Didáctica de Quimica II
Didáctica de Quimica II
Didáctica de Quimica II
Didáctica Química II
Curso de Licenciatura em Ensino de Química
Departamento de Química
Universidade Pedagógica
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Índice
Lição n° 1 9
Introdução ao estudo das linhas de ensino de Química .................................................... 9
Conceito “linhas de ensino” .................................................................................. 10
Lição n° 2 18
Linha Principal “Matéria”. .............................................................................................. 18
Conceitos, conteúdos e formas de Abordagem no Ensino de Química .......................... 18
Linha principal matéria ......................................................................................... 19
Matéria, substância e mistura ................................................................................ 20
Átomo, Elemento químico, molécula e valência ................................................... 21
Lição n° 3 27
Tratamento da estrutura e propriedades da matéria ........................................................ 27
Lição n° 4 32
Linha principal “reacção química”: conceitos, conteúdos e formas de abordagem nos
programas de ensino ....................................................................................................... 32
Linha principal reacção química ........................................................................... 33
Lição n° 1 45
Linha da representação das substâncias e reacções químicas com sinais - Linguagem
química............................................................................................................................ 45
Linha da representação das substâncias e reacções químicas com sinais -
linguagem química ................................................................................................ 46
Evolução histórica da linguagem química............................................................. 48
Formas de abordagem de alguns conceitos relacionados a linguagem química no
Ensino Secundário Geral. ...................................................................................... 49
Lição n° 2 58
Linha experiência como meio de reconhecimento de substâncias e reacções químicas. 58
A experiência no contexto do ensino de Química ................................................. 59
Organização do trabalho dos alunos no laboratório .............................................. 61
Lição n° 3 65
Obtenção laboratorial e formas de reconhecimento de alguns gases .............................. 65
Lição n° 4 77
Linha “modelo como meio para reconhecer as substâncias e reacções químicas” ......... 77
Linha do modelo como meio para reconhecer substâncias e reacções químicas. . 77
Características dos modelos .................................................................................. 78
Funções dos modelos............................................................................................. 79
Lição n° 5 82
Linha da observação quantitativa das substâncias e reacções químicas ......................... 82
Linha da observação quantitativa das substâncias e reacções químicas ............... 82
Tratamento dos cálculos estequiométricos nos programas de ensino ................... 83
Lei de Avogadro: ................................................................................................... 86
Passos básicos para a resolução de um problema estequiométrico ....................... 87
Lição n° 6 94
Linha “Aplicação das substâncias e métodos industriais da sua obtenção” ................... 94
Regras para o tratamento dos conteúdos sobre obtenção e aplicação das
substâncias ............................................................................................................. 95
Abordagem sobre processos de obtenção industrial de Substâncias ..................... 95
Lição n° 1 109
Recursos didácticos....................................................................................................... 109
Recursos didácticos ............................................................................................. 109
Importância dos recursos didácticos.................................................................... 111
Algumas exigências na escolha e uso dos recursos didácticos ........................... 112
Lição n° 2 114
Inovações pedagógicas no ensino de Química ............................................................. 114
Lição n° 1 121
Noções gerais sobre a planificação ............................................................................... 121
Princípios e fundamentos da planificação do ensino........................................... 121
Lição n° 2 127
Planificação de unidades temáticas............................................................................... 127
Planificação da unidade temática ........................................................................ 127
Lição n° 3 132
Planificação de uma aula ..................................................................................... 132
Lição n° 1 143
Avaliação da aprendizagem e de competências ............................................................ 143
O conceito de Avaliação...................................................................................... 143
Lição n° 2 147
Modelos de avaliação.................................................................................................... 147
O teste como um instrumento de avaliação ......................................................... 147
Requisitos de um teste de conhecimentos ........................................................... 151
Neste módulo você estudará, nas duas primeiras unidades, a forma como estão
seleccionados e organizados os conteúdos nos programas de ensino de Química,
ou seja, as linhas de ensino de Química, as formas de abordagem dos diferentes
conteúdos dos programas de ensino, em articulação com os meios e métodos de
ensino adequados. Você irá estudar e desenvolver as alternativas e inovações
metodológicas para o ensino de Química.
Objectivos do Módulo
O módulo visa ajudá-lo a ser capaz de:
1
leccionação de aulas;
Conceber e produzir meios didácticos;
Conceber e aplicar correctamente os instrumentos de avaliação
e verificação do rendimento pedagógico dos alunos e saber
interpretá-lo.
Avaliação
As modalidades de avaliação sumativa serão combinadas com o
Tutor Geral. Em geral, tais actividades poderão variar em número e
tipologia, por exemplo, testes escritos, trabalhos independentes em
grupo ou individuais), actividades de campo, fichas de leitura, entre
outras.
Ícones de Actividades
2
que a figura representa e a descrição do que cada um deles indica no
módulo:
[peneira]
[colher de pau com alimento
[enxada em actividade] para provar]
4. Exemplo/estudo de 5. Debate 6. Trabalho em grupo
caso
[Jogo Ntxuva]
[à volta da fogueira] [mãos unidas]
7. Tome nota/Atenção 8. Objectivos 9. Leitura
[sentados à volta da
fogueira]
[sol]
[embondeiro]
3
13. Terminologia 14. Video/Plataforma 15. Comentários
Glossário
[computador]
4
11. Tempo – O sol indica o tempo aproximado que deve dedicar á
realização de uma tarefa ou actividade, estudo de uma unidade ou
lição.
12. Resumo – Representado por pessoas sentadas à volta da fogueira
como é costume fazer-se para se contar histórias. É o momento de
sumarizar ou resumir aquilo que foi tratado na lição ou na unidade.
13. Terminologia/Glossário – Representado por um livro de consulta,
indica que se apresenta a terminologia importante nessa lição ou
então que se apresenta um Glossário com os termos mais
importantes.
14. Vídeo/Plataforma – O computador indica que existe um vídeo
para ser visto ou que existe uma actividade a ser realizada na
plataforma digital de ensino e aprendizagem.
15. Balão com texto – Indica que existem comentários para lhe ajudar
a verificar as suas respostas às actividades, exercícios e questões de
auto-avaliação.
5
Conteúdos
Organização e selecção dos
Lição n° 1 conteúdos para o ensino9de
Introdução ao estudo das linhas de ensino de
Química.................................................................................. 9 Química-Linhas Principais
Lição n° 2 18
UNIDADE
Linha Principal “Matéria”. .............................................18
Lição n° 3 27
1
Tratamento da estrutura e propriedades da
matéria ................................................................................27
Lição n° 4 32
Linha principal “reacção química”: conceitos,
conteúdos e formas de abordagem nos
programas de ensino.................................................... 32
Pág. 7 - 40
7
Unidade 1: Organização e selecção dos conteúdos para o ensino de Química-Linhas Principais
Introdução
Nesta primeira unidade você deverá ter noções sobre a organização
dos conteúdos da matéria escolar nos programas de ensino de
Química. Irá estudar as principais linhas do ensino de Química,
nomeadamente: a linha principal “Matéria” e a linha principal
“Reacção Química”. Estas duas linhas principais constituem o
objecto de estudo da Química e delas derivam as linhas secundárias
que serão estudadas na segunda unidade deste módulo.
Objectivos da unidade
Ao completar esta unidade, você deve:
Conhecer as linhas principais do ensino de Química;
Distinguir as linhas principais das linhas secundárias;
Definir os conceitos fundamentais relacionados com a matéria e
reacção química, de acordo com a sua posição no programa de
ensino;
Classificar as reacções químicas de acordo com os respectivos
critérios;
Explicar a evolução na forma de abordar os conteúdos químicos
relacionados com a matéria e reacção química.
Estabelecer a relação entre a estrutura, propriedades e
aplicações das substâncias.
