Tecnologias Semióticas em Enfermagem Clínica Dermatológica - Gustavo Lopes
Tecnologias Semióticas em Enfermagem Clínica Dermatológica - Gustavo Lopes
Tecnologias Semióticas em Enfermagem Clínica Dermatológica - Gustavo Lopes
Florianópolis
2018
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Florianópolis
2018
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AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, André e Aliciana, não poderia negar, que em tudo que faço revela um
pouco dos seus bons traços, aparentemente, fazendo parte do que sou. Agradeço o esforço
de cada um, que em época universitária, dividiram esta mesma etapa que realizo e em
mesma instituição, com a incomensurável vivência da paternidade/maternidade.
Agradeço por me abrirem caminhos, de seus diferentes modos.
Ao meu avô Sérgio Lopes e minha tia, embora não goste de ser chamada ao título (mas é
tia afinal) Priscila Lopes, agradeço por serem minha raiz forte nos momentos em que
precisei e por acompanharem tão de perto minha formação, nestes nossos momentos
família, tão intimamente nossos.
Ao meu grande amor, Pattrícia, meu mais difícil agradecimento curto, por não faltar
palavras, agradeço o companheirismo incondicional, o constante encorajamento e apoio
nesta etapa, assim como, em todas as outras. E por dividir comigo os sabores de realizar
esta pesquisa, com imenso incentivo e carinho.
Aos meus irmãos mais novos, Isaac e Pedro, que desejo os melhores caminhos e também
a todos os demais familiares e os amigos de longa data, que tanto estimo, agradeço por
todo os bons sentimentos estendidos a mim agora e sempre.
Agradeço a minha orientadora Dra. Maria Elena, que tanto me inspira em seu
conhecimento, e que mostrou não existir impedimentos para concretização de ideias,
apoiou e orientou grandiosamente meu projeto.
Agradeço também aos membros da minha banca, escolhidos por serem inspiração ao que
estudo, Dra. Sayonara, Ms. Maria Terezinha, Dra. Natália e Dra. Fernanda.
Aos amigos cúmplices da mesma jornada, demais professores e pacientes que se tornaram
amigos nessa trajetória, com muito carinho durante o curso, dedico meu agradecimento e
oportunidade de lhes dizer que não teria sido tão fácil chegar até esta realização sem o
apoio que tive, os quero infinitamente bem.
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RESUMO
LISTA DE QUADROS
LISTA DE FIGURAS
CE – Consulta de Enfermagem
ET - Enfermeiro Estomaterapeuta
LW – Luz de Wood
USG – Ultrassonografia
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................15
1.1 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO....................................................................... 19
2 OBJETIVOS............................................................................................................... 22
2.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................... 22
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................ 22
3 REVISÃO DA LITERATURA................................................................................. 23
3.1 ENFERMAGEM NA AVALIAÇÃO DERMATOLÓGICA............................ 23
3.1.1 Os Cenários da Avaliação da Pele........................................................ 24
3.1.2 Especialistas no Estudo da Pele............................................................ 29
3.1.2.1 Enfermagem Dermatológica........................................................29
3.1.2.2 Enfermagem Estética...................................................................31
3.1.2.3 Estomaterapia.............................................................................. 32
3.1.2.4 Enfermagem em Feridas..............................................................34
3.1.2.5 Enfermagem Forense...................................................................35
3.1.3 Diagnose em Enfermagem Dermatológica Clínica.............................37
3.1.4 Semiologia e Semiotécnica.....................................................................39
3.1.4.1 Etapas do Exame Físico..............................................................39
3.1.4.2 Semiologia em Enfermagem Clínica Dermatológica...................41
3.1.4.3 Lesões Elementares......................................................................42
3.1.4.3.1 Alterações da Cor..........................................................43
3.1.4.3.2 Formações Sólidas e Coleções Líquidas.......................45
3.1.4.3.3 Alterações de Espessura............................................... 46
3.1.4.3.4 Perdas e Reparações Teciduais....................................47
3.1.4.4 Mucosas.......................................................................................46
3.1.4.5 Fâneros.........................................................................................48
3.1.4.6 Feridas e Estomias.......................................................................49
3.2 TECNOLOGIAS DA SEMIÓTICA CLÍNICA.................................................51
3.2.1 Tecnologias Semióticas da Dermatologia Clínica................................51
3.2.1.1 Tecnologias da Interação Luz-Tecido......................................... 53
3.2.1.1.1 Lanterna Clínica...........................................................54
3.2.1.1.2 Luz de Wood..................................................................55
3.2.1.1.3 Termometria Infravermelha..........................................57
3.2.1.1.4 Oxímetria........................................................................58
14
3.2.1.1.5 Venoscópio.....................................................................61
3.2.1.2 Tecnologias Ecográficas.........................................................................62
3.2.1.2.1 Utrassonografia.............................................................63
3.2.1.2.2 Doppler..........................................................................64
3.2.1.3 Tecnologias do aumento de imagem.......................................................66
3.2.1.3.1 Dermatoscópio...............................................................67
3.2.1.3.2 Lupa Clínica...................................................................67
3.2.1.4 Tecnologias da Captação de Imagem.....................................................68
3.2.1.4.1 Fotografia Clínica..........................................................68
3.2.1.5 Tecnologias da Biomecânica da Pele......................................................72
3.2.1.5.1 Analisador da Umidade, Ressecamento e Elasticidade
Cutânea..............................................................................................................................72
3.2.1.5.2 Diascopia........................................................................73
3.2.1.6 Tecnologias dos Exames Laboratoriais...................................................74
4 MÉTODO .................................................................................................................... 76
4.1 TIPO DE ESTUDO ............................................................................................... 76
4.2 CENÁRIO DO ESTUDO ..................................................................................... 76
4.3 PARTICIPANTES DO ESTUDO ........................................................................ 76
4.4 COLETA DOS DADOS ....................................................................................... 78
4.5 ANÁLISE DOS DADOS ...................................................................................... 80
4.6 ASPÉCTOS ÉTICOS ............................................................................................ 82
5 RESULTADOS........................................................................................................…84
5.1 MANUSCRITO - TECNOLOGIAS SEMIOLÓGICAS APLICADAS A
ENFERMAGEM CLÍNICA DERMATOLÓGICA.........................................................84
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............…………………………………...............…113
REFERÊNCIAS …….........……………………….......……………................….…115
APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido...................……..…133
APÊNDICE B – Instrumento de Pesquisa..........................................……....…….…136
ANEXO A – Parecer Consubstanciado do CEP................………….......…….....….143
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1 INTRODUÇÃO
Além deste microbioma, a pele também possui barreiras químicas que mantém a
umidade e o manto ácido da pele, barreiras físicas como queratinócitos que preservam a sua
estrutura, e barreira imune compreendendo as células imunes inatas e adaptativas, que são
residentes ou recrutadas para a pele. Portanto, trata-se de um órgão ativo e não apenas uma
barreira mecânica inerte, apresenta diferentes níveis de proteção em uma rede funcional e
altamente interconectada de células e mediadores que permitem medidas de defesa
equilibradas para proteger o corpo e manter a integridade cutânea, detectando sinais de
perigo, protegendo contra patógenos e montando respostas de memória EYERICH et al.,
2018).
