Orisa 12 Q Dida Aye
Orisa 12 Q Dida Aye
net/publication/361399305
CITATIONS READS
0 3
1 author:
Luiz L. Marins
Cecori
10 PUBLICATIONS 3 CITATIONS
SEE PROFILE
All content following this page was uploaded by Luiz L. Marins on 28 July 2022.
Luiz L. Marins*
Resumo: Este trabalho tem por finalidade resgatar, talvez, o mais antigo mito-poema dos
nagôs sobre a criação do mundo, cujo único protagonista é o orixá Obatalá. Essa versão, que
julgamos ser a mais antiga, está dispersa em diversas obras na forma de prosa. A partir de tais
obras, reuniremos em um único corpo, os principais dados mitológicos e informações, de modo a
recontar a história nagô da criação do mundo, pelo orixá Obatalá. O resgate da história seguirá
as regras dos babalaôs da religião tradicional iorubá, pois conterá todas as oito partes principais,
apresentando muitos detalhes sobre a forma e a composição de um poema sagrado de Ifá.
Palavras-chave: Orixás. Criação do mundo iorubá. Poemas sagrados. Mitos e lendas. Oralidade
e transmissão dos saberes religiosos.
Introdução
* Pesquisador independente da religião dos Orixás e da afro-brasileira. Iniciado no rito do Batuque do Rio
Grande do Sul, em 1979.
MARINS, L. L. Òrìsà dídá ayé: òbátálá e a criação do mundo iorubá
deste material é um trabalho urgente, pois os que possuem esta tradição, estão
indo embora, e a sociedade nigeriana moderna não está dando continuidade à
transmissão das tradições de pai para filho, correndo o risco de se perder muito
da literatura oral iorubá, a menos que haja um enorme esforço atual de coleta
de tradição oral (ABIMBOLA, 1977, p. 9).
Concordando com Abimbola, resgataremos neste trabalho o poema
(lése-lése) Òrìsà Dídá Ayé, (Orixá Criou o Mundo), verso sagrado de Ifá1,
religião tradicional dos iorubás2, sobre a criação mundo pelo Òrìsà Obàtálá,
o Òrìsà da criação.
Esse antigo poema dos nagôs3, está, atualmente, praticamente perdido,
restando dele apenas resumos e citações em fontes diversas, em forma de pro-
sa. Entretanto, a sobrevivência da tradição oral e o registro etnográfico não
deixam dúvidas da existência da antiga história nagô da criação do mundo,
pelo Òrìsà Obàtálá. Como este ìtàn não foi registrado em língua portuguesa,
vamos resgatá-lo a partir das fontes etnográficas em língua inglesa escritas em
prosa, que serão citadas mais à frente, onde explicamos a forma da recompo-
sição desse poema oracular.
Nas versões mais divulgadas no Brasil, Obàtálá é apenas o criador dos
seres humanos, pois não pode criar o ayé, por ter se embriagado. No poema
que resgataremos, ao contrário, ele é o Òrìsà da criação da terra propriamente
dita. É ele, Obàtálá, única e exclusivamente ele, que traz a terra e cria o ayé
(VERGER, 1997a, p. 83).
Apesar de tal versão não ser conhecida no Brasil, a tradição e a diáspora
das religiões afro-brasileiras foi forte o suficiente para conservar Oxalá4 como o
Grande Orixá, criador do mundo e dos homens. Paralelamente, essa versão foi
registrada em língua inglesa, com algumas variantes, que estão unidas por um
1
Sistema de religião iorubá baseada no oráculo regido por Òrúnmìlà, divindade da divinação, que possui
dezesseis odù (signos) principais e 240 omo-odù secundários, os quais contêm centenas de histórias e poemas
sagrados de tradição oral que o fundamentam. O processo divinatório resulta em inscrição de sinais em um
tabuleiro de madeira chamado opón, revelados por Ifá e interpretados por Òrúnmìlà. Alguns estudos supõem
que estes sinais podem ter origem na geomancia.
2
Grupo étnico da África Ocidental, distribuído entre os países da Nigéria, Gana, Togo e Benin, cuja
origem é Ifé, Nigéria.