8
Lição n° 1
Introdução ao estudo das linhas de ensino de Química
Introdução
Nesta primeira lição da 1ª unidade da disciplina iremos discutir como é
que os conteúdos da disciplina de Química estão organizados e
logicamente vai perceber as designações de linhas principais e linhas
secundárias. Antes de prosseguir com esta lição, pense na definição de
Química que você aprendeu e o respectivo objecto de estudo, isso
facilitar-lhe-á a compreensão do conteúdo desta aula.
9
Conceito “linhas de ensino”
No Processo de ensino-aprendizagem falamos por vezes de linhas
de pesquisa, linhas de ensino, etc. O termo linha de ensino refere-
se à aprendizagem orientada numa certa direcção, rumo, norma,
orientação. No ensino de Química usa-se o termo ‘linhas de
ensino” para fazer referência a matéria a ser leccionada ou aos
conteúdos de ensino na disciplina de Química.
Linhas Principais
1. Linha Matéria;
Linhas Secundárias
10
2. Linha de representação de substâncias e reacções químicas
com sinais (linguagem Química);
3. Linha de observação quantitativa das substâncias e reacções
químicas;
4. Linha da experiência como meio para o reconhecimento das
substâncias e reacções químicas;
5. Linha de modelo como um meio representativo da realidade
para reconhecer e compreender as propriedades das
substâncias e reacções químicas.
11
acima indicada precisamos de recorrer a linguagem química para
representar as substâncias e reacções químicas por meio dos
símbolos que nos permitem comunicar e interpretar os fenómenos
neste campo de estudo. Como pode ver, há uma relação de
interdependência entre as diversas linhas, assim acontece na escola
por onde passou como aluno e para onde futuramente voltará como
professor de Química.
12
Sendo assim, o professor precisa, então, abordar em sala de aula as
informações químicas fundamentais que forneçam uma base para o
aluno participar nas decisões da sociedade, consciente dos efeitos
de suas decisões. Isso significa que o aluno, para se tornar um
cidadão activo, precisa de saber participar e julgar, quer dizer, o
nosso aluno não deve limitar-se a ser meramente “ouvinte” nas
aulas.
13
Reconhecer ou propor a investigação de um problema
relacionado com a química, selecionando procedimentos
experimentais pertinentes.
Actividade
1. Os conteúdos de Química no Ensino Secundário Geral estão
organizados em duas linhas principais: a linha matéria e a
linha reacção química. O tratamento destas linhas tem em
conta alguns objectivos no Ensino de Química. Mencione
dois objectivos gerais no sector afectivo do tratamento destas
linhas.
Auto-avaliação
Consulte o programa de ensino da 8ª classe, 3ª unidade, uma aula
à sua escolha e explique a interdependência entre as linhas de
ensino.
14
Leitura
MINED/INDE, Programas de ensino de Química 1º e 2º ciclos,
2010.
Chave de correção
Em relação à questão 1., lembre-se dos conteúdos tratados na
disciplina de Didáctica de Química I, sobre o facto de os objectivos
no âmbito afectivo estarem relacionados com a mudança de atitude
e comportamentos e faça uma ligação com o tratamento da matéria
de reacções químicas na escola. Linha Matéria: Estar convicto de
que a estrutura das substâncias determina as suas propriedades e
estas condicionam as suas aplicações; Estar convicto que existem
métodos ou técnicas que permitem separar substâncias de uma
mistura com base nas suas propriedades.
15
química; estar convicto da importância de compreender a
ocorrência e os mecanismos das transformações químicas pois isso
permite o entendimento de muitos processos que ocorrem
diariamente nas nossas vidas, como o metabolismo, a acção de
medicamentos, o cozer de alimentos, entre tantos outros exemplos.
16
Devem ser capazes de explicar os passos para a resolução
de problemas estequiométricos.
Em relação à auto-avaliação
17
Lição n° 2
Linha Principal “Matéria”.
Conceitos, conteúdos e formas de Abordagem no Ensino de Química
Introdução
Ao observar o ambiente que o rodeia, notará coisas que pode pegar,
como uma bola, lápis, caderno, alimentos, outras que pode apenas
ver, como a lua, as estrelas e outras ainda que pode apenas sentir,
como o vento, a brisa. Se você colocar algumas destas coisas na
balança, perceberá que todas elas possuem uma quantidade de
massa. Todas essas coisas que você observou, comparou e cuja
quantidade você pode medir, têm características comuns: ocupam
lugar no espaço e têm massa. Para além de massa e volume existem
outras características comuns a toda matéria e são denominadas
propriedades gerais.
18
Ao completar esta lição, você deve:
Ter noções sobre o tratamento da linha matéria no ensino
de Química;
Classificação da matéria
Estrutura da matéria
Propriedades da matéria
19
Para o tratamento dos conteúdos é necessário que o professor
conheça:
4. As possibilidades de interdisciplinaridade;
20
Substância
Substância Pura
21
Número de massa (8ª /3ª)
A=Z+N
22
Valência (8ª /3ª)
23
1. Usando a sua experiência como aluno ou como professor, faça
uma reflexão sobre as lacunas, problemas ou dificuldades tanto
dos professores assim como dos alunos no tratamento dos
conceitos relacionados com a linha Matéria. Mencione pelo
a) Molécula.
b) Ião
c) Ligação química
Auto-avaliação
Recorrendo ao PE, reflita sobre as sugestões metodológicas para o
tratamento do conceito Mole (8ª/3ª), tendo em conta os objectivos e as
condições reais do seu contexto.
24
Leitura
Leia mais sobre as linhas de ensino de Química em:
Chave de correção
-Em relação a questão 1., É uma reflexão individual. Se o
conceito que lhe foi mais difícil de perceber ou entender, fazer
perceber ou entender é molécula, explique em que residiu essa
dificuldade e como pode superar ou como superou.
25
Em relação a questão 2:
Molécula
Ião
Ligação iónica
26
Lição n° 3
Tratamento da estrutura e propriedades da matéria
Introdução
Na lição anterior discutimos as formas de abordagem de alguns
conceitos relacionados com a matéria. Nesta aula, continuamos a
tratar a linha matéria e vamos aprender um pouco mais sobre o
tratamento da estrutura da matéria, assim como as suas
propriedades. Note que Matéria é tudo o que tem massa e ocupa
espaço. Sendo assim, qualquer coisa que tenha existência física ou
real é matéria. Tudo o que existe no universo conhecido manifesta-
se como matéria ou energia. A matéria pode ser líquida, sólida ou
gasosa. São exemplos de matéria: papel, madeira, ar, água, pedra.
27
Depois o professor pode continuar com o tratamento
submicroscópico com o objectivo de explicar a estrutura das
substâncias. Os alunos devem compreender a relação entre a
estrutura e propriedades das substâncias. O objectivo é o tratamento
completo das substâncias. Os alunos devem adquirir e compreender
as noções de átomos e moléculas para a explicação das reacções
químicas.
28
Substâncias iónicas são substâncias cujas unidades estruturais são
iões. Os iões de cargas contrárias ligam-se, por meio de ligações
iónicas, originando estruturas gigantes.
Exercício
2. Mencione duas aplicações do Ácido sulfúrico na indústria e na
vida diária, tendo em conta as suas propriedades.
Ag
NaF
SiO2
NH3
C3H8O3
C (Diamante)
29
Leitura
Leia mais sobre as linhas de ensino de Química em:
30
Chave de correção
-Em relação à questão número 1. é preciso primeiro ler o texto e de
seguida procurar ler também as obras recomendadas para esta lição.
Para o caso de Cloreto de sódio que possui ligação iónica você deve
saber que entre cargas de sinais opostos existe sempre atracção, os
iões formam uma rede com grande força de atracção entre as
partículas. Daí esta substancia ser dura e com elevado ponto de
ebulição.
