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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA PAULISTA

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 556 de 20 de Julho Art. 5º. Todo projeto de parcelamento do solo para
de 2007. fins urbanos, deverá atender além desta Lei Complementar,
outras relacionadas na esfera municipal, estadual ou federal,
devendo ser obedecido o critério mais restritivo, quando
Aprova o CÓDIGO DE URBANISMO DE importar em salvaguarda do interesse público, manifestado em
BRAGANÇA PAULISTA, dispõe sobre o esfera de competência da alçada de órgãos republicanos.
parcelamento, o uso e a ocupação do solo
urbano e dá outras providências. Art. 6º. Os pedidos de projetos de parcelamento
do solo deverão ser efetuados por quem de direito e estar
ATUALIZADA COM OS VETOS REJEITADOS E corretamente ordenados, com a documentação adequada,
PROMULGADOS PELA CÂMARA MUNICIPAL EM sendo a verificação da validade dos mesmos, também de
30/05/2007 (DIPLOMA FINAL), E ALTERAÇÕES DA LEI obrigação do interessado, respondendo pela veracidade do
COMPLEMENTAR Nº 617 DE 29/10/08 E DA LEI que alega e/ou junta, sob as penas da lei.
COMPLEMENTAR Nº 618 DE 07/11/08.
§ 1º Qualquer dúvida relacionada aos
O Senhor Doutor JOÃO AFONSO SÓLIS, Prefeito parâmetros técnicos do projeto, será esclarecida pelo
do Município de Bragança Paulista, faz saber que a Câmara profissional responsável técnico do mesmo, que deverá
Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei atender à notificação específica, no prazo estipulado, após o
Complementar: que, em não o fazendo, o projeto será considerado indeferido
e enviado ao arquivo da Prefeitura, sendo que havido
Art. 1º. A presente Lei Complementar tem como esclarecimento satisfatório, o projeto seguirá o trâmite normal.
objetivo regulamentar o parcelamento do solo para fins
urbanos bem como o zoneamento municipal por meio do uso e § 2º No caso de indeferimento por
a ocupação do solo. desatendimento da notificação efetuada, será comunicado o
proprietário ou possuidor do imóvel mediante ofício com AR no
Parágrafo único. Estarão sujeitas às disposições endereço conhecido para que proceda como de direito.
desta lei:
I - os projetos e a execução de parcelamento do solo; § 3º A Prefeitura poderá exigir, em qualquer
II - as obras de edificações, no que se refere aos fase do processo, documentos adicionais aos descritos na
parâmetros urbanísticos relacionados com coeficiente de presente Lei Complementar, quando julgar necessário para o
aproveitamento, quotas de terreno por unidade habitacional, aperfeiçoamento do projeto.
taxa de ocupação, gabarito, taxa de impermeabilização,
recuos e área de estacionamento, entre outros presentes Art. 7º. Todo parcelamento complexo deverá ser
nesta Lei Complementar; e provido de, no mínimo, infra-estrutura básica, nos termos do
III - a localização de usos e o funcionamento de Plano Diretor.
atividades.
Art. 8º. Nos parcelamentos complexos localizados
Art. 2º. Os parcelamentos do solo para fins nas Macrozonas Urbana, de Expansão Urbana, de Expansão
urbanos só poderão ser executados nas macrozonas urbanas Urbana Controlada, de Contenção de Urbanização, de
e de expansão urbana definidas no Plano Diretor. Expansão Econômica, de Expansão Industrial e de Expansão
Industrial Especial, serão exigidos além da infra-estrutura
Art. 3º. As definições dos termos constantes nesta básica, a infra-estrutura complementar, conforme definições
Lei Complementar estão expressas no Plano Diretor. do Plano Diretor.

Art. 9º. O comprimento das quadras não poderá


TÍTULO I - DO PARCELAMENTO DO SOLO ser superior a 300m (trezentos metros) e deverão ser limitadas
por vias de circulação de veículos ou divisas do loteamento.
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 10. Todos os lotes resultantes de qualquer
modalidade de parcelamento do solo para fins urbanos,
Art. 4º. As modalidades de parcelamento do solo deverão necessariamente ter confrontação com via pública de
para fins urbanos ficam definidas nesta Lei Complementar,
circulação de veículos.
sendo classificados por:
I - parcelamento simples, onde não há abertura de
novas vias de circulação, sendo: Art. 11. Fica o proprietário de imóvel que estiver
a) Desmembramento; em posição mais baixa obrigado a permitir a passagem da
b) Unificação; e canalização de esgoto e de águas pluviais do imóvel
c) Desdobro. ascendente sob a sua área de terreno.
II - parcelamento complexo, onde há abertura de novas
vias de circulação, sendo: § 1º Toda edificação realizada em imóveis em
a) Loteamento; e posição mais baixa nas áreas em declive deverá resguardar o
b) Loteamento Fechado. direito consignado no caput, mediante recuo lateral mínimo de
1m (um metro), ou pela instalação de tubulação própria até a
Parágrafo único. Nenhum parcelamento do solo divisa dos imóveis, que garanta o despejo do esgoto
para fins urbanos poderá ser aprovado sem o enquadramento diretamente na rede coletora e das águas pluviais em local
às modalidades descritas no caput bem como aos índices adequado.
pertinentes às mesmas.
§ 2º Não serão adotados pela Prefeitura

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quaisquer atos que importem na aprovação de projeto, na IV - peças gráficas necessárias à perfeita compreensão
regularização de edificação ou ainda na concessão do “habite- da execução das obras;
se”, sem que o disposto no caput esteja garantido e que os V - cronograma de execução das obras e serviços, com
elementos referentes às soluções técnicas a serem a correta observância do regime pluviométrico; e
implantadas estejam apontados no projeto de aprovação. VI - parecer técnico fundamentado para assegurar,
conforme artigo anterior, a eficiência das medidas
§ 3º Havendo edificação nos imóveis, não preconizadas, enunciando as medidas de controle indicadas e
poderão os proprietários destes impedir a utilização da área a ocasião de sua execução.
necessária para os fins previstos no caput, desde que sejam
indenizados pelo uso do espaço resultante da obra. Art. 15. Deverão ser obedecidas todas as faixas
non aedificandi estabelecidas por órgãos municipais,
Art. 12. Os projetos de parcelamento complexo estaduais ou federais, além dos recuos e restrições
ou de condomínio urbanizado somente serão implantados em estipuladas em regulamento próprio dos projetos de
áreas com declividade inferior a 30% (trinta por cento), parcelamento do solo para fins urbanos, por meio de suas
devendo as áreas que não se enquadrem nesse requisito, normas específicas arquivadas no Cartório de Registro de
serem passíveis de projeto de terraplanagem adequado, Imóveis.
acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica
(ART) do responsável técnico e anuído pelo órgão municipal Art. 16. Aprovado o projeto de parcelamento do
responsável pela gestão ambiental. solo, o interessado deverá submetê-lo ao registro imobiliário
no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de
Art. 13. A aprovação de parcelamento complexo caducidade da aprovação.
ou condomínio urbanizado em que haja a necessidade de
obras de terraplanagem para correção da declividade será Parágrafo único. Ocorrida a caducidade da
concedida se o projeto demonstrar e assegurar: aprovação disposta no caput, e estando em vigor o Visto
I - inexistência de prejuízo ao meio físico e paisagístico Prévio expedido, o interessado deverá solicitar a revalidação
da área externa da gleba, em especial no que se refere à da aprovação, e caso a validade do Visto Prévio tenha
erosão do solo e assoreamento dos corpos d’água, quer expirado o interessado deverá efetuar novo pedido,
durante à execução das obras relativas ao parcelamento do submetendo-se às regras supervenientes.
solo, quer após a sua conclusão;
II - proteção contra erosão dos terrenos submetidos a SEÇÃO I - DAS ÁREAS PÚBLICAS
obras de terraplanagem; e
III - condição para implantação de edificações nas áreas
terraplanadas e/ou execução pelo empreendedor do plantio Art. 17. Nos loteamentos e loteamentos fechados,
das espécies vegetais que assegurarão a integridade da área é obrigatória a transferência ao Município de, no mínimo, 35%
e que impeça a instauração do processo erosivo e seu (trinta e cinco por cento) da gleba, para instalação de
desenvolvimento; equipamentos urbanos e comunitários, logradouros públicos,
áreas verdes e sistemas viário e de lazer, de acordo com os
índices dos locais em que se situem, constantes no Plano
§ 1º Os taludes resultantes das correções Diretor e na presente Lei Complementar.
mencionadas no caput deverão apresentar declividade de até
100% (cem por cento) no caso de cortes, de até 50%
(cinqüenta por cento) no caso de aterros, com altura máxima, § 1º As áreas transferidas ao Município devem
em qualquer caso, de até 6m (seis metros) e recomposição ter, no mínimo, 10m (dez metros) de frente para logradouro
vegetal adequada. público e acesso direto ao sistema viário.

§ 2º Os taludes com altura superior a 2m (dois § 2º O disposto no parágrafo anterior não será
metros), deverão ser providos de canaletas e outros considerado quando as áreas verdes possuírem confrontação
dispositivos de drenagem na crista e na saia. com áreas institucionais ou forem limítrofes com outras áreas
verdes desde que haja livre acesso público nelas.
§ 3º Os taludes de altura superior a 5m (cinco
metros), deverão ser interrompidos por bermas providas de § 3º As áreas mencionadas no caput deverão,
canaletas e outros dispositivos de drenagem na crista e na além de constar no projeto do loteamento, também constar no
saia. memorial descritivo do projeto para aprovação final.

§ 4º Os taludes poderão ser substituídos por Art. 18. A localização das vias principais, das
muros de arrimo, desde que não ultrapassem a altura de 3m áreas destinadas a equipamentos urbanos e comunitários e
(três metros), não ficando, nesse caso, dispensados da dos espaços livres de uso público, poderão ser determinadas
apresentação de projeto técnico adequado. pelo Poder Executivo com fundamento em parecer técnico ou
diretrizes do Plano Diretor.
Art. 14. O cumprimento da exigência referida no
artigo anterior será feito por meio de projeto específico Art. 19. Não serão aceitas no cálculo do
contendo: percentual de áreas institucionais a serem transferidas ao
I - relatórios de inspeção e sondagens que domínio do Município, as áreas non aedificandi e relativas às
caracterizem perfeitamente as condições do terreno faixas de servidão.
relacionadas com a erosão do solo;
II - memorial descritivo e justificativo; SUBSEÇÃO I - DAS ÁREAS INSTITUCIONAIS
III - especificações para execução das obras e serviços,
indicando, inclusive, materiais e equipamentos a serem Art. 20. Nos projetos de parcelamento do solo
empregados;

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para fins urbanos, as declividades das áreas institucionais com estradas municipais e apresentar lotes voltados para a
deverão estar na média de toda a área a ser loteada e mesma, será exigida a implantação da infra-estrutura
localizadas em locais determinados pelo órgão responsável adequada e alargamento de acordo com a classificação
pelo planejamento municipal. prevista no Plano Diretor, às exclusivas expensas do loteador.

Art. 21. As áreas institucionais dos loteamentos, a § 3º As vias de circulação poderão receber
critério da Administração Municipal, poderão: como pavimentação materiais diversos de emulsão asfáltica,
I - ter o seu valor correspondente depositado no Fundo visando evitar a impermeabilização do solo, contribuindo para
Municipal de Desenvolvimento Urbano, calculado com base na com a melhor absorção dos elementos.
Planta Genérica de Valores;
II - ser incorporadas fora do perímetro do Art. 23. As servidões de passagem que
empreendimento, em locais onde haja carência de espaços eventualmente gravem as áreas a parcelar, deverão ser
públicos destinados à implantação de equipamentos urbanos e integradas às novas vias de circulação do loteamento.
comunitários, tendo sua área calculada com base no valor da
área no local do parcelamento; e (Redação dada pela Lei
Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) Parágrafo único. As servidões de passagem
III - ser substituídas, em parte, por edificações de existentes poderão ser reconhecidas como vias públicas,
equipamentos comunitários, as quais deverão ser entregues desde que comprovado o seu domínio público.
totalmente acabadas, em perfeito estado de uso, além de
atenderem a todas as normas técnicas vigentes relativas a Art. 24. Em todos os projetos de parcelamento
edificações. (Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, complexo ou condomínio urbanizado, as vias projetadas
de 29/10/2008) deverão ser classificadas de acordo com as categorias
definidas no Plano Diretor e obedecer às suas dimensões.
§ 1º As áreas institucionais destinadas a
implantação de caixas d’água, sistemas de tratamento de § 1º A Prefeitura poderá exigir nos projetos
esgoto e outros equipamentos urbanos, não se sujeitam às mencionados no caput, que os acessos à estradas municipais,
dimensões mínimas previstas nesta Lei Complementar e no estaduais ou federais, bem como à vias arteriais, rápidas,
Plano Diretor, podendo as mesmas estarem situadas expressas ou regionais, deverão ser executados e
internamente ao perímetro de fechamento dos parcelamentos dimensionados de acordo com as mesmas, devendo ser
complexos na modalidade de loteamentos fechados. formados por alças de acesso, rotatórias ou outros elementos
viários condizentes ao fluxo gerado pelo empreendimento e à
§ 2º Caso as áreas institucionais sejam interferência que causará nas vias existentes, não
transmitidas ao Poder Público, por meio de uma das dispensando as autorizações pertinentes necessárias.
modalidades dos incisos do caput, deverão estar devidamente
documentadas no processo de Visto Prévio do parcelamento § 2º Os custos das obras mencionadas no
do solo, por meio de declaração, avaliações, plantas das áreas parágrafo anterior, mesmo que elas tenham de ser executadas
externas à gleba acompanhadas das respectivas certidões em áreas não do domínio do empreendedor, deverão correr
atualizadas de matrícula junto ao Cartório de Registro de por sua conta, não havendo ressarcimento pela Prefeitura.
Imóveis, projetos dos equipamentos comunitários, orçamentos
e outros que poderão ser exigidos pelo órgão responsável pelo § 3º As vias de circulação hierarquizadas no
planejamento municipal, além da autorização assinada pelo Plano Diretor, situadas na Macrozona Urbana, deverão
chefe do Poder Executivo. respeitar os requisitos mínimos em seu Anexo VII para a
fixação de sua faixa de domínio, não sendo exigidos recuos e
§ 3º Na transação prevista nos incisos do excluindo-se a faixa reservada para previsão de ampliação.
caput, será respeitado sempre o percentual mínimo de 10%
(dez por cento) a remanescer no local como área institucional Art. 25. Nos projetos de parcelamento complexo,
do projeto original aprovado pela Prefeitura. a pavimentação do sistema viário e execução de calçadas,
guias e sarjetas poderão apresentar técnicas alternativas,
§ 4º Nas áreas institucionais, verificadas as desde que justificadas, as quais serão objeto de aprovação
condições técnicas adequadas, deverão ser reservadas áreas pelo órgão responsável do Poder Executivo.
necessárias para a inclusão de estruturas de segurança
pública. Art. 26. Nos cruzamentos das vias públicas, os
dois alinhamentos deverão ser concordados por um arco de
SUBSEÇÃO II - DO SISTEMA VIÁRIO círculo de raio mínimo igual a 9m (nove metros).