3
Termo genérico que agrupa diversas antigas nações falantes do mesmo grupo linguístico nígero-cameruniano,
cerca de 66 línguas, atualmente denominados apenas, iorubá. (DELAFFOSE, 1924, p. 479-556)
106
4
Nome de Obàtálá na diáspora afrobrasileira.
África, São Paulo. v. 31-32, p. 105-134, 2011/2012
5
Força divina e/ou poder de realização de algo ou alguém.
6
Mundo material e físico, pararelo ao òrun (mundo espiritual); às vezes grafado também como aiyé. 107
MARINS, L. L. Òrìsà dídá ayé: òbátálá e a criação do mundo iorubá
A forma do poema
Todo poema de Ifá contém cinco partes obrigatórias (1-2-3, e 7-8) e três
opcionais (4-5-6). No que tange ao uso da linguagem, as [cinco partes obriga-
tórias] têm que manter a tradição e ser fielmente memorizadas, [e as três partes
opcionais] podem ser recitadas ou narradas com a liberdade de criação do sacer-
dote, mas restrita à exatidão oracular. E é por isso que as partes 4-5-6 são as mais
extensas se comparadas às demais, portanto [...]. Os sacerdotes se preocupam
em memorizar pontos importantes, e em contar a seu modo. [...] Este fato pode
ser um dos pontos fundamentais para se manter as tradições da diáspora. [...]
Ifa NlaNla, os grandes poemas de Ifá, contém as oito partes de longas extensões
contendo minúcias de extrema importância religiosa, e é justamente nesse tipo de
poema que ocorre a liberdade de livre discurso das partes 4-5-6, que podem ter
em seu original várias páginas, passando então a ser narradas com o estilo de
cada babalaô, baseado na escolha dos pontos que julgar relevantes.
O poema que apresentaremos trata de um Ifá NláNlá resgatado a partir
de várias fontes escritas, variantes de uma única história passada de geração para
geração através dos séculos. Para apresentá-lo na forma tradicional utilizada
no Ifá, tal qual apontou Barretti, e visando a atender aos apelos de Abimbola,
foi necessário um trabalho de recriação das partes, que as fontes escritas, ou já
não as possuem mais, ou as possuem de forma fragmentada.
Ao ler o poema que apresentaremos neste trabalho, tenha o leitor a
certeza de que lerá, talvez, o mais antigo e tradicional verso de Ifá sobre a
criação do mundo iorubá, e por que não dizer, a mais antiga historia Nagô
da criação do mundo.
109
MARINS, L. L. Òrìsà dídá ayé: òbátálá e a criação do mundo iorubá
Ejìogbè
7
O título “Òrìsà Dída Ayé” foi assim composto: a expressão “Dídá Ayé” (criação do mundo) foi tomada
de empréstimo de Dictionary of Yoruba Modern (ABRAHAM, R.C., 1962, p. 119, verbete dá, A 5), sendo
que antepusemos a ela, a palavra Òrìsà. A tradução literal é: “Òrìsà criou o mundo”.
Oríkì sugerido pelo Awo Temiyemi Ekerin Orúnmìlà, de Ijebu-Ode, Ajagbalura, Nigéria, 52 anos.
8
Elaeis Guineensis, variedade idolátrica, chamada de òpefá. (VERGER, 1995, p. 669; ver também:
15
Quinta parte: verso 59. Esta quinta parte é crucial para a definição do ìtàn, pois todo o desenrolar de-
17
O desejo, a vontade.
18
Poder de realização.
19
“Galinha de cinco dedos”. Algumas fontes informam ser etù (galinha da guiné).
23
Camaleão. Tido por ser o mensageiro de Olódùmarè, função que na diáspora pertence a Èsù.
25
113
MARINS, L. L. Òrìsà dídá ayé: òbátálá e a criação do mundo iorubá
29
IDOWU, E. B. (1994, p. 20). Este verso sugere a existência de uma humanidade anterior à criação do
ayé e dos seres humanos na terra. Não há registros de quando e como esta humanidade anterior foi criada;
talvez seja necessário uma nova coleta de campo.
30
Coleira Africana, Cola Acuminata (VERGER, 1995, p. 652). A narração diz textualmente: “ Nigbati
iwa se, obí ni nwon fi lo gba ire lodo Òrìsà “ (BASCOM, 1993, p. 227).
