Danca Ensino Sentidos e Possibilidades Na Escola
Danca Ensino Sentidos e Possibilidades Na Escola
Danca Ensino Sentidos e Possibilidades Na Escola
Danço...
Ensíno, Sentk:ios e Possíbí/ídades
na Escola.
Débora Barreto
DANÇA...
Ensíno, Sentídos e Possíbí/ídades
na Escola.
Dissertação apresentada
corno exigência para a
obtenção do Ti-tulo de Mestre
ern Educação Física, na Área
de Concentração de
Educcção 1-"iomra, soo o '
orientação
Vilrno Lení Nista-Piccolo.
Barreto, Débora
B275d Dança ... ensino, sentidos e possibilidades na escola I Débora Ba.-reto.
-Campinas, SP: [s.n.], 1998.
COMISSÃO ULGADORA
-14aktrl. ~· ftda4~~4~~()
~do.~.
-~-~de 1997("[)~/&d. ~e
&d.?t4iu, ftda4 ~e e~~~ a
~do.~ ~HC4te~.
'Déhta ('?)é).
9
SUMÁRIO
Resumo ............................................................................................11
Apresen-taçõo ........................................................................................13
O Convi-te ................................................................................................15
Parte J. Os Bastidores ....................................................................17
Parte 2· As Luzes: o olhar, o foco e o caminho .................. 28
Parte 3 O Palco ... O Cenário .....................................................4 7
Parte 4: As Aulas ............................................................................69
Parte 5: Os Ensaios ........................................................................ .77
Questão 7: Por que ensinar a dançar na escola? .................. .82
-A Visõo dos alunos formandos em Danço .................................................82
-A Visõo dos alunos formandos em Educaçõo Artística ........................85
-A Visõo dos alunos formandos em Educaçõo Físico ...............................91
Questão 2· O que ensinar de dança na escola? ....................96
-A Visõo dos alunos formandos em Danço .................................................97
-A Visõo dos alunos formandos em Educaçõo Artístico .......................99
-A Visõo dos alunos formandos em Educaçõo Física ..............................101
Questão 3: Como ensinar a dançar na escola? ...................103
-A Visõo dos alunos formandos em Dança ...............................................104
-Visõo dos alunos formandos em Educaçõo Artística ...........................104
-A Visõo dos alunos formandos em Educaçõo Física ............................105
Questão 4: Você acha possível que se inicie um dançarino na
escola? ...................................................................................................107
-A Visõo dos alunos formandos em Dança ...............................................108
-A Visõo dos alunos formandos em Fducaçõo Artístico ......................108
-A Visõo dos alunos_formandos em Educaçõo Física ..............................110
Parte 6: A Dança ..............................................................................113
1° ATO- A aurora· o ens1no de Ar7e e o Danço na
escolo.......................................................................................................128
Cena 1: Conceito de arte...............................................................129
Cena2: _Arte e educação: histórico, ofjetivos e conteúdos
......................................................................................................133
Cena 3: A dança no ensino de arte...................................................145
2° ATO- Outra Aurora. o ens1no de Educação Física e o Danço no
escolo. .......................................................................................................155
Cena 1: Conceitos de corpo e movlmento... Umo concepção de
educação fislca.........................................................................................156
10
ensino.
suqjetividade humana.
ABSTRACT
kind af education.
-run thru the dancing within the school range, discuting dancing
Apresentação
autores.
expressivos.
15
O Convite ...
da estética e da poética.
formação humana.
Parte 1:
O Circo Místico
(Edu Lobo e Chico Buarque)
Não
Não sei se é um truque banal
Se um invisível cordão
Sustenta a vida real
Cordas de uma orquestra
Sombras de um artista
E as dançarinas num grande f1nal
Chove tanta flor
Que sem refletir
Um ardoroso espectador
Vira colibri
Qual
Não sei se é nova ilusão
Se após o salto mortal
Fxiste outra encarnação
Membros de um elenco
Malas de um destino
Partes de uma orquestra
Duas meninas no inverno vagão
Negro refletor
Flores de organdi
E o grito do homem voador
,A..o cair em si
Não sei se é vida real
Um invisível cordão
Após o salto mortal.
