Lucro Real e Lucro Presumido 2018

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

Alteração no Reconhecimento de Receitas (Novos


Aspectos Contábeis e Tributários)
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

Lucro Real e Lucro Presumido 2018


Alteração no Reconhecimento de Receitas (Novos
Aspectos Contábeis e Tributários)

As informações técnico-legais utilizadas neste curso foram elaboradas conforme a legislação vigente até o dia
da data de sua elaboração: 18/01/2018

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
SÃO CONTRIBUINTES

• As Pessoas Jurídicas
• As Empresas Individuais
• As disposições tributárias do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades,
registradas ou não nos órgãos competentes.
Fonte: art. 146 RIR/99

O CTN em seu artigo 3º define: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória,


em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada”.

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O fato gerador do imposto sobre a renda é a aquisição da disponibilidade


econômica ou jurídica da renda ou proventos de qualquer natureza.
(CTN – art. 43 da Lei 5.172/66)

Em relação às Pessoas Jurídicas, a ocorrência do fato gerador se dá pela:


1. Obtenção de resultado positivo (lucros) em suas operações industriais,
mercantis ou de prestação de serviços;
2. Dos acréscimos patrimoniais decorrentes de ganho de capital (Receita não
Operacionais).

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

O que fundamenta sua necessidade?

1. No Brasil existem cerca de 92 tipos de tributos, entre impostos, taxas,


contribuições de melhoria e as contribuições sociais.

2. Alta carga tributária irá depender do porte da empresa.

3. Alta carga tributária a ser entregue é cerca de 35 % do Faturamento.

4. Somente o ônus do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro


das empresas pode corresponder a 51,51% do Lucro Líquido apurado.

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

CONCEITUAÇÃO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Sistema legal que visa diminuir o pagamento de tributos.

Todas as formas licitas utilizadas pelas empresas com o propósito de minimizar


os custos são respeitadas pela Fazenda Pública.

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Nas empresas a quem cabe o papel de elaborar o Planejamento Tributário?

Contadores, Advogados Tributaristas e Administradores.

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É extremamente importante que a decisão tributária seja efetivada, anualmente,
pelos administradores empresariais, relativamente às opções: Lucro Real, Lucro
Presumido ou Simples Nacional.

1. A legislação não permite mudança de sistemática no mesmo exercício, a opção


por uma das modalidades será definitiva.

2. Se a decisão for equivocada, ela terá efeito no ano todo.

3. A opção é definida no primeiro pagamento do imposto (que normalmente é


recolhido em fevereiro de cada ano).

4. No caso das optantes pelo Simples Nacional, por opção até o último dia útil de
janeiro.

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ELISÃO FISCAL
EVASÃO FISCAL
FORMA LÍCITA.
FORMA ILÍCITA.
Utilização de procedimentos,
Utilização de procedimentos que
preferidos, autorizados ou
violam diretamente a lei fiscal.
não proibidos por lei, mesmo
prejudicando o tesouro.

ELUSÃO FISCAL
A Elusão Fiscal são atos qualificados como
fraudulentos, pois não são realizados com
o propósito verdadeiro daquele negócio, ou
seja, são desprovidos de causa negocial.
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO LEGAL == > pode ajudar na redução da carga


tributária de sua empresa.

É importante nesse momento atual fazer uma simulação sobre as formas de


tributação existentes, com destaque:
LUCRO REAL E PRESUMIDO.

A escolha é feita no início da ano e não poderá ser alterada durante o ano.

É importante que o contribuinte faça um estudo, confrontando-os, para que possa


fazer a melhor opção e lhe traga economia tributária.

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EVOLUÇÃO HISTÓRICO LEGISLATIVO

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EVOLUÇÃO HISTÓRICO LEGISLATIVO

• Com o advento da IN RFB 1.420/13 da Lei 12.973/14, as empresas optantes pelo


regime tributário do Lucro Presumido passam a ter a obrigatoriedade de
apresentar a ECD – Escrituração Contábil Digital, conhecida como SPED Contábil
e a ECF – Escrituração Contábil Fiscal QUE SUBSTITUIU A DIPJ – Declaração de
Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas.

• Para que seja possível a elaboração e transmissão das obrigações acessórias,


as PJ precisam manter uma ADEQUADA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL, condizente
com as Normas Brasileiras de Contabilidade, entretanto, muitas empresas NÃO
POSSUEM UMA ESCRITURAÇÃO ADEQUADA e precisarão realizar um Balanço
de abertura para migrar para o novo modelo.

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EVOLUÇÃO HISTÓRICO LEGISLATIVO

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

EVOLUÇÃO HISTÓRICO LEGISLATIVO


LEI Nº 11.638/2007

ALTERAÇÃO DA LEI 6.404/76:


Os lançamentos de ajuste efetuados exclusivamente para harmonização de normas
contábeis, e as demonstrações e apurações com eles elaboradas NÃO PODERÃO
SER BASE DE INCIDÊNCIA DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES NEM QUAISQUER
OUTROS EFEITOS TRIBUTÁRIOS.

Conceito de “ajuste fiscal”


por intermédio da ECF (E-Lalur)

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EVOLUÇÃO HISTÓRICO LEGISLATIVO


LEI Nº 11.941/2009

LEI 11.941/09 – art. 15º


Fica instituído o Regime Tributário de Transição – RTT de apuração do Lucro Real,
que trata dos ajustes tributários decorrentes dos novos métodos e critérios
contábeis introduzidos pela Lei 11.638/07 e pelos artigos 37 e 38 desta lei.

§ 1º O RTT vigerá até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos tributários dos
novos métodos e critérios contábeis, buscando a neutralidade tributária. (FCONT)

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EVOLUÇÃO HISTÓRICO LEGISLATIVO
LEI Nº 11.941/2009

Art. 16º - As alterações que modifiquem o critério de reconhecimento de receitas,


custos e despesas computadas na apuração do Lucro Líquido do exercício, NÃO
TERÃO EFEITOS PARA FINS DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL DA PESSOA
JURÍDICA SUJEITA AO RTT, DEVENDO SER considerados para fins tributários, os
métodos e critérios vigentes em 31 de dezembro de 2007.

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EVOLUÇÃO HISTÓRICO LEGISLATIVO


ECD - ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL
IN SRF 1.420 - 19/12/2013

A ECD é parte integrante do SPED e tem por objetivo SUBSTITUIR A ESCRITURAÇÃO EM


PAPEL pela transmitida via arquivo, ou seja, em versão digital, os seguinte livros:

I. Diário e seus auxiliares

II. Razão e seus auxiliares

III. Balancetes, Balanços e Fichas de Lançamentos

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

ECD – OBRIGATORIEDADE:
FATOS CONTÁBEIS A PARTIR DE 01 DE JANEIRO DE 2014

1. PJ sujeita ao Lucro Real.

2. PJ sujeita ao Lucro Presumido que distribuírem, a título de Lucros, SEM INCIDÊNCIA DO


IRRF, parcelas dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo do Imposto,
diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita.

3. PJ imunes e isentas obrigadas a EFD Contribuições nos termos da IN 1.252/12

4. SCP como livros auxiliares do sócio ostensivo


Fonte: IN 1.486/2014 e IN 1.510/2014

EVOLUÇÃO HISTÓRICO LEGISLATIVO

Pessoas Jurídica do segmento de Construção Civil dispensadas de apresentar a


EFD ICMS-IPI e obrigadas a escriturar o Livro de Registro de Inventário, devem
apresentá-lo na ECD, como um livro auxiliar.

Para os demais a ECD é facultativa.

IN RFB Nº 1.486/2014

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EVOLUÇÃO HISTÓRICO LEGISLATIVO

PERÍODO DA ESCRITURAÇÃO ECD - PRAZO DE ENTREGA

Último dia útil do mês de Maio do ano seguinte


Situação Normal
ao ano calendário a que se refere a Escrituração

Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, Até o último dia útil do mês de maio do ano de
fusão ou incorporação ocorridas de janeiro a ocorrência.
abril o prazo será: Fonte: IN RFB nº 1679/2016

Situação especial ocorrida de junho a dezembro


do ano da entrega da ECD para situações
Último dia do mês seguinte ao do evento.
normais (extinção, cisão parcial, cisão total,
fusão ou incorporação).

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EVOLUÇÃO HISTÓRICO LEGISLATIVO


ECF - ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL
IN SRF 1.422 - 19/12/2013

A ECF é um dos mais novos projetos Deverá entregar a ECF, todas as


do Sistema Público de Escrituração Pessoas Jurídicas e equiparadas,
Digital (SPED) que substituirá a exceto...
entrega DIPJ 2015 (ano-calendário
2014) e a escrituração do Lalur, ▪ Simples Nacional
reunindo informações da apuração ▪ Órgãos públicos, autarquias
do IRPJ e da CSLL, além de ter ▪ Fundações públicas
informações oriundas da ECD. ▪ Empresas Inativas

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

EVOLUÇÃO HISTÓRICO LEGISLATIVO


TRANSMISSÃO DA ECF

Como regra geral, será transmitida de forma centralizada pela matriz

Exceção:
Sócias ostensivas de Sociedades em Conta de Participação (SCP), que deverá ser
transmitida separadamente, para cada SCP, além da transmissão da sócia ostensiva.

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EVOLUÇÃO HISTÓRICO LEGISLATIVO


PRAZO PARA ENVIO DA ECF – IN RFB Nº 1.633/2016

A ECF será transmitida anualmente ao SPED ATÉ O ÚLTIMO DIA ÚTIL DO MÊS DE
JULHO DO ANO CALENDÁRIO SUBSEQÜENTE.

Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECF
deverá ser entregue pelas Pessoas Jurídicas extintas, cindidas, fusionadas,
incorporadas e incorporadoras, até o último dia útil do 3º(terceiro) mês subsequente
ao do evento.

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EVOLUÇÃO HISTÓRICO LEGISLATIVO

Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, ocorridos de
janeiro a abril do ano-calendário, O PRAZO SERÁ ATÉ O ÚLTIMO DIA ÚTIL DO MÊS DE
JULHO DO REFERIDO ANO, mesmo prazo da ECF para situações normais relativas ao
ano-calendário anterior.

A ECF deverá ser assinada digitalmente mediante certificado emitido por entidade
credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a fim de
garantir a autoria, a autenticidade, a integridade e a validade jurídica do documento
digital.

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PENALIDADES
0,25% por mês-calendário ou fração, do LAIR,
limitada a 10%.

Lucro Limite até R$100.000,00 - PJ com RB ano anterior


Real até R$ 3.600.000,00

Limite até R$5.000.000 - PJ com RB ano anterior


Multas por atraso maior R$ 3.600.000,00
no envio da
ECF Se Prejuízo, usar o lucro do período anterior,
atualizado pela selic.
Lucro
Presumido R$ 500,00 por mês calendário.

Nota: Entrega com incorreções/omissões: 3%, não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor omitido, inexato ou
Incorreto. Não será devida se corrigir as inexatidões, incorreções, ou omissões, antes de iniciado qualquer
procedimento de ofício.

