ISF - Aula 03

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Apresentação do Intensivão do Setor Fiscal

É um evento 100% online, e gratuito, onde é apresentado conteúdo técnico com


altíssimo nível de qualidade, e é dividido em 4 aulas:

• Aula 01 – Apresentação das 6 bases fundamentais para atuar no Setor


Fiscal
• Aula 02 – Ferramentas Práticas: Simples Nacional, ICMS, PIS e COFINS
• Aula 03 – Ferramentas Práticas: Lucro Presumido e Lucro Real + Plano
para tornar-se um Especialista no Setor Fiscal
• Aula 04 – Método + Técnica para se tornar um analista fiscal

Apresentação do Dr. Prof. Fellipe Guerra

O evento foi idealizado e é apresentado pelo Prof. Dr. Fellipe Guerra, considerado
na atualidade como um dos principais influenciadores digitais da contabilidade brasileira, porém
além de ser um atuante em mídias digitais tem os seguintes títulos e reconhecimentos formais:

• Contador e Empresário Contábil


• Doutor em Ciência da Informação, pela UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA
(Porto-Portugal)
• Mestre em Controladoria, pela Universidade Federal do Ceará (UFC)
• Autor de diversos livros da área contábil
• Professor de graduação e pós-graduação
• Tributarista pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributários (IBPT)
• Coordenador e pós-graduação
• Membro Imortal da Academia Cearense de Ciências Contábeis, ocupando
a cadeira número 22
• Especialista em SPED
1. VAMOS PARA A TERCEIRA AULA DO INTENSIVÃO DO SETOR
FISCAL

Vamos para a TERCEIRA aula do intensivão do setor fiscal, agora, teremos


uma construção de conhecimento especificamente prático.

Ainda na premissa de que você não precisa aprender tudo, mas sim, apenas
encontrar as RESPOSTAS CERTAS, a aula 3 contemplará informações cirúrgicas para o
seu desenvolvimento, QUANTO a LUCRO PRESUMIDO e LUCRO REAL.

2. APURAÇÃO DO IRPJ – LUCRO PRESUMIDO

Desde 1º de janeiro de 1997, o lucro presumido passou a ser apurado


trimestralmente nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro
de cada ano-calendário, ou na data de extinção da pessoa jurídica, ocorrida no curso do
ano-calendário.

No lucro presumido a apuração dos valores devidos é feita sobre um lucro


estimado com base na receita bruta e acréscimos, mas nada impede que essa pessoa
jurídica faça os pagamentos mensais, com o código de presumido (2089), ao invés da
apuração trimestral, desde que ajuste o adicional devido no último mês do trimestre.
Observe que, muito embora os pagamentos sejam efetuados (a critério da pessoa
jurídica) de forma mensal, os campos "período de apuração", e "data de vencimento",
devem ser sempre preenchidos em relação à periodicidade trimestral, de forma a
demonstrar claramente que se trata de pagamento antecipado, ou seja, de
recolhimento aos cofres públicos antes de sua data de vencimento.

A opção pela sistemática do lucro presumido só pode ser exercida pelas


empresas industriais, comerciais ou de prestação de serviços cuja receita bruta no ano-
calendário anterior tenha sido de até R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais).
Quando a pessoa jurídica tenha iniciado atividades no decorrer do ano, o
limite é de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo
número de meses de atividade naquele ano.

A opção por esta modalidade de tributação é formalizada no decorrer do


ano-calendário, e manifestada com o recolhimento no mês de abril da primeira ou única
cota correspondente ao primeiro período trimestral de apuração do ano-calendário
(Janeiro a março). É preciso muito cuidado neste ponto, pois uma vez feita a opção ela
é irretratável para todo o ano-calendário. As empresas que iniciarem atividades a partir
do mês de abril do ano-calendário manifestam a opção pelo lucro presumido com o
pagamento do imposto relativo ao trimestre em que se deu o evento.

É comum as empresa confundirem o lucro presumido com os pagamentos


mensais por estimativa. Embora ambas as sistemáticas tenham por base a presunção do
lucro, o traço marcante da diferenciação está na periodicidade dos pagamentos (o
presumido é trimestral e a estimativa é mensal) e, principalmente, no código do DARF
relativo ao primeiro recolhimento no ano-calendário.

