Os Edifícios Inteligentes
Os Edifícios Inteligentes
Os Edifícios Inteligentes
Orientador:
Prof. Dr. Azael Rangel Camargo
São Carlos
2002
Aos meus pais Juca, Helena e Rosamaria e a meu
esposo Rodrigo
Agradecimentos
v
Lista de Figuras
Fig. 1 As maiores torres do planeta...........................................................................................................10
vi
Lista de Figuras
vii
Lista de Figuras
viii
Lista de Figuras
ix
Lista de Figuras
Fig. 105 Detalhe de interligação dos banheiros pré-fabricados com as prumadas ................................................85
Fig. 111 Projeto Elétrico/iluminação instalado na sala de força facilita a visualização dos pontos de controle - CENU.. 94
Fig. 112 Sala de força controle total dos 3500 pontos de energia da torre Norte - CENU ................................. 94
Fig. 114 Instalações hidráulicas do Hilton sob o forro removível - CENU ........................................................... 96
Fig. 115 Identificação dos extintores de incêndio e chave de acionamento de alarme - CENU..................................97
x
Lista de Figuras
Fig. 129 Interior de um dos elevadores CENU-SP, uso de materiais como granito e aço inox para acabamento........ 115
Fig. 131 Sistema de triagem – o usuário escolhe o andar de visita antes de acessar o elevador. De imediato o terminal
calcula qual carro está mais preparado para atender a chamada e indica ao usuário o número do elevador
disponível, eliminando a botoeira interna e reduzindo o tempo das operações. ..............................................117
xi
RESUMO
xii
ABSTRACT
xiii
1 Contextualização da Pesquisa
Contextualização da Pesquisa
1.1 Introdução
A evolução da computação e dos sistemas digitais tem viabilizado
aplicações que a princípio causam impactos, mas logo estão presentes no
cotidiano das pessoas e passam a ser condicionantes de conforto e da
praticidade.
Tais mudanças estão sendo pensadas e/ou projetadas na forma dos Edifícios
de Alta Tecnologia ou Edifícios Inteligentes. CASTRO NETO (1994), sugere a
definição, seguindo o IBI (Intelligent Buildings Institute dos EUA), de que os
EI/EAT são aqueles edifícios “que oferecem um ambiente produtivo e
econômico através da otimização de quatro elementos básicos: Estrutura
(componentes estruturais do edifício, elementos de Arquitetura,
acabamentos de interiores e móveis), Sistemas (controle de ambiente,
calefação, ventilação, ar-condicionado, luz, segurança e energia elétrica),
Serviços (comunicação de voz, dados, imagens, limpeza) e Gerenciamento
(ferramentas para controlar o edifício), bem como das inter-relações entre
eles”.
Além dos benefícios apontados pode ser citada a taxa condominial dos
modernos edifícios do novo centro financeiro da cidade de São Paulo, na
Marginal Pinheiros, que é menor que a taxa condominial dos antigos prédios
do centro velho da cidade, que não dispõem de sistemas avançados de
controle.
1.2 Objetivos
Estudo dos Espaços Arquitetônicos de Alta Tecnologia, visando chegar a
uma tipologia das necessidades espaciais e tecnológicas, de
gerenciamento e de serviços suportados pela Telemática, fazendo um
quadro dos principais conceitos teóricos necessários para o entendimento
do assunto, além de uma análise de alguns casos nacionais significativos.
1.3 Metodologia
A estratégia metodológica utilizou os seguintes meios para obtenção das
informações necessárias à pesquisa:
Localização
Utilização - ESCRITÓRIOS
Emprego de Alta Tecnologia em:
9 Concepção do Projeto
9 Métodos Construtivos
9 Materiais
9 Equipamentos
9 Mão de obra
As informações específicas sobre Arquitetura destes Edifícios, foram obtidas
através de:
Para desenvolvimento deste trabalho foi feita uma seleção entre alguns dos
edifícios da cidade de São Paulo, que se enquadram dentro das
características já citadas. São eles:
Entende-se por espaço edificado aquele que está contido no edifício. Esta
modalidade do espaço arquitetônico identifica-se, em certa medida, com a
noção de espaço interno, de largo uso entre teóricos e historiadores da
Arquitetura.
Nessa presença dos edifícios, nesse relacionamento entre eles e deles com
acidentes naturais, lança raízes à idéia de espaço urbano, que se identifica,
em certa medida, com a noção de espaço externo.
Verifica-se, então, que, embora nem sempre seja o aspecto mais importante
do espaço arquitetônico, o edifício constitui condição necessária e
indispensável à sua existência, quer sob a forma de espaço edificado, quer
sob a forma de espaço urbano.
Por último, solucionar a utilização das paredes muito grossas, que ocupavam
muito espaço, o que se solucionou com o aparecimento do concreto
armado e das estruturas metálicas.
Os Edifícios Inteligentes
Nos finais dos anos 70, os sistemas HVAC (Sistema de Aquecimento,
Ventilação e Ar Condicionado) foram os primeiros sistemas de edifícios a
serem eletronicamente controlados. Os chips de computadores permitiram o
controle destes sistemas, através de sensores localizados, permitindo
respostas e alterações rápidas e mais precisas das condições climáticas. Esta
tecnologia fomentou o início do desenvolvimento da idéia de tornar os
edifícios dotados de inteligência, podendo assim responder aos requisitos do
ambiente natural, mas não existia integração alguma.