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES TRIBUTÁRIAS

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OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS FEDERAIS EM 2018

LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO


DIRF 28/02/2018 DIRF 28/02/2018
ECD 31/05/2018 ECD 31/05/2018
ECF 31/07/2018 ECF 31/07/2018
EFD-CONTRIBUIÇÕES MENSAL EFD-CONTRIBUIÇÕES MENSAL
DCTF MENSAL DCTF MENSAL
E-FINANCEIRA SEMESTRAL N/A N/A
PARA 2018:
E-Social
EFD-Reinf
Bloco K - ECD
DCTF WEB

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CONCEITUAÇÃO SOBRE LUCRO PRESUMIDO

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MODALIDADES TRUBUTÁRIAS DAS PJ NO BRASIL

SIMPLES NACIONAL LUCRO PRESUMIDO LUCRO REAL

ME Anual

EPP Maioria das Empresas Trimestral

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

ATUALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA IRPJ / CSLL


E SEUS REFLEXOS EM 2018
LUCRO PRESUMIDO

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QUAIS AS EMPRESAS PODE OPTAR PELO LUCRO PRESUMIDO

É uma modalidade optativa de apurar o Lucro e, consequentemente, o Imposto de


Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social sobre o Lucro das empresas
que NÃO ESTIVEREM OBRIGADAS À APURAÇÃO DO LUCRO REAL.

A sistemática de tributação pelo Lucro Presumido é regulamentada pelos artigos


516 a 528 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999).

Nota: O Lucro Presumido é a forma de tributação simplificada do Imposto de Renda (IR) e


Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL).

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MOMENTO PELA OPÇÃO AO LUCRO PRESUMIDO

Mediante pagamento do IRPJ e da


LUCRO PRESUMIDO :
CSLL do 1º Trimestre, até o último
Regime Trimestral dia útil do mês de Abril.

IRPJ == > 2089


CÓDIGO DO
DARF
CSLL == > 2372

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MOMENTO PELA OPÇÃO AO LUCRO PRESUMIDO

NOTA: == > A Pessoa Jurídica que houver pago o imposto com base no LUCRO
PRESUMIDO e que, em relação ao mesmo ano calendário, incorrer em situação
de obrigatoriedade de apuração pelo Lucro Real por ter auferido lucros,
rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, por exemplo, deverá
apurar o IRPJ e a CSLL sob o regime de apuração pelo LUCRO REAL
TRIMESTRAL a partir, inclusive, do trimestre da ocorrência do fato.

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

No ano calendário anterior tiveram


Que não estejam obrigadas à tributação
Receita Bruta total que acrescida das
pelo Lucro Real em função da atividade
demais receitas e dos ganhos de capital,
exercida ou pela constituição societária.
não seja Superior a R$ 78.000.000,00

OPÇÃO PELO
LUCRO
PRESUMIDO

A PARTIR DE 1999
LIMITES :
• As sociedades civis;
1.996 == > $ 12.000.000,00
• Explorem Atividades rural;
1.997 == > $ 24.000.000,00
• Sociedades por ações c.a.
2.003 == > $ 48.000.000,00 • Compra venda loteamento
2.014 == > $ 78.000.000,00 • Que tenham sócios no
exterior, etc..

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BASES PRESUMIDAS APLICADAS

Em relação ao IRPJ, existem 4 percentuais que podem ser aplicados sobre a


RECEITA BRUTA de cada trimestre para apuração da base de cálculo (1,6%,
8%,16% e 32%), conforme o ramo de atividade.

Em relação à CSLL há dois percentuais que podem ser aplicados para apuração
da base de cálculo (12% e 32%).

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BASES PRESUMIDAS APLICADAS

Após a essa base de cálculo, adicionar as demais receitas (Exemplo: receita


financeira, ganho de capital), em seguida aplica-se a alíquota de 15% (mais
adicional de 10%) para obter o valor do IRPJ e de 9% para CSLL.

Opção da receita reconhecida PELO REGIME DE CAIXA (efetivo recebimento).

Nota: == > Para este regime pouco importa os valores das “Custos e Despesas”,
pois o cálculo toma-se por base somente as receitas recebidas .

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ALTERAÇÃO DE REGIME TRIBUTÁRIO

OCORRÊNCIA DE SITUAÇÃO DE OBRIGATORIEDADE AO LUCRO REAL


DURANTE O ANO CALENDÁRIO

A Pessoa Jurídica que houver pago o imposto com base no Lucro Presumido e que,
em relação ao mesmo ano calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de
apuração pelo Lucro Real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital
oriundos do exterior, deverá apurar o IRPJ e CSLL sob o regime de apuração do
Lucro Real trimestral, a partir inclusive, do trimestre da ocorrência do fato.

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

TABELA DE PERCENTUAIS PRESUNÇÃO DO LUCRO


ATIVIDADES %
1. Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás
1,6%
natural.

1. Venda de produtos de fabricação própria.


2. Venda de mercadorias adquiridas para revenda.
3. Industrialização de produtos em que a matéria-prima, ou o produto intermediário ou o
material de embalagens tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização.
4. Atividade rural.
8%
5. Serviços hospitalares.
6. Transporte de cargas.
7. Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária de imóveis construídos ou adquiridos para
revenda.
8. Outras atividades não caracterizadas como prestação de serviços.

1. Prestação de serviços de transporte, exceto de cargas.


2. Prestação exclusiva de serviços (exceto serviços hospitalares, de transporte e relativos ao 16%
exercício de profissões legalmente regulamentadas), desde que a Receita Bruta anual da
Pessoa Jurídica não exceda o limite de R$ 120.000,00. Fonte: RIR/1999, art. 519, § 4º.

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TABELA DE PERCENTUAIS PRESUNÇÃO DO LUCRO


ATIVIDADES %
1. Prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativos ao exercício de profissão legalmente
regulamentadas.
2. Intermediação de negócios, inclusive corretagem (seguros, imóveis, etc.) e representação
comercial .
3. Administração, locação ou cessão de bens imóveis ou direitos de qualquer natureza.
4. Construção por administração ou por empreitada de mão-de-obra.
32%
5. Prestação de outros serviços, inclusive :
a) Serviços de suprimento de água tratada e a conseqüente coleta e tratamento de
esgotos, cobradas diretamente dos usuários;
b) Exploração de rodovia mediante cobrança de preço dos usuários, envolvendo
execução de serviços de conservação, manutenção, melhoramento para capacidade e
segurança de trânsito, operação monitoramente, assistência aos usuários e outros
definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais.

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Os ganhos de capitais
Os rendimentos de
auferidos na alienação
aplicações financeiras
de bens e direitos

DEMAIS RECEITAS
E OUTROS
RESULTADOS

Os ganhos líquidos Os juros recebidos a título


obtidos no mercado de remuneração sobre o capital
de renda variável Investido em outra empresa

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Os juros ativos e os
Demais receitas, rendimentos
Descontos obtidos em
e resultados positivos
pagamentos de obrigações

DEMAIS RECEITAS
E OUTROS
RESULTADOS

No caso de diversificação de atividades de uma


mesma empresa, deverá ser adotado o percentual de
Lucratividade correspondente a cada uma dela.

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

TODOS DEMAIS RESULTADOS POSITIVOS OBTIDOS


PELA PESSOA JURÍDICA

1. Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas


controladoras, controladas, coligadas ou interligadas;

2. Os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de


valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;

3. A receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica;

4. Os juros equivalentes à taxa Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente,


relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;

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TODOS DEMAIS RESULTADOS POSITIVOS OBTIDOS


PELA PESSOA JURÍDICA

5. O valor correspondente ao Lucro Inflacionário realizado no período em conformidade


com o disposto no art. 36 da IN SRF nº 93, de 1997;

6. Multas e outras vantagens por rescisão contratual;

7. Os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas


no recebimento de créditos, salvo se o contribuinte comprovar não os ter deduzido
em período anterior no qual tenha se submetido à tributação com base no Lucro Real,
ou que tais valores se refiram a período a que tenha se submetido ao Lucro
Presumido ou Arbitrado;

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TODOS DEMAIS RESULTADOS POSITIVOS OBTIDOS
PELA PESSOA JURÍDICA

8. A diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de


instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o
valor dos bens e direitos que tenha sido entregue para a formação do referido
patrimônio.

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DEDUÇÕES NO LUCRO PRESUMIDO

SOBRE A RECEITA BRUTA PODE-SE EXCLUIR


1 Vendas canceladas ou anuladas;
2 Devoluções de vendas;
3 Descontos concedidos incondicionalmente;
4 Receita de Equivalência Patrimonial (investimento interno);

5 Receita de dividendos (quando transita pela DRE);

6 IPI cobrado destacadamente do comprador;


ICMS, IPI, COFINS, quando devidos pelo contribuinte substituto no regime de
7
substituição tributária;

Saídas que não decorram de vendas, como por exemplo transferências de


8
mercadorias pra outros estabelecimentos da mesma empresa.

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

APROPRIAÇÃO PELO REGIME DE CAIXA

A receita proveniente de vendas de bens ou direitos ou de prestação de


serviços, cujo preço seja recebido a prazo ou em parcelas, PODERÁ ser
computada na base de cálculo do Lucro Presumido somente NO MÊS DO
EFETIVO RECEBIMENTO.
Fonte: IN SRF nº 1515/2016.

Nota: É importante lembrar que o Regime de “Caixa” distorce o resultado


contábil das empresas, porém em algumas situações pode ser mais vantajoso
do ponto de vista tributário.

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DETERMINAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO

ALÍQUOTA

O imposto devido em cada trimestre é calculado mediante a aplicação da alíquota de


15% (quinze por cento) sobre a base de cálculo.

ADICIONAL

A parcela do Lucro Presumido que exceder ao resultado da multiplicação de R$


20.000,00 (vinte mil reais) pelo número dos meses do respectivo período de apuração
sujeita-se à incidência do adicional à alíquota de 10% (dez por cento).

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CSLL – LUCRO PRESUMIDO

Além do IRPJ, a empresa optante pelo Lucro Presumido deverá recolher a Contribuição
Social sobre o Lucro Presumido (CSLL), também pela forma presumida.

Escolhida a opção, deverá proceder á tributação, tanto do IRPJ quanto da CSLL, pela
forma escolhida.

ALÍQUOTA

A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido devida em cada trimestre é calculado


mediante a aplicação da alíquota de 9% (nove por cento) sobre a base de cálculo.

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CSLL – LUCRO PRESUMIDO

A partir de 01.09.2003, por força do art. 22 da Lei 10.684/2003, a base de cálculo da CSLL,
devida pelas Pessoas Jurídicas optantes pelo Lucro Presumido corresponderá a:

Da Receita Bruta nas atividades comerciais,


12% industriais, serviços hospitalares e de
transporte.

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

CSLL – LUCRO PRESUMIDO

Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços


hospitalares e transporte

32% Intermediação de negócios

Administração, locação ou cessão de bens imóveis,


móveis e direitos de qualquer natureza

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CSLL – LUCRO PRESUMIDO

Nota: Para a apuração da base de cálculo da CSLL, nas Prestadoras de Serviços (com
algumas exceções), o percentual de presunção será sempre de 32,00%, não tendo o
benefício de redução para o faturamento anual de até R$ 120.000,00, como ocorre com o
IRPJ, para as prestadoras de serviços citadas.

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CSLL – LUCRO PRESUMIDO

PREJUÍZO FISCAL

No regime do Lucro Presumido, NÃO HÁ COMPENSAÇÃO de base de cálculo negativa


da CSLL bem como de Prejuízo Fiscal, visto que a tributação se dá pelo faturamento.

Porém, nos casos em que a PJ tenha sido tributada em períodos anteriores com base
no Lucro Real, caso haja saldo de base de cálculo negativa e prejuízo fiscal, quando
da entrada no Lucro Presumido, poderá manter em seus registros fiscais, para
compensação quando retornar ao Lucro Real.

