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Licenciamento Fogo Artificio

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Diário da República, 2.ª série — N.

º 14 — 19 de janeiro de 2018 2601

b) Edifícios para comércio e serviços: 1 lugar por cada 50 m2 de área c) Quando a parcela, existente à data da entrada em vigor do PU,
bruta de construção; tenha uma largura média inferior a 7 m;
c) Edifícios para indústria: aplicam-se as regras para os espaços d) Quando se verifique a impossibilidade ou manifesta inconveniência
industriais, definidas no P.D.M; de natureza técnica, nomeadamente em função de características geoló-
d) Salas de uso público (uso exclusivo de espetáculos, congressos e gicas do solo, níveis freáticos ou segurança de edificações existentes.
conferências): 2 lugares por cada 25 lugares sentados;
e) Edifícios destinados a alojamento turístico: 1 lugar por cada
2 quartos ou por apartamento e 1 lugar para estacionamento de veículos
pesados de passageiros por cada 50 quartos;
TÍTULO V
f) Edifícios para equipamentos coletivos: mínimo de 1 lugar por cada
60 m2 de área bruta de construção.
Disposições finais e transitórias
2 — Os parâmetros previstos no número anterior são cumuláveis nas Artigo 52.º
situações em que os edifícios tenham mais de um tipo de utilização. Alteração da legislação
3 — Para cálculo das áreas por lugar de estacionamento considera-se:
Quando se verifiquem alterações à normas legais e regulamentares
a) Veículos ligeiros: 20 m2 por lugar à superfície e 25 m2 por lugar citadas no presente Regulamento, as remissões expressas que para elas
em estrutura edificada; forem feitas considerar-se-ão automaticamente transferidas para a nova
b) Veículos pesados: 75 m2 por lugar à superfície e 130 m2 por lugar legislação que resultar daquelas alterações.
em estrutura edificada.
Artigo 53.º
4 — As áreas de estacionamento obrigatório, estabelecidos no presente
artigo, são insuscetíveis de constituir frações autónomas independentes Relação com os planos municipais de ordenamento
das unidades de utilização dos edifícios a que ficam imperativamente 1 — Em caso de conflito com o regime previsto no PDMC em vigor,
adstritas. prevalecerá o regime instituído pelo presente PU.
5 — As regras previstas no presente artigo aplicam-se também nas 2 — Quando não se verifique conflito entre os regimes referidos no
situações de obras de ampliação e de alteração do uso fixado no alvará número anterior, a sua aplicação será cumulativa.
de licença de utilização, na proporção da ampliação ou alteração.
6 — As exigências de lugares de estacionamento previstas nos núme- Artigo 54.º
ros anteriores não são aplicáveis nas seguintes situações especiais:
Entrada em vigor
a) Obras em edifícios classificados ou em vias de classificação, quando
a criação de acesso de viaturas ao seu interior prejudique ou seja in- O plano entra em vigor no dia seguinte à data da sua publicação no
compatível com as suas características arquitetónicas ou com vestígios Diário da República.
arqueológicos suscetíveis de salvaguarda e valorização;
b) Obras de construção nova ou de ampliação de edifícios em parcelas, ANEXO
existentes à data da entrada em vigor do PU, sem possibilidade de acesso Planta de Zonamento
de viaturas ao seu interior por razões de topografia, de características Planta de Condicionantes
do arruamento ou de tráfego;
c) Quando a parcela, existente à data da entrada em vigor do PU,
tenha uma largura média inferior a 7 m; Identificadores das imagens e respetivos endereços do sítio do SNIT
d) Quando se verifique a impossibilidade ou manifesta inconveniência (conforme o disposto no artigo 14.º da Portaria n.º 245/2011)
de natureza técnica, nomeadamente em função de características geoló- 41929 — http://ssaigt.dgterritorio.pt/i/Planta_de_condicionantes_41929_1.jpg
gicas do solo, níveis freáticos ou segurança de edificações existentes.
41934 — http://ssaigt.dgterritorio.pt/i/Planta_de_zonamento_41934_2.jpg
Artigo 51.º 611035256

Estacionamento público
1 — Nas operações de loteamento urbano e obras de ampliação ou MUNICÍPIO DE CORUCHE
construção é obrigatória a existência no exterior das parcelas de um lugar
de estacionamento por cada 150 m2 de área total de construção. Regulamento n.º 44/2018
2 — A dimensão mínima dos lugares de estacionamento público é
de 2,20 m por 4,50 m.
3 — As parcelas de terreno destinadas ao estacionamento público, Regulamento de Uso do Fogo e Limpeza de Terrenos
previsto no presente artigo, são sempre objeto de cedência a título Francisco Silvestre de Oliveira, Presidente da Câmara Municipal
gratuito à Câmara Municipal e passarão a integrar o domínio público de Coruche, faz público que a Assembleia Municipal, na sua reunião
municipal, exceto nas situações previstas nos pontos 6 e 7. de 15 de setembro de 2017 aprovou o Regulamento de Uso do Fogo e
4 — As regras previstas no presente artigo aplicam-se também nas Limpeza de Terrenos.
situações de obras de ampliação e de alteração do uso fixado no alvará
de licença de utilização, na proporção da ampliação ou alteração. 5 de dezembro de 2017. — O Presidente da Câmara, Francisco Sil-
5 — Nas obras de construção nova, ampliação e alteração quando vestre de Oliveira.
não seja possível a previsão no exterior das parcelas dos lugares de
estacionamento obrigatórios, estes terão que se localizar no interior Nota Justificativa
das mesmas.
6 — Nas situações previstas no número anterior, o local onde se Com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 264/2002, de 15 de No-
localizem os lugares de estacionamento público fica afeto à utilização vembro que visa conferir uma maior descentralização administrativa,
para estacionamento público, o que deverá constar do respetivo alvará foram transferidas para as Câmaras Municipais competências dos Go-
de licença de utilização e certidão de constituição de propriedade hori- vernos Civis, em matéria consultiva, informativa e de licenciamento em
zontal (quando exista). diversas atividades, inclusive as relacionadas com o uso do fogo.
