Med Legal Curso 156120 Aula 00 5815 Completo
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Autor:
Equipe Paulo Bilynskyj, Paulo
Bilynskyj, Equipe Materiais
Carreiras Jurídicas
Aula 00
23 de Dezembro de 2020
Sumário
1 – Fatores históricos da Medicina Legal ........................................................................................................... 3
1.1 – Definição................................................................................................................................................ 3
2.3 – Peritos.................................................................................................................................................. 26
3. Infanticídio .............................................................................................................................................................. 32
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Equipe Paulo Bilynskyj, Paulo Bilynskyj, Equipe Materiais Carreiras Jurídicas
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Resumo............................................................................................................................................................. 42
Questões comentadas...................................................................................................................................... 69
Gabarito.......................................................................................................................................................... 120
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1.1 – DEFINIÇÃO
Até hoje não existe uma definição precisa do conceito de Medicina Legal. Isso se deve ao fato da disciplina
abranger muitas áreas e por guardar relação de proximidade com as ciências jurídicas e sociais. Entretanto,
vários doutrinadores tentam conceituar a matéria. Vejamos alguns conceitos que se destacam:
De acordo com Ambroise Paré a medicina legal é “a arte de produzir relatórios na justiça”.
Para Nerio Rojas é a “aplicação dos conhecimentos médicos aos problemas judiciais que podem ser por
eles esclarecidos”.
Lacassagne conceituou medicina legal como sendo a “arte de pôr os conceitos médicos a serviço da
administração da Justiça”.
Ainda, Flamínio Fávero entende que é "a aplicação dos conhecimentos médico-biológicos na elaboração e
execução das leis que deles carecem".
Pra Tanner Abreu é "aplicação dos conhecimentos médicos a serviço da Justiça e à elaboração das leis
correlatas".
Hélio Gomes entende que é "o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao
Direito, cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação e colaborando na execução dos
dispositivos legais, no seu campo de ação de medicina aplicada".
Em todos esses conceitos podemos notar que se fala em uso dos conhecimentos médicos-biológicos, em
ciência, em auxílio à Justiça ou aplicação ao Direito.
Então podemos conceituar a Medicina Legal como sendo a ciência extrajurídica auxiliar pautada em um
conjunto de conhecimentos médicos, paramédicos e biológicos destinados a auxiliar na defesa dos direitos
e dos interesses dos homens e da sociedade.
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É possível que se afirme que a Medicina Legal é uma ciência, pois possui método, objeto e objetivos
próprios.
1.2 – HISTÓRICO
Podemos dividir a história da Medicina Legal em cinco (05) períodos, quais sejam:
1. Antigo;
2. Romano;
3. Idade Média (ou Médio);
4. Canônico e
5. Moderno (ou Científico).
Sabe-se de referências esparsas e isoladas, rudimentares, sem nenhum caráter científico, nas “legislações”
de povos antigos.
A Medicina, nessa época, era vista mais como arte do que como ciência, nessa fase havia uma tendência de
se atribuir origens não terrenas às doenças. Não havia nenhum mérito em exercer a medicina, que era
considerada uma profissão subalterna.
Não havia leis, a religião ditava o ritmo da vida e dizia o que era ou não permitido, punindo aqueles que
andassem de forma contrária aos mandamentos religiosos. Assim, os sacerdotes eram também médicos e
juízes.
Curiosidade: O Hsi yuan lu, um tratado elaborado por volta de 1240 A.C., na China, instruía sobre o
exame post-mortem, listava antídotos para venenos e dava orientações acerca de respiração artificial.
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Nesse período os cadáveres já eram examinados por médicos, porém somente externamente. As
necropsias eram proibidas.
Com a reforma, em Roma, separou-se Religião e Direito. É possível notar nos códigos de Justiniano, de
forma implícita a Medicina Legal, como por exemplo na lei Aquilia que tratava da letalidade dos
ferimentos.
Durante esse período notou-se uma contribuição mais direta do médico ao Direito, podendo ser citado
como exemplo a “lei sálica”, na Germânia e as Capitulares de Carlos Magno, que trazem detalhes de
anatomia sobre ferimentos e sobre a reparação devida às vítimas, conforme o local e a gravidade dos
ferimentos, além de estabelecerem que os julgamentos devem apoiar-se no parecer dos médicos.
Com a queda de Carlos Magno, sobreveio na Idade Média a onda de vandalismo que extinguiu a Medicina
Legal, substituindo-a pela prática das provas inquisicionais em que a penalidade depende do dano
causado e para obtenção das provas invoca-se o Juízo de Deus ("ordálias").
Este período é influenciado de forma positiva pelo Cristianismo, com a codificação das Decretais dos
Pontifíces dos Concílios, que foram a origem do Direito Moderno.
Foi no período Canônico que se promulgou o Código Criminal Carolino (de Carlos V), em 1532. Embora em
períodos anteriores haja menção à Medicina Legal em algumas legislações, como no Código de Hamurabi,
seu exercício prático se deu a partir do século XVI com o Código Carolino.
A Constituição do Império Germânico impunha obrigatoriedade da perícia médica antes da decisão dos
juízes nos casos de ferimentos, assassinatos, gravidez, aborto e parto clandestino. Ela é considerada como
sendo o primeiro documento organizado de Medicina Judiciária, tornando a Medicina Legal indispensável à
Justiça.
Em 1575 surge o primeiro livro de Medicina Legal, de Ambroise Paré, intitulado Des rapports et des
moyens d'embaumer les corps morts, e o francês passa a ser considerado como o pai da Medicina Forense.
Inicia-se assim, a era científica da Medicina Legal.
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A partir do século XVIII, a Medicina Legal torna-se uma disciplina jurídica e surgem as escolas Italiana,
Alemã e Francesa.
Em 1602, em Palermo, na Itália, foi publicado o livro intitulado De Relatoribus Libri Quator in Quibus e a
Omnia quae in Forensibus ac Publicis Causis Medici Preferre Solent Plenissime Traduntur, de Fortunato
Fidelis.
No ano de 1621, Paulus Zacchias publicou um tratado de Medicina Legal “Quaestiones Medico Legales
Opus Jurisperitis Maxime Necessarium Medicis Peritilis”. A obra conta com 1200 páginas, distribuídas em
três volumes. Em razão do tratado é considerado pela maioria dos autores como o real fundador da
disciplina.
Em 1814 iniciou-se a Medicina Legal no Brasil com a primeira publicação sobre o tema.
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Na fase seguinte surge no cenário da Medicina Legal, Souza Lima, o iniciador, em 1877, do ensino prático
desta disciplina no Brasil, porém a atuação se limitava à interpretação e comentários das leis estrangeiras.
A verdadeira Medicina Legal nacional se deve à criação, por Raymundo Nina Rodrigues, de uma Escola
brasileira de Medicina Legal na Bahia, constituída, entre outros, por Alcântara Machado, Júlio Afrânio
Peixoto, Leonídio Ribeiro, Oscar Freire e Estácio Luiz Valente de Lima.