cutâneas. Porém, um olhar global também mostra dados preocupantes de lesões que
impactam todo o contexto mundial, como o caso das feridas crônicas em que a prevalência
mundial se encontra entre 0,5% a 2%, a psoríase entre 2 e 3% e as feridas neoplásicas entre
5% a 10%. Ainda, a hanseníase reportada em 2016, em 143 países com 214.783 casos novos,
representando uma taxa de detecção de 2,9 casos por 100 mil habitantes, a leishmaniose
visceral que notifica 500 mil novos casos anualmente e tantas outras situações de pele
manifestadas internacionalmente (SILVEIRA; PELEGRINA NETO; FERREIRA, 2017;
NOGUEIRA et al., 2017; AGUIAR; RODRIGUES, 2017; BRASIL, 2018).
Este tipo de cuidado, pode ser classificada como tecnologia dura, a qual caracteriza-
se pelo uso de equipamentos que fazem referência ao desenho de artefatos e à planificação
da sua realização, operação, ajuste, manutenção e monitoramento. É importante destacar,
que este tipo de tecnologia no processo de trabalho em saúde e também à luz do
conhecimento científico, soma-se aos tipos de tecnologia classificados como tecnologia
leve-dura, aquelas próprias dos saberes estruturados, como normas, protocolos,
conhecimentos, e tecnologia leve, aquelas das teorias e relações (MERHY, 1998).
Neste sentido, posso dizer que esta pesquisa se torna parte de um acerto contas que
tenho comigo mesmo, para a busca de conhecimento nesta temática, já que, durante o meu
processo de ensino estes saberes me despertaram grande interesse e motivação para
aprofundar nestes estudos, realizar esta assistência e ainda, fazer parte da construção
contínua de aprimoramento da prática clínica da enfermagem dermatológica. A vivência
direta neste setor, já me proporcionou compreender que uma avaliação clínica de lesões de
pele possui um dinamismo que requer, além de conhecimento teórico, habilidades práticas e
condições que facilitem a correta compreensão dos multifatores relacionados a se avaliar.
Além disso, posso afirmar que não existe avaliação clínica do enfermeiro que não considere
também a saúde da pele, e não existe avaliação da pele que não considere a ótica dos saberes
semiológicos.
2 OBJETIVOS
Conhecer quais das tecnologias semióticas levantadas já fazem parte da prática clínica
de enfermagem na atenção à saúde da pele por profissionais atuantes deste campo;
3 REVISÃO DE LITERATURA
Para tanto, para a construção desta revisão, buscou-se artigos científicos, livros
base, teses de mestrado e doutorado, regulamentações profissionais e políticas públicas
relacionados às temáticas de semiologia da pele, avaliação e diagnose dermatológica em
enfermagem e tecnologias semióticas utilizadas para avaliação clínica da pele. Os materiais
analisados, a seguir, são apresentados segundo temáticas. Essa organização visou o
aprofundamento do conhecimento sobre os conteúdos de avaliação clínica de enfermagem e
tecnologias em saúde.
Apesar de que as doenças de pele ainda figuram entre as três primeiras causas de
demanda aos serviços de saúde, existiram grandes avanços na saúde pública que
proporcionaram a redução de alguns agravos dermatológicos. O abandono da visão da saúde
como atenção meramente curativa, individual e isolada do contexto social para assumir um
modelo de proporções mais amplas, promovendo a integralidade das ações em saúde, teve
grande impacto neste resultado. As principais estratégias de medidas preventivas destas
doenças estão sendo realizadas pelas equipes multiprofissionais da Atenção Primária à
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manter a observação criteriosa dos fatores locais, sistêmicos e externos que condicionem o
surgimento de lesões de pele ou interfiram no processo de cicatrização. A visão clínica,
permite a avaliação de todas as características do ferimento, o estágio de cicatrização, sua
etiologia, os tipos de tecidos envolvidos, e muitas outras condições de saúde (exemplo:
hipertensão, diabetes mellitus), aspectos nutricionais, infecciosos, medicamentosos, entre
outros, a qualidade do cuidado educativo. Salienta-se a importância da habilidade e do
conhecimento, uma vez que isto permitirá a escolha correta de intervenções e da cobertura
mais adequada conforme os aspectos e evolução da lesão (MORAIS; OLIVEIRA; SOARES,
2008).