Para a questão número três veja o livro número 8 na lista de obras que
devem ser consultadas, na página 97.
31
Lição n° 4
Linha principal “reacção química”: conceitos, conteúdos e formas de
abordagem nos programas de ensino
Introdução
Nesta lição irá discutir os vários tipos de reacções químicas
abordadas no ESG 1º Ciclo de acordo com os diversos critérios
usados para a classificação das reacções químicas, indicados mais
adiante. No estudo ou abordagem das reacções químicas e a
respectiva classificação, tomaremos em consideração a evolução de
acordo com a respectivo nível escolar dos alunos. Durante o
decurso de uma reacção química, ocorrem várias modificações das
substâncias iniciais, essas modificações dependem do tipo de
reacção pela qual os reagentes irão passar, o que condiciona a
existência de vários critérios para classificar reacções químicas.
32
Ao completar esta lição, você deve:
33
Reacção química (8ª/3), é todo o fenómeno em que uma ou mais
substancias se transformam dando origem a novas substâncias
diferentes. Tendo em conta os dois conceitos acima pode-se
perceber que fenómeno químico refere-se a uma reacção química.
Para que aconteça uma reação química, as ligações entre átomos e
moléculas devem ser rompidas e devem ser restabelecidas de outra
maneira, sendo assim, o que evidencia uma reação química é a
transformação que ocorre nas substâncias em relação ao seu estado
inicial
Catalisador (9ª/5ª)
34
Quando se abordam os tipos de reacções químicas na escola é
sempre importante que o professor se lembre que os seus alunos
devem ter conhecimentos sobre:
1. Aspecto energético
2. Aspecto da reversibilidade
3. Aspecto catalítico
4. Aspecto da formação de precipitado
5. Aspecto da transferência de partículas
6. Aspecto do número de partículas
7. Aspecto da velocidade
Aspecto Energético
35
São reacções que ocorrem com libertação de calor para o meio
ambiente.
Aspecto da reversibilidade
Reacções reversíveis (9ª/6ª)
É uma reacção química em que os reagentes se combinam e
formam produtos e estes por sus vez reagem para regenerarem as
substâncias iniciais. A reacção processa-se em dois sentidos.
Reacções Irreversíveis (9ª/6ª)
Reacções Redox
36
Conceito “Número de oxidação” (Nox) (9ª/4ª)
37
Uma vez que o aluno deve perceber o que acontece com as moléculas reagentes
nestes três tipos de reacção (adição, substituição e eliminação) é recomendável
que o professor utilize modelos tridimensionais para explicar o arranjo dos
átomos antes e depois da reacção química.
a) Reacção redox.
b) Hidrólise.
c) Hidratação.
d) Reacção reversível.
Auto-avaliação
Defina os conceitos “Reacção de combinação e reacção de
decomposição”. 8ª /3ª e explique como devem ser abordados ao
nível da classe indicada.
38
Leitura
Leia mais sobre as linhas de ensino de Química em:
39
Chave de correção
- Em relação à questão 1. você deve consultar os programas de ensino e
verificar o enquadramento do conceito catalisador da 8ª a 12ª classes e
a forma como ele é abordado. Verá que inicialmente é definido como
uma substância que acelera a velocidade de uma reacção química e só
mais tarde como uma substância que altera a velocidade de uma
reacção. Depois da introdução do conceito energia de activação o
catalisador é definido como uma substância que diminui ou aumenta a
energia de activação.
40
Resumo da unidade
Nesta primeira unidade você ficou a saber que os conteúdos da
disciplina de Química estão didacticamente agrupados em linhas
de ensino. Estas linhas constituem orientações para levar a cabo o
Processo de ensino-aprendizagem (PEA). No ensino de Química
usa-se o termo ‘linhas de ensino” para fazer referência a matéria
ou aos conteúdos de ensino na disciplina de Química.
41
Conteúdos
Organização e selecção dos
Lição n° 1 conteúdos para o ensino45de
Linha da representação das substâncias e
reacções químicas com sinais - Linguagem Química - Linhas secundárias
química ...............................................................................45
Lição n° 2 58
UNIDADE
Linha experiência como meio de reconhecimento
de substâncias e reacções químicas .................... 58
2
Lição n° 3 65
Obtenção laboratorial e formas de
reconhecimento de alguns gases ............................65
Lição n° 4 77
Linha “modelo como meio para reconhecer as
substâncias e reacções químicas” ......................... 77
Lição n° 5 82
Linha da observação quantitativa das
substâncias e reacções químicas ...........................82
Lição n° 6 94
Linha “Aplicação das substâncias e métodos
industriais da sua obtenção”.....................................94
Pág. 43 - 105
Unidade n° 2: Organização e selecção dos conteúdos para o ensino de Química - Linhas secundárias
43
Introdução
Nesta unidade, trataremos das linhas secundárias do ensino de
Química, que são as seguintes: linha linguagem química, linha
experiência, linha modelo, linha da observação quantitativa das
substâncias e linha da aplicação das substâncias e métodos
industriais de sua obtenção.
Objectivos da unidade
Ao completar esta unidade, você deve:
Explicar o uso dos sinais e símbolos para representar as
substâncias e reacções químicas;
Discutir a importância das experiências no reconhecimento
das substâncias;
Idealizar e construir modelos que possam ser usados nas
aulas de Química;
Realizar cálculos estequiométricos usando as leis de
conservação de massa (Lavoisier), de proporções fixas
(Proust) e do Avogadro.
44
Lição n° 1
Linha da representação das substâncias e reacções químicas com
sinais - Linguagem química
Introdução
Você já deve ter visto na via pública sinais de trânsito que
interpretamos como “proibido estacionar, proibido ultrapassar,
paragem obrigatória, velocidade máxima 50Km/h, etc”. Estes sinais
são um tipo específico de linguagem denominada código de
estrada. Para a sua interpretação é necessário que a pessoa esteja
familiarizada com eles. É um conjunto de sinais, números, letras
que permitem uma uniformização da forma de os condutores se
informarem sobre como devem proceder nas suas acções na
condução de veículos. Esta linguagem é universal, ou seja, é
interpretada da mesma forma em qualquer lugar do mundo.
45
está directamente relacionada com o ensino de Química. Ela
engloba várias representações que servem para uniformizar e
facilitar o tratamento da ciência química.
46
Os sinais e símbolos químicos podem ser usados para representar:
fórmulas, equações químicas, partículas, etc.
47
atribuído o nome específico do elemento, o que pode confundir os
alunos quando lhes é dado a conhecer apenas um e único elemento
químico com essa designação.
48
Cobre + Oxigénio → Oxido de cobre
Cu +O2→ 2CuO
Fórmulas
Equações químicas
Símbolos variados
Expressões químicas
49
Um átomo de Alumínio
50
4. Fórmula química Al2O3
Centesimal ou percentual
Proporcional
Bruta Molecular
Funcional
Fórmula
Linear
Típica
Racional Gráfica
51
Montar a fórmula química de um composto binário conhecendo a
valência dos elementos constituintes.
Fórmulas brutas
1. Centesimal ou percentual
2. Proporcional
3. Molecular
4. Funcional
Fórmula racional
1. Linear
2. Típica
3. Gráfica
Numa equação química a seta () serve para indicar a transformação das
substâncias, o sinal (+) dependendo da sua posição na equação pode
52
significar combinação das substancias se do lado dos reagentes ou
formação de mais de uma substancia caso esteja nos produtos, isto é,
separa os produtos formados numa reacção química. Lembre-se sempre
de indicar os estados de agregação das substâncias.