Para auxiliar na busca pela solução dos problemas judiciais, a Medicina Legal se socorre de diferentes
fontes, como por exemplo da fotografia, radiografia, balística, toxicologia, biomedicina, anatomia normal e
patológica, biologia, microbiologia, parasitologia, psicologia, psiquiatria, geologia, etc.
Na elaboração das leis a Medicina tem importância na medida em que a criação de uma norma visando
proteger um Bem Jurídico pode exigir conhecimentos específicos afetos à uma determinada área.
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função”
Há um escalonamento da lesão:
• Leve
• Grave
• Gravíssima
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Através da realização do exame de corpo de delito configura-se o grau da lesão. É importante também a
Medicina Legal na execução das leis.
Assim, temos:
CRIAÇÃO
DA NORMA
PROTEÇÃO LEI
APLICAÇÃO
DA NORMA
Como dito acima a detecção da intensidade da lesão somente poderá ser constatado com realização de
perícia médica.
Veja como este tema foi explorado na prova de Delegado de Espírito Santo 2019:
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(INSTITUTO ACESSO/ES DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – 2019) Enquanto área de estudo e aplicação
de conhecimentos científicos, a Medicina Legal está alicerçada em um conjunto de conhecimentos
destinados a defender os direitos e os interesses dos homens e da sociedade. Assinale a seguir a
alternativa que descreve corretamente a Medicina Legal.
a. É fundamentalmente uma forma de apoiar as investigações das polícias técnicas, sempre que
haja evento a ser investigado que resultou em dano físico e/ou mental.
c. É uma atribuição designada ao médico legista, podendo ser exercida por profissional civil ou
militar, desde que investido por instituição que assegure a competência legal e administrativa do
ato profissional.
Gabarito: letra D
O ensino da Medicina Legal àqueles que atuam no mundo jurídico é importante, pois fornece
conhecimentos necessários para que se formulem quesitos e permita a interpretação de laudos e
pareceres médico-legais, possibilitando uma análise crítica. É necessário que o jurista tenha noções acerca
de lesões corporais, as consequências que delas decorrem, as alterações que ocorrem em razão da morte,
os fenômenos cadavéricos, sobre os conceitos de embriaguez e drogadição, as características das asfixias,
características de crimes sexuais, lesões por arma de fogo, etc.
A Medicina Legal é fundamental para solucionar questões relacionadas com as leis penais, civis e
trabalhistas que demandem conhecimento das ciências médicas.
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Notamos a importância da Medicina Legal em vários ramos do Direito. Ao Direito Civil permite, por
exemplo, a solução de diversas questões atinentes à paternidade, impedimentos matrimoniais, erro
essencial, limitadores e modificadores da capacidade civil, gravidez, personalidade civil e direitos do
nascituro, comoriência entre outros temas. Ao Direito Penal permite a solução de questões referentes à
lesões corporais, crimes sexuais, aborto, infanticídio, homicídio, embriaguez, etc. Serve ainda, ao Direito
Constitucional quando orienta questões relativas à proteção da infância e à maternidade; ao Direito
Processual Civil e Penal quando trata de questão psicológica das partes, da confissão, da acareação.
Contribui com o Direito do Trabalho quando diz respeito à insalubridade, às doenças e a prevenção de
acidentes profissionais.
A relação da Medicina Legal com os ramos do Direito não se esgota nos acima citados, guardando ela,
ainda, relação, com outros ramos como: Direito dos Desportos, Direito Internacional Público, Direito
Internacional Privado, Direito Canônico, Direito Comercial, entre outros.
Vale lembrar que o Poder Legislativo também sofre influência da Medicina Legal na medida em que chama
atenção para elaboração de novas leis, permite a execução das leis existentes e auxilia na interpretação
dos dispositivos legais que exigem conhecimento médico.
“A Medicina Legal é, portanto, verdadeiro elo entre o pensamento jurídico e a Biologia, ciência e arte
cooperadora na elaboração e na aplicação das leis”1.
1
Croce, Delton, Manual de Medicina Legal – 8ª Ed. – Sâo Paulo: Saraiva, 2012.
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Como podemos verificar no esquema acima, a primeira corrente coloca a Medicina Legal como algo
dispensável e sem importância, já a segunda corrente não é bem aceita, pois o seu o método é comum aos
demais ramos da Medicina, seu objeto não é próprio já que várias ciências estudam o homem (como por
exemplo, a Sociologia) e o objetivo (auxiliar o Direito) também é o mesmo de outras disciplinas. Assim, a
corrente que mais se adequa é a terceira – Intermediária ou Mista.
Assim, a atuação da Medicina Legal inicia-se com a fecundação e se encerra com o desaparecimento do
último vestígio cadavérico.
“A Medicina Legal estuda a vida, em sua essência, e a morte. É a ciência social vivaz e realista, embasada na
Verdade e na Justiça, que desnuda o indivíduo desde enquanto ovo, e depois, até o âmago do ser e seduz e
apaixona, irremediavelmente, desde o início, os seus profissionais”.
2
Croce, Delton, Manual de Medicina Legal – 8ª Ed. – Sâo Paulo: Saraiva, 2012.
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Primeiramente é possível dividir a Medicina Legal em Introdução à Medicina Legal (que abrange os
aspectos genéricos da matéria, basicamente a parte histórica, os conceitos, definições, relação com outras
disciplinas entre outros temas) e Medicina Legal propriamente dita, que está dividida em 03 (três grupos)
de acordo com Hélio Gomes; os três grupos levam em consideração o indivíduo.
3) O indivíduo em relação às decisões dos juízes e tribunais: grupo onde é criada a chamada
“Jurisprudência Médico Legal” e a Policiologia (Polícia Técnica).
1) Medicina Legal Judiciária: composta pela introdução à Medicina Legal, Criminalística, Tanatologia,
Sexologia, Traumatologia e Psiquiatria Forense.
2) Medicina Legal Profissional: cuida dos direitos (Diceologia) e deveres (Deontologia) dos médicos.
3) Medicina Legal Social: parte da Medicina Legal eu cuida da área trabalhista, securitária e
preventiva.
Outra divisão (na nossa opinião a mais didática) da Medicina Legal é em parte geral, onde estudamos a
Deontologia (deveres dos médicos) e a Diceologia (direitos dos médicos) e em parte especial que se divide
da seguinte forma:
1) Antropologia Forense: É o estudo do ser humano a partir de sua forma (morfologia), com vistas a
obter a sua identificação. Estuda, assim, a identidade e a identificação (médico legal ou judiciária),
seus métodos, processos e técnicas. A identidade médico legal é aferida através de dados sobre
idade, sexo, raça, altura, peso, sinais individuais e profissionais, dentes e tatuagens, por exemplo. A
identidade judiciária é obtida através da antropometria, datiloscopia, etc.
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4) Asfixiologia Forense: Estuda as situações em que agentes externos prejudicam a oxigenação dos
tecidos; as asfixias em geral, do ponto de vista médico e jurídico, podem se dizer que estuda as
mortes produzidas por gases, estrangulamentos, enforcamentos, afogamentos e sufocações.