Estas ações podem ser realizadas em distintos ambientes, tais como, Unidade de
Terapia Intensiva quais as lesões podem ser mecânicas, laceradas, químicas, térmicas, lesões
por eletricidade ou radiação, incisas, contusas, perfurantes, ulcerativas, lesões de
escalpelamento do couro cabeludo, lesões oncológicas, psoríase, esclerodermia, entre outras
(PIANCÓ et al., 2013).
novos de câncer de bexiga. Esses dados revelam que haverá crescente demanda dos cuidados
especializados de enfermagem neste cenário (FURTADO; PETUCO; SILVA, 2018). A sua
atuação perpassa desde a demarcação do local deste estoma, até aos cuidados com a mucosa
e pele periestomia, além do cuidado com fistulas e as condições funcionais do estoma
(SOBEST, 2017).
Porém, não seria possível deixar de citar o cenário que precede todos os outros já
citados, que é o cenário avaliativo do enfermeiro docente, sendo a reminiscência do
conhecimento em qualquer área de estudo da enfermagem. O enfermeiro docente tem a
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No Reino Unido, após uma série de mudanças legislativas entre 1992 e 2006, os
enfermeiros britânicos passaram a ter direitos de prescrição farmacológica ampliada. Este
contexto tem proporcionado uma maior abertura de clínicas de enfermagem dermatológica
no país (CAREY; COURTENAY; STENNER, 2013). Em uma pesquisa realizada no Reino
Unido em 2005, constatou-se que quase 75% dos enfermeiros prescrevem medicamentos
dermatológicos, e que a maioria destes profissionais se encontra na atenção primária lidando
com quadros clínicos como os de eczema, infecções fúngicas, impetigo, acne e psoríase. Esta
prática não tem sido benéfica apenas para a população atendida, mas também para os
profissionais médicos, de modo que esta relação profissional se mostrou mais eficiente nos
serviços de saúde e independente no sentido que, médicos não são mais solicitados a assinar
prescrições para pacientes que não foram avaliados por eles, e enfermeiros estejam
respaldados diante seus saberes sólidos de enfermagem dermatológica para a condução de
uma terapêutica (CAREY; COURTENAY; STENNER, 2013).
que depende não apenas do seu conhecimento teórico, como de uma vasta experiência no
campo da dermatologia, utiliza também de uma organização sistemática do raciocínio clínico
de modo a direcionar a avaliação da pele, coletar evidências e histórico do agravo, levantar
os descritores da lesão, realizar uma revisão dos dados investigados, para finalmente
diagnosticar adequadamente a situação de pele e realizar intervenções coerentes (LIONS;
OUSLEY, 2015).
3.1.2.3 Estomaterapia
deva ser feita imediatamente, sem aguardo de consentimentos prévios. Até porque, a
documentação fotográfica das lesões pode ser usada para uma avaliação litigiosa, onde o
enfermeiro possa estudar o estágio de cura do processo de reparo tecidual e entender a
cronologia da violência, sendo que a justiça é sempre melhor servida com a objetividade dos
fatos (LYNCH; DUVAL, 2011).
A ausculta consiste na audição dos sons produzidos pelo corpo. Estes sons são
decorrentes da vibração das estruturas entre sua origem e a superfície corporal, podendo ser
captadas diretamente pelo ouvido do examinador - ausculta direta, ou com auxílio de
estetoscópio ou outra tecnologia- ausculta indireta, sendo avaliado a intensidade, frequência
e qualidade deste som (BARROS, 2015).
O exame físico do enfermeiro tem seus dados objetivos apoiados nas ciências
biológicas e a construção da anamnese de enfermagem tem profunda influência dos aspectos
41
A distribuição das lesões cutâneas pode ser identificada como lesões anulares
(circulares que começam em centro e se espalham em periferia), anelares (aglomeradas),
isoladas, agrupadas, circinadas (torcidas, espiraladas ou serpenteadas), em íris ou em alvo
(anéis concêntricos), lineares (uma linha), policíclicas (anulares que aglutinam-se) e
zosteriformes (linear – herpes zoster) (JARVIS, 2016).
observada nas escleras e mucosas. Também pode ser observado eritema nos tecidos, um
rubor da pele causado pela congestão dos capilares (PORTO; PORTO, 2014; JARVIS,
2016).
São elevações causadas por edema na derme ou hipoderme. Pápulas são elevações
sólidas da pele, palpáveis, de pequeno tamanho (até 1,0 em de diâmetro), superficiais, bem
delimitadas, com bordas facilmente percebidas quando se desliza a polpa digital sobre a
lesão. Inúmeras dermatoses se evidenciam por lesões papulares; exemplos: picada de inseto,
leishmaniose, blastomicose, verruga, erupções medicamentosas, e acne (PORTO; PORTO,
2014; JARVIS, 2016).
3.1.4.4 Mucosas
3.1.4.5 Fâneros
Uma boa avaliação das unhas (localizadas nas dorsais dos dedos das mãos e dos
pés) atentará para o tipo de implantação, espessura, brilho, ângulo de implantação, cor e
consistência, pois muitas alterações na unha ou no leito ungueal, refletem as anormalidades
locais ou sistêmicas em progressão ou decorrentes de eventos pregressos. O ângulo entre a
unha normal e sua base é de 160º, quando palpada sua base comumente é firme, tem apenas
uma curvatura lateral nítida, a superfície é lisa, brilhante, tem cor róseo-avermelhada, a
espessura e a consistência são firmes. O baqueamento da unha que pode acontecer devido
uma hipóxia, manifesta-se por uma retificação do ângulo normal, 180º ou mais, e o
amolecimento da sua base. (SMELTZER et al., 2014; JARVIS, 2016).
também em grande número. O exame completo deve ser realizado avaliando o leito da ferida
identificando tecido de necrose, granulação, fibrina, esfacelo, epitélio, exsudato, processo
inflamatório, coloração, odor, bordas e margens da ferida. Deve ser observado infiltração, a
extensão da ferida sob a superfície cutânea, tamanho em milímetros ou centímetros do
diâmetro, profundidade do ferimento e avaliar também a umidade, coloração, elasticidade,
irritação e descamação em tecido perilesional (SMELTZER et al.,2014).