19
Parte 1: Os Bastidores
espectador.
coreógrafa ...
CENA 1: A Formatura.
polivalência.
CENA 2: O Mestrado.
23
a Programa de Mestrado.
Cama aqjetivas gerais deste trabalha desenvolvida
exemolo,
'
o dificuldade de ensinar o danço
- no escola.. mesmo
tendo cursado o Licenciatura em Danço. Esta limitação,
- somado oo espaço que o danço ocupo no escola e ao papel que
Porte 2:
Dedicado o você
(Dominguinhos/ Nondo Cordel)
Vem
Se eu tiver você no meu prazer
Se eu puder ficar com você
Todo momento, em qualquer lugar
Ah!
Se no desESJo você fosse o amor
Durante o frio, fosse o calor
No minha lua você fosse o sol
Vem
Meu coração se enfeitou de céu
Se embebedou no luz do teu olhar
Queria tonto ter você aqui
Ah, se o teu amor fosse igual oo meu
Minha paixão io brilhar, e eu
Completamente io ser feliz.
Figura 2: !<oad with cypress c:md 51-ar Nem Gogh),
-Wi:~,L f E T,ASHEN VIcente Van Gagh tfte camplet paíntirtg. vnl '2)
litaiy: ,.., "h T aschen, 1993. (p. 600).
30
a obro apresentada.
31
dança.
' _._.-!"'
Em uma investigação c1en ,mca o pesquisador também
investigação.
de estudo.
32
mundo vivido.
f!losóf!ca.
fenomenológica '
e aescrevere1. estes .c,enomenos, como se
A
escolar.
exisTencialista.
filosofia humanista.
profundamente a seguir.
desenvolvidos.
na escola?
10):
·: .. nado é oi:z!e-tivo que não -tenho sido
primeiro su!jetivo. A su!je-tiv!dode é que
permi-te alcançar o of?je-tlvldode, assim
quando uma -trqje-tórlo é percorrido em
busco do fenômeno, graus de ocyetivldode
serão alcançados. Não se -tro-to aqui de
uma o!jetividode puro, mos sim de uma
o!jetividode em progresso, porque hó
sempre um In-terrogar... Hoveró en-tão
verdades múl-tiplos que são os
possibilidades do fenômeno mos-trar-se no
seu es-tado perspec-tivol e é no
in-tersucye-tlvldode que se ob-têm o reflexão
mais preciso sobre o fenômeno. É o
suf?je-tlvldode que vai permiTir o
o!je-tlvidode:
pelo '
IevonTamen ...10 das unidades de significados. Neste
dos alunos-formandos.
compreendemos.
cenos.
47
Parte 3:
de dever sonhar
de sonhar sempre,
que posso.
(Fernando Pessoa)
Figura 3: O Estúdio. (Picasse).
-FABRE, .J.P. Pícasso. Barcelona: Editiones Polígrofa S.A., 1.986. (p.121).
49
dançarinos.
educando.
humanos.
memória".
humanos.
humanamente.
atitudes dançantes.
encontrados.
estes educandos.
cabe a v'1da, o ser e o mundo inteiro. Não creio que esta idéia
o educação?
De acordo com PLAGET (1966: 139), não deveríamos
juntos I
69
Parte 4:
Memória
(Carlos Drummond de Andrade)
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Parte 4: As Aulas
de conhecimento.
72
escolas.
entre eles:
atividade extra-curricular;
da dança.
77
Parte 5:
Parte 5: Os Ensaios
a proposta coreográfica.
compreendê-la.
82
dança dos emoções, dos utopias e de tudo o que é diflcil dizer ...
questão 1.
espe-táculo.
educacional, o auto-conhecimento.
sensíveis.
sobre a questão 1
ser!
estimulam o outo-cor7heclmento.
inclusive os artísticas.
denuncia:
I - ?....
excusao
outras na escola.
sobre o questão 1
de lazer
dança.
l.Propiciar o auto-conhecimento;
corporais, no escola;
sentidos:
e desconforto;
5. A dança como forma de conhecimento na educação;
prática de lazer;
sensibilização.
questão 2
expressão artística.
aprendidos.
nos discursos:
1. Con-teúdos de dança:
3. Con-teúdos de Sensibilização:
3. 7 Conteúdos cotidianos;
3.2 Conteúdos de fh.;;'ç;ão;
3.3 Conteúdos de apreciação estético.
sobre o questão 2
sensibilizadores.
história da dança.
cotidiano.
a1scnm1naçoes.