10) Criminologia: Estuda os diferentes aspectos da gênese e da dinâmica dos crimes, assim, estuda o
crime, o criminoso, o controle social e a vítima. Modernamente entende-se que se trata de uma
ciência autônoma.
11) Vitimologia. Trata da análise da participação da vítima na infração penal. Estuda profundamente a
vítima e o processo de vitimização.
12) Infortunística. Preocupa-se com os acidentes do trabalho, com as doenças profissionais, com a
higiene e a insalubridade laborativas. Para alguns é parte da Traumatologia Forense.
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Obs.: Criminalística: é o conjunto das ciências (física, química, matemática, etc.) Aplicadas no auxílio à
Justiça.
(CESPE/PB PAPILOSCOPISTA E TÉCNICO EM PERÍCIA – 2009) Assinale a opção correta acerca dos
conceitos relacionados à medicina legal.
b. A medicina legal, que contribui para a elucidação de crimes, colabora com a investigação policial
somente na fase do inquérito.
c. A sexologia forense tem como objeto principal o estudo do comportamento sexual do criminoso.
Comentários
Letra B: Errado. A medicina legal, que contribui para a elucidação de crimes, tanto na fase pré-
processual como na fase processual.
Letra C: Errado. A sexologia forense tem como objeto principal o estudo dos aspectos médico-legais
dos crimes contra dignidade sexual, gravidez, himeneologia, etc.
Letra D: Errado. A imputabilidade penal e a capacidade civil são objetos de estudo da psicologia e
psiquiatria forense.
Gabarito: Letra E
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E qual a finalidade das perícias? Provar fatos e esclarecer situações que interessem à Justiça.
Não são raras as situações em que um Juiz para proferir uma decisão sobre determinada causa necessita de
conhecimentos técnicos e específicos sobre determinado assunto. Nessas situações é que entram em cena
os peritos; em que se faz necessária a realização de perícia. Então nessas situações as pessoas com aquele
determinado conhecimento técnico – o perito – realiza a perícia e, a partir dela, é possível ao julgador
proferir sua decisão.
Podemos então dizer que perícia é o exame realizado em uma pessoa ou objeto com o objetivo de
constar fato juridicamente relevante, servindo assim, à produção da prova.
Vejamos o que diz o artigo 155 do Código de Processo Penal sobre as provas:
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei
civil.
Logo, da leitura do artigo 155, verificamos que o Código de Processo Penal, traz as seguintes provas:
Durante o Inquérito Policial são produzidas provas cautelares e provas não repetíveis. A Antecipada,
quando produzida durante o inquérito policial ou está em situação de prova não repetível ou de prova
cautelar.
Outra classificação no tocante às provas as divide em: periciais, plena, não plena e emprestada.
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Prova pericial: é aquela produzida por um terceiro, especialista e que tem por escopo auxiliar o
juízo na solução de questões que demandem conhecimento técnico daquele perito, que fogem
ao conhecimento do julgador.
Prova plena: Aquela que produz um juízo de certeza.
Prova não plena: São os indícios, produzem um juízo de probabilidade.
Prova emprestada: é a prova produzida nos autos de outro processo, que é trazida,
documentalmente, ao processo. Nesse caso não se realiza nova perícia, usa-se a já realizada em
outro processo.
Estabelece o legislador que para proferir sua decisão o juiz deverá apreciar as provas produzidas durante o
processo, respeitado o contraditório, não sendo permitido ao julgador fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação.
Obs.: Elementos informativos são aqueles colhidos durante a investigação, sem a participação das partes,
ou seja, sem contraditório.
Nos dizeres de Denilson Feitoza, a Perícia é “o exame técnico feito em pessoa ou coisa para comprovação
de fatos e realizado por alguém que tem determinados conhecimentos técnicos ou científicos adequados
à comprovação”.3
Assim, podemos concluir que será realizada perícia sempre que o magistrado não tiver conhecimento
técnico para opinar sobre determinado assunto e quando a lei exigir sua realização.
Os peritos são aquelas pessoas, com conhecimento técnico que vão auxiliar o juízo, esclarecendo as
partes e o julgador sobre determinado assunto do qual é especialista elaborando para tanto, documento
que constará dos autos processuais.
3
Greco, Rogério e outros. Medicina Legal à luz do Direito Penal e do Direito processual penal: teoria
resumida. 10ª ed. Rio de Janiero: Impetus, 2011, p. 6 apud Pacheco, denilson Feitoza. Direito
Processual Penal Teoria, Crítica e Práxis. 6ª ed. Niterói: Ipetus. 2009, p.729.
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Veremos mais adiante que esses peritos poderão ser oficiais ou nomeados (não oficiais) e que as partes,
em querendo poderão nomear assistentes técnicos.
De acordo com o Código de Processo Penal o exame de corpo de delito e as outras perícias serão realizadas por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma
de curso superior.
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de
curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada
com a natureza do exame
§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao
acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e
elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão
§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o
mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados
com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo
complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser
inquiridos em audiência.
§ 6o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será
disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito
oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-
se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Perícia complexa é aquela que envolve mais de uma área de conhecimento e, por conseguinte, mais de um
perito, bem como abre a possibilidade para indicação de mais de um assistente técnico.
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➔ Animais, muitas vezes a presença de animais no local ajudam na elucidação do delito, neles
pode haver, por exemplo, respingo de sangue da vítima ou do autor, em alguns casos o animal pode
ter se alimentado de restos mortais, também podem ser periciados quando se tratar de delito
perpetrado em face do animal, como maus tratos, por exemplo.
➔ Coisas, pode ser realizada perícia em panos, roupas, pelos, armas, utensílios em que podem
ser encontradas digitais, manchas, sangue, esperma, urina, líquido amniótico, saliva, pus, etc.
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Podemos conceituar corpo de delito como sendo o conjunto de vestígios materiais oriundos
da prática de uma infração penal.
Esses vestígios são elementos materiais os quais podem ser percebidos por nossos sentidos.
Os peritos, após realizarem a perícia, emitirão um laudo. Esse laudo é a peça técnica onde constará a
descrição dos vestígios que guardam relação com a infração penal.
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Indireto: o perito não tem como analisar os vestígios, porém poderá realizar o exame com base
em prova documental e testemunhal, como por exemplo, com base em prontuário médico. Por
isso diz ser atécnico falar em exame de corpo de delito indireto já que não se tem mais
vestígios.
Nos crimes que deixam vestígios a prova pericial deverá ser direta, porém se impossível a realização do
exame a prova testemunhal será admitida supletivamente. Vale lembrar que o exame de corpo de delito
indireto requer lavratura de auto.
Curiosidade: Dá-se o nome de delicta factis permanentis aos vestígios de caráter permanente, duradouros
e delicta factis transeuntis àqueles que são passageiros.
5
Caso haja necessidade de realização de exames laboratoriais será guardada quantidade suficiente de
amostra para eventual necessidade de nova perícia, conforme determina o art. 170 do CPP).
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova
perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas,
desenhos ou esquemas.
É sempre bom lembrar que a perícia não se confunde com a prova testemunhal porque o perito não se
limita a descrever os fatos, ele também emite um juízo de valor, baseado em seus conhecimentos.
