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ocupacionais –
aspectos clínicos
da saúde do
trabalhador
Autora
Diana Pacheco
Apresentação
Caro(a) estudante,
É com muita satisfação e responsabilidade que este material foi desenvolvido, com o intuito de
ampliar seus conhecimentos e oferecer uma oportunidade de aperfeiçoamento profissional.
Neste conteúdo, você entrará em contato com o histórico da saúde do trabalhador no Brasil, a
epidemiologia das doenças ocupacionais e as doenças relacionadas ao trabalho propriamente
dito, de maneira ampla e detalhada.
Bons estudos!
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UNIDADE 1
Aspectos históricos e
conceituais da saúde do
trabalhador e do acidente de
trabalho
Objetivos:
Competências:
Habilidades:
Introdução
A saúde do trabalhador é uma área inserida nas ações do Sistema Único de Saúde (SUS) que
procura analisar e intervir nas relações de trabalho que podem provocar doenças e agravos à saúde
da população trabalhadora. Portanto, no Brasil, as ações relativas à saúde do trabalhador são
consideradas como competências do SUS, o qual em sua organização conta com os Conselhos de
Saúde. São esses conselhos que garantem a participação da população nos processos de gestão
em saúde (GOMEZ; VASCONCELLOS; MACHADO, 2018).
Nesse contexto, podemos entender que a criação do SUS, na década de 1980, teve grande relevância
não apenas na democratização da saúde no Brasil, como também na construção de políticas
públicas relacionadas à saúde dos trabalhadores.
A importância do papel do SUS e das políticas de saúde pública pode ser compreendida por meio da
análise da forma como o trabalho é exercido. Com a evolução do mundo do trabalho, o trabalhador
foi confrontado com uma realidade desafiadora, que ficou evidente quando começaram a ocorrer
degradações física e mental decorrentes, por exemplo, da intensificação da jornada de trabalho, da
precarização das relações, dos contratos de trabalho e da perda dos direitos sociais, entre outras
questões que atingem a saúde dos trabalhadores.
A dura realidade é que os trabalhadores, mesmo doentes, têm desenvolvido estratégias para não se
afastar do emprego. Tal realidade é tão relevante que foi criado um termo que representa o mundo
do trabalho atual: trata-se do chamado “presenteísmo”, definição utilizada para quem sofre do mal
de não poder faltar ao trabalho, mesmo não tendo condições de trabalhar. Isso se justifica pelo
medo do desemprego e também pelo significado negativo que a palavra “absenteísmo” representa
quando se trata do trabalhador problema (PEREIRA, 2014). Essas condições e relações de trabalho
podem potencializar o desenvolvimento de doenças do trabalho. Podemos citar como exemplo a
ocorrência de doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho (DORT), lesões por esforços
repetitivos (LER), distúrbios emocionais relacionados ao estresse, lombociatalgias, cervicalgias e
perdas auditivas, entre outros agravos à saúde. Também não podemos deixar de destacar os altos
índices de acidentes de trabalho (LARA, 2011, p. 348).
É nesse contexto heterogêneo de interesses que vêm sendo institucionalizadas políticas de saúde
do trabalhador e desenvolvido o papel do fisioterapeuta como agente que previne e trata dos
problemas de saúde relativos aos trabalhadores.
1 Conceito
O conceito de saúde do trabalhador está relacionado com conhecimentos que permitem a
compreensão das relações entre o trabalho e o processo saúde-doença. Nesse âmbito, envolve
práticas e estratégias multidisciplinares (profissionais da área da saúde, assistentes sociais,
políticos, pesquisadores e interinstituições), que em seu conjunto atuam de forma a garantir
melhores condições de trabalho.
Caso queira saber mais sobre o tema da saúde do trabalhador, acesse o link a seguir:
bvsms.saude.gov.br [http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cad05_saudetrab.pdf] .
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Histórico de construção de políticas relativas à saúde do
2
trabalhador
A saúde do trabalhador, como área de conhecimento e de ação, evoluiu muito próxima ao
desenvolvimento da medicina do trabalho como uma resposta aos movimentos sociais e dos
trabalhadores. A medicina do trabalho, por sua vez, ganhou corpo e forma no final da década de
1960, quando críticas foram tecidas a respeito da concepção limitada da saúde ocupacional
(GALINDO; GURGEL, 2016).
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3 Dados epidemiológicos
Para melhor compreensão da magnitude e do impacto dos problemas relacionados ao trabalho, é
importante conhecer dados epidemiológicos. Os dados mais relevantes que dizem respeito à
saúde do trabalhador são aqueles que envolvem questões relativas às doenças ocupacionais,
com destaque para a LER e as DORTs, que atingem o sistema osteomioarticular, e também
aqueles que envolvem situações relacionadas com a ocorrência de acidentes de trabalho.
visou coletar informações sobre o desempenho do sistema nacional de saúde no que se refere ao
acesso e uso dos serviços disponíveis e à continuidade dos cuidados, bem como sobre as condições
Evolução proporcional dos acidentes de trabalho típicos, de trajeto e doenças profissionais no setor
Brasil, 1980-1998
Anos Acidentes típicos (%) Acidentes de trajeto (5) Doenças profissionais (%)
Brasil, 1980-1998
Anos Acidentes típicos (%) Acidentes de trajeto (5) Doenças profissionais (%)
Também foi possível notar, com o passar dos anos, modificações profundas no perfil de doenças
que provocam agravo à saúde do trabalhador. Fazendo uma breve passagem pela história, no
início do período entre as décadas de 1960 e 1970, “as dermatoses profissionais eram as
doenças mais prevalentes, ao lado das pneumoconioses, do saturnismo e de intoxicações
induzidas pela manipulação de mercúrio, manganês, solventes e agrotóxicos” (WÜNSCH FILHO,
2004, p. 106).
As doenças relacionadas ao trabalho no período de 1980 e 2000 tiveram uma notificação mais
elevada pela CAT, devido ao fato de desenvolverem atividades relacionadas à exposição aos
fatores de risco, ocorrendo o aumento da prevalência da surdez profissional, das doenças por
agentes biológicos, da asma profissional e das LERs (WÜNSCH FILHO, 2004, p. 108).
Já ao final desse período houve mudanças gradativas, devido à criação de ações de programas
ligados ao contexto da saúde do trabalhador, criado nos anos 1980, que fizeram com que o
sistema de saúde obtivesse melhores diagnósticos em relação a essas doenças. Como podemos
observar no quadro 1, os acidentes típicos tiveram uma diminuição gradativa, enquanto os
acidentes de trajetos aumentaram devido aos riscos gerados pelos meios de transporte em que
os trabalhadores são submetidos para ir trabalhar.
Caso queira saber mais sobre o tema, acesse o link a seguir: prevenir.contagem.br
[https://www.prevenir.contagem.br/single-post/saturnismo] .
Destaque especial, nessa linha histórica, deve ser dado ao fato de que houve e há uma grande
incidência de DORT/LER, mas também surgiram e se desenvolvem de forma crescente os
transtornos mentais/emocionais. No quadro 1, verificamos alguns fatos básicos sobre as
doenças relacionadas ao trabalho no país.
As informações oficiais disponíveis desde 1970 sobre acidentes de trabalho se referem apenas aos
Embora a notificação de acidentes de trabalho no setor formal venha decaindo desde 1970, a letalidade
Estudos recentes sugerem que a mortalidade por acidentes de trabalho seja mais alta entre os
Três classes de atividade econômica são responsáveis pela geração do maior número de acidentes de
Os homicídios representam a principal causa de morte por acidentes de trabalho ocorridos dentro dos
Atualmente, as causas dos acidentes de trabalho fatais se aproximam daquelas das mortes por causas
O impacto dos acidentes de trabalho sobre o conjunto da economia brasileira pode chegar a 10% do PIB.