Art. 22. Todas as vias de circulação deverão ser Parágrafo único. Nos cruzamentos irregulares
projetadas de modo a garantir, no mínimo, a continuidade do com ângulos agudos, as disposições deste artigo poderão
traçado das vias oficiais existentes e respeitarão os termos sofrer alterações, de acordo com as orientações técnicas do
previstos no Plano Diretor, possibilitando, sempre que órgão municipal responsável pelo planejamento.
possível, a existência de arborização.
Art. 27. A declividade longitudinal máxima
§ 1º As vias de circulação que constituírem admitida nas vias de circulação de veículos será de 22% (vinte
prolongamento de vias existentes deverão ter a seção e dois por cento), e a declividade transversal máxima, cortada
transversal igual ou maior que estas últimas, observada a no eixo do leito carroçável até o meio fio, de 2,00% (dois por
seção mínima constante no Plano Diretor. cento). (Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, de
29/10/2008)
§ 2º Quando a área a ser loteada confrontar

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Parágrafo único. As vias de maior importância pelo Poder Público por ocasião do Visto Prévio.
deverão apresentar declividade longitudinal não superior a:
(Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, de Art. 33. Todo projeto de parcelamento complexo
29/10/2008) deverá prever em sua execução a implantação de sinalização
I - 15% (quinze por cento) para as vias arteriais; vertical e horizontal nas vias de circulação de veículos,
(Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, de conforme determinações do Plano Diretor, bem como a
29/10/2008) identificação das mesmas por meio de placas com a
II - 12% (doze por cento) para as vias rápidas; e denominação oficial de logradouros em suportes
(Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, de padronizados.
29/10/2008)
III - 8% (oito por cento) para as vias expressas e
regionais. (Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, Art. 34. Os postes destinados às linhas da
de 29/10/2008) transmissão de energia elétrica e telecomunicações serão,
obrigatoriamente, colocados numa distância de até 2m (dois
metros) dos pontos de divisa entre seus lotes, sendo admitidas
Art. 28. As vias de circulação de pedestres outras configurações para lotes com largura maior do que 14m
obedecerão às características determinadas no Plano Diretor, (quatorze metros).
não podendo apresentar declividade longitudinal superior a
18% (dezoito por cento) ou, acima dessa declividade,
escadarias com comprimento total superior a 100m (cem § 1º Deverá ser obedecido esse critério,
metros). também, nos serviços a serem realizados em qualquer via
pública.
Art. 29. As vias locais sem saída deverão
terminar em praça de retorno, conforme parâmetros do § 2º Quando o local de colocação coincidir com
ANEXO I da presente Lei Complementar, a qual deverá ser esquina, deverá ser atendido, tanto quanto possível, o critério
interligada por via de pedestre, quando assim for indicado pelo constante no caput.
órgão responsável pelo planejamento municipal.
§ 3º As linhas de transmissão de energia
§ 1º As ruas do tipo mencionado no caput, só elétrica, telecomunicações e infovias poderão ser
poderão ser utilizadas quando comprovada a impossibilidade subterrâneas.
de sua continuidade além das divisas do loteamento projetado.
Art. 35. Junto às rodovias, será obrigatória a
§ 2º As vias mencionadas no caput não implantação de vias marginais coletoras, quando os lotes do
poderão ter comprimento superior a 150m (cento e cinqüenta parcelamento tiverem suas frentes voltadas para as mesmas.
metros), medido pelo eixo da via, do centro da praça de
retorno à intersecção com o eixo da via que a derivou. SUBSEÇÃO III - DAS ÁREAS VERDES E DO SISTEMA
DE LAZER
Art. 30. Qualquer parcelamento complexo ou
condomínio urbanizado deverá ser dotado de, ao menos, uma Art. 36. As áreas verdes e os sistemas de lazer
via principal do tipo coletora. devem ser implantados, mantidos e conservados pelo
empreendedor até o recebimento das obras concluídas do
§ 1º Para parcelamentos complexos ou loteamento pela Prefeitura.
condomínios com até 50 (cinqüenta) lotes e/ou unidades, será
aceito que a via principal seja do tipo via local sem saída, e Art. 37. Não serão computados como áreas
entre 50 (cinqüenta) e 100 (cem) unidades seja do tipo via verdes nem como sistema de lazer os canteiros centrais ao
local. longo das vias.

§ 2º Para parcelamentos complexos ou Parágrafo único. Poderão ser acolhidos como


condomínios acima de 500 (quinhentos) lotes e/ou unidades área verde os canteiros centrais com largura igual ou maior a
ou com área total superior a 30 (trinta) hectares, a via principal 5m. (cinco metros), desde que permaneçam no projeto pelo
será, no mínimo, do tipo via arterial. menos 5% (cinco por cento) das áreas verdes fora dessa
situação.
§ 3º Para parcelamentos complexos ou
condomínios acima de 1000 (mil) lotes e/ou unidades ou com Art. 38. Deverão ser previstos sistemas de
área total superior a 60 (sessenta) hectares, a via principal redução de velocidade e de prevenção de assoreamento
será, no mínimo, do tipo via rápida. quando as águas pluviais provenientes das vias públicas
forem encaminhadas a corpos d’água existentes.
Art. 31. Todas as vias, em qualquer projeto de
parcelamento complexo ou condomínio urbanizado, deverão Art. 39. Estão sujeitos a Parecer Ambiental de
prever acessos para pessoas com deficiência de mobilidade, Parcelamento, emitido pelo órgão municipal responsável pela
conforme legislação vigente. gestão ambiental, os empreendimentos que se enquadrem em
pelo menos um dos itens a seguir:
Art. 32. Nas vias arteriais, rápidas, expressas e I - quando acusarem presença de cursos d’água,
regionais constantes nos projetos de parcelamento, deverão nascentes, alagadiços, sítios arqueológicos e remanescentes
ser implantadas reentrâncias nos passeios para pontos de de vegetação não antrópica;
parada de transporte coletivo, sem anulação dos mesmos, a II - quando parte da gleba se situar na Macrozona de
fim de facilitar o embarque e o desembarque dos usuários e Preservação Ambiental ou Macrozona de Preservação
melhorar o fluxo de veículos, em espaçamentos determinados Permanente; e

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III - quando houver qualquer restrição legal, no âmbito adequada da via, quando da consolidação do
ambiental, de quaisquer elementos situados na gleba. empreendimento, consoante às determinações do corpo
técnico da Prefeitura.
Parágrafo único. Os projetos que omitirem os
detalhes descritos nos incisos do caput serão considerados Art. 45. O pedido de desmembramento,
nulos e sujeitos aos embargos administrativos, havendo unificação ou desdobro deverá ser protocolado para análise no
necessária representação do seu responsável técnico ao órgão responsável pelo planejamento municipal, instruindo o
órgão regulador da atividade profissional, além da seu requerimento devidamente assinado por quem de direito,
responsabilização penal por falsidade de informação se com os seguintes documentos:
ocorrente. I - Certidão atualizada da matrícula junto ao Cartório
de Registro de Imóveis, sendo que se o imóvel não estiver
Art. 40. Os pareceres emitidos pelo órgão registrado em nome do(s) interessado(s), deverá ser juntada
municipal responsável pela gestão ambiental mencionados no toda a documentação que lhe confira direito sobre o bem
artigo anterior deverão conter, pelo menos, a descrição dos (compromisso de compra e venda ou escritura pública);
elementos naturais constatados na gleba objeto de II - cópia do comprovante de regularidade fiscal;
parcelamento, a porcentagem da gleba localizada nas III - cópia do projeto firmado por responsável técnico,
Macrozonas de Preservação Ambiental ou de Preservação habilitado pelo órgão profissional específico, que deverá
Permanente, as restrições legais no âmbito ambiental conter as seguintes informações:
incidentes sobre a mesma e as medidas a serem tomadas a) projeto em escala 1:200, podendo ser aceitas outras
para o total enquadramento do parcelamento nas disposições escalas caso necessário, indicando a situação atual e a
legais. situação requerida;
b) localização do lote em campo adequado da planta;
c) delimitação exata da gleba, com identificação dos
Parágrafo único. O órgão municipal responsável confrontantes, dimensões e norte;
pela gestão ambiental poderá exigir documentação d) localização de bosques, árvores isoladas, matas, cursos
complementar para a elucidação das dúvidas que venham a d’água, construções existentes, valos secos, brejos, nascentes
ocorrer com relação à gleba e para a boa técnica de execução e dutos na gleba e em seu entorno, compreendendo, no
do parecer. mínimo, 50m (cinqüenta metros) de seu perímetro;
e) delimitação e indicação das áreas públicas, quando for o
caso;
CAPÍTULO II - DAS MODALIDADES DE f) indicação das faixas de domínio sob as linhas de alta
PARCELAMENTO DO SOLO
tensão, das rodovias e infovias determinadas pelas empresas
responsáveis.
SEÇÃO I - DO DESMEMBRAMENTO, DA UNIFICAÇÃO g) indicação das faixas non aedificandi, conforme a
E DO DESDOBRO legislação municipal, estadual ou federal, devidamente
identificadas.
Art. 41. Todo parcelamento do solo em que não h) quadro de áreas.
haja abertura de novas vias públicas, deverão ser IV - cópia de memorial descritivo, inclusive das áreas
classificados como desmembramento, unificação ou desdobro, públicas a serem transmitidas ao poder público, quando for o
conforme as definições do Plano Diretor. caso; e
V - arquivo eletrônico do projeto, conforme exigências
do órgão responsável pelo planejamento territorial municipal.
Art. 42. Os lotes serão divisíveis até o limite da
área mínima de lote da zona em que se situem e, nos
desmembramentos ou desdobros, deverão ser respeitados os Art. 46. Aplicam-se ao desmembramento,
índices urbanísticos referentes ao local, conforme ANEXO IV. unificação ou desdobro as disposições exigidas para o
loteamento no que couber.
Art. 43. É vedado o desmembramento de áreas
maiores de 10.000m² (dez mil metros quadrados), ou Art. 47. Não será permitida a unificação de lotes
menores que resultem em mais de 10 (dez) lotes, sem reserva de uso distinto e/ou que se situem em zonas diferentes.
de áreas verdes.
Art. 48. A aprovação de desmembramento,
§ 1º Nos desmembramentos, nos termos do unificação ou desdobro se dará no prazo máximo de 30 (trinta)
caput, deverão reservar 10% (dez por cento) de área verde dias úteis, desconsiderado o lapso temporal entre a expedição
calculados sobre a área total a ser desmembrada. da notificação para efeito de documentação ou esclarecimento
complementar e o seu atendimento.
§ 2º Os desmembramentos para fins
exclusivamente de serviços, comerciais e/ou industriais estão SEÇÃO II - DO LOTEAMENTO
dispensados da obrigatoriedade de destinação de áreas
públicas, devendo ser registrado o zoneamento no projeto de Art. 49. Todo projeto de loteamento deverá ser
aprovação e transacionados com o Poder Público o patrocínio previamente encaminhado ao órgão responsável pelo
de equipamento social equivalente a 50% (cinqüenta por planejamento municipal para análise, após o que, verificada a
cento) das áreas previstas para a Zona ou Macrozona onde se regularidade do pedido, será emitido o Visto Prévio e a
implantar o empreendimento. Certidão de Diretrizes para encaminhamento ao órgão
responsável pela aprovação de projetos de loteamentos
Art. 44. Nos acessos a glebas objeto de urbanos e implantação de núcleos habitacionais, públicos ou
desmembramento, situadas na Macrozona Urbana e de privados, em outras esferas de governo.
Expansão Urbana, deverão ser previstas faixas non
aedificandi em suas margens que garantam a largura § 1º Antes da elaboração do projeto, o

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empreendedor poderá solicitar ao órgão responsável pelo h) indicação das ruas adjacentes que se articulam com o
planejamento a expedição de informações básicas para a plano de loteamento;
integração do projeto à malha urbana, devendo ser i) indicação da categoria de enquadramento das vias
apresentado para tanto os seguintes documentos: (Redação projetadas, segundo o Plano Diretor;
dada pela Lei Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) j) delimitação e indicação das áreas públicas;
I - 2 (duas) vias do levantamento planialtimétrico k) indicação das faixas de domínio sob as linhas de alta
cadastral; (Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, tensão, das rodovias e infovias determinadas pelas empresas
de 29/10/2008) responsáveis;
II - certidão de matrícula da gleba; (Redação dada l) indicação das faixas non aedificandi instituídas por
pela Lei Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) regulamentação própria e/ou aquelas conforme a legislação
III - cópia em arquivo eletrônico. (Redação dada pela municipal, estadual ou federal, devidamente identificadas;
Lei Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) m) indicação do zoneamento do loteamento, de acordo com a
presente Lei Complementar; e
§ 2º Com os elementos acima, em 15 (quinze) n) quadro de áreas conforme modelo constante no ANEXO II.
dias úteis, serão fornecidos o traçado das vias principais, a V - cópia de memorial descritivo e justificativo;
localização de áreas verdes, do sistema de lazer e VI - arquivo eletrônico do projeto, conforme exigências
institucionais, eventuais interligações a serem observadas na do órgão responsável pelo planejamento territorial municipal; e
elaboração do projeto e outros itens pertinentes, considerando VII - certidão de atribuição do profissional do CREA/SP,
os projetos aprovados ou em aprovação e a legislação baseado na Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966.
vigente. (Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, de (Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, de
29/10/2008) 29/10/2008)

