IPSAS 1 Vs BP

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Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moçambique

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

Contabilidade Pública

Tema: Posição Financeira a luz das IPSAS

Mândio Moniz Macuiane

Docente Jerónimo Uamba


Maputo, 19 de Junho de 2020

IPSAS 1

Os termos a seguir são utilizados nesta Norma com os seguintes significados especificados abaixo:

Regime de competência: é o regime contábil segundo o qual transações e outros eventos são
reconhecidos quando ocorrem (não necessariamente quando o caixa ou seus equivalentes são
recebidos ou pagos). Os elementos reconhecidos sob este regime são activos, passivos,
património líquido, receitas e despesas.

Contribuições de proprietários: São benefícios económicos futuros ou potencial de serviços que a


entidade recebeu de partes externas a ela, estes estabelecem uma remuneração financeira em seu
activo líquido/património líquido que:

 Dão direito quanto a sua distribuição de benefícios enconómicos futuros ou potencial de


serviços pelas entidade durante a sua vida, esta distribuição é feita quando os proprietário
ou representantes da entidade decidem.
 Essas contribuições podem ser vendidas, trocadas, transferidas ou resgatadas.

Distribuição aos proprietários: são benefícios económicos futuros oupotencial de serviços


distribuidos pela entidade a todos ou alguns proprietários como retorno sobre o investimento ou
como devolução do investimento.

Entidade económica: é o grupo de entidades que inclui uma entidade de controladora e uma ou
mais entidades controladoras.

Empresa Estatal: é a entidade que possua todas as seguintes características:

 Possui poder de contratar em seu próprio nome;


 Recebeu autoridade financeira e operacional para levar adiante um negócio;
 Vende bens e serviços, mo andamento normal do dos seus negócios, para outras
entidades, obtendo nessas operações lucros ou recuperação dos custos,
 Não depende de financiamentos públicos constantes para sua continuidade; e
 É controlada por uma entidade do sector público.

Aplicação impraticável de um requisito é impraticável quando a entidade não pode aplicá-lo


depois de ter feito todos os esforços razoáveis nesse sentido.

Omissões ou incorreções materiais as omissões ou incorreções são materiais se puderem,


individual ou coletivamente, influenciar os julgamentos e as decisões econômicas que os
usuários das demonstrações contábeis tomam com base nessas demonstrações.

Notas explicativas contêm informação adicional em relação àquela apresentada nas seguintes
demonstrações contábeis: Demonstração da Posição Financeira (Balanço Patrimonial),
Demonstração do Desempenho Financeiro (Demonstração do Resultado do Exercício),
Demonstração das Mutações do Ativo Líquido / Patrimônio Líquido e Demonstração dos Fluxos
de Caixa. As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou decomposição (detalhamento)
de itens apresentados nessas demonstrações e informação acerca de itens que não se qualificam
para serem reconhecidos nas demonstrações contábeis. (IPSAS 1, parag 7)

Entidade económica

O termo entidade econômica é usado nesta Norma para definir, para fins de demonstrações
contábeis, um grupo de entidades que compreende a entidade controladora e quaisquer entidades
controladas. Outros termos algumas vezes usados para se referir a uma entidade econômica
incluem entidade administrativa, entidade financeira, entidade consolidada e grupo.

Benefícios Económicos Futuros ou Potencial de Serviço

Ativos que são usados para gerar fluxos de caixa líquidos positivos são geralmente descritos
como aqueles que contêm “benefícios econômicos futuros”. “Benefícios econômicos futuros ou
potencial de serviços” sã termos usados para descrever as características essenciais dos ativos.
(parag11)

Finalidade das demonstrações contábeis


As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição financeira patrimonial
e financeira e do desempenho financeiro de uma entidade. (parag 15)

Objectivos das Demonstrações financeiras

é o de proporcionar informações acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho


financeiro e dos fluxos de caixa da entidade, de maneira que essas informações sejam úteis a um
grande número de classes de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas sobre
alocação de recursos.(parag 15)

Para satisfazer esses objectivos, as demonstrações contábeis proporcionam informações da


entidade acerca do seguinte:

 Activos;
 Passivos;
 Activos líquidos/património líquido;
 Receitas;
 Despesas;
 Outras alterações nos activos líquidos/património líquido; e
 Fluxos de caixa. (parag 17)

Responsabilidades pelas demonstrações contábeis

A responsabilidade pela elaboração e apresentação das demonstrações contábeis varia dentro de


cada jurisdição e de uma jurisdição para outra. Exemplos de pessoas ou posições que podem ser
responsáveis pela elaboração de demonstrações contábeis de entidades individuais (como
departamentos de governo ou seus equivalentes) incluem o indivíduo que chefia a entidade (o
chefe permanente ou o diretor executivo) e o chefe da agência central de finanças (ou o gerente
sênior de finanças, por exemplo: o controlador ou contador-geral da entidade).

A responsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis consolidadas do governo como


um todo geralmente repousa conjuntamente sobre o chefe da agência central (Órgão Central) de
finanças do governo (ou o gerente sênior, por exemplo: o controlador ou contador-geral) e sobre
o Ministro das Finanças (ou equivalente).
Componentes das Demonstrações Contábeis

 uma demonstração da posição financeira (Balanço Patrimonial);


 uma demonstração da posição financeira (Balanço Patrimonial);
 uma demonstração das mutações dos ativos líquidos/ patrimônio líquido (Demonstração
das Mutações do Patrimônio Líquido);
 uma demonstração dos fluxos de caixa;
 quando a entidade divulga publicamente seu orçamento aprovado, uma comparação entre
o orçamento e os montantes realizados, quer seja como uma demonstração contábil
adicional ou como uma coluna para o orçamento nas demonstrações contábeis; e
 notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e
outras informações explanatórias. (parag 21)

Apresentação das demonstrações contábeis

As demonstrações contábeis devem representar apropriadamente a posição financeira e


patrimonial, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa da entidade. Para que a apresentação
seja adequada é necessário que a sua representação seja estabelecida nas IPSAS´s. (parag 27)

A entidade cujas demonstrações contábeis estão em conformidade com as IPSASs deve declarar
de forma explícita e sem reservas essa conformidade nas notas explicativas. As demonstrações
contábeis não devem ser descritas como estando de acordo com as IPSASs a menos que
cumpram todos os seus requisitos. (parag 28)

Continuidade

No momento da elaboração de demonstrações contábeis, deve ser feita a avaliação da capacidade


da entidade continuar em operação no futuro previsível. Essa avaliação deve ser feita pelos
responsáveis pela elaboração das Demonstrações Contábeis.

As demonstrações contábeis devem ser elaboradas com base no pressuposto da continuidade das
operações, a menos que a administração tenha intenção de liquidar (vender) a entidade ou cessar
seus negócios, ou ainda não possua uma alternativa realista senão a cessação de suas atividades.
Quando aqueles responsáveis pela elaboração das demonstrações contábeis, ao fazer a sua
avaliação, tiverem ciência de incertezas materiais relevantes relacionadas com eventos ou
condições que possam lançar dúvidas significativas acerca da capacidade da entidade continuar
em operação no futuro previsível, essas incertezas devem ser evidenciadas.

Quando as demonstrações contábeis não forem elaboradas com base no pressuposto de que
haverá continuidade, esse fato deve ser evidenciado, juntamente com as bases nas quais as
demonstrações contábeis foram elaboradas e a razão pela qual não se pressupõe a continuidade
da entidade. (parag 38)

Consistência de Apresentação

A apresentação e a classificação de itens nas demonstrações contábeis devem ser mantidas de um


período para o próximo, salvo se:

 for evidente, após uma alteração significativa na natureza das operações da entidade ou
após uma revisão das respectivas demonstrações contábeis, que outra apresentação ou
classificação seja mais apropriada tendo em vista os critérios para a seleção e aplicação
de políticas contábeis contidas na IPSAS 3; ou
 outra IPSAS requerer alteração na apresentação.

Materialidade e agregação

Cada classe de natureza material relevante de itens semelhantes deve ser apresentada
separadamente nas demonstrações contábeis. Os itens de naturezas ou funções diferentes devem
ser apresentados separadamente, salvo se eles forem itens imateriais.

Informação Comparativa

A menos que uma IPSAS permita ou exija de outra forma, a informação comparativa deve ser
evidenciada em comparação com o (em relação ao) período anterior para todos os valores
apresentados nas demonstrações contábeis do período corrente. Também deve ser apresentada de
forma comparativa a informação narrativa e descritiva quando for relevante para a compreensão
do conjunto das demonstrações do período corrente.

Modificação de Itens nas Demonstrações Financeiras


Quando a apresentação ou a classificação de itens nas demonstrações contábeis forem
modificadas, os montantes apresentados para fins comparativos devem ser reclassificados, a
menos que a reclassificação seja impraticável. Quando os montantes apresentados para fins
comparativos são reclassificados, a entidade deve evidenciar:

 A natureza da reclassificação;
 O montante de cada item ou classe de intend que foi reclassificado; e
 A razão para a reclassificação.

Quando for impraticável reclassificar montantes apresentados para fins comparativos, a entidade
deve evidenciar:

 A razão para não reclassificar os montantes; e


 A natureza dos sjustes que teriam sido feitos se os montantes tivessem sido
reclassificados.

Estrutura e Contúdo

Introdução

Esta Norma requer determinadas evidenciações na demonstração da posição financeira (Balanço


Patrimonial), na demonstração do desempenho financeiro (Demonstração do Resultado do
Exercício) e na demonstração das mutações dos ativos líquidos/ patrimônio líquido e requer
divulgação de outros itens nessas demonstrações ou nas notas explicativas. A IPSAS 2 estabelece
os requisitos para a apresentação da demonstração dos fluxos de caixa. (parag 59)
Posição Financeira (Balanço)

O Balanço em contabilidade é a apuração de um determinado património, representado,


sinteticamente, num quadro de duas seções: activos e passivos. O balanço patrimonial é o único
dos demonstrativos obrigatórios que se apresenta como estático, isto é, referente à situação em
determinado momento.