H 2 ( g ) O2 ( g ) 2H 2 O(l )
Fazendo as multiplicações:
53
Nos reagentes:
a) Temos coeficiente 1 para H2 o que dá 2, ou seja temos 2
átomos de hidrogénio nos reagentes;
b) Temos coeficiente 1 para O2 o que dá 2, ou seja temos
também 2 átomos de oxigénio nos reagentes;
Nos produtos:
a) Temos coeficiente 2 para H2O que multiplicado pelo 2 do
H2 dá 4: portanto, temos 4 átomos de hidrogénio nos
produtos;
Note que nos reagentes temos 2 átomos de hidrogénio nos
reagentes
b) O coeficiente 2 de H2O também multiplica o oxigénio o que
vai dar 2 - portanto temos 2 átomos de oxigénio nos
produtos
Note que nos reagentes também tinhamos 2 átomos de oxigénio
Conclusão: temos de arranjar um coeficiente que corrija o
número de hidrogénios nos reagentes, que terá de ser 2.
No fim a nossa equação química fica com os seguintes
coeficientes:
2H 2 ( g ) O2 ( g ) 2H 2 O(l )
Verificando:
a) Nos reagentes: 2H2, multiplicando os números teremos
2x2= 4 átomos de hidrogénio
O2, multiplicando os números teremos 1x2= 2 átomos de
oxigénio
b) No produto: 2H2O, temos, 4 átomo de hidrogénio e 2 de
oxigénio.
conclusão:
2 H 2 ( g ) O2 ( g ) 2 H 2 O(l )
4 2 4 2
Quer nos reagentes quer nos produtos temos o mesmo número
de átomos de cada espécie. Ou seja, observa-se a lei da
conservação da massa ou de lei de Lavoisier.
54
Significado das equações químicas
Equação termoquímica
Representação:
55
1. Considere os seguintes conceitos e conteúdos sobre a abordagem da
linguagem química no programa de ensino. Defina cada conceito e,
com a ajuda dos programas de ensino, explique a forma como cada
conceito ou conteúdo deve ser tratado na escola nas diferentes classes.
a) 2 Na+
b) CO2
c) Mg (s)
d) 2 Cl
Auto-avaliação
1. Existe diferença entre representar uma substância por NO2 ou
por N2O4. Explique porquê.
Leitura
Para esta lição, você pode consultar as seguintes obras:
56
3. MENDONÇA Lucinda Santos; RAMALHO, Marta Duarte;
Química no mundo em transformação. Texto editora; Lisboa.
1996.
4. MONJANE, Armindo e CUCO, Ricardo Américo. Química
11ª Classe. Pré-universitário, Longman Moçambique, 1ª
Edição, 2010
Chave de correção
Para responderes a questão 1 é necessário consultar primeiro o
programa de ensino da 8ª classe, no que se refere aos objectivos do
tratamento de cada conteúdo, as orientações metodológicas, procure
saber que pré-requisitos são necessários para o aluno perceber cada
conceito.
57
Lição n° 2
Linha experiência como meio de reconhecimento de
substâncias e reacções químicas
Introdução
Nesta lição você irá adquirir noções sobre a linha experiência que é
o meio de reconhecimento de substâncias e motivação dos alunos
para a aprendizagem das ciências naturais em geral e da ciência
química em particular. Em cada unidade temática nos programas do
ESG existem possibilidades para os professores de Química
realizarem conjuntamente com os seus alunos actividades
experimentais para aquisição de conhecimentos, capacidades e
habilidades por parte dos alunos. Estas actividades experimentais
consistem na realização de diferentes tipos de experiências:
demonstração pelo professor e/ou pelo aluno e experiência do
aluno.
58
A experiência no contexto do ensino de Química
As aulas de química permitem uma aquisição dos métodos de
trabalho simples no laboratório, realização das experiências bem
como a interpretação dos seus resultados, até a aplicação consciente
do método experimental. O método experimental é uma prova das
hipóteses através das experiências. É o método científico de
verificação da veracidade ou falsidade de hipóteses.
59
Exigências para a realização das experiências de
demonstração
60
Organização do trabalho dos alunos no laboratório
A forma básica da organização do processo de ensino
aprendizagem é a aula, o professor define os objectivos específicos
e organiza a aula de acordo com as condições da turma;
Experiências iguais
61
tema específico e trabalham com substâncias diferentes ou com
aparelhos diferentes.
Vantagens:
Desvantagens:
62
Descrever (Montagem das experiências, Experiências químicas
etc.)
Auto-avaliação
Comente a seguinte afirmação “A preocupação importante relacionada
com as experiencias é a sua reprodutibilidade”. (CANTO e
PERUZZO, 2006).
63
Leitura
1. Para este assunto leia mais nas seguintes obras:
Chave de correção
Para responder ao exercício você precisa voltar a ler o texto
acima. Compare a sua resposta com o texto.
Em relação a auto-avaliação
64
Lição n° 3
Obtenção laboratorial e formas de reconhecimento
de alguns gases
Introdução
Nesta lição você deverá adquirir conhecimentos sobre a abordagem
das experiências de obtenção de algumas substâncias abordadas no
programa de ensino, o seu processo de obtenção laboratorial, suas
formas de identificação ou reconhecimento e verificação de
algumas das suas propriedades. Deverás também conhecer o tipo de
experiência a ser realizada e os critérios para a sua escolha e
conhecer algumas aplicações das substâncias em causa.
65
Ao completar esta lição, você deve ser capaz de:
Propriedades físicas.
66
a) Obtenção do Hidrogénio a partir da reacção de ácido
clorídrico com Zinco
Objectivos da experiência
No fim desta aula os alunos devem: No fim desta aula os alunos Os alunos devem estar
Adquirir conhecimentos sobre devem ser capazes de: convictos que:
a obtenção laboratorial do Realizar experiência O Hidrogénio pode ser
Hidrogénio; química de obtenção de obtido a partir da
Hidrogénio e sua reacção entre um
Consolidar conhecimentos
identificação; metal activo e um
sobre as propriedades físicas
Distinguir ácido.
dos Hidrogénio (solubilidade
combustibilidade da
em agua, densidade,
comburência.
combustibilidade)
Suporte metalico
Funil de decantaçao
Proveta
Tina hidrpneumatica
Tubo de vidro curvo
Balao de fundo redondo
67
Procedimento:
1- Coloque o tubo de ensaio no suporte universal;
2- Introduz Zn granulado no tubo de ensaio;
3- Junte ao tubo algumas gotas de ácido clorídrico;
4- Monte o aparelho de recolha de gases conforme o esquema;
5- Recolha o gás que se produz quando toda a água tiver vazado;
6- Acenda o palito de fósforo e faça a prova de identificação do gás.
Tipo de experiência
Formas de reconhecimento
68
a abertura virada para baixo. Ouve-se um estampido e o gás
inflama-se no tubo de ensaio.
Objectivos da experiência
No fim desta aula os alunos No fim desta aula os alunos Os alunos devem estar
devem: devem ser capazes de: convictos que:
69
Procedimentos: Coloque, no balão de fundo redondo ou no tubo
de ensaio com uma saída lateral, 1 g de dióxido de manganês;
adicione, usando o funil de decantação, 2 ml de água oxigenada;
recolha o gás no tubo de ensaio ou proveta mergulhado na tina
hidropneumático com água; depois de encher o tubo com gás, tape-
o com uma rolha.
Suporte metalico
Funil de decantaçao
Proveta
Tina hidrpneumatica
Tubo de vidro curvo
Balao de fundo redondo
Prova de comburência
Material e substâncias necessários: Proveta ou tubo de ensaio
cheio de oxigénio, lasca de madeira em brasa.
Procedimento: Introduza uma lasca de madeira em brasa no tubo
de ensaio ou proveta cheio de gás oxigénio e observe muito bem.
lasca antes
lasca no oxigénio
70
Observações esperadas
Conclusões:
O oxigénio é um gás;
O oxigénio é menos denso que a água;
O oxigénio é comburente.