A avaliação da pele periestomia pode estar examinando ainda lesões irritativas que
originam-se devido ao frequente contato do efluente sobre a pele, alérgicas aos produtos e
dispositivos utilizados, traumáticas por remoção dos dispositivos ou fricção exagerada na
51
sua limpeza, lesões por infecção bacteriana, infecção fúngica e lesões pseudoverrucosas
(FURTADO; PETUCO; SILVA, 2018).
Nos últimos anos diversos estudos têm pesquisado fontes eficientes de luz, como o
LASER - light amplification by stimulated emission of radiation (amplificação de luz por
emissão estimulada de radiação) que já existia em teoria desenvolvida por Einstein desde
1916, e o LED - light emitting diodes (diodo emissor de luz) desenvolvido pela NASA em
1998 (MUMIC; SILVA, 2015). A utilização da luz tem sido aplicada como ferramenta
terapêutica para inúmeras doenças e condições de pele, melhorando métodos eficientes de
54
A Luz de Wood (LW), inventada em 1903 por Robert Wood, tem sido utilizada
para avaliar profundidade de manchas, espessamento de pele e para definir extensão, grau e
localização de lesões dermatológicas. É aplicado na estética para detecção de discromias,
mas também auxilia na identificação de dermatofitoses, infecções bacterianas e leveduras. É
um dos equipamentos mais úteis para a diferenciação de pitiríase versicolor do eritrasma e
da dermofitose (OLIVEIRA; MAZOCCO; STEINER, 2002; MANELA-AZULAY et al.,
2010).
Não dispensa a avaliação com lanterna clínica de luz branca, mas pode
complementar o exame dermatológico. Lesões com pigmentação melânica discreta ou em
regiões com fotodano extenso, podem não apresentar visibilidade suficiente sob a luz branca
para distinção das áreas de pigmentação clara das áreas normais da pele, devido à falta de
contraste. A razão disto é que, principalmente, a derme reflete os comprimentos de onda
mais longos e, assim, reduz o contraste da imagem perceptível ao olho do examinador
(CASTRO et al., 2015).
O exame deverá ser realizado sobre a pele limpa e isenta de todas e quaisquer
substâncias. Devido a radiação ultravioleta, a luz não deve ser dirigida aos olhos. Neste
sentido, é preferível que o cliente permaneça com os olhos na hora da observação com
proteção ocular. É necessário criar previamente uma escuridão total na área que será
observada para a efetividade do exame. Se faz importante também, aguardar três a quatro
minutos com a luz acesa para aquecimento de modo a atingir o seu poder de radiação
máximo. A distância da luz, em relação a área da pele examinada, é recomendada em
aproximadamente 20-25 cm (SEELIG; LOPES; PAULA, 2012).
3.2.1.1.4 Oxímetria
Além desta tecnologia, a oximetria também pode ser mensurada pelo oxímetro
transcutâneo (FIGURA 8). Apesar de não entrar na categoria de tecnologias da interação luz-
tecido, é uma medida local não invasiva que reflete a quantidade de O2 que se difundiu dos
capilares através da epiderme, demonstrando a capacidade do corpo em fornecer oxigênio
aos tecidos. A mensuração do oxigênio transcutâneo reflete esta capacidade do estado
metabólico, que se torna importante tanto para a determinação da oxigenação vascular
periférica, quanto para quantificar de melhor forma o grau de comprometimento de uma
lesão e sua predição de cura, determinação do nível de amputação, avaliação de
procedimentos de revascularização e seleção de candidatos para oxigenoterapia hiperbárica
(PERIMED AB, 2018).
perfusão sanguínea e aumenta a pressão de oxigênio. Este calor dissolverá a estrutura lipídica
das células mortas, queratinizadas, na camada epidérmica, tornando a pele permeável à
difusão gasosa. No caminho, o oxigênio pode ser consumido pelas células se o metabolismo
for alto. Este eletrodo é do tipo Clarck, que permite medir a concentração deste oxigênio que
atinge a sua superfície catalítica (PERIMED AB, 2018).
3.2.1.1.5 Venoscópio
A sua aplicação para visualização dos vasos sanguíneos é diversa, e a sua utilidade
pode ser melhor explorada na avaliação dermatológica, já que permite verificar tanto calibre,
extensão e direção vascular. Pode estar presente na avaliação da presença de infiltrações
intravenosas, na avaliação do trajeto vascular que exija demasiada precisão como no caso de
neonatos e hemofílicos, ou até mesmo guiando procedimentos estéticos como o de
escleroterapia (YUCHA; RUSS; BAKER, 2015).
3.2.1.2.1 Ultrassonografia
Apesar de ter seu uso ainda pouco difundido pelos especialistas da pele, esta
tecnologia pode contribuir muito na definição de espessura de placas de psoríase, hanseníase
e esclerodermia. Também permite avaliar diâmetros, volumes e espessuras de reações
histamínicas (SILVA; CASTRO, 2010). Assim, pode ser utilizado no estudo de processos
inflamatórios (dermatoses inflamatórias, paniculite, granulomas), corpos estranhos, trauma,
cistos sebáceos e epidermóides, tumores benignos e malignos, possibilitando identificar
lesões profundas e impalpáveis, detectar alterações nos tecidos vizinhos, avaliar efeitos da
terapia com esteroides, identificar inflamações, infecções, hemorragias e fibrose cicatricial
(SILVA; CASTRO, 2010).
Transdutores com frequência maior que 15 MHz possibilitam uma melhor avaliação
de estruturas superficiais ampliando significativamente seu uso na avaliação de lesões
cutâneas, e anexos, pois possibilitam distinguir as camadas e estruturas cutâneas. Contudo,
equipamentos com frequência acima de 20 MHz são os que apresentam melhor resolução
para o estudo de estruturas superficiais (BARCAUI et al., 2014).