No site do Tribunal Superior do Trabalho (TST), são apresentados os dados oficiais mais recentes
acerca da realidade do Brasil. Embora sejam dados entre 2007 e 2014, é a fonte mais segura de
consulta. Diante desse contexto, observa-se que “os dados estatísticos de Acidentes de Trabalho
de 2011 divulgados pelo Ministério da Previdência Social indicam, em comparação com os dos
anos anteriores, um aumento no número de acidentes de trabalho registrados” (TST, 2013).
Obs.: 1. No número total de acidentes, a partir de 2007, foram incluídos os acidentes registrados pelo INSS
sem CAT emitida, sendo 141.108 em 2007, 204.957 em 2008, 199.117 em 2009, 179.681 em 2010 e 172.684 em
2011.
2. A coluna “Trabalhadores formais” considerou, a partir de 1985, os dados da RAIS, já que o INSS não
(Número total de acidentes de trabalho fatais no período comparativo de 2007 a 2011. FONTE: MPAS).
Já na tabela 3, pode-se verificar dados relevantes que vão desde 1975 até 2012.
Podemos verificar na tabela 3 a grande incidência desse tipo de problema e como repercute nos
sistemas de saúde, de previdência e de trabalho no Brasil.
Recapitulando
A saúde do trabalhador se define como um conjunto de ações através da vigilância
epidemiológica e sanitária, visando à promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde
dos trabalhadores submetidos a diversos riscos e agravos no ambiente de trabalho.
Não deixamos de relatar também que o comportamento desses trabalhadores frente a um fator
de risco é de extrema importância, pois a prática e a colaboração de cada trabalhador auxiliam
na diminuição dos acidentes de trabalho.
Exercícios de fixação
(NUCEPE – 2019) Com relação ao “acidente de trabalho”, é incorreto afirmar que (OTTO;
VERGOTTI et al, 2019, p. 20):
Equipara-se ao acidente do trabalho o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido
a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda
da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação.
(IBFC – 2016) Um trabalhador que manipula chumbo e que apresenta saturnismo desenvolve
doença produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e
constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e da
Previdência Social. Assinale a alternativa que contemple o tipo de acidente de trabalho envolvido
neste caso, de ação traumatizante específica e diluída.
Acidente típico.
Doença do trabalho.
Doença corriqueira.
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UNIDADE 2
Habilidades:
Introdução
Conforme comentamos anteriormente, as LER/DORTs são definidas, respectivamente, como lesões
por esforço repetitivo e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Ambas representam
um conjunto de doenças que acometem diversas partes do corpo (dedos, punhos, mãos,
antebraços, braços, ombro, pescoço, coluna cervical, tornozelos e, principalmente, joelhos). Os
danos são provenientes dos movimentos repetitivos impostos sobre o sistema musculoesquelético,
decorrentes dos ambientes físicos e da organização do trabalho.
Não há uma causa única para a ocorrência de LER/DORT, a qual engloba diversos fatores
psicológicos, biológicos e sociológicos. Esses fatores são caracterizados
pela ocorrência de vários sintomas, concomitantes ou não, de aparecimento insidioso, geralmente nos
membros superiores, tais como dor, parestesia, sensação de peso e fadiga. Abrangem quadros clínicos
das LER/DORT não depende de medidas isoladas, mas sim da identificação dos fatores de risco e as
estratégias de defesa, que deve ser fruto de análise integrada entre a equipe técnica e os trabalhadores,
considerando-se o saber de ambos os lados. Análises unilaterais geralmente não costumam retratar a
“A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo IBGE, mostrou que em 2013, 3.568.095
trabalhadores disseram ter tido diagnóstico de LER/DORT. Há décadas, dentre as doenças
ocupacionais, são as mais frequentes nas estatísticas da Previdência Social.
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Lesões por esforço repetitivo e doenças ocupacionais
5
relacionadas ao trabalho
A tenossinovite dos extensores dos dedos faz parte do grupo de LER/DORTs, sendo
caracterizada por um processo inflamatório no revestimento da bainha sinovial (AREND, 2012), a
qual recobre os tendões e suas cápsulas articulares, com o intuito de lubrificar e nutrir esses
tendões. Esse quadro, na maioria das vezes, pode estar relacionado a um esforço repetitivo; se
ocorrer dentro do trabalho, deverá ser enquadrado como um caso de DORT (NOVAES, 2009).
A tenossinovite gera diversos sinais em decorrência do seu processo inflamatório. Conforme sua
evolução, podem ocorrer sinais como dor, calor, edema e redução do grau de força muscular, bem
como redução da sensibilidade e dificuldade para realizar atividades diárias, entre outros.
A tenossinovite de Quervain faz parte do grupo de LER/DORT e acomete com frequência a saúde
dos trabalhadores, sendo definida por processo inflamatório no revestimento dos tendões do
abdutor longo e extensor curto do polegar em decorrência de movimentos repetitivos e de
sobrecarga musculoesquelética de mãos, punhos e dedos. Seus sintomas e sinais clínicos são
apresentados com dor na região dos tendões extensores e abdutores do polegar, edema e perda
de força do polegar, já que este é responsável pelos movimentos de apreensão (AREND, 2012).
Fonte: campcursos.com.br
[https://campcursos.com.br/teste-de-
finkelstein/] .
5.3 Epicondilites
A epicondilite lateral de cotovelo, também conhecida como cotovelo de tenista, é decorrente de
processos inflamatórios causados por movimentos repetitivos, o que gera microtraumas na
região extensora do cotovelo (ALMEIDA et al., 2013).
Ainda de acordo com Almeida et al. (2013, p. 922), os sintomas são dor na região do epicôndilo
lateral com irradiação para a musculatura extensora do antebraço e diminuição da força de
preensão, afetando atividades de vida diária.’
Os principais sintomas relatados são dor na região do antebraço, rubor, edema, diminuição da
amplitude de movimento e perda de força para segurar objetos. Observe a figura 3.
Fonte: acessa.com
[https://www.acessa.com/saude/arquivo/fisioterapia/2016/08/30-dor-face-
interna-cotovelo-epicondilite-medial/foto03.jpg] .
Videoaula - Bursites, Tendinite do supraespinhoso e do tendão
bicipital
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[https://player.vimeo.com/video/476996859] .
5.4 Bursites
A bursite é um dos tipos de LER mais comuns que afetam a qualidade de vida dos trabalhadores,
devido ao processo inflamatório na bursa/bolsa subacromial, cujo objetivo é evitar atrito entre
uma estrutura ou outra do ombro.
Na bursite aguda, a dor é geralmente decorrente de algum movimento quando a bursa se comprime
ou se alonga.
Na bursite crônica, a dor é persistente, podendo persistir por meses e até mesmo anos.
Nas figuras 4 e 5, podemos observar que a bursite causa inflamação na articulação com a qual
se comunica.
Figura 4 – Bursite de ombro.
Já os sintomas descritos são dor, rigidez, diminuição da amplitude de movimento, edema, rubor e
dificuldades em realizar as atividades necessárias (ALMEIDA et al., 2008).
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[https://player.vimeo.com/video/476997132] .
Muitas vezes, as ações repetitivas e contínuas do ombro podem causar o uso exagerado do
tendão. Com o uso repetitivo e prolongado, as células que foram danificadas dentro do tendão
não têm tempo de se recuperar por causa das ações repetitivas (PAI, 2019).
O cisto sinovial é um tumor benigno que habitualmente apresenta-se como um pequeno nódulo
arredondado e de consistência mole acima das articulações ou tendões, principalmente nas mãos e
punhos.
