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Análise Ergonômica Do Trabalho em Um Comércio Varejista Farmacêutico

Este artigo analisa ergonomicamente os postos de trabalho de uma farmácia, com o objetivo de observar as posturas e movimentos dos funcionários, identificar queixas relacionadas ao trabalho e propor melhorias. Os autores realizaram observações, questionários e registro das atividades de sete funcionários para avaliar o ambiente de trabalho e propor adaptações.

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Marlon Souza
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Análise Ergonômica Do Trabalho em Um Comércio Varejista Farmacêutico

Este artigo analisa ergonomicamente os postos de trabalho de uma farmácia, com o objetivo de observar as posturas e movimentos dos funcionários, identificar queixas relacionadas ao trabalho e propor melhorias. Os autores realizaram observações, questionários e registro das atividades de sete funcionários para avaliar o ambiente de trabalho e propor adaptações.

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Análise Ergonômica do Trabalho em um Comércio Varejista

Farmacêutico

Ana Carolina Ribeiro Mitre (UEPA) [email protected]


Isaias de Oliveira Barbosa Júnior (UNIFESSPA) [email protected]
Léony Luis Lopes Negrão (UEPA) [email protected]
Mariana da Silva Monteiro (UEPA) [email protected]
Ysnara Almeida da Rocha (UEPA) [email protected]

Resumo:
O presente artigo busca analisar ergonomicamente o posto de trabalho de um comércio varejista
farmacêutico tendo com o objetivo observar as posturas e movimentos realizados pelos colaboradores,
identificando as principais queixas e transtornos relacionados com o seu local de trabalho, avaliar o
mobiliário e ferramentas, para propor melhorias e possíveis adaptações para resultados mais eficientes.
Para a realização deste foram necessários, coletas de dados, pesquisas bibliográficas e registro das
atividades. Caracterizou-se como um estudo descritivo, com uma amostra de sete funcionários de uma
farmácia delimitada mediante a aceitação de participação. A avaliação da pesquisa se deu por meio de
um questionário relacionado à jornada de trabalho e possíveis desconfortos. Por fim, verificaram-se
possíveis melhorias e contribuições para a saúde dos colaboradores.
Palavras-chaves: Ergonomia, Análise Ergonômica do Trabalho e Posturas de trabalho.

ERGONOMIC ANALYSIS OF WORK IN A PHARMACEUTICAL RETAIL TRADE

Abstract
This article aims to analyze ergonomically a pharmaceutical retail trade with the objective of observing
the postures and movements performed by employees. Furthermore, this article searches to identify the
main complaints and disorders related to their workplace, to evaluate the furniture and tools and to
propose improvements and possible adaptations for more efficient results. For this purpose, it were
required data collection, bibliographic searches and registration of activities. This article is characterized
as a descriptive study, with a sample of seven employees of a pharmacy delimited by the acceptance of
participation. The research evaluation was done through a questionnaire related to the working day and
possible discomforts on it. Finally, it was verified there were possible improvements and contributions
to the health of employees.
Key-words: Ergonomics, Ergonomic Analysis of Work and Work Postures.

1. Introdução

O estudo de a ergonomia objetiva adaptar o trabalho ao homem, ou seja, busca melhorar o


ambiente de trabalho para torná-lo seguro, eficiente e que salvaguarde a saúde dos trabalhadores
envolvidos no processo produtivo. Conforme Iida, (1990, p. 92) “é o estudo do relacionamento
entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos
conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse
relacionamento”. Dessa forma, a ergonomia é essencial para estabelecer um bom desempenho
na organização do trabalho.
Visto a importância da ergonomia no ambiente organizacional, o artigo tem como objetivo
pesquisar e analisar ergonomicamente os postos de trabalho, ambientes, atividades, as
principais posturas e movimento realizados pelos operadores, identificar os principais
transtornos de saúde causados pelas tarefas e realizar uma avaliação do mobiliário. E com isso
elaborar medidas corretivas necessárias para melhorar os ambientes de trabalho dos agentes
ergonômicos envolvidos em uma farmácia, a qual se localiza na cidade de Benevides.