Devemos ter muito cuidado com o termo “Edifício Inteligente”, por ter sido
um termo de marketing sem muita substância desde que foi introduzido no
mercado. O problema foi o número excessivo de empresas que comercializa
os sistemas para Edifícios Inteligentes. O mercado saturou rapidamente e a
realidade não estava lá. Um Edifício Inteligente é aquele que promove a
transferência de dados de um sistema para outro.
Estes sistemas terão de ter suporte técnico 24 horas por dia, no caso de
surgirem problemas. Não há razão em ter todos estes sistemas e facilidades
se o não pudermos suportar tecnicamente. Quando temos uma falha no
controle no sistema, pode ser ao nível do software ou eletrônico. Qualquer
um deles pode, na maioria dos casos, ser remotamente resolvido. No caso
de ser um problema mecânico, pode-se detectá-lo da mesma forma. Pode-
se dizer que 90 ou 95% dos problemas detectados em horas fora do
expediente podem ser resolvidos através de um modem.
Desenvolvimentos Atuais
Nos dias de hoje, surge a segunda geração de Edifícios Inteligentes, os quais
possibilitam integração e separação dos sistemas com o auxílio das
avançadas tecnologias computacionais e de telecomunicações. O ponto
mais forte destes tipos de sistemas é atingido quando são suportados por
uma grande base de dados, custos reduzidos, capacidade de processar
rapidamente uma quantidade vasta de informação, com a ajuda de um
software capaz disso e de ambiente agradável para o usuário, com
possibilidade de ser adaptado às novas tecnologias que vão surgindo. Já
não se usa a tecnologia, incorpora-se.
A tecnologia é cada vez menos sobre coisas, e cada vez mais sobre
relacionamentos. Claro que o relacionamento e interligação inteligente,
certamente em escala urbana, é também uma manifestação espacial da
economia e das inovações tecnológicas.
1914 ÖEm seu manifesto de “Arquitetura futurista”, Antonio San’t Elia pedia
ao arquiteto que evitasse os materiais pesados, em favor dos flexíveis que
permitissem a mobilidade e o dinamismo. A Arquitetura, dizia, não deveria
ser permanente, mas efêmera.
1994Ö Concluído o complexo World Trade Center, dos arquitetos Aflalo &
Gasperini; o complexo WTC é composto de uma torre de escritórios de 26
andares que abriga um clube
internacional de negócios,
áreas de exposição de produtos
e escritórios para locação. Os 3
primeiros andares são
dedicados a business club que é
um núcleo aberto para todos os
associados, com salas de
trabalho para executivos em
trânsito, biblioteca, restaurante
e espaços para treinamentos e
conferências. O complexe
conta ainda com um hotel
cinco estrelas com 13 andares,
um centro de convenções para
2.000 pessoas, um shopping
temático de decoração e uma
garagem para 2.250 veículos.
Fica localizado na marginal
Pinheiros, São Paulo e com uma
área de 177mil m2.
Fig. 24 World Trade Center - SP
Fonte: Revista AU no 60 jun/jul 95
Todas estas funções foram articuladas numa única solução integrada pela
grande área do shopping, no entanto possuem acessos separados.
1995Ö Carlos Bratke entrega à Marginal Pinheiros, São Paulo, o edifício Plaza
Centenário, que por suas formas arredondadas e por sua fachada
totalmente em aluminio, recebe o apelido de “Robocop”.
No que diz respeito a Edifício Inteligente pode-se dizer que este tem um dos
Q.I. mais altos do país, pois foi bem projetado e executado, possui estrutura
metálica, sistema automatizado, segurança 24H, etc. Isto o deixa dentro dos
padrões brasileiros de Edifícios Inteligentes (o padrão internacional é
superior). São 19 andares, 4 subsolos completamente automatizados
principalmente no quesito segurança, em relação a sinistros e à entrada de
pessoas não autorizadas. Um carro tem acesso direto e coberto à recepção
pela passagem de veículos, ou pode descer pela rampa (são duas de
subida e uma de descida), para a garagem num dos quatro subsolos.
A circulação do edifício
funciona do seguinte modo:
possui duas escadas de
emergências exclusivas por
andar que atende a cada sala.
Quem descer nessa escada só consegue sair no térreo. A porta somente
abre por dentro e possui um sensor que acusa quando é aberta. E ainda
existe a escada para uso geral com porta e paredes anti-chama e túnel de
fumaça. São 6 elevadores para uso comum, um de carga e outro para uso
exclusivo de pessoas vips.
Alguns dos parâmetros presentes nos edifícios são: pisos com capaciade de
carga alta que variam de 500 a 1000kg/m2, pé direito duplo, malha de piso
com sistema de canaletas triplas para ligações de energia, telefone e lógica
de fácil acesso em qualquer um dos andares, ar-condicionado com sistema
de termoacumulação e elevadores de alta tecnologia.