7 — Exceto no caso dos loteamentos urbanos, as exigências de lugares O Decreto-Lei n.º 310/2002, de 18 de Dezembro, com as alterações
de estacionamento previstas nos números anteriores não são aplicáveis introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 204/2012, de 29 de Agosto, veio
nas seguintes situações especiais: estabelecer o regime jurídico da atividade de realização de fogueiras
a) Obras em edifícios classificados ou em vias de classificação, quando e queimadas quanto às competências do seu licenciamento. Contudo,
a criação de acesso de viaturas ao seu interior prejudique ou seja in- de acordo com o estabelecido pela republicação do quadro legal, pelo
compatível com as suas características arquitetónicas ou com vestígios Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de Junho com a redação dada pelo
arqueológicos suscetíveis de salvaguarda e valorização; Decreto-Lei n.º 17/2009, de 14 de Janeiro, que define o Sistema Na-
b) Obras de construção nova ou de ampliação de edifícios em parcelas, cional de Prevenção e Proteção Florestal Contra Incêndios e, porque
existentes à data da entrada em vigor do PU, sem possibilidade de acesso foram criados condicionalismos ao uso do fogo, torna-se pertinente a
de viaturas ao seu interior por razões de topografia, de características elaboração de um Regulamento Municipal ajustado à realidade atual, que
do arruamento ou de tráfego; regulamente a realização de queimadas, queima de sobrantes resultantes
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de atividades agro-florestais, fogueiras, fogo técnico, fogo-de-artifício c) “Balões com mecha acesa” — são invólucros construídos em pa-
e de limpeza de terrenos. pel ou outro material que tem na sua constituição um pavio/mecha de
No que se refere à limpeza de terrenos privados situados em espaços material combustível. O pavio/mecha ao ser iniciado e enquanto se
urbanos e urbanizáveis, o presente regulamento aborda esta matéria, a mantiver aceso provoca o aquecimento do ar que se encontra no interior
qual se reveste de grande importância, tendo em conta as reclamações do invólucro e consequentemente a sua ascensão na atmosfera, sendo a
existentes e, às quais não se consegue dar seguimento adequado, por sua trajetória afetada pela ação do vento;
falta de enquadramento legal, pondo-se assim em causa a segurança e d) “Biomassa vegetal” — é qualquer tipo de matéria vegetal, viva ou
a proteção de pessoas e bens. seca, amontoada ou não;
O presente regulamento foi objeto de apreciação pública nos termos e) “Carregadouro” — o local destinado à concentração temporária de
do artigo 98.º do Código de Procedimento Administrativo aprovado pelo material lenhoso resultante da exploração florestal, com o objetivo de
DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro (adiante CPA), bem como a apreciação facilitar as operações de carregamento,
pública nos termos dos artigos 100.º e ss do CPA, tendo sido aprovado nomeadamente a colocação do material lenhoso em veículos de trans-
em reunião de executivo de 23.08.2017 e reunião de Assembleia Mu- porte que o conduzirão às unidades de consumo e transporte para o
nicipal de 15.09.2017. utilizador final ou para parques de madeira;
f) “Contrafogo” — o uso do fogo no âmbito da luta contra os incên-
dios, consistindo na ignição de um fogo ao longo de uma zona de apoio,
CAPÍTULO I na dianteira de uma frente de incêndio de forma a provocar a interação
das duas frentes de fogo e alterar a sua direção de propagação ou a
Disposições Legais provocar a sua extinção;
g) “Detentor”- Usufrutuário, arrendatário ou entidades que detenham
terrenos.
Artigo 1.º h) Edifício — Construção permanente, dotada de acesso independente,
Legislação Habilitante coberta, limitada por paredes exteriores ou paredes-meeiras que vão das
fundações à cobertura, destinada a utilização humana ou outros fins;
O presente regulamento é elaborado ao abrigo do disposto nos arti-
i) Edificação — é a atividade ou o resultado da construção, recons-
gos 112.º, n.º 7 e 241.º da Constituição da República Portuguesa, dos
trução, ampliação, alteração ou conservação de um imóvel destinado
artigos 97.º e ssº do Código do Procedimento Administrativo, da alínea h)
a utilização humana, bem como de qualquer outra construção que se
do n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 264/2002, de 25 de Novembro,
incorpore no solo com carácter de permanência,
dos artigos 1.º, 2.º, 3.º, 53.º e capítulo IX do Decreto-Lei n.º 310/2002 j) “Espaços florestais” — os terrenos ocupados com floresta, matos e
de 18 de dezembro e do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de junho, al- pastagens ou outras formações vegetais espontâneas, segundo os critérios
terado pelos Decretos-Leis n.os15/2009, de 14 de janeiro, 17/2009, de definidos no Inventário Florestal Nacional;
14 de janeiro, 114/2011, de 30 de novembro e 83/2014, de 23 de maio, k) “Espaços rurais” — os espaços florestais e terrenos agrícolas;
e no âmbito das atribuições previstas no n.º 1 e alínea j) e k) do n.º 2 do l) “Época da queima” — período no qual genericamente se verificam
artigo 23.º do Regime Jurídico das Autarquias Locais (RJAL) aprovado condições meteorológicas e de índices de humidade dos combustíveis
em anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de Setembro, na sua atual redação e que permitem o uso do fogo com segurança;
no uso das competências previstas na alínea k) do n.º 1 do artigo 33.º m) “Fogo controlado” — o uso do fogo na gestão de espaços florestais,
conjugado com a alínea g) do n.º 1 do artigo 25.º do citado RJAL. sob condições, normas e procedimentos conducentes à satisfação de
objetivos específicos e quantificáveis e que é executada sob responsa-
Artigo 2.º bilidade de técnico credenciado;
Âmbito n) “Fogo-de-artifício” — artefacto pirotécnico para entretenimento;
o) “Fogo de supressão” — o uso do fogo no âmbito da luta contra os
O presente regulamento estabelece as normas e procedimentos das incêndios florestais, compreendendo o fogo tático e o contrafogo;
atividades cujo exercício implique o uso do fogo e aumente o risco de p) “Fogo tático” — o uso do fogo no âmbito da luta contra os incêndios
incêndio no concelho de Coruche, bem como a limpeza de terrenos. florestais consistindo na ignição de um fogo ao longo de uma zona de
apoio com o objetivo de reduzir a disponibilidade de combustível e,
Artigo 3.º desta forma diminuir a intensidade do incêndio, terminar ou corrigir a
Competências extinção de uma zona de rescaldo de maneira a diminuir as probabilida-
des de reacendimentos, ou criar uma zona de segurança para a proteção
As competências incluídas no presente regulamento são legalmente de pessoas e bens;
conferidas à Câmara Municipal, podendo ser delegadas no seu Presi- q) “Fogo técnico” — o uso do fogo que comporta as componentes de
dente com faculdade de subdelegação nos Vereadores e nos dirigentes fogo controlado e de fogo de supressão;
dos serviços. r) “Fogueira” — a combustão com chama, confinada no espaço e no
tempo, para aquecimento, iluminação, confeção de alimentos, proteção
e segurança, recreio ou outros afins;
CAPÍTULO II s) Fogueira tradicional — Combustão com chama confinada no espaço
e no tempo, que tradicionalmente marca festividades do natal e santos
Definições populares, entre outras festas populares.