Art. 50. Após aprovado nos órgãos de Art. 52. Após a análise do processo e havendo a
competência concorrente, o projeto deverá ser encaminhado viabilidade de implantação do loteamento requerido, a
ao órgão responsável pelo planejamento municipal para Prefeitura deverá anuir no projeto e emitir Certidão de
análise e, verificada a regularidade do pedido, será emitido o Diretrizes para encaminhamento ao órgão responsável pela
Alvará de Urbanização, após o qual o empreendedor está aprovação de projetos de loteamentos urbanos e implantação
autorizado a executar as obras referentes ao loteamento. de núcleos habitacionais, públicos ou privados, em outras
esferas de governo.
SUBSEÇÃO I - DAS DIRETRIZES E DO VISTO PRÉVIO
Parágrafo único. Havendo a necessidade de
unificação ou desmembramento de glebas para fim de
Art. 51. O pedido de Visto Prévio deverá ser viabilização do projeto de loteamento, deverá ser apresentado
protocolado para análise no órgão responsável pelo o respectivo projeto em conjunto com o pedido de Visto
planejamento municipal, instruindo o seu requerimento Prévio, não sendo devido as taxas de aprovação referentes a
devidamente assinado por quem de direito, com o uso esse procedimento, nem exigidas áreas públicas, tendo em
pretendido e os seguintes documentos: vista que serão devidas as taxas de aprovação e reservadas
I - certidão da Companhia de Saneamento Básico do as áreas públicas no processo de aprovação do loteamento
Estado de São Paulo (SABESP), ou quem a suceda, acerca em época oportuna.
dos sistemas de abastecimento de água e de coleta de
esgotos;
II - cópia do título de propriedade ou equivalente, sendo Art. 53. O Visto Prévio, juntamente com a
que se o imóvel não estiver registrado em nome do(s) Certidão de Diretrizes, será expedido no prazo máximo de 60
interessado(s), deverá ser juntada toda a documentação que (sessenta) dias úteis, desconsiderado o lapso temporal entre a
lhe confira direito sobre o bem (compromisso de compra e expedição da notificação para efeito de documentação ou
venda ou escritura pública), ficando ressalvado que para a esclarecimento complementar e o seu atendimento, tendo
aprovação final do empreendimento pela Municipalidade, validade de 4 (quatro) anos.
deverá o interessado apresentar o documento comprobatório
do domínio da área do empreendimento, expedido pelo SUBSEÇÃO II - DA APROVAÇÃO DO PROJETO
Cartório de Registro de Imóveis.
III - cópia do comprovante de regularidade fiscal; Art. 54. Após a anuência dos órgãos competentes
IV - cópia do projeto firmado por responsável técnico, em outras esferas de governo, todo projeto de loteamento
habilitado pelo órgão profissional específico, que deverá deverá ser protocolado para análise no órgão responsável
conter as seguintes informações: pelo planejamento municipal, instruindo o seu requerimento
a) projeto em escala 1:1000, podendo ser aceitas outras devidamente assinado por quem de direito, com os seguintes
escalas caso necessário; documentos:
b) locação da gleba em planta da cidade ou município; I - certidão atualizada da matrícula do imóvel junto ao
c) delimitação exata da gleba, com identificação dos Cartório de Registro de Imóveis, com negativa de ônus e
confrontantes, curvas de nível de metro em metro em relação alienações, em que se comprove o domínio do empreendedor
a Referencia de Nível - RN oficial, dimensões, rumos e norte; sobre a área;
d) localização de bosques, árvores isoladas, matas, cursos II - certidão negativa de tributos municipais;
d’água, construções existentes, valos secos, brejos, nascentes III - cronograma para execução das obras, com prazo
e dutos na gleba e em seu entorno, compreendendo, no máximo de 4 (quatro) anos, acompanhado de competente
mínimo, 50m (cinqüenta metros) de seu perímetro; instrumento de garantia, cujo valor deverá suplantar o custo
e) delimitação e indicação dos lotes, das quadras e do das obras de infra-estrutura;
sistema viário com o devido estaqueamento a cada 20 (vinte) IV - Projeto de Revegetação/Restauração das Áreas
metros, larguras das vias e praças de retorno; Verdes, Projeto de Arborização dos Sistemas de Lazer e dos
f) indicação nos cruzamentos das vias públicas, dos raios de Passeios Públicos, que serão feitos obedecendo às normas da
curvatura bem como de seu desenvolvimento; concessionária de energia elétrica, evitando-se futuras
g) indicação do sentido de escoamento das águas pluviais; interferências da arborização na rede elétrica, e Planta

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Urbanística Ambiental, com os respectivos memoriais avocar, mediante determinação formalizada por escrito, o
descritivos e/ou laudos e ART; (Redação dada pela Lei despacho final previsto no caput deste artigo.
Complementar Nº. 617, de 29/10/2008)
V - projeto de microdrenagem (sistema de escoamento Art. 56. A anuência para aprovação do projeto de
de águas pluviais), com os respectivos memoriais descritivos e loteamento será expedida no prazo máximo de 90 (noventa)
ART; (Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, de dias úteis, desconsiderado o lapso temporal entre a expedição
29/10/2008) da notificação para efeito de documentação ou esclarecimento
VI - projeto do sistema de coleta e tratamento de esgoto complementar e o seu atendimento.
sanitário aprovado pela concessionária, com os respectivos
memoriais descritivos e ART;
VII - projeto de abastecimento e distribuição de água Art. 57. A modificação de pequeno porte no
potável, aprovado pela concessionária, com os respectivos projeto de parcelamento complexo ou condomínio urbanizado,
memoriais descritivos e ART; que mantenha o adensamento populacional, não cause
VIII - projeto urbanístico com o respectivo memorial impacto ambiental, não implique em novos equipamentos
descritivo e justificativo, memoriais descritivos dos lotes e urbanos, nem modifiquem a natureza do empreendimento e
áreas públicas e ART, aprovado pelo órgão competente em nem firam expressa disposição de lei, será aprovada sem a
outras esferas de governo, com as informações previamente necessidade de autorização de qualquer órgão estadual ou
estipuladas no ato do Visto Prévio; (Redação dada pela Lei federal.
Complementar Nº. 617, de 29/10/2008)
IX - projeto urbanístico complementar com o respectivo SUBSEÇÃO III - DA EXECUÇÃO DO LOTEAMENTO
memorial descritivo e ART, que deverá conter as seguintes
informações: Art. 58. Os projetos serão executados em até 4
a) detalhe da pavimentação das vias de circulação de (quatro) anos, conforme opção expressa do loteador e
veículos e exclusivas de pedestres; (Redação dada pela Lei constante do cronograma apresentado, devendo em qualquer
Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) hipótese, oferecer garantia para a execução das obras.
b) localização dos acessos para pessoas com deficiência de
mobilidade, conforme legislação vigente;
§ 1º Os instrumentos de garantia de execução
c) projeto de sinalização de trânsito de acordo com diretrizes
das obras a cargo do empreendedor poderão ser
do setor competente da Prefeitura;
representados por:
d) REVOGADO; (Redação dada pela Lei Complementar
I - hipoteca de lotes no próprio empreendimento ou
Nº. 617, de 29/10/2008)
hipoteca de outros imóveis, obedecendo, em ambos os casos,
e) REVOGADO. (Redação dada pela Lei Complementar
o que segue:
Nº. 617, de 29/10/2008)
a) o loteador apresentará os bens que pretende dar em
X - cópia do regulamento e do contrato padrão do
garantia, devendo ser avaliado pela comissão de avaliação da
loteamento;
Prefeitura, no intuito de atestar a suficiência dos seus valores
XI - arquivo eletrônico do projeto, conforme exigências
em relação ao custo das obras de infra-estrutura;
do órgão responsável pelo planejamento municipal.
b) constatado bastantes e suficientes os bens ofertados, o
XII - levantamento planialtimétrico, com a respectiva
loteador deverá apresentar a escritura pública, correndo por
ART; (Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, de
sua exclusiva conta as despesas cartorárias.
29/10/2008)
II - fiança bancária ou seguro-garantia, cujo prazo de
XIII - projeto de terraplanagem contendo planta de
vigência deverá exceder 90 (noventa) dias do prazo a que se
terraplanagem, memorial descritivo e perfis longitudinais e
obrigou o empreendedor para a execução das obras; ou
transversais das vias de circulação, com a respectiva ART;
III - depósito ou caução de títulos da dívida pública ou
(Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, de
por qualquer outra espécie de garantia prevista em lei.
29/10/2008)
XIV - projeto das áreas do sistema viário e os respectivos
memoriais descritivos para registro em cartório; (Redação § 2º As obras e serviços que o loteador fica
dada pela Lei Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) obrigado a executar, nos prazos fixados no cronograma,
XV - projeto de zoneamento; (Redação dada pela Lei deverão constar do instrumento de garantia mencionado neste
Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) artigo.
XVI - termo de compromisso de caução; e (Redação
dada pela Lei Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) Art. 59. A critério do Executivo, a garantia prevista
XVII - certificado de aprovação pelo órgão competente em no caput pode ser liberada parcialmente à medida em que as
outras esferas de governo. (Redação dada pela Lei obras de urbanização forem executadas e recebidas pela
Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) Prefeitura e pelas concessionárias de água, esgoto e energia.

Art. 55. A aprovação do projeto de loteamento se Art. 60. A Prefeitura, por intermédio de seu corpo
dará após parecer favorável do chefe da Divisão de técnico, acompanhará a execução das obras em todas as
Planejamento Físico e Territorial e será efetivada por suas fases e quando verificado atraso em seu andamento,
despacho do Secretário do Planejamento determinando a deverá impor sanções e multas cabíveis ao loteador, se
expedição do Alvará de Urbanização, no qual constará: constatar injustificado o fato.
I - Denominação do loteamento;
II - nome do proprietário ou empreendedor; SUBSEÇÃO IV - DO RECEBIMENTO DAS OBRAS
III - data da aprovação e número do processo;
IV - número total de lotes;
V - área total do empreendimento; Art. 61. O recebimento das obras do loteamento
VI - nome do responsável técnico; e será feito pelo órgão municipal responsável pelas obras
VII - número da ART do responsável técnico. públicas, através de Termo de Recebimento de Obras de
Urbanização.
Parágrafo único. O Chefe do Executivo poderá

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Parágrafo único. O Termo referido no caput § 1º As áreas institucionais destinadas para


somente será expedido se presentes no respectivo implantação de equipamentos comunitários definidas no
procedimento administrativo de aprovação, os termos de projeto e sobre as quais não incidirá permissão de uso,
aceitação das obras pelas concessionárias de serviços deverão estar situadas externamente e serão mantidas sob
públicos de abastecimento de água, esgoto e energia elétrica. responsabilidade da associação de proprietários ou do
loteador, que exercerá, supletivamente, a defesa da utilização
Art. 62. As áreas públicas devem estar totalmente prevista no projeto, até que a Prefeitura exerça plenamente
desocupadas quando da expedição do Termo de Recebimento essa função.
de Obras de Urbanização.
§ 2º As Áreas de Proteção Permanente (APP)
Art. 63. Findo o prazo do cronograma, e caso não deverão ser preservadas na sua totalidade, sendo que
tenham sido realizadas as obras e os serviços exigidos, a qualquer intervenção deverá ter prévia autorização expedida
Prefeitura, sem prejuízo de outras medidas legais cabíveis, pelos órgãos competentes.
poderá executá-los servindo-se dos recursos oriundos da
garantia ofertada. § 3º A área máxima do loteamento fechado
dependerá de considerações urbanísticas, viárias, ambientais
Art. 64. Uma vez realizadas todas as obras e e do impacto que possa ter sobre a estrutura urbana, sempre
serviços exigidos, a Prefeitura, a requerimento do loteador e dentro das diretrizes estabelecidas pelo Plano Diretor.
após a devida fiscalização, autorizará o levantamento da
garantia. Art. 67. No ato da solicitação do pedido de Visto
Prévio deverá ser especificada a intenção de implantação
SEÇÃO III - DO LOTEAMENTO FECHADO dessa modalidade de loteamento.

Art. 65. Loteamento fechado constitui-se por § 1º Será exigido um sistema viário externo às
loteamento aprovado como tal, em que há permissão de uso, áreas fechadas no intuito de garantir o entrelaçamento do
a título precário, das áreas públicas e das vias de circulação entorno com a malha viária urbana existente ou projetada.
para fechamento total ou parcial das áreas exclusivamente
residenciais por meio de cerca ou muro, no todo ou em parte § 2º Os fechamentos situados junto ao
do seu perímetro, devendo assumir a responsabilidade de alinhamento de logradouros públicos deverão respeitar recuos
execução dos seguintes serviços: de 4m (quatro metros) onde deverá ser executado tratamento
I - manutenção e poda das árvores, quando paisagístico e deverão ser conservadas pela associação de
necessário; proprietários ou equivalente.
II - manutenção, limpeza e conservação das vias
públicas de circulação, do calçamento e da sinalização de § 3º Em caso de indeferimento do pedido, os
trânsito; órgãos municipais envolvidos deverão apresentar as razões
III - serviços relacionados à segurança interna e devidamente fundamentadas.
manutenção das portarias e sistemas de segurança;
IV - manutenção e a conservação da rede de iluminação
pública; Art. 68. Quando as diretrizes viárias definidas
V - outros serviços que se fizerem necessários para a pela legislação municipal seccionarem a gleba objeto de
manutenção dos bens públicos; projeto de loteamento fechado, deverão essas vias estar
VI - garantia de ação livre e desimpedida das liberadas para o tráfego, sendo que as porções
autoridades e entidades públicas que zelam pela segurança e remanescentes poderão ser fechadas.
pelo bem-estar da população;
VII - indicações viárias adequadas internas e externas ao Art. 69. As áreas públicas e as vias de circulação,
loteamento; e definidas por ocasião da aprovação do loteamento, serão
VIII - termo de compromisso de remoção de todos os objeto de permissão de uso por tempo indeterminado,
obstáculos relativos ao loteamento fechado no caso de podendo ser revogada a qualquer momento pela Prefeitura, se
revogação do decreto de permissão de uso nos termos em houver necessidade e sem implicar em ressarcimento.
que vier a estabelecer.
Art. 70. Fica a Prefeitura autorizada a outorgar a
Parágrafo único. As áreas públicas e as vias de permissão de uso sobre as áreas públicas e vias de
circulação que poderão ser objeto de permissão de uso circulação, a qual será formalizada por decreto do Poder
deverão ser definidas na fase de análise do Visto Prévio do Executivo, devendo nele constar:
loteamento, podendo ser outorgadas em pedido posterior à I - os encargos relativos à manutenção e à
aprovação final do mesmo, independentemente de licitação, conservação dos bens públicos em causa;
nos termos do artigo 94, § 2º da Lei Orgânica do Município. II - que qualquer outra utilização das áreas públicas
será objeto de autorização específica da Prefeitura; e
Art. 66. A permissão de uso das áreas públicas e III - quem de direito responderá pelas obrigações.
das vias de circulação somente será outorgada quando os
loteadores ou a totalidade dos proprietários submeterem a Art. 71. Só será permitido o fechamento do
administração das mesmas à associação de proprietários, loteamento e o enquadramento na modalidade descrita nesta
constituída sob a forma de pessoa jurídica, com explícita Seção se atenderem a todas condições seguintes, além
definição de responsabilidade para aquela finalidade, sendo daquelas já mencionadas:
respeitadas as regras gerais previstas no Código Civil I - não haja prejuízo ao tráfego de pessoas e veículos,
Brasileiro e devidamente constante do Regulamento do e que não haja descaracterização do sistema viário da região;
Loteamento registrado junto ao Cartório de Registro de II - haja acesso às áreas institucionais destinadas a
Imóveis. equipamentos comunitários;

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III - observe as dimensões de lote com área mínima de o patrimônio público.


300m² (trezentos metros quadrados) e frente mínima de 10m
(dez metros) ou as especificações da zona em que se situe, § 1º Os projetos de regularização serão
valendo a norma mais restrita; e analisados pelo órgão responsável pelo planejamento
IV - sejam obedecidas, no que couber, as demais municipal, que exigirá do interessado as correções que se
exigências constantes desta Lei Complementar. fizerem necessárias à sua aprovação.

