
desconhecidos
» Sãodesconhecido
riscos que (trabalho
somente inesperado dentro do
serão conhecidos escopoocorrerem,
quando do projeto),ou
é estimada
seja, nãoa
há ação previamente
Reserva planejada
de Gerenciamento, que épara
umaseu tratamento.
verba Para tratamento
ou um percentual e faz partedo
do
risco desconhecido (trabalho inesperado dentro do escopo do projeto), é
orçamento
estimada do projeto,
a Reserva mas não da linhaque
de Gerenciamento, de base
é umadosverba
custosou
(espera-se que essa
um percentual
ereserva
faz parte
nãodo orçamento
seja utilizada).do projeto, mas não da linha de base dos custos
(espera-se que essa reserva não seja utilizada).
AG linha
E R E Nde
C I Abase
M E Ndos
T O custos
D E R IéS aC versão
O S N A aprovada
C O N S T R do
U Ç orçamento
à O C I V I L do projeto ao longo do tempo,
8
excluindo a reserva de gerenciamento. A linha de base dos custos somente pode ser mudada
A linha de base dos custos é a versão aprovada do orçamento do projeto ao longo do
tempo, excluindo a reserva de gerenciamento. A linha de base dos custos somente pode
ser mudada através de procedimentos formais de controle de mudanças.
O PMBOK
• Como – Um Guia do
faremos Conhecimento
para em
gerir os riscos? Gerenciamento de Projetos (6ed., 2017) apre-
(Planejar)
senta o Gerenciamento de Riscos divididos em processos que, de forma estruturada,
• Quais são
representam umaoslinha
riscos? (Identificar)
lógica e natural de abordagem de riscos:
• • Quais
Como osfaremos
riscos mais
paraimportantes e como
gerir os riscos? afetam nossos projetos? (Analisar)
(Planejar)
• • Quaistrataremos
Como são os riscos? (Identificar)
os riscos? (Planejar)
• • Quais os
Colocar emriscos mais
prática! importantes e como afetam nossos projetos? (Analisar)
(Implementar)
• Como trataremos os riscos? (Planejar)
• Vamos acompanhar se o que implementamos deu certo e se as coisas mudaram!
• Colocar em prática! (Implementar)
• (Monitorar)
Vamos acompanhar se o que implementamos deu certo e se as coisas mudaram!
(Monitorar)
O esforço, a estrutura
O esforço, a estruturae eos
osprocessos
processos do doGerenciamento
Gerenciamento de Riscos
de Riscos devemdevem ser os neces-
ser os necessários
sários de acordo
Odeesforço,
acordo acom com
estrutura aecomplexidade,
os processos
a complexidade, porte,do porte, importância
Gerenciamento
importância ecompetências
de Riscos
e experiência, experiência,
devem ser os e competências
necessários
habilidades
e habilidades
dedaacordo da equipe do projeto. Por exemplo, em projetos de menor porte ou mais
equipecom a complexidade,
do projeto. porte,em
Por exemplo, importância
projetos dee menor
experiência, competências
porte ou mais simples,e habilidades
pode não
simples, pode não haver pessoas dedicadas exclusivamente ao gerenciamento dos ris-
dahaver
equipe do projeto.
pessoas Por exemplo,
dedicadas em projetos
exclusivamente de menor porte
ao gerenciamento dosouriscos.
mais Isso
simples,
não pode não
implica
cos. Isso não implica necessariamente em uma gestão de riscos ineficaz. A atenção deve
haver pessoas dedicadas
necessariamente em umaexclusivamente
gestão de ao gerenciamento dos deve
riscos.
serIsso
dadanão implica
ser dada para que gerenciamento de riscos
riscos ineficaz. A atenção
seja o adequado ao projeto. para que
necessariamente
gerenciamento deem umaseja
riscos gestão de riscos
o adequado ineficaz. A atenção deve ser dada para que
ao projeto.
gerenciamento de riscos seja o adequado ao projeto.