t) “Foguetes” — artefatos pirotécnicos que têm na sua composição
Artigo 4.º um elemento propulsor, composições pirotécnicas e um estabilizador
de trajetória (cana ou vara);
Conceitos u) “Gestão de combustível” — a criação e manutenção da desconti-
1 — Sem prejuízo da lei geral e para efeitos do disposto no presente nuidade horizontal e vertical da carga de combustível nos espaços rurais,
regulamento, entende-se por: através da modificação ou da remoção parcial ou total da biomassa
vegetal, nomeadamente por pastoreio, corte ou remoção, empregando as
a) “Artefactos pirotécnicos” — qualquer artefacto que contenha subs- técnicas mas recomendadas com a intensidade e frequência adequadas
tâncias explosivas ou uma mistura explosiva de substâncias concebidas à satisfação os objetivos dos espaços intervencionados;
para produzirem um efeito calorífero, luminoso, sonoro, gasoso ou v) “Índice de risco temporal de incêndio florestal” — a expressão
fumígeno ou uma combinação destes efeitos, devido a reações químicas numérica que traduza o estado dos combustíveis florestais e da mete-
exotérmicas auto sustentadas; orologia, de modo a prever as condições de início e propagação de um
b) “Área urbana” — é o conjunto coerente e articulado em continui- incêndio; Este índice é elaborado pelo Instituto Português do Mar e da
dade de edificações multifuncionais autorizadas e terrenos contíguos, Atmosfera, I.P (IPMA) em articulação com o Instituto da Conservação
possuindo vias pavimentadas, servidas por todas ou algumas redes da Natureza e das Florestas (ICNF) e pode ser consultado diariamente
de infraestruturas urbanísticas — abastecimento domiciliário de água, no Portal do IPMA.
drenagem de esgoto, recolha de lixo, iluminação pública, electricidade, w) “Índice de risco espacial de incêndio florestal” — a expressão
telecomunicações, gás, podendo ainda dispor de áreas livres e zonas numérica da probabilidade de ocorrência de incêndio;
verdes públicas, redes de transporte coletivos, equipamentos públicos, x) “Lote”: prédio destinado à edificação, constituído ao abrigo de
comércio, atividades de serviços; corresponde ao conjunto dos espaços uma operação de loteamento ou de um plano de pormenor com efeitos
urbano, urbanizável e industrial que seja contíguo, é delimitado por pe- registais;
rímetro urbano, abrange uma área superior a 1 ha e aloja uma população y) Parcela: “Uma parcela é uma porção do território delimitada física,
residente em permanência superior a 30 habitantes; jurídica ou topologicamente.”
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z) “Período crítico” — o período durante o qual vigoram medidas e respetiva Câmara Municipal, devendo no entanto, observar as medidas
ações especiais de prevenção contra incêndios florestais, por força de de segurança, conforme ANEXO I.
circunstâncias meteorológicas excecionais, sendo definido por Portaria
do Ministério competente; Artigo 8.º
aa) “Proprietários e outros produtores florestais” — os proprietários,
Realização de Fogueiras
usufrutuários, superficiários, arrendatários ou quem, a qualquer título,
for possuidor ou detenha a administração dos terrenos que integram os 1 — Durante o período critico, não é permitida a realização de fo-
espaços florestais do continente, independentemente da sua natureza gueiras para recreio ou lazer bem como a utilização de equipamentos
jurídica; de queima e de combustão destinados à iluminação ou confeção de
bb) “Queima” — o uso do fogo para eliminar sobrantes de exploração, alimentos;
cortados e amontoados; 2 — Excetua-se do disposto no numero anterior, a realização de fo-
cc) “Queimada” — o uso do fogo para renovação de pastagens e gueiras para confeção de alimentos, quando em espaços não inseridos em
eliminação de restolho e ainda, para eliminar sobrantes de exploração zonas críticas, e desde que realizada nos locais expressamente previstos
cortados mas não amontoados; para o efeito, nomeadamente nos parques de lazer e recreio e outros,
dd) “Resíduo” — Qualquer substância ou objeto de que o detentor se quando devidamente infra estruturados e identificados como tal.
desfaz ou tem a intenção ou a obrigação de se desfazer, nomeadamente 3 — Excetuam-se, do disposto no n.º 1, as atividades desenvolvidas
os identificados na Lista Europeia de Resíduos, por membros das associações juvenis, reconhecidas pelo Corpo Nacional
ee) “Sobrantes de exploração”, o material lenhoso e outro material de Escutas, Associação dos Escuteiros de Portugal e Associação Guias
vegetal resultante de atividades agro florestais; de Portugal.
ff)“Solo Rústico”: Solo com aptidão para usos agrícolas, pecuários e 4 — Sem prejuízo no disposto no número anterior, é proibido acender
florestais, ou afetos à exploração de recursos geológicos e energéticos fogueiras:
ou à conservação da natureza e da biodiversidade; a) Nas ruas, praças, largos e demais lugares públicos das povoações;
gg) “Solo urbano”: Solo que compreende o solo total ou parcialmente b) A menos de 30 metros de quaisquer construções;
urbanizado ou edificado e, como tal, afeto em plano intermunicipal c) A menos de 300 metros de bosques, matas, lenhas, searas, palhas
ou municipal à urbanização e à edificação e os solos urbanos afetos à ou depósito de substâncias suscetíveis de arder;
estrutura ecológica definida em plano intermunicipal ou municipal; d) Sempre que se verifique o índice de risco temporal de incêndio
hh) “Supressão” — a ação concreta e objetiva destinada a extinguir florestal de níveis muito elevado e máximo.
um incêndio, incluindo a garantia de que não ocorrem reacendimentos,
que apresenta três fases principais: a primeira intervenção, o combate 5 — Sem prejuízo do número anterior, a Câmara Municipal pode
e o rescaldo; licenciar as tradicionais fogueiras populares, informando a Guarda
Artigo 5.º Nacional Republicana e os Bombeiros da sua realização e dos termos
em que a mesma será efetuada.
Índice de Risco Temporal de Incêndio Florestal
1 — O índice de risco temporal de incêndio florestal é determinado Artigo 9.º
em conformidade com o Quadro I constante no Anexo I Pirotécnica
2 — Fora do período crítico e, em caso de risco temporal de incêndio
superior ou igual a elevado, o Serviço Municipal de Proteção Civil ou 1 — Durante o período crítico não é permitido o lançamento de balões
o Gabinete Técnico Florestal têm a responsabilidade de comunicar essa com mecha acesa e de quaisquer tipos de foguetes.
situação às Juntas de Freguesia do Concelho de Coruche e Agentes 2 — Em todos os espaços rurais, durante o período crítico, a utili-
Municipais de Proteção Civil. zação de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, que não
os indicados no número anterior, está sujeita a autorização prévia da
Câmara Municipal.