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EXERCÍCIO Nº 1

Calcular o Imposto de Renda devido por uma Pessoa Jurídica optante pela tributação
com base no Lucro Presumido que no PRIMEIRO TRIMESTRE do ano de 2017
apresentou os seguintes dados em seus registros:

1. Auferiu receita com vendas de mercadorias no valor total de R$ 427.500,00;


2. Auferiu receita com a prestação de serviço no valor de R$ 28.500,00;
3. Percebeu rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa de R$ 3.325,00, sobre
os quais foi retido Imposto de Renda na Fonte de R$ 665,00;
4. Vendeu bens do Ativo Permanente, tendo apurado nessa transação ganho de
capital de R$ 8.550,00 e
5. Não percebeu outras receitas ou resultados nem teve qualquer outro valor que
devesse ser computado na base de cálculo do imposto.

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 1
CÁLCULOS:

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 1
CÁLCULOS:

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 1

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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 1
II – IMPOSTO DEVIDO NO TRIMESTRE:

Nota: O DARF para pagamento do IRPJ devido com base no Lucro Presumido deve ser
preenchido (campo 04) com o código == > 2089.

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Lucro Real e Lucro Presumido 2018

IRPJ – EXEMPLO DE CÁLCULO LUCRO PRESUMIDO


CÁLCULO DO IRPJ VALOR
Receita Bruta do Trimestre R$ 350.000,00
(x)% da atividade (serviços) 32,00%
(=) Base presumida R$ 112.000,00
(+) Outras receitas R$ 30.000,00
(=) Base Presumida do IRPJ R$ 142.000,00
(x)% de Imposto de Renda 15,00%
(=) Imposto de renda R$ 21.300,00
(-) Limite adicional ($ 142.000 - $ 60.000) R$ 82.000,00
(x) % do adicional do Imposto de Renda 10,00%
( = ) Adicional do Imposto de Renda R$ 8.200,00
( = ) Total do IRPJ + Adicional R$ 29.500,00
( - ) Retenção do IRRF só de serviços profissionais. xxxxxxxxxxxxx

- 57 -

CSLL – EXEMPLO DE CÁLCULO LUCRO PRESUMIDO

CÁLCULO DA CSLL VALOR


Receita Bruta do mês R$ 350.000,00
(x) % da atividade (serviços) 32,00%
(=) Base presumida R$ 112.000,00
(+) Outras receitas R$ 34.000,00
(=) Presumida do CSLL R$ 146.000,00
(x) % da CSLL 9,00%
(=) Total da CSLL R$ 13.140,00
(-) Retenção na fonte da CSLL R$ 2.000,00
(=) CSLL a recolher R$ 11.140,00

- 58 -

31
LUCROS OU DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS AOS SÓCIOS

A Legislação do IR estabelece que os valores pagos a sócios ou acionistas ou a


titular da empresa tributada pelo Lucro Presumido, a título de lucros ou dividendos,
FICAM ISENTOS DO IRRF, independentemente da apuração contábil.

Nota: Essa isenção, alcança somente o valor da base de cálculo do IRPJ,


deduzido do valor devido relativo ao IRPJ, CSLL, PIS e COFINS.

- 59 -

LUCROS OU DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS AOS SÓCIOS

Utilizando os mesmos dados do exercício nº 1, e considerando ainda, que, naquele


trimestre, a CSLL sobre o Lucro, o PIS e a COFINS devidos pela empresa fossem,
respectivamente, de R$ 6.506,55, R$ 2,985,61 e R$ 13,779,72, teríamos:

Base de cálculo do IRPJ devido no trimestre R$ 55.195,00


( - ) IRPJ devido (R$ 8.279,25)
( - ) CSLL devida no trimestre (R$ 6.506,55)
( - ) PIS devido no trimestre (R$ 2.985,61)
( - ) COFINS devida no trimestre (R$ 13.779,75)
( = )Valor distribuível c/ isenção do imposto == > R$ 23.643,84

- 60 -

32
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

EXERCÍCIO Nº 2
Com os dados baixo e admitindo que esta empresa trabalha com a sistemática do
Lucro Presumido, determine o valor efetivo do Impostos de Renda e da Contribuição
Social a pagar.
3º TRIMESTRE DE 2016 VALOR
Venda de mercadoria no trimestre 3.000.000,00

Venda de serviços no trimestre 500.000,00

Renda com aplicação financeira 20.000,00


Descontos obtidos 5.000,00
Ganho de Capital 30.000,00
Despesas Operacionais 600.000,00
IRRF sobre Aplicação Financeira 4.000,00

- 61 -

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 2
CÁLCULOS:

- 62 -

33
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 2
CÁLCULOS:

- 63 -

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 2

- 64 -

34
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

CONCEITUAÇÃO SOBRE LUCRO REAL

- 65 -

OPÇÃO PELA TRIBUTAÇÃO


LUCRO REAL

- 66 -

35
CONCEITUANDO LUCRO REAL

BASE LEGAL PARA O LUCRO REAL


Decreto nº 3000 de 26/03/1999: Arts. 246 a 515

LUCRO REAL
É o Lucro Contábil apurado, conforme a Legislação Societária (Lei 6.404/76),
ajustados pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas
pela legislação fiscal vigente, ou seja, Regulamento do Imposto de Renda – Decreto
nº 3000/99 – Art. 247.

- 67 -

EMPRESAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL

ESTÃO OBRIGADAS à apuração do LUCRO REAL no ano de 2017 e, portanto, ficam


impedidas de optar pelo LUCRO PRESUMIDO as Pessoas Jurídicas:

1. Cuja Receita Total, no ano anterior, tenha sido superior ao limite de R$ 78 milhões;

2. Atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de


desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos,
valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros
privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

- 68 -

36
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

EMPRESAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL

3. Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do Exterior; (oriundos


de aplicação, filiais ou de participações societárias IN SRF 213/02)

4. Usufruam benefícios fiscais do IRPJ, calculados com base no Lucro da Exploração;

5. No ano, tenham efetuado pagamento mensal do IRPJ pelo Regime de Estimativa;

6. Que explorem as atividades de FACTORING;

7. Que sejam Sociedade de Propósito Específico formada por PME optantes Simples
Nacional;

- 69 -

EMPRESAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL

8. Que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiro e


agronegócio;

9. Agências de fomento referidas no art. 1º da MP nº 2.192-70/2001.


As agências de fomento são instituições financeiras não bancárias, regulamentadas
BACEN.

10. Dediquem à construção, incorporação, compra e venda de imóveis que tenham


custo orçado.

- 70 -

37
LUCRO REAL

No regime do Lucro Real TRIBUTA-SE O


LUCRO (receitas menos despesas necessárias
e comprovadas), o qual é obtido pela
TRIMESTRAL contabilidade e AJUSTADO de acordo com a
ANUAL
legislação fiscal, via Lalur/Lacs (com as
adições e exclusões).

Sobre essa base de cálculo (Lucro Real/ para IRPJ) aplica-se o percentual de 15%
(mais adicional de 10%), e de 9% para a CSLL.

- 71 -

MOMENTO PELA OPÇÃO AO LUCRO REAL

Mediante pagamento do IRPJ


LUCRO REAL REGIME ANUAL :
e da CSLL até o último dia do
Antecipações mensais com base em
mês de Fevereiro.
Balancete ou Receita Bruta.

LUCRO REAL - REGIME TRIMESTRAL: Mediante pagamento do IRPJ


Antecipações Trimestrais com base em e da CSLL até o último dia do
Balancete ou Receita Bruta. mês de Abril.

- 72 -

38
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

MOMENTO PELA OPÇÃO AO LUCRO REAL


Nota: Pessoa Jurídica com Prejuízo Fiscal durante o ano: == > Opção se dará na
entrega da ECF, com evidência antecipada na DCTF mensal.

CÓDIGO
REGIME DE TRIBUTAÇÃO
DARF
5993 IRPJ - PJ NÃO OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ESTIMATIVA MENSAL

3373 IRPJ - PJ NÃO OBRIGADAS AO LUCRO REAL - BALANÇO TRIMESTRAL


IRPJ - PJ OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ENTIDADES NÃO FINANCEIRAS BALANÇO
0220
TRIMESTRAL
IRPJ - PJ OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ENTIDADES NÃO FINANCEIRAS
2362
ESTIMATIVA MENSAL
IRPJ - PJ OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ENTIDADES FINANCEIRAS BALANÇO
1599
TRIMESTRAL
IRPJ - PJ OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ENTIDADES FINANCEIRAS ESTIMATIVA
2319
MENSAL

OPÇÃO E FORMA DE TRIBUTAÇÃO

1. LUCRO REAL TRIMESTRAL

• É apurado na forma da Lei 9.430/96. A Pessoa Jurídica terá que apurar o resultado tributável a
cada trimestre, o qual, em termos práticos, será considerado como um exercício diferente,
embora na Declaração de Informações da Pessoal Jurídica – DIPJ, apresentada anualmente,
(atualmente substituída pela ECF) conste o resultado dos quatro trimestres.

• No Lucro Real Trimestral, o lucro do trimestre anterior NÃO PODE SER COMPENSADO com o
Prejuízo Fiscal de trimestres seguintes, ainda que dentro do mesmo ano calendário.

• O Prejuízo Fiscal de um trimestre só poderá reduzir até o limite de 30% DO LUCRO REAL dos
trimestres seguintes.

- 74 -

39
LUCRO REAL TRIMESTRAL

Exemplo 1: Empresa que inicia atividade em janeiro de 2016: estimada a alíquota


da CSLL e do IRPJ em 30%, hipoteticamente sobre o Lucro já ajustado.

DADOS 1º TRIM. 2º TRIM. 3º TRIM. 4º TRIM. SOMA

Lucro (80.000,00) (50.000,00) 90.000,00 30.000,00 (10.000,00)

Compensação -o- -o- (27.000,00) (9.000,00)

Base de Cálculo (80.000,00) (50.000,00) 63.000,00 21.000,00

Tributos -o- -o- 18.900,00 6.300,00 25.200,00

- 75 -

LUCRO REAL TRIMESTRAL

Nota 1: Se tomarmos todo o ano-calendário, percebemos que a empresa fechou


no vermelho (R$ 10.000,00 de prejuízo), no entanto pagou R$ 25.200,00 (R$
18.900,00 + R$ 6.300,00), QUE É DEFINITIVO. Se estivesse no Lucro Anual, o
tributo não seria devido, visto que o Prejuízo Fiscal apurado no decorrer do ano
seria compensado sem o limite de 30%.

- 76 -

40
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

LUCRO REAL TRIMESTRAL

Exemplo 2: Empresa que inicia atividade em janeiro de 2016: estimada a alíquota da


CSLL e do IRPJ em 30%, hipoteticamente sobre o Lucro já ajustado.

DADOS 1º TRIM. 2º TRIM. 3º TRIM. 4º TRIM. SOMA

Lucro 80.000,00 50.000,00 (100.000,00) (40.000,0)0 (10.000,00)

Tributos 24.000,00 15.000,00 -o- -o- 39.000,00

- 77 -

OPÇÃO E FORMA DE TRIBUTAÇÃO

2. LUCRO REAL ANUAL

a) ESTIMATIVA MENSAL == > Na apuração do Lucro Real Anual, a Pessoa Jurídica


contribuinte deverá antecipar o pagamento mensalmente, apurando o valor por
estimativa, CALCULANDO ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE PERCENTUAL SOBRE
O FATURAMENTO E DEMAIS RECEITAS MENSAIS, percentual este que ira
variar de acordo com atividade da Pessoa Jurídica – REGRA IDÊNTICA À
APURAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO.
Art. 223 RIR/99

- 78 -

41
OPÇÃO E FORMA DE TRIBUTAÇÃO

2.1. LUCRO REAL ANUAL

b. LUCROS ACUMULADOS == > Na apuração do Lucro Real Anual, a Pessoa


Jurídica contribuinte poderá a qualquer momento, efetuar um balancete de
SUSPENSÃO OU REDUÇÃO, a fim de verificar se o valor que está sendo pago
justifica-se, ou se estar antecipando menos imposto, comparado com o
apurado com a base no faturamento e demais receitas mensais. Assim a
função do levantamento do balancete é de suspendes ou reduzir o pagamento
do imposto, confrontando o que for apurado com o que já foi pago.