Art. 72. Caberá à Prefeitura a responsabilidade § 2º Caso a análise conclua pela


pela determinação, aprovação, supervisão e fiscalização dos impossibilidade de aprovação, ou quando o interessado não
serviços e obras de manutenção e limpeza dos bens públicos. atender às exigências feitas, a Prefeitura indeferirá o pedido e
notificará o interessado para que sejam tomadas as
Art. 73. As disposições construtivas e os providências que se fizerem necessárias ao restabelecimento
parâmetros de ocupação do solo a serem observados para da situação inicial do imóvel.
edificações deverão atender às exigências da legislação
municipal em vigor para a zona de uso onde o lote ou § 3º Na hipótese prevista no parágrafo anterior,
loteamento estiver localizado. caso o interessado não providencie o restabelecimento da
situação inicial do imóvel no prazo determinado, a Prefeitura
Art. 74. No loteamento fechado nos termos desta representará o Ministério Público e promoverá as providências
Lei Complementar, o loteador ou a Associação de que se fizerem necessárias, inclusive para a demolição de
Proprietários afixará em lugar visível, em todas as suas edificações e/ou benfeitorias existentes.
entradas, placa(s) metálica(s) com tamanho mínimo de
40x50cm com os seguintes dizeres: § 4º Havendo possibilidade de regularização, a
(DENOMINAÇÃO DO LOTEAMENTO) Prefeitura expedirá notificação com a relação de todos os
PERMISSÃO DE USO OUTORGADA PELO projetos complementares que deverão ser providenciados pelo
DECRETO (nº e data) à (razão social da Associação, nº do interessado, acompanhados de todos os documentos e
CNPJ e inscrição municipal), NOS TERMOS DA LEI aprovações normalmente exigidas para parcelamentos do
COMPLEMENTAR MUNICIPAL 556 de 20 de Julho de 2007 solo.
- CÓDIGO DE URBANISMO. (ou, no caso de loteamentos
fechados por atos anteriores a este Código, a Art. 78. Na hipótese de empreendimentos
identificação do instrumento legal autorizador do irregulares e/ou clandestinos consolidados, onde for
fechamento). comprovadamente impossível o atendimento de todas as
NÃO SE IMPEDE A ENTRADA DE QUALQUER normas municipais pertinentes, o que deverá ser atestado
PESSOA OU VEÍCULO. pelos setores técnicos municipais, poderá a Prefeitura aprová-
los, mediante decreto, desde que respeitadas as normas
urbanísticas e ambientais estaduais e federais, bem como
Parágrafo único. Os loteamentos que tenham aplicadas as sanções cabíveis.
permissão de uso concedida por meio de legislação anterior a
esta Lei Complementar também deverão afixar placa
indicativa, conforme padrões definidos no caput. Art. 79. Para a regularização de parcelamentos
do solo, deverão ser apresentados documentos que atendam
à modalidade do empreendimento implantado, podendo a
CAPÍTULO III - DA REGULARIZAÇÃO DE Prefeitura dispensar a documentação faltante, desde que
PARCELAMENTOS DO SOLO comprovada a impossibilidade de apresentação da mesma e
que não implique em procedimento irregular.
Art. 75. Fica a Prefeitura autorizada a firmar
convênios com outros órgãos estaduais e federais ou de Art. 80. Para regularização de loteamentos
competência delegada que auxiliem nas questões relativas à implantados posteriormente à edição da Lei Federal n°
regularização de parcelamentos do solo no município. 6.766/79, deverão ser reservadas, além das áreas utilizadas
pelo sistema viário, no mínimo 15% (quinze por cento) de
áreas públicas, sendo 10% (dez por cento) de áreas verdes e
Art. 76. Se desatendida pelo loteador a 5% (cinco por cento) de áreas institucionais.
notificação para regularização, a Prefeitura poderá regularizar
o parcelamento do solo não autorizado ou executado sem
observância das determinações do ato administrativo de § 1º Nos casos em que comprovadamente
licença, para evitar lesão aos seus padrões de foram vendidos todos os lotes sem reserva das áreas
desenvolvimento urbano e na defesa dos direitos dos previstas no caput deste artigo, deverá ser feita a
adquirentes de lotes nas formas da legislação pertinente. compensação das áreas públicas por meio de:
III - doação ao Município de outras áreas fora da área
do parcelamento a ser regularizado, que representem o valor
Art. 77. A Prefeitura poderá oficializar trechos de atual daquelas que deveriam ser reservadas, desde que sejam
estradas, caminhos de servidão ou de vias que não tenham viáveis à implantação de áreas verdes e equipamentos
domínio público, inclusive àquelas com seção transversal comunitários; ou
inferior à 14m (quatorze metros) de largura, quando a mesma IV - recolhimento em pecúnia junto aos cofres
se tornar necessária para a garantia de acesso oficial aos municipais do valor correspondente ao preço da área que
lotes resultantes de um parcelamento a ser regularizado, deveria ser reservada, de acordo com o estabelecido neste
desde que: parágrafo.
I - a via seja implantada de acordo com as diretrizes
definidas pela Prefeitura, inclusive quanto à infra-estrutura,
sem ônus para os cofres públicos; e § 2º Os valores recolhidos na forma do inciso II
II - as áreas ocupadas pela via sejam transferidas para do parágrafo anterior serão depositados em conta própria e

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constituirão receita do Fundo Municipal de Desenvolvimento IV - ZONAS MISTAS (ZM); e


Urbano. V - ZONAS ESPECIAIS (ZE).

§ 3º O estabelecimento do valor § 1º Para efeito da divisão mencionada no


correspondente às áreas que deveriam ser reservadas será caput, serão previstas nesta Lei Complementar apenas as
determinado por laudo pericial contratado pelo requerente e subdivisões para as áreas já urbanizadas do município e
sujeito à aprovação dos órgãos municipais competentes. declaradas como tal.

§ 4º REVOGADO. (Redação dada pela Lei § 2º As demais macrozonas, serão


Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) classificadas apenas quanto à ocupação relativa por unidade
conforme mapa do ANEXO VI desta Lei Complementar, sendo
Art. 81. Só poderão remanescer ao parcelador que os outros parâmetros referentes ao zoneamento, deverão
partes da área parcelada quando forem reservadas as áreas ser definidos quando dos estudos e aprovações dos projetos
públicas mencionadas no artigo anterior. de parcelamento do solo.

§ 1º Caso haja áreas remanescentes ao Art. 85. Os usos, ocupações ou atividades a


parcelador, estas serão hipotecadas em favor do Município serem implantadas em cada zona são as seguintes:
para a garantia da infra-estrutura, suplementadas por outra I - Zonas Residenciais (ZR): usos estritamente
garantia se necessário, e somente serão liberadas após a residenciais, destinado às moradias fixas ou temporárias
conclusão das obras unifamiliares, multifamiliares, conjuntos habitacionais e
similares;
II - Zonas Comerciais (ZC): estabelecimentos
§ 2º Não havendo áreas remanescentes aos comerciais e/ou de prestação de serviços;
parceladores, a aprovação somente se dará depois de III - Zonas Industriais (ZI): usos estritamente industriais;
oferecida garantia suficiente à execução das obras. IV - Zonas Mistas (ZM): são aquelas que compreendem
uma parte destinada a uso distinto de outra, sendo compostas
Art. 82. Poderão ser regularizados os desdobros por usos definidos nas zonas residenciais, comerciais, ou
de lotes dos quais resultem em área igual ou superior a 125m² industriais; e
(cento e vinte e cinco metros quadrados) e testada igual ou V - Zonas Especiais (ZE): usos que não se enquadram
superior a 5m (cinco metros), desde que sejam comprovados nas classificações constantes nas alíneas anteriores, tais
um dos seguintes itens em data anterior à promulgação da como igrejas, escolas, universidades, complexos esportivos
presente lei complementar: em geral, aeroportos, quartéis, estabelecimentos prisionais e
I - a existência de edificação em um dos imóveis, similares, cemitérios, aterros sanitários, estações de
comprovada através da apresentação de faturas de água, luz tratamento de esgoto, entidades beneficentes, organizações,
ou telefone da edificação; ou associações, edifícios e espaços públicos em geral e áreas de
II - o cadastramento individual das unidades. interesse social.

§ 1º Nos casos de regularizações na forma Art. 86. As zonas terão nomenclatura codificada
deste artigo é obrigatória a regularização da edificação em referente ao uso do solo, atividades permitidas, densidade de
conjunto com a regularização do parcelamento de solo, ocupação e parâmetros urbanísticos, conforme a seguinte
ficando dispensadas as doações de áreas públicas. esquematização: ZoUa, na qual:
Z: indicador fixo de zona urbana;
§ 2º Poderão ser regularizados os desdobros o: indicador numérico de ocupação relativa por unidade,
de áreas situadas na Macrozona Urbana, das quais resultem conforme ANEXO IV;
lotes menores que 125m² (cento e vinte e cinco metros
U: indicador alfabético do tipo de uso: R, C, I, M, ou E (ou
quadrados) e testadas menores que 5m (cinco metros), desde EIS), conforme artigo anterior;
que se comprove o cadastramento individual de cada unidade a: indicador numérico da classificação das atividades
em data anterior a 25 de outubro de 1991, por previsão de lei
permitidas, conforme ANEXOS VII e VIII.
anterior.

Parágrafo único. Todas as zonas terão indicação


TÍTULO II - DO ZONEAMENTO de ocupação relativa por unidade, exceto as Zonas Especiais,
as quais têm regulamentação especial conforme Plano Diretor
e outras presentes nesta Lei Complementar, prevalecendo, em
Art. 83. Para fins de ordenamento dos usos e
casos omissos, os parâmetros urbanísticos da macrozona em
ocupações do solo urbano, ficam criadas nesta Lei
que se situe.
Complementar as zonas urbanas e as zonas de expansão
urbana.
Art. 87. A fixação das zonas de uso nos novos
projetos de parcelamento do solo poderá ser indicada pelo
CAPÍTULO I - DA DIVISÃO DO TERRITÓRIO EM ZONAS empreendedor dentro dos critérios estabelecidos nesta Lei
Complementar, após o que deverá ser analisada e anuída pelo
órgão responsável pelo planejamento municipal na fase de
Art. 84. As macrozonas urbanas e de expansão
Visto Prévio, para posterior apresentação na aprovação final
urbana do Município, conforme definições do Plano Diretor
do loteamento, excetuando-se a definição da ocupação
ficam divididas, para fins de ordenamento do uso do solo, nas
relativa por unidade, a qual é determinada por esta Lei
seguintes zonas de uso:
Complementar.
I - ZONAS RESIDENCIAIS (ZR);
II - ZONAS COMERCIAIS (ZC);
III - ZONAS INDUSTRIAIS (ZI); Art. 88. Nos novos loteamentos, caso o loteador

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deseje estabelecer normas mais restritivas que as constantes de serviços, sendo que acima de 2 (dois) pavimentos é
no zoneamento previsto para o local, deverá inseri-las em necessária a previsão de área comum e, acima de 4 (quatro),
regimento próprio e no contrato padrão, o qual deverá ser também deverá ser contemplado elevador conforme normas
obrigatoriamente apresentado juntamente com os projetos específicas e legislação vigente; e
apresentados e aprovado pelo órgão responsável pelo X - indústrias: classificadas em categorias de acordo
planejamento municipal e ser registrado posteriormente no com o ANEXO VII desta Lei Complementar, com parâmetros
Cartório de Registro de Imóveis. relativos ao impacto físico que causem.

Art. 89. Na classificação das permissões de uso Art. 91. Para a consideração do gabarito de altura
das zonas residenciais, comerciais, industriais ou mistas, o das edificações, determinados conforme a zona em que se
número maior abrange as atividades nele descritas, admitindo- situem e representados no ANEXO IV, será tomado como
se também as atividades definidas em nível inferior ao seu. base a cota do nível mais alto do meio fio das testadas do
imóvel, sendo considerado como pavimento inteiro qualquer
SEÇÃO I - DA CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES porção do mesmo que se situe acima da linha de base.

Art. 90. Para efeito desta Lei Complementar, CAPÍTULO II - DO USO DO SOLO
ficam assim classificadas as construções, de acordo com a
sua previsão de uso: Art. 92. Sem prejuízo das determinações contidas
no Plano Diretor sobre o Estudo de Impacto de Vizinhança
I - condomínio vertical é a formação de condomínio (EIV), este deverá ser realizado para a implantação, em
associado a um plano de construção de apartamentos e/ou qualquer zona de uso, de empreendimentos de grande porte,
salas comerciais e de prestação de serviços em edifício geradores de impacto, especialmente:
verticalizado situado em um lote, que possua 2 (dois) ou mais I - sons e/ou ruídos;
pavimentos de unidades privativas, áreas comuns, II - tráfego intenso, seja de pedestres ou de veículos;
estacionamento e, eventualmente, via particular de acesso de III - exalação de odores;
veículos; IV - trepidações e vibrações;
II - condomínio deitado é a formação de condomínio V - despejos de óleo, graxas e gorduras; e
associado a um plano de construção de residências térreas VI - material particulado e fuligem.
e/ou assobradadas em um único lote e que não necessitem
abertura de vias particulares de acesso e não possuam áreas
comuns; Parágrafo único. O Executivo Municipal
III - condomínio urbanizado é a urbanização de glebas analisará, pelos seus órgãos competentes, o resultado do
associadas à construção de edificações em condomínio em estudo e definirá, se cabíveis, as medidas mitigatórias para
áreas que necessitem de abertura de vias particulares de cada caso, de acordo com as determinações a serem criadas
acesso; em lei específica do EIV, conforme determinações do Plano
IV - construções complementares são edículas, Diretor.
churrasqueiras, casas de hóspedes e casas de caseiro, e
poderão ter área máxima de 16% (dezesseis por cento) da Art. 93. Para a certificação da localização de
área do lote, podendo estar conectados à edificação principal, imóvel, qualquer pessoa poderá requerer Certidão de
ficando sujeitas ainda às seguintes condições: Localização, emitida pelo órgão responsável pelo
a) as construções complementares poderão ser edificadas e planejamento municipal, a qual informará a região geo-física,
habitadas antes da construção da residência principal; região administrativa, macrozona, zona e endereço do imóvel,
b) em loteamentos em que se permita a construção de devendo ser juntado ao requerimento a documentação
edículas no recuo dos fundos, não poderá haver restrição para necessária.
que a edificação principal o ocupe;
c) no caso de construções conectadas ou contíguas à Art. 94. A permissão de uso do solo será
edificação principal, para serem consideradas como certificada por ato do órgão responsável pelo planejamento
construções complementares, as mesmas não poderão fazer municipal, informando a região geo-física, região
parte do corpo estrutural da edificação principal; administrativa, macrozona, zona e o endereço do imóvel, sem,
V - habitação unifamiliar é a construção de uma única entretanto, abranger eventuais restrições ambientais, cuja
residência por lote, autônoma, podendo as construções certificação é de competência do órgão municipal responsável
complementares serem incorporadas às mesmas, sendo que pela gestão ambiental, suscitando-se o ato sempre por quem
apenas uma numeração identificará a habitação unifamiliar e de direito, em relação à titularidade do imóvel e juntando-se os
será vedado numerar quaisquer construções complementares. devidos documentos.
VI - habitação multifamiliar é um conjunto de duas ou
mais unidades habitacionais integradas correspondendo a
Art. 95. O prazo para a emissão de Certidão de
cada unidade uma fração ideal do lote, área privativa e, em
Localização ou Certidão de Uso do Solo será de 15 (quinze)
alguns casos, área comum;
VII - habitação econômica é a construção de um só dias úteis, desconsiderado o lapso temporal entre a expedição
da notificação para efeito de documentação ou esclarecimento
pavimento, para fins residenciais destinada à população de
complementar e o seu atendimento.
baixa renda ou em situação de vulnerabilidade social, com
área construída não superior à 70m² (setenta metros
quadrados); Art. 96. As condições naturais de absorção das
VIII - habitação de interesse social são as que integram águas pluviais no lote deverão ser garantidas pela execução
conjuntos ou grupos de unidades uni ou multifamiliar, com de um ou mais dos seguintes dispositivos reservatórios:
área construída por unidade não superior à 70m² (setenta I - reserva de área de acordo com taxa de
metros quadrados), construídas nas Macrozonas de Interesse impermeabilização estabelecida no Plano Diretor e na
Social ou em ZEIS; presente Lei Complementar;
IX - edifícios comerciais verticais são as construções de II - construção de caixa de retardo ligado ao sistema de
vários pavimentos, destinados ao comércio e/ou à prestação drenagem; ou