“Dono do barro bom”.
31
Dezesseis.
32
Õòrùn (sol), õru (calor), ìmónlè (luz). Não confundir com òrun (mundo espiritual), ìmònle ou ìmàle
33
O Senhor do èmí.
36
Respiração.
37
O Senhor do èémí.
38
Sexta parte: versos 60 a 275. Esta é a maior parte do ìtàn, que traz os detalhes ritualísticos, geralmente omitida.
40 117
MARINS, L. L. Òrìsà dídá ayé: òbátálá e a criação do mundo iorubá
118 Uma das cidades onde Obàtálá foi rei, entre outras como, Irànjé Oko, Ijao, Ifon.
41
África, São Paulo. v. 31-32, p. 105-134, 2011/2012
42
Enorme pano branco que figuradamente estende-se sobre a terra.
43
Espôsa de Obàtálá (VERGER, 1997b, p. 256).
44
Citrullus Vulgaris. Um tipo de melão. Não confundir com Bara, epíteto de Èsù (CMS, 1977, p. 53), nem
com o parônimo Bàrà, local sagrado onde estão enterrados os reis de Oyo, nem ainda com o metaplasmo Gbára,
a parafernália ou o conjunto de objetos e ferramentas de algo ou alguém (ABRAHAM, 1962, p. 19 e 235),
sendo esta última, talvez, a origem da expressão Bára utilizada no candomblé para referir-se ao jogo de búzios. 119
MARINS, L. L. Òrìsà dídá ayé: òbátálá e a criação do mundo iorubá
Òrìsà Criador.
49
Sétima parte: versos 276 a 383. Esta parte traz as louvações e encantamentos diversos, sendo
50
Analisando o poema
ADEDEJI, Joel. Folkore and Yoruba Drama: Obatala as a Case Study. In: DORSON,
Richard M. (org.). African Folklore. Bloomington: Indiana University Press, 1979.
ADÉKÒYÀ, Olúmúyiwá. Yorùbá: Tradição oral e história. São Paulo: Terceira Margem/
Centro de Estudos Africanos, USP, 1999.
ANDERSON, David. The origin of life on earth: An African creation myth. New York:
Sights Produtions, 1991.
BASCOM, William. Sixteen cowries. Indiana: Indiana University Press, 1993 [1980].
COURLANDER, Harold. Tales of Yoruba gods & heroes. New York: Original Pub., 1977.
ELBEIN DOS SANTOS, Juana & SANTOS, Deoscóredes M. West African sacred
art and rituals in Brazil. Ibadan: Institute of African Studies, 1967.
ELBEIN DOS SANTOS, Juana. Os Nagô e a morte. Petrópolis: Vozes, 1993 [1976].
EPEGA & NEIMARK. The sacred Ifa oracle. New York: Happer Collins, 1995.
FAMA, Chief. Fundamentals of the Yoruba religion. California: Ile Orunmila, 1993.
______. Sixteen mythological stories of Ifa. California: Ile Orunmila Comm, 1994.
VERGER, Pierre. Awon Ewé Osanyin, Yoruba medicinal leaves. Ifé: Institute of African
Studies, Univ. of Ife, 1967.
Como as fontes não possuem mais esse dado, foi necessário “sugerir” o
odù, pois ele é o odù do “começo das coisas” (EPEGA e NEIMARK, 1995,
p. 1). Adékòya (1999, p. 79) também utiliza esse odù para a história da cria-
ção. O título “Òrìsà Dída Ayé” foi assim composto: a expressão “Dídá Ayé”
(criação do mundo) foi tomada por empréstimo do Dictionary of Yoruba Modern
(ABRAHAM, R.C., 1962, p. 119, verbete dá, A 5), sendo que antepusemos a
ela a palavra Òrìsà. A tradução, literalmente, seria então “Òrìsà criou o mundo”.