3.2.1.2.2 Doppler
Enfermeiros realizam exame com Doppler para avaliação dos pulsos pediosos,
tibial e poplíteo, manifestações clínicas da doença venosa e arterial e obtendo maiores
parâmetros para sua classificação da ferida e prescrição de cuidados de enfermagem a serem
implementados ao paciente. A Sociedade Brasileira de Estomaterapia apresenta, dentre as
competências do Enfermeiro Estomaterapeuta, o cálculo do ITB por meio da utilização de
Doppler vascular periférico para atividades relacionadas à prevenção e tratamento de úlceras
vasculogênicas de origem venosa, úlceras neurotróficas por Doença de Hansen, úlceras
vasculogênicas de origem arterial (diabética ou não) e úlceras diabéticas (COREN-SP,
2010).
Figura 11: Técnica de medida do índice sistólico tornozelo-braço por meio de Doppler
Em 1921, por primeira vez o termo “dermatoscopia” é citado por Johan Saphier,
quem destaca entre as aplicações: o estudo dos capilares da pele normal e patológica,
visualização de nevos e também salienta a sua utilidade para estudar os diferentes aspectos
67
3.2.1.3.1 Dermatoscópio
Pérez (2017) refere que é um equipamento importante parava avaliação das lesões
pigmentadas, assim como, reconhecimento precoce de lesões possivelmente malignas e tem
proporcionado maior clareza na presença de lesões não reconhecidas, somando-se ao
conhecimento do examinador e aos algoritmos clínicos existentes. Não demanda muito
tempo de uso, as maiores limitações estão no custo do produto e na necessidade de
capacitação prévia (PÉREZ, 2017).
Um dos mais simples instrumentos de aumento de imagem, a lupa, cujo uso data do
ano de 1300 e foi pouco explorada em sua vasta possibilidade de uso, já que não se conhecia
muita a respeito sobre a refração da luz. Na época, alguns obstáculos religiosos fizeram com
que a utilização de instrumentos para multiplicar, desviar, expandir ou reduzir, duplicar ou
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inverter as imagens visuais fossem muitas vezes entendidos como meios de distorção da
verdade (PUYUELO; BESCOS, 2002).
Este registro fotográfico para enfermagem dermatológica, tem como função estar
fornecendo informações precisas quanto ao tamanho da lesão, coloração e comprometimento
tecidual, condições de tecido perilesional e também aspectos de eficácia das terapêuticas
adotadas e de procedimentos realizados (VIANA; FONSECA; MENEZES, 2018). É uma
tecnologia de incorporação crucial na prática clínica dos enfermeiros que avaliam lesões de
pele, pois estão em posição de serem cientistas objetivos e a fotografia se torna uma forma
suplementar de documentação para este tipo de trabalho (LYNCH; DUVAL, 2011).
A ciência de uma fotografia digital, basicamente, é possuir uma série de lentes que
focam a luz para criar a imagem de um objeto. Esta luz exterior se concentra em um
dispositivo semicondutor que a registra eletronicamente. Os responsáveis pela formação da
imagem são pontos luminosos denominados pixels, que são a medida da capacidade de
resolução da câmera. A questão de qual é esta resolução ideal para a fotografia dermatológica
tem sido um tópico frequentemente discutido. Alguns autores apontam que, para todos os
efeitos práticos na dermatologia clínica, baixas resoluções de câmera já apresentam nitidez
suficiente para determinados casos. No entanto, a fabricação atual destes dispositivos já
compreende maiores resoluções e também ao considerar a sua rápida evolução tecnológica
de mercado, pode-se entender improvável que a resolução seja uma questão importante a se
discutir no futuro, no que diz respeito à fotografia digital em dermatologia (KALIYADAN
et al., 2008).
A tecnologia avança passos gigantes no campo das câmeras digitais, e não é fácil
optar entre os recursos que incorporam os novos modelos. O tipo de equipamento a se
escolher está entre: as câmeras de reflexo de lente única (SLR), as de reflexo de lente única
digital (DSLR), as compactas ou as sem espelho (mirrorless). As câmeras SLR e DSLR são
caracterizadas por terem um espelho que reflete a luz que entra na lente e a envia para o
pentaprisma, são câmeras volumosas e com um preço mais alto, mas com um sensor maior
e boa qualidade de imagem. As DSLR, por serem digitais são mais comumente utilizadas
hoje, possuem adaptadores para flash anular e as imagens são captadas como visualizadas
no viewfinder (visor da imagem na câmera) do equipamento (BARCO; RIBERA;
CASANOVA, 2012).
A utilização de câmeras de smartphones tem sido muito aplicada para o uso clínico
rotineiro dos profissionais. A principal vantagem que acompanha este uso é a facilidade de
captura a partir de um equipamento comumente utilizado e também a facilidade de
transferência destas imagens. O compartilhamento das fotografias por estes dispositivos,
beneficia tanto aos profissionais que podem discutir casos clínicos com demais estudiosos
da área, como aos pacientes que muitas vezes por questão de logística ou urgência se dispõe
a compartilhá-las com seu clínico de modo a economizar tempo ou outros recursos. Entre as
desvantagens e limitações da fotografia por smartphone, precisa-se ressaltar que existem
diversas capacidades de resolução destes aparelhos, mas o grande fator que tem afetado a
nitidez de sua captação de imagem é a baixa consistência de iluminação que dificulta, por
exemplo, o registro adequado de lesões pigmentares (FIGURA11) (ASHIQUE;
AURANGABADKAR; KALIYADAN, 2015).
Figura 12: Registro fotográfico de lesões pigmentares retirada no modo de flash automático
com diferentes câmeras
71
Também se faz importantes destacar, seja qual for o tipo de equipamento para a
fotografia clínica, que se deve adotar medidas de controle de infecção, já que se corre o risco
de contaminação da câmera por contato e por proximidade durante a troca de curativo por
exemplo, que pode favorecer contaminação de forma aerossolizada, assim como,
inadequadas práticas de higienização de mãos e da própria tecnologia (VIANA; FONSECA;
MENEZES, 2018).