Fique atento!
Corpo de delito não se confunde com exame do corpo de delito. Corpo de delito é o
conjunto dos vestígios materiais sensíveis deixados pelo fato, já exame do corpo de delito é
o conjunto das diligências periciais que são realizadas sobre o corpo de delito.
No procedimento comum é possível que os peritos sejam intimados para prestar esclarecimentos,
conforme disposto no artigo 400 do Código de Processo Penal:
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,
proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e
pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos
peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o
acusado.
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§ 1º. As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes,
impertinentes ou protelatórias.
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes.
É possível que haja esclarecimentos do Perito também no procedimento sumário, conforme se depreende
da leitura do artigo 531 do Código de Processo Penal:
Art. 531. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias,
proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela
acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos
esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em
seguida, o acusado e procedendo-se, finalmente, ao debate.
No procedimento do Tribunal do Júri, de igual forma, também existe previsão expressa da participação dos
peritos, conforme se depreende da leitura do artigo 411, caput e § 1º, do Código de Processo Penal.
Podemos concluir que os peritos podem intervir em qualquer fase da persecução criminal, ou seja, durante
as investigações, na fase de instrução, durante o julgamento e até quando da execução, como acontece
com o acusado que pretende o livramento condicional e para tanto, dentre outros requisitos existe a
necessidade de realização de exame.
Quando estivermos diante de uma infração de menor potencial ofensivo, é possível a dispensa de exame
de corpo de delito nos casos em que a materialidade já estiver comprovada por boletim médico ou prova
equivalente, conforme estabelece o artigo 77, § 1º da lei 9.099/95:
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do
fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de
imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis.
§ 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido no art.
69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a
materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente.
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A lei de drogas também traz disposição específica sobre o laudo pericial para constatação da natureza e
quantidade da droga, permitindo, para elaboração do auto de prisão em flagrante, que seja elaborado
laudo de constatação provisório:
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação
ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério
Público, em 24 (vinte e quatro) horas.
§ 1o Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é
suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta
deste, por pessoa idônea.
§ 2o O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1o deste artigo não ficará impedido de participar da
elaboração do laudo definitivo.
§ 3o Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a regularidade
formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra
necessária à realização do laudo definitivo.
O laudo é imprescindível para elaboração de auto de prisão em flagrante já que por meio dele que ficará
comprovada a materialidade delitiva.
Para a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante para a prova da materialidade é suficiente Laudo de
Constatação da Natureza e quantidade de droga, por Perito Oficial ou por pessoa idônea (Em São Paulo
existem delegacias que possuem kit para teste).
O Código de Trânsito Brasileiro dispõe que “Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou por
litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165” (artigo 276). O artigo 165 do
Código de Trânsito Brasileiro traz as penalidades administrativas.
Mais adiante o CTB traz as formas para aferição da alcoolemia, quais sejam exame clínico e pericial, teste
de etilômetro e observação do notório estado de embriaguez pelo agente de trânsito.
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Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização
de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que, por meios técnicos
ou científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool ou outra substância
psicoativa que determine dependência.
§ 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação
de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora ou
produção de quaisquer outras provas em direito admitidas.
§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165-A deste Código ao
condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo.
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool
ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por:
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3
miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora.
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico,
exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o
direito à contraprova.
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também podem pedir a perícia necessária à produção de prova que a embasaria. Parcela da doutrina
entende que durante a fase de investigação o Ministério Público atua apenas como fiscal da lei e por isso
não poderia requisitar, já que o presidente do Inquérito Policial é a autoridade policial e, a ela cabe a
condução dos trabalhos investigativos.
Devemos lembrar que as perícias deverão ser realizadas, em regra nas instituições oficiais, ou seja, no
interior do Instituto de Criminalística ou junto ao Instituto Médico Legal, porém existem situações em que
serão realizadas fora desses locais, como por exemplo a realização de perícia no local do crime.
As perícias poderão ser realizadas em qualquer hora e dia, conforme redação do artigo 161,
complementada pela redação do artigo 797, ambos do Código de Processo Penal.
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
Art. 797. Excetuadas as sessões de julgamento, aque não serão marcadas para domingo ou dia feriado, os
demais atos do processo poderão ser praticados em período de férias, em domingos e dias feriados. Todavia,
os julgamentos iniciados em dia útil não se interromperão pela superveniência de feriado ou domingo.
Anote aí!
As autópsias devem observar um intervalo de 06 (seis) horas da morte, para serem realizadas em razão dos
sinais abióticos de certeza que, decorrido esse intervalo, já estarão evidentes. Somente o médico legista
poderá antecipá-la, nos casos em que se tratar de morte aparente (p. ex. cadáver decapitado), devendo
justificar a antecipação, conforme estabelece o artigo 162 do Código de Processo Penal.
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos
sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
O Perito Médico Legista e, somente ele, poderá dispensar a realização da autópsia nos casos de morte
violenta em que não exista infração penal para apurar ou quando a determinação da causa da morte for
possível da simples análise das lesões externas, conforme parágrafo único do artigo 162 do Código de
Processo Penal:
Art. 162, Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando
não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e
não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.
Lembre-se que a perícia não se restringe à vítima; ela se estende ao réu, testemunhas e jurados, se
necessário.
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Existem situações em que haverá divergência entre peritos ou entre peritos e assistentes técnicos, nestas
situações diz-se que temos uma situação de perícia contraditória. O próprio Código de Processo Penal traz
solução para esses casos, nos artigos 180, 181 e 182, vejamos:
Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e
respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um
terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.
Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a
autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.
Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se
julgar conveniente.
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
E se o laudo for irregular, omisso, falho? Nos casos em que os laudos deixam de esclarecer a questão que
demandou perícia, ou quando não apresentam fundamento científico para as respostas aos quesitos, ou
dúbios ou nitidamente parciais, o que pode ser feito? Nesses casos o laudo deve ser refeito, mas vale
lembrar que se o laudo contiver vícios sanáveis ou pequenas omissões, poderá ser devolvido, por
determinação da autoridade judicial aos peritos para que estes o emendem.
Já destacamos acima o artigo 182 do Código de Processo Penal que nos informa que o juiz não está
vinculado ao laudo pericial, isso acontece porque a perícia é apenas uma das provas dentro do processo.
Chama-se o Juiz de peritus peritorum (perito dos peritos), já que ele analisará o laudo e então decidirá.
Sobre o tema vale a leitura dos artigos 155 e 158 do Código de Processo Penal:
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Vale à pena a leitura dos artigos 479 e 480 do novo Código de Processo Civil:
Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371, indicando na sentença os
motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões do laudo, levando em conta o
método utilizado pelo perito.
Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia quando a
matéria não estiver suficientemente esclarecida.
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Atentem para o fato de que existem situações em que é necessária a realização de exame complementar,
conforme estabelece o artigo 168 e parágrafos do Código de Processo Penal.
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a
exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do
Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a
deficiência ou retificá-lo.
§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser
feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.
§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.
==511aa==
Nesse ponto você deve estar se perguntando: Existe algum tipo de fiscalização das
perícias?