!• ' ' -
IOI
de Dança.
sobre a questão 2
alunos.
102
elos:
1. Con-teúdos de Danço:
1.1. Técnicos de Expressão de Danço: improvisação,
som e ritmo.
3. Conteúdos de Sensibilização:
cotidiano;
dança);
1
Agradeço à Profa. Dra. Isabel A Marques pela aula do dia 29/08/95, durante a disciplina Prática de
Ensino de Dança e Estágio Supervisionado II, que a partir do sua proposta de trabalhar "a dança a partir
103
e espetáculos).
Licenciaturas.
que, além daqueles que disseram que "não tinham a menor idéia"
aulas.
do contexto", me inspirou esta categorização dos referidos conteúdos. Expresso aqui meus sinceros
104
questão 3
autonomia.
das educandos.
sobre o questão 3
prático.
sobre a questão 3
vive.
106
1. Me-todologia Crítico;
Conhecimentos.
in-terpretações de músicas.
cultura brasileira.
dançarino na escola?
questão 4
em torna dela.
sobre a questão 4
109
sobre a questão 4
ins-tituições escalares.
pautam em:
1. A formação do cidadão;
2. A iniciação do dançarino.
1. O aprimoramento de técnicas;
3. A formação do dançarino.
Parte 6:
(Friedrich Nitzsche)
115
Parte 6: A Dança
criei? É tão difícil torná-la palavra, pois ela é tanto mais que
todo a tentativa de dizê-la não atravessaria jamais seu
e dança hge.
Vale dizer que dançar ou interpretar este fenômeno, que
que sou antes de tudo o que faço, enquanto danço sou dança,
gesto. E n ...,reTan
' ....,o, 1n1erpre,
' : .....ar o fenômeno mencionado é
Educação Física.
26) levant-a é:
universo da fantasia.
de acordo com KATZ (1989: 10), teve suo obro marcado pelo
esteticamente?
'
No sentido de pensar a oança, enquanto expressão
equilibrado.
e público.
Neste momento, meu propósito não é defender a
(1987: 55-56):
"Sem sensibilidade nenhum of?jeto nos seria dado,
e sem entendimento nenhum seria pensado.
Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições
sem conceitos são cegos. Portanto, tonto é
necessário tornar os conceitos sensíveis (isto é,
acrescentar-lhes o of?jeto do intuição) quanto
tornar suas intuições compreensíveis (ist-o é, pô-
los sob conceitos). Estas duas faculdades ou
capacidades 'também não podem trocar funções.
O entendimento nado pode intuir e os
sentimentos nado pensar. O conhe/cimento só
pode surgir do suo reunião~
127
seguem.,
128
EscoiCJ
Amanhecendo
tudo o que fosse criado
nota
forma
gesto
mola
arte.
Dança Aurora
oés
'
atados
sabor de saltos
giros
pressões
e o coração noutro dia.
Amanhecendo.
129
(1987: 13):
"O trabalho do epistemologisto, portanto,
deve centro/izar-se no problema de saber o
que existe poro ser interpretado, no medido
em que tudo é máscara, interpretação,
ovo/loção. Fazer Isso é 'olivior o que vive,
dançar, criar. Zorotrusto, o intérprete por
excelência, é como Dionísio':
constante.
existe humanamente.
coisas. Es-ta ordem logo é subvertida, ora por ele mesmo, ora
criadores e transformadores.
do sentimento à forma.
A C!íerença
,r
;un
r domento I entre estes d o1s
• processos é
complementares.
136
do aluno.
imagens.
137
ensino de arte.
sobre o ar-te.
crítico.
falar através das cores, gestos, sons ... ". Esta autora diz
ainda:
educacionais:
educociona I?
escola.
pensar aue
'
a ata de dançar estimule relacionamentos
do
.,j,.'