3 — Fora do período crítico e desde que se verifique o índice de risco
CAPÍTULO III temporal de níveis muito elevado e máximo, mantêm-se as restrições
referidas nos números anteriores.
Condições de Uso do Fogo 4 — O pedido de autorização mencionado no n.º 2 do presente artigo
deve ser solicitado com, pelo menos, 15 dias de antecedência.
Artigo 6.º
Queimadas Artigo 10.º
1 — A realização de queimadas, definida na alínea cc) do artigo 4.º, Apicultura
do presente Regulamento deve obedecer às orientações emanadas pela 1 — Em todos os espaços rurais, durante o período crítico, não são
Comissão Intermunicipal de Defesa da Floresta. permitidas as ações de fumigação ou desinfestação em apiários, exceto
2 — A realização de queimadas só é permitida após licenciamento pela se os fumigadores estiverem equipados com dispositivos de retenção
Câmara Municipal e na presença de uma das seguintes entidades: de faúlhas.
a) De um técnico credenciado em fogo controlado; 2 — Fora do período crítico e desde que se verifique o índice de risco
b) De uma equipa de Bombeiros; temporal de níveis muito elevado e máximo, mantêm-se as restrições
c) De uma equipa de Sapadores Florestais. referidas no número anterior.
3 — Devem ser seguidas as recomendações de segurança que constam
3 — A realização de queimadas só é permitida fora de período crítico do anexo II do presente regulamento.
e desde que o índice de risco temporal de incêndio seja inferior ao nível
elevado. Artigo 11.º
4 — Sem acompanhamento das entidades referidas no n.º 2 do pre- Maquinaria e equipamento
sente artigo, a realização de queimadas deve ser considerada uso de
fogo intencional. Durante o período crítico, aquando da execução dos trabalhos de
exploração e de outras atividades que decorram nos espaços rurais ou
Artigo 7.º com eles relacionados é obrigatório:
Queima de Sobrantes a) Que a máquina de combustão interna e externa a utilizar, onde
1 — A realização de queimas de matos cortados e amontoados e se incluem todo o tipo de tratores, máquinas e veículos de transporte
qualquer tipo de sobrantes de exploração, em todos os espaços rurais e pesados, seja dotada de dispositivos de retenção de faíscas ou faúlhas e
urbanos só é permitida fora do período crítico e desde que o índice de de dispositivos tapa-chamas nos tubos de escape ou chaminés;
risco temporal de incêndio seja inferior ao nível muito elevado. b) Que essa maquinaria esteja equipada com um ou dois extintores de
2 — Em caso de queima de sobrantes de exploração decorrente de 6 kg, de acordo com a sua massa máxima, consoante esta seja inferior
exigências fitossanitárias de cumprimento obrigatório, durante o período ou superior a 10.000 kg.
crítico, esta deverá ser realizada com a presença de Bombeiros ou Sa- Artigo 12.º
padores Florestais;
3 — Fora do período crítico e desde que se verifique o índice de Outras formas de fogo
risco temporal de incêndio florestal de nível inferior a muito elevado, 1 — Nos espaços florestais, durante o período crítico e fora desse
a realização de queima de sobrantes carece de comunicação prévia à período, sempre que se verifique o índice de risco temporal de incêndio
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de níveis superiores a elevado, não é permitido fumar ou fazer lume 3 — O pedido de licenciamento deverá ser analisado no prazo de 5 dias
de qualquer tipo, no seu interior ou nas vias que os delimitam ou os úteis pelos Serviços Municipais, tendo lugar sempre que necessário, uma
atravessam. vistoria ao local indicado, para a realização da fogueira tradicional.
2 — Excetua-se do disposto no número anterior a realização de fogo 4 — A licença fixará as condições que tenham sido definidas ou
de supressão decorrente das ações de combate aos incêndios florestais impostas no licenciamento, de acordo com as orientações do presente
levadas a cabo por entidades competentes. regulamento.
5 — O Município informará as autoridades competentes, nomea-
damente a Autoridade Policial e os Bombeiros Municipais, da licença
CAPÍTULO IV emitida.
Artigo 16.º
Licenciamento
Autorização prévia de lançamento de fogo-de-artifício
ou outros artefactos pirotécnicos
Artigo 13.º
1 — O pedido de autorização prévia para o lançamento de fogo-de-
Licenciamento, Autorização e Comunicação Prévia
-artifício e outros artefactos pirotécnicos é dirigido ao Presidente da
1 — Estão sujeitas a licenciamento prévio da Câmara Municipal: Câmara Municipal, com 15 (quinze) dias úteis de antecedência, através
a) A realização de queimadas; de requerimento próprio disponível no Balcão Único e no sítio institu-
b) A realização das tradicionais fogueiras populares; cional do Município.
2 — O requerimento indicado no número anterior deverá ser acom-
2 — Está sujeita a autorização prévia da Câmara Municipal: panhado dos seguintes documentos:
a) A utilização de fogo-de-artifício ou de outros artefactos pirotéc- a) Apresentação do Bilhete de Identidade e Cartão de Contribuinte ou
nicos quando lançados durante o período crítico ou, fora deste, quando Cartão de Cidadão do requerente que será verificado pelos Serviços;
o índice de risco temporal de incêndio corresponda aos níveis muito b) Quando o lançamento ocorrer em local de domínio privado, auto-
elevado e máximo; rização expressa do proprietário do terreno.
b) A utilização do fogo de artifício ou outros artefactos pirotécnicos c) Apólice do seguro de acidentes e responsabilidade civil subscrita
está também sujeita a licenciamento por parte da autoridade policial pela entidade organizadora;
competente. d) Declaração da empresa pirotécnica onde conste a designação téc-
nica dos artigos pirotécnicos a utilizar, com as respetivas quantidades e
3 — Está sujeita a comunicação prévia da Câmara Municipal: calibres máximos, assim como o peso da matéria ativa do conjunto dos
artigos pirotécnicos utilizados na realização do espetáculo;
a) A realização de queimas. e) Plano de segurança, de emergência e montagem, com indicação
da zona de lançamento, das distâncias de segurança e respetiva área
4 — Os licenciamentos ou autorizações verificam-se desde que as de segurança;
atividades referidas nos números anteriores não sejam enquadráveis f) Identificação dos operadores pirotécnicos intervenientes no espe-
nas proibições constantes na legislação em vigor. táculo, com a apresentação das respetivas credenciais;
5 — A competência prevista no n.º 1 alínea a) deste artigo poderá ser g) Plantas de localização das zonas de fogo e lançamento;
delegada na respetiva Junta de Freguesia.
h) Parecer prévio do Corpo de Bombeiros Municipais, com vista à
tomada das indispensáveis medidas de prevenção contra incêndios.