Sim, no campo das perícias vigora o princípio da credibilidade que se baseia no fato
de os Conselhos criarem métodos e regulamentos específicos para cada tipo de perícia.
Assim, é dever do perito descrever com detalhes todos os procedimentos e conclusões a que chegou
quando da realização da perícia observando as fases sucessivas no momento de elaboração do laudo,
assim todo laudo deve obedecer a ordem: preâmbulo, quesitos, comemorativo, descrição, discussão,
conclusão e resposta a quesitos. Para tanto o perito deve respeitar as normas e regulamentos atinentes a
cada caso.
Também, é possível, como forma de fiscalização, a revisão das perícias por Conselhos Médico Legais.
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Desse modo, a autoridade policial ou judicial socorrer-se-á dos conhecimentos do profissional de Medicina
sempre que houver necessidade de esclarecimento de um fato médico.
2.3 – PERITOS
Quem é o perito?
É o Expert: aquele que detém conhecimento específico sobre determinada área técnica.
A Lei 12.030/2009 dispõe sobre as perícias oficiais e estabelece quem são os peritos criminais.
Art. 5º Observado o disposto na legislação específica de cada ente a que o perito se encontra vinculado, são
peritos de natureza criminal os peritos criminais, peritos médico-legistas e peritos odontologistas com
formação superior específica detalhada em regulamento, de acordo com a necessidade de cada órgão e por
área de atuação profissional.
➢ Peritos Criminais;
➢ Peritos Médico-Legistas; e
➢ Peritos Odonto-Legistas.
O Artigo 6º do Código de Processo Penal também usa a expressão “Peritos Criminais” e dispõe que:
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a
chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro,
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
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VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua
folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos
que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
Peritos oficiais são aqueles que estão investidos no cargo, após a aprovação em concurso público, para
realização de perícias em geral. Não são nomeados pelo Juiz ou outra autoridade administrativa e prestam
o compromisso uma única vez, quando da investidura no cargo.
Os peritos não oficiais são aqueles nomeados pelo juiz ou por autoridade administrativa para realização de
determinada perícia. Há quem os chame de “peritos leigos” expressão infeliz já que estes são nomeados
em razão de suas especificações ou para suprir a falta de perito oficial.
Na falta de perito oficial o exame deverá ser realizado por dois peritos nomeados (ou louvados), que serão
escolhidos pelo juiz ou outra autoridade administrativa e deverão preencher alguns requisitos, dentre eles:
ser pessoa idônea, com diploma de curso superior, preferencialmente na área específica, com habilitação
técnica que guarde relação com a natureza do exame.
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Obs.: Com a alteração do Código de Processo Penal no ano de 2008, passou-se a exigir apenas um perito
oficial para realização das perícias, porém nos casos de peritos não oficiais ainda existe a exigência de
dois peritos, conforme redação do artigo 159, § 1º:
Art. 159, § 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de
diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica
relacionada com a natureza do exame.
A ausência de dois peritos não oficiais gera nulidade do exame pericial, conforme entendimento do
Supremo Tribunal Federal, na Súmula 361:
Súmula 361 – STF: No processo penal, é nulo o exame realizado por um só perito, considerando-se impedido o
que tiver funcionado, anteriormente, na diligência de apreensão.
Lembre-se, caso seja perito não oficial será lavrado auto pelo escrivão, conforme redação do artigo 179, do
Código de Processo Penal:
Art. 179. No caso do § 1o do art. 159, o escrivão lavrará o auto respectivo, que será assinado pelos peritos e,
se presente ao exame, também pela autoridade.
Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o laudo, que poderá ser datilografado, será subscrito e
rubricado em suas folhas por todos os peritos.
Conforme já dito em oportunidade anterior, caso os peritos não concordem, estaremos diante de uma
perícia contraditória e cada um elaborará seu laudo pericial, nos termos do artigo 180 do Código de
Processo Penal e o juiz não ficará vinculado a nenhum deles, podendo aceitá-los, no todo ou em parte,
rejeitá-los determinando nova perícia ou proferindo decisão de acordo com sua convicção.
Artigo 159, § 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante
e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
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Artigo 159, § 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames
e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.
Artigo 159, § 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o
mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados
com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser
inquiridos em audiência.
Artigo 159, § 6o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será
disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito
oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.
Poderá ser requerido exame complementar e este será feito nas dependências do
Instituto Médico Legal, na presença de perito oficial, não sendo necessário que seja o
mesmo que realizou o exame de corpo de delito inicial.
Curiosidade: Em processo civil o juiz nomeará um perito, não oficial, cadastrado junto ao Tribunal e será
aberto prazo para que as partes indiquem assistente técnico caso queiram.
CPC - Art. 156, § 1o Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos
técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
CPC - Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a
entrega do laudo.
§ 1o Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito:
I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
II - indicar assistente técnico;
III - apresentar quesitos”.
Esses peritos nomeados pelo Juízo não prestam compromisso, conforme Código de Processo Civil:
Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo
de compromisso.
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Diferentemente do que ocorre no Processo Penal em que os peritos não oficiais devem prestar
compromisso quando da nomeação:
Art. 159, § 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.
Em nenhum dos casos, seja no processo civil seja no processo penal, os assistentes técnicos prestam
compromisso.
O perito nomeado fica obrigado a aceitar o encargo, somente se desobrigando se houver escusa
justificável, conforme determina o artigo 277 do Código de Processo Penal:
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a
quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível.
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente:
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade;
b) não comparecer no dia e local designados para o exame;
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos”.
O perito poderá ter sua condução coercitiva determinada pela autoridade caso não compareça, sem justa
causa.
Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua
condução.
Atenção!
O médico perito não fica impedido de exercer a Medicina de forma particular e em hospitais, porém como
regra não poderá realizar perícia em paciente que tenha atendido em oportunidade anterior, pois nesse
caso seria parcial.
Nesse ponto vemos uma contradição na regra trazida no artigo 77,§ 1º da Lei 9099/95 a qual dispensa o
exame pericial nos casos em que a materialidade puder ser comprovada por boletim médico. Veja que
nesse caso, o médico que prestou atendimento está funcionando como perito.
Art. 77, § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido
no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a
materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente.
Por fim, importante lembrar que algumas das suspeições e incompatibilidade aplicam-se aos peritos, assim,
não poderá funcionar como perito se for parte ou interessado no processo ou se já tiver atuado naquele
processo como perito, também não poderá atuar se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das
partes, se alguma das partes for dele credora ou devedora, ou de seu cônjuge ou parentes, em linha reta
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ou na colateral até o terceiro grau, se for empregador de alguma das partes, se porventura recebeu
dádivas antes ou depois de iniciado o processo, ou subministrou meios para atender as despesas do litígio,
ou praticou atos que não mereçam fé ou se revelem desmerecedores de confiança. Confira-se os artigos
279 e 280 do Código de Processo Penal:
O próprio perito deve declarar-se suspeito ou impedido, assim que tiver ciência da intimação. Caso não o
faça, tanto a vítima quanto o autor poderão arguir, antes da diligência médico-legal, decidindo o juiz de
plano. Essa decisão é irrecorrível, conforme dispõe o artigo 105 do Código de Processo Penal.
