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LIÇÃO 7
T
emos, neste capítulo, um resumo da marcha da história bíblica, de
conformidade com o Antigo e Novo Testamento, tendo em vista apenas
o povo de Deus. A história dos demais povos bíblicos e outros afins
pertence a outro estudo. Por povo de Deus queremos dizer: os fiéis de Deus
em todos os tempos, compreendendo judeus e gentios.
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LIÇÃO 7: A SEQÜÊNCIA DA HISTÓRIA BÍBLICA 91
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A Época Pré-Abraâmica
2. A Época de Israel
3. Da Conquista de Canaã à Monarquia
4. O Reino Dividido
5. O Cativeiro Babilônico do Reino de Judá
6. Profetas do Reino do Sul
7. Restauração Pós-Cativeiro
OBJETIVOS DA LIÇÃO
5. Dizer a razão porque Deus permitiu que Israel fosse levado cativo
para a Babilônia;
TEXTO 1
A ÉPOCA PRÉ-ABRAÂMICA
1. Período Antediluviano;
2. Do dilúvio a Abraão.
O Período Antediluviano
Cerca de 100 anos após o dilúvio, deu-se a dispersão das raças medi-
ante o juízo divino da confusão das línguas (Gn 11), para obrigar os povos a
cumprir o que Deus determinara sobre o povoamento da terra (Gn 9.1-7).
Ninrode, contrariando o plano divino, constituiu uma federação de cidades-
reino, tornando-se assim o fundador do imperialismo. Era isso um plano de
Satanás para neutralizar a ordem divina. Coisa idêntica acontecerá durante a
Grande Tribulação, quando o mesmo Inimigo unificará as nações contra o
Senhor Jesus Cristo (Ap 16.14; 19.19).
TEXTO 2
A ÉPOCA DE ISRAEL
Período Patriarcal
Israel no Egito
do Livro de Êxodo.
No momento preciso, Deus tirou Seu povo do Egito por meio de Moisés,
homem este que Ele mesmo preparara no deserto, nos 40 anos que antece-
dem o êxodo. Dos seus 120 anos, 40 foram vividos no palácio de Faraó
(exceto os anos que viveu com seus pais antes de ser entregue à filha de
Faraó). Durante estes primeiros 40 anos, ele recebeu instrução universitária
(At 7.22). Os outros 40 anos foram passados no deserto, aonde Deus se
revelou a ele, e o preparou para os 40 anos finais, nos quais seria o condutor
do Seu povo. Foi um dos maiores homens da História. Um israelita preparado
na corte mais adiantada do mundo de então. Ele tanto soube viver no palácio,
como no deserto, o que muito nos ensina.
Israel no deserto
A Lei como pacto com Israel, foi abolida (2Co 3.14). Nela permanecem
os princípios morais que são eternos; estes são repetidos no Novo Testamen-
to.
Não era plano de Deus que Israel peregrinasse quarenta anos no deser-
to. Este tempo todo decorrido foi para que morressem os murmuradores que
tentaram ao Senhor (Nm 13; 14; 26.63-65). Por ocasião das passagens aci-
ma, Deus declarou que todos os judeus de 20 anos para cima morreriam no
deserto; não entrariam na Terra da Promessa (Nm 32.8-15). Trinta e oito anos
estiveram dando voltas. Durante 38 anos, Israel em vez de caminhar para
Canaã, estava caminhando para morrer (Nm 14.26-35; 32.11-15).
TEXTO 3
A conquista de Canaã
A terra tinha sido prometida, mas era preciso ser conquistada palmo a
palmo. O mesmo acontece hoje. A “terra prometida” é a obra a ser feita, bem
como as bênçãos prometidas. Tens conquistado toda a “terra prometida”? (Dt
3.18; 1Co 3.22).
Ora, por meio de Israel, Deus estava estabelecendo uma nação Sua,
preparando assim o caminho para a vinda de Cristo, O qual milênios depois
veio dessa nação. A destruição dos cananeus visava preservar Israel da idola-
tria e de práticas vergonhosas que trariam sua ruína. Também Deus queria
LIÇÃO 7: A SEQÜÊNCIA DA HISTÓRIA BÍBLICA 99
A tragédia é que a conquista não foi total, e isto resultou em duros casti-
gos e sofrimentos para Israel (Leia Jz 1.27-36; 2Sm 1-5). Uma síntese do
resultado desta falha de Israel está em Juízes 3.1-6. Muita terra ficou para ser
conquistada (Js 13.1). Muitos crentes sabem que há “território” em si que não
está em poder do Senhor, e isto lhes traz sérios embaraços, empecilhos e
problemas. (Leia todo o capítulo 23 de Josué).
O Livro de Josué vai até ao ano da sua morte: 1425 a.C., cobrindo assim
o período de 23 anos. Profetas deste período: um anônimo (Jz 6.8-10); e
Débora (Jz 4.4).