Art. 230 RIR/99 e art. 35 da Lei 8.981/95 e Lei 9.065/95.)

- 79 -

EXERCÍCIO Nº 3

Com os dados apresentados a seguir referente a Jan, Fev e Mar de 2017, e admitindo
que a empresa é tributada através do Lucro Real Anual e que não há ajustes a serem
realizados no LALUR, realize os cálculos do Imposto de Renda, do adicional de Imposto
de Renda se houver, bem como o cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido,
sob os dois regimes apresentados nas explicações anteriores, ou seja, Lucro Real Anual
pelo Balancete de Redução e Suspensão bem como pelo Lucro Real Anual pelo Regime
por Estimava.

Após os cálculos, determine mês a mês qual dos regimes será mais vantajoso para
empresa.

Efetuar a devidas contabilizações, apenas referente ao mês de Janeiro/2017.

- 80 -

42
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – JANEIRO DE 2017

DESCRIÇÃO VALOR EM R$
Venda de Mercadorias 1.000.000,00
Venda de Serviços 700.000,00
FATURAMENTO 1.700.000,00
( - ) Vendas canceladas – mercadorias (150.000,00)
( - ) Descontos incondicionais – serviços (100.000,00)
( - ) Imposto sobre vendas (hipótese) (330.000,00)
( = ) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 1.120.000,00
( - ) Custo das mercadorias e serviços (340.000,00)
( = ) LUCRO BRUTO 780.000,00
Despesas Operacionais
Com vendas (100.000,00)
Administrativas (180.000,00)
Financeiras (50.000,00)
Tributárias (15.00,00)

- 81 -

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – JANEIRO DE 2017

DESCRIÇÃO VALOR EM R$

RECEITAS OPERACIONAIS

Renda com aplicação financeira 31.000,00

Juros sobre patrimônio líquido 5.000,00

( = ) LUCRO OPERACIONAL 471.000,00

Ganho de capital 10.000,00

Receita de aluguel 6.000,00

( = ) RESULTADO ANTES DA CSLL 487.000,00

( - ) Provisão para CSLL

( = ) RESULTADO ANTES DO IRPJ

( - ) Provisão para IRPJ

( = ) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

- 82 -

43
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL - BALANCETE SUSPENSÃO

CÁLCULOS – BALANCETE:

- 83 -

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL - BALANCETE SUSPENSÃO

CÁLCULOS – BALANCETE:

- 84 -

44
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL PAGTO POR ESTIMATIVA

CÁLCULOS – PAGTO POR ESTIMATIVA :

- 85 -

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL PAGTO POR ESTIMATIVA

CÁLCULOS – PAGTO POR ESTIMATIVA :

- 86 -

45
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL PAGTO POR ESTIMATIVA

- 87 -

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL PAGTO POR ESTIMATIVA

QUADRO COMPARATIVO - JANEIRO DE 2017


TRIBUTO BALANCETE ESTIMATIVA
CSLL Apurada
IRPJ Apurado
TOTAL

ANOTAÇÕES:

- 88 -

46
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3
ANOTAÇÕES:

- 89 -

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3
CONTABILIZAÇÃO: VALOR APURADO POR ESTIMATIVA:

ANOTAÇÕES:

- 90 -

47
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3
CONTABILIZAÇÃO: VALOR APURADO VIA BALANÇO/BALANCETE

ANOTAÇÕES:

- 91 -

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – ACUMULADA


DESCRIÇÃO JAN / 2017 FEV / 2017
Venda de Mercadorias 1.000.000,00 2.500.000,00
Venda de Serviços 700.000,00 1.700.000,00
FATURAMENTO 1.700.000,00 4.200.000,00
( - ) Vendas canceladas – mercadorias (150.000,00) (150.000,00)
( - ) Descontos incondicionais – serviços (100.000,00) (100.000,00
( - ) Imposto sobre vendas (hipótese) (330.000,00) (1.000.000,00)
( = ) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 1.120.000,00 2.950.000,00
( - ) Custo das mercadorias e serviços (340.000,00) (1.600.000,00)
( = ) LUCRO BRUTO 780.000,00 1.350.000,00
DESPESAS OPERACIONAIS:
Com vendas (100.000,00) (300.000,00)
Administrativas (180.000,00) (420.000,00)
Financeiras (50.000,00) (150.000,00)
Tributárias (15.00,00) (45.000,00)

- 92 -

48
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – ACUMULADA


DESCRIÇÃO JAN / 2017 FEV / 2017
RECEITAS OPERACIONAIS:

Renda com aplicação financeira 31.000,00 81.000,00

Juros sobre patrimônio líquido 5.000,00 25.000,00

( = ) LUCRO OPERACIONAL 471.000,00 541.000,00

Ganho de capital 10.000,00 30.000,00

Receita de aluguel 6.000,00 26.000,00

( = ) RESULTADO ANTES DA CSLL 487.000,00 597.000,00

( - ) Provisão para CSLL

( = ) RESULTADO ANTES DO IRPJ

( - ) Provisão para IRPJ

( = ) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

- 93 -

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL - BALANCETE SUSPENSÃO

CÁLCULOS – BALANCETE :

- 94 -

49
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL - BALANCETE SUSPENSÃO

CÁLCULOS – BALANCETE :

- 95 -

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL PAGTO POR ESTIMATIVA

CÁLCULOS – PAGTO POR ESTIMATIVA :

- 96 -

50
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL - BALANCETE SUSPENSÃO

CÁLCULOS – PAGTO POR ESTIMATIVA :

- 97 -

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL PAGTO POR ESTIMATIVA

- 98 -

51
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 LUCRO REAL ANUAL- BALANCETE X ESTIMATIVA

QUADRO COMPARATIVO FEVEREIRO DE 2017

ANOTAÇÕES:

- 99 -

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 LUCRO REAL ANUAL- BALANCETE X ESTIMATIVA

TOTAL A PAGAR EM FEVEREIRO DE 2017


ECONOMIA
TRIBUTO BALANÇO ESTIMATIVA
BALANÇO

ANOTAÇÕES:

- 100 -

52
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - ACUMULADA


DESCRIÇÃO JAN / 2017 FEV / 2017 MAR / 2017
Venda de Mercadorias 1.000.000,00 2.500.000,00 4.200.000,00
Venda de Serviços 700.000,00 1.700.000,00 2.400.000,00
FATURAMENTO 1.700.000,00 4.200.000,00 6.600.000,00
( - ) Vendas canceladas – mercadorias (150.000,00) (150.000,00) (150.000,00)
( - ) Descontos incondicionais – serv. (100.000,00) (100.000,00 (100.000,00)
( - ) Imposto sobre vendas (hipótese) (330.000,00) (1.000.000,00) (1.600.000,00)
( = ) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 1.120.000,00 2.950.000,00 4.750.000,00
( - ) Custo das mercadorias e serviços (340.000,00) (1.600.000,00) (3.000.000,00)
( = ) LUCRO BRUTO 780.000,00 1.350.000,00 1.750.000,00
DESPESAS OPERACIONAIS:
Com vendas (100.000,00) (300.000,00) (650.000,00)
Administrativas (180.000,00) (420.000,00) (720.000,00)
Financeiras (50.000,00) (150.000,00) (200.000,00)
Tributárias (15.00,00) (45.000,00) (70.000,00)

- 101 -

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - ACUMULADA


DESCRIÇÃO JAN / 2017 FEV / 2017 MAR / 2017
RECEITAS OPERACIONAIS:

Renda com aplicação financeira 31.000,00 81.000,00 96.000,00

Juros sobre patrimônio líquido 5.000,00 25.000,00 45.000,00

( = ) LUCRO OPERACIONAL 471.000,00 541.000,00 251.000,00

Ganho de capital 10.000,00 30.000,00 60.000,00

Receita de aluguel 6.000,00 26.000,00 66.000,00

( = ) RESULTADO ANTES DA CSLL 487.000,00 597.000,00 377.000,00

( - ) Provisão para CSLL

( = ) RESULTADO ANTES DO IRPJ

( - ) Provisão para IRPJ

( = ) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

- 102 -

53
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL - BALANCETE SUSPENSÃO

CÁLCULOS – BALANCETE :

- 103 -

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL - BALANCETE SUSPENSÃO

CÁLCULOS – BALANCETE :

- 104 -

54
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL PAGTO POR ESTIMATIVA

CÁLCULOS – PAGTO POR ESTIMATIVA :

- 105 -

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL PAGTO POR ESTIMATIVA

CÁLCULOS – PAGTO POR ESTIMATIVA :

- 106 -

55
RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 - LUCRO REAL ANUAL PAGTO POR ESTIMATIVA

- 107 -

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3 LUCRO REAL ANUAL- BALANCETE X ESTIMATIVA

QUADRO COMPARATIVO – MARÇO DE 2017:


BALANÇO ESTIMATIVA
DESCRIÇÃO
CSLL IRPJ CSLL IRPJ

ANOTAÇÕES:

- 108 -

56
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 3
TOTAL A PAGAR EM MARÇO DE 2017

TRIBUTO BALANÇO ESTIMATIVA

ANOTAÇÕES:

- 109 -

VARIAÇÃO CAMBIAL

- 110 -

57
Variação Cambial

O tratamento tributário aplicável às variações monetárias dos direitos de crédito e das


obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, obedecerá o disposto na
Instrução Normativa RFB nº 1.079/2010.

As variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em


função da taxa de câmbio, serão consideradas, para efeito de determinação da base
de cálculo do IRPJ, da CSLL, da PIS/Pasep e da Cofins, bem como da determinação
do lucro da exploração, QUANDO DA LIQUIDAÇÃO DA CORRESPONDENTE
OPERAÇÃO, SEGUNDO O REGIME DE CAIXA (art. 2º da IN RFB nº 1.079/2010).

- 111 -

Regime de Competência

À opção da Pessoa Jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas na


determinação da base de cálculo dos referidos tributos, segundo o regime de
competência (art. 3º da IN RFB nº 1.079/2010).

A partir do ano-calendário de 2011, o direito de optar pelo regime de competência


somente poderá ser exercido no mês de janeiro ou no mês do início de atividades.

A opção pelo regime de competência deverá ser comunicada à Secretaria da Receita


Federal do Brasil (RFB) por intermédio da DCTF - Declaração de Débitos e Créditos
Tributários Federais relativa ao mês de adoção do regime.

- 112 -

58
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

Alteração de Critério de Reconhecimento

O direito de alteração do REGIME DE COMPETÊNCIA para o REGIME DE CAIXA, no


reconhecimento das variações monetárias, no decorrer do ano-calendário é
restrito aos casos em que ocorra elevada oscilação da taxa de câmbio (art. 5º da IN
RFB nº 1.079/2010, redação dada pela IN RFB nº 1.656/2016).

A alteração deverá ser informada à RFB por intermédio da DCTF relativa ao mês
subsequente ao qual se verificar a elevada oscilação.