O artigo 88, do Decreto 23/2004 (Regulamento do SISTAFE) define que o Balanço é composto
pelos resultados das componentes Orçamental, Financeira e Patrimonial.

1. As classes que fazem parte do Balanço Patrimonial do sector público são as classes 1 e 2.
 Classe 1 Activo:
 1.1 Circulante
 1.2 Realizável a Médio e Longo Prazo
 1.3 Imobilizado0
 Classe 2 Passivo:
 2.1 Circulante
 2.2 Exigível a Médio e Longo Prazo
 2.3 Resultado de Exercícios Futuros
 2.4 Fundos Próprios

Activos circulantes e passivos circulantes, são todos itens que se esperam realizar ou liquidar
num período até doze meses após a data do balanço. E são considerados não circulantes todos
que não são classificados como sendo circulante, isto é, os que se esperam que sejam liquidados
ou realizados por um período superior a doze meses. (IPSA 1, paragrafo 71)

Activos Circulantes

O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:

 espera-se que esse ativo seja realizado, ou pretende-se que seja mantido com o
propósito de ser vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da
entidade;
 o ativo está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
 espera-se que o ativo seja realizado até doze meses após a data das demonstrações
contábeis; ou
 o ativo seja caixa ou equivalente de caixa (conforme definido na IPSAS 2), a
menos que sua troca ou uso para liquidação (pagamento) de passivo se encontre
vedada durante pelo menos doze meses após a data das demonstrações contábeis.

Activos não Circuçantes

Usa-se o termo activos circulantes para se referir aos activos tangíveis, activos intangíveis e
activos financeiros de natureza de longo prazo.

2. Reconhecimento e Mensuração dos itens do Balanço.

Reconhecimento
Uma entidade só deve reconhecer um ativo ou passivo financeiro quando tomar posse do
mesmo. (IPSA 29, paragrafo 16)
A entidade mensura inicialmente (data da aquisição) os activos e passivos financeiros
pelo seu justo valor. E posteriormente (mensuração subsequente) mensura-os pelo custo
ou custo amortizado. (IPSA 29, parágrafo 46)

Os Activos imobilizados só são reconhecidos quando se é provável que gerem benefícios


económicos futuros para a entidade ou serviços associados ao actiovo, e se o seu custo ou
justo valor puder ser mensurado confiavelmente. (IPSA 17, Paragrafo 14)

Mensuração
Os activos imobilizados eles são mensurados pelo seu custo, e pelo seu justo valor
quando o activo é adquirido por meio de uma transação sem contraprestação (IPSA 17,
parag 26 e27). A NIRF 13 também faz a mensuração inicia dos activos tangíveis pelo
método de custo (parag 11).

Mensuração subsequente
As entidades no sector público devem mensurar após a mensuração inicial os seus activos
imobilizados pelo modelo de custo e pelo modelo de reavaliação como sua política
contabilística que deve ser aplicada para uma classe inteira de activos imobilizados (IPSA
17, parag 42). O mesmo método de mensuração subsequente é aplicado pelas NIRF´s
segundo o parágrafo 21.

3. Forma de Custeio
Quando há identificação de estoques específicos que são usados para projectos
específicos, a entidade deve criar uma formula de custos para todos estoques que possua
mesma natureza e uso para entidade. E os custos de estoques que não são identificados
para projectos específicos, que não são intercambiáveis eles devem ser atribuídos a
seguinte forma de custeio Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS) ou Custo Médio
Ponderado (IPSA 12, parágrafos 34-35).
As NIRF´s também gozam da mesma forma e fórmula de custeio, porque segundo a
NIRF 9 nos seus parágrafos 16 e17 diz que todos estoques que não sejam intermutuáveis
ou segregados param projectos específicos deve se determinado pelo uso da fórmula first-
in, first-out (FIFO) ou pelo Custo Médio Ponderado.

4. Diferenças entre a Posição Financeira pelo Regime de Caixa e pelo Regime de


Acréscimos.

Posição Financeira pelo Regime de Caixa.

Balanço Patrimonial
Activo Passivo
Financeiro Financeiro
 Disponível  Despesas por pagar
 Créitos em Circulação  Retenção de terceiros
 Depósito de terceiros
Não Financeiros Não Financeiros
 Circulante (menos  Circulante (menos operações de
estoques) crédito)
 Realizável a Longo Prazo  Exigível a Longo Prazo
 Imobilizado  Resultado de Exercícios Futuros
Subtotal-Activo Real Sutotal-Passivo Real
 Saldo Patrimonial do Salto patrimonial do Passivo
Activo
Total do Activo Total do Passivo

Não consegui achar a estrutura da posição financeira pelo regime de acréscimo.

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