Cisto é o nome que damos a qualquer bolsa que tenha material líquido ou semilíquido em seu
interior. O cisto sinovial é, portanto, é uma bolsa que contém líquido sinovial. O cisto sinovial surge
nas articulações ou tendões, sendo uma herniação de parte da sinóvia e da cápsula das articulações.
Esse “vazamento” de líquido sinovial para fora das articulações forma uma bolsa que pode ser
facilmente vista e palpada, como vemos na figura 8.
Fonte: mdsaude.com
[https://www.mdsaude.com/wp-
content/uploads/cisto-sinovial.jpg] .
Os cistos sinoviais são mais comuns em mulheres e sua manifestação clínica pode decorrer de
algum trauma, de doenças reumáticas, idiopáticas, ruptura da bainha sinovial, crescimento
anormal da membrana sinovial e atrito articular decorrente de movimentos excessivos
(PINHEIRO, 2020). Os principais sintomas relatados são dor, diminuição da amplitude de
movimento da mão/punho e dificuldade para realizar atividades da vida diária.
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[https://player.vimeo.com/video/476997239] .
5.7 Dedo em gatilho ou tenossinovite estenosante
O dedo em gatilho é o travamento do dedo em uma posição dobrada causado por uma
inflamação do tendão do dedo, ocorrendo o travamento dos tendões que flexionam. O dedo se
inflama ou incha, geralmente com uma área redonda e elevada (nódulo) na palma da mão.
“Normalmente, o tendão se move facilmente dentro e fora de sua bainha circundante quando o
dedo se estica e flexiona. No caso do dedo em gatilho, o tendão inflamado pode se mover para
fora da bainha na flexão do dedo” (STEINBERG, 2018a).
Os movimentos repetitivos podem acometer de forma bem critica a saúde dos trabalhadores, que
desenvolvem patologias no decorrer de suas atividades. Umas dessas patologias é conhecida
como contratura de Dupuytren, na qual a região palmar é afetada pela contratura, e os dedos –
geralmente anular e mínimo – são afetados. Com a progressão da doença, poderá ocorrer a
impossibilidade de realizar a extensão completa do dedo, permanecendo este em flexão. Em
alguns casos, o procedimento cirúrgico é necessário.
Essa condição pode variar desde pequenos nódulos até faixas muito espessas, as quais podem
tracionar dos dedos em direção à palma da mão, devido à contratura progressiva dos espaços
interdigitais pela relação da articulação metacarpofalangena e interfalangeana.
Fonte: saudebemestar.pt
[cola_dupuytren.jpg]
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[https://player.vimeo.com/video/476997388] .
Segundo Varella Bruna (2011), a síndrome do túnel do carpo é uma neuropatia resultante da
compressão do nervo mediano no canal do carpo, estrutura anatômica que se localiza entre a
mão e o antebraço. É causada pelo aumento das estruturas que passam pelo túnel ou pelo seu
espessamento. Através desse túnel rígido, além do nervo mediano, passam os tendões flexores,
que são revestidos pelo tecido sinovial. Qualquer situação que aumente a pressão dentro do
canal provoca a compressão do nervo mediano e a síndrome do túnel do carpo.
Portanto, a síndrome do túnel do carpo, que será vista na figura 11, resulta da compressão
(pinçamento) do nervo mediano. A compressão pode ser causada pelo inchaço do tecido
adjacente dentro do túnel ou por bandas de tecido fibroso que se formam na face palmar ao nível
do punho (STEINBERG, 2018b).
A doença acomete indivíduos que realizam esforço manual com movimento excessivo e
repetitivo, diabetes, artrite reumatoide, infecções, traumatismos na região da mão e alterações
endócrinas (STEINBERG, 2018b).
Fonte: institutocefisa.com.br
[https://www.institutocefisa.com.br/noticia/sindrome-do-tunel-do-carpo] .
“Estudos relatam tendência à síndrome do túnel do carpo em indivíduos que trabalham no
computador por mais de 20 horas por semana, devido aos movimentos repetitivos’’ (VOLL
PILATES GROUP, 2017).
O canal de Guyon é uma patologia bem semelhante à síndrome do túnel do carpo. Ambas
ocorrem na mão, porém a síndrome do canal de Guyon é decorrente de uma compressão no
nervo ulnar. Essa patologia também está associada ao grupo de LER/DORT, visto que sua
incidência é bastante comum nesse grupo de trabalhadores.
Fonte: fisioterapiaoeiras.com
[https://www.fisioterapiaoeiras.com/uploads/galeria_glossario/imagem[546].jpg] .
Videoaula - Síndrome do desfiladeiro torácico e outras doenças
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[https://player.vimeo.com/video/476997550] .
A síndrome do desfiladeiro torácico não está entre os distúrbios mais comuns, sendo de rara
incidência. Seus sintomas são descritos como dor não radicular persistente, adormecimento ou
desconforto na extremidade afetada – com piora devido à prática de exercícios físicos – e
melhora com o descanso.
O desfiladeiro torácico, indicado na figura 13, é caracterizado pelo espaço entre a primeira
costela e a clavícula, preenchido por vasos sanguíneos e nervos ao nível dos membros
superiores. Frequentemente ocorre a compressão dos nervos entre essas estruturas, evoluindo
muitas vezes para a compressão das artérias subclávias, o que faz com que o indivíduo sinta dor,
edema ou até mesmo cianose (caracterizada por falta de fluxo sanguíneo naquela região),
podendo gerar complicações vasculares devido à compressão.
As causas são diversas e podem estar associadas a exercícios repetitivos, traumas e variação
anatômica, fazendo com que haja compressão nessas estruturas.
Os sintomas são dor, fraqueza, parestesias, fraqueza do membro acometido e, em alguns casos,
dor radicular para outros membros como braço e pescoço.
Figura 13 – Síndrome do desfiladeiro torácico.
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[https://player.vimeo.com/video/476997900] .
6 Pneumopatias ocupacionais
6.1 Silicose
As atividades de trabalho mais comuns que envolvem o risco ocupacional da silicose são a
extração de rochas, a mineração de ouro e pedras preciosas, a indústria de cerâmica e vidro, a
fundição de ferro, a construção de túneis, a fabricação de fertilizantes (rochas fosfáticas), as
atividades de limpeza de fornos e filtros e a confecção de prótese dentária, dentre outros (TERRA
FILHO; FREITAS; NERY, 2006).
Provoca, na forma aguda, dificuldades respiratórias, febre e cianose, sendo uma doença
ocupacional que gera vários transtornos à saúde do trabalhador, manifestando-se num intervalo
de tempo de até dois anos após a exposição.
Os sintomas incluem dispneia, perda de peso, fraqueza e achados de infiltrados alveolares nos
exames de imagem.
Já na forma acelerada, os sintomas podem se desencadear até dez anos depois da exposição,
com dispneia e presença de nódulos na região pulmonar.
A forma crônica é a combinação das formas aguda e acelerada, o que faz com que sua
progressão seja muito acelerada, evoluindo para o óbito.
6.1.1 Fisiopatologia
Uma vez inaladas, as partículas de sílica depositam-se principalmente nos bronquíolos
respiratórios e alvéolos. Se o clearance mucociliar ascendente e linfático não for capaz de remover
as partículas, elas acabam por induzir um processo inflamatório, caracterizado inicialmente como
uma alveolite, podendo evoluir para a fase de fibrose. (TERRA FILHO; SANTOS, 2006, p. 42).