- 113 -

Alteração de Critério de Reconhecimento

Ocorre elevada oscilação da taxa de câmbio quando, no período de um mês-


calendário, o valor do dólar dos Estados Unidos da América para venda apurado
pelo Banco Central do Brasil sofrer variação, positiva ou negativa, superior a 10%
(art. 5ºA da IN RFB nº 1.079/2010, incluído pela IN RFB nº 1.656/2016).

A variação será determinada mediante a comparação entre os valores do dólar no


primeiro e no último dia do mês-calendário para os quais exista cotação publicada
pelo Banco Central do Brasil.

- 114 -

59
Alteração de Critério de Reconhecimento de Um Ano para Outro

Na hipótese de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias pelo


REGIME DE CAIXA para o REGIME DE COMPETÊNCIA, deverão ser computadas na
base de cálculo do IRPJ, da CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Cofins, em
31 de dezembro do período de encerramento do ano precedente ao da opção, as
variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações incorridas até essa
data, inclusive as de períodos anteriores ainda não tributadas.

- 115 -

Alteração de Critério de Reconhecimento de Um Ano para Outro

Na hipótese de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias pelo


REGIME DE COMPETÊNCIA para o REGIME DE CAIXA, no período de apuração em
que ocorrer a liquidação da operação, deverão ser computadas na base de cálculo do
IRPJ, da CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Cofins as variações
monetárias dos direitos de crédito e das obrigações relativas ao período de 1º de
janeiro do ano-calendário da opção até a data da liquidação.

- 116 -

60
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

Alteração de Critério de Reconhecimento de Um Ano para Outro

Na hipótese de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias pelo


REGIME DE COMPETÊNCIA para o REGIME DE CAIXA no decorrer do ano-calendário,
prevista no art. 5º da IN RFB nº 1.079/2010 (oscilação da taxa de câmbio), no momento
da liquidação da operação, deverão ser computadas na base de cálculo do IRPJ, da
CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Cofins as variações monetárias dos
direitos de crédito e das obrigações relativas ao período de 1º de janeiro do ano-
calendário da alteração da opção até a data da liquidação (art. 8º da IN RFB nº
1.079/2010).

- 117 -

Alteração de Critério de Reconhecimento de Um Ano para Outro

Ocorrendo a referida alteração deverão ser retificadas as DCTF, Escrituração Fiscal


Digital das Contribuições incidentes sobre a Receita (EFD-Contribuições) e demais
obrigações, cujas informações sejam afetadas pela mudança de regime, relativas aos
meses anteriores do próprio ano-calendário.

- 118 -

61
JCP – JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO

- 119 -

Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio


NECESSIDADE DE REMUNERAR O INVESTIDOR DO CAPITAL

O capital investido em uma entidade gera perspectiva ao investidor, quer ele seja em
forma de aquisições de ações em companhias e/ou em participações societárias
como cotistas.

O Juros sobre o Capital Próprio é uma espécie de remuneração de titular, sócios ou


acionistas de empresa;

Conferiu às Pessoas Jurídicas a faculdade de se deduzir do Lucro Líquido os juros


pagos ou creditados individualmente a sócios ou acionistas a título de remuneração
do capital próprio investido.

- 120 -

62
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio

A entidade tem obrigações com os sócios cotistas e/ou acionistas. Até 31/12/1995
existiu a correção monetária de Balanço, em que corrigia os direitos de sócios.
Com a extinção desta correção a partir de janeiro de 1996, através da edição da
Lei 9.249/95 em seu artigo 9º, concedeu novamente o direito de remunerar o
capital social investido pelos sócios e/ou acionistas, a título de remuneração do
capital próprio.

- 121 -

Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio

Os Juros remuneratórios do capital próprio que forem calculados e contabilizados


pelas Pessoas Jurídicas submetidas à tributação com base no Lucro Real, PODEM
CONSIDERAR OS JUROS DEDUTÍVEIS NA APURAÇÃO DO IR E DA CSLL, desde
que observado o que determinam o RIR/99, art. 347 e IN SRF 11/1996 e 390/2004.

A Pessoa Jurídica poderá deduzir na determinação do Lucro Real, observado o


regime de competência, os juros pagos ou creditados individualizadamente a
titular, sócios ou acionistas, a título de REMUNERAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO,
calculados sobre as contas do PATRIMÔNIO LÍQUIDO e limitados à variação pro
rata dia da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP (Lei n o 9.249, de 1995, art. 9 o ;
RIR/1999, art. 347; e IN SRF n o 93, de 1997, art. 29).

- 122 -

63
Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio

O montante dos juros remuneratórios do capital passível de dedução como despesa


operacional limita-se ao MAIOR DOS SEGUINTES VALORES (RIR/1999, art. 347, § 1 o ):

a) 50% DO LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO DE APURAÇÃO == > a que corresponder o


pagamento ou crédito dos juros, após a dedução da contribuição social sobre o lucro
líquido e antes da provisão para o imposto de renda e da dedução dos referidos juros;
OU

b) 50% DOS SALDOS DE LUCROS ACUMULADOS E RESERVAS DE LUCROS DE


PERÍODOS ANTERIORES == > (as Reservas de Lucros somente foram incluídas para
efeito do limite da dedutibilidade dos juros a partir de 1 o /01/1997, pela Lei n o 9.430, de
1996, art. 78).

- 123 -

Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio

c) Os juros sejam calculados pela TJLP e aplicado sobre o PL (positivo);


d) Os juros sejam pagos ou creditados de forma individualizada a cada sócio.

Beneficiário Pessoa Física, o Imposto de Renda na Fonte sobre os Juros do Capital


Próprio, será considerado TRIBUTAÇÃO DEFINITIVA, ou seja, não entram na base
de cálculo do imposto anual, mas também o Imposto Retido na Fonte não poderá
ser compensado com o imposto devido na declaração.

- 124 -

64
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio

TRIBUTAÇÃO NA FONTE:

Os juros pagos ou creditados sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda na Fonte


à alíquota de 15% na data do pagamento ou crédito aos beneficiários (Pessoa Física
ou Jurídica) residentes no Brasil ou no exterior.

(artigo 668 RIR/99)

- 125 -

Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio

PATRIMÔNIO LÍQUIDO É COMPOSTO PELAS CONTAS:


▪ Capital social
▪ Reservas de Capital
▪ Ajustes de Avaliação Patrimonial
▪ Reservas de Lucros
▪ (-) Ações em Tesouraria
▪ (-) Prejuízos Acumulados
Por não citar a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, recomenda-se transferir saldo
desta conta para conta Reserva de Lucros até sua devida destinação.
(Artigo 178 § 2º, alínea “d”, da Lei 6.404/76)

- 126 -

65
Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio

No cálculo da remuneração sobre o Patrimônio Líquido NÃO SERÁ CONSIDERADO o


valor da Reserva de Reavaliação de bens e direitos da Pessoa Jurídica (Lei n o 9.249,
de 1995, art. 9 o , § 8 o ; e Lei n o 9.959, de 2.000, art. 4º);

Para fins de cálculo do JCP, NÃO SE INCLUEM entre as contas do Patrimônio Líquido
sobre as quais os juros devem ser calculados os valores relativos a AJUSTES DE
AVALIAÇÃO PATRIMONIAL .

(Lei 11.941/2009, art.59, conversão da MP nº 449/2008).

- 127 -

Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio

No encerramento do exercício social, a conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados”


não deve apresentar saldo positivo. Eventual saldo positivo remanescente nesta
conta deve ser destinado para “Reserva de Lucros” nos termos da Lei 6.404/1976,
arts. 194 a 197, ou distribuído como dividendo (IN CVM nº 469/2008, art.5º).

O valor dos Juros pagos ou creditados PODERÁ SER IMPUTADO AO VALOR DOS
DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS a que têm direito os acionistas, na forma do art. 202
da Lei n o 6.404, de 1976 (Lei das S/A), sem prejuízo da incidência do Imposto de
Renda na Fonte (Lei n o 9.249, de 1995, art. 9 o , §7 o ; RIR/1999, art. 347, §§ 2 o e
3 o ; e IN SRF n o11, de 1996, art. 30).

- 128 -

66
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio

Caso a empresa tenha prejuízos acumulados de períodos de apuração anteriores, o


valor destes DEVERÁ SER SUBTRAÍDO do Patrimônio Líquido para efeito do JCP.
Os prejuízos acumulados devem ser classificados em conta retificadora do
Patrimônio Líquido, de modo que a soma dos saldos das contas desse grupo fique
ajustada pela subtração dos prejuízos acumulados.

- 129 -

Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio

Para efeito de cálculo dos JCP, NÃO DEVE SER COMPUTADO, como integrante do
Patrimônio Líquido, O LUCRO DO PRÓPRIO PERÍODO DE APURAÇÃO. As empresas
tributadas pelo regime do Lucro Real Trimestral devem observar que o Lucro de um
trimestre comporá o patrimônio líquido para efeito de compor a base de cálculo dos
JCP nos trimestres seguintes (desde que não distribuídos), ainda que dentro do
mesmo ano.

- 130 -

67
Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio

Os Juros sobre o Capital Social estão sujeitos à incidência do imposto de renda na


fonte, à alíquota de 15%, na data do pagamento ou crédito, os quais terão o seguinte
tratamento no beneficiário (RIR/1999, art. 347):

a) No caso de PESSOAS JURÍDICAS TRIBUTADAS COM BASE NO LUCRO REAL, o


valor dos juros deverá ser considerado como RECEITA FINANCEIRA e o Imposto
Retido pela fonte pagadora será considerado COMO ANTECIPAÇÃO do devido no
encerramento do período de apuração ou, ainda, poderá ser compensado com
aquele que houver retido, por ocasião do pagamento ou crédito de juros a título de
remuneração do capital próprio, ao seu titular, sócios ou acionistas;

- 131 -

Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio

b) Em se tratando de PESSOAS JURÍDICAS TRIBUTADAS PELO LUCRO PRESUMIDO


OU LUCRO ARBITRADO, a partir de 1o/1/1997, os juros recebidos INTEGRAM A
BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA e o valor do Imposto Retido na fonte
será considerado antecipação do devido no período de apuração
(Lei n o 9.430, de 1996, art. 51).

Nota: == > No ano-calendário de 1996 a tributação era considerada definitiva; o


valor dos juros não integrava a base de cálculo e somente era computado para
efeito de determinação do adicional do imposto (Lei n o 9.249, de 1995, art. 9 o , §
3 o , inciso II, e § 4 o );

- 132 -

68
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

Conceito Sobre Juros Sobre Capital Próprio

c) No caso de Pessoas Jurídicas NÃO TRIBUTADAS com base no Lucro Real,


Lucro Presumido ou Arbitrado, inclusive isentas, e de PESSOAS FÍSICAS, os
juros são considerados como rendimento de TRIBUTAÇÃO DEFINITIVA, ou seja,
os respectivos valores não serão incluídos nas declarações de rendimentos
nem o imposto de renda que for retido na fonte poderá ser objeto de qualquer
compensação.

- 133 -

Exemplo - Cálculo Dos Juros Remuneratórios

Os JCP podem ser calculados pela taxa de que a empresa considerar conveniente
para remunerar o capital colocada a disposição pelo seu titular ou pelos seus
sócios ou acionistas, desde que não excedam a variação pro rata dia, da Taxa de
Juros de Longo Prazo – TJLP.