Artigo 14.º i) A autorização prévia emitida pela Câmara Municipal fixará os
Pedido de licenciamento de queimadas condicionalismos relativamente ao local, sendo o lançamento de fogo-
-de-artifício ou de artefactos pirotécnicos, sujeito a licenciamento por
1 — O pedido de licenciamento da realização de queimadas é diri- parte da autoridade policial competente.
gido ao Presidente da Câmara Municipal, com 15 (quinze) dias úteis de
antecedência, através de requerimento, em modelo próprio disponível
no Balcão Único e no site institucional do Município.
2 — O requerimento indicado no número anterior deverá ser acom- CAPÍTULO V
panhado dos seguintes documentos:
Limpeza de Terrenos
a) Autorização expressa do proprietário do terreno autorizando o
evento, se o pedido for autorizado por outrem. Artigo 17.º
b) Fotocópia do documento de credenciação em fogo controlado e
termo de responsabilidade pela vigilância e controlo da respetiva ativi- Obrigações de Limpeza
dade, quando esta for acompanhada pelo técnico em fogo controlado; 1 — Os proprietários, arrendatários, usufrutuários ou entidades que,
c) Fotocópia da comunicação do Comandante dos Bombeiros ou a qualquer título, detenham parcelas em solo rústico, confinantes a
Responsável dos Sapadores Florestais, informando que estarão pre- edifícios, são obrigados a proceder à gestão de combustível, numa faixa
sentes no local; de 50 m à volta dos edifícios, medida a partir da alvenaria exterior, de
d) O pedido de licenciamento deve ser analisado pelos Serviços Muni-
acordo com o disposto no Anexo do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28
cipais no prazo de 5 dias úteis, tendo lugar, sempre que necessário, uma
de junho, na redação em vigor.
vistoria ao local indicado para a realização da queimada, a efetuar pelos
2 — Os proprietários, arrendatários, usufrutuários ou entidades que, a
Bombeiros Municipais.
qualquer título, detenham parcelas em solo urbano ou lotes, confinantes
e) A licença fixará as condições que tenham sido definidas ou im-
postas no licenciamento, de acordo com as orientações do presente a edifícios, são obrigados a proceder à gestão de combustível e/ ou à
regulamento. remoção de qualquer tipo de resíduo, numa faixa de 50 metros à volta
f) Na impossibilidade da realização da queimada na data prevista, dos edifícios medida a partir da alvenaria exterior.
o requerente deverá propor nova data, sendo esta aditada ao processo 3 — Os proprietários, arrendatários, usufrutuários ou entidades que, a
já instruído. qualquer título, detenham terrenos inseridos na faixa exterior de proteção
aos aglomerados populacionais inseridos ou confinantes com espaços
Artigo 15.º florestais e previamente definidos no Plano Intermunicipal de Defesa da
Licenciamento de fogueiras tradicionais Floresta contra Incêndios que lhes é aplicável, são obrigados a manter
esses terrenos limpos e isentos de vegetação ou outros detritos que pos-
1 — O pedido de licenciamento da realização de fogueiras tradicionais sam de alguma forma potenciar o perigo de incêndio, devendo proceder
é dirigido ao Presidente da Câmara Municipal, com o mínimo de 5 (cinco) à gestão de combustível de toda a área inserida nessa faixa de 100 m.
dias úteis de antecedência, através de requerimento, em modelo próprio 4 — Nos parques de campismo, nas infraestruturas e equipamentos
disponível no Balcão Único e no sítio institucional do Município. florestais de recreio, nos parques e polígonos industriais, nas plataformas
2 — O requerimento indicado no número anterior deverá ser acom- de logística e nos aterros sanitários inseridos ou confinantes com espaços
panhado dos seguintes documentos: florestais é obrigatória a gestão de combustível, e sua manutenção, de
a) Apresentação do Bilhete de Identidade e Cartão de Contribuinte ou uma faixa envolvente com uma largura mínima não inferior a 100 m,
Cartão de Cidadão do requerente que será verificado pelos Serviços; competindo à respetiva entidade gestora ou, na sua inexistência ou não
b) Autorização expressa do proprietário do terreno autorizando o cumprimento da sua obrigação, à Câmara Municipal realizar os respeti-
evento, se o pedido for apresentado por outrem; vos trabalhos, podendo esta, para o efeito, desencadear os mecanismos
c) Parecer dos Bombeiros Municipais; necessários ao ressarcimento da despesa efetuada.
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5 — Na limpeza de terrenos incluídos em áreas de reserva ecológica 2 — O modelo referido no número anterior deverá ser acompanhado
ou em áreas suscetíveis de erosão de solo, devem ser seguidas as reco- dos seguintes documentos:
mendações que constam do ANEXO III do presente regulamento. a) Documento de Identificação e número de Contribuinte Fiscal do
6 — Verificando-se o incumprimento referido nos números anterio- requerente;
res, pode a Câmara Municipal proceder à realização dos trabalhos de b) Planta de localização do terreno;
gestão de combustível, com a faculdade de se ressarcir, desencadeando c) Poderá juntar também fotografias do terreno com evidente falta de
os mecanismos necessários para o efeito. limpeza, com menção da data em que foram obtidas.
Artigo 18.º 3 — Poder-se-á recorrer a outras formas de reclamação, nomeada-
Limpeza de Terrenos percorridos ou confinantes mente através de carta ou correio eletrónico, desde que aí constem os
com Linhas de Água elementos especificados no n.º 2 do presente artigo, e sejam anexos os
respetivos documentos.
1 — Nas margens das linhas de água que integram o domínio público,
nos termos do disposto na Lei da Titularidade dos Recursos Hídricos (Lei Artigo 21.º
n.º 54/2005 de 15 de novembro) e na Lei da Água (Lei n.º 58/2005 de Instrução da Reclamação de Falta de Limpeza de Terrenos
29 de dezembro) compete às entidades com jurisdição sobre essas áreas
1 — O processo de reclamação será analisado e instruído pelo Serviço
a realização dos trabalhos para a sua limpeza ou desobstrução.
de Fiscalização que, no prazo máximo de 20 (vinte)dias úteis, deve:
2 — Os proprietários ou possuidores de parcelas de leitos e margens
que não integrem o domínio público devem mantê-las em bom estado a) Efetuar uma vistoria ao local indicado com vista a verificar e avaliar
de conservação, procedendo à sua regular limpeza e desobstrução. o fundamento da reclamação;
3 — Quando se trate de uma linha de água inserida em aglomerado b) Obter fotos que comprovem a situação de falta de limpeza do
urbano, cabe ao Município a responsabilidade referida no número an- terreno àquela data;
terior. c) Informar quanto ao fundamento da reclamação;
4 — A limpeza e a desobstrução dos terrenos mencionados no n.º 2 do d) Efetuar as notificações e/ou comunicações, conforme decisão
presente artigo se exigidas pela verificação de circunstâncias excecionais, superior, ao(s) proprietário(s), à Autoridade Policial, aos Bombeiros e
nomeadamente climatéricas, que envolvam ações de regularização, ao(s) reclamante(s).
aterros, escavações ou alterações do coberto vegetal, competem às Artigo 22.º
entidades mencionadas no n.º 1 deste mesmo artigo.