Art. 105. As partes poderão também arguir de suspeitos os peritos, os intérpretes e os serventuários ou
funcionários de justiça, decidindo o juiz de plano e sem recurso, à vista da matéria alegada e prova imediata.
Ano: 2007 Banca: Polícia Civil Órgão: PC-MG Prova: Delegado de Polícia
Quando os dois Peritos não chegam, na perícia criminal, a um ponto de vista comum, cada
um apresentará à parte o seu próprio relatório. Chama-se a isso de perícia:
a) Nula.
b) Contraditória.
c) Complementar.
d) Sucinta.
Alternativa: B
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2.4 – QUESITOS
Conforme falamos acima existe método e regulamento para as perícias, dando a elas confiabilidade.
Nessa esteira existem alguns quesitos, ditos oficiais, para determinadas situações, mais corriqueiras, assim
a depender da situação a ser investigada existem quesitos que sempre devem ser respondidos. Vejamos
alguns casos em que se têm quesitos oficiais e quais são esses quesitos.
2. Exame em cadáver
➢ Houve morte;
➢ Se afirmativa a resposta acima, qual a causa da morte;
➢ Qual o instrumento ou meio produziu a morte;
➢ Foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia ou tortura, ou por outro meio insidioso e
cruel.
3. Infanticídio
➢ Houve morte;
➢ A morte foi ocasionada durante o parto ou logo após;
➢ Qual a causa da morte;
➢ Qual o instrumento ou meio que produziu a morte;
➢ Foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia ou tortura, ou por outro meio insidioso e
cruel.
➢ Houve morte;
➢ A morte foi precedida de provocação de aborto;
➢ Qual o meio empregado para a provocação do aborto;
➢ Qual a causa da morte;
➢ A morte da gestante sobreveio em consequência de aborto ou de meio empregado para provocá-lo.
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➢ A vítima é virgem;
➢ Há vestígios de desvirginamento recente;
➢ Há outros vestígios de conjunção carnal recente;
➢ Há vestígios de violência e, no caso afirmativo, qual o meio empregado;
➢ Da violência resultou para a vítima incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias,
ou perigo de vida, ou debilidade permanente ou perda ou inutilização de membro, sentido ou
função, ou incapacidade permanente para o trabalho, ou enfermidade incurável, ou deformidade
permanente, ou aceleração de parto, ou aborto;
➢ A vítima é alienada ou débil mental;
➢ Houve outra causa, diversa de idade não maior de 14 anos, alienação ou debilidade mental que a
impossibilitasse de oferecer resistência.
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Além desses quesitos já preparados a autoridade pode formular outros quesitos que entender necessário
para elucidação dos fatos investigados.
3 – DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS
São considerados documentos médico-legais (ou médico-judiciários ou atos médico-legais):
a. Notificações;
b. Relatórios;
c. Pareceres; e
d. Atestados;
e. Depoimento oral.
Por meio desses documentos o médico fornecerá seus esclarecimentos (escritos ou verbais) à Justiça ou ao
interessado.
➔ Acidentes de trabalho;
➔ Crime de ação penal pública incondicionada de que se teve ciência no exercício da medicina;
➔ Lesão corporal ou morte causadas pela atuação de pessoa que não e médico;
➔ Qualquer tipo de violência atendido em serviço de saúde pública ou privada;
➔ Esterilizações cirúrgicas
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2. Morte encefálica, mesmo que não haja autorização da família para doação dos órgãos a Central de
Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) deve ser notificada.
Caso a notificação não seja feita, o médico estará sujeito às penas do delito tipificado no artigo 269, do
Código Penal:
Caso o médico se omita em razão do pedido do paciente ou do responsável do paciente, estes responderão
a título de partícipe, nos termos do artigo 29 do Código Penal4.
O delito de omissão de notificação de doença é delito próprio que ocorre por omissão, já que somente o
médico pode praticá-lo e, para sua configuração basta a não notificação (a omissão do médico), pouco
importando as motivações do médico.
O médico pode invocar o sigilo profissional para desobrigar-se? Não! Nesses casos em que a notificação é
compulsória prevalece o interesse público, o dever legal de comunicar. Isso não significa dizer que essas
informações podem se tornar públicas, assim quem tem acesso a elas em razão da função tem dever de
sigilo.
Essa obrigatoriedade de notificação foi estendida a outros profissionais que atuam na área da saúde, aos
responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e ensino pela Lei nº
6.259 de 75 (artigo 8º):
Art 8º É dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência de fato, comprovado ou
presumível, de caso de doença transmissível, sendo obrigatória a médicos e outros profissionais de saúde no
exercício da profissão, bem como aos responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e
particulares de saúde e ensino a notificação de casos suspeitos ou confirmados das doenças relacionadas em
conformidade com o artigo 7º.
Isso não implica dizer que essas pessoas respondem pelo delito de omissão de notificação de doença. O
crime é próprio e, conforme já dito somente pode ser cometido pelo médico, porém é possível que haja
punição administrativa.
4
Código Penal - Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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Dá-se o nome de laudo pericial quando é redigido pelo próprio perito e de auto quando é ditado ao
escrivão, na presença de testemunhas.
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Código de Processo Penal: “Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência”.
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dita. Quando possível deve ser ilustrados com desenhos, gráficos, fotografias,
filmagens, etc. que possibilitem a compreensão com clareza.
• Discussão: as lesões eventualmente encontradas serão analisadas de forma científica
e comparadas a dados históricos, se houver. A partir daí é possível formular as
hipóteses sobre a dinâmica do crime. O perito não julga, ele esclarece por meio de
dados científicos.
• Conclusão: é a parte onde o perito dirá se o fato ocorreu ou não, com base no que foi
encontrado no exame confrontado com os dados históricos, de forma objetiva e com
clareza, fazendo uso de deduções afirmativas, negativas ou inconclusivas (nas
situações em que não for possível um juízo de certeza).
• Resposta aos quesitos: a finalidade das respostas aos quesitos e estabelecer se
houve ou não um fato típico. Não pode haver dúvida, deve ser dada respostas
sucintas e objetivas e em caso de dúvida, considera-se prejudicado aquele quesito.
Repito, existem quesitos oficiais, padronizados pelos Institutos Médico-Legais, mas as partes (ofendido,
querelante e acusado), o Ministério Público e o assistente de acusação podem formular quesitos (artigo
159, § 3º, CPP).
Art. 159, § 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e
ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
As partes, durante o curso do processo podem requerer a oitiva dos peritos para que prestem
esclarecimentos ou respondam a quesitos, para tanto o perito deverá ser intimado com antecedência
mínima de 10 (dez) dias, e lhe será enviado no mesmo prazo os quesitos ou questões de que se tenha
dúvidas, podendo o perito elaborar laudo complementar para respondê-las, conforme estabelece o artigo
159, § 5º, I, do Código de Processo Penal:
Art. 159, § 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o
mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados
com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar.