Das 3.734 vagas de garagem do CENU, 1.954 vagas estão alocadas à Torre
Norte, resultando em 1 vaga para cada 28.6m² de área privativa. Além da
área de escritórios, o imóvel possui um "Business Center" com capacidade
para eventos de até 300 pessoas.
2000Ö Começam as obras de construção da terceira torre do Centro
Empresarial Nações Unidas, a torre Leste. Da mesma altura da torre Oeste
com 138m, foi inicialmente projetada para ser uma torre de escritórios, mas
agora está sendo desenvolvida para comportar o Hotel Hilton, com 506
apartamentos.
O cliente optou por materiais nacionais, já que o Brasil possui mais de 300
tipos de rochas. O granito “Branco Ceará” e o “Preto São Marcos”,
provenientes respectivamente do Ceará e da Paraíba, foram escolhidos
para a fachada. O sistema metálico de fixação utilizado é o mais moderno
em termos de segurança, desempenho e durabilidade, além de formar um
colchão de ar atrás das placas, o que contribuiu para o conforto ambiental
do edifício.Para combater o ruído médio de 65dB na cidade de São Paulo,
utilizou-se lã de rocha, que evita a passagem de som entre os andares,
isolando-se acusticamente a estrutura e os elementos das fachadas. Na
caixilharia foram empregados vidros duplos, com câmara de vácuo interna.
Fonte: http://images.google.com
LAN: local area network. É o nome que se dá a uma rede de caráter local, e
onde estão ligados alguns sistemas numa área geográfica pequena.
Normalmente uma LAN está enquadrada num escritório ou numa empresa
não dispersa geograficamente. As tecnologias principais que uma LAN pode
utilizar são a Ethernet, o Token Ring, o ARCNET e o FDDI ("Fiber Distributed
Data Interface").
RDSI: rede digital de serviços. Destina-se a ser uma rede pública mundial de
telecomunicações, substituindo as redes existentes e oferecendo uma
grande variedade de serviços. Os serviços RDSI são separados em categorias
baseadas no escopo e na fonte do serviço. Serviços Básicos (Bearer Services)
são aqueles que permitem ao usuário transmitir informações a partir de um
aparelho da rede para outro. Esta transferência de informação envolve
somente funções das camadas baixas do protocolo de comunicação.
Fonte: (http: //penta.ufrgs.br/tp951/rdsi/tele_pri.html )
Gigabit Ethernet: Uma LAN que utiliza o padrão desenvolvido pelo grupo de
trabalho IEEE 802, operando em GB/s e utilizando o método de detecção de
colisões (CSMA/CD)
Em 1913, J. Willian Schulze (The American Office) inicia o estudo dos fluxos de
trabalho, a medida de sua duração e o desenho do espaço e das
ferramentas necessárias à sua execução. É quando se institui a noção de
módulo espacial, ainda dentro de uma concepção puramente mecânica
que ignora os modernos conceitos ergonômicos, desenvolvidos só anos mais
tarde.
A partir desses dois modelos, que ainda hoje são referência, os anos 70 foram
os da disseminação e desenvolvimento dos sistemas de mobiliário, inclusive
no Brasil, enquanto os anos 80 foram os da retomada da estetização não só
no mobiliário, como também dos equipamentos eletro-eletrônicos.
Uma das últimas revisões das teorias organizacionais com repercussão sobre
o planejamento dos espaços para escritórios ocorre com a Teoria dos
Sistemas (Robert Simon, Victor Thompson). Esta critica no behaviorismo a
manutenção de uma estrutura hierárquica considerada burocratizante e
inibidora da criatividade e de iniciativas individuais.
Situação Brasileira
Mais recentemente, a abertura do mercado tem facilitado a importação de
móveis, carpetes, forros, persianas e outros componentes industrializados,
bem como de insumos antes inacessíveis, tornando possível o
aprimoramento tecnológico dos produtos finais aqui fabricados.
Completam o projeto
luminárias anti-reflexivas,
sistema de ar condicionado
com controle automático
da temperatura ambiente e
Raïssa Pereira Alves de Azevêdo Neves 45
Projetos dos Edifícios Inteligentes
Nos “open offices” apenas a alta diretoria ainda mantém suas salas
privativas, mas não fechadas como antes. Em vez das paredes, os vidros
transparentes cuidam da integração dessas áreas com o restante do
escritório e permitem a comunicação mais eficaz entre os executivos e os
demais empregados. A privacidade eventual pode ser obtida com
micropersianas internas e até cristal líquido, uma das últimas novidades no
exterior para tornar uma divisória opaca ou transparente ao simples toque
de um botão.
Custo do espaço
Preços médios de aluguéis de escritórios*
Preço médio
Região
R$/m2
SÃO PAULO
Centro (Rua Barão de Itapetininga, Praça do Patriarca, Rua Direita, Rua
5a7
São Bento)
Av. Paulista (Próximo à Rua Augusta) 25 a 40
RIO DE JANEIRO
Praia do Flamengo 15 a 30
Praia de Botafogo 20 a 45
RECIFE
CURITIBA
O preço do conforto
O custo médio de projetos e instalações de escritórios*
Preço em
Padrão Características
R$/m2
Inclui o projeto do arquiteto, mobiliário ergonômico,
acabamento acústico, sistemas de iluminação e de ar
A 960 a 1.100
condicionado inteligentes, carpete importado
antibactericida, redes estruturadas, tudo em padrão luxo.