5 — Excetuando as situações de notificação do proprietário, pela Notificação do proprietário para Limpeza dos Terrenos
entidade competente na matéria para proceder à limpeza e desobstrução 1 — O procedimento tem início com a notificação do(s) proprietário(s)
dos terrenos mencionados no n.º 2, as ações mencionadas nos números do(s) terreno(s) a necessitar(em) de limpeza, concedendo prazo para
anteriores estão sujeitas à obtenção de licença, que pode ser concedida que procedam à mesma.
pelo prazo máximo de 10 anos. 2 — As notificações são efetuadas na pessoa do interessado, salvo
quando este tenha um representante legal.
Artigo 19.º 3 — Quando o terreno a limpar é propriedade de vários herdeiros, a
notificação será realizada ao cabeça de casal da herança, independente-
Árvores, arbustos e silvados mente da obrigatoriedade ser extensível a todos os herdeiros.
1 — É lícita a plantação de árvores e arbustos até à linha divisória dos 4 — As notificações podem ser efetuadas da seguinte forma:
prédios; mas ao dono do prédio vizinho é permitido arrancar e cortar as a) Por carta registada, dirigida para o domicílio do proprietário ou para
raízes que se introduzirem no seu terreno e o tronco ou ramos que sobre outro domicílio por ele indicado, presumindo-se efetuada no terceiro dia
ele propenderem, se o dono da árvore, sendo rogado judicialmente ou útil posterior ao registo ou no primeiro dia útil seguinte a esse, quando
extrajudicialmente, o não fizer dentro de três dias. esse dia não seja útil;
2 — O disposto no número anterior não prejudica as restrições cons- b) Por contacto pessoal com o proprietário, se esta forma de notifi-
tantes de leis especiais relativas à plantação ou sementeira de eucaliptos, cação não prejudicar a celeridade do procedimento ou se for inviável a
acácias ou outras árvores igualmente nocivas nas proximidades de notificação por outra via;
terrenos cultivados, terras de regadio, nascentes de água ou prédios c) Por edital, quando o proprietário ou detentor dos terrenos a limpar
urbanos, nem quaisquer outras restrições impostas por motivos de in- for desconhecido ou incerto, quando a sua morada ou local onde o en-
teresse público. contrar seja ignorado, incerto ou inacessível ou, ainda, quando esta seja
3 — As árvores ou arbustos nascidos na linha divisória de prédios a forma de notificação prescrita por lei ou regulamento e considerando-
pertencentes a donos diferentes presumem-se comuns; qualquer dos -se efetuada no dia em que os editais sejam afixados ou publicados na
consortes tem a faculdade de os arrancar, mas o outro tem direito a Internet, consoante o que ocorrer em último lugar;
haver metade do valor das árvores ou arbustos, ou metade da lenha ou d) Por anúncio, quando os notificados forem mais que 50, considerando-
madeira que produzirem, como mais lhe convier. -se feita no dia em que for publicado o último anúncio;
4 — Servindo a árvore ou o arbusto de marco divisório, não pode ser e) Por outras formas de notificação previstas na lei.
cortado ou arrancado senão de comum acordo.
5 — Não é permitido manter árvores, arbustos, silvados ou sebes 5 — A notificação prevista na alínea c) do n.º 4 é feita por reprodução
pendentes sobre a via pública que estorvem a livre e cómoda passagem, e publicação do conteúdo do edital na Internet, no sítio institucional do
impeçam a limpeza urbana ou tirem a luz dos candeeiros de iluminação Município e ainda, no caso de incerteza do proprietário a notificar:
pública.
6 — Os proprietários ou detentores de prédios rústicos ou urbanos são a) Por afixação de um edital nos locais de estilo;
obrigados a roçar ou cortar os silvados, plantas e árvores que: b) No terreno a limpar;
c) Na porta da casa do último domicílio conhecido do proprietário
a) Impeçam o livre curso das águas; no país.
b) Ocupem o espaço aéreo ou o solo da via pública;
c) Ameacem tombar ou ruir sobre a via pública; 6 — O anúncio previsto na alínea d) do n.º 4 é publicado, salvo o
d) Contribuam de qualquer modo para o mau estar dos proprietários disposto em lei especial, no sítio institucional do Município ou na pu-
dos prédios vizinhos e prejudiquem o asseio público, ou contribuam blicação oficial do Município, num jornal de circulação nacional ou
para a degradação das condições de higiene e salubridade. local, dependendo do âmbito da matéria em causa, com a visibilidade
adequada à sua compreensão.
7 — Nos terrenos ou logradouros de prédios rústicos ou urbanos é
proibida a existência de árvores, arbustos, sebes, balsas e silvados, lixos Artigo 23.º
ou quaisquer resíduos que constituam ou possam constituir perigo de
incêndio ou para a saúde pública. Procedimento de Notificação em caso de incumprimento
1 — Para efeitos do disposto no artigo anterior, na notificação para
Artigo 20.º proceder à limpeza de terreno, deverá constar a indicação sobre as conse-
quências do não cumprimento da mesma, para efeitos de audiência prévia.
Reclamação pela Falta de Limpeza de Terrenos
2 — Da referida indicação deverão constar todos os elementos neces-
1 — A reclamação pela falta de limpeza de terrenos é dirigida ao sários para que os interessados possam conhecer os aspetos relevantes
Presidente da Câmara Municipal, através de modelo próprio disponível para a decisão, em matéria de facto e de direito, indicando também as
no Balcão Único e no sítio institucional do Município. horas e o local onde o processo pode ser consultado.
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3 — Findo o prazo para audiência prévia, e mantendo-se a situação de 3 — A aplicação das coimas compete ao Secretário Geral do Minis-
falta de limpeza do terreno, o Presidente da Câmara Municipal determina tério da Administração Interna ou a quem este delegar, das quais deverá
a decisão final e manda notificar o interessado por carta registada com ser dado conhecimento à entidade autuante.
aviso de receção da respetiva consequência.