O planejamento dos riscos, ou seja, como o gerenciamento dos riscos será estruturado
e realizado para o projeto, fica documentado no Plano de Gerenciamento dos Riscos
(PGR), que contempla:
O planejamento dos riscos, ou seja, como o gerenciamento dos riscos será estruturado e
realizado para o projeto, fica documentado no Plano de Gerenciamento dos Riscos (PGR), que
• Abordagem geral e metodologia de gerenciamento dos riscos;
contempla:
• Papéis e responsabilidades no gerenciamento dos riscos (pode incluir Matriz RACI);
• Custos do gerenciamento dos riscos;
• • Abordagem
Utilizaçãogeral
das reservas de contingência
e metodologia e de gerenciamento;
de gerenciamento dos riscos;
• Categorização dos riscos (EAR – Estrutura Analítica dos Riscos);
• Papéis e responsabilidades no gerenciamento dos riscos (pode incluir Matriz RACI);
• Limite dos riscos;
• • Custos do gerenciamento
Definições dos riscos;
de probabilidade e impactos dos riscos;
• • Utilização
Matriz dedas
probabilidade e impacto; e de gerenciamento;
reservas de contingência
• • Categorização
Formatos dos relatórios;
dos riscos (EAR – Estrutura Analítica dos Riscos);
• Acompanhamento (registro das atividades e auditoria do processo).
• Limite dos riscos;
• Definições de probabilidade e impactos dos riscos;
• Matriz de probabilidade e impacto;
• Formatos dos relatórios;
• Acompanhamento (registro das atividades e auditoria do processo).
Alguns dos principais fatores de sucesso para um Plano de Gerenciamento de Riscos eficaz e
estruturado, aumentando a probabilidade de sucesso do projeto de construção são:
• Categorização dos Riscos – Exemplo de uma EAR – Estrutura Analítica dos Riscos:
• Categorização dos Riscos – Exemplo de uma EAR – Estrutura Analítica dos Riscos:
• Categorização dos Riscos – Exemplo de uma EAR – Estrutura Analítica dos Riscos:
A região em vermelho contém as piores ameaças, que precisam ser tratadas imediata-
mente, antes que ocorram, visto que possuem as maiores probabilidades de ocorrer e
com alto impacto. Da mesma forma, contêm também as melhores oportunidades (pro-
babilidades elevadas significando maior facilidade de serem capturadas e com elevado
impacto positivo).
As estimativas de custo e tempo (otimista, mais provável, pessimista) são subjetivas, ba-
seadas em percepções e experiências da equipe do projeto e também por outras partes
interessadas. Por envolver subjetividade, requer ainda mais rigor e atenção em sua defi-
nição (quanto maior a experiência de partes interessadas em projetos similares, maior a
probabilidade de que sejam definidos critérios mais exatos).
Asinformações
As informaçõesgeradas
geradas
comcom a Simulação
a Simulação de Monte
de Monte CarloCarlo precisam
precisam ser interpretadas
ser interpretadas para que
para que sejam tomadas as melhores decisões para o projeto; a exemplo de comparar
sejam tomadas as melhores decisões para o projeto; a exemplo de comparar os resultados com
os resultados com as estimativas determinísticas, avaliar se os valores estão acima da
astolerância
estimativas
dodeterminísticas, avaliar
risco para o projeto, se os valores
confirmar se esseestão
riscoacima da tolerância
será aceito doconcentrar
e, se sim, risco para o
esforços
projeto, no planejamento
confirmar dasserá
se esse risco respostas
aceito e,aos riscos
se sim, das atividades
concentrar com
esforços no maior potencial
planejamento das
de afetar o projeto.
respostas aos riscos das atividades com maior potencial de afetar o projeto.
A análise quantitativa permite definir uma faixa de oscilação dos custos, ou seja, consi-
Aderando
análise quantitativa permite
as incertezas definiré uma
do projeto, faixaque
provável de oscilação
os custosdos custos,
variem deou
R$seja, considerando
880.000,00 a R$
as950.000,00.
incertezas Com base nessas
do projeto, informações,
é provável avalia-se
que os custos se os
variem de valores estão acima
R$ 880.000,00 a R$da tolerân-
950.000,00.
cia do
Com risco
base parainformações,
nessas o projeto, confirma-se
avalia-se seseos
esse riscoestão
valores será aceito
acima e,
dase sim, concentram-se
tolerância do risco para
esforços no planejamento das respostas aos riscos das atividades com maior potencial
odeprojeto,
afetar oconfirma-se
projeto. se esse risco será aceito e, se sim, concentram-se esforços no
planejamento das respostas aos riscos das atividades com maior potencial de afetar o projeto.