Tabela 2 - (*) Graus de simplificação das instalações: o tipo B, por exemplo, é praticamente
igual ao A, mas com materiais menos nobres e sem tratamento acústico. Os tipos C e D
incluem mobiliário simples e têm menos flexibilidade nos pontos de fixação das divisórias e
das estações de trabalho.
Fonte: http://www.luxalon.com.br.
(http://www.creare.com.br)
Nos primórdios dos escritórios não havia distinção tão radical entre os seus
espaços e aqueles destinados à habitação, exceto pelo mobiliário. Hoje em
dia pode-se dizer que os sistemas de forro, sobretudo metálicos, são
componentes fundamentais para a caracterização do escritório moderno.
A Marginal Pinheiros e seus arredores, a partir daí, passa a ser pólo dos
grandes edifícios de escritórios e centros administrativos, como o Birmann 21,
o Terra Brasilis, o World Trade Center, o Plaza Centenário, o Centro
Empresarial Nações Unidas entre outros.
Tendências
Mantido o mesmo ritmo de crescimento experimentado na última década e
com um estoque de terrenos superior a 350.000m2, é possível prever que esta
ocupação tenha potencial para adicionar cerca de 600.000m² úteis de
escritórios ao estoque existente. O que, certamente, continuará mantendo o
interesse de incorporadores e investidores, com vistas a novos lançamentos
para empresas em busca de produtos de alto valor agregado.
pessoas que ali moram e também para a qualidade de vida das grandes
cidades. Há outro campo aberto que é do micro paisagismo em interiores,
que trabalha em micro escalas. Este trabalho representa um campo maior
de atuação, já que os projetos de grandes espaços não surgem todo o dia.
Não se trata de selecionar apenas pela região onde estes prédios estão
inseridos, nem somente pelo tamanho da obra. Foram também considerados
aspectos como a complexidade do programa, a atualidade dos materiais e
tecnologias utilizadas, a eficiência, a rapidez e competência com que estes
grandes (e também médios e pequenos) escritórios de Arquitetura utilizaram.
Uma ousadia diante do conservadorismo que ainda paira sobre este
mercado, que visa um retorno financeiro seguro e não aceita mudanças
radicais na questão arquitetônica e urbana.
Partido Arquitetônico
Fig. 69 Planta da Torre de Escritórios
Fonte: Revista Projeto Design no 193 jan/fev
96
Os volumes resultantes se
justapõem, ocupando a área
legalmente disponível, que varia
em função da cota. A solução
resultante é ainda a de
placa/torre: torres de diferentes
alturas (26 pisos para os
escritórios, 16 para o hotel e 3
pisos para o
shopping/convenções) sobre um
grande embasamento.
Fig. 70 Detalhe da treliça espacial metálica
Fonte: Revista Projeto Design no 193 jan/fev 96
Tecnologias Utilizadas
Em termos de infra-estrutura de apoio, o complexo reúne requintes de alta
tecnologia e oferece os serviços mais avançados de automação predial.
O estacionamento, comum a
todo o conjunto, acomoda
2.100 vagas em cinco subsolos,
com folga de cerca de 600
vagas em relação aos limites
estabelecidos pela legislação.
Na cobertura do hotel, um
heliponto tem capacidade para
atender a helicópteros de
grande porte, com até 14
passageiros.
Fig. 77 Torre do Hotel- WTC-SP
Fonte: Revista Projeto Design no 193 jan/fev 96
Embora a maioria dos autores de edifícios altos opte por plantas que tendem
ao quadrado, com core central de circulação e serviços, Bratke tem
preferido soluções mais longitudinais. De qualquer maneira, ele afirma que o
mais importante é que as soluções de circulação vertical aconteçam de
maneira mais compacta, permitindo menor perda de espaço em área
comum e conseqüentemente aumentando a área útil. Verificou também
que os halls, que costumam ser pequenos, precisam de mais espaço, por
receberem um grande fluxo de pessoas, constituindo-se ainda em um local
de espera. As novas exigências que vem sendo feita são os locais para lojas
no térreo. Na região da Berrini, anteriormente esse pavimento destinava-se a
estacionamento, evitando a existência de vários subsolos, pois a tecnologia
para realizá-los era muito onerosa.
Partido Arquitetônico
O terreno onde se localiza o Plaza Centenário já possuía um edifício de baixa
altura e com grande ocupação do terreno. Isso colocou problemas quanto
à melhor forma de aproveitamento do lote restante. Havia duas soluções
possíveis: ou se faziam dois prédios baixos - um atrás da edificação existente
e outro no local em que foi erguido o Plaza Centenário - ou apenas um
muito alto. Os empreendedores optaram pela segunda, embora fosse a mais
cara, seria a mais imponente.
Tecnologias Utilizadas
Buscou-se utilizar a experiência de alta tecnologia de construção,
adaptando-a ao orçamento e ao clima brasileiro. O sistema de segurança
contra incêndio, segurança patrimonial e automação é bastante sofisticado,
seguindo os mais recentes padrões em edifícios desse tipo.