O mecanismo sugerido para explicar a estimulação dos macrófagos, células epiteliais e dos
fibroblastos está centrado no papel dos radicais livres. Esses radicais alterariam a expressão de
genes responsáveis pela produção de citocinas, pela proliferação e apoptose celular. Diversos
estudos apresentam evidências de que a alteração da expressão de genes pela sílica é mediada
pelos fatores de transcrição nuclear NF-kb e AP-1 (TERRA FILHO; SANTOS, 2006).
silicose aguda: é caracterizada por tosse, dispneia, fraqueza e cansaço evoluindo de forma
progressiva; em alguns casos, pode desencadear insuficiência respiratória e presença de infiltrado
alveolar;
silicose crônica simples: a manifestação clínica desenvolve até 15 anos após a exposição às
partículas de sílica. Desenvolve com sintomas mais leves como tosse crônica e dispneia progressiva
ao esforço;
silicose acelerada: geralmente ocorre com manifestação clínica até 10 anos depois da exposição,
decorrente da silicose crônica, apenas desenvolvendo de forma mais progressiva e rápida; e
silicose complicada: é manifestada de forma mais grave, com presença de nódulos nos lóbulos
superiores do pulmão, podendo haver calcificação nodular e evoluir para pneumotórax, em que pode
ocorrer agravamento para obstrução das vias áreas em razão da exposição à sílica.
6.2 Asbestose
A asbestose tem sido um grande problema de saúde pública, uma vez que diversos
trabalhadores estão expostos a essa doença, pois esse material é usado principalmente na
fabricação de cerâmicas. Atualmente no Brasil, sua produção tem ultrapassado a marca anual de
300 mil toneladas. De acordo com dados da literatura, inúmeros trabalhadores já tiveram contato
em anos passados com esse material.
Essa patologia é proveniente da inalação de pó de amianto, que contém substâncias tóxicas para
o organismo.
A relação dessa fibra com o organismo humano tem desenvolvido diversas doenças, entre elas
carcinogênese, câncer de pulmão, alterações pleurais, asbestose, mesotelioma de pleura,
peritônio e atelectasias (CAPELOZZI, 2001, p. 207).
Inúmeros sintomas têm sido relatados por indivíduos expostos à fibra de amianto, sendo os
principais dispneia, tosse seca, crepitação pulmonar e diminuição da função pulmonar,
principalmente da expansibilidade pulmonar (TERRA FILHO; FREITAS; NERY, 2006, p. 49). Com a
progressão da doença, podem ocorrer as atelectasias pulmonares. Geralmente esse
acometimento é de forma bilateral, com presença de fibrose pulmonar, evoluindo até atingir o
parênquima pulmonar.
O risco de câncer de pulmão nesses grupos de indivíduos que são ou já foram expostos a esse
tipo de fibra é 20 vezes maior, e 60 vezes maior caso o indivíduo seja fumante ou já tenha algum
histórico de doença pregressa.
O prognóstico da doença deve ser sempre embasado em histórico de vida do paciente, levando
em consideração o tempo de exposição ao material, o tipo de material e as comorbidades de
cada indivíduo (TERRA FILHO; FREITAS; NERY, 2006, p. 53).
Caso queira saber mais sobre o tema, leia a notícia Supremo proíbe uso do amianto em todo o
país, disponível no link a seguir: agenciabrasil.ebc.com.br
[https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-11/supremo-proibe-uso-do-amianto-em-
todo-o-pais] .
Segundo Capelozzi (2006, p. 214), em relação ao câncer de pulmão, “em qualquer circunstância é
de fundamental importância estimar-se a carga ou dose de exposição, pois com pouco tempo de
exposição em altas concentrações, o risco para seu aparecimento é de duas ou mais vezes
maior".
Nesse caso, trata-se de um problema de saúde pública, como mostra a figura 15, ressaltando a
importância de meios preventivos para a saúde do trabalhador.
Caso queira saber mais sobre o tema, leia Considerações gerais sobre doenças pulmonares
ambientais, disponível no link a seguir: msdmanuals.com [https://www.msdmanuals.com/pt-
br/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B3rias/doen%C3%A7as-
pulmonares-ambientais/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-doen%C3%A7as-
pulmonares-ambientais] .
Videoaula - Doenças ocupacionais do Sistema Tegumentar -
Dermatoses
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[https://player.vimeo.com/video/476998440] .
7 Dermatoses ocupacionais
Segundo Alchorne, Alchorne e Silva (2010), “dermatose ocupacional é qualquer alteração da pele,
mucosa e anexos, direta ou indiretamente causada, condicionada, mantida ou agravada por
agentes presentes na atividade ocupacional ou no ambiente de trabalho”.
Já as causas indiretas compreendem os fatores como idade, etnia, sexo, doenças preexistentes e
fatores ambientais. As dermatoses preexistentes podem facilitar a penetração de agentes
sensibilizantes (ALCHORNE; ALCHORNE, SILVA, 2010, p. 138).
Dermatites irritantes de contato: são subdivididas em irritativas e alérgicas; ambas ocorrem após
o contato da pele com agentes tóxicos. A dermatite irritativa de contato é bastante comum,
podendo desenvolver seus sintomas de imediato ou após algumas horas de exposição.
Na fase aguda, após a exposição à substância alérgica, os sintomas e sinais alérgicos logo
começam a aparecer. Sintomas como vermelhidão, coceira e erupções cutâneas com pequenas
bolhas são os mais comuns. Diversas substâncias desencadeiam reações alérgicas aos
indivíduos como: acetonas, esmaltes, sabonetes, hidratantes corporais e faciais, amônia e
xampus, entre outros.
A fase crônica engloba sintomas na pele que aparecem após 4 semanas ou mais após a
exposição ao agente alérgico. Diferentemente da fase aguda, em que os sinais aparecem no
decorrer de 12 a 72 horas após a exposição.
Caso queira saber mais sobre o tema, leia o material Dermatoses ocupacionais, produzido pelo
Ministério da Saúde, disponível no link a seguir: bvsms.saude.gov.br
[http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/06_0553_M.pdf] .
Recapitulando
A saúde do trabalhador é de extrema importância para o seu bem-estar no ambiente de trabalho
e para a empresa. Em decorrência de longas jornadas de trabalho, sem pausas para o descanso,
as LER/DORTs acometem a saúde do trabalhador, estando entre as principais causas de
afastamento de invalidez do trabalho. A incidência de LER/DORTs tem crescido cada vez mais,
provocando não apenas alterações musculoesqueléticas, mas também doenças ocupacionais,
pelo fato de o trabalhador estar sempre exposto ao fator de risco. Todas essas doenças trazem
consequências para o trabalhador e para a empresa, principalmente no que diz respeito aos
lucros empresariais. Com base no conteúdo apresentado, é sempre necessária a utilização de
equipamentos de proteção individual, a fim de reduzir cada vez mais a incidência de lesões por
esforço repetitivo, bem como de doenças ocupacionais, ambas relacionadas ao ambiente de
trabalho. Essa redução gera lucro para as empresas e diminui o afastamento dos trabalhadores,
os quais passam a ter melhores condições de trabalho e melhor qualidade de vida.
Exercícios de fixação
(FGV – 2010) As dermatoses ocupacionais podem ser entendidas como alterações encontradas
nas mucosas, pele e seus anexos que sejam direta ou indiretamente causadas, condicionadas,
mantidas ou agravadas por agentes presentes na atividade ocupacional ou no ambiente de
trabalho.
Os agentes: biológicos (bactérias, fungos, leveduras, vírus e insetos), físicos (radiações não
ionizantes, calor, frio, eletricidade) e químicos (cimento, solventes, detergentes e ácidos)
podem causar dermatoses ocupacionais ou funcionar como fatores desencadeantes,
concorrentes ou agravantes.