Classificação
Reacção de decomposição
Reacção catalítica
Reacção de transferência de elétrons (redox)
Tipo de experiência:
Experiência do aluno
Equação da reacção
Classificação da reacção
Reacção de decomposição
Reacção de transferência de elétrons
Reacção endotérmica
71
Tipo de experiência
Equação da reacção
2KClO3
Ta
2KCl + 3O2
Classificação da reacção
Reacção de decomposição
Reacção de transferência de eletrões
Reacção endotérmica
Formas de reconhecimento
Aplicações do Oxigénio
72
Abordagem da experiência sobre a obtenção laboratorial do
Cloro, sua identificação e verificação das suas propriedades
Propriedades
Reagentes
Reacção química
73
Aplicações
Auto-avaliação
1. Considere a aula com o tema “Óxidos de Enxofre (Dióxido e
Trióxido de enxofre). Obtenção, propriedades físicas e químicas”
9ª/4ª.
74
3. Considere a aula “Preparação do Oxigénio por meio de Reacções
catalíticas. Conceito de Catalisador (8ª// 4ª).
Leitura
Para esta lição, você pode consultar as seguintes obras:
1. CANTO, Eduardo Leite & Perruzo, Francisco Miragaia
(Tito), Química na abordagem do cotidiano, Química geral e
inorgânica 1. Editora Moderna, 4 ed. São Paulo, 2006;
2. MINED, programas de ensino de Química 1º e 2º ciclo, 2010;
3. Experiências de Microquímica. Módulos avançados de ensino
e aprendizagem. UNESCO. Moscovo. 2002
4. BARROS, José António. Química 9ª classe, Livro do aluno.
Plural editores. 2013
5. Da Silva, Filomena Neves. Química, 9ª classe. Texto editores.
Maputo. 2009.
6. MONJANE, Armindo e CUCO, Ricardo Américo. Química
11ª classe. 1ª ed. Longman Moçambique. 2010.
7. MONJANE, Armindo e CUCO, Ricardo Américo. Química
12ª classe. 1ª ed. Longman Moçambique. 2010.
75
Chave de correção
Para você explicar por que é que a experiência de obtenção laboratorial
do cloro deve ser sempre de demonstração pelo professor deve lembrar-
se das substâncias envolvidas neste processo, especialmente do próprio
produto da reacção e das propriedades do gás cloro.
76
Lição n° 4
Linha “modelo como meio para reconhecer as substâncias
e reacções químicas”
Introdução
Nesta lição aprenderás um pouco mais sobre o uso de modelos
como forma de representação mais próxima da realidade. Usamos
modelos em Química porque a realidade está muitas vezes fora do
nosso alcance. Justamente por isso, seria preciso compreender que
modelos são simplificações da realidade, ou porque esta é
complexa demais, ou porque sobre ela pouco conhecemos. O
modelo não é apenas mais sofisticado, mas mais adequado para
tratar certos conhecimentos.
Classificar os modelos;
77
fenómenos observados. Daí recorre-se aos modelos que são úteis na
explicação dos respectivos fenómenos.
78
trate de um modelo que represente uma realidade
microscópica e menor caso se trate de uma realidade
macroscópica.
Tipos de modelos
Modelos Materiais (Concretos): possuem três dimensões no
espaço (largura, comprimento e altura) isto é, tem uma semelhança
espacial com os originais.
Função de reconhecimento;
Função de explicação;
Função de demonstração;
79
OBS: Atendendo e considerando as funções dos modelos deve-
se ter em consideração as dimensões e o contexto durante a sua
concepção e uso, por exemplo, ao produzir o modelo da
molécula de água é preciso mostrar devidamente os ângulos
entre as ligações e o tamanho e diferenciação dos átomos
(tamanho e cor).
Auto-avaliação
Considere indicações dos programas da disciplina de Química sobre a
aplicação dos modelos. Idealize um modelo à sua escolha com
indicação da aula na qual o modelo pode ser usado e bem como a sua
finalidade.
Leitura
Para esta lição, você pode consultar as seguintes obras:
80
Chave de correção
Em relação a resposta à questão 1, deve ler de novo o seu texto e
lembrar-se que a aplicação do modelo é útil para a demonstração
dos pontos essenciais dos fenómenos químicos no ramo sub
microscópico.
81
Lição n° 5
Linha da observação quantitativa das substâncias e
reacções químicas
Introdução
Nesta lição você fará o tratamento dos aspectos ligados a quantidade de
substâncias envolvidas nas reacções químicas. O número de partículas (atómos,
moléculas, iões), a massa e o volume de substâncias nas reacções químicas e não
só. Estudaremos as formas de resolução de problemas estequiométricos e
também alguns aspectos relacionados com a sua formulação tendo em conta o
quotidiano e contexto dos alunos.
82
Uma reacção química deve sempre conter todas as relações das
quantidades de substâncias nela intervenientes. Estas quantidades
de substâncias podem ser referentes às massas e volumes de
substâncias.
ma(Mg) = 24u.m.a
Ar (O) =16
83
Massa atómica de um elemento ou peso atómico
M = 12g/mol
84
M = m/n
m = massa expressa em g
85
M=n/V =
mol/dm3
Vm =V/n
Vm = volume molar;
V= volume da substância;
Lei de Avogadro:
“Volumes iguais de quaisquer gases, medidos nas mesmas
condições de temperatura e pressão, contêm o mesmo número de
partículas”.
86
Ao nível do Ensino Secundário Geral os cálculos estequiométricos
são tratados sob diferentes perspectivas no que concerne às
exigências para a resolução ou formulação de exercícios
relacionados com a estequiometria. Assim, podemos encontrar
exercícios com a relação massa x massa; número de moles x massa;
número de moles x volume, etc, dependendo do propósito e
exigência do exercício.
87
2. Cálculo da massa molar
Número de moles
88
Resolução:
Assim:
9.,2g X
9.,2g X
Resolução:
89
Use n= m/M e lembrando que, Vm (CNTP) = 22,4 dm3 mol-1 tem-
se:
V (CO2) = n (CO2) x Vm
Resolva:
90
(C2H5OH), forma-se, Dióxido de Carbono e água.
a) Escreva a equação química da reacção.
b) Qual é a quantidade de Oxigénio necessária? Quais as
quantidades de produto que se obtém?
c) Qual é a massa de água obtida na combustão de 0,20 mol
de etanol.
d) Qual é o volume de Dióxido de carbono libertado na
combustão de 0,20 mol de etanol nas CNTP?
Auto-avaliação
Considere uma amostra de Zinco com a massa de 32,7 g.
91
Leitura
Para esta lição, você consultar as seguintes obras:
Chave de correção
Para a resolução da questão 1. em que se pede a fomulação de um
problema estequiométrico deve proceder da seguinte forma: No
cabeçalho do enunciado deve dar a indicação ao aluno sobre o
procurado, ou seja o que se pretende saber concretamente: informe ao
aluno que se trata de uma reacção de combustão do Butano, assim ele
chegará aos produtos dessa combustão, que são a água e o Dióxido de
carbono. Ou o professor escreve a equação da reacção. Informe sobre
as condições da Reacção (CNTP).
92
Isto significa que: Em 65,4 g de Zinco existe 1 mol de átomos de
Zinco.
93
Lição n° 6
Linha “Aplicação das substâncias e métodos
industriais da sua obtenção”
Introdução
Nesta lição far-se-á o tratamento dos processos usados na indústria para
obtenção de diferentes substâncias importantes no nosso quotidiano e
consideradas relevantes na economia mundial. Neste caso concreto você
poderá ter a oportunidade de discutir e avaliar as técnicas industriais de
obtenção de substâncias tais como: Fero Bruto (Fe) Amoníaco (NH3),
Acido Sulfúrico. Lembrar que a obtenção destas substâncias é descrita em
cada classe por exemplo: 8a Classe (oxigénio, Hidrogénio e Ferro bruto),
9aClasse (Cloreto de sódio, Amoníaco) e 10a Classe (Etanol). Salientar
que mais adiante apresentaremos e discutiremos alguns processos
industriais, sua abordagem no ESG, cabendo ao caro estudante
complementar e completar a sua aprendizagem sobre estes processos com
os vários manuais sob orientação do programa de ensino.