1- triagem
2- hall
3- foyer
4- acesso ao restaurante
5- elevador
6- exposições
7- cabine de proteção
8-auditório/convenções
9- palco
10- auditório 2 e 3
11- reunião
12- tradução
13- sala de apoio
14- slide desk
15- administração
16- sala de computação
17- diretoria do centro conv.
18- sanitários
19- serviço médico
20- telefone/xerox
21- serviço de imprensa
22- lanchonete
23- copa
24- sala de comando
25- monta-cargas
4.3 Birmann 21
Empreendimento pioneiro em uma região da cidade de São Paulo que,
graças às facilidades de acesso, tem acentuada vocação para acolher
grandes escritórios, o edifício Birmann 21 foi concebido pelo escritório norte-
americano SOM - Skidmore, Owings & Merril e desenvolvido e adaptado às
normas e realidade brasileiras pelo escritório Kogan - Villar.
A escolha dos arquitetos para definir esse novo marco buscou também
inovar o mercado imobiliário, unindo experiência e ousadia. Com sua
trajetória de mais de 35 anos no mercado brasileiro, caracterizados por um
trabalho sério e voltado ao emprego e desenvolvimento de novas técnicas
construtivas, a Kogan - Villar foi selecionada para trabalhar em equipe com
o experiente e tecnicamente capacitado Skidmore, Owings & Merrill, de
Nova York, um dos maiores escritórios do mundo. Os resultados são linhas
arquitetônicas arrojadas abrigando avançados recursos tecnológicos.
Partido Arquitetônico
A concepção inicial idealizada pelo
SOM foi sendo aperfeiçoada,
melhorada e alterada na medida das
necessidades, com a ampla
participação dos parceiros brasileiros.
Trata-se, de fato, de uma co-autoria.
Fig. 85 Implantação
Fonte: Revista Projeto Design no 193 jan/fev 96
A concepção volumétrica da
torre realiza um interessante
jogo com três tipos de grelhas,
dispostas de maneira a sugerir
o encaixe superposto: uma
grelha estrutural com vãos mais
fechados, revestidos com
granito vermelho, voltado
basicamente para as fachadas
norte e oeste, mais ensoladas,
mas que revela sua presença
“fechando” o volume na altura
do coroamento da torre; outra grelha de vãos mais abertos, revestidos com
granito rosado, voltado basicamente para as fachadas leste e sul, menos
ensoladas; e a grelha formada pelos perfis de alumínio, situada no lado
externo e sustentam a cortina de vidro
que se superpõe parcialmente sobre a
fachada sul, destacada do solo pelos
seus pilares cilíndricos.
Fig. 86 Detalhe da fachada
Fonte: Arquivo Pessoal
Com áreas variadas de laje, o andar-tipo possui grandes vãos livres, já que a
maior parte dos pilares foi localizada na periferia do andar. A sua
concepção, com lajes de até 1 460m2 de área total e até 1 250m2 de área
útil, permite um elevado índice de aproveitamento.
Tecnologias Utilizadas
A altura de 4m de piso a piso garante um pé-direito livre de 2,75m, contando
com piso elevado em toda a área reservada para escritórios e forro
modulado e removível, facilitando a paginação de luminárias de difusores e
conferindo flexibilidade para os diferentes tipos de escritórios.
Ao todo, são três torres que compõem o partido principal — a torre Oeste, a
Norte e a Leste, destacando-se a Norte como a mais alta delas, com 36
pavimentos, 164 m de altura, e quatro subsolos. As outras deverão ter 23
pavimentos, 135m de altura, e o mesmo número de subsolos. O projeto inclui
ainda um Centro de Convenções e um Conjunto Comercial de Apoio, além
Partido Arquitetônico
Segundo Rubin — “havia esse terreno com um ponto de interrogação, onde
caberiam x m2 de escritórios. Nós poderíamos dividí-lo e construir ali prédios
diversificados. Poderíamos também, de acordo com o projeto original,
construir quatro edifícios iguais colocados em cruz ou em outra forma, mas
curiosamente desde os primeiros esboços feitos a mão livre, havíamos
pensado em projetar três torres, sendo uma dominante e duas menores. Às
vezes, o primeiro impulso conduz a uma solução, mas é necessário submetê-
la a uma série de checagens de alternativas, até se chegar à proposta
final”. Houve também, durante o desenvolvimento do projeto, um processo
de evolução na percepção da verdadeira demanda de mercado.
Cada torre terá acesso exclusivo, elevadores, além de escadas rolantes que
farão a conexão entre o subsolo e o térreo, cujas garagens possuem
capacidade para mais de 3.500 vagas.
Tecnologias Utilizadas
Torre Oeste
A primeira torre a ser concluída foi a torre Oeste, em 1998, pela construtora
HOCHTIEF do Brasil S/A. Sua área construída é de 76.655,75m2 com 138m de
altura. Ela foi concebida para ser um edifício de escritórios tendo seu andar
tipo com uma área de 1.110,00m2. Podemos destacar como característica
técnica desta torre a concepção arquitetônica da planta do andar tipo,
onde há um deslocamento do core (elevadores e equipamentos), do centro
de gravidade do andar, para o centro ao fundo permitindo assim um
espaço ideal para instalações em landscape.