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III - construção de poço de infiltração ligado ao sistema equipamentos que causem incômodo à vizinhança;
de drenagem. II - nível 2: atividades de zona comercial,
caracterizadas como de âmbito local e uso cotidiano e que
§ 1º Para o dimensionamento de caixas de poderão ser efetuadas com a devida adaptação da edificação
retardo e poços de infiltração,será adotada a fórmula: V = 0,15 residencial pré existente, sendo permitidos os
x (A-P) x 0,06 x 1, na qual: estabelecimentos abaixo:
V: volume do dispositivo a ser adotado (unidade de medida: a) atividades de prestação de serviços, com horário de
metro cúbico) funcionamento compatível com áreas de predominância
A: área total do terreno (unidade de medida: metro quadrado) residencial;
P: área do terreno livre de pavimentação ou construção b) venda de gêneros alimentícios, com área ocupada de até
(unidade de medida: metro quadrado) 200m² (duzentos metros quadrados), com horário de
0,06: índice pluviométrico (unidade de medida: metro por hora) funcionamento compatível com áreas de predominância
1: tempo de duração da chuva (unidade de medida: hora) residencial;
c) venda de medicamentos, armarinhos, papelaria,
acessórios e assemelhados, com área ocupada de até 100m²
§ 2º Considera-se reservatório qualquer (cem metros quadrados);
dispositivo de retenção ou acumulação das águas pluviais, III - nível 3: edificações comerciais e de prestação de
podendo ser, dentre outros, o volume efetivo de 1/3 (um terço) serviços individualizadas, conjuntos de edificações comerciais
das floreiras e jardins sobre laje, podendo ser previstos os e de prestação de serviços sem áreas coletivas ou
dispositivos previstos nos incisos II e III do caput em condomínios comerciais e de prestação de serviços
substituição total ou parcial aos dispositivos previstos no Plano urbanizados; e
Diretor. IV - nível 4: edificações comerciais e de prestação de
serviços coletivas e edifícios ou condomínios comerciais e de
§ 3º O volume de água excedente aos índices prestação de serviços verticais.
da taxa de impermeabilização permitidos para a zona em que
se situem captados através de caixas de retardo, deverão ser
despejados no sistema público de águas pluviais através de § 1º Para a autorização de implantação de
sistema extravasor. atividades comerciais e/ou de prestação de serviços em ruas
com a largura total menor ou igual do que 9m (nove metros)
§ 4º Os poços de infiltração deverão ter será exigida Certidão de Uso do Solo, que determinará se a
capacidade suficiente de absorção segundo a fórmula atividade pleiteada poderá ou não ser autorizada no local,
apresentada no caput, levando em conta o impacto nas levando-se em consideração os aspectos urbanísticos e de
construções vizinhas, e ainda apresentar sistema extravasor e impacto no entorno, devendo nela ser anexado parecer do
filtro de fundo executado com transição de granulometria para órgão municipal responsável pelo ordenamento do trânsito nas
evitar o preenchimento de vazios por partículas que vias públicas. (Redação dada pela Lei Complementar Nº.
impermeabilizem a área de infiltração (colmatações). 617, de 29/10/2008)

Art. 97. As garagens situadas nos subsolos de § 2º As atividades do tipo motel, drive-in e
edifícios residenciais, comerciais ou de prestação de serviços similares só poderão ser instaladas numa distância mínima de
com mais de 4 (quatro) pavimentos, poderão ter taxa de 500,00m (quinhentos metros) da Macrozona Urbana e de
ocupação de 100% (cem por cento), desde que as edificações núcleos ou regiões residenciais. (Redação dada pela Lei
sejam providas de poços de infiltração e estejam Complementar Nº. 617, de 29/10/2008)
dimensionados conforme especificações do artigo anterior.
§ 3º As atividades relacionadas à reciclagem
Parágrafo único. Serão desconsideradas nos de materiais deverão ser providas de muro de fechamento em
cálculos da taxa de ocupação e do coeficiente de todo seu perímetro e piso impermeável em toda a área
aproveitamento, as garagens situadas no subsolo que destinada a depósito de materiais, devendo ser utilizada em
apresentem as características indicadas no caput. regime de rotatividade e mediante adequado ordenamento,
visando evitar a proliferação de agentes patológicos.
Art. 98. Os edifícios de ocupação exclusiva de (Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, de
garagens coletivas, não necessitam respeitar os recuos 29/10/2008)
laterais, devendo, porém adotar recuos frontais de, no mínimo,
5m (cinco metros), prevalecendo sempre, quando for o caso, a § 4º Para efeitos desta Lei Complementar, as
norma de recuo mais restrita, prevista no Plano Diretor. atividades do tipo padaria, confecção, marcenaria, serralheria,
ferramentaria e outras atividades industriais de prevalência
Art. 99. Para o exercício das atividades artesanal são classificadas como atividades comerciais, desde
comerciais e de prestação de serviços, deverão ser que não tragam transtorno à vizinhança e ocupem área menor
respeitadas as normas das zonas em que se situam, conforme ou igual a 600,00 m² (seiscentos metros quadrados).
especificações constantes do ANEXO VIII desta Lei (Redação dada pela Lei Complementar Nº. 618, de
Complementar, considerando-se: 07/11/2008)
I - nível 1: atividades de zona comercial,
caracterizadas como de âmbito local e uso cotidiano e que Art. 100. As atividades localizadas em zonas
poderão ser efetuadas sem a necessidade de adaptação da mistas e que venham a causar distúrbio à vizinhança,
edificação residencial pré existente, sendo permitidas: denunciadas através de abaixo-assinado protocolado na
a) atividades de prestação de serviços individuais efetuadas Prefeitura e comprovada a ambientação inadequada pelos
em nome próprio; departamentos municipais competentes, terão um prazo de 30
b) pequeno comércio, com área ocupada de até 50m² (trinta) dias para a eliminação da causa apontada, sob pena
(cinqüenta metros quadrados); de cassação da licença de funcionamento, além de multa
c) oficinas de características artesanais que não utilizem diária.

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Parágrafo único. A Prefeitura analisará a § 2º Nos casos e criação de vilas residenciais,


veracidade da denúncia e, no prazo máximo de 30 (trinta) fica dispensado o atendimento aos incisos II e III do caput
dias, tomará as providências cabíveis e cientificará por escrito deste artigo, devendo ser obedecidos os parâmetros do
o denunciante das providências tomadas. (Redação dada parágrafo único do art. 104. (Redação dada pela Lei
pela Lei Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) Complementar Nº. 617, de 29/10/2008)

Art. 101. Os novos estabelecimentos comerciais Art. 104. Os coeficientes urbanísticos para os
com venda de bebidas alcoólicas, e atividades relacionadas a Condomínios Urbanizados estão expressos no ANEXO III, que
jogos e diversões, não poderão ser instalados a menos de é parte integrante da presente Lei Complementar.
100m (cem metros) de distância do acesso de creches, pré-
escolas e escolas de 1º e 2º graus, quando se situarem na Parágrafo único. As vilas residenciais deverão
mesma rua e 50m (cinqüenta metros) de distância do acesso, atender os itens 1 a 4 do ANEXO III, devendo ainda obedecer
quando se tratar de ruas adjacentes. aos seguintes parâmetros: (Redação dada pela Lei
Complementar Nº. 617, de 29/10/2008)
§ 1º REVOGADO. (Redação dada pela Lei I - área máxima da gleba: 3.000,00 m² (três mil metros
Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) quadrados); (Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617,
de 29/10/2008)
§ 2º REVOGADO. (Redação dada pela Lei II - número máximo de unidades residenciais: 12
Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) (doze); (Redação dada pela Lei Complementar Nº. 617, de
29/10/2008)
III - largura mínima da via interna de acesso às
CAPÍTULO III - DA OCUPAÇÃO DO SOLO edificações, conforme padrão da via local sem saída constante
do Plano Diretor; e (Redação dada pela Lei Complementar
Nº. 617, de 29/10/2008)
SEÇÃO I - DO CONDOMÍNIO URBANIZADO
IV - reserva de área comum de convívio: mínimo de
75,00 m² (setenta e cinco metros quadrados). (Redação dada
Art. 102. Denomina-se Condomínio Urbanizado a pela Lei Complementar Nº. 617, de 29/10/2008)
urbanização de glebas associadas à construção de
edificações em condomínio e que implique em abertura de
Art. 105. Para a implantação de condomínios, o
vias particulares e na existência de áreas comuns. Poder Público Municipal poderá exigir a elaboração de Estudo
Prévio de Impacto de Vizinhança que contemple os efeitos
Parágrafo único. Poderá ser autorizada a criação negativos e positivos do empreendimento, sempre que o setor
das vilas residenciais, conforme disposições específicas desta técnico competente julgar necessário.
Lei Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar
Nº. 617, de 29/10/2008)
Art. 106. Serão permitidos no Município, além dos
condomínios residenciais, os condomínios industriais e
SUBSEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS comerciais com urbanização de glebas associadas à
construção de edificações em condomínio e que impliquem em
Art. 103. As edificações pertencentes a conjuntos abertura de vias particulares e na existência de áreas comuns,
em condomínio, destinadas aos usos urbanos, incluídos os de sobre os quais serão aplicadas as disposições referentes ao
recreação e lazer, somente poderão ser construídas em condomínio urbanizado.
glebas que atendam os seguintes requisitos:
I - estar pelo menos um dos lados da gleba no Parágrafo único. Os condomínios industriais
alinhamento de logradouro público; deverão obedecer no que couber, aos parâmetros referentes a
II - ter a gleba dimensões conforme padrões relativos distritos industriais previstos nesta Lei Complementar e outros
por macrozona, expressos no ANEXO III; supervenientes, bem como as normas técnicas aplicáveis a
III - em pelo menos um dos lados onde a gleba não loteamentos e a edificações.
estiver no alinhamento de logradouro público, deverá ser
reservada área non aedificandi junto à divisa, com largura não Art. 107. São de responsabilidade do
inferior a 14m (catorze metros) e que tenha frente para via
empreendedor as obras, instalações e conservações de:
pública, a qual deverá integrar as áreas de uso comum do
I - vias de circulação;
condomínio, podendo qualquer via interna ser considerada II - drenagem superficial (canaletas, guias, sarjetas e
como tal, desde que tenha largura de 14m (catorze metros),
similares);
com seu início em via pública e término na divisa de fundos ou
III - drenagem profunda (bocas de lobo, bueiros,
lateral do imóvel, atravessando este longitudinalmente; e sangrias, ramais, travessias, galerias e similares);
IV - não estar localizada nas Macrozonas de Interesse
IV - tratamento de passeios;
Social, Rural, Rural Urbanizável, de Contenção de
V - redes de distribuição de água e coleta de esgotos,
Urbanização, de Preservação Ambiental ou de Preservação inclusive sistemas de abastecimento e tratamento onde não
Permanente, nos termos do Plano Diretor. (Redação dada
for possível a ligação das redes as redes públicas da
pela Lei Complementar Nº. 617, de 29/10/2008)
concessionária;
VI - pavimentação das faixas de rolamento;
§ 1º As faixas non aedificandi referidas no VII - redes de energia elétrica;
inciso III deste artigo, poderão ser reduzidas ou dispensadas, VIII - iluminação das áreas de uso comum; e
a critério do órgão municipal responsável pelo planejamento IX - arborização.
municipal, nos lados onde a gleba a urbanizar for contígua à
outra gleba onde já estiver implantado condomínio. (Redação
Art. 108. Serão exigidos para os condomínios
dada pela Lei Complementar Nº. 617, de 29/10/2008)
urbanizados, no que couber, as normas técnicas aplicáveis a
loteamentos e a edificações.