No primeiro51 verso, dizemos que esta é uma história tradicional passada de
geração para geração e de “boca para boca”. No segundo criamos um persona-
gem fictício, Oníìwáàdí, que significa “aquele que investiga”, dizendo que “ele”
refez a história da criação do mundo. É nessas primeiras linhas que aparecem o
122 No próximo tópico explicaremos o uso da palavra ìtàn (história), na abertura de um ese (poema).
51
África, São Paulo. v. 31-32, p. 105-134, 2011/2012
Esta terceira parte explica o motivo do jogo que levou Obàtálá a consultar
o Ifá. Normalmente, esta parte não é tão grande assim, sendo que em muitos
poemas resumem-se a duas linhas. Nosso intuito, ao deixar esta parte tão
extensa, justifica-se porque queríamos registrar todas as informações relativas
a este item que estavam dispersas nas fontes, uma vez que trazem conceitos
filosóficos que merecem atenção.
Expressão, frase ou título de louvor, que visa a enaltecer algo ou alguém por seus poderes e qualidades.
52 123
MARINS, L. L. Òrìsà dídá ayé: òbátálá e a criação do mundo iorubá
Entretanto, não há registros de que os iorubás tenham uma divindade solar, exceto se esta tenha sido
53
Essa informação vai de encontro a livros sagrados de outras culturas, que registraram a vinda de uma
54
187). A maioria dos poemas de Ifá traz como receita do sacrifício a indicação
de algumas ewé (folhas) e seu ofò55. Como as fontes deste ìtàn não possuem
mais essa informação, fomos buscá-la em Pierre Verger, em seu raro e famoso
Awon Ewé Osanyin (1967, p. 10).
A maneira natural de falar ou de escrever, sem forma retórica ou métrica, por oposição ao verso
56
[...] Este ensino constante se faz por meio da troca mútua do saber entre os
babalaôs, ao longo de numerosas reuniões em que os adivinhos se encontram
para discutir consultas que lhes são feitas sobre os mais diversos casos. Eles se
reúnem também a cada dezesseis dias em assembleias organizadas em todas
as cidades, no dia do segredo (ojó awô), a cada quatro semanas, sendo a se-
mana iorubá de quatro dias. Nessas ocasiões, após uma refeição comunal, os
babalaôs relatam cantando algumas histórias de Ifá. Um dos sacerdotes conta,
em solo, as estórias que são retomadas, frase a frase, pelos demais adivinhos.
É nesse momento que eles exibem sua erudição. Aquele que inicia o canto
tenta ofuscar seus companheiros com um relato novo e desconhecido para
eles, pois se trata de uma grande glória assumir o papel de mestre e escutá-los
repetir docilmente, verso por verso, uma nova história. É assim que os babalaôs
presentes transmitem uns aos outros sua ciência.
[...] Ese Ifá trata de todos os assuntos. Ele trata de história, geografia, religião,
música e filosofia. Ese Ifá pode ser uma simples história sobre um homem que
está indo viajar e está querendo saber o que fazer para que a viagem tenha
sucesso. Ele pode ser uma história altamente filosófica mostrando os méritos
e deméritos da monogamia. Ele pode tratar da fundação de uma cidade. Não
existe limite para os assuntos que ese Ifá pode tratar. [...] Ese Ifá tem uma
estrutura original que o distingue de todas as outras formas de literatura oral
iorubá. Uma vez que o ese Ifá é histórico em seu conteúdo, sua estrutura é
também baseada sobre sua natureza histórica (ABIMBOLA, 1976, p. 32,
apud ABIMBOLA, 1965, p. 14).
Esta é a história de Òsetùwá tal qual é revelado pelo Odù Ifá. Diz a história
como Èsù chegou a transportar todas as oferendas aos pés de Olódùmarè, fa-
zendo aceitá-las, e como Èsù se tornou Òjíse-ebo, o encarregado e transportador
de oferendas, na terra e no òrun. Òsetùá é o oráculo que relata claramente o
desenvolvimento desta história da maneira como segue.
129
MARINS, L. L. Òrìsà dídá ayé: òbátálá e a criação do mundo iorubá
Odù Osetura
Itàan Èsù!
Níbi tí Èsù gbé gba àgbà [
]
Considerações finais
sendo que a obra de Obàtálá, nos conceitos deste ìtàn, restringe-se a explicar a
origem do corpo físico. Tal questionamento é necessário por dois motivos:
Abstract: This study aims to rescue, perhaps, the oldest myth nago on the creation of the
world, whose unique character is the orisha Obatala. This version, which we believe to be the
oldest, was spreaded and multifaceted in several works, in prose form. From these works, in
this poem will rejoin in a single text, the principal information and data mythological, intent
on recount the Yoruba story of world’s creation by orisha Obatala. The rescue of the history
will follow the rules of the poems, of the Ifá’s babalaos, and will have all eight main parts,
providing many details about the form and the composition of a sacred poem of Ifa.