A não utilização de proteção adequada ou sua utilização incorreta, além da não observância
pelo trabalhador das normas de higiene e segurança padronizadas para a atividade que
executa, são fatores que não influenciam no aparecimento de dermatoses ocupacionais.
(VUNESP – 2015) Com relação à síndrome do túnel do carpo, assinale a alternativa correta.
O túnel do carpo é uma estrutura rígida delimitada pelos ossos do carpo e pelo ligamento
transverso do carpo.
Doenças ocupacionais
decorrentes de exposição a
fatores de risco
Objetivos:
Competências:
Habilidades:
Introdução
A saúde do trabalhador é de extrema importância para o desenvolvimento de suas atividades no
ambiente de trabalho. Assim, a construção do campo da saúde do trabalhador se faz necessária
frente ao Sistema Único de Saúde, a fim de construir e proporcionar melhores condições de trabalho
aos trabalhadores através de políticas e práticas construtivas, reduzindo e/ou prevenindo doenças
musculoesqueléticas e ocupacionais.
Videoaula - Doenças ocupacionais decorrente a exposição a fatores
de risco
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8 Saúde do trabalhador
De acordo com Gomez, Vasconcellos e Machado (2018, p. 1964),
voltados para analisar e intervir nas relações de trabalho que provocam doenças e agravos.
Esse campo de estudos tem como objetivo a diminuição e prevenção dos riscos e doenças
relacionados ao ambiente de trabalho, por meio da fiscalização das condições de trabalho.
que contempla o contorno social, econômico, político e cultural – definidor das relações particulares
travadas nos espaços de trabalho e do perfil de reprodução social dos diferentes grupos humanos –
Dessa forma, o emprego tem relação direta com a produção nacional, sendo de grande
importância assuntos relacionados a estratégias voltadas para a segurança do trabalhador. Com
o intuito de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, foi criada a Lei nº 8.080/1990, que
designa estratégias para a promoção e proteção dos trabalhadores. Através da Vigilância em
Saúde do Trabalhador (VISAT), as vigilâncias sanitária e epidemiológica se submetem a medidas
e ações de prevenção de fatores de risco, sejam eles ambientais ou trabalhistas (WÜNSCH
FILHO, 2004, p. 113).
Esses números referem-se apenas aos segurados do Seguro de Acidentes do Trabalho (SAT), parte
Diante desse contexto, é necessário que a construção de políticas públicas para medidas de
prevenção e assistências seja embasada em melhorias na questão de estrutura e organização do
ambiente de trabalho, levando em consideração os altos índices de evolução dos transtornos
mentais a que os trabalhadores estão sujeitos (SELIGMANN-SILVA et al., 2010).
9 Doenças decorrentes de ruídos
No ambiente de trabalho, diversos trabalhadores são acometidos pela perda auditiva em
decorrência de elevados níveis sonoros. O zumbido é uma das principais queixas dos
trabalhadores expostos a altos níveis de ruídos.
Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair) é a perda provocada pela exposição por tempo prolongado
ao ruído. Configura-se como uma perda auditiva do tipo neurossensorial, geralmente bilateral,
irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao ruído (CID 10 – H 83.3). Consideram-se como
sinônimos: perda auditiva por exposição ao ruído no trabalho, perda auditiva ocupacional, surdez
profissional, disacusia ocupacional, perda auditiva induzida por níveis elevados de pressão sonora,
perda auditiva induzida por ruído ocupacional, perda auditiva neurossensorial por exposição
continuada a níveis elevados de pressão sonora de origem ocupacional. (BRASIL, 2006a, p. 13).
Quando se estudam as perdas auditivas de origem ocupacional, deve-se levar em conta que há
outros agentes causais que não somente podem gerar perdas auditivas, independentemente de
exposição ao ruído, mas também, ao interagir com este, potencializar os seus efeitos sobre a
audição. Entre outros, podem ser citados a exposição a certos produtos químicos, as vibrações e o
De acordo com a Norma regulamentadora NR-15, o limiar do ruído que pode ser tolerado é de
130 dB(a). Caso a exposição ao ruído seja contínua, alta e frequente, o trabalhador pode
desenvolver PAIR ocasionando lesão no órgão de Corti (BRASIL, 2006a).
A Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) recebe muitas terminologias, tais como “Perda
Auditiva por Exposição ao Ruído no Trabalho”, “Perda Auditiva Ocupacional”, “Surdez
Profissional”, “Disacusia Ocupacional”, “Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional” e “Perda
Auditiva Neurossensorial por Exposição Continuada a Níveis Elevados de Pressão Sonora
Ocupacional”, porém todas constituem uma doença profissional, caracterizada pela diminuição
gradual da acuidade auditiva decorrente da exposição continuada a níveis intensos de pressão
sonora, ocasionando lesão nas células ciliadas externas e internas no órgão de Corti,que
segundo pesquisas, trata-se de uma das doenças mais prevalentes nos dias atuais. (BOGER;
BARBOSA-BRANCO; OTTONI, 2009, p. 329).
Uma vez que 30 milhões de trabalhadores estão expostos a altos níveis de pressão sonora, a
perda auditiva acomete, principalmente, trabalhadores expostos a ruídos elevados como
motoristas de ônibus, caminhões e trabalhadores do setor industrial, entre outros. Os
trabalhadores expostos a ruídos com intensidade acima de 85 decibéis (dB) já correm o risco de
lesão coclear irreversível. Por isso, é de grande importância o uso dos equipamentos de proteção
individual (EPIs), a fim de evitar agravos maiores.
2 – A velocidade de propagação da onda sonora é muito alta e faz com que a amplitude de deslocamento
intensidade a partir de 84/90 dB de ruído causa uma lesão coclear irreversível e a lesão será mais
importante quanto maior for o ruído, o que tem sido razoavelmente comum em alguns ambientes
industriais como metalúrgicas, teares, bancos de prova de motores e outros. (ARAÚJO, 2002, p. 48).
Caso queira saber mais sobre o tema, leia a matéria Saiba nove curiosidades sobre perda auditiva
e formas de prevenção, disponível no link a seguir: terra.com.br [https://www.terra.com.br/vida-e-
estilo/saude/saiba-nove-curiosidades-sobre-perda-auditiva-e-formas-
deprevencao,70488c3d10f27310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html] .
Videoaula - Doenças decorrentes da exposição a agrotóxicos e da
exposição a Benzeno
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[https://player.vimeo.com/video/476998966] .
10 Doenças decorrentes da exposição a agrotóxicos
Segundo Lopes e Albuquerque (2018, p. 519),
o termo agrotóxico passou a ser adotado no Brasil a partir da Lei Federal nº 7.802, de 1989,
Atualmente, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, como você pode ver na
figura 17. Diversos estudos comprovam os malefícios para a saúde humana e ambiental da
exposição aos agrotóxicos (LOPES; ALBURQUEQUE, 2018, p. 519). A contaminação em
reservatórios de água, rios e recursos hídricos provoca danos à flora aquática e intoxicação dos
alimentos, gerando grandes danos para a saúde da população.
Câncer: o câncer é a doença mais perigosa e fatal relacionada com o consumo contínuo e em excesso
de agrotóxicos. Os tipos de câncer mais comuns relatados são câncer de mama, cerebral, pulmonar e
de próstata. Lembrando que o câncer de pulmão é o que causa mais mortes no sexo masculino e que 1
entre 7 homens terá câncer de próstata.
Doenças nos rins: o trato urinário sofre muito dependendo do que ingerimos. Isso porque o corpo
humano realiza um trabalho de absorção e de filtragem, e os agrotóxicos podem afetar diretamente
essas áreas primordiais, destruindo os tecidos renais, podendo causar até mesmo a falência dos rins.