A TJLP é fixada pelo Conselho Monetário Nacional em percentuais anuais com


vigência trimestral (coincide com os trimestres do ano-calendário) e divulgado por
meio de Resoluções do Bacen. ( inicio em 1º.01.2006)

- 134 -

69
EXEMPLO - CÁLCULO DOS JUROS REMUNERATÓRIOS

CÁLCULO DOS JUROS PRO-RATA EXPONENCIAL E LINEAR


TABELA DE TJLP EM 2014 (% AO NO)

Jan/2016 a Mar/2016 5,0%

Abr/2016 a Jun/2016 5,0%

Jul/2016 a Set/2016 5,0%

Out/2016 a Dez/2016 5,0%

- 135 -

EXEMPLO - CÁLCULO DOS JUROS REMUNERATÓRIOS

TJLP CÁLCULO PRO RATA – CONVENÇÃO LINEAR

PERÍODO TJLP TJLP PROP.


Jan a Mar 5,0% : 12 x 3 = 1,25%
Abr a Jun 5,0% : 12 x 3 = 1,25%
Jul a Set 5,0% : 12 x 3 = 1,25%
Out a Dez 5,0% : 12 x 3 = 1,25%
TOTAL 12 5,00%

- 136 -

70
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

EXEMPLO - CÁLCULO DOS JUROS REMUNERATÓRIOS


EXERCÍCIO Nº 4 - RESOLVIDO
A empresa Felicidade e Sucesso S.A. submetida a apuração pelo Lucro Real, apresentou
o seu Patrimônio Líquido em 31.12.2015, da seguinte forma:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA FELICIDADE E SUCESSO S.A. EM 31.12.2015


AJUSTE
CAPITAL RESERVAS RESERVA DE RESERVA DE
DE TOTAL
SOCIAL DE CAPITAL REAVALIAÇÃO LUCROS
AV.PATR.
1.000.000 350.000 200.000 150.000 480.000 2.180.000

No final do exercício de 2016, o Lucro da empresa Felicidade e Sucesso S.A. foi de R$


750.000 antes do cálculo dos Juros sobre o Capital Próprio, da Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido e da Provisão para o Imposto de Renda.

- 137 -

EXEMPLO - CÁLCULO DOS JUROS REMUNERATÓRIOS

CÁLCULO LINEAR DOS JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO - JCP

Patrimônio Líquido em 31.12.2015 2.180.000

( - ) Reserva de Reavaliação (200.000)

( - ) Ajuste de Avaliação Patrimonial (150.000)

(=) PL Ajustado – Base de cálculo para o JCP 1.830.000

Juros sobre o Capital Próprio = R$ 1.830.000 x 5% 91.500

- 138 -

71
EXEMPLO - CÁLCULO DOS JUROS REMUNERATÓRIOS
LIMITES PARA DEDUÇÃO:
50% do Lucro do Exercício antes de sua contabilização: == >
R$ 750.000 x 50% = R$ 375.000
50% do saldo de Lucros Acumulados e das reservas de lucros: == >
R$ 480.000 x 50% = $240.000

DOS DOIS VALORES OBTIDOS, PODE SER UTILIZADO O MAIOR.

Resumindo: A empresa poderá contabilizar como despesa financeira dedutível em 31/12/2016 o


valor de R$ 91.500 referente a Juros sobre o Capital Próprio, pois esse valor não excedeu o maior
limite de R$ 375.000.

IRRF - IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE

Imposto de Renda Retido na Fonte


(Alíquota 15%) R$ 91.500 x 15% == > R$ 13.725

- 139 -

EXEMPLO - CÁLCULO DOS JUROS REMUNERATÓRIOS

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO


Descrição Antes Depois
Lucro Antes Remuneração do Capital 750.000 750.000
Despesas com Remuneração do Capital -0- (91.500)
Res. Antes da Contribuição Social e IRPJ 750.000 658.500
(-) Contribuição Social sobre o lucro (67.500) (59.265)
Res. Antes do Imposto de Renda 682.500 599.235
(-) Prov. Para Imposto de Renda (112.500) (98.775)
Lucro Líquido do Exercício 570.000 500.460

- 140 -

72
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

EXEMPLO - CÁLCULO DOS JUROS REMUNERATÓRIOS

COMPARAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA

DESCRIÇÃO SEM JUROS COM JUROS

CSLL - Contribuição Social devida 67.500 59.265


IRPJ - Imposto de Renda devido 112.500 98.775
Total 180.000 158.040
Diferença da carga tributária 21.960
(-) IRRF (13.725)
ECONOMIA TRIBUTÁRIA ==================> 8.235

- 141 -

RATEIO PARA OS SÓCIOS


Valor Líquido
Nome do Sócio Capital Investido % Participação
Juros S/ IRRF
Empresa A 600.000 60% 46.665
Empresa B 400.000 40% 31.110
Total 1.000.000 100% 77.775

CONTABILIZAÇÃO NA EMPRESA FELICIDADE E SUCESSO S.A.


CONTAS DÉBITO CRÉDITO
Juros s/ Capital Próprio (CR - Desp. Financeira) 91.500
Juros s/ Capital Próprio a pagar – Empresa A (P.C) 46.665
Juros s/ Capital Próprio a pagar – Empresa B (P.C.) 31.110
Créd. – IRF a Recolher s/ Juros Capital Próprio ( P.C) 13.725
TOTAL 91.500 91.500

- 142 -

73
CONTABILIZAÇÃO NA EMPRESA “ A ”
CONTAS DÉBITO CRÉDITO
Juros s/ Capital Próprio a receber (AC) 46.665
IRRF a Recuperar s/ Juros Capital Próprio (AC) 8.235
Receita Juros s/ Capital Próprio (CR – Receita Financeira) 54.900
TOTAL 54.900 54.900

CONTABILIZAÇÃO NA EMPRESA “ B ”
CONTAS DÉBITO CRÉDITO
Juros s/ Capital Próprio a receber (AC) 31.110
IRRF a Recuperar s/ Juros Capital Próprio (AC) 5.490
Receita Juros s/ Capital Próprio (CR – Receita Financeira) 36.600
TOTAL 36.600 36.600

- 143 -

E – LALUR / LACS – PARA FINS FISCAIS

As demonstrações contábeis devem ser levantadas de acordo com as regras contábeis,


devidamente ajustados na regra fiscal da Lei nº 12.973/2014 e IN RFB nº 1.515/2014.

PONTO DE VISTA DA IN RFB nº 1.515/2014


Realizar os registros de ajuste (despesa não dedutível e receita não tributável) do Lucro
Líquido, com identificação das contas analíticas do plano de contas e indicação discriminada
por lançamento correspondente na escrituração comercial, quando presentes.

RELACIONAMENTO DO E-LALUR / E-LACS


Na hora da escrituração do E-LALUR e do E-LACS as DÑDs e as RÑTs deverão estar
relacionadas / vinculadas/ com as respectivas contas/subcontas contábeis.

- 144 -

74
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

SPED ECF

- 145 -

SPED ECF

- 146 -

75
LUCRO REAL
DEDUTIBILIDADES DOS GASTOS

ATENÇÃO!!!!!!

- 147 -

DEDUTIBILIDADE DOS GASTOS

A Legislação Fiscal exige, no mínimo, que atenda aos seguintes requisitos:


(Fonte: art. 299 RIR/99)

1. Necessárias para a atividade e à Manutenção da PJ == > efetivamente utilizados na Pessoa


Jurídica;

2. Valor e Prazo certo == > Não confundir com provisões.

3. Comprovadas por documentos idôneos == > Por exemplo: Nota Fiscal, Relatórios, Contratos,
Recibo conforme o caso, etc; (Guardar os comprovantes por 5 anos.)

4. Escriturar no mínimo os Livros Contábeis e Fiscais: Diário, Razão, Inventário, Lalur, etc.

- 148 -

76
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

REFLEXÃO
CUIDADO E ATENÇÃO!!!

a) Cartão de Crédito Corporativo p/ Sócios e Diretores == > PN CST nº 08/1980

b) Despesas com Transportes Funcionários , Sócios e Diretores == > PN CST nº 582/1971;

c) Alimentação de sócios, acionistas e administradores == > (art. 249 RIR/99);

d) Despesas com viagens dos Sócios e Diretores (relatórios) == > (art. 299 RIR/99);

- 149 -

DEDUTIBILIDADE DOS GASTOS

e) Gastos com combustíveis, manutenção e tributos dos veículos, helicópteros, embarcações


e aeronaves. (a questão principal não é o valor do bem, mas sim a sua destinação - art. 299
RIR/99).

f) Gastos particulares dos Sócios e Diretores lançados no resultado da Pessoa Jurídica


(art. 299 RIR/99); etc

RECOMENDAÇÃO AOS ÓRGÃOS GESTORES!!!!


Peça orientação ao seu Contador(a) e Advogado(a), ele(a) conhece a forma legal de amenizar
o impacto tributário. (arts. 304 e 674 RIR/99).

- 150 -

77
REMUNERAÇÃO AOS SÓCIOS

• RESULTADOS AOS SÓCIOS / ACIONISTAS


• LUCRO REAL OU LUCRO PRESUMIDO
• MELHOR FORMA DE DISTRIBUIÇÃO

- 151 -

REMUNERAÇÃO AOS SÓCIOS

Retenção IR.Fonte: ========= > Isento


1. LUCROS
-0- Retenção do INSS/Fonte: ==== > Isento
AOS SÓCIOS
INSS. Patronal : ============ > Isento

IR/FONTE == > TABELA PROGRESSIVA;


Máximo : 27,5% do P.Labore// encargo da Pessoa Física;
INSS. Fonte == > Tabela Previdência;
O Valor da remuneração
2.PRO LABORE Máximo : 11% do P.Labore// encargo da Pessoa Física;
Dedutível na base do
AOS SÓCIOS INSS. Patronal : == > 20% do P.Labore // encargo da
IRPJ/CSLL
Pessoa Jurídica.
(salvo se a Pessoa Jurídica estiver na desoneração da
folha)

- 152 -

78
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

REMUNERAÇÃO AOS SÓCIOS

3. JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (LEI Nº 9.249/1995)


Já exemplificado e comentado nos slides anteriores.

4.GRATIFICAÇÃO Não dedutível no Lucro Dedutível IR. Fonte: ==== > Tabela
(13º,14º ETC) Real (art. 303 RIR/99) p/ CSLL INSS. Fonte: == > Tabela
SÓCIO/DIRETOR (PN CST 48/72) (IN SRF 390/04) INSS. Patronal: = > Encargo da PJ

- 153 -

IR. Fonte: == > Tabela Progressiva


Não-dedutível Dedutível Se não incorporar ao P.Labore: 35%
5.REMUNERAÇÃO (exclusivo na fonte);
no Lucro Real,
INDIRETA
salvo se incorporar Para CSLL - IN INSS. Fonte: == > Tabela Progressiva;
(FRINGE BENEFIT)
ao Pro - Labore SRF 390/04 INSS.Patronal: == > Encargo da Pessoa
Jurídica (art. 358 do RIR/1999)

IR. Fonte == > 15% a 22,5%, cf. o prazo


== > Auto recolhimento pela própria Pessoa
Com cobrança de juros
Jurídica que empresto (mutuante);
de mercado;
6. EMPRÉSTIMOS
IOF sobre o mútuo == > Contribuinte é a Pessoa
AOS SÓCIOS
Física ou Jurídica tomadora do crédito).
Contrato
É responsável pelo recolhimento do IOF a “PJ”
que conceder o crédito. (Dec.7.726/12)

- 154 -

79
REMUNERAÇÃO AOS SÓCIOS

SERVIÇOS ASSISTENCIAIS

Consideram-se despesas operacionais os gastos realizados pelas empresas com


serviços de assistência médica, odontológica, farmacêutica e social, destinados
indistintamente a todos os seus empregados e DIRIGENTES (art. 360 RIR/99). Não
foi previsto limite de dedutibilidade.