A sua aplicação na prática clínica como instrumento de análise, deve ser realizada
de forma padronizada, com o rigor científico e aspectos éticos específicos como em qualquer
outra prática fundamentada nas ciências biológicas (SANTO et al., 2018; VIANA;
FONSECA; MENEZES, 2018).
Com a finalidade de poder avaliar esta interação do meio externo, com a interação
intracutânea, desenvolveu-se equipamentos capazes de mensurar funções biomecânicas
pelos produtos de umidade, ressecamento e elasticidade tecidual. Basicamente, algumas
tecnologias utilizam seu método de medida por tempo de percurso da ressonância, de modo
que, transmite-se pulsos de ondas acústicas que se propagam na pele de acordo com a sua
umidade e elasticidade. O tempo que as ondas necessitam para ir do transmissor ao receptor
é o parâmetro de medida. Como as ondas acústicas se propagam com diferentes velocidades
quando percorrem as fibras, pode-se determinar não só elasticidade, mas também a direção
das fibras de colágeno e elastina (REVISCOMETER, 2009).
Por sua vez, o instrumento portátil de leitura dos níveis de umidade, oleosidade e
elasticidade da pele por impedância bioelétrica, apresenta medições em percentuais destes
aspectos e pode ser utilizado em qualquer região anatômica, tendo previamente o
conhecimento dos parâmetros destes indicadores, que variam pela extensão corporal. Alguns
dispositivos ainda podem indicar o fator equilíbrio entre a leitura da umidade, oleosidade e
elasticidade (SKINUP, 2018).
3.2.1.5.2 Diascopia
retire o campo de visão da pele, como as lupas. Consiste em visualizar uma estrutura
comprimida da lesão, provocando-se isquemia temporária, de forma, a conseguir distinguir
assim uma lesão vascular de uma lesão purpúrica (BIASOLI et al., 2015).
Como respaldo legal de base, é a Resolução COFEN 195/97 que dispõe sobre a
solicitação de exames de rotina e complementares por enfermeiros. A solicitação de exames
é parte integrante da consulta de enfermagem regulamentada em 1986, uma vez que o
enfermeiro necessita solicitar exames complementares e de rotina para uma efetiva
assistência ao paciente (COFEN, 1997).
4 METODOLOGIA
Este estudo realizou sua investigação via questionário online e também utilizou da
plataforma lattes para a busca de especialistas do estudo da pele.
Para tanto, utilizou-se os seguintes critérios de inclusão: Ser enfermeiro com título
de especialista em enfermagem dermatológica, enfermagem em feridas, enfermagem forense
(ou pós-graduação em andamento na área), estomaterapia e/ou enfermagem estética (ou pós-
graduação em andamento na especialidade), com mínimo de seis meses de experiência na
sua área de especialização. Aos critérios de exclusão estabeleceu-se: Enfermeiros que não
possuem tempo igual ou superior a seis meses no campo da avaliação dermatológica;
Enfermeiros que por algum motivo manifestaram não estar atuando com avaliação
dermatológica.
3º Passo: Foi encaminhado questionário para aos especialistas através da ferramenta Google
Forms®, por correio eletrônico, apresentando por meio de convite formal e concessão do
acesso virtual. A coleta ocorreu no mês de abril de 2018.
4º Passo: A partir da data de envio, foi realizado em média uma tentativa de reforço do
convite por semana de forma a assegurar o maior recebimento dos dados pelos respondentes,
antes de se considerar o selecionado como exclusão do painel da pesquisa. Foi dado o prazo
79
Questionário de avaliação
pela apresentação da primeira rodada e dar continuidade às seguintes rodadas. Desta forma,
apresenta-se para este estudo os resultados de primeira rodada de questionário.
1) Pré análise. Nesta etapa as informações coletadas por meio do instrumento foram
analisadas, retomando os pressupostos e os objetivos iniciais do estudo. A pré-análise foi
dividida em duas partes, sendo elas: Leitura flutuante, na qual há o contato direto e intenso
com o material; Constituição do corpus, na qual o conjunto das informações é submetido às
regras de representatividade, homogeneidade e pertinência, atribuindo-se uma unidade de
registro.
Como toda pesquisa oferece riscos, ainda que mínimos, denota-se importante
salientar que como risco deste estudo, compreendeu-se principalmente a possibilidade de
gerar cansaço ou aborrecimento ao responder questionários. Neste aspecto, como adota-se
um método de questionário, como medida de minimização deste eventual risco, procurou-se
construir um questionário de fácil compreensão e com objetividade do seu conteúdo para
proteger o respondente de estar realizando uma atividade exaustiva.
Desta pesquisa, estipulou-se como benefício a curto prazo, aos participantes, apenas
o conhecimento proporcionado de uma discussão colegiada acerca da temática com elevado
teor de compreensão do fenômeno estudado. A longo prazo considerou-se pertinente este
estudo para a implementação e/ou inovação tecnológica em seus campos de profissão.
84
5 RESULTADOS
RESUMO
Objetivo: Identificar quais tecnologias semióticas aperfeiçoam a prática clínica de enfermeiros especialistas
do estudo da pele, assim como reconhecer também as razões que fundamentam a adesão ou a não adesão do
exercício clínico destes equipamentos em suas rotinas. Método: Trata-se de um estudo de abordagem
quantitativa, do tipo exploratório descritivo, utilizando-se a técnica Delphi. Para tanto, construiu-se um
questionário semiestruturado através da ferramenta Google Forms®, abordando o conteúdo das principais
tecnologias para avaliação dermatológica encontradas na literatura. Posteriormente, o instrumento foi enviado
por correio eletrônico para enfermeiros especialistas no estudo da pele, identificados a partir de consulta na
plataforma Lattes. Foram realizadas análises descritivas e de frequência simples. O estudo recebeu aprovação
de comitê de ética da Universidade Federal de Santa Catarina. Resultados: Participaram da pesquisa 110
especialistas, entre as ciências de enfermagem dermatológica, estomaterapia, enfermagem forense, feridas e
enfermagem estética. Entre as 12 tecnologias identificadas na literatura, os principais fatores semióticos que
justificaram a contribuição destes recursos para o aperfeiçoamento do exame clínico da pele, foram a avaliação
de diversificadas lesões elementares, condições vasculares, e outros aspectos diversos da abordagem de
avaliação tecidual. As tecnologias que mais demonstraram-se utilizadas foram a fotografia clínica (86,4%), as
dos exames laboratoriais (83,6), lupa clínica (50,9%) e doppler vascular (45,5%). O fator custo-portabilidade
se destaca entre as motivações de adesão ou não das tecnologias em suas práticas. Conclusão: Compreendeu-
85
se quais tecnologias melhor aperfeiçoam o exame da pele e que os enfermeiros são consumidores destes
recursos e conhecedores de maior parte destes equipamentos.