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SUBSEÇÃO II - DO SISTEMA VIÁRIO urbanizado será expedida no prazo máximo de 30 (trinta) dias
úteis, desconsiderado o lapso temporal entre a expedição da
Art. 109. Todas as vias particulares pertencentes notificação para efeito de documentação ou esclarecimento
ao condomínio, bem como as praças de manobra, deverão complementar e o seu atendimento.
atender às normas referentes às vias públicas definidas no
Plano Diretor e nesta Lei Complementar. Art. 116. Uma vez realizadas todas as obras e
serviços exigidos, a Prefeitura, a requerimento do interessado
Art. 110. As servidões de passagem que e após a devida fiscalização, expedirá o termo de verificação e
porventura gravem a gleba a edificar deverão ser garantidas concederá o “habite-se”, que poderá ser requerido
pelas novas vias de circulação. parcialmente para as unidades autônomas do
empreendimento.
SUBSEÇÃO III - DAS ÁREAS COMUNS
SUBSEÇÃO V - DA EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIOS
Art. 111. Deverão ser previstas áreas comuns para
implantação de equipamentos de lazer e comunitários que Art. 117. Não se consideram desmembramentos
atendam às seguintes condições mínimas: as divisões que tenham por objetivo extinguir, total ou
I - deverão perfazer a porcentagem mínima da área parcialmente, o condomínio proveniente de regular processo
total da gleba vinculada ao conjunto, conforme padrões de inventário, desde que o número de imóveis resultantes não
definidos no ANEXO III; ultrapasse o número de co-proprietários existentes.
II - até a extensão mínima exigida no inciso anterior,
deverão ter acesso por via interna de circulação de veículos; SEÇÃO II - DAS CHÁCARAS DE RECREIO
III - deverão ser descobertas 70% (setenta por cento),
no mínimo; e Art. 118. Para efeito desta Lei Complementar
IV - deverão dispor de construções comunitárias com consideram-se chácaras de recreio, as glebas parceladas em
área útil total proporcional ao empreendimento, conforme áreas não inferiores à parcela mínima adotada na Macrozona
padrão relativo por macrozona definidos no ANEXO III, sendo Rural Urbanizável definida no Plano Diretor e não exerçam
que nelas deverão estar presentes, obrigatoriamente, uma atividades rurais produtivas e/ou emitam nota fiscal de
zeladoria composta por, no mínimo sala-dormitório, cozinha, produtor rural.
banheiro e área de serviço e uma portaria.
Parágrafo único. No parcelamento de glebas em
§ 1º Não serão computadas nas áreas chácaras de recreio, não se aplicam as exigências referentes
descritas no caput, as vias internas, passeios e de à declividade das vias.
estacionamento. (Redação dada pela Lei Complementar Nº.
617, de 29/10/2008)
SEÇÃO III - DAS HABITAÇÕES ECONÔMICAS
§ 2º As vilas residenciais ficam dispensadas
das áreas previstas no caput deste artigo. (Redação dada Art. 119. Os projetos de habitações econômicas só
pela Lei Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) poderão ser fornecidos para serem edificados em terrenos não
superiores a 250m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados)
e que não se localizem em áreas impróprias para construção,
Art. 112. Todas as áreas de preservação devidamente aprovados pelo órgão municipal responsável por
permanente e de vegetação significativa deverão ser aprovações de edificações na forma da legislação em vigor.
preservadas conforme legislação vigente, devendo as mesmas
estar inseridas nas áreas comuns.
§ 1º O interessado, ao requerer o projeto à
municipalidade, que o fornecerá gratuitamente, deverá juntar a
Art. 113. Os taludes resultantes de movimentos de documentação necessária à sua aprovação, bem como
terra deverão atender aos parâmetros dispostos nesta Lei assinar termo em que se compromete a obedecer,
Complementar. rigorosamente, o projeto e as orientações do responsável
técnico pela execução da obra, sob pena de responsabilidade
SUBSEÇÃO IV - DA APROVAÇÃO e embargo da mesma.

Art. 114. Os projetos de Condomínio Urbanizado § 2º O interessado deverá comprovar, ao


deverão ser aprovados pelo órgão municipal responsável por tempo do requerimento mencionado no parágrafo anterior, que
aprovações de edificações, podendo, se necessário, ser é proprietário ou possuidor de um único terreno no qual se
consultado o órgão responsável pelo planejamento municipal requer a construção.
quanto aos aspectos urbanísticos.
§ 3º O projeto de habitação econômica
Parágrafo único. No caso da necessidade de somente poderá ser fornecido uma única vez para cada
Visto Prévio para aprovação do mesmo pelo órgão interessado abrangendo seus dependentes e seus familiares.
responsável pela aprovação de projetos de loteamentos
urbanos e implantação de núcleos habitacionais, públicos ou Art. 120. Fica o Executivo Municipal autorizado a
privados, em outras esferas de governo, o mesmo deverá ser realizar serviços de terraplanagem nos terrenos onde serão
emitido pelo órgão municipal responsável por aprovações de implantadas as habitações econômicas.
edificações com anuência do órgão responsável pelo
planejamento municipal.
Parágrafo único. Os serviços previstos no caput
deverão ser solicitados mediante requerimento do interessado,
Art. 115. A aprovação do projeto de condomínio e, no caso de pareceres favoráveis dos órgãos responsáveis

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por obras e serviços municipais, serão executados de acordo SUBSEÇÃO II - DO USO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS
com a programação e disponibilidade dos equipamentos da PARA IMPLANTAÇÃO E PASSAGEM DE
municipalidade, sempre acompanhado por um responsável EQUIPAMENTOS URBANOS
técnico.
Art. 125. O Município de Bragança Paulista
Art. 121. Fica concedida a isenção das taxas de poderá, por meio de permissão, a título precário e oneroso,
licença para construção, de expediente, de expedição de permitir o uso das vias públicas, inclusive do espaço aéreo e
alvarás, de alinhamento, de numeração, bem como de “habite- do subsolo e de obras de arte de domínio municipal, para
se” às construções caracterizadas como habitações implantação, instalação e passagem de equipamentos
econômicas, na forma das definições desta Lei Complementar. urbanos, conforme definições do Plano Diretor, destinados à
prestação de serviços de infra-estrutura por entidades de
Art. 122. Para dar cumprimento ao disposto nesta direito público ou privado, obedecidas as disposições desta Lei
seção, o Executivo Municipal poderá firmar convênios e/ou Complementar.
contratos com profissionais autônomos, escritórios ou
entidades de classe, visando a responsabilidade técnica dos Art. 126. Os projetos de implantação, instalação e
projetos, fornecimento de plantas, memoriais e placas, passagem de equipamentos urbanos nas vias públicas,
orientação e fiscalização técnica das obras, tudo conforme as inclusive espaço aéreo e subsolo e nas obras de arte de
exigências do Conselho Regional de Engenhara, Arquitetura e domínio municipal, dependerão de prévia aprovação do órgão
Agronomia (CREA) e da Associação Brasileira de Normas municipal responsável pelas obras públicas, em conjunto com
Técnicas (ABNT). o órgão responsável pelo planejamento municipal.

Art. 123. As despesas decorrentes do disposto Parágrafo único. Na execução das obras, os
nesta Seção, correrão por conta de dotações próprias cortes em pavimentação asfáltica ou em passeios deverão ser
consignadas no orçamento vigente, suplementadas se executados por meio de serras e somente na largura
necessário no exercício posterior. necessária.

SEÇÃO IV - DAS OCUPAÇÕES COM RESTRIÇÕES Art. 127. Compete ao Prefeito Municipal, ouvidos o
ESPECÍFICAS órgão municipal responsável pelas obras públicas e o órgão
responsável pelo planejamento municipal, além do órgão
SUBSEÇÃO I - DAS TORRES DE municipal responsável pelos assuntos jurídicos, a expedição
TELECOMUNICAÇÕES do Decreto de Permissão de Uso das áreas para os fins
previstos nesta Lei Complementar, com base no artigo 94, §
1º, da Lei Orgânica do Município de Bragança Paulista, e suas
Art. 124. As torres das antenas transmissoras de alterações.
telefonia celular que emitam radiações não ionizantes,
deverão estar instaladas de maneira que o ponto de emissão
de radiação da antena se situe, no mínimo, a 30m (trinta § 1º O Decreto de Permissão de Uso será
metros) de distância da divisa do imóvel onde estiver emitido subseqüentemente à aprovação do projeto e ao
instalada, respeitando-se os direitos garantidos no Código Civil depósito de caução, mediante recolhimento dos emolumentos
no que diz respeito à abrangência da propriedade. correspondentes.

§ 1º Cabe às concessionárias responsáveis § 2º O valor da caução corresponderá a 30


pela instalação das antenas mencionadas no caput (trinta) Unidades de Valor Municipal (UVAM) por metro
apresentarem aos serviços de Vigilância Sanitária, no prazo quadrado de área de intervenção.
de 60 (sessenta) dias da promulgação desta Lei
Complementar, a relação das antenas de transmissão de Art. 128. Havendo desconformidade entre o
telefonia celular instaladas no município constando endereço posicionamento aprovado e a sua execução, a entidade
completo, data da instalação e a comprovação, para cada responsável pela execução da obra ou serviço ficará
antena instalada, do atendimento aos limites de emissão e as compelida a refazê-la, suportando os custos decorrentes, além
distâncias em relação às divisas do lote, por meio de relatório de responder pelas perdas e pelos danos que tenha causado
de assinado por responsável técnico devidamente registrado. ou venha a causar ao Município, ou a terceiros, com a
readaptação imposta, sem prejuízo das demais sanções legais
§ 2º As antenas construídas em imóveis que cabíveis.
não atendam aos parâmetros determinados no caput deverão
apresentar relatórios conclusivos ao serviço de Vigilância Parágrafo único. Na hipótese de o interessado
Sanitária das Direções Regionais de Saúde - VISA/DIR num estar impedido de executar o projeto aprovado, por razões
prazo de 120 (cento e vinte) dias da promulgação desta Lei alheias à sua vontade, deverá comunicar tal fato ao órgão
Complementar, inclusive sobre os níveis de radiação emitidos municipal responsável pelas obras públicas, que procederá à
dentro das propriedades vizinhas. análise do assunto, de forma a atender ao interesse público e
expedirá determinações pertinentes.
§ 3º Cabe aos órgãos de vigilância sanitária
competentes, nas esferas municipal e estadual, a execução Art. 129. Serão de responsabilidade exclusiva da
das ações para atendimento ao disposto nesta Lei entidade interessada quaisquer danos ou prejuízos causados,
Complementar e em outras cabíveis. inclusive a terceiros, pela execução de obras e serviços,
mesmo que advindos de atos praticados involuntariamente.

Art. 130. O preço público pela utilização das vias


públicas, inclusive espaço aéreo e subsolo, a ser pago pelas

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entidades de direito público e privado, para implantação, projeto na execução da obra ou serviço, e será de 20% (vinte
instalação e passagem de equipamentos urbanos, destinados por cento) do valor da prestação pecuniária mensal da
à prestação de serviços de infra-estrutura urbana, será entidade infratora.
representado por contribuição pecuniária e calculado de
acordo com a seguinte fórmula: Vm = E x L x P x C, sendo: § 3º A pena de suspensão da aprovação de
Vm = valor mensal novos projetos será aplicada pelo órgão responsável pela
E = extensão da rede, em metros lineares aprovação do projeto à entidade de direito público ou privado
L = largura da faixa (largura mínima de um metro, contada a sempre que, injustificadamente, persistir a infração referida no
cada décimo de unidade acima dessa medida) parágrafo anterior por um período superior a 30 (trinta) dias.
P = preço público, em UVAM por metro quadrado
C = coeficiente por tipo de utilização, que será de: § 4º Da aplicação da multa prevista nos §§ 2º e
a) Redes aéreas = 0,75; 3º, caberá defesa ao órgão municipal responsável pelas obras
b) Redes subterrâneas sob passeios públicos = 0,30; e públicas no prazo de 15 (quinze) dias.
c) Redes subterrâneas sob demais áreas = 1,00.
§ 5º Do despacho que decidir sobre a defesa
§ 1º O valor “L” da fórmula constante no caput apresentada, caberá recurso, em caso de indeferimento, ao
deste artigo terá uma largura mínima, para efeito de cálculo e Prefeito Municipal.
de cobrança, de 0,30m (trinta centímetros), mesmo que a
largura da faixa seja fisicamente menor. (Redação dada pela § 6º Caberá ainda ao Prefeito Municipal, após
Lei Complementar Nº. 618, de 07/11/2008) despacho do órgão municipal responsável pelas obras
públicas, deliberar sobre a aplicação da sanção.
§ 2º A prestação pecuniária mensal relativa a
armários óticos, contêineres e outros será cobrada Art. 133. Serão considerados dispostos
considerando-se o volume ocupado pelo equipamento clandestinamente os equipamentos implantados em
instalado na área pública, na razão de 10 UVAM por metro desconformidade com o estabelecido nesta Lei
cúbico, e o volume mínimo igual a um metro cúbico, contado a Complementar.
cada décimo de unidade acima dessa medida.
§ 1º As entidades de direito público ou privado
§ 3º O valor “P” da fórmula constante no caput estarão sujeitas à perda dos equipamentos implantados
deste artigo corresponderá a 0,1 UVAM, atualizado clandestinamente, por decisão do Secretário do órgão
anualmente pelo maior índice de inflação divulgado pelos municipal responsável pelas obras públicas, ouvidos,
órgãos oficiais. previamente, as suas divisões técnicas e o órgão responsável
pelo planejamento municipal, assegurando-se o direito de
§ 4º O valor mensal da contribuição pecuniária apresentar razões de defesa por notificação específica sobre o
deverá constar no Decreto de Permissão de Uso. fato.

§ 5º Incumbe ao requerente a apresentação § 2º Em caso de impossibilidade de retirada do


dos documentos e elementos para subsidiar o seu equipamento do local onde foi disposto clandestinamente, será
enquadramento na classificação estabelecida nesta Lei cobrada multa equivalente ao dobro da contribuição pecuniária
Complementar, podendo o órgão responsável pela aprovação prevista para o fato, até cessar a irregularidade,
do projeto exigir, quando necessário, a apresentação de independentemente de outras providências cabíveis.
outros documentos.
§ 3º Para fins de cálculo em dobro, será
Art. 131. O pagamento da contribuição será feito considerada a data da publicação da presente Lei
mensalmente, tendo o vencimento no décimo quinto dia do Complementar ou da instalação do equipamento, se
mês, subseqüente ao vencido. devidamente comprovada essa data.

Parágrafo único. O pagamento da contribuição Art. 134. As entidades de direito público ou privado
poderá ser feito em cota anual, com desconto de 10% (dez por deverão encaminhar ao órgão municipal responsável pelas
cento), desde que obedecido o valor anual correspondente. obras públicas, até 10 (dez) de março de cada exercício, os
eventuais planos de expansão de suas instalações, para que
Art. 132. A desobediência injustificada às se compatibilizem os respectivos interesses quando da
disposições constantes na presente Lei Complementar apresentação dos projetos específicos.
sujeitará o infrator às seguintes penalidades:
I - advertência; Art. 135. As entidades de direito público ou
II - multa; e privado, que tenham equipamentos de sua propriedade já
III - suspensão de aprovação de novos projetos. implantados, em caráter permanente, nas vias públicas,
espaço aéreo e subsolo e nas obras de arte do Município,
§ 1º A advertência será aplicada pelo órgão fornecerão ao órgão municipal responsável pelas obras
municipal responsável pelas obras públicas, em razão da públicas, cópia dos elementos necessários à apuração da
inobservância das disposições desta Lei Complementar. contribuição pecuniária mensal devida, de acordo com a
presente Lei Complementar, os quais serão analisados pela
mesma, que aprovará os elementos apresentados para os fins
§ 2º A multa diária será aplicada pelo órgão desta Lei Complementar.
municipal responsável pelas obras públicas, sempre que as
entidades de direito público ou privado não atenderem à
notificação do órgão fiscalizador, quando da inobservância do § 1º As entidades de direito público ou privado
terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para cumprir o

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disposto neste artigo, contados a partir da publicação desta SUBSEÇÃO IV - DA ZONA ESPECIAL DO CENTRO
Lei Complementar. TRADICIONAL

§ 2º A contribuição pecuniária será devida Art. 141. Fica criada a zona especial do centro
pelas entidades de direito público ou privado, que se tradicional, compreendida pelos imóveis situados no perímetro
enquadrem no caput, a partir da publicação desta Lei do centro tradicional, delimitado conforme definição do Plano
Complementar. Diretor.