COilüiOnO,
H
reconhecendo seus interesses e
possibilidades, apresentando a dança como pa-trimônio cul-tural.
de dança.
educandos.
Firme o posso
/
nu
cálido
movimento
preciso
no pensamento, sentido, no oto.
Som
saudade
ou verso
lá vem o corpo, o colmo,
o "
010.
156
Descartes.
íl~I OSOíiCO
/~ de cada uma destas épocas, estiveram sempre
destes processos.
expressá-lo.
Objetivos e Conteúdos
159
democráticos.
ensinado.
país.
(i997: 25):
:4 Lei de Dire-trizes e Bases promulgada a
20 de dezembro de 7996 busca -transformar
a carát-er que a Educação Física assumiu nas
úlTimas anos ao explicitar na art.26, / 3, que a
Educação Física, in-tegrada à proposta
pedagógica da escola, é component-e curricular
da Educação Básico, qjustando-se às faixas
etárias e às condições da população escolar,
sendo facultat-iva nos cursos no-turnos·:
educacional.
capaz de:
t-ísica.
campo da dança.
rítmicas.
168
e ginásticas.
Sobre o metodologia de ensino, os discursos indicam a
tempo-espaço '
ao homem contemporâneo, que é o das
morto.
(1993: 18):
"Gostaria desde já de manifestar minha recusa
a certo tipo de crítica cíentíficísta que Insinua
faltar rigor no modo como discuto os
problemas e a linguagem demasiado afetiva
que uso. A paixão com que conheço, falo ou
177
escola.
;ecna
r ' d as, mas que sejam o início de uma reflexão, de uma
criação aue
'
pode ser ampliada, "mexida", recriada e
. r
Trans;orma d a. Se forem aplicadas, que não fiquem
1. A formação do cidadão;
2. A iniciação do dançarino.
seguintes:
educador.
envolveria:
categorizaçêío elaborada.
1. OBJETIVOS
social dos educandos, ou s~a, não basta saber "o quê" ensinar
o carealagia.
As Técnicas de Expressão de Dança citadas nas
discursas das alunas-formandas englobam:
1. Técnicas de improvisação;
2. Técnicas de consciência e expressão corporal
(Feldenkrais, Alexander, Berge, Bertherat, Klauss
Vianna);
3. Os exercícios técnicas de dança (clássica,
moderna, contemporânea);
188
eukenética e "labanotation".
respiração e a pulsação.
movimento.
desenha no espaço.
assertividade e a operacionalidade).
-integração;
-comunicação;
-assertividode;
191
-operacionalidade.
considerá-los.
passa por uma noção de "o quê" ele é, "onde" ocorre, "como"
os seguintes elementos:
192
articulações, as superflcies.
(braços e pernas);
anteriormente.
retornos, ...
vida.
cotidiana.
educandas paro isto que nas parece tão simples e óbvia, mas
198
ensino de dança.
dança.
conteúdos.
2.1. Conteúdos de dança
TÉCNICAS
DE
EXPRESSÃO
EM
DANÇA
COREOLOGIA
2.2. Conteúdo sobre a dança
FRUIÇÃO FRUIÇÃO
ESTÉTICA COTIDIANA
APRECIAÇÃO
APRECIAÇÃO
COTIDIANA
ESTÉTICA
201
1. Metodologia Crítica;
Conhecimentos.
202
vivem.
cultura brasileiro.
escolas.
3. METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS
204
Que dançar não seja nada além disso, apenas o ato, uma
Parte 7:
Ressurreição (parte 2)
(Menatti Dei Picchia)
BIBLIOGRAFIA
press, 1945.
Campinas, (s.n.t.).
Cultural, 1980.
212
1.950.
BOUI<CIEi<, P. História da dança no ocidente. São
1986.
e Terra, 1997.
À sombra desta mangueira. São Paulo:
Editoro Olho d' água, 1995.
1987.
Educação, 1997.
Brasileiro, 1967.
considerações. (s.n.t.).
1995.
-SCHILLE!<., F. Cortas sobre a educação estétíca da