Danos ao fígado: o fígado é outro órgão bastante afetado pela absorção do organismo de produtos
considerados prejudiciais à saúde. Os agrotóxicos afetam perigosamente as funções celulares do
fígado, causando várias doenças hepáticas que têm como característica sintomas silenciosos.
Alergias: sendo o veneno uma substância química altamente potente, o organismo humano pode
esboçar reações indesejadas como o desenvolvimento de alergias. Muitas vezes, não sabemos ao certo
quais são as causas de todas as alergias do nosso corpo, e os agrotóxicos utilizados no cultivo dos
alimentos que você coloca à mesa podem ser a resposta.
Os efeitos da exposição aos agrotóxicos podem ser agudos, conforme demonstrado no quadro 3,
ou crônicos, como visto no quadro 4.
Através da respiração Ardência no nariz e boca, tosse, coriza, dor no peito e dificuldade de respirar.
Através da boca Irritação da boca e garganta, dor de estomago, náuseas, vômitos e diarreia.
Efeitos crônicos
Efeitos crônicos
10.1 Classificação
A classificação dos agrotóxicos é utilizada para fins de registro e reavaliação pela Anvisa. É
baseada no grau de toxicidade das substâncias. No quadro 5, podemos observar essa
classificação.
2 4 5 CLA
DANO
AGUDO
ADVERTÊNCIA adv
CLASSE DE
PERIGO
ingerido
DÉRMICA Fatal em contato Fatal em Tóxico em contato Nocivo em Pode ser -
a pele
inalado
Deve-se salientar, entretanto, que para muitas doenças, a exemplo do câncer, com longos períodos
causa da doença possa ser atribuída a exposições sofridas durante sua fase produtiva, estabelecer o
nexo com o trabalho torna-se muitas vezes difícil. (WÜNSCH FILHO, 2004, p. 109).
O quadro 6 demonstra a lista de ativos dos ingredientes autorizados pela Anvisa para produtores
rurais.
Governo anunciou a liberação de 16 pesticidas nesta segunda (2). São 2 produtos biológicos e 14 genéricos.
Produtos Classificação da
Governo anunciou a liberação de 16 pesticidas nesta segunda (2). São 2 produtos biológicos e 14 genéricos.
Produtos Classificação da
EUA
medianamente tóxico
(biológico)
classificado
ciantraniliprole moderadamente
tóxico
tóxico
Caso queira saber mais sobre o tema, leia a notícia Número de mortes e doenças causadas por
agrotóxicos está subestimado, diz pesquisadora, disponível no link a seguir: cartacapital.com.br
[https://www.cartacapital.com.br/sociedade/numero-de-mortes-e-doencas-causadas-por-
agrotoxicos-esta-subestimado-diz-pesquisadora/] .
A toxicologia ocupacional é um ramo da ciência que estuda os efeitos nocivos causados por
substâncias químicas presentes no ambiente de trabalho. O desequilíbrio fisiológico é
consequente de alterações bioquímicas no organismo quando este é exposto a alguma
substância química via inalação, ingestão ou contato, provocando sequelas e até mesmo óbitos
(BRITO, MARTINS, 2015).
Para Ruppenthal (2013), os fatores que influenciam a toxicidade de uma substância são a
frequência de exposição, a duração da exposição e a via de administração da substância. Para
isso, deve-se conhecer o tipo de efeito que ela produz, a dose para produzir o efeito, as
informações sobre as características/propriedades da substância e detalhes sobre a exposição e
a condição de saúde do indivíduo afetado.
substâncias que permitem a dispersão de outra substância, denominada soluto, em seu meio.
Algumas atividades laborais podem expor seus trabalhadores a níveis elevados de solventes,
11.1 Benzeno
No trabalho Ambiental
Trabalhadores dos Nos grandes centros urbanos, onde há maior concentração de veículos, a
siderúrgica.
Frentista.
Produção e utilização
de tintas.
Fabricação de
plástico.
Produção de couro.
Indústria de borracha
(pneus e outros).
Efeitos crônicos:
Anemia, sangramento excessivo (no nariz, por exemplo) e queda do sistema imunológico,
aumentando as chances de infecções e de desenvolvimento de cânceres sanguíneos de
vários tipos, como as leucemias, além da suspeita de relações a outros tumores. (INCA,
2018b).
O benzeno pode ser relacionado à extração de petróleo e também ao gás natural e os solventes
através dos laboratórios químicos, sendo altamente tóxico.
O benzeno e os produtos que o contêm (gasolina, por exemplo), quando em contato com a pele,
são absorvidos e passam para a corrente sanguínea, podendo provocar os mesmos danos de
quando é inalado. Já a absorção pode ser mais eficaz ainda no caso de pele com ferimento, pelo
fato de o benzeno ser mais rapidamente absorvido se estiver relacionado com contaminante em
solventes (LAUXEN, 2016, p. 4).
Algumas medidas protetivas e preventivas precisam ser tomadas com o intuito de prevenir
agravos à saúde dos trabalhadores, principalmente nos postos de gasolina. Algumas medidas
podem ser descritas como:
O formol também é uma substância altamente tóxica e perigosa, uma vez que compromete a
função pulmonar do indivíduo, sendo um produto cancerígeno, liberado somente pela Anvisa em
baixas concentrações, conforme o quadro 8 a seguir.
intensamente no Brasil a partir do ano 2000, nos salões de beleza para alisamento capilar, o que
expõem os trabalhadores a níveis mais elevados do que a população em geral. (INCA, 2018c).
Características da substância
Venda proibida
funerárias e universidades.
Como observado, o formol possui inúmeros malefícios à saúde humana, tanto em curto quanto
em longo prazos. Entre eles, podemos destacar a intoxicação, causada pelo agente tóxico que, ao
ser inalado, chega até os pulmões, provocando sérios danos. Os efeitos à saúde do formol e as
principais medidas de controle estão descritos a seguir.
Efeitos agudos:
Irritações nos olhos, no trato gastrointestinal ou nas membranas das mucosas das vias
respiratórias.
Efeitos crônicos:
Asma, espasmos, tosse, chiado, edema pulmonar, além de câncer de nasofaringe, leucemia,
cavidade nasal e de seios paranasais, pulmão e outros cânceres hematológicos.
Medidas de controle
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária vem aos poucos elaborando leis cada vez mais
restritivas ao uso do formol e propondo substituição desse agente em vários produtos. No entanto,
empenhos devem ser feitos em relação a fiscalização dos ambientes de trabalho (INCA, 2018c).
No entanto, medidas de prevenção devem ser feitas em relação à fiscalização dos ambientes de
trabalho, pois esses produtos utilizados para alisar os fios contêm um teor de formol superior ao
permitido pela Anvisa na sua fórmula. A Anvisa permite apenas o limite de 0,2% da substância na
composição de cosméticos, inclusive alisantes, e de 5% para as unhas (ANVISA, 2019).
A principal via de aspiração desse produto é o sistema respiratório, pois os vapores logo atingem
a corrente sanguínea.
Caso queira saber mais sobre o tema, leia o artigo Os perigos do uso inadequado do formol na
estética capilar, disponível no link a seguir: semanticscholar.org
[https://pdfs.semanticscholar.org/0616/3ae478adfc707bd69d8bcaff198f8254bbad.pdf] .
doença profissional é entendida como aquela produzida pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade constante da relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social.
o segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantida a manutenção de seu contrato pelo
prazo igual ao período em que ficar afastado.