Relatório
Resposta a
Preâmbulo Quesitos Histórico Descrição Discussão Conclusão Médico-
quesitos
Legal
É bom saber! O relatório de necroscopia (exame cadavérico), na parte objetiva, é chamado de protocolo.
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Geralmente é um documento particular solicitado pela parte e o juiz pode ou não optar pela orientação
constante do parecer.
Discussão: é a parte em que o parecerista demonstra sua qualificação e competência para falar
daquela matéria; e
Vale lembrar que o artigo 159, § 5º, inciso II, do Código de Processo Penal estabelece que os assistentes
técnicos indicados na fase processual poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado em audiência.
Assim, temos que os pareceristas poderão atuar como assistentes técnicos, podendo, portanto,
acompanhar eventual exame complementar.
Art. 159, § 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser
inquiridos em audiência.
Parecer médico-legal
Preâmbulo
Exposição dos motivos
Discussão
Conclusão
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Embora não exija compromisso, se o médico faltar com a verdade responderá pelo crime de falsidade de
atestado médico, previsto no artigo 302 do Código Penal Pátrio.
O atestado será considerado falso se fizer afirmação não verdadeira, negar ou omitir a verdade ou se for
emitido sem exame do paciente.
Vale destacar que não se admite a forma culposa, já que se trata de crime contra a fé pública e estes são
sempre punidos a título de dolo. Assim para a tipificação do delito se faz necessário que o médico haja com
dolo dirigido à emissão de atestado falso.
Obs.: Relatórios médico-legais e atestados possuem o mesmo valor probatório. A diferença reside no
assunto tratado em cada um deles.
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Quando se tratar de atestado administrativo ou judiciário em que seja exigido pela autoridade o
diagnóstico, o médico está obrigado a declará-lo fazendo uso da Classificação Internacional de Doenças
(CID), com a anuência do paciente.
Por fim, vale destacar que o atestado não substitui o laudo oriundo de perícia médica quando esta for
exigida.
A Declaração de Óbito, documento padronizado em todo território nacional e distribuída pelo Ministério
da Saúde compõe-se de 08 blocos de informações, correspondendo o atestado de óbito aos dados médicos
constantes IV da Declaração de Óbito.
O atestado de óbito é indispensável para o registro do óbito junto ao Cartório de Registro Civil, o qual
reterá uma das vias e encaminhará a outra ao serviço de estatística. À família é fornecida a Certidão de
Óbito para que se possa realizar o sepultamento ou cremação, conforme determinado no artigo 77 da lei
6.015/73.
Art. 77. Nenhum sepultamento será feito sem certidão do oficial de registro do lugar do falecimento ou do
lugar de residência do de cujus, quando o falecimento ocorrer em local diverso do seu domicílio, extraída após
a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de
duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte.
Obs.: Em casos de morte natural, poderá ser feita cremação, desde que haja declaração de vontade nesse
sentido, haja interesse para a saúde pública e o atestado de óbito deverá ser firmado por dois médicos ou
por um médico legista. Nos casos de morte violenta também será necessária a autorização judicial,
conforme preceitua o § 2º do artigo 77 da lei 6.015/73.
Art. 77, § 2º A cremação de cadáver somente será feita daquele que houver manifestado a vontade de ser
incinerado ou no interesse da saúde pública e se o atestado de óbito houver sido firmado por 2 (dois) médicos
ou por 1 (um) médico legista e, no caso de morte violenta, depois de autorizada pela autoridade judiciária.
Como regra, o médico que acompanha o paciente, em caso de morte natural, tem o dever de atestar o
óbito.
E o que é morte natural?
Diz-se que é morte natural aquela que decorre de doença ou do envelhecimento.
E morte violenta?
Morte violenta é aquela que decorre de energias externas (crime, suicídio ou
acidente, incluindo-se os acidentes de trabalho).
E morte suspeita?
É aquela inesperada em que não há sinais de violência, mas que se deu em condições incomuns.
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O médico estará impedido de atestar o óbito em algumas situações. Nos casos de morte natural em que
não se tenha dado assistência e nos casos em que não há diagnóstico da causa mortis, ainda que tenha
havido curto período de internação (menos de 24 horas).
Também não poderá o médico atestar a morte nos casos de mortes violentas ou suspeitas, porque nesses
casos a autópsia é necessária e o atestado será fornecido pelo médico que a realizar nas dependências do
Instituto Médico Legal (IML).
Assim, sempre que houver relação entre a morte e a violência o corpo deverá ser encaminhado ao IML
para realização de autópsia.
Atenção! Quando se tratar de óbito de recém-nascido, nascido vivo, o médico está
obrigado a fornecer o atestado de óbito e, nesse caso registra-se o nascimento e o óbito,
independentemente do tempo de gestação e das características do feto.
O registro de óbito deve ser feito mesmo que a criança nasça sem vida, porém existem
situações em que o tempo de gestação é muito pequeno e o feto permanece retido dias no
útero materno e, ao nascer já se encontra em processo de decomposição (destrutivo) não
sendo possível individualizá-lo. Para essas situações temos a seguinte regra, formulada com base na
Classificação Internacional das Doenças (CID 10) a qual considera período perinatal:
❖ A partir de 22 (vinte e duas) semanas de gestação.
❖ Feto com 500gr (quinhentos gramas) ou mais de peso.
❖ Feto com estatura acima de 16, 5 cm (dezesseis e meio centímetros)
O que estiver abaixo destes padrões é considerado aborto e no caso de aborto não é necessário atestado
de óbito.
Assim, se o feto nascer morto nos parâmetros acima, será considerado natimorto e o médico está obrigado
a testar o óbito.
Obs.: existe um critério antigo, estabelecido pela Organização Mundial de Saúde que ainda é utilizado e,
classifica as perdas fetais em:
Perda fetal precoce: menos de 20 (vinte) semanas de gestação, feto com peso inferior a 500gs (quinhentos
gramas) e com estatura abaixo de 25 cm (vinte e cinco centímetros).
Perda fetal intermediária: de 20 (vinte) a 28 (vinte e oito) semanas de gestação, feto com peso superior a
500gr (quinhentos gramas) e inferior a 1.000gr (mil gramas) e com estatura entre 25 cm (vinte e cinco
centímetros) e 35cm (trinta e cinco centímetros).
Perda fetal tardia: mais de 28 (vinte e oito) semanas de gestação, feto com peso superior a 1.000gr (mil
gramas) e com estatura acima de 35 cm (trinta e cinco centímetros).
Ao seguir essa regra, o atestado e registro do óbito somente seriam obrigatórios para as perdas fetais
tardias. Nos casos das perdas fetais precoces e intermediárias, consideraria caso de aborto e o médico
estaria desobrigado de fornecer atestado de óbito.
Quando há obrigatoriedade o corpo é considerado cadáver e precisa, necessariamente, ser cremado ou
sepultado, nos demais casos devem se incinerados.