2. Referencial Teórico

Este capítulo tem como objetivo explanar revisão da literatura dos métodos, das ferramentas e
dos conceitos aplicados para o desenvolvimento da pesquisa. Bem como traçar um perfil sobre
a ergonomia e o ambiente do trabalho.
2.1. Ergonomia e o ambiente de trabalho
A Ergonomia é uma ciência interdisciplinar e compreende a fisiologia e a psicologia do
trabalho, bem como a antropometria e a sociedade no trabalho. O objetivo prático da Ergonomia
é a adaptação do posto de trabalho, dos instrumentos, das máquinas, dos horários, do meio
ambiente às exigências do homem. A realização de tais objetivos, ao nível industrial, propicia
uma facilidade do trabalho e um rendimento do esforço humano (KROEMER; GRANDJEAN,
2006).
No Brasil a Norma Reguladora em Ergonomia é a NR 17, que visa estabelecer parâmetros que
permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho
eficiente. Além de estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho
às características dos trabalhadores, como o levantamento de cargas, mobiliário, iluminação,
conforto térmico, entre outros.
2.2. Biomecânica
Para a melhor compreensão sobre os mecanismos posturais e sua manutenção perante as
situações exigidas no trabalho e na vida cotidiana, Iida (1990), aponta as interações entre o
trabalho e o homem sob o ponto de vista dos movimentos musculoesqueléticos envolvidos. O
autor analisa a questão das posturas corporais no trabalho e a aplicação de forças. Faz referência
ao manuseio de produtos e instalações físicas, que se forem inadequadas e realizadas
mecanicamente incorretas, podem ser motivo para o surgimento de tensões musculares, dores
e fadiga.
A biomecânica do trabalho analisa as interações e as consequências da relação homem-trabalho,
do ponto de vista dos movimentos músculo-esqueletais. A biomecânica, portanto, pode ser
dividida em dois segmentos: posturas corporais e aplicações de forças (IIDA, 2005).
As posturas corporais básicas são classificadas por Iida (2005):
-Deitada: Não apresenta concentração de tensões, permite relaxamento muscular. É dita como
a posição para repouso e recuperação da fadiga;
- Sentada: Atividade postural do dorso e do ventre. O peso do corpo é praticamente todo
suportado pela pele das nádegas.
- Em pé: Considerado altamente fatigante por exigir trabalho estático da musculatura para se
mantiver nessa posição. Essa exige que seja realizado o trabalho dinâmico.
2.3. Análise ergonômica do trabalho
Segundo Fialho e Santos (1995), a análise ergonômica do trabalho é entendida como uma
metodologia que tem como finalidade desvendar as diferenças entre os trabalhos formal e real,
com a intenção de elaborar recomendações de modificações das condições laborais em seus
pontos críticos evidenciados, de tal modo a possibilitar oportunidade à segurança e à eficácia
de trabalhadores e processos, preservando a saúde e o conforto dos indivíduos. Comentam
também os autores que a análise ergonômica do trabalho se realiza para avaliar o entorno de
um posto de trabalho, com vistas a determinar riscos, observar excessos, propor mudanças de
melhorias, etc.
Conforme a NR 17, para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do
trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho. Esss condições
incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao
mobiliário, aos equipamentos, às condições ambientais do posto de trabalho e à própria
organização do trabalho. A AET visa aplicar os conhecimentos da ergonomia para analisar,
diagnosticar e corrigir uma situação real de trabalho.
3.Metodologia
A presente pesquisa foi realizada por meio da análise ergonômica do trabalho em uma farmácia,
levando-se em consideração suas características, áreas, sujeitos e instrumentos de coleta,
ordenamento e análise de dados. Quando à natureza foi feita sob uma abordagem descritiva,
pois serão levantados dados referentes às diferentes posturas e movimentos adotados pelo
trabalhador, bem como, seu ambiente de trabalho. Dessa forma, a amostra de estudo ficou
delimitada em cinco funcionários, que foram selecionados mediante a sua aceitação de
participação.
Além disso, foram feitas observações in loco que ajudaram na análise ergonômica, como
também avaliações nos mobiliários, posturas, postos de trabalho. Com o intuito de obter mais
informações, foram elaborados questionários para definir as principais variáveis, como
também, o registro das atividades desenvolvidas através de imagens para a identificação das
principais problemáticas envolvidas.

