8-G Industria Quimica
8-G Industria Quimica
8-G Industria Quimica
Tomé Martinho
Universidade Rovuma
Nampula
2023
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Tomé Martinho
Universidade Rovuma
Nampula
2023
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................4
5. Conclusão..........................................................................................................................14
6. Referências Bibliográficas.................................................................................................15
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1. Introdução
A indústria química, conhecida como “indústria das indústrias” por estar presente em tudo, é
um sector extremamente importante no cenário económico de todos países. É responsável pela
produção de matérias-primas e o desenvolvimento de soluções para os mais diferentes
sectores do mercado, o que é realizado através de investimento em pesquisa e
desenvolvimento (Oliveira, 2005).
É a sexta maior indústria do mundo em termos de facturamento líquido, de acordo com dados
da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), e uma das mais dinâmicas. A
classificação tem como base o ano de 2021 e refere-se à indústria química como um todo,
uma vez que em muitos países não há estatísticas por segmento.
Como afirma Storck (2006), a história mostra que a indústria química data de 7000 anos
Antes de Cristo altura em que se produziram no Médio Oriente os primeiros vidros. Mais
tarde os chineses produziram a pólvora. Por outro lado, a primeira evidência do uso de metais
pelo homem data de 5000 a 6000 anos Antes de Cristo na Sérvia. O uso de cobre e prata, por
exemplo, data de 3000 anos Antes de Cristo no Egipto.
A revolução industrial que ocorreu durante Século XIX foi esmagadoramente suportada por
grandes evoluções que ocorreram nas indústrias de química e metalomecânica, muitas destas
aliadas à borracha, tintas, farmacêuticos, do desenvolvimento da indústria ferroviária e mais
tarde do da indústria automóvel. A mineração chamou ao envolvimento de tecnologias cada
vez mais sofisticadas para fazer face ao processo de purificação dos minerais. O
desenvolvimento da indústria de automóvel levou ao desenvolvimento da indústria de ferro,
alumínio e aço (Storck, 2006).
Por outro lado, o crescimento da população pressionou o mercado de habitação e com ele os
mercados de tintas, ferro para construção e cimento também desenvolveram-se muito
rapidamente. O desenvolvimento económico mundial tem sido acompanhado por surgimento
de nova tipologia de doenças e, por isso, as necessidades do sector de saúde têm estado a
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Nos últimos anos, as empresas químicas globais desfrutaram de uma alta demanda e de
margens elevadas, à medida em que os preços globais atingiram os maiores valores dos
últimos dez anos. Entretanto, o crescimento nos ganhos foi um resultado da demanda e do
aumento na utilização da capacidade de produção, mais do que uma retomada das inovações
em produtos.
Segundo importantes analistas, as inovações em produtos causaram um real crescimento da
indústria química durante o século XX, até o fim dos anos 70. A partir de então, face à falta
de inovações radicais, a optimização de portfólios de produtos e a excelência na assistência
técnica tornaram-se os focos mais importantes da indústria (Miron, 2005).
Alguns factores importantes que hoje afectam a indústria química global são destacados no
material de divulgação da Third Annual Chemical Industry Global Outlook 2007 Conference.
São eles:
O deslocamento de investimentos para o Oriente Médio e Ásia
A pouca disponibilidade de gás natural nos Estados Unidos
O rápido ritmo de desenvolvimento da biotecnologia e nanotecnologia.
A mesma fonte aponta a necessidade da criação de novos produtos e serviços através da
pesquisa e desenvolvimento, produzindo inovações que mantenham o crescimento da
indústria. Além disso, a indústria deve tornar-se mais sustentável, especialmente fazendo uso
crescente de matérias-primas de fontes renováveis.
A seguir, é uma visão geral do histórico da indústria química em diferentes regiões da África,
(Solava, 2015):
Egipto
O Egipto tem uma longa história na indústria química, com evidências de produção de
produtos químicos e cosméticos desde os tempos antigos. No século XX, o país expandiu sua
indústria química para incluir fertilizantes, produtos farmacêuticos e produtos petroquímicos.
Argélia e Marrocos
Têm investido na indústria química, especialmente na produção de produtos petroquímicos e
fertilizantes.
Nigéria
A Nigéria é um dos países líderes em indústria química na África Ocidental. O país possui
refinarias de petróleo e produz uma variedade de produtos petroquímicos, plásticos, produtos
farmacêuticos e fertilizantes.
África do sul
A África do Sul tem uma indústria química bem desenvolvida, com várias empresas
multinacionais operando no país. A produção inclui produtos químicos básicos, plásticos,
produtos farmacêuticos e produtos químicos agrícolas.
Quénia e Tanzânia
Quénia e Tanzânia têm experimentado um crescimento gradual na indústria química, com
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Existência de matéria-prima
Abundância de água
Conhecimentos científicos
É aquela que trata grandes quantidades de produtos brutos para transformação em produtos
semi-elaborados de mais alto valor por unidade de peso, esses produtos não são de utilização
final nem directa da população em geral.
No entanto, são utilizados por indústria e serviços. Por exemplo: a indústria siderúrgica, de
produção de cimento, do metalúrgica, de produção de cimento, do material ferroviário, de
máquinas agrícolas e outros.
Esta indústria também designada por indústria de base e equipamentos. Este tipo de indústria
requer o seguinte:
Avultados investimentos
Grande consumo de energia
Volumosas instalações
Ocupação de grandes espaços.
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Apesar dos vários factores conjunturais nomeadamente, a subida dos preços dos combustíveis
e queda do preço das exportações de matéria-prima, que têm contribuído de forma não muito
favorável ao desenvolvimento industrial, a produção da indústria manufactureira cresceu de
70.8 mil milhões de Meticais (2014), para 89.4 mil milhões (2018) e 105,7 mil milhões
(2022).
Anualmente a indústria cresceu 9.4% (2015), 6.4%(2016), 0.3% (2017) e 6.7% (2018). A
indústria transformadora é o terceiro sector que mais contribuiu no PIB, com uma
participação média de 9.0% de 2014 a 2016 e uma contribuição de 8.6% no primeiro semestre
de 2017.
No presente Quinquénio foram licenciadas 902 indústrias que criaram cerca de 16.145 postos
de trabalho, com destaque para as cimenteiras, moagem de cereais, que agregam valor através
do uso do calcário e cereais nacional.
5. Conclusão
Apesar desses desafios, há sinais de progresso em vários países africanos. Algumas nações
têm feito esforços para melhorar sua infra-estrutura, promover a educação em ciências e
engenharia, e atrair investimentos estrangeiros para a indústria química. Além disso, a
demanda por produtos químicos está em crescimento na África devido ao rápido crescimento
populacional, urbanização e desenvolvimento económico.
6. Referências Bibliográficas
Morgan, W. (2014).Africa's Mineral Fortune: The Science and Politics of Mining and
Sustainable Development".