- 155 -

REMUNERAÇÃO AOS SÓCIOS


BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS COMPLEMENTARES

São dedutíveis as contribuições não compulsórias destinadas a custear planos de


benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos
em favor dos empregados e DIRIGENTES da pessoa jurídica (art. 361 RIR/99).

Limite de dedutibilidade p/ IRPJ e CSLL: == > a dedução somada às de que trata o


art. 363 - FAPI-Fundo Aposentadoria Programada Individual, cujo ônus seja da
pessoa jurídica, não poderá exceder, em cada período de apuração, a 20% do total
dos salários dos empregados e da remuneração dos DIRIGENTES da empresa,
vinculados ao referido plano (IN SRF nº 390/04, art. 38, inc. I, 59 e 60).

- 156 -

80
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

REMUNERAÇÃO AOS SÓCIOS


FUNDO DE APOSENTADORIA PROGRAMADA INDIVIDUAL - FAPI

a) A pessoa jurídica poderá deduzir como despesa operacional o valor das


quotas adquiridas em favor de seus EMPREGADOS ou ADMINISTRADORES,
do Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, instituído na forma
da Lei nº 9.477/97, desde que o plano atinja, no mínimo, 50% dos seus
empregados. (art. 363 RIR/99).

- 157 -

REMUNERAÇÃO AOS SÓCIOS


FUNDO DE APOSENTADORIA PROGRAMADA INDIVIDUAL - FAPI

b) Limite de dedutibilidade p/ IRPJ e CSLL: a dedução somada aos Benefícios


Previdenciários Complementares(art. 361 RIR/99), cujo ônus seja da pessoa jurídica,
não poderá exceder, em cada período de apuração, a 20% DO TOTAL DOS SALÁRIOS
DOS EMPREGADOS E DA REMUNERAÇÃO DOS DIRIGENTES DA EMPRESA,
vinculados ao referido plano. (IN SRF nº 390/04, art. 38, inc. I, 59 e 60)

- 158 -

81
JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO
X
DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS

Dividendos === > Tributação de 34%

JCP === > Tributação de 15% IRRF na Pessoa Física

Proporciona === > Um ganho tributário de 19%

- 159 -

REFLEXO FISCAL RELATIVO ÀS REGRAS IFRS

- 160 -

82
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

NORMAS BRASILEIRA / IFRS X E-LALUR


PUBLICAÇÃO ou ALTERAÇÃO NOS CPCS - (art. 58. Lei 12.973/14)

A modificação ou a adoção de métodos e critérios contábeis, por meio de atos


administrativos emitidos com base em competência atribuída em Lei, QUE SEJAM
POSTERIORES À PUBLICAÇÃO DESTA LEI (a partir de 12/11/13 (MP 627. NÃO TERÁ
IMPLICAÇÃO na apuração dos Tributos Federais até que lei tributária regule a matéria.

Compete à RFB, no âmbito de suas atribuições, IDENTIFICAR os atos administrativos e


DISPOR sobre os procedimentos para anular os efeitos desses atos sobre a apuração dos
tributos federais (art. 58. Lei 12.973/14).

- 161 -

CONTROLE DAS CONTAS E SUBCONTAS


APÓS DE 01.01.2015
OPERAÇÕES RELATIVAS A - AJUSTE A VALOR PRESENTE – AVP.

ÓTICA CONTÁBIL: == > Sujeitam-se ao AVP as PJs: CPC 12 (S.A. e SGP) e TG 1000-PME
(ex.: Instrumentos Financeiros/ Propriedade Investimentos/ Imobilizado).

NA ÓTICA DA LEI 12.973/14 (arts. 4o e 5º). == > Os valores decorrentes do ajuste a valor
presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei no 6.404/1976 e inciso III
do caput do art. 184 da Lei no 6.404/1976, deverão ser evidenciados contabilmente em Sub
Conta vinculada ao ativo/passivo.

NA ÓTICA DA IN 1700/14 == > As Sub Contas serão analíticas e registrarão os lançamentos


contábeis em último nível.

- 162 -

83
OPERAÇÕES SUJEITAS AVALIAÇÃO A VALOR JUSTO – AVJ

ÓTICA CONTÁBIL: == > Sujeitam-se ao AVJ: CPC 28/ CPC 29 / CPC 18 e TG 1000-PME
(Aquisição Part. Societ.. Propriedade para Investimento, Atividade Rural)
ÓTICA SOCIETÁRIA. == > §3º, art.182, Lei 6.404/76. AVJ só quando prevista nessa Lei ou
pela CVM.
NA ÓTICA DA LEI 12.973/14 (art. 13). == > O ganho decorrente de avaliação de ativo ou
passivo com base no VALOR JUSTO não será computado na determinação do lucro real
desde que o respectivo aumento no valor do ativo ou a redução no valor do passivo seja
evidenciado contabilmente em SUB CONTA vinculada ao ativo ou passivo.

Nota: == > A IN RFB Nº 1515 não tratou de controle por subcontas para as Pessoas
Jurídicas optantes pelo Lucro Presumido, mas recomendável.

- 163 -

IMPARMENT

== > A entidade DEVE verificar se há alguma indicação ou evidência de que um


IMOBILIZADO possa ter sofrido desvalorização (pelo uso ou venda) (CPC 01).

== > A entidade deve reconhecer as perdas por desvalorização em conta redutora


do bem, tendo em contrapartida o resultado de exercício.

PME - Aplicar a mesma regra (seção 27 Resol. CFC 1.255/09).

- 164 -

84
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

AVP - AJUSTE A VALOR PRESENTE

LUCRO REAL - AVP- AJUSTE A VALOR PRESENTE

a) Venda Para Recebimento em Parcelas Fixas – CPC 12


O valor do Ajuste A Valor Presente será registrado a débito em conta de
dedução da receita bruta (não dedutível), em contrapartida à conta de juros a
apropriar (subconta/redutora do ativo) (o valor apropriado como receita
financeira não tributável)
(arts. 33 a 35 IN 1515/14). Controle por Subcontas.

- 165 -

AVP - AJUSTE A VALOR PRESENTE

LUCRO REAL - AVP- AJUSTE A VALOR PRESENTE

b) Aquisição à Prazo para Pagamento em Parcelas Fixas – CPC 12.


O valor do Ajuste A Valor Presente será registrado a crédito na subconta vinculada
ao Ativo, em contrapartida à conta de juros a apropriar (subconta/redutora
vinculada ao Passivo).
(arts. 37 e 38 IN 1515/14). Controle por Subcontas.

- 166 -

85
AVP - AJUSTE A VALOR PRESENTE

LUCRO PRESUMIDO - AVP- AJUSTE A VALOR PRESENTE

c) Nas alienações de ativos não circulantes investimentos, imobilizados e


intangíveis o ganho de capital corresponderá à diferença positiva entre o
valor da alienação e o respectivo valor contábil.

d) Poderá compor o valor contábil o respectivo valor decorrente dos efeitos do


Ajuste a Valor Presente-AVP (§§11 e 12, art.122 IN 1515/14).

A IN RFB Nº 1515 não tratou de controle por subcontas para as Pessoas


Jurídicas optantes pelo Lucro Presumido, mas recomendável.

- 167 -

EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO DO AVP


Receita de Venda de Mercadorias

1.02.01.01 CRÉDITOS E VALORES / - LONGO PRAZO

1.02.01.01.03 Recebíveis Sujeitos a Ajuste a Valor Presente–RLP.... R$ 980.000,00

1.02.01.01.23 ou
( - ) Juros a Apropriar /AVP – RLP.................................. (R$ 80.000,00)
1.02.01.01.03.01

- 168 -

86
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO DO AVP


Receita de Venda de Mercadorias

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

3.01.01.01.01.05 Receita da Revenda de Merc. no Mercado Interno ......R$ 980.000,00

3.01.01.01.02 Deduções da Receita Bruta


3.01.01.01.02.10 (-) AVP sobre Receita Bruta (não dedutível).................(R$ 80.000,00)

(+) Receita Financeira do AVP – Ativo Realizado........R$ 10.000,00


3.01.01.05.01.17 Débito: Juros a Apropriar/AVP- RLP
Crédito: Receita Financeira-AVP (não tributável)

- 169 -

AVJ - AJUSTE A VALOR JUSTO


QUANDO SE APLICA O AVJ – AVALIAÇÃO A VALOR JUSTO

O objetivo do CPC 46 é “definir valor justo”, “estabelecer em um único


Pronunciamento a estrutura para a mensuração do valor justo”; e “estabelecer
divulgações sobre mensurações do valor justo”.

O CPC 46 é “aplicável quando outro Pronunciamento requerer ou permitir”


mensurações do valor justo ou divulgações sobre mensurações do valor justo
(item 5 CPC 46).

- 170 -

87
AVJ - AJUSTE A VALOR JUSTO

Se outro Pronunciamento exigir ou permitir que a entidade mensure o ativo ou o


passivo inicialmente ao valor justo, a entidade deve reconhecer o ganho ou a
perda resultante no resultado do período, a menos que esse Pronunciamento
especifique de outro modo.

A estrutura de mensuração do valor justo prevista no CPC 46 se aplica tanto à


“mensuração inicial” “quanto à subsequente” se o valor justo for exigido ou
permitido por outros Pronunciamentos.

Exemplo: Os CPCs 28 (propriedade para Investimento) e 29 (ativo biológico)


permitem que determinados elementos do Ativo sejam avaliação a valor justo.

- 171 -

AVJ - AJUSTE A VALOR JUSTO

LUCRO REAL
O ganho decorrente de avaliação de ativo ou passivo com base no VALOR JUSTO não
será computado na determinação do Lucro Real DESDE QUE o respectivo aumento no
valor do ativo ou redução no valor do passivo SEJA EVIDENCIADO CONTABILMENTE
EM SUBCONTA vinculada ao ativo ou passivo (art. 41 IN RFB nº 1.515/14).

LUCRO PRESUMIDO
O ganho decorrente de avaliação de ativo ou passivo com base no valor justo não
integrará a base de cálculo do LUCRO PRESUMIDO no período de apuração (art. 124 IN
RFB nº 1.515/14).
A IN 1515 não tratou de controle por subcontas para as pessoas jurídicas optantes pelo
LUCRO PRESUMIDO, mas recomendável.

- 172 -

88
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

AJUSTE A VALOR JUSTO


CONDIÇÕES PARA O DIFERIR A TRIBUTAÇÃO – LUCRO REAL

REGISTRO CONTÁBIL DO GANHO DO ATIVO

O ganho decorrente de avaliação de ativo com base no VALOR JUSTO é


considerado como AJUSTE NÃO TRIBUTÁVEL TEMPORÁRIO na base do Lucro
Real e na CSLL, desde que o ganho seja registrado a crédito em conta de receita
ou de Patrimônio Líquido em contrapartida à “SUBCONTA VINCULADA AO ATIVO”
(art.13 Lei nº 12.973/14).

- 173 -

AVJ - AJUSTE A VALOR JUSTO

1.02.02 INVESTIMENTO

1.02.02.03 PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO

1.02.02.03.01 Imóveis Próprios – AVJ =========== > R$ 2.000.000,00

1.02.02.03.01.01 (+)Ajuste Valor Justo/Imóveis Próprios > R$ 1.000.000,00

- 174 -

89
AVJ - AJUSTE A VALOR JUSTO

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

3.01.01.05 OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS

3.01.01.05.01 Outras Receitas Operacionais Das Atividades Em Geral

3.01.01.05.01.15 Receita Decorrente do Ajuste a Valor Justo > R$ 1.000.000,00

MOMENTO DA TRIBUTAÇÃO DO GANHO DO AVJ NO ATIVO === > O ganho evidenciado


por meio da subconta ($1.000.000,00) será tributado na base do LUCRO REAL e da CSLL,
à medida que o Ativo For Realizado, inclusive mediante depreciação, amortização,
exaustão, alienação ou baixa for liquidado ou baixado.