UNIDADE 4
Habilidades
Introdução
O campo da saúde do trabalhador tem crescido muito, procurando criar diversas estratégias que lhe
promovam satisfação e bem-estar. A partir desses conhecimentos, várias leis têm sido criadas com
o intuito de estabelecer um nexo causal entre trabalho e saúde e integrar o trabalhador nesse
campo. Inúmeras ocasiões do trabalho têm levado o trabalhador a desenvolver doenças
ocupacionais, tanto físicas quanto psicológicas. Esses fatores levam ao não rendimento trabalhista,
provocando insatisfação com o trabalho, longas jornadas de trabalho e tantos outros fatores
negativos associados. Com base nesse conhecimento, as empresas precisam criar medidas para a
prevenção desses fatores, otimizando a satisfação e bem-estar dos trabalhadores ao realizar sua
jornada de trabalho com segurança, entusiasmo e consequentemente, gerar maiores lucros.
Videoaula - Riscos Ocupacionais na área da Saúde e Fadiga
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[https://player.vimeo.com/video/476999184] .
12 Riscos ocupacionais na área de saúde
Segundo Nascimento (2014),
químicos (poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores e substâncias compostas ou produtos
químicos em geral); b) riscos biológicos (vírus, bactérias, protozoários, fungos e outros); c) riscos
físico e/ou psíquico ou acedentes); d) riscos físicos (ruídos, vibrações, radiações ionizantes,
dos riscos ocupacionais que envolvem o trabalho dos profissionais da saúde é essencial, pois, a
partir dessa compreensão, podem-se elaborar propostas de solução para o controle e/ou eliminação
Dessa forma, destaca-se a real dificuldade da informação relativa à saúde dos trabalhadores, o
que dificulta ainda mais a prioridade acerca das políticas públicas.
O Ministério do Trabalho (MT) classifica os riscos ocupacionais de acordo com sua natureza: física,
química, biológica, ergonômica ou acidental. Assim, eles podem ser operacionais (riscos para
é identificado por uma cor, o que acarreta a facilidade de realizar a sinalização, a qual contribui,
Fonte: nr12semsegredos.com.br
[https://www.nr12semsegredos.com.br/risc
os-ocupacionais-no-trabalho-o-que-sao-e-
como-classifica-los/] .
O grupo 1 é denominado de verde e se refere aos riscos físicos, como ruídos, vibrações, radiações
O grupo 2 corresponde à cor vermelha, que são os riscos químicos, como poeiras, fumos, névoas,
neblinas, gases, vapores e substâncias compostas ou produtos químicos que podem prejudicar a
saúde do trabalhador.
O grupo 3 é titulado com a cor marrom, que abrange os riscos biológicos: vírus, bactérias,
Já o grupo 4 recebe a cor amarela, que engloba os riscos ergonômicos, tais como esforço físico
repetitividade, entre outras situações que se ligam ao estresse físico ou psicológico do trabalhador.
Por fim, há o grupo 5, que é definido como azul e se compõe de riscos de acidentes causados por
inadequado, entre outras incontáveis situações de risco que poderão contribuir para ocorrência de
O grupo 5 apresenta alto risco de periculosidade, mesmo diante dos diversos meios de
prevenção para que não ocorram acidentes com os trabalhadores. Para as profissões que
contêm diferentes tipos de riscos ocupacionais no local de trabalho, poderão ser incluídas mais
cores como aviso de risco de acidentes naquele ambiente.
13 Fadiga física
Segundo Chagas (2016),
considera-se fadiga no trabalho a alteração no mecanismo de controle psíquico e físico, quando este
Em contexto de trabalho, a fadiga física é um estado de esgotamento mental e/ou físico que reduz a
capacidade do indivíduo para realizar a sua atividade de forma segura. [...] Esta é frequentemente
Pessoas com esgotamento físico e mental tendem a ter o desenvolvimento do seu trabalho
limitado, uma vez que estão sobrecarregadas de estresse e tensões.
Na CID-10, as diretrizes para um diagnóstico definitivo apontam para as seguintes queixas: fadiga
aumentada após esforço mental; fraqueza e exaustão após esforço mínimo; sintomas autonômicos
ou depressivos não classificados em outros diagnósticos da CID-10 e duas ou mais das queixas de
Além de ser um fenômeno que causa mal-estar, [a fadiga] provoca alterações no estado
psicossomático, podendo ser encarada como resultante de esforço físico e/ou mental associado às
A classificação de Schilling foi criada com o objetivo de descrever os fatores que levam os
trabalhadores a desenvolver diversas patologias e acidentes em decorrência do trabalho. As
principais causas investigadas pela classificação são: iluminação inadequada, pisos impróprios
no ambiente de trabalho, cadeiras com apoio e altura errada e relações ergonômicas como
posturas viciosas, sem pausas para o descanso, e tudo aquilo mais que leva o trabalhador a
desenvolver inúmeras patologias tanto físicas como psíquicas.
Portanto, a contribuição do trabalho para a alteração da saúde mental se dá a partir de uma gama de
aspectos, desde fatores pontuais como a exposição a agentes tóxicos até a complexa articulação de
desencadeante a partir de uma estrutura pré-existente. Além disso, os transtornos mentais têm
uma etiologia multicausal em que conjuntos de diversos fatores interagem de modo complexo.
CATEGORIA EXEMPLOS
II. Trabalho como fator de risco contributivo, mas não necessário; Doença coronariana;
Doenças do aparelho
locomotor;
Câncer;
Varizes do membros
inferiores;
Outras.
Fonte: abrham.org.br
[http://www.abrham.org.br/portal/painel/_galeria/uploads/paginas_internas/downloads/Palestra_Evandro_Mi
ola_-__Painel_Doencas_Ocupacionais_-_FORUM_DE_RELACOES_TRABALHISTAS_20.07.16.pdf] .
sono.
Grupo II Alcoolismo crônico, outros transtornos neuróticos, síndrome de burnout,
demonstrando maior
frequência, intensidade ou
precocidade
desencadeante ou agravante
de Schilling, adotada no Brasil. No primeiro grupo, em que o trabalho aparece como causa
necessária, estariam as doenças legalmente reconhecidas. No grupo II, o trabalho aparece como
fator contributivo mas não necessário e, no grupo III, o trabalho é considerado um provocador de um
São aquelas doenças não definidas de forma direta como resultantes do trabalho, mas que
podem ser causadas por ele. Nesses casos, impõe-se a necessidade de laudo técnico que
estabeleça sua real origem.
vigília-sono devido a fatores não orgânicos em trabalhadores que exercem suas atividades em
algumas substâncias químicas, podem ser classificadas nos grupos II ou III. (JACQUES, 2007, p. 115).
Embasados nesse conhecimento, podemos dizer que a qualidade de vida dos trabalhadores está
interligada ao seu ambiente de trabalho, sendo este um dos principais fatores causadores de
doenças físicas e psíquicas.
Assim, a aplicação de um programa de melhoria da qualidade de vida é apresentada como
alternativa na busca da eliminação dos fatores de estresse que prejudicam o bem-estar da
população trabalhadora.
A saúde do trabalhador está associada com o trabalho porque o ambiente de trabalho é um fator
desencadeante de estresse físico e psíquico ao qual o indivíduo se submete no dia a dia. O
esgotamento físico decorrente da síndrome de burnout afeta muito a saúde do trabalhador,
gerando consequências como a depressão. Dessa forma, a saúde pública, juntamente com as
normas e leis em defesa do trabalhador, deve desenvolver seu papel na construção de medidas
alternativas que visem a priorizar a vida desses trabalhadores, gerando para as empresas melhor
geração de lucros e, para os trabalhadores, satisfação e bem-estar. Por isso, é de extrema
importância eliminar e/ou prevenir todos os fatores que possam colocar a vida dos
trabalhadores em risco.