INTRODUÇÃO
Nesta ótica, o estudo teve como seu objetivo, identificar quais das tecnologias de
avaliação clínica existentes aperfeiçoam o exame clínico dermatológico realizado por
enfermeiros, de modo a facilitar a coleta das condições de pele e estruturas que a compõem.
Assim como, também identificar quais destes recursos já fazem parte da prática clínica de
enfermagem, quais são conhecidos por enfermeiros especialistas do estudo da pele, porém
não utilizados em suas práticas clínicas e reconhecer estas razões, que fundamentam a adesão
ou a não adesão do exercício prático destas tecnologias.
MÉTODO
realizado em média uma tentativa de reforço do convite por semana de forma a assegurar o
maior recebimento dos dados pelos respondentes, antes de se considerar o selecionado como
perda para o painel da pesquisa.
Este instrumento foi construído pelos autores de forma totalmente estruturada para
que os participantes respondessem as mesmas perguntas, em mesma ordem, de forma
anônima e individual, com perguntas pré-especificadas baseadas na literatura encontrada
acerca das tecnologias semióticas e ao conteúdo que se refere a avaliar a pele em seus
diferentes contextos de saúde. Antes de encaminhá-lo aos participantes, foi submetido a
avaliação de quatro enfermeiros docentes familiarizados com pesquisas desta natureza, na
intenção de testar e validar sua funcionalidade, como também torná-lo mais claro e pertinente
aos objetivos pretendidos.
Devido ao tempo prático, não foi possível iniciar uma segunda rodada, que será
realizada posteriormente a este estudo, abordando novamente o conteúdo com os
participantes, realizando a exposição estatística das respostas e explorando as possibilidades
de inovações tecnológicas para a prática de avaliação dermatológica.
RESULTADOS
A região brasileira com maior número de participação foi a região sudeste com 53
especialistas (48,1%), seguida da região nordeste com 27 (24,5%), região sul com 18
(16,3%), em igual número, a região centro-oeste e região norte tiveram 5 participantes cada
(4,5%) e 2 participantes residiam em território internacional, nos Estados Unidos (1,8%).
Do total de participantes, 94,4% declarou atualmente estar trabalhando em território
nacional, 1,9% em território internacional, e 3,7% atuam em território nacional e
internacional.
portabilidade (56,3%) e ser de bom custo benefício (52,1%). Por outro lado, 52 participantes
referiram conhecer, porém não utilizar a lanterna clínica, sendo que 48,9% justificaram que
a luz natural atende a todas as necessidades e 27,7% que a lanterna clínica não seria de prática
portabilidade (Figura 2).
Para o termômetro infravermelho (Figura 16), foi verificado que 62,7% (69
participantes) apesar de conhecer a tecnologia não a utilizavam, 20,9% (23 participantes)
a utilizam e 16,4% (18 participantes) apresentaram não ter conhecimento sobre este
equipamento.
A maior parte do público (78,3%) que possui e utiliza o equipamento, relatou
preferência pelo termômetro infravermelho sem contato, utilizando a tecnologia para
avaliar a temperatura superficial da pele na investigação de processo inflamatório e/ou
infeccioso (65,2%) e para avaliar se a dificuldade de epitelização está relacionada com
hipotermia da lesão em nível crítico (39,1%). Já, 8,7% apontou uso para determinar um
tipo de cobertura ao ferimento que não gere resfriamento ou aquecimento inadequado na
realização do seu curativo. Deste público, 60,9% o considerou uma tecnologia de fácil
portabilidade, 47,8% apontou bom custo-benefício e 43,5% considerou uma tecnologia
segura para diagnosticar hipotermia, normotermia e hipertermia tecidual.
O não uso foi justificado por considerar seu custo elevado apesar de reconhecer os
benefícios (38,5%) e também considerado dispensável para a prática de avaliação
semiológica da pele (32,3%). Nas respostas abertas, destacou-se considerações sobre
dificuldade para custeio e adesão pelos serviços de saúde (71,4%) e outras aplicabilidades
92
Outra tecnologia de aumento, a lupa clínica (Figura 21), foi assinalada como sendo
utilizada por 50,9% (56 participantes) dos especialistas, e 47,3% (52 participantes) não a
utilizam em sua prática apesar de a conhecerem.
Entre os tipos de lupa, se destacou o uso de lupa de mão (44,6%). Nas ocorrências
de seu uso, apareceu como pequeno aumento de procedimentos instrumentais como
desbridamentos, retiradas de pontos, curativos intracavitários e outros (48,2%) e pequeno
aumento na avaliação semiológica de alterações dermatológicas elementares, como em
manchas, máculas, pápulas, placas, pústulas, vesículas, petéquias, equimoses e outros
(46,4%). As respostas referentes ao não uso do instrumento, tem como destaque de 46%
por não considerar necessário a sua prática clínica.
Também apareceu na análise de respostas abertas, outras aplicabilidades de uso da
tecnologia como avaliação de lesões ginecológicas (50%) e para auxiliar a condução de
tratamentos estéticos, raramente clínicos, mas que exigem avaliação da estrutura
superficial dermatológica como na limpeza de pele, retirada de milium, procedimento
estético injetável para microvasos (PEIM) e aplicação de toxina botulínica (50%).