- 175 -

AVJ - AJUSTE A VALOR JUSTO


MUDANÇA
DO LUCRO PRESUMIDO X PARA LUCRO REAL

A Pessoa Jurídica tributada pelo LUCRO PRESUMIDO (por ex.: 2015) que, em período de
apuração imediatamente posterior, passar a ser tributada pelo LUCRO REAL (por ex.:
2016) DEVERÁ INCLUIR NA BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO APURADO PELO LUCRO
PRESUMIDO OS GANHOS DECORRENTES DE AVALIAÇÃO COM BASE NO VALOR
JUSTO, que façam parte do valor contábil, e na proporção deste, relativos aos ativos
constantes em seu patrimônio (IN 1700/14).

- 176 -

90
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

AVJ - AJUSTE A VALOR JUSTO

Essa tributação dos ganhos (valor justo) PODERÁ SER DIFERIDA para os
períodos de apuração em que a Pessoa Jurídica for tributada pelo Lucro Real,
desde que SEJA EVIDENCIADO CONTABILMENTE EM SUBCONTA VINCULADA
AO ATIVO E TRIBUTADO NA SUA REALIZAÇÃO.

- 177 -

AVJ - AJUSTE A VALOR JUSTO

As perdas verificadas somente poderão ser computadas na determinação do Lucro


Real dos períodos de apuração posteriores se observados os procedimentos e
requisitos previstos na IN nº 1700 (SEJA EVIDENCIADO CONTABILMENTE EM
SUBCONTA VINCULADA AO ATIVO, A QUAL PODERÁ SER COMPUTADA NA
DETERMINAÇÃO DO LUCRO REAL À MEDIDA QUE O ATIVO FOR REALIZADO).

- 178 -

91
SPED ECF
BLOCO “M” - LALUR E LACS

OBRIGATORIEDADE:

Pessoa Jurídica enquadrada no regime do LUCRO REAL.


PERIODICIDADE DE ESCRITURAÇÃO:
➢ MENSAL ACUMULADO == > Quando levanta balancete acumulado de suspensão/redução)
➢ TRIMESTRAL
QUANDO NASCEU O LALUR:
Criado pelo Decreto Lei n o 1.598/1977, com base § 2º, art. 177 da Lei nº 6.404/1976 (IN SRF nº
28/1978).

- 179 -

Bloco M - ESTRUTURA
➢BLOCO “M” - Lalur e Lacs
-Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-Lalur) e
-Livro Eletrônico de Apuração da Base de Cálculo da CSLL (e-Lacs)

M001: Abertura do Bloco M


M010: Identificação da Conta na Parte B do e-Lalur e do e-Lacs
M030: Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IRPJ e da CSLL das Empresas Tributadas pelo Lucro
Real
M300: Lançamentos da Parte A do e-Lalur. (adições/
M350: Lançamentos da Parte A do e-Lacs
exclusões/compensações)

M305: Conta da Parte B do e-Lalur. M355: Conta da Parte B do e-Lacs

M310: Contas Contábeis Relacionadas ao Lançamento M360: Contas Contábeis Relacionadas ao


da Parte A do e-Lalur Lançamento da Parte A do e-Lacs

M312: Números dos Lançamentos Relacionados à Conta M362: Números dos Lançamentos Relacionados à
Contábil Conta Contábil

M315: Identificação de Processos Judiciais e M365: Identificação de Processos Judiciais e


Administrativos referentes ao Lançamento Administ. referentes ao Lançamento

M410: Lançamento na Conta da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs sem Reflexo na Parte A.


M500: Controle de Saldos das Contas da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs.

92
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

BLOCO “M” da ECF


Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-Lalur) e
Livro Eletrônico de Apuração da Base de Cálculo da CSLL (e-Lacs)
exige-se “relacionamento/vínculo contábil”

Identifica Conta na Parte B e-Lalur// e-Lacs (registro pode ser replicado da ECF anterior, importado
010
e/ou editado)
030 Identifica os Períodos e Apuração do IRPJ/CSLL das PJs Lucro Real

LALUR LACS
Demonstração do LUCRO REAL
300 350 Demonstração Base de Cálculo da CSLL
(lançamentos da parte A do e-LALUR)

305 Conta da PARTE B do e-Lalur 355 Conta da Parte B do e-Lacs


CONTAS CONTÁBEIS Relacionadas ao Contas Contábeis Relacionadas ao
310 Lançamento da Parte A do e-Lalur 360 Lançamento da Parte A do e-Lacs
NÚMEROS dos Lançamentos Relacionados à Números dos Lançamentos Relacionados à
312 362
Conta Contábil Conta Contábil
Identifica os Processos Judiciais e Identificação de Processos Judiciais e
315 365
Administrativos Referentes ao Lançamento Administrativos Referentes ao Lançamento

- 181 -

BLOCO “M” da ECF


Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-Lalur) e
Livro Eletrônico de Apuração da Base de Cálculo da CSLL (e-Lacs) exige-se
“relacionamento/vínculo contábil”

410 Lançamento na Conta da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs sem Reflexo na Parte A.

Identifica os Processos Judiciais e Administrativos Referentes ao Lançamento na parte


415
B do e-Lalur ou do e-Lacs.

500 Controle de Saldos das Contas da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs.

- 182 -

93
SPED ECF

M 300 -Demonstração do LUCRO REAL


(lançamentos da parte A do e-LALUR)

M 310 - CONTAS CONTÁBEIS


(Relacionadas ao Lançamento da Parte A do e-Lalur)

Indicador de Relacionamento do Lançamento da Parte A:


1 - Com Conta da Parte B
2 - Com Conta Contábil
3 – Com Conta da parte B e Conta Contábil
4 - Sem Relacionamento

- 183 -

Relaciona/to =Tipos “1”( B) e “3” (Parte B e Conta Contábil):

EXEMPLO (MANUAL MAIO/2016-ECF., PG. 230)

1 - CONSTITUIÇÃO DA PROVISÃO

Débito: Despesas com Provisão (CR) $100


Crédito: Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa(redutora) $100

Será adicionada na Parte A do e-Lalur e também será constituído um saldo de mesmo valor
na Parte B, para exclusões futuras. (lançamento do tipo 3).

- 184 -

94
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

2 - REVERSÃO DA PROVISÃO:
Débito: Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa(redutora) $ 50
Crédito: Reversão da Provisão da Provisão (Receita/CR) $50

Há uma exclusão na Parta A do e-Lalur, reduzindo o saldo da parte B (lançamento do tipo 3).

3 - PERDA CONSIDERA INCOBRÁVEL (PERDA CONSUMADA)


Débito: Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa (CR) $30
Crédito: Duplicadas a Receber (AC)$ 30

Há uma exclusão na Parta A do e-Lalur, reduzindo o saldo da parte B (lançamento do tipo 1).

- 185 -

SPED ECF
EXEMPLOS:

5 ADIÇÕES :
6 Provisões Não Dedutíveis
7 Custos Não Dedutíveis
8 Despesas Operacionais - Parcelas Não Dedutíveis
8.01 Realização de Ativos Indedutíveis
8.10 Assistência Médica, Odontológica e Farmacêutica – Parcelas Não Dedutíveis
8.11 PRONAC – Despesa Operacional – Parcelas Não Dedutíveis
8.12 Pesquisas Científicas e Tecnológicas – Parcelas Não Dedutíveis
8.13 Doações a Entidades Civis – Parcelas Não Dedutíveis
8.14 Doações a Instituições de Ensino e Pesquisa – Parcelas Não Dedutíveis
8.15 Vale Cultura – Parcelas Não Dedutíveis
92 Outras Adições – Com Indicador de Relacionamento
92.01 Outras Adições – Sem Indicador de Relacionamento (PODE USAR QUALQUER RELACIONAMENTO)

- 186 -

95
94 EXCLUSÕES
95 (-) Reversão dos Saldos das Provisões não utilizados
96 (-) Lucros e Dividendos Derivados de Investimentos Avaliados pelo Custo de Aquisição
97 (-) Ajustes por Aumento no Valor de Investimentos Avaliados pelo Patrimônio Líquido

98 (-) Amortização de Deságio nas Aquisições de Investimentos Avaliados pelo Patrimônio Líquido

99 (-) Ágio Amortizado Anteriormente à Alienação ou Baixa de Investimentos


100 (-) Rendimentos e Ganhos de Capital Auferidos no Exterior
101 (-) Variações Cambiais Ativas (MP nº 1.858-10/1999, art. 30)

102 (-) Variações Cambiais Passivas - Operações Liquidadas (MP nº 1.858-10/1999, art. 30)

- 187 -

BLOCO N
Calcular o IRPJ e CSLL Devido
Lucro Real
010 Abertura do Bloco N
030 Identifica os Períodos e Apuração do IRPJ/CSLL das PJs Lucro Real
LALUR LACS
Base de Cálculo da CSLL Após
Base de Cálculo do IRPJ Após
500 650 Compensações da Base Negativa
Compensações de Prejuízo Fiscal

600 Demonstração do Lucro da Exploração


610 Cálculo da Isenção e Redução do Imposto Sobre o Lucro Real
615 Informações da Base de Cálclulo dos Incentivos Fiscais

620 Cálculo do IRPJ Mensal por Estimativa 660 Cálculo da CSLL Mensal por Estimativa

630 Cálculo do IRPJ Com Base no Lucro Real 670 Cálculo da CSLL c/ Base no Lucro Real

- 188 -

96
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

BIBLIOGRAFIA

• Brasil, Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1.976. Dispões sobre a Sociedades Anônimas.

• Brasil, Lei nº 9.430 de 27 de dezembro de 1996. Dispõe sobre a legislação tributária federal, as
contribuições para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras
providências.

• Brasil, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Instituiu o Novo Código Civil

• Brasil, Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002, Dispõe sobre a não-cumulatividade na


cobrança da contribuição para os Programas de Integração Social(PIS) e de Formação do
Patrimônio do Servidor Público(Pasep).

• Brasil, Lei. no 10.833, de 29 de dezembro de 2003, Altera a Legislação Tributária Federal e dá


outras providências.

• Brasil, .Lei nº 11.638, de 28 dezembro de 2007, Altera e revoa dispositivos da Lei nº 6.404/76, e
da Lei nº 6.385/1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à
elaboração e divulgação de demonstrações financeiras.

BIBLIOGRAFIA

• Brasil, Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, Altera a legislação tributária federal relativa ao
parcelamento ordinário de débitos tributários; concede remissão nos casos em que especifica;
institui regime tributário de transição.

• Brasil, Lei nº 9.430 de 27 de dezembro de 1996. Dispõe sobre a legislação tributária federal, as
contribuições para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras
providências.

• Brasil, Lei nº 12.973, de 13 maio de 2014, Altera a legislação tributária federal relativa ao IRPJ,
à CSLL, à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins; revoga o Regime Tributário de Transição –
RTT

• Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil, nº 1700/2014, Dispõe sobre a determinação e


o pagamento do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido das
pessoas jurídicas.

- 190 -

97
Lucro Real e Lucro Presumido 2018

Anotações Complementares



































99

































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EFD REINF - SPED das Retenções
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eSocial – Análise Prática do Leiaute e da Documentação Técnica (Versão 2.2.02 e Iniciação da EFD REINF
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