Os juízes
Tempo: 1425-1095 a.C. - mais de 300 anos. Veja Juízes 11.26. Este
período vai da morte de Josué ao fim do governo de Samuel. Livros do perío-
do: Juízes, Rute e 1 Samuel 1-9. Tempo de apostasia de Israel. A biografia
divina do povo está em Juízes 2.10. Israel não resistiu aos influxos do culto e
costumes cananeus. Por toda parte havia um novo deus e um novo culto. Os
hebreus precisavam manter estreito contato com Deus para se manterem
acima das influências nocivas ao seu redor. Isto deve preocupar nossa aten-
ção hoje em dia, pois, o mesmo fato procura ter lugar na Igreja em nossos
dias. Enquanto Israel andou com Deus, sujeitou seus inimigos. Quando mistu-
rou-se com eles, perdeu a força; ficou estacionário, impotente.
O período dos Juízes foi marcado por anarquia, guerra civil, idolatria,
invasões estrangeiras e opressões. O Livro de Juízes termina afirmando laco-
nicamente que “... cada um fazia o que achava mais reto.” (Jz 21.25).
LIÇÃO 7: A SEQÜÊNCIA DA HISTÓRIA BÍBLICA 100
O maior líder espiritual do período foi Samuel, como juiz, sacerdote e profeta
(ver 1 Samuel 3.20; 7.9,15).
Monarquia
Foi nesse período que a nação teve sua maior área geográfica devido
às conquistas de Davi e Salomão. Salomão chegou a dominar do Eufrates a
Gaza (1Rs 4.24). Mesmo assim, isso não abrangeu a área total prometida por
Deus a Abraão, a qual ainda terá cumprimento pleno (Gn 15.18). Do êxodo
dos israelitas (sua saída do Egito) a Salomão há 480 anos (1Rs 6.1).
TEXTO 4
O REINO DIVIDIDO
O Reino dividido
Tempo: 975-606 a.C. - mais de 300 anos. Este período vai da divisão do
reino aos cativeiros dos reinos do Norte e do Sul. Livros: 1 Reis 12-22; 2 Reis
(todo), e 2 Crônicas 10-36.
A capital do reino foi Samaria, isto a partir do rei Omri. Antes, serviram
como capital Siquém, Penuel e Tirza. Em 734 o reino começou a ser levado
em cativeiro para a Assíria (2Rs 15.29). Nessa ocasião o rei assírio Tiglate-
Pileser III (conhecido também como Pul) levou em cativeiro a parte norte e
leste do referido reino. É chamado cativeiro galileu.
do reino de Israel, levando o restante dos seus habitantes para a Assíria (2Rs
17.6). Sargão é o rei citado em Isaías 20.1. A assíria enviou povos de seus
domínios, inclusive de Babilônia, para repovoar as cidades de Samaria (2Rs
17.24; Ed 4.2,10). Isso deu origem à religião mista dos samaritanos (2Rs
17.29-41) que se prolonga até aos tempos do Novo Testamento (Jo 4.9).
Profetas literários:
(2Rs 18.14-16) e capturou todo Judá menos Jerusalém em 701 (2Rs 19).
Nessa ocasião, o anjo do Senhor feriu 185 mil assírios. Em ambos os casos,
o rei envolvido foi Senaqueribe.
TEXTO 5
como rei em lugar deste. Nesta leva foi também o profeta Ezequiel. O fato vai
descrito em 2 Reis 24.10-17; 2 Crônicas 36.9,10.
TEXTO 6
O ministério dos profetas, no seu geral, durou uns 400 anos: 800-400
a.C. Havia escolas de profetas em Betel (1Sm 10.5), em Ramá (1Sm 19.19,20),
Jericó (2Rs 2.5), Gilgal (2Rs 4.38).
Profetas literários:
a) Joel
TEXTO 7
RESTAURAÇÃO PÓS-CATIVEIRO
Ester, uma formosa judia dentre os cativos de Israel, veio a ser rainha da
Pérsia em 478 a.C., ou seja, 58 anos após o retorno dos judeus. O Livro de
Ester situa-se entre os capítulos 7 e 8 do Livro de Esdras. Essa jovem judia,
sem o saber, cooperou com sua parte, para a vinda do Salvador. Seu marido
(Assuero) é o Xerxes da História. Teve uma Marinha de 4.000 navios com que
atacou os gregos.
Assim como houve três levas de cativos ao exílio, houve também três
levas de repatriados.
LIÇÃO 7: A SEQÜÊNCIA DA HISTÓRIA BÍBLICA 109
Segunda. Em 457 a.C., sob Esdras. Este veio da Pérsia com a missão
principal de embelezar o Templo conforme se lê em Esdras 7. Foi ele o funda-
dor do grêmio dos escribas (os escribas já funcionavam desde tempos
imemoriais).
Nos dias de Paulo e Tiago, existiam núcleos de todas as tribos (At 26.7; Tg
1.1). É importante saber que mesmo antes da deportação de Judá para
Babilônia, o Reino do Sul já tinha elementos de várias tribos do Norte lá (2Cr
15.9 e 30.11). Certamente os exilados de Judá quando voltaram à pátria pas-
saram pelo alto Eufrates (sendo esse o caminho habitual), onde estavam seus
irmãos do Norte e conduziram os que resolveram voltar à Palestina.
.
3.18; 50.4; Is 8.14; 49.6; Ez 37.21,22; Os 1.11; Zc 8.3)
Deste modo, Israel foi criado no Egito, destruído pela Assíria e Babilônia
e restaurado pela Pérsia.