94
Regras para o tratamento dos conteúdos sobre
obtenção e aplicação das substâncias
Considerações gerais
a) Ordem de tratamento
Conhecimentos básicos
95
A produção do Ferro bruto é feita a partir de minérios de Ferro, por
meio de reacções redox. Os produtos da reacção são o Ferro bruto,
a escória e o gás de Carga (gás de boca). Os reagentes são minérios
de ferro, coque, ar e fundentes (cal e areia). O aparelho típico para
este processo é o alto forno.
Tratamento na escola
1. Produtos
-Fundentes
96
Têm a tarefa principal de formação de uma mistura fusível que é a
escória. Podem ser cal, feldspato, esquisito, argiloso. O principal
fundente é o CaCO3.
3. Reacções Químicas
C + O2 CO2 - Kj
CO2 + C 2 CO (Redutor) + Kj
3 CO + Fe2O3 2 Fe + 3 CO2 - Kj
4. Aparelho Típico
Alto forno
Altura entre 20 a 40 m.
Diâmetro entre 3 a 10 m
Por fora é revestido por chapas de Ferro (Manto de aço) e por dentro é revestido
por tijolos e material resistente ao calor.
É necessário refrigerar o alto forno com água por fora por causa da
reacção exotérmica.
5. Princípios tecnológicos
A Corrente de gases
97
Entrada de ar pré-aquecido (1000 K, 800 0C)
Método de trabalho
Gás de carga
98
II. Tratamento do processo de produção de ácido sulfúrico
Conhecimentos básicos
Funcionamento
99
A 2a parte (de calor) - aqui o gás quente troca calor com o gás frio
que entra para o permutador.
C: A saída do forno tem-se 98% de SO3 (SO2, N2, O2) que passam
para o permutador, subindo pelos tubos e trocando calor com o
gás que entra (SO2 e ar).
Princípios tecnológicos
Funcionamento contínuo;
Contra-corrente;
Preparação de H2SO4
100
Propriedades e emprego do Ácido sulfúrico
Propriedades Emprego
Reagentes: N2 e H2
101
Condições da reacção:
Exercício
102
Auto-avaliação
1. Na tua província, qual é o impacto da actividade industrial no PEA a
nível local?
Leitura
Para esta lição, você pode consultar as seguintes obras:
103
Chave de correção
Para fazer o levantamento é preciso ler com atenção o programa de
ensino. A relevância da abordagem de um processo de obtenção
industrial de substâncias consiste em saber se ele é familiar ao aluno, se
existem alguns aspectos que são relevantes na vida do aluno e da
comunidade.
Resumo da unidade
Nesta unidade dedicada ao tratamento das linhas secundárias do ensino
de Química você teve oportunidade de conhecer as linhas secundárias:
linguagem química, o modelo como uma meio representativo das
substâncias e reacções químicas, a linha experiência, a linha da
obtenção e aplicação das substâncias químicas, a linha da observação
quantitativa das substâncias.
104
Estudou a linguagem química como uma linha que se ocupa das
formas de representação das substâncias e reacções químicas
usando símbolos químicos, fórmulas químicas, equações químicas.
Nesta linha você estudou também as formas de uso e interpretação
de outros sinais químicos e expressões químicas usadas nas aulas
de Química.
105
Conteúdos
Alternativas metodológicas para
Lição n° 1 109
a inovação no ensino de Química
Recursos didácticos.................................................... 109
Importância dos recursos didácticos........ 111
Algumas exigências na escolha e uso dos
recursos didácticos .........................................112
UNIDADE
Lição n° 2 114
Inovações pedagógicas no ensino de Química ... 114
3
Pág. 107 - 117
107
Introdução
Nesta unidade irás ter oportunidade para saber um pouco mais
sobre os recursos didácticos e as alternativas metodológicas
invocativas e modernas para o ensino de Química. Estudarás as
principais inovações usadas para o ensino da Química, tais como:
jogos lúdicos, dilemas e analogias, drama e música, etc. Cabe ao
estudante discutir as diversas propostas de alternativas
metodológicas encontradas sob prisma de importância, exiguidade
e viabilidade de cada um deles e propor detalhadamente uma das
diferentes alternativas para uma determinada aula de Química.
Objectivos da unidade
Ao completar esta unidade, você deve ser capaz de:
108
Lição n° 1
Recursos didácticos
Introdução
Nesta lição trataremos do uso dos materiais didácticos no seu todo,
os quais contribuem, entre outras, para facilitar a percepção de
factos e conceitos e economizar esforços para levar os alunos a
compreensão dos factos.
Recursos didácticos
Os materiais ou meios didácticos são parte integrande do PEA,
juntamente com os conteúdos, os objectivos, os métodos, o
professor e o aluno. A presença de aspectos ligados ao quotidiano
do aluno nos materiais didácticos obedece a dois princípios
didácticos nomeadamente: o princípio da ligação do ensino com o
quotidiano social e o princípio da activação dos alunos, tomando
estes como protagonistas da sua própria aprendizagem. A seu lado,
segundo Duarte, (2008: 36), os métodos são efectivos se permitem
que os alunos revejam e ponham em prática/apliquem o que
109
aprenderam. (80-85%). No PEA, recordamo-nos de 80% do que
aplicamos.
110
Importância dos recursos didácticos
Os meios didácticos, se bem seleccionados, permitem que o aluno
esteja motivado para a aprendizagem subsequente. Para o aluno os
meios didácticos constituem uma novidade e causam nele
admiração e curiosidade.
111
Em segundo lugar, o facto de se relacionar o meio ao um jogo, por
ele conhecido traz uma aproximação ao seu quotidiano, criando
também curiosidade no aluno.
112
Considere a aula “Dióxido de carbono Obtenção laboratorial,
propriedades físicas, químicas e sua identificação” (10a /1ª). Proponha
um meio didáctico para a aplicação na aula e classifique-o.
Exercício
Auto-avaliação
Mencione as exigências para escolha de um meio didáctico. Refira-se a
um exemplo concreto no Programa de ensino (uma aula).
Leitura
Para esta lição, você pode consultar as seguintes obras:
Chave de correção
Questão 1, em “exercícios”. Para se idealizar um meio didáctico é
preciso ter em conta as exigências da escolha de um determinado
meio já mencionados no seu texto. Relacione as duas questões.
(em exercícios e em auto avaliação).
113
Lição n° 2
Inovações pedagógicas no ensino de Química
Introdução
Nos últimos anos, os professores de Química têm revelado mais
preocupação em relação aos métodos de ensino e sua influência no
processo de ensino-aprendizagem. Na busca de alternativas para
dinamizar as aulas; atrair a atenção dos alunos e motivá-los a
aprender, surgem metodologias que proporcionam aos alunos uma
interacção mais activa. Nesse sentido, os jogos lúdicos e
pedagógicos, o drama, a música, poemas, dilemas, etc, possibilitam
trabalhar e desenvolver habilidades e competências essenciais para
o crescimento dos alunos.
Objectivos
114
Quando se fala de inovação no ensino pensamos sempre em algo
novo, uma novidade. As inovações pedagógicas são aquelas
práticas, recursos, as alternativas ao convencional, aquilo que
normalmente complementa o processo de ensino. As inovações
visam potenciar o ensino.
Exercício
115
Auto-avaliação
Explique como é que os jogos lúdicos podem contribuir para a
aquisição de conhecimento no PEA, na disciplina de Química.