§ 3º Decorrido o prazo estipulado no § 1º sem Art. 142. Para a zona criada nesta Subseção,
que as entidades cumpram a determinação contida neste ficam adotados os índices urbanísticos relativos à Macrozona
artigo, o valor mensal da contribuição pecuniária será arbitrado Urbana definidos no Plano Diretor, exceto a taxa de ocupação
de acordo com os elementos disponíveis na Prefeitura e que poderá atingir o máximo de 85% (oitenta e cinco por
cobrado em dobro até o cumprimento. cento) e o gabarito de altura sem limite máximo, desde que
obedecidos aos parâmetros construtivos e de recuos exigidos.
§ 4º Transcorridos 180 (cento e oitenta) dias da
data da publicação desta Lei Complementar e havendo § 1º Fica estabelecido o gabarito máximo de 8
descumprimento do estabelecido neste artigo, a entidade (oito) pavimentos acima do nível mais alto do meio fio das
perderá o direito à aprovação de novos projetos. testadas do imóvel com frente para as ruas Coronel João
Leme, Coronel Teófilo Leme, Coronel Assis Gonçalves, Santa
Art. 136. A presente Lei Complementar não é Clara, Dom Aguirre, Doutor Clemente Ferreira, Nicolino
aplicável no caso de uso de vias públicas, espaço aéreo, Nacaratti, Antonio da Cruz, Riachuelo, Professor Luiz Nardy,
subsolo e obras de arte do município, por entidades de direito Monsenhor Kholy, Coronel Ladislau Leme, Expedicionário
público do Município e por aquelas que, por expressa Basílio Zecchin, Doutor Tosta e as travessas Itália, São Luiz,
determinação de lei, estejam ou venham a ser consideradas Santa Madalena e Santa Helena, nos limites em que estão
isentas. inseridas na zona especial do centro tradicional, conforme
regulamentação do Plano Diretor.
Art. 137. Os valores arrecadados pelos serviços
e/ou multas definidos na presente Subseção, deverão fazer § 2º Para os imóveis situados dentro do
parte do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano. perímetro formado pela Rua Dona Carolina, Rua Barão de
Juqueri, Rua Doutor Cândido Rodrigues, Praça Raul Leme,
Praça José Bonifácio, Rua Coronel Osório, Praça Jacinto
Art. 138. As contribuições pecuniárias mensais, Domingues, Rua da Liberdade e Avenida Antonio Pires
bem como as penalidades decorrentes de infrações criadas Pimentel e que façam frente para os referidos logradouros,
pela presente Lei Complementar, não poderão ser objeto de admite-se para edificações que sejam destinadas à atividades
isenção ou remissão. comerciais e/ou de prestação de serviços, taxa de ocupação
de 100% (cem por cento).
Art. 139. Os casos omissos serão resolvidos pelo
órgão municipal responsável pelas obras públicas, ouvido o Art. 143. Fica definido para esta zona, o uso do
órgão responsável pelo planejamento municipal, sendo a solo misto nível 4 (M4), exceto as áreas demarcadas como
decisão final do Prefeito Municipal. residencial nível 2 (R2) no ANEXO V desta Lei Complementar.

SUBSEÇÃO III - DAS ZONAS ESPECIAIS DE Art. 144. Fica delimitada a área de proteção da
INTERESSE SOCIAL torre de retransmissão e repetição de sinais de televisão
situada no Parque Luiz Gonzaga da Silva Leme (Jardim
Art. 140. Zonas Especiais de Interesse Social Público), com delimitação 1.000m (mil metros) de diâmetro,
(ZEIS) são as áreas públicas ou privadas, destinadas aos centradas nas coordenadas de localização da antena de
segmentos da população de baixa renda ou em situação de retransmissão (UTM= 342.264E, 7.459.818N).
vulnerabilidade social, caracterizadas no Plano Diretor e nesta
Lei Complementar, prioritárias no atendimento a programas e § 1º As edificações que se situem dentro dos
projetos habitacionais, podendo nelas haver atividades limites configurados no caput, independentemente da zona em
comerciais e de prestação de serviços de âmbito local de uso que se situem, poderão atingir o gabarito máximo de altura
cotidiano. correspondente à cota de implantação da base da antena (RN
875m) mais 12 (doze) metros.
§ 1º As ZEIS são subdivididas em 3 (três),
como segue: (Redação dada pela Lei Complementar Nº. § 2º Para a instalação de obstáculos que
617, de 29/10/2008) ultrapassem os parâmetros previstos no parágrafo anterior,
I - ZEIS1: conforme definições do Plano Diretor; ficam os mesmos submetidos à análise de viabilidade técnica,
II - ZEIS2: conforme definições do Plano Diretor; e a fim de se comprovar a não obstrução dos cones de proteção
III - ZEIS3: são as áreas ainda não urbanizadas da antena mencionada, devendo o pedido ser assinado por
destinadas à promoção da habitação de interesse social por responsável técnico credenciado junto ao Ministério das
meio de programas habitacionais para o suprimento do déficit Comunicações, e anuído pelas geradoras de televisão.
habitacional.
§ 3º A existência de obstáculos já consumados
§ 2º Os índices urbanísticos para as ZEIS na data da aprovação desta Lei Complementar e que não
deverão ser os mesmos previstos para a Macrozona de obedeçam a presente norma, não será motivo de
Interesse Social constantes do Plano Diretor. (Redação dada obrigatoriedade de autorização para a implantação de novos
pela Lei Complementar Nº. 617, de 29/10/2008) obstáculos.

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SUBSEÇÃO V - DA ZONA ESPECIAL DE PROTEÇÃO SEÇÃO V - DOS DISTRITOS INDUSTRIAIS


DO AEROPORTO
Art. 148. Todas as indústrias do Município deverão
Art. 145. Fica criada a zona de especial de ser classificadas de acordo com critérios de impacto físico no
proteção do Aeroporto de Bragança Paulista “Arthur Siqueira”, ambiente, conforme ANEXO VII integrante desta Lei
onde os projetos de edificações somente serão aprovados Complementar.
mediante autorização prévia do Ministério da Aeronáutica com
restrições específicas, de acordo com os parâmetros das § 1º A indústria terá como indicador da
normas aeronáuticas pertinentes. classificação do nível de atividade o preenchimento de todos
os critérios apontados na tabela do ANEXO VII.
§ 1º As restrições a que se refere o caput são
relativas ao uso das propriedades quanto a edificações, § 2º Se no enquadramento de nível de
instalações, culturas agrícolas e objetos de natureza classificação da atividade ocorrer interpenetração de variáveis
permanente ou temporária, e tudo mais que possa embaraçar de níveis diversos, será considerada como determinante a
as operações de aeronaves ou causar interferência nos sinais classe de variável que penetrar no maior nível.
dos auxílios à radionavegação ou dificultar a visibilidade de
auxílios visuais.
§ 3º Os valores atribuídos aos diferentes
critérios de impacto físico no ambiente podem ser
§ 2º Ficam delimitadas no ANEXO V desta Lei reformulados por Decreto do Poder Executivo, sempre que
Complementar, as curvas de nível de ruído 1 e 2 e as áreas inovações tecnológicas o recomendarem.
nelas contidas, conforme os parâmetros legais pertinentes.
§ 4º As indústrias que fabricam pão, não
§ 3º As alterações dos projetos previamente necessitam observar ao critério de horário de trabalho do
autorizados pelo Ministério da Aeronáutica, poderão ser ANEXO VII.
autorizadas pela Prefeitura, desde que não contraponham os
parâmetros definidos na primeira aprovação, devidamente
comprovados, especialmente nos quesitos relativos ao Art. 149. Os loteamentos industriais deverão
gabarito de altura e a especificação do uso pretendido à atender as normas para loteamentos definidas na presente Lei
edificação, permitindo-se inclusive, a substituição de projeto Complementar, bem como as referentes aos Distritos
aprovado quando o mesmo tenha domínio de outro Industriais.
proprietário.
Art. 150. Ao redor dos novos distritos industriais
SUBSEÇÃO VI - DAS ZONAS ESPECIAIS DE deverá ser prevista uma faixa sanitária com tratamento
AMPLIAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA URBANA paisagístico adequado, a fim de garantir a qualidade de vida
na unidade de vizinhança.
Art. 146. Ficam criadas as Zonas Especiais de
Ampliação da Infra-estrutura Urbana no Município, com a § 1º O tratamento paisagístico deverá ser
finalidade de reserva de áreas estratégicas para a implantação executado com espécies arbóreas preferencialmente nativas e
de áreas de interesse público, equipamentos urbanos, com densidade conforme parâmetros referentes ao replantio
ampliação e reestruturação do sistema viário, reservas de florestal, sendo que no caso de distritos industriais privados
preservação ambiental, entre outros equipamentos similares, sob a forma de loteamentos, o projeto paisagístico deverá ser
conforme delimitadas no ANEXO V. apresentado no ato do Visto Prévio.

Parágrafo único. Para os lotes localizados nas § 2º A largura dessa faixa varia de acordo com
zonas criadas no caput, fica garantido à Prefeitura o direito de a classificação da indústria conforme ANEXO VII e deverá ser
preempção, conforme definições no Plano Diretor. de, no mínimo:
a) 10m (dez metros) no caso de indústrias classificadas
como do tipo 1, 2 ou 3; e
SUBSEÇÃO VII - DAS ZONAS ESPECIAIS PARA b) 30m (trinta metros) no caso de indústrias classificadas
IMPLANTAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS DE POLÍTICA como do tipo 4, 5 ou 6.
CRIMINAL E EDUCACIONAL DOS INFRATORES
§ 3º As faixas sanitárias mencionadas no caput
Art. 147. Os estabelecimentos prisionais, os não poderão estar posicionadas em fundos de lotes, devendo
estabelecimentos de recuperação de infratores, os ter frente para via pública de circulação de veículos.
estabelecimentos de tratamento psiquiátrico de infratores ou
cumpridores de medida de segurança, os estabelecimentos de
abrigo e/ou ressocialização de menores, nos termos do § 4º Poderão ser incorporadas nas faixas de
Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como outros que trata o caput deste artigo, desde que a unidade de
estabelecimentos de interpretação analógica, serão admitidos vizinhança tenha uso exclusivamente comercial, os recuos
em zonas especiais, não residenciais ou mistas, onde assim exigidos para as edificações industriais em que neles haja
indicar os termos do decreto permissivo de edificação, tratamento paisagístico, bem como o sistema viário contíguo.
exarado pelo Poder Executivo, após regular tramitação do
projeto, cumprindo indicação efetuada pelo órgão responsável SEÇÃO VI - DOS PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO
pelo planejamento municipal, para cada tipo de
enquadramento. Art. 151. Nenhum projeto de ocupação ou
modificação do uso do solo que possa se transformar em pólo
gerador de tráfego poderá ser aprovado sem a prévia emissão
de Certidão de Diretrizes Viárias pelo órgão municipal

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responsável pelo ordenamento do trânsito nas vias públicas e § 4º Os estabelecimentos que exploram
sem que no projeto constem as áreas para estacionamento e comercialmente suas vagas e todos aqueles que possuam
indicação das vias de acesso adequadas. mais de 10 (dez) vagas terão, obrigatoriamente, entrada e
saída independentes. (Redação dada pela Lei
Art. 152. Considera-se pólo gerador de tráfego Complementar Nº. 617, de 29/10/2008)
permanente ou transitório aquele que, pela concentração da
oferta de bens ou serviços, gere grande afluxo de população Art. 156. Nenhuma edificação poderá ter acesso a
e/ou veículos, com substancial interferência no tráfego do áreas de estacionamento e/ou garagens em uma distância
entorno, necessitando de grandes espaços para circulação de menor do que 5m (cinco metros) da intersecção da curva de
automóveis, estacionamento, carga e descarga, ou esquina.
movimentação de embarque e desembarque de pessoas.
§ 1º Esta distância será aumentada para 10m
Art. 153. Classificam-se também como pólo (dez metros) quando o acesso estiver posicionado em vias
gerador de tráfego: arteriais ou maiores.
I - as atividades não residenciais que tenham previsão
de oferta de vagas de estacionamento em número igual ou § 2º Somente em casos de impossibilidade
superior a: técnica comprovada ou de edificações existentes aprovadas
a) 100 (cem) em qualquer região do município; ou cadastradas, a Prefeitura poderá garantir o direito de
b) 50 (cinqüenta) quando localizadas no centro tradicional, acesso ao imóvel sem o atendimento dessas restrições.
conforme definido no Plano Diretor; e
II - as edificações, independentemente do local ou zona
em que se situem, que ultrapassem os limites de área ou § 3º A restrição prevista no caput deste artigo
capacidade, assim estabelecidos conforme segue: não se aplica a unidades residenciais unifamiliares.
a) prestação de serviços de educação, prática de exercício
físico ou esporte, clubes e similares: 1500m² (mil e quinhentos Art. 157. Para o exercício de atividade em
metros quadrados) ou mais de área construída, excluídas as edificações enquadradas como pólo gerador de tráfego,
áreas de estacionamento e garagem; deverá ser protocolado junto ao órgão municipal responsável
b) prestação de serviços de saúde: 4500m² (quatro mil e pelo ordenamento do trânsito nas vias públicas, pedido de
quinhentos metros quadrados) ou mais de área construída, Certidão de Diretrizes Viárias que será instruído, analisado e
excluídas as áreas de estacionamento e garagem; nela definida:
c) habitação: 300 (trezentos) veículos ou mais; I - as características e dimensionamento dos
d) estacionamentos comerciais coletivos e locais de revenda dispositivos de acesso de veículos e pedestres, com
de veículos: 50 (cinqüenta) vagas ou mais; e respectivas áreas de acomodação e acumulação;
e) locais de reunião, atividades e serviços públicos de caráter II - as características e dimensionamento das áreas de
especial e/ou temporários: 300 (trezentas) pessoas ou mais. embarque e desembarque de passageiros e pátio de carga e
descarga;
Art. 154. Na implantação de atividades ou em III - previsão, dimensionamento e disposição de vagas
projetos de revitalização ou conservação em edificações de estacionamento;
existentes, caso seja impossível a viabilização do número de IV - o impacto do pólo gerador de tráfego sobre a
vagas obrigatórias para novas edificações determinadas no operação do sistema viário e de transportes; e
Plano Diretor, poderão ser aceitas vagas em estacionamentos V - as obras e serviços necessários para a minimização
ou edifícios garagem localizados em áreas adjacentes num do impacto no sistema viário, quando for o caso, sendo que os
raio de 150m (cento e cinqüenta metros), devidamente mesmos poderão ser efetuados na modalidade de operação
comprovada a disponibilidade de uso garantido por meio de urbana consorciada, conforme definições de lei específica.
contrato de locação.
Art. 158. Nos casos de comércio e prestação de
Art. 155. Para efeitos desta Lei Complementar as serviços de âmbito local de uso cotidiano que se enquadrem
vagas de garagem demarcadas terão dimensões mínimas de no inciso I do art. 99 desta Lei Complementar, as vagas
2,35m (dois metros e trinta e cinco centímetros) por 4,75m exigidas serão na mesma proporção às exigidas para
(quatro metros e setenta e cinco centímetros), e as vagas não residências.
demarcadas terão 25m² (vinte e cinco metros quadrados), com
dimensão mínima de 5m (cinco metros).
TÍTULO III - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

§ 1º As vagas de garagem demarcadas


deverão ser providas de área suficiente, dentro das divisas do CAPÍTULO I - DO ENQUADRAMENTO DA CONDUTA
imóvel, para manobras, ficando proibida a manobra em via
pública, exceto nos casos em que a vaga tenha saída direta
Art. 159. Qualquer parcelamento do solo para fins
para a via pública.
urbanos nas formas previstas nesta Lei Complementar, só
poderá ser executado após a Prefeitura emitir a aprovação do
§ 2º As vagas implantadas em sistema coletivo projeto e conceder o alvará para a execução das obras.
com manobrista obedecerão ao exigido para vagas não
demarcadas.
Parágrafo único. Qualquer obra relativa a
parcelamento do solo que se iniciarem ou se concluírem sem
§ 3º Toda vaga de estacionamento demarcada a aprovação da Prefeitura ficam sujeitas aos embargos
deverá estar vinculada a uma unidade privativa de edificação administrativos e demolição, sem prejuízo das demais
coletiva, o que poderá ser comprovado por meio de definição cominações legais, havendo necessária representação do seu
em planta ou memorial descritivo ou de minuta de condomínio. responsável técnico ao órgão regulador da atividade
profissional.