A fachada é formada por uma grelha em granito polido cinza feita por uma
paginação em placas de 2.60m x 1.40m colocadas com grampos metálicas
sobre o pré-moldado. Destaca-se também outro novo sistema tecnológico
que foi o uso do gesso acartonado, usado como vedação para
acabamento interno na periferia das fachadas.
Fig. 94 Torre Oeste
Fonte: Arquivo Pessoal
Torre Norte
A reformulação do projeto da Torre Norte trouxe o core do edifício para o
centro, como forma de valorizar a área de carpete dos pavimentos. Com a
mudança, a região do entorno do core ganhou lajes planas e os vãos entre
os pilares saltaram de 3,75m para 7,5m. No core central, porém, foram
mantidas as lajes e vigas convencionais.
A administração predial das torres e áreas comuns do Cenu está sendo feita
pela Tishman Speyer-Método. A administração se estende também a área
de varejo em construção entre as torres, que terá acesso ao Shopping D&D e
World Trade Center. Além de parceira na administração predial com a
construtora Método, a Tishman Speyer responde pelo desenvolvimento e
gerenciamento da obra.
Torre Leste
A terceira torre, a torre Leste, da mesma altura da torre Oeste com 138m,
inicialmente foi projetada para ser uma torre de escritórios, agora está sendo
desenvolvida para comportar o Hotel Hilton, com 506 apartamentos.
No último subsolo, estão a caixa d’água, com 500 mil litros e os reservatórios
de esgoto, águas pluviais e águas servidas, equipados com bombas
submersíveis.
Centro Comercial
Interligando as três torres foi erguido um centro comercial, prevendo uma
população máxima flutuante de 9.000 pessoas, oferecendo equipamentos,
serviços e comércio.
O projeto deste centro foi concluído em 1999, com uma área de 4.222,45m2,
interligado em prolongamento ao mini-shopping e a praça de alimentação
do World Trade Center, completando um grande complexo de
equipamentos a disposição de um público que abrange um perímetro
maior, servindo a todo bairro.
Estacionamento
Finalizando este complexo temos a área de estacionamento com um total
de 132.700.00m2, cinco subsolos com 3.600 vagas. Possui dois sistemas de
rampas duplas em tesoura, (uma em cada canto do terreno), uma rampa
com sentido reversível e uma rampa especial de serviço para abastecimento
do centro comercial e acesso de caminhões para mudanças, totalizando
seis rampas.
Fig. 107 Maquete Eletrônica do
Complexo CENU e prédios vizinhos
Fonte: bolsa de imoveis
Legenda:
1 - Torre Oeste - Prédio de Escritórios e
Centro de Convenções
2 - Torre Norte - Prédio de Escritórios
3 - Torre Leste - Hotel Hilton - em
construção
4 - Shopping Nações Unidas
5 - Hotel Meliá
6 - WTC - Prédio de Escritórios
7 - Shopping D&D
8 - Corredor subterrâneo que faz a
ligação dos complexos WTC e CENU
9 - Acesso pela rua Arizona
10 - Acesso pela Marginal Pinheiros
9 Controle de Demanda
9 Controle do Fator de Potência
9 Automatismo de partida de geradores e transferência de cargas
9 Controle de Iluminação
9 Otimização do Consumo – por exemplo, Programação Horária.
As preocupações acima listadas levaram os sistemas de automação predial
ou sistemas específicos de controle de grandezas elétricas a se interligarem
para supervisionar e controlar:
9 Transformadores;
9 Disjuntores de alta e baixa – tensão;
9 Quadros de alimentação de equipamentos;
9 Centrais de medição de grandezas elétricas;
9 Controladores de demanda:
Registradores Digitais de Tarifação Diferenciada (RDTD),
Registradores Digitais de Média Tensão (RDMT),
Registradores Digitais Eletrônicos (REP), que possuem canal serial de
comunicação;
9 Controladores do fator de potência,
9 No-break’s: alguns tendo microprocessadores em seu controle e
comunicação serial;
9 Grupos geradores: geradores de energia autônomos, geralmente a óleo
ou gás, que fornecem energia quando há queda no fornecimento.
Para permitir diminuir o consumo de energia junto à concessionária nos
horários de ponta são utilizados nos edifícios com alta tecnologia diversos
mecanismos, sendo os comumente encontrados: tanques de gelo ou
piscinas de água gelada no condicionamento ambiental (termo –
acumulação).
Caso CENU - SP
Para abastecimento de energia, o Cenu possui uma estação de média
tensão de 34,5KV, com dois circuitos redundantes (chaveamento eletrônico
em caso de falha). A potência instalada apenas da Torre Norte é de 7,5
MVA. A subestação emprega disjuntores a gás SF6 e transformadores a seco,
que fazem a conversão de 34,5 KV para 380V. Para abastecimento de
energia em emergências, o edifício conta com geradores de energia
Caterpillar de comando digital com capacidade total de 1000 KVA.
Fig. 111 Projeto Elétrico/iluminação instalado na sala de força facilita a visualização dos
pontos de controle - CENU
Fonte: Arquivo Pessoal
Fig. 112 Sala de força controle total dos 3500 pontos de energia da torre Norte - CENU
Fonte: Arquivo Pessoal
5.1.2 Hidráulico
O principal motivo para modernizar as instalações hidráulicas é operacional,
como eliminar vazamentos ou modificar a distribuição das tubulações nos
ambientes.