Leitura
Para esta lição, você pode consultar as seguintes obras:
Chave de correção
- Em relação a questão patente em exercícios, na página anterior,
você deverá reler o seu texto, concentrando-se nas principais
características de uma inovação no ensino.
116
Resumo da unidade
Nesta unidade abordamos os recursos didácticos, sua importância no
PEA e como é que estes podem contribuir para a melhoria da qualidade
de ensino nas nossas escolas.
117
Conteúdos
Planificação e
Lição n° 1 121
Noções gerais sobre a planificação .......................121
preparação de aulas
Princípios e fundamentos da planificação
do ensino ..............................................................121
Lição n° 2 127
UNIDADE
Planificação de unidades temáticas ......................127
Planificação da unidade temática ..............127
4
Lição n° 3 132
Planificação de uma aula ............................. 132
119
Introdução
Nesta unidade, tratar-se-á da planificação de aulas e de unidades
temáticas em diferentes classes. Você aprenderá como planificar a
actividade de leccionação; o papel de um bom professor e os seus
desafios. Terá a noção de metodologias participativas em que o aluno
participa activamente nas aulas e torna-se ele próprio o produtor do seu
conhecimento.
Objectivos da unidade
Ao completar esta unidade, você deve ser capaz de:
120
Lição n° 1
Noções gerais sobre a planificação
Introdução
Neste tema trataremos dos princípios, fundamentos e passos da
planificação do ensino conforme o estabelecido nos programas oficiais da
disciplina de Química. Os programas de ensino, como documentos
oficiais, preconizam objectivos gerais e específicos.
121
sistema articulado do trinómio objectivos-conteúdos-métodos que
formam uma unidade. Segundo Libâneo (1996. p.154), a unidade
entre objectivos-conteúdos-métodos é o princípio fundamental de
compreensão didáctica: os objectivos, explicitando propósitos
pedagógicos intencionais e planificados de instrução e educação
dos alunos, para a participação na vida social; os conteúdos,
constituindo a base concreta de informação para alcançar os
objectivos e determinar os métodos; os métodos, por sua vez,
formando a totalidade dos passos, formas didácticas e meios
organizativos do ensino que viabilizam a assimilação dos
conteúdos e, assim, a concretização dos objectivos.
122
Importância da planificação
123
depois, considerar e incorporar essas categorias na base do
programa de ensino da Química que é o instrumento essencial para
a planificação e preparação das aulas de Química.
124
Nos programas de ensino estão descritos os objectivos gerais para
os vários ciclos, níveis ou classes e respectivas unidades didácticas.
O professor deverá fazer a correspondência dos objectivos gerais
aos objectivos da matéria de ensino no sentido de obter resultados
no âmbito dos saberes, do saber fazer e das atitudes e convicções
através dos quais se busca o desenvolvimento das capacidades de
cognição dos alunos, “desdobrando-os” em objectivos mais
específicos, determinados pela especificidade de cada etapa da aula
ou conjunto de aulas.
125
Sem uma boa planificação do PEA, os resultados da avaliação,
muitas vezes são distorcidos e podem não refletir as reais
capacidades dos alunos.
Exercício
Auto-avaliação
1. Explique a relação existente entre a planificação, os objectivos e a
avaliação no PEA. Argumente, apresentando factos elucidativos.
Leitura
Para esta lição, você pode consultar as seguintes obras:
Chave de correção
Para responder às questões colocadas deve voltar a ler o texto e
comparar as suas respostas com a informação no texto.
126
Lição n° 2
Planificação de unidades temáticas
Introdução
Nesta lição consolidaremos os principais passos para a planificação
das unidades didácticas, lembrando que na planificação de
unidades temáticas deve-se ter em conta os pré-requisitos dos
alunos e a interdisciplinaridade dos conteúdos.
Considerações precedentes
127
Os alunos reconhecem, adquirem conhecimentos sobre um tipo de
equações químicas fundamental; isto significa assegurar
conhecimentos sólidos e aplicáveis sobre a matéria;
E é necessário também:
128
O professor deve analisar e abranger as condições concretas em
cada turma e também na sua escola;
Óxido → Oxidação
2 Cu + O2 → 2 CuO
Foram descritas:
2H2 + O2 → 2H2O
C + O2 → CO2
Resumindo:
129
Capacidades e habilidades;
Atitudes;
No âmbito do saber/cognitivo;
Exercício
130
Auto-avaliação
Qual é a importância da planificação das unidades didácticas?
Leitura
Para esta lição, você deve consultar as seguintes obras:
Chave de correção
- Para fazer a planificação de uma unidade deve ver o quadro acima em
que constam todos os itens para a planificação da unidade. Nunca deve
esquecer de começar pelos objectivos da unidade que se pretendem
alcançar.
131
Lição n° 3
Planificação de aulas
Introdução
Nesta lição você consolidará e aperfeiçoará conhecimentos sobre
planificação de uma aula, assim como o papel do plano de lição
como um instrumento básico e indispensável na condução do PEA.
Objectivos
132
seja o espaço e o ambiente ideais para a assimilação activa dos
conhecimentos, para o desenvolvimento de capacidades e
habilidades dos alunos. Nesse sentido, estabelecem-se as
articulações entre os objectivos e conteúdos do plano de ensino e
as capacidades dos alunos, transformando-os em objectivos dos
alunos. Para isso, o professor ao planificar e preparar as aulas
transforma o plano geral do ensino em planos específicos de aulas
sujeitos a alterações e acomodações que forem julgadas pertinentes
ao longo do ano escolar.
Noções básicas
133
Algumas orientações e sugestões sobre a redacção ou
formulação dos objectivos específicos
134
conhecimentos sobre factos, conceitos, princípios, teorias
etc.;
135
2. Verificação dos trabalhos realizados pelos alunos nas aulas
anteriores e sua correcção pelo professor e ou pelos colegas
da turma;
No âmbito do saber
136
Considere a aula com o tema “Ligação metálica (rede metálica,
estrutura e propriedades das substâncias com ligação metálica” 9ª/2ª
Auto-avaliação
Considerando a unidade por si escolhida para efectuar a sua
planificação da aula anterior, escolha duas aulas dessa mesma unidade
e faça a respectiva planificação.
Leitura
Para esta lição, você pode consultar as seguintes obras:
137
Chave de correção
- Em exercícios, para formular objectivos deve ter em conta os
diferentes âmbitos e deve lembrar-se que os objectivos da aula são
específicos e partem dos objectivos gerais da unidade.
138
Resumo da Unidade
Nesta unidade você aprendeu a planificar unidades temáticas tendo em
conta os princípios e fundamentos de uma planificação e os passos a
dar para uma boa planificação tanto de uma unidade temática assim
como de uma aula, a matéria a ser transmitida, os objectivos
preconizados no programa de ensino, o tempo disponível e os meios de
ensino, os pontos essenciais da consolidação e da matéria nova, as
tarefas a longo prazo e a relação com outras disciplinas.
139
Conteúdos
Avaliação da
Lição n° 1
aprendizagem e 143
de
Avaliação da aprendizagem e de competências143
O conceito de Avaliação................................ 143 competências
Lição n° 2 147
UNIDADE
Modelos de avaliação ...................................................147
O teste como um instrumento de avaliação147
Requisitos de um teste de conhecimentos151
5
Pág. 141 - 155
141
Introdução
Nesta unidade, discutiremos sobre a avaliação da aprendizagem, a qual
tem sido objecto de muitos debates nestes últimos anos. Avaliar é um acto
que deve ser feito com responsabilidade, ética e moral. A avaliação
fundamentada em pressupostos tradicionais e apenas quantitativos ainda é
uma abordagem usual, contudo devemos refletir sobre este cenário tendo
em vista as novas demandas educacionais e sociais. Ainda neste contexto,
é oportuno referir que avaliar não deve ser somente medir, mas perceber
uma concepção filosófica a que este universo nos remete. O processo de
ensino e aprendizagem deve estar pautado no respeito ao educando,
considerando como pressuposto os seus aspectos físico, social e
económico; não podendo haver qualquer espécie de segregação uma vez
que no momento em que o aluno é valorizado na sua plenitude, poderá
efetivar-se a formação de cidadãos críticos e activos no contexto social.