4 — Os prazos referidos nos números 1 e 3 do presente artigo contam- Artigo 28.º
-se a partir da data de receção da carta pelo notificado, apurada no aviso
de receção ou registo. Destino das coimas
Artigo 24.º A afetação do produto das coimas referidas nos artigos anteriores, é
feita nos termos da lei geral, designadamente o artigo 41.º do Decreto-
Incumprimento de Limpeza de Terrenos -Lei n.º 124/2006 de 28 de junho na redação atual.
1 — Na falta de cumprimento da decisão final que determine a limpeza
de terrenos em prazo determinado, o Município poderá realizar os tra- Artigo 29.º
balhos enunciados no artigo 17.º (Obrigações de Limpeza), diretamente Medidas de tutela de legalidade
ou por intermédio de terceiros, recaindo, neste caso, sobre o detentor do
terreno as despesas inerentes. As licenças e autorizações concedidas nos termos do presente regula-
2 — As despesas mencionadas no número anterior serão determinados mento podem ser revogadas pela Câmara Municipal a qualquer momento,
em função da área limpa, trabalhos executados, mão-de-obra e maqui- com fundamento na infração das regras estabelecidas para a respetiva
naria utilizada, segundo o que estiver definido na tabela da Comissão atividade e na inaptidão do seu titular para o respetivo exercício.
de Acompanhamento para as Operações Florestais (CAOF).
3 — O Município notificará, posteriormente, o faltoso para proceder, Artigo 30.º
no prazo de 30 dias, ao pagamento das despesas por si suportadas. Requerimentos
4 — O proprietário ou detentor do terreno é obrigado a facultar o acesso
ao mesmo às entidades responsáveis pelos trabalhos de limpeza. Os requerimentos de licenciamento e autorização previstos no presente
Regulamento estão disponíveis em formulário próprio no Balcão Único
e no sítio institucional do Município.
CAPÍTULO VI
Contraordenações, Coimas e Sanções acessórias CAPÍTULO VII

Artigo 25.º
Disposições Finais
Fiscalização Artigo 31.º
1 — Sem prejuízo da competência legalmente atribuída a outras enti- Taxas
dades, a fiscalização do estabelecido no presente Regulamento compete
à Câmara Municipal. Pela prática dos atos referidos no presente Regulamento e pela emissão
2 — Todas as entidades fiscalizadoras devem prestar à Câmara Mu- das respetivas licenças e autorizações, são devidas as taxas constantes
no Regulamento de Taxas Municipais em vigor.
nicipal a colaboração que lhes seja solicitada.
Artigo 32.º
Artigo 26.º
Dúvidas e omissões
Contraordenações e coimas Sem prejuízo da legislação aplicável, os casos omissos ao presente Re-
1 — Sem prejuízo no disposto na legislação específica, as infrações gulamento são resolvidos mediante deliberação da Câmara Municipal.
ao disposto no presente Regulamento constituem contraordenações
puníveis com coima, de 140€ a 5000€ no caso de pessoa singular e de Artigo 33.º
800€ a 60000€ no caso de pessoas coletivas, nos termos previstos nos
Entrada em vigor
números seguintes:
2 — Constituem contra ordenações as seguintes infrações ao presente O presente regulamento entra em vigor no dia útil seguinte ao da sua
Regulamento: publicação no Diário da República.
a) As infrações ao disposto no artigo 6.º sobre queimadas.
b) As infrações ao disposto nos artºs 7.º e 8.º sobre queimas e fo- ANEXO I
gueiras.
c) As infrações ao disposto no artºs 9.º sobre pirotecnia, no artigo 10.º Medidas de Segurança para Queima de Sobrantes
sobre apicultura, no artigo 11.º sobre maquinaria e equipamento, e no e Realização de Fogueiras
artigo 12.º sobre outras formas de fogo.
d) As infrações ao disposto no artigo 17.º sobre falta de limpeza de Condições Climáticas
terrenos rústicos ou urbanos.
e) As infrações ao artigo 18.º n.º 2 sobre manutenção de leitos e As operações devem ser executadas em dias sem vento ou de vento
margens de linhas de água. fraco com humidade;
f) As infrações ao artigo 19.º n.º 5, 6 e 7. Preparação do espaço
Antes de realizar a queima ou fogueira, procure informar-se do ín-
3 — Consoante a gravidade e a culpa do agente, pode ser aplicada, dice de risco temporal de incêndio pelo portal da Câmara Municipal de
cumulativamente com as coimas previstas nos termos do número anterior, Coruche (www.cm-coruche.pt) ou contacte os Bombeiros Municipais
quanto à realização de queima de sobrantes e realização de fogueiras, a de Coruche.
sanção acessória de suspensão de autorizações, licenças e alvarás, por O material a queimar deve estar afastado no mínimo 30 metros das
um período até dois anos. edificações existentes;
4 — A determinação da medida da coima é feita nos termos do dis- Deve ser criada uma faixa de segurança em redor dos sobrantes a
posto no regime geral das contra ordenações. queimar, com largura nunca inferior ao dobro do perímetro ocupado
5 — A tentativa e a negligência são puníveis. pelos sobrantes e até ao solo mineral, de modo a evitar a propagação
do fogo aos combustíveis adjacentes;
Artigo 27.º Antes e durante a realização da fogueira/queima deve-se humedecer
Levantamento, instrução e decisão das Contraordenações o local envolvente.
O material a queimar deve ser colocado em pequenos montes, dis-
1 — O levantamento dos autos de contraordenação compete à Câmara tanciados entre si no mínimo 10 metros, em vez de um único com
Municipal, bem como às autoridades policiais e de fiscalização. grandes dimensões;
2 — A instrução de processos de contraordenação, nos casos de vio- O material a queimar não deve ser colocado debaixo de cabos elétricos
lação do presente regulamento e quando o auto tenha sido levantado (baixa, média ou alta tensão) e de cabos telefónicos;
por Serviço da Câmara Municipal, compete ao Presidente da Câmara
Municipal. Segurança do espaço
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No local devem existir equipamentos de primeira intervenção, no- b) Utilizar técnicas de limpeza adequadas às características e mor-
meadamente, água, pás, enxadas, extintores, etc., suficientes para apa- fologia do terreno:
gar qualquer fogo que eventualmente possa resultar do descontrolo da
i) Técnicas manuais e moto-manuais nas áreas de maior declive e, na
queima ou fogueira;
sua impossibilidade, manutenção obrigatória da vegetação espontânea
Nunca poderá abandonar o local durante o tempo em que esta decorra
e do coberto arbóreo;
e até que a mesma seja devidamente apagada e que seja garantida a sua
ii) Técnicas moto-manuais, nomeadamente roçadouras ou motosserras
efetiva extinção. na desramação/desbaste do coberto arbóreo, garantindo um mínimo de
Após a queima, o local deve ser borrifado com água ou coberto com 4 metros entre as copas das árvores;
terra, de forma a apagar os braseiros existentes, evitando assim possíveis iii) Técnicas mecanizadas apenas nas áreas planas.
reacendimentos.
c) Eliminar, prioritariamente, as árvores decrépitas e doentes;
QUADRO I d) Remover as substâncias combustíveis (como lenha e madeira)
ou outros sobrantes e substâncias altamente inflamáveis resultantes da
Índice de Risco Temporal de Incêndio Florestal limpeza efetuada, no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis a contar do
termo do corte, abate ou desbaste de árvores.