Não podem optar pela sistemática do lucro presumido:

• entidades financeiras;
• empresas que aufiram lucros, rendimentos ou ganhos de capital
oriundos do exterior;
• empresas que usufruam benefícios fiscais de isenção ou redução do
imposto de renda, calculados com base no lucro da exploração
(empresas geralmente sediadas nas áreas da SUDENE e SUDAM);
• empresas de prestação de serviço de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito (factoring);
• as imobiliárias de construção, incorporação, compra e venda de
imóveis que tenham registro de custo orçado, nos termos das
normas aplicáveis a essas atividade;
• constituídas como Sociedade de Propósito Específica - SPE, nos
termos doart. 56 da Lei Complementar nº 123/2006.
• As pessoas jurídicas que promoverem incorporação imobiliária
devem observar Regime Especial de Tributação instituído pela Lei
nº. 10.931/2004 e regrado pela Instrução Normativa SRF nº.
934/2009.

A base de cálculo do imposto de renda sobre o lucro presumido é apurada a


partir da receita bruta decorrente da atividade da pessoa jurídica optante e do resultado
das demais receitas e dos ganhos de capital.
A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens
nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido
nas operações de conta alheia (consignação, por exemplo).
Na receita bruta não se incluem os impostos não cumulativos cobrados
destacadamente do comprador ou contratante, além do preço do bem ou serviço, e dos
quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário, a exemplo
do IPI.
O ICMS devido pela pessoa jurídica, na qualidade de contribuinte, não deve ser
excluído da receita bruta. Entretanto o ICMS cobrado do adquirente, a título de
substituição tributária, não integra a receita bruta.
Nas vendas a prazo, o custo do financiamento, contido no valor dos bens ou
serviços ou destacado na nota fiscal, integra a receita bruta como complemento do
preço de venda.

Vamos entender o cálculo...

O imposto de renda das empresas incide sobre o lucro. As empresas optantes


pelo lucro presumido devem presumir o lucro auferido em cada trimestre, e essa
presunção é feita pela aplicação de percentuais de lucratividade ditados pela lei:
• comércio e Indústria: 8,0% (oito por cento);
• revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool
etílico carburante e gás natural: 1,6% (um inteiro e seis décimos por
cento);
• serviços em geral: 32,0% (trinta e dois por cento);
• serviços hospitalares e de transporte de carga: 8% (oito por cento);
• demais serviços de transporte: 16% (dezesseis por cento); e
A base de cálculo mensal do imposto de renda das pessoas jurídicas prestadoras
de serviços em geral, exceto serviços hospitalares e de transporte, bem como aqueles
prestados por sociedades prestadoras de serviços de profissões legalmente
regulamentadas, cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil
reais), poderá ser determinada mediante a aplicação do percentual de 16% sobre a
receita bruta auferida mensalmente (Lei nº. 9.250/95, art. 40).
A pessoa jurídica que houver utilizado a alíquota reduzida de 16,0%, cuja receita
bruta acumulada até um determinado mês do ano-calendário exceder o limite de R$
120.000,00, ficará sujeita ao pagamento da diferença de estimativa não recolhida,
apurada em relação a cada trimestre transcorrido, até o último dia útil do mês
subsequente àquele em que ocorrer o excesso, sem acréscimos legais.

Agora, vamos a prática...

• Apuração do IRPJ e CSLL pelo Lucro Presumido

Para efetuar o cálculo do IRPJ e CSLL pelo Lucro Presumido, iremos seguir

os seguintes dados:

• Empresa: Intensivão do Setor Fiscal Ltda

• Competência: ano calendário 2020

• Receita Bruta sujeita ao Percentual de: 32%

RECEITA BRUTA P/ TRIMESTRE

1º R$ 122.000,00

2º R$ 116.000,00

3º R$ 72.500,00

4º R$ 98.200,00
LUCRO PRESUMIDO IRPJ - 15% CSLL – 12%
= RB x % Presunção

122.000,00 x 32% 39.040,00 R$ 5.856,00 R$ 3.513,60

116.000,00 x 32% 37.120,00 R$ 5.568,00 R$ 3.340,80

72.500,00 x 32% 23.200,00 R$ 3.480,00 R$ 2.088,00

98.200,00 x 32% 31.424,00 R$ 4.713,60 R$ 2.828,16

3. APURAÇÃO DO IRPJ – LUCRO REAL

O IRPJ e CSLL no lucro Real são calculados sobre a renda auferida, que pode ser
conceituada como acréscimo patrimonial, de forma que o Imposto não pode incidir
sobre meros ingressos quando não representem riqueza nova. Dessa forma, o IR e a
CSLL, no caso das empresas, deve incidir sobre o lucro.

Quanto a Periodicidade...