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SEÇÃO I - DAS INFRAÇÕES III - nível 3: 1 UVAM/m²;


IV - nível 4: 10 UVAM/m²;
Art. 160. A infração a qualquer dispositivo desta V- multa diária: 100 UVAM/dia; e
Lei Complementar poderá acarretar, sem prejuízo das VI - multa imediata: 500 UVAM.
medidas de natureza civil e criminal previstas nas respectivas
legislações, a aplicação das seguintes medidas: Parágrafo único. As multas definidas no caput
I - notificação ao infrator para regularização no prazo serão aplicadas pelo órgão responsável pela fiscalização de
máximo de 15 (quinze) dias; obras e/ou posturas municipais, tendo sua destinação o Fundo
II - embargo imediato, nos casos de infração que Municipal de Desenvolvimento Urbano.
implique em risco à segurança ou incômodo às unidades de
vizinhança sem as devidas medidas preventivas, com a Art. 164. Para assegurar a paralisação de serviços
conseqüente aplicação da multa e expedição da competente na obra embargada, a Prefeitura poderá, se for o caso,
notificação ao infrator para regularização da situação no prazo solicitar apoio da força policial, além de poder também cobrar
que lhe for determinado; multa cominatória por dia de descumprimento.
III - multa;
IV - interdição do imóvel e/ou embargo da obra; e
V - demolição por parte do proprietário das partes em Art. 165. A Prefeitura poderá determinar
desacordo com as disposições desta Lei Complementar, sem fiscalização de plantão para atuar à noite e finais de semana,
custos à Prefeitura. a fim de coibir e garantir a paralisação de atividades que
contrariem esta Lei Complementar.
Art. 161. O decurso do prazo de atendimento da
notificação sem que tenha sido regularizada a situação que lhe Art. 166. A aplicação das penalidades previstas
deu causa, acarretará a aplicação de multa e a interdição do nesta Seção não dispensa o atendimento às disposições desta
imóvel e/ou da obra. Lei Complementar e de outras normas complementares, bem
como não desobriga o infrator a ressarcir eventuais danos
resultantes da infração, na forma da legislação vigente.
SEÇÃO II - DAS PENALIDADES

Art. 162. São as seguintes infrações passíveis de TÍTULO IV - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
multas:
I - executar obras em desacordo com as normas
técnicas desta Lei Complementar: multa nível 4; CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
II - executar qualquer obra de parcelamento sem o
respectivo alvará : multa nível 3; Art. 167. As normas criadas neste Código
III - executar obras de parcelamento sem prevalecerão sobre as normas registradas dos loteamentos
responsabilidade de profissional regularmente habilitado e existentes que se descaracterizaram do projeto original.
registrado na Prefeitura: multa nível 3;
IV - anunciar, por qualquer meio, a venda, promessa ou
Parágrafo único. Os loteamentos com o
a cessão de direitos relativos a imóveis, com pagamento à
adequado cumprimento das normas estipuladas no projeto
vista ou a prazo, sem aprovação do parcelamento: multa nível
aprovado terão respeitadas suas normas próprias.
2;
V - faltar com as precauções necessárias para a
segurança de pessoas ou propriedades, ou de qualquer forma, Art. 168. Fica dispensada a fase de fixação de
danificar ou acarretar prejuízo a logradouros públicos, em diretrizes para parcelamentos do solo, devendo ser
razão da execução de obras: multa nível 1, além da reparação protocolado para análise, apenas o pedido de Visto Prévio.
do dano;
VI - descumprir o cronograma de execução das obras Art. 169. A implantação de atividade de relevante
de parcelamento complexo, ocasionando o atraso no seu interesse público em zona de uso diverso do previsto nesta Lei
andamento: multa nível 1; Complementar poderá, em casos específicos, ser efetuada
VII - não anunciar na entrada do loteamento fechado por mediante decreto do Poder Executivo, ouvindo-se o Conselho
meio de placa conforme art. 74: multa diária desde a Municipal da Cidade e de Política Urbana de Bragança
notificação até a colocação da(s) placa(s); Paulista (CONCIDADE).
VIII - fazer o uso irregular de imóvel com relação às
atividades nele permitidas, após notificação para paralisação
Art. 170. Os usos não previstos nesta legislação
da atividade e/ou adequação da mesma: multa imediata; e serão analisados pelo órgão responsável pelo planejamento
IX - construção de qualquer tipo de obstáculo em
municipal, aplicando o princípio da analogia.
desrespeito ao preceituado no art. 144: multa imediata mais
demolição ou reforma do obstáculo.
Art. 171. Quando um lote localizar-se em mais de
uma zona de uso, será adotada como oficial aquela onde o
Parágrafo único. A penalidade não exime o
imóvel apresentar maior proporção, exceto nos corredores
cumprimento da obrigação nem a conseqüência jurídica da
comerciais, onde as zonas comerciais ou mistas prevalecerão.
prática irregular.
Parágrafo único. O imóvel que apresentar
Art. 163. As multas para as obras de parcelamento
proporções equivalentes em mais de uma zona de uso, poderá
do solo serão aplicadas sobre a área total do parcelamento e
o proprietário adotar a que melhor lhe convier.
os valores serão calculados com base na UVAM (Unidade de
Valor Municipal) e classificados como seguem:
I - nível 1: 0,01 UVAM/m²; Art. 172. Serão admitidos abrigos para automóveis
II - nível 2: 0,1 UVAM/m²; nos recuos frontais dos imóveis, salvo quando a norma do
loteamento, arquivada no Cartório de Registro de Imóveis,

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trouxer proibição expressa neste sentido, não sendo os § 1º Os loteamentos que foram fechados sem a
mesmos considerados como corpo principal da edificação. devida permissão de uso das áreas públicas e encontram-se
em situação irregular deverão enquadrar-se nas exigências
Parágrafo único. Para as atividades comerciais e desta Lei Complementar, sob pena das sanções cabíveis,
de prestação de serviços, os abrigos e garagens construídos, além da atuação administrativa de liberação da área.
conforme mencionados no caput, poderão somente
permanecer como estacionamento coberto e não sendo § 2º Os loteamentos que se enquadrem no
passíveis de integrar base de cálculo para fixação de valor de parágrafo anterior terão 180 (cento e oitenta) dias de prazo
indenização no caso de ampliação do sistema viário. para desencadear os procedimentos para a sua regularização,
contados a partir da promulgação desta Lei Complementar,
Art. 173. Em caso de divergência de interpretação sob pena de serem compelidos a remover o fechamento.
das disposições normativas compreendidas nesta Lei
Complementar, prevalecerá sempre aquela que melhor Art. 176. As construções com características
atender o interesse público, considerado a coletividade como comerciais, industriais e de prestação de serviços existentes
um todo. até a data de promulgação da presente Lei Complementar,
aprovadas e cadastradas pela Prefeitura e que se tornem
Art. 174. Os conteúdos dos alvarás, laudos, incompatíveis em função das novas zonas de uso, terão
estudos, relatórios, pareceres e demais manifestações respeitados os seus direitos adquiridos.
administrativas, previstas nesta Lei Complementar como na do
Plano Diretor, e ainda inexistentes nos procedimentos Art. 177. Esta Lei Complementar entra em vigor na
municipais, serão regulamentados por Decreto Municipal data de sua publicação, revogadas as disposições em
específico. contrário, especialmente as Leis Complementares n°s 108, de
10 de novembro de 1995, 223, de 28 de abril de 1999, 228, de
Parágrafo único. Os procedimentos existentes 12 de maio de 1999, 241, de 9 de dezembro de 1999, 257, de
que se aproveitam aos termos previstos nesta Lei 18 de fevereiro de 2000, 300, de 23 de outubro de 2000, 323,
Complementar, continuam válidos e como se encontram, até de 26 de julho de 2001, 345, de 24 de abril de 2002, 381, de
que regulamentação do Executivo não disponha em contrário. 13 de maio de 2003, e 432, de 30 de junho de 2004, e as Leis
n°s 1.945, de 2 de janeiro de 1984, 1.946, de 2 de janeiro de
1984, 1.987, de 28 de novembro de 1984, 2.209, de 11 de
CAPÍTULO II - DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS dezembro de 1987, 2.985, de 12 de dezembro de 1996, 3.038,
de 2 de outubro de 1997, 3.069, de 5 de fevereiro de 1998,
3.137, de 26 de outubro de 1998, 3.182, de 15 de junho de
Art. 175. No caso de loteamento existente 1999, e 1.589, de 10 de fevereiro de 1978.
aprovado até a data da promulgação da presente Lei
Complementar, será permitido o fechamento do mesmo e o Bragança Paulista, 20 de Julho de 2007.
enquadramento na modalidade de Loteamento Fechado,
desde que atendam os incisos I, II e IV do art. 71. Dr. JOÃO AFONSO SÓLIS
Prefeito Municipal

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA PAULISTA

ÍNDICE
TÍTULO I - DO PARCELAMENTO DO SOLO.......................................................................................................... 1

CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS..................................................................................................... 1


SEÇÃO I - DAS ÁREAS PÚBLICAS............................................................................................................. 2
SUBSEÇÃO I - DAS ÁREAS INSTITUCIONAIS..................................................................................... 2
SUBSEÇÃO II - DO SISTEMA VIÁRIO................................................................................................... 3
SUBSEÇÃO III - DAS ÁREAS VERDES E DO SISTEMA DE LAZER .................................................... 4
CAPÍTULO II - DAS MODALIDADES DE PARCELAMENTO DO SOLO ........................................................... 5
SEÇÃO I - DO DESMEMBRAMENTO, DA UNIFICAÇÃO E DO DESDOBRO ............................................ 5
SEÇÃO II - DO LOTEAMENTO .................................................................................................................... 5
SUBSEÇÃO I - DAS DIRETRIZES E DO VISTO PRÉVIO ..................................................................... 6
SUBSEÇÃO II - DA APROVAÇÃO DO PROJETO ................................................................................. 6
SUBSEÇÃO III - DA EXECUÇÃO DO LOTEAMENTO ........................................................................... 7
SUBSEÇÃO IV - DO RECEBIMENTO DAS OBRAS .............................................................................. 7
SEÇÃO III - DO LOTEAMENTO FECHADO ................................................................................................ 8
CAPÍTULO III - DA REGULARIZAÇÃO DE PARCELAMENTOS DO SOLO ..................................................... 9
TÍTULO II - DO ZONEAMENTO ............................................................................................................................ 10

CAPÍTULO I - DA DIVISÃO DO TERRITÓRIO EM ZONAS............................................................................. 10


SEÇÃO I - DA CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES .......................................................................... 11
CAPÍTULO II - DO USO DO SOLO.................................................................................................................. 11
CAPÍTULO III - DA OCUPAÇÃO DO SOLO .................................................................................................... 13
SEÇÃO I - DO CONDOMÍNIO URBANIZADO ........................................................................................... 13
SUBSEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ..................................................................................... 13
SUBSEÇÃO II - DO SISTEMA VIÁRIO................................................................................................. 14
SUBSEÇÃO III - DAS ÁREAS COMUNS.............................................................................................. 14
SUBSEÇÃO IV - DA APROVAÇÃO ...................................................................................................... 14
SUBSEÇÃO V - DA EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIOS .......................................................................... 14
SEÇÃO II - DAS CHÁCARAS DE RECREIO ............................................................................................. 14
SEÇÃO III - DAS HABITAÇÕES ECONÔMICAS ....................................................................................... 14
SEÇÃO IV - DAS OCUPAÇÕES COM RESTRIÇÕES ESPECÍFICAS ...................................................... 15
SUBSEÇÃO I - DAS TORRES DE TELECOMUNICAÇÕES ................................................................ 15
SUBSEÇÃO II - DO USO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS PARA IMPLANTAÇÃO E PASSAGEM DE
EQUIPAMENTOS URBANOS .............................................................................................................. 15
SUBSEÇÃO III - DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL ................................................. 17
SUBSEÇÃO IV - DA ZONA ESPECIAL DO CENTRO TRADICIONAL................................................. 17
SUBSEÇÃO V - DA ZONA ESPECIAL DE PROTEÇÃO DO AEROPORTO ........................................ 18
SUBSEÇÃO VI - DAS ZONAS ESPECIAIS DE AMPLIAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA URBANA...... 18
SUBSEÇÃO VII - DAS ZONAS ESPECIAIS PARA IMPLANTAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS DE
POLÍTICA CRIMINAL E EDUCACIONAL DOS INFRATORES............................................................. 18
SEÇÃO V - DOS DISTRITOS INDUSTRIAIS ............................................................................................. 18

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SEÇÃO VI - DOS PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO .......................................................................... 18


TÍTULO III - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES ................................................................................................ 19

CAPÍTULO I - DO ENQUADRAMENTO DA CONDUTA .................................................................................. 19


SEÇÃO I - DAS INFRAÇÕES..................................................................................................................... 20
SEÇÃO II - DAS PENALIDADES ............................................................................................................... 20
TÍTULO IV - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS .............................................................................. 20

CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS..................................................................................................... 20


CAPÍTULO II - DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS..................................................................................... 21

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