Níveis . . . . . . . . . . . . . . Reduzido . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 3 — Nas áreas envolventes e/ou confinantes com linhas de água,
Moderado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 quer de carácter temporário quer permanente, o risco de erosão é mais
Elevado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 elevado, pelo que, numa faixa de 10 metros para cada lado da linha de
Muito Elevado . . . . . . . . . . . . . . 4 água, deve ser feita uma manutenção rigorosa dos fenómenos erosivos,
Maximo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 adotando-se uma limpeza e gestão de combustíveis que atentem à sua
proteção, nomeadamente:
ANEXO II a) Realizar os trabalhos de limpeza e desobstrução de jusante para
montante, de modo mais rápido e silencioso possível;
b) Executar os trabalhos manualmente ou com equipamentos de corte
Regras de Segurança a adotar na instalação do apiário
ligeiro (como motosserras e moto-roçadoras), evitando o uso de meios
1 — O apicultor fica obrigado a cumprir os seguintes normas de mecânicos pesados e pouco seletivos, que causam a compactação do solo;
segurança na instalação do apiário: c) A limpeza com utilização de maquinaria pesada só deve ser efetuada
quando se justificar o corte total da vegetação da margem (canas e silvas)
a) Limpeza de toda a vegetação existente, preferencialmente até ao ou o talude for suficientemente largo e estável ao trabalho mecânico.
solo mineral, num raio de 5 metros. d) Efetuar os trabalhos numa margem de cada vez;
b) Deverá dispor de ferramentas de extinção do fogo no local enquanto e) Efetuar os trabalhos, sempre que possível, antes do período das
o fumigador estiver aceso. chuvas e fora da época de reprodução da fauna local;
c) As ferramentas de extinção estarão situadas a uma distância máxima f) Preservar a vegetação e fauna autóctones características, nomea-
de 10 metros do fumigador aceso. damente espécies como o salgueiro, o freixo, o choupo, o amieiro, a
d) O material empregue para acender o fumigador será guardado tamargueira, o loendro e o nenúfar;
num lugar seguro. g) Remover a vegetação exótica e invasora existente no leito e mar-
gens;
2 — O apicultor fica obrigado a cumprir os seguintes normas de h) Cortar, preferencialmente, a vegetação em mau estado de con-
segurança quanto ao uso do fumigador: servação;
i) Remover matagais de canas ou de silvas nas margens pelo raizame,
a) O fogo deverá acender-se diretamente no interior do fumigador. desde que salvaguardada a estabilidade do talude. No caso das canas,
b) O fumigador deve acender-se sobre terrenos livres de vegetação, aplicar glifosato após corte, em plantas com 0,5 — 1 m. Destroçar estes
como no interior de caminhos ou dentro do perímetro de segurança sobrantes e utilizá-los no controlo da erosão (cobertura do solo) ou na
das colmeias com uma distância mínima de vegetação de 3 metros em valorização agrícola (incorporação no solo);
todos os casos. j) Manter a estrutura radicular da vegetação arbustiva e herbácea na
c) Atender que o fumigador não liberte faúlhas, caso contrário de- envolvente da linha de água, em particular da galeria de vegetação ribei-
verá ser substituído por um que cumpra as normas adequadas de se- rinha, de forma a diminuir o risco de erosão e minimizar a acumulação
gurança. do escoamento superficial;
d) Nunca colocar o fumigador num terreno coberto de vegetação. k) Promover a remoção seletiva do material vegetal, devendo evitar-se
e) Enquanto o fumigador estiver aceso estará sempre à vista, colocado o corte total da vegetação espontânea e o corte completo de árvores e
sobre uma colmeia e nunca no solo. arbustos (apenas se tal se justificar pela afetação negativa do escoamento)
f) Apagar o fumigador vertendo água no seu interior, ou tapando a e privilegiar o corte parcial de ramos;
saída de fumos e deixar que o fogo se extinga no seu interior. l) Em relação à alínea anterior, admite-se uma maior fração de área
g) O fumigador transporta-se apagado. intervencionada quando os declives se apresentem muito baixos (infe-
h) Não é permitido em qualquer caso esvaziar o fumigador no espaço riores a 5 %);
florestal ou rural. m) Incluir a realização de cortes e podas de formação da vegetação
existente, de forma a garantir o ensombramento do leito;
3 — As ferramentas referidas na alínea b) do número anterior podem n) Evitar a remoção da vegetação fixadora das margens, que esta
ajuda a controlar a temperatura e o crescimento excessivo da vegetação
ser: um extintor, ou uma mochila extintora ou outros recipientes com aquática;
água que se possa usar para extinguir o fogo, que armazenem como o) Evitar o corte da vegetação para a linha de água e a permanência de
mínimo 15 litros; enxada, pá e abafadores também são ferramentas árvores caídas, bem como promover a remoção do material depositado
válidas para a extinção. no leito menor (ramos, troncos, vegetação infestante, resíduos e lixos),
que provoquem a obstrução à circulação da água;
ANEXO III p) Manter a geometria da secção e não linearizar a linha de água;
q) Efetuar, sempre que possível, intervenções conjuntas e em coor-
denação com os diversos proprietários;
Regras a adotar na Limpeza de Terrenos inseridos r) Sempre que a intervenção a realizar e a forma de atuação suscite
em Reserva Ecológica Nacional (REN) dúvidas, o proprietário deverá informar-se junto da Agência Portuguesa
1 — Sem prejuízo do cumprimento dos procedimentos e metodologias do Ambiente (APA).
legalmente definidas no Anexo do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de 311005131
junho, na redação atual, na gestão de combustíveis e limpeza de terrenos
em áreas de declive acentuado e em áreas confinantes com as linhas de Regulamento n.º 45/2018
água, deverão respeitar-se as seguintes regras.
2 — Nas áreas de declive acentuado deve-se: Regulamento do Programa Municipal de Apoio à Melhoria
a) Conservar a vegetação espontânea nas áreas de maior declive e, do Conforto Habitacional em Parceria — II Alteração
sempre que necessário, em faixas regularmente distanciadas e dispostas Francisco Silvestre de Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de
em curva de nível, por forma a proteger o solo contra a erosão; Coruche, faz público que a Assembleia Municipal, na sua reunião de

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