Exemplo: uma organização deve tomar a decisão entre investir no Projeto A ou Projeto
B, de Incorporação Imobiliária.
• Projeto A:
» A organização deverá investir R$ 110M;
» Há 60% de probabilidade de uma demanda forte gerar R$ 180M em vendas;
» Há 40% de probabilidade de uma demandada fraca gerar R$ 90M em vendas.
• Projeto B:
» A organização deverá investir R$ 60M;
» Há 60% de probabilidade de uma demanda forte gerar R$ 100M em vendas;
» Há 40% de probabilidade de uma demandada fraca gerar R$ 50M em vendas.
PROCESSO:
Identificar formas para aumentar a probabilidade e/ou impacto das oportunidades e reduzir ou
PLANEJAR
eliminar ameaças ASdoRESPOSTAS
aos objetivos AOS
projeto. Na Construção RISCOS
Civil, o envolvimento de
subcontratados no projeto gera uma maior complexidade no planejamento das respostas aos
Identificar formas para aumentar a probabilidade e/ou impacto das oportunidades e
riscos, visto que podem resultar em custos adicionais para um lado e impactarem o outro lado.
reduzir ou eliminar ameaças aos objetivos do projeto. Na Construção Civil, o envolvi-
Cada resposta
mento adequada à severidade
de subcontratados dogera
no projeto riscouma
devemaior
ter eficácia de custosno
complexidade e indicar duração,
planejamento
das respostas
escopo, recursosaos riscos, visto
necessários, que podemcritérios
responsável, resultarde
emconclusão
custos adicionais para um
e de aceitação, lado e
atividades
impactarem o outro lado.
necessárias, alterações em projetos e outras documentações. Assim, novas tarefas serão
Cada resposta
adicionadas ao adequada
planejamentoà severidade
do projetodo erisco deve ter eficácia
gerenciadas de custos
como todas e indicar
as demais du-
tarefas
ração, escopo, recursos necessários, responsável, critérios de conclusão e de aceitação,
estabelecidas. A documentação
atividades necessárias, do projeto
alterações somente edeve
em projetos ser alterada
outras através de procedimentos
documentações. Assim, novas
formais
tarefasde controle
serão de mudanças.
adicionadas ao planejamento do projeto e gerenciadas como todas as de-
mais tarefas estabelecidas. A documentação do projeto somente deve ser alterada atra-
vés de procedimentos formais de controle de mudanças.
Exemplos de estratégias de respostas a riscos:
Exemplos de estratégias de respostas a riscos:
PROCESSO:
IMPLEMENTAR RESPOSTAS AOS RISCOS
Executar os planos acordados de resposta aos riscos, ou seja, colocar em prática as res-
postas planejadas para minimizar os riscos negativos (ameaças) e maximizar os positivos
(oportunidades). É necessário garantir que as respostas aos riscos sejam implementadas
e geridas integradas à gestão do projeto de construção, pois não basta planejar e não
implementar (gráficos de controle da implementação das respostas aos riscos ajudam
no monitoramento e controle, além de serem excelentes ferramentas visuais para comu-
nicação às partes interessadas, principalmente para a alta gestão da organização).
Cada responsável pelas respostas aos riscos deve estar identificado no Plano de Ge-
renciamento dos Riscos. Para cada resposta implementada, os custos reais, durações e
demais parâmetros previstos no planejamento das respostas devem ser monitorados e
controlados da mesma forma que para qualquer atividade do projeto. A documentação per-
tinente deve ser atualizada conforme os procedimentos formais de controle de mudanças.
MULCAHY, Rita. Preparatório par o Exame de PMP. 5ed. Estados Unidos da América:
RMC Publications, 2007.
Project Management Institute. The Standard for Risk Management in Portfolios, Pro-
grams and Projects. Pensilvânia/EUA: Project Management Institute, 2019.
engenharias.editora2b.com.br/carreira/