Caso - CENU
Num exemplo típico de
aplicação de sistemas de
automação predial, este
pode monitorar os níveis
dos reservatórios e em
função destes providenciar
ou não o acionamento de
bombas.
Fig. 113 Sala de instalações
hidráulicas e de incêndio - CENU
Fonte: Arquivo Pessoal
Caso - CENU
A Torre Norte, incluindo seus subsolos dispõe de um sistema de proteção
contra incêndio, tendo sprinklers distribuídos por todo o imóvel. Existem
detectores de fumaça espalhados por todas as áreas comuns, sete pull
stations por andar e alarmes. Além dos sistemas de detecção, cada andar
possui quatro hidrantes e extintores.
Caso - CENU
O sistema de ar condicionado da
Torre Norte conta com uma central
de água gelada com capacidade
para 2.100 TR, produzida por três
torres York de 700TR. Cada um dos
pavimentos é dotado de dois
faincoils e 18 caixas de volume de
ar variável (VAV), correspondentes
a 18 zonas de temperatura
diferentes por andar.
Podemos dizer que existem duas formas básicas de distribuir os cabos para
alimentação dos sistemas de dados, voz, vídeo e automação de uma
edificação. A primeira, pelo método convencional, adota sistemas rígidos e
fixos. Esses sistemas, bastante conhecidos, não permitem flexibilidade nas
conexões – caso dos cabos de telefonia, desaconselhados para a
comunicação de dados – e não admitem mobilidade no momento de
alterar o layout do ambiente, podendo exigir a presença de técnicos
externos de manutenção, além da interrupção da rotina de trabalho e dos
custos a cada alteração de projeto. A esses inconvenientes acrescente-se a
Caso – WTC - SP
O World Trade Center de São Paulo é um bom exemplo de empreendimento
que adotou o cabeamento estruturado. Para atender a demanda, o
complexo dispõe de salas exclusivas de equipamentos para as
concessionárias Telesp e Embratel (rádio e dados), entroncamento com rede
pública em fibra ótica, central de PABX CPA do tipo DDR (processo de
estabelecimento de chamadas pelo qual o usuário da rede pública tem
acesso direto aos ramais sem auxílio da telefonista), sistemas de
videoconferência e de Pager privado.
5.3 Segurança
Os sistemas de segurança foram inicialmente introduzidos com a finalidade
de proteger as pessoas e propriedades dos intrusos. Desenvolvimentos
posteriores permitiram a estes sistemas a realização de outras tarefas de
segurança tais como detecção de incêndio, monóxido de carbono,
radiações e outros perigos.
• Estação do ano
• Horário de funcionamento
Intrusão
Pode-se compreender o conceito de segurança física de um edifício, como
o controle de acessos e a detecção de intrusão. O sistema utilizado para o
controle de acessos pode ser um cartão de segurança, utilizando um simples
cartão magnético, um Smart Card, um sensor de ocupação, voz, impressões
digitais, ou leitores de retina. Os últimos três ainda são muito dispendiosos e só
são utilizados em instalações especiais. Todo o acesso ao edifício poderá ser
controlado por portas automáticas consecutivas.
Fig. 123 Fechadura High Tech com sistema de códigos
Fonte: http://images.google.com
Smart cards são cartões padronizados tipo cartão de crédito com um chip
microcomputador embutido. Eles podem ir desde os simples cartões com
chip aos sofisticados cartões com microprocessador. Existe tecnologia Smart
Card desde 1987 sendo utilizada em todo o Mundo. São utilizados como
cartões de saúde, cartões de telefone, TV a cabo, decodificadores de
variados sistemas, cartões de crédito e muito mais.
memória estão todas limpas, ele não é reutilizável. Esta tecnologia é utilizada
em aplicativos de baixo valor.
Monitoração e Controle
A utilização de fontes de energia alternativas e de equipamentos de
conversão de energia de elevado rendimento é uma das vias para um
melhor aproveitamento dos recursos disponíveis. A monitoração e o controle
destes equipamentos são essenciais para que a sua utilização seja efetuada
de um modo eficaz. A aplicação de sistemas de controle e gestão de
energia e o desenvolvimento de novas técnicas, dispositivos e algoritmos
para aumentar a potencialidade destes sistemas são também um setor de
atividade de grande importância.
Caso CENU - SP
O tempo de espera de elevadores e as muitas paradas até que se chegue
ao pavimento desejado são algumas das causas de maior irritação de quem
freqüenta grandes edifícios. Os empreendedores da Torre Norte acreditam
ter resolvido o problema.
Complementando, um elevador
jumbo, que serve a todos os andares,
ou seja, do 3o subsolo ao 35o
pavimento, se destina exclusivamente
ao transporte de cargas e situações
de emergência.
Todo o sistema de
circulação vertical interliga-
se ao controle de portaria,
impedindo o acesso de
pessoas sem identificação,
Os elevadores fazem
também a memorização de
fluxo e trajeto para
racionalizar as operações de deslocamento.