Curiosidade: Existe uma Resolução do Conselho Federal de Medicina que diz que se o feto
tiver menos de:
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• 5 (cinco) meses;
• de 500 gramas (quinhentos gramas)
• de 25 cm (vinte e cinco centímetros)
Considera-se morte fetal prematura e o médico NÃO é obrigado a fornecer atestado de óbito e este
cadáver (o feto) será sepultado com um ofício emitido pelo Delegado de Polícia.
a) Atestado.
b) Notificação
c) Parecer
d) Relatório
Alternativa: B
RESUMO
Noções básicas de ML
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o Constituição Federal
Segurança Púb.
Polícia Civil
Funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, ou seja a seu cargo estão as
investigações.
o Investigação
o ato de analisar vestígios com o objetivo de identificar a autoria, materialidade, tipicidade e
circunstâncias de uma ação humana.
AUTORIA,
FENÔMENO VESTÍGIO INVESTIGAÇÃO MATERIALIDADE,
CIRCUNSTÂNCIAS
o Medicina legal
Ciência extrajurídica auxiliar pautada em um conjunto de conhecimentos médicos, paramédicos e
biológicos destinados a auxiliar na defesa dos direitos e dos interesses dos homens e da sociedade.
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CRIAÇÃO DA
NORMA
Orientada pela
medicina legal
PROTEÇÃO LEI
APLICAÇÃO DA
NORMA
Orientada pela
medicina legal
o Objeto da ML
O ser humano, esteja ele, vivo ou morto.
o Divisões da ML
Parte Geral
Deontologia
Deveres dos médicos
Diceologia
Direitos dos médicos
Parte Especial
Antropologia Forense: estuda as formas de identificação.
Traumatologia Forense: estuda as lesões e as energias mecânicas causadoras do dano.
Sexologia Forense: estuda as questões ligadas à sexualidade, tais como paternidade, crimes
sexuais, dentre outros.
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o Perícia
O conjunto de procedimentos técnicos, com fundamentação científica, realizados por pessoa
qualificada, especialista – o perito, que tem por finalidade provar fatos e esclarecer situações que interessem
à Justiça.
Perícia complexa é aquela que envolve mais de uma área de conhecimento e, por conseguinte.
o Provas
03 (três) tipos de provas previstas no CPP:
Cautelar: para os casos em que há risco de desaparecimento do objeto. Ex.: rompimento
de obstáculo;
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Não repetíveis: aquelas que possuem um momento único para produção. Ex.: exame toxicológico,
de recenticidade de disparo de arma de fogo, exame residuográfico; e
Antecipadas: aquelas que correm o risco de se perderem. Ex.: testemunha enferma.
Durante o Inquérito Policial são produzidas provas cautelares e provas não repetíveis.
o Classificações de provas
Prova pericial: é aquela produzida por um terceiro, especialista e que tem por escopo auxiliar o juízo
na solução de questões que demandem conhecimento técnico daquele perito, que fogem ao conhecimento do
julgador.
Prova plena: Aquela que produz um juízo de certeza.
Prova não plena: São os indícios, produzem um juízo de probabilidade.
Prova emprestada: é a prova produzida nos autos de outro processo, que é trazida,
documentalmente, ao processo. Nesse caso não se realiza nova perícia, usa-se a já realizada em outro
processo.
o Peritos:
Os peritos são pessoas, com conhecimento técnico que vão auxiliar o juízo, esclarecendo as partes
e o julgador sobre determinado assunto do qual é especialista elaborando para tanto, relatório médico-legal.
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O perito examinará diretamente os vestígios relacionados com a infração. Exemplo: Pessoas e objetos.
O perito não tem como analisar os vestígios, porém poderá realizar o exame com base em prova
documental e testemunhal, como por exemplo, com base em prontuário médico.
LEGISLAÇÃO
↳ Art. 144, da CF: Órgãos de Segurança Pública.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes
órgãos:
I - polícia federal;
IV - polícias civis;
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de
2019)
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses
da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática
tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
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II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da
União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de
bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa
civil.
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade federativa a
que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 104, de 2019)
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de
maneira a garantir a eficiência de suas atividades.
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e
instalações, conforme dispuser a lei.
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na
forma do § 4º do art. 39.
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou
científico.
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§ 2o Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de divulgação na
rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além de consulta direta a
universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados
do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados.
§ 4o Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos dos arts. 148 e 467, o
órgão técnico ou científico nomeado para realização da perícia informará ao juiz os nomes e os dados de
qualificação dos profissionais que participarão da atividade.
§ 5o Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a nomeação do
perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou científico
comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da perícia.
Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando toda sua
diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
§ 2o Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos documentos
exigidos para habilitação à consulta de interessados, para que a nomeação seja distribuída de modo
equitativo, observadas a capacidade técnica e a área de conhecimento.
Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que
causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo
órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis.
↳ Arts. 464 a 480 da Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil): Da prova pericial
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§ 3o A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto
controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico.
§ 4o Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica específica na área objeto de
seu depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens com o
fim de esclarecer os pontos controvertidos da causa.
Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a
entrega do laudo.
I - proposta de honorários;
III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações
pessoais.
§ 3o As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo comum
de 5 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins do art. 95.
§ 4o O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a favor do
perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o
laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.
§ 5o Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente
arbitrada para o trabalho.
§ 6o Quando tiver de realizar-se por carta, poder-se-á proceder à nomeação de perito e à indicação de
assistentes técnicos no juízo ao qual se requisitar a perícia.
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Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de
termo de compromisso.
§ 1o Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.
§ 2o O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o acompanhamento das diligências e
dos exames que realizar, com prévia comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5
(cinco) dias.
Art. 467. O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição.
Parágrafo único. O juiz, ao aceitar a escusa ou ao julgar procedente a impugnação, nomeará novo perito.
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.
§ 1o No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional respectiva,
podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo
decorrente do atraso no processo.
§ 2o O perito substituído restituirá, no prazo de 15 (quinze) dias, os valores recebidos pelo trabalho não
realizado, sob pena de ficar impedido de atuar como perito judicial pelo prazo de 5 (cinco) anos.
§ 3o Não ocorrendo a restituição voluntária de que trata o § 2o, a parte que tiver realizado o adiantamento
dos honorários poderá promover execução contra o perito, na forma dos arts. 513 e seguintes deste
Código, com fundamento na decisão que determinar a devolução do numerário.
Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a diligência, que poderão ser
respondidos pelo perito previamente ou na audiência de instrução e julgamento.
Parágrafo único. O escrivão dará à parte contrária ciência da juntada dos quesitos aos autos.
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimento,
desde que:
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§ 1o As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos para acompanhar
a realização da perícia, que se realizará em data e local previamente anunciados.
§ 3o A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito nomeado pelo
juiz.
Art. 472. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação,
apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar
suficientes.
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos
especialistas da área do conhecimento da qual se originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério
Público.
§ 1o No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com coerência lógica,
indicando como alcançou suas conclusões.
§ 2o É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pessoais que
excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.
§ 3o Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os
meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em
poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas,
plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.
Art. 474. As partes terão ciência da data e do local designados pelo juiz ou indicados pelo perito para ter
início a produção da prova.
Art. 475. Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, o
juiz poderá nomear mais de um perito, e a parte, indicar mais de um assistente técnico.