Exercícios de fixação
(VUNESP – 2019) Para que um determinado problema de saúde seja considerado uma doença
ocupacional, é necessário que haja o nexo causal entre as condições em que o trabalho é
realizado e o agravo à saúde do indivíduo. Assim,
O manganismo se refere à doença causada por manganês e seus compostos, cujos fumos
penetram no organismo por meio de pequenas lesões na pele e provocam cefaleia, astenia,
sonolência, espasmos musculares nos membros inferiores e excitação.
A perda auditiva induzida por ruído é causada pela exposição continuada a níveis de pressão
sonora elevados, e tem caráter progressivo se não cessar a exposição após o diagnóstico que,
ao apontar as frequências comprometidas, permite a reversão quase completa da perda já
ocorrida.
Sobrecarga de trabalho.
(FGV – 2019) Os riscos em um ambiente de trabalho podem ser classificados em diversos tipos,
como físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.
Calor excessivo.
Fadiga muscular.
Repetitividade.
Postura inadequada.
Videoaula - Conclusão
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Considerações finais
O ambiente de trabalho tem crescido cada vez mais, buscando o aumento da produtividade dos
trabalhadores. Nessa dinâmica, torna-se imprescindível criar estratégias que beneficiem os
trabalhadores e tragam resultados satisfatórios, proporcionando melhores condições de saúde
no ambiente de trabalho e minimizando impactos negativos na empresa. Medidas que
promovam a prevenção de acidentes devem ser adotadas para diminuir a incidência de doenças
ocupacionais em decorrência de estresse físico, biomecânico e psíquico.
Além disso, longas e extenuantes jornadas de trabalho, sem pausas, devem ser combatidas e
desestimuladas pelas políticas públicas de saúde, a fim de prevenir e reabilitar a saúde dos
trabalhadores, através de programas compulsórios, oferecendo ao trabalhador uma melhor
qualidade de vida, gerando um bem-estar físico e psíquico e otimizando cada vez mais o ramo
empresarial.
Exercícios de fixação - respostas
(NUCEPE – 2019) Com relação ao “acidente de trabalho”, é incorreto afirmar que (OTTO;
VERGOTTI et al, 2019, p. 20):
Equipara-se ao acidente do trabalho o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido
a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda
da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação.
(IBFC – 2016) Um trabalhador que manipula chumbo e que apresenta saturnismo desenvolve
doença produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e
constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e da
Previdência Social. Assinale a alternativa que contemple o tipo de acidente de trabalho envolvido
neste caso, de ação traumatizante específica e diluída.
Acidente típico.
Doença do trabalho.
Doença corriqueira.
(FGV – 2010) As dermatoses ocupacionais podem ser entendidas como alterações encontradas
nas mucosas, pele e seus anexos que sejam direta ou indiretamente causadas, condicionadas,
mantidas ou agravadas por agentes presentes na atividade ocupacional ou no ambiente de
trabalho.
Os agentes: biológicos (bactérias, fungos, leveduras, vírus e insetos), físicos (radiações não
ionizantes, calor, frio, eletricidade) e químicos (cimento, solventes, detergentes e ácidos)
podem causar dermatoses ocupacionais ou funcionar como fatores desencadeantes,
concorrentes ou agravantes.
A não utilização de proteção adequada ou sua utilização incorreta, além da não observância
pelo trabalhador das normas de higiene e segurança padronizadas para a atividade que
executa, são fatores que não influenciam no aparecimento de dermatoses ocupacionais.
(VUNESP – 2015) Com relação à síndrome do túnel do carpo, assinale a alternativa correta.
O túnel do carpo é uma estrutura rígida delimitada pelos ossos do carpo e pelo ligamento
transverso do carpo.
doença profissional é entendida como aquela produzida pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade constante da relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social.
o segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantida a manutenção de seu contrato pelo
prazo igual ao período em que ficar afastado.
(VUNESP – 2019) Para que um determinado problema de saúde seja considerado uma doença
ocupacional, é necessário que haja o nexo causal entre as condições em que o trabalho é
realizado e o agravo à saúde do indivíduo. Assim,
A perda auditiva induzida por ruído é causada pela exposição continuada a níveis de pressão
sonora elevados, e tem caráter progressivo se não cessar a exposição após o diagnóstico que,
ao apontar as frequências comprometidas, permite a reversão quase completa da perda já
ocorrida.
Sobrecarga de trabalho.
(FGV – 2019) Os riscos em um ambiente de trabalho podem ser classificados em diversos tipos,
como físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.
Fadiga muscular.
Repetitividade.
Postura inadequada.
Autoria
Diana Pacheco
Autora
Fisioterapeuta formada pela Universidade Estadual de Londrina (2002). Possui formação em
Fisioterapia pela Unaerp há 16 anos, com experiência em fisioterapia hospitalar, UTI, home care e
treinamento em ventilação mecânica domiciliar. Leciona há 12 anos na Uniceplac (Centro
Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos), tendo já lecionado na Facesa, com
experiência na orientação de TCCs em diversas áreas com foco em reabilitação cardiovascular,
mobilização precoce e projetos de reabilitação cardiovascular e pulmonar. Experiência nas
disciplinas de reabilitação cardíaca e pulmonar, fisiologia do exercício, cinesioterapia, ética e
deontologia, anatomia geral e do aparelho locomotor, fisioterapia integrada (direcionada à
promoção à saúde), SUS, ergonomia, próteses e órteses e supervisão em estágio em reabilitação
cardiovascular, fisioterapia hospitalar e UTI geral. Estudos na área de gestão em educação
superior presencial e EAD e cursos de metodologias ativas. Foi membro do NDE do curso de
Fisioterapia por seis meses, curso de Coaching pela SBC e, no momento, doutoranda pela
Universidade Ibero-Americana (México) na modalidade EAD e cursando a pós em Reabilitação
em Oncologia pela Unyleya, também EAD.
Glossário
Acidente
Fato que tem início e desenvolvimento geralmente bruscos, independente da vontade humana,
causado por múltiplos motivos, com intervenção de alguns fatores externos, que superam a
capacidade de resposta da pessoa e são potencialmente capazes de causar dano. Fonte:
saude.gov.br
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Amianto
Termo que designa um grupo de minerais metamórficos fibrosos que se encontram de forma
natural nas formações rochosas, compostos quimicamente por uma variedade de silicatos
caracterizados por sua grande resistência ao calor. Fonte: saude.gov.br
[http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/glossario_tematico_saude_trabalhador_mercosul.p
df] . Acesso em: 25 set. 2019.
Asbestose
Doença pulmonar progressiva e crônica provocada pela exposição ao asbesto ou ao amianto,
caracterizada pela fibrose progressiva crônica do órgão, com a consequente perda da
capacidade respiratória. Fonte: bvsms.saude.gov.br
[http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/glossario_tematico_saude_trabalhador_mercosul.p
df] . Acesso em: 9 set. 2019.
iBurnouti
O termo provém do inglês e é traduzido como “estar queimado”. Síndrome de esgotamento
emocional, despersonalização e baixa realização pessoal que pode ocorrer entre indivíduos cujo
trabalho implica atenção ou ajuda a pessoas. Fonte: bvsms.saude.gov.br
[http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/glossario_tematico_saude_trabalhador_mercosul.p
df] . Acesso em: 18 set. 2019.
Carcinogênese
Indução por meio de agentes químicos, físicos ou biológicos de neoplasmas que não são
observados usualmente; indução precoce de neoplasmas observáveis; e/ou indução de um
número maior de neoplasmas que os encontrados habitualmente. Fonte: bvsms.saude.gov.br
[http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/glossario_tematico_saude_trabalhador_mercosul.p
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Compulsório
Adjetivo masculino que classifica algo que obriga ou compele a fazer alguma coisa. Fonte:
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Bibliografia
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