Retrofit
A busca de economia, a preocupação com a estética e a necessidade de
aumentar a velocidade de transporte motivam a modernização de antigos
elevadores.
Modernizar
Primeiramente é importante planejar financeiramente a modernização de
forma que os custos se ajustem ao fluxo de caixa do condomínio e não
sejam amortizados de uma única vez. A reforma de um elevador, em geral, é
bastante cara.
Fig. 131 Sistema de triagem – o usuário escolhe o andar de visita antes de acessar o
elevador. De imediato o terminal calcula qual carro está mais preparado para atender a
chamada e indica ao usuário o número do elevador disponível, eliminando a botoeira
interna e reduzindo o tempo das operações.
Fonte: Revista Téchne no 59 Fev 2002
Dos anos 80 para cá, o Brasil vem presenciando uma pequena revolução
arquitetônica. Os prédios ficaram mais modernos, o uso de iluminação e
elevadores inteligentes aumentou, assim como o de materiais
tecnologicamente mais avançados, como o gesso acartonado.
Acústica arquitetônica
Caso Citibank - SP
O prédio do Citibank, na avenida Paulista, construído em 1986, é um
exemplo. O projeto arquitetônico é de Gianfranco Gasperini e o padrão de
excelência acústica é muito alto. O prédio é constituído de escritórios
panorâmicos onde foi preciso buscar uma síntese completa entre o conforto
acústico e a operação do edifício.
falantes sobre o forro, que imita o barulho de chuva. É muito baixinho, quase
imperceptível, mas funde-se com o som do ar-condicionado e mascara as
vozes do ambiente.
9 Gestão de reclamações;
No Brasil
A função de building manager, também chamada de administrador predial
ou gerente de condomínios é relativamente nova no mercado brasileiro.
Surgiu na metade da década de 90 graças ao “boom” dos Edifícios
Inteligentes, localizados principalmente nas regiões das avenidas Paulista,
Faria Lima e Luiz Carlos Berrini.
Fladt, que fala fluentemente inglês e alemão, trabalhou apenas cinco anos
como agrônomo e depois ingressou no setor imobiliário. Aprendeu os
segredos das atividades de avaliação e locação de imóveis, que hoje são
fundamentais no seu dia-a-dia. Depois de ingressar na Jones Lang La Salle,
recebeu, no início do ano passado, o convite para ser o building manager
do WTC.
Para dar conta do recado, ele precisa, entre outras coisas, conhecer a
legislação que rege o mercado imobiliário e como funcionam os sistemas de
ar condicionado e de telecomunicações (será dele, por exemplo, a
responsabilidade caso ocorra algum problema de comunicação durante
uma teleconferência).
O mercado de edifícios "Triple A" vem aumentando nos últimos anos, pois o
perfil do mercado começou a mudar com a chegada de empresas
multinacionais, que necessitavam de áreas maiores e os mesmos padrões
sofisticados dos mercados europeus e norte-americanos. Esse padrão de
prédio vem sendo desenvolvido principalmente em regiões nobres que
Além disso, a demanda por edifícios "Triple A" vem aumentando a cada ano
e, em 2000, a absorção líquida foi o equivalente ao volume dos 3 anos
anteriores, cerca de 150.000m² úteis, o que representa 28% do estoque total.
Aquele clima de otimismo, que não ocorria no Brasil desde 1998, pôde ser
comprovado pelos números do mercado imobiliário de São Paulo de 2000.
Principalmente quando analisamos o segmento de edifícios de primeira linha
(produto muito procurado por empresas de grande porte, tanto nacionais
como estrangeiras), notou-se que os níveis de demanda estiveram muito
mais altos do que os de oferta, tendência que permaneceu em 2001, já que
a entrega de novo estoque deste padrão para o período representaram um
volume aproximadamente 38% inferior ao entregue em 2000.
Gráfico 3- (*) A partir dos números levantados em pesquisa de campo pela Jones Lang
LaSalle, foi feita análise do comportamento do mercado de escritórios de São Paulo e
projetou-se as seguintes tendências.
Fonte: http://www.torrenorte.com.br/mercado.htm
Sobre os postos de trabalho pode-se afirmar que o conforto dos usuários foi o
item primordial para que houvesse essa verdadeira revolução nos escritórios.
Não atenta-se somente aos aspectos de ergonomia, dos layouts e da
utilização dos equipamentos de alta tecnologia, mas a todas as mudanças
ocorridas dentro das empresas que aderiram a tais mudanças, colocando
abaixo toda divisão de hierarquia dentro do ambiente de trabalho,
literalmente!
Continuidade da Pesquisa
O assunto em questão é muito complexo e nos permite uma vasta gama de
abordagens diferentes.
Como sugestão para pesquisas futuras, pode-se citar o estudo das fachadas
inteligentes, que estão sendo usadas nos Edifícios de alta tecnologia, por ser
um assunto interessante, atual e de grande viabilidade econômica, e que
atualmente vem tendo grande procura no mercado de trabalho por
empresas da área de alta tecnologia. Outra sugestão seria a administração
dos edifícios inteligentes, um novo caminho que abrange uma área
multidisciplinar e que cada vez mais está sendo empregada no Brasil.
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