Assim, este método baseia-se na atuação de observadores treinados para obter determinados
tipos de informações sobre processos, impactos, entre outros para assim objetivar a criação de
propostas de melhorias.

4. Caracterização da empresa
A análise foi realizada no posto de trabalho e nos funcionários de um comércio varejista de
produtos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos, localizada no centro do município de
Benevides, região metropolitana de Belém do Pará. De acordo com a relação da Classificação
Nacional de Atividades Econômicas - CNAE e com a NR-04 o grau de risco para esse tipo de
atividade é zero.
A empresa conta com um acervo de sete funcionários, distribuídos da seguinte forma: um caixa,
quatro atendentes, um farmacêutico e um gerente, que trabalham em um turno de 8 horas
diárias. No entanto, para o presente trabalho, somente seis funcionários, com uma média de
idade de 30,33 anos, concordaram em participar da análise que procurava observar as posturas
e movimentos realizados pelos colaboradores, identificar as queixas e transtornos relacionados
com o seu local de trabalho, avaliar o mobiliário e ferramentas, para propor melhorias e
possíveis adaptações para resultados mais eficientes.
5. Análise e Resultados
Com relação à carga horário de trabalho, idade, assim como o tempo de serviço que os
colaboradores estão à disposição da empresa, pode ser observado o quadro 1.

Tempo no local de
Função Idade
trabalho
Caixa 39 anos 4 meses
Atendente 1 32 anos 2 meses
Atendente 2 25 anos 10 meses
Atendente 3 25 anos 3 anos
Atendente 4 33 anos 1 ano e 5 meses
Farmacêutico 28 anos 5 meses
* Todos trabalham em um turno de 8 horas diárias
Quadro 1 – Dados dos funcionários (Autores 2017)
Os índices mostram que a maioria dos trabalhadores apresenta faixa etária entre 25 e 33 anos e
que realizam suas atividades por menos de um ano. A explicação deve-se ao fato de que existe
grande rotatividade na contratação temporária de novos funcionários, visto que a maioria não
permanece por muito tempo no local de trabalho.
Como todos os funcionários trabalham em um turno de 8 horas diárias, que é o recomendado
pelas leis trabalhistas e está de acordo com as normas, observa-se que eles não estão muito
expostos aos fatores de riscos, visto que quanto maior o tempo de exposição, maior também
será a probabilidade de o colaborador adquirir algum tipo de doença ocupacional.
Analisando as posturas adotadas pelo mesmo, identificou-se que a colaboradora que atende no
caixa e que é responsável pelos pagamentos, recebimento de valores, fechamento de caixa e
emissão de notas fiscais, realiza o seu trabalho na posição sentada, na qual permanece por um
longo período de tempo, podendo alternar com a posição em pé para aliviar a tensão e as dores
musculares. Foi observado que seu posto de trabalho não apresenta mobiliários adequados, para
que ela realize suas atividades com uma postura favorável. Assim, foi identificado que, na
posição sentada, não havia uma superfície de apoio para os pés, com a presença da flexão
forçada das pernas. Além disso, a cadeira, a mesa e acessórios não estavam ajustáveis às suas
características antropométricas, anatômicas e às tarefas desenvolvidas, conforme mostra a
Figura 1.
Figura 1 – Posição do caixa (Autores 2017)
Como se observa, a altura da superfície é muito alta, havendo a necessidade de aumentar a
altura da cadeira, fazendo com que os membros inferiores fiquem forçados sem apoio para
descanso. Além disso, a cadeira não apresenta apoio para os antebraços, e mesmo possuindo
regulador no encosto, o mesmo encontrava-se sem condições de uso.
Vale ressaltar que, durante a análise, o banco do caixa foi alterado pelo gerente, sendo que por
observações feitas anteriormente, o assento que se encontrava no local era outro com condições
ainda mais desgastantes e que proporcionavam ao colaborador mais dores musculares, devido
a sua péssima qualidade para o serviço em questão, conforme mostra a Figura 2.