O Lucro Real comporta duas periodicidades: anual e trimestral, tanto para o IRPJ,
quanto para a CSLL.
Como regra, o imposto de renda das pessoas jurídicas é devido trimestralmente
com base no lucro real. Mas a apuração trimestral pode trazer desvantagens para a
pessoa jurídica.

Quanto as Formas de cálculo...

A apuração do IR e da CSLL pelo Lucro Real poderá ser feito das seguintes formas:
• Real trimestral - sempre por meio de balanço trimestral;
• Real anual - por meio de estimativas mensais ou por meio de balanço de
suspensão ou de redução, e ainda com a apuração do Lucro Real Anual
ao final do período de apuração.

Apuração Trimestral

A base de cálculo do IRPJ e da CSLL corresponderá ao lucro líquido do período


(lucro contábil), ajustado pelas adições, exclusões e compensações determinadas e
autorizadas pela legislação do Imposto de Renda.
É que, por ser definitiva, a apuração trimestral, dependendo da sazonalidade do
faturamento, ou até do descompasso que se verifica em algumas atividades, entre a
efetivação das despesas e o ingresso das receitas, podem ocorrer resultados negativos
em determinado trimestre que não se compensará automaticamente com resultados
positivos de trimestres posteriores por conta da chamada "trava" de 30% na
compensação de prejuízos fiscais.
A apuração acontece nas datas de 31/03, 30/06, 30/09 e 31/12.
Após o ajuste no lucro, as alíquotas de 15% para e IRPJ e 9% para CSLL são
aplicadas. Caso o lucro seja superior a R$ 60.000,00 no trimestre, o que exceder desse
valor, será tributado ainda com 10% de IRPJ.

Apuração Anual

Conforme mencionamos, a tributação pelo Lucro Real Anual implica cálculos


mensais, seja por meio de estimativas, ou ainda, pós balanços de redução ou suspensão.
A seguir, veremos as regras gerais para efetuarmos esses cálculos.
A melhor forma de apuração do imposto de renda devido em cada ano-
calendário, para as empresas não optantes pelo lucro presumido ou obrigadas à
apuração do lucro real, é a apuração anual, com recolhimentos mensais calculados por
estimativa (antecipação).
Essa sistemática, das estimativas mensais monitoradas, tem ainda a vantagem
de permitir o ajuste das antecipações (estimativas) calculadas com base na receita bruta
e acréscimos, mediante balanços ou balancetes mensais de acompanhamento do
resultado do período em curso, além de permitir a compensação de prejuízos gerados
no decorrer do ano-calendário.
O ajuste final é feito em 31 de dezembro de cada ano, ou na data de
encerramento das atividades e nos eventos de incorporação, fusão ou cisão, mediante
apuração do lucro real.
A opção pelos pagamentos mensais por estimativa, com apuração do lucro real
anual, é efetuada com o pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro do
ano-calendário (até o último dia útil de fevereiro) ou com o levantamento do respectivo
balanço ou balancete de suspensão do referido mês. Ainda que o pagamento da
estimativa referente ao mês de janeiro tenha sido efetuado após o prazo de vencimento
a opção é válida. No caso de início de atividades, a opção será manifestada com o
pagamento do imposto correspondente ao primeiro mês de atividade da pessoa jurídica.
Na hipótese de início de ação fiscal por parte da Receita Federal antes que a
pessoa jurídica faça a opção pelos pagamentos mensais por estimativa, dispõe a
Instrução Normativa SRF nº. 93/97 que o Auditor Fiscal deverá intimá-la a informar qual
a forma de apuração do imposto de renda que adotará para o ano-calendário em curso.
Se a opção informada ao Auditor Fiscal for lucro real anual com recolhimentos
mensais por estimativa, não tendo a pessoa jurídica efetuado balanços ou balancetes
mensais de suspensão que justifiquem o não pagamento das estimativas do ano em
curso, será lavrado Auto de Infração para exigência de multa de 75% (setenta e cinco
por cento) sobre os valores não recolhidos.
Em hipótese alguma haverá lançamento de ofício de estimativas não recolhidas.
Somente a multa será exigida isoladamente.
Quando ocorrer prejuízo na apuração, não haverá recolhimento de imposto.

Agora, vamos a prática...

Planilha em anexo no material...

“Sabemos QUE NÃO HÁ MAIS ESPAÇO PARA AMADORES NA ÁREA


FISCAL, o dia a dia destes profissionais está cada vez mais corrido,
devido às atualizações constantes das legislações tributárias.”

Prof. Dr. Fellipe Guerra

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