Key-words: Orishas. Creation of the Yoruba world. Sacred poems. Myths and legends.
Orality and transmission of religious knowledge.
O invasor e conquistador de Ilé Ifé, considerado atual patriarca dos iorubás, porque reuniu sob seu reinado,
59
antigos povos falantes de um mesmo ramo línguístico, conhecidos por nàgó, em uma única nação teo-política. 131
MARINS, L. L. Òrìsà dídá ayé: òbátálá e a criação do mundo iorubá
Bibliografia
ABIMBOLA, Wande. The Ese Ifá. In: African Notes, n. 2/3, p. 14, Institut of African
Studies, University of Ibadan, Ibadan, 1965.
______. IFA, an exposition of ifá literary corpus. Ibadan: Oxford University Press, 1976.
ABRAHAM, R. C. Dictionary of modern Yoruba. London: Rout. & Kegan, 1962 [1946].
ADEDEJI, Joel. Folkore and Yoruba drama: Obatala as a case study. In: DORSON,
Richard M. (org.). African folklore. Bloomington: Indiana University Press, 1979.
ADÉKÒYÀ, Olúmúyiwá. Yorùbá: Tradição oral e história. São Paulo: Terceira Margem/
Centro de Estudos Africanos, USP, 1999.
AFOLAYAN, Adebisi. Yoruba language and literature. Ife: University of Ife, 1982.
ANDERSON, David. The origin of Life on earth: An African creation myth. New York:
Sights Productions, 1991.
BARRETTI FILHO, Aulo (org.). Dos Yorùbá ao Candomblé Kétu. São Paulo:
Edusp, 2010.
BASCOM, William. Sixteen cowries. Indiana: Indiana University Press, 1993 [1980].
C.M.S. A dictionary of the yoruba language. Ibadan: Oxford University Press, 2001 [1913].
COSTA E SILVA, Alberto da. A manilha e o libambo. Rio de Janeiro: Nova Fron-
132 teira, 2002.
África, São Paulo. v. 31-32, p. 105-134, 2011/2012
COURLANDER, Harold. Tales of Yoruba gods & heroes. New York: Original Pub., 1977.
ELBEIN DOS SANTOS, Juana & SANTOS, Deoscóredes M. West African sacred
art and rituals in Brazil. Ibadan: Institute of African Studies, 1967.
ELBEIN DOS SANTOS, Juana. Os nagô e a morte. Petrópolis: Vozes, 1993 [1976].
EPEGA & NEIMARK. The sacred ifa oracle. New York: Happer Collins, 1995.
FAMA, Chief. Fundamentals of the Yoruba religion. California: Ile Orunmila, 1993.
______. Sixteen mythological stories of Ifa. California: Ile Orunmila Comm, 1994.
ÌDÒWÚ, Gideon Babalolá. Uma abordagem moderna ao iorubá (nagô). Porto Alegre:
Palmarinca, 1990.
JOHNSON, Samuel. The hystory of the Yorubas. London: Routledge & Kegan Paul
Ltda, 1973 [1921].
OMIDIRE, Félix Ayoh. Pèrègún e outras fabulações de minha terra. Salvador: EDU-
FBA, 2005.
SÀLÁMÌ, Síkírù. Cânticos dos orixás na África. São Paulo: Oduduwa. 1991.
133
MARINS, L. L. Òrìsà dídá ayé: òbátálá e a criação do mundo iorubá
SIMPSON, George E. Yoruba religion and medicine in Ibadan. Ibadan: Ibadan Uni-
versity Press, 1980.
VERGER, Pierre. Awon Ewé Osanyin, Yoruba medicinal leaves. Ifé: Institute of African
Studies, University of Ife, 1967.
______. Automatisme Verbal et Communication du Savoir chez les Yoruba. In: L’Homme,
Revue Française d’Anthropologie, Paris, Moutoun, 12(2): 7, 1972.
134