Figura 2 – Assento encontrado anteriormente (Autores 2017)


Já as atendentes, assim como o farmacêutico trabalham na posição em pé, visto que as tarefas
exercidas por eles exigem deslocamentos contínuos, manipulação de pequenas cargas (de
medicamentos ou outras mercadorias leves), que exige alcances amplos frequentes para cima,
para frente ou para baixo, operações frequentes em locais distintos, e a aplicação de forças para
baixo, como em empacotamento por exemplo.
Foi observado que, a superfície de apoio para realização das tarefas estavam à altura do
cotovelo, conforme estabelece a NR-17, porém não havia assentos disponíveis para que os
colaboradores pudessem descansar durante as pausas. Assim como, não havia também horário
de descanso, somente algumas pausas do tipo voluntário, que somavam de 5 à 15 minutos, para
necessidades fisiológicas.
A Figura 3 mostra as condições de trabalho para os colaboradores que trabalham na posição em
pé.

Figura 3: Ambiente de trabalho (Autores 2017)


Outro fator relevante foi com relação aos desconfortos sentido pelos colaboradores quanto ao
ambiente de trabalho. Assim foram analisadas suas causas, como pode ser observado no Quadro
2.
Causas do desconforto Quantidade
Postura durante o trabalho 3
Fatores não relacionados ao
1
trabalho
Não sabe ou não possui 2
Total 6
Quadro 2 – Causas do desconforto (Autores 2017)
Observa-se que três dos funcionários apresentam algum tipo de desconforto relacionado com
sua postura no local de trabalho e pôde se verificar que possuem mais tempo de permanência
na empresa em relação aos outros, conforme o Quadro 1. Isso mostra a influência do tempo de
serviço do trabalhador na mesma função e as consequências para sua saúde. De acordo com
Zonatelli et al. (2005), a elaboração de projetos equivocados de máquinas, assentos ou bancadas
de trabalho, obrigam o trabalhador a usar posturas inadequadas que, mantidas por muito tempo,
podem provocar fortes dores localizadas naquele conjunto de músculos solicitados para a
conservação da postura.
Além disso, foram verificadas as regiões mais afetadas pelo desconforto, e assim foi obtido o
Quadro 3, no qual cada funcionário poderia marcar mais de uma opção durante o questionário.

Região afetada pelo


Quantidades
desconforto
Pernas 3
Pés e tornozelos 4
Antebraço 2
Costas 1
Total **
Quadro 3 – Regiões afetadas (Autores 2017)
Nessa situação, pode-se inferir que o desconforto sentido nas pernas, tornozelos e no pé pode
estar relacionada ao grande período de tempo em que os trabalhadores permanecem na posição
em pé, que de acordo com Iida (2005) a posição parada, em pé, é altamente fatigante porque
exige muito trabalho estático da musculatura envolvida para manter esta posição.
A dor nas costas é decorrente das posturas inadequadas no ambiente de trabalho, principalmente
por parte das funcionárias que realizam suas atividades na posição sentada, visto à inadequação
do seu mobiliário e em pé,como pode ser observado na figura 4. Já as dores no antebraço são
devido aos movimentos repetitivos de flexão, desvios laterais de punhos e também devido ao
esforço que eles realizam para pegar mercadorias nas prateleiras altas, que mesmo possuindo
uma escada para o alcance dessas mercadorias,como pode ser constatado na figura 5,eles
insistem em forçar seus membros para realizar o trabalho de forma mais rápida.
Figura 4 – movimento realizado (Autores 2017)

Figura 5 – altura das prateleiras (Autores 2017)