Objectivos da unidade
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
142
Lição n° 1
Avaliação da aprendizagem e de competências
Introdução
As competências podem ser definidos como um conjunto de capacidades
práticas mobilizadas para realizar uma tarefa ou conjunto de tarefas,
satisfazendo as exigências sociais. As competências sempre se
manifestam através de um comportamento observável. Por exemplo,
realizar uma experiência química é uma competência que coloca em
prática algumas habilidades como selecionar materiais e reagentes.
Portanto, a correspondência entre capacidade e competências não é
directamente observável. Uma mesma capacidade manifesta-se numa
multiplicidade de competências. Por exemplo, a capacidade de aplicar
regras de higiene e segurança no laboratório manifesta-se na competência
necessária para efectuar ensaios. Por outro lado, uma competência apela
múltiplas capacidades. Para realizar experiências, por exemplo, necessita
de colocar em acção capacidades como reconhecer sinais, diferenciar,
observar, interpretar.
Objectivos
O conceito de Avaliação
No nosso dia a dia falamos de avaliação do impacto ambiental de um
determinado projecto; avaliação do desempenho dos trabalhadores de uma
empresa; avaliação do custo de um projecto; etc. Abordemos agora o
143
conceito avaliação numa perspectiva escolar. A avaliação, em educação,
“refere-se ao processo de recolha, interpretação, registo e uso de
informação sobre as respostas dos alunos à uma tarefa educativa”
Januário, (1998:20). Também pode definir-se como “uma função
desempenhada pelo professor, com objectivo de recolher informações que
sirvam de base para a tomada de decisões” Arends (1999: 228). Esta
avaliação “é um elemento indispensável ao PEA (...) com carácter
sistemático e contínuo” MINED, (2004: 7). Assim, “a avaliação não é o
fim de um processo, mas sim, um meio para algum produto final...” Casali
(2003:04).
Deste modo,
144
1. Durante a planificação, o professor prepara, antecipadamente, um
plano de avaliação e elabora instrumentos a ela necessários tendo em
conta os objectivos traçados. Tendo em conta os objectivos abaixo
traçados (9ª /1ª):
Exercício
O aluno deve ser capaz de:
Proponha:
Auto-avaliação
Tendo em conta os objectivos traçados em exercicios acima proponha
uma questão do tipo composição.
145
Leitura
Para esta lição, você pode consultar as seguintes obras:
Chave de correção
- Para formular questões objectivas deve rever este conceito estudado
na Didáctica de Química I e deve saber que a questão formulada deve
considerar o objectivo que se pretende alcançar.
146
Lição n° 2
Modelos de avaliação
Introdução
Num sentido lato, o termo teste pode aplicar-se quer a provas orais, quer a
provas ou exames escritos, quer ainda a actividades práticas recomendadas
pelo professor aos seus alunos. Em sentido restrito, este termo aplica-se
apenas a provas de papel e caneta. Assim, “o teste é um instrumento de
avaliação com uma série de itens que o aluno deve responder para revelar
o seu grau de competências face à determinados objectivos da
aprendizagem”, Nova (1996 :51). Pode também ser definido como “um
instrumento de avaliação, em que se atribui valor, ou nota, a quantidade
de matéria que o aluno assimilou” Arends, (1995 :228).
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professor ou aluno. Os testes de conhecimentos são baseados em
objectivos e conteúdos tratados na sala de aula.
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As perguntas de memorização “referem-se a aquisição de informações que
podem ser guardadas na memória e utilizadas posteriormente Ribeiro &
Ribeiro (1990 :135). As perguntas de compreensão são aquelas em que
para além de se recordar das informações, o aluno precisa de saber o seu
significado. As perguntas de aplicação são aquelas em que é necessário a
transferência de conhecimentos adquiridos em várias situações anteriores
para situações novas. As perguntas de análise são as que “envolvem a
divisão de um todo em ordem a melhor entender as relações entre as
partes que o constituem e a sua organização na unidade em que se
enquadram Ribeiro & Ribeiro (1990:141). As perguntas de síntese são
aquelas em que exige-se que o aluno organize os seus conhecimentos de
uma forma própria, ou seja, “que represente uma criação original sua”
(Ibid :143). As perguntas de avaliação consistem em o aluno apresentar sua
opinião ou balanço resultante de uma análise feita por ele próprio sobre
algo.
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alternativas de resposta deve haver uma concordância na construção
frásica.
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desvantagem de suscitar opiniões pessoais de quem o analisa verificando-
se, por isso, oscilação nas classificações. Os critérios de avaliação da
resposta, neste tipo de questões, devem ser indicados para diminuir a
oscilação das cotações, a pergunta deve ser colocada claramente para que o
aluno perceba todo o seu alcance.
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relação entre os resultados obtidos num teste e que expressam
determinadas aptidões do respondente e outras aptidões que o respondente
possua no presente ou de que venha a dar provas no futuro” (Ibid :119). A
validade teórica “informa até que ponto um teste tem a capacidade para
revelar uma característica dos respondentes não directamente analisada”
(Ibid :119). Este tipo de validade só pode ser confirmada, ou não, pelos
resultados de outros testes. O mais importante dentre os três tipos de
validade é, segundo Ribeiro (1996 :119), a validade de conteúdo.
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“Testes com um número elevado de itens e abrangendo um número
elevado de objectivos, geralmente, tem mais validade, fiabilidade e
garantia do que aqueles com um número reduzido de itens, abrangendo
poucos objectivos” Arends (1995 :240). No entanto, apesar do esforço
feito pelos professores em construir testes cada vez melhores, Ribeiro
(1996 :116) e Arends (1995 :26) defendem que “não existe um teste
perfeito, mas sim, testes com alta ou boa qualidade”.
Os testes que são objecto desta pesquisa são referentes a critérios. Para a
sua elaboração deve-se seleccionar ou identificar os objectivos específicos,
indicar o peso e o número de perguntas referentes a cada objectivo de
aprendizagem. Para a escolha dos objectivos a englobar no teste é
necessário considerar a posição ocupada por determinados objectivos e
conteúdos na sequência em que estão integrados e verificar se estes
constituem pré-requisitos para futuras aprendizagens. Após a selecção de
objectivos elaboram-se questões referentes a cada objectivo. Finalmente
faz-se a revisão do teste para verificar se o teste elaborado possui, ou não,
os requisitos de qualidade.
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1. Qual é a importância da avaliação no PEA?
Exercício
Auto-avaliação
1. Reflita sobre as vantagens e desvantagens dos instrumentos de
avaliação mais usados no ESG, tomando como referência o seu
contexto.
Leitura
Para esta lição, você pode consultar as seguintes obras:
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Chave de correção
Sobre a importância da avaliação, veja o texto acima referente a esta
aula.
Para saber que instrumentos de avaliação são mais usados no ESG pode
tomar como referência uma das escolas na sua zona ou a sua
experiência como aluno ou professor.
Resumo da Unidade
Nesta Unidade você consolidou o conceito de avaliação em diferentes
vertentes e os tipos de avaliação no PEA.
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Referências bibliográficas
1. ALVES, Maria Palmira Carlos. Curriculo e avaliação. Uma
perspectiva integrada. Porto editora; Colecção Currículo, políticas
e práticas. Porto. 2004.
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Ciencias educacionais, Instituto de Educação de Estocolmo,
Estocolmo. INDE, 1998.
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