97
Em relação à fotografia clínica (Figura 22) 86,4% (95 participantes) apontaram seu
uso, sendo que 75,8% a utilizava para fotodocumentação de lesões, formando parte do
histórico clínico do paciente; 74,7% para avaliar a evolução do processo cicatricial de
lesões, alteração de perímetro lesional, aspecto geral, tecidos presentes, coloração e
demais características semiológicas verificáveis na planimetria fotográfica; 55,8% para o
desenvolvimento de pesquisas, apresentando o acompanhamento das lesões de forma
padronizada, com fundo de mesma cor, data do registro e
angulação/posição/distanciamento uniforme da câmera para a lesão em todas as fotos.
Ainda, 60% para discutir casos clínicos com outros profissionais enfermeiros e/ou
recorrer a programas de teleassistência quando necessário; 63,2% para se ter um acervo
fotográfico do seu trabalho e 7,4% em casos de lesões que se apresentem como evidências
criminais, exigindo registro comprovatório. Nas respostas relacionadas ao não uso,
destacou-se por 69,2% o custo elevado do equipamento.
Destes profissionais ainda surgiu respostas referente ao tipo de equipamento, onde
61,1% faz uso da fotografia clínica em câmera e lentes não desenvolvidas
necessariamente para registro dermatológico, e 16,8% tem preferência por fotografia
clínica em câmera e lentes especialmente desenvolvidas para esta finalidade.
98
A diascopia (FIGURA 24), como tecnologia, apareceu sendo utilizada por 6,4% (7
participantes) apenas do público, 35,5% (39 participantes) a conhece mas não faz uso e
58,2% (64 participantes) não a conhece. Do seu uso, 85,7% dos especialistas declararam
realizar com lâmina de vidro. Também 57,1% apontou utilizar para diferenciar uma lesão
eritematosa de uma lesão purpúrica e destacou-se ainda que 85,7% considera de fácil
portabilidade em sua rotina clínica.
Entre as respostas abertas, 38,9% não a considera necessária na sua avaliação e
33,3% não tem capacitação sobre a aplicação desta tecnologia
DISCUSSÃO
A análise dos dados referente ao uso de diascopia no exame físico da pele, chama
atenção, pois trata-se de uma avaliação que pode ser realizada com uma simples lâmina
de vidro, como a de microscopia, e conduz importantes achados semióticos. Entre os que
utilizam a tecnologia apontam que buscam diferenciar uma lesão vascular de uma lesão
purpúrica e que é uma tecnologia de fácil portabilidade em suas rotinas (BIASOLI et al.,
2015).
Este fato evidencia que enfermeiros estão avaliando lesões de forma desigual, em
diferentes processos de trabalho, já que principalmente os profissionais autônomos e
profissionais que atuam em programas de saúde pública conseguem utilizar desta
atribuição e outros profissionais não tem esta rotina aprovada em suas instituições. Ao
respeito, o Conselho Federal de Enfermagem, que regulamenta a solicitação de exames
de rotina e complementares na resolução nº195/1997 e também cita a atribuição na
resolução de tratamento de feridas nº567/2018, inclui a avaliação o de resultados
laboratoriais, isto com o intuito de diminuir riscos ao paciente em determinadas situações,
já que pode não estar sendo realizada uma assistência efetiva do cuidado por parte do
profissional (BRASIL,1997; BRASIL, 2018).
Em uma análise geral das tecnologias e inferências expostas neste estudo, pode-se
dizer que a maior parte das 12 tecnologias semióticas avaliadas, são conhecidas pela
maioria dos especialistas, e que os fatores mais determinados como justificativas para o
não uso destes equipamentos foram a difícil portabilidade nas suas rotinas clínicas e o
elevado custo. Para discutir esta portabilidade é necessário destacar que a rotina clínica
destes profissionais envolve multifunções, muitas vezes em cenários que exigem alto
estado de alerta para as ocorrências da unidade e equipe que este enfermeiro gerencia, e
107
CONCLUSÃO
Através dos achados deste estudo foi possível verificar que enfermeiros que lidam
com o cuidado clínico da pele, que necessitam de uma avaliação apurada dos indicadores
semiológicos das lesões, para tanto, utilizam tecnologias com o intuito de aprimorar sua
prática e conferir maior qualidade a sua formulação diagnóstica e terapêutica.
As tecnologias de luz se destacaram na contribuição desse aperfeiçoamento da
prática avaliativa, por contribuir com melhores condições para a visualização das lesões
em suas reais cores, como no caso da lanterna clínica, mas também para outros aspectos
108
Ainda existem muitos dados a serem explorados sobre esta ótica de pesquisa da
abordagem tecnológica em enfermagem clínica dermatológica, porém compreendeu-se
aqui a importância do estudo para certificar que enfermeiros são consumidores de
recursos de aperfeiçoamento clínico da sua prática. Em particular, determinou-se como
uma prática clínica do enfermeiro ao avaliar a pele, pode estar aliada a equipamentos que
melhor apurem fatores semiológicos a este exercício.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Interpreta-se como uma limitação à temática abordada, que o estudo não tenha
explorado outras modalidades de tecnologias como as leves e leve-duras que podem
contribuir para o aperfeiçoamento da avaliação semiológica. Também em uma
perspectiva maior, ainda seria possível encontrar equipamentos aqui não explorados ou
não citados pelos participantes do estudo. No entanto, neste aspecto, destaca-se que ao
foco dado as 12 tecnologias abordadas e suas variações, se conseguiu permear as
principais ciências que conceituam a engenharia dos equipamentos clínicos.
114
Entende-se que este estudo possa subsidiar o conhecimento acerca das tecnologias
semióticas que ganham representatividade de uso por enfermeiros na avaliação cutânea,
para ações que contribuam com esta prática clínica de cuidado, para investimento
científico de pesquisas que explorem esta temática e maior entendimento do destino
avaliativo dermatológico destes recursos.
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