Quanto aos fatores ambientais, por meio de observações foi verificado que a condição térmica
do local estava adequada para realização das atividades. Além disso, por ser um ambiente
fechado e totalmente climatizado(figura 6) não havia muitos ruídos, mesmo quando o local
encontrava-se com muitos clientes, notava-se que a acústica não se alterava tanto, fato este
comprovado por meio de entrevistas e do questionário aplicado aos colaboradores, que não
possuíam nenhum tipo de incômodo com relação aos fatores ambientais. A iluminação e
velocidade do ar também estavam adequadas, conforme estabelece a Norma Regulamentadora
nº17.
Figura 6 – Condições ambientais(Autores 2017)
6. Discussão
A partir dos resultados obtidos, analisando ergonomicamente segundo a função e o ambiente
de trabalho foram sugeridas as seguintes adaptações:
A posição bípede é muito fatigante por exigir muito esforço estático por parte dos músculos
envolvidos para manter esta posição. Desta maneira, seria muito interessante se os
trabalhadores procurassem alternar entre as posições sentadas e em pé. Como o tipo de trabalho
obriga à permanência da posição de pé durante muito tempo, o ideal seria variar a sustentação
do peso entre os dois pés, mas não de forma prolongada, para evitar fadiga e tensão. Dessa
forma, a empresa deveria disponibilizar horários de descanso e assentos adequados para que
eles pudessem descansar durante suas pausas. Além de alguns exercícios que ajudariam a
resolver a tensão nas pernas e pés, como por exemplo, pequenos alongamentos nesta região.
O mobiliário do caixa deveria ser substituído por uma superfície e uma cadeira ajustável
conforme as condições antropométricas do colaborador, para que pudesse realizar suas
atividades de forma mais eficiente, mantendo a coluna direita de forma não muito rígida
favorecendo a sua saúde e bom desempenho da estrutura óssea, tendões e articulações. Dessa
maneira, deve existir uma superfície de apoio para os pés, enquanto ele permanece realizando
seu trabalho.Outro fator relevante, diz respeito ao cuidado de manter os ombros e braços
relaxados, para evitar tensões no pescoço e na cabeça.
Para as posturas inadequadas, dores nos antebraços e posições erradas para alcançar os
produtos, o mobiliário possui prateleiras muito altas e baixas também, sendo inadequado. Então
para solucionar essas condições adversas, a proposta seria colocar prateleiras em alturas que
sejam fáceis de alcançar, sem precisar de esforço melhorando assim as condições de trabalho
para os colaboradores.
Resultados apontam que para obtenção de uma boa saúde ocupacional, demanda ações de
prevenção adequadas, para evitar a exposição de riscos ocupacionais. Desta forma, programas
de orientação postural para atividades laborais são de suma importância para o melhor
desempenho dos colaboradores e maior produtividade para a organização.
7. Considerações finais
As condições ergonômicas do posto de trabalho dos funcionários da farmácia são desfavoráveis,
mas apresentam grande potencial de melhoria, caso siga as recomendações de um profissional
da área.O objetivo da presente pesquisa foi alcançado,visando propor um melhor ambiente de
trabalho para os funcionários de acordo com as normas regulamentadoras.
Neste sentido é de suma importância um estudo rigoroso que atente para os aspectos
ergonômicos de qualquer organização, para que se realizem adaptações necessárias que
garantirão um melhor aproveitamento dos trabalhadores, promovendo o bem-estar, bom
desempenho e possível aumento da produtividade.
8. Referências
FIALHO, F; SANTOS, N. Manual de Análise Ergonômica no Trabalho. Curitiba: Gênesis, 1995.
Grau de Risco da NR 04. Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE. Disponível
em: < http://www.grcs.com.br/sindisoft/nr4an1.htm>. Acesso em: 24 de maio de 2017.
IIDA, I. Ergonomia: Projeto e Produção; São Paulo - Editora Blucher (2005). 2ª edição
IIDA, I. Ergonomia: Projeto e produção. Rio de Janeiro: Edgar Blucher (1990). 1ª edição
KROEMER, K.H.E. & GRANDJEAN, E. Manual de Ergonomia: Adaptando o Trabalho ao Homem; Porto
Alegre – Editora Bookman (2006). 5ª edição.
ZANOTELLI, B. G. et al. Análise ergonômica do ambiente de trabalho dos funcionários da biblioteca da
universidade de Passo fundo – RS, Passo Fundo, 2005. Disponível em:
<http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/alternativa/analise_ergonomica/analise_ergono
mica.htm>Acesso em: 24 de maio de 2017.
Norma Regulamentadora NR17. Disponível em
<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr17.htm>.Acesso em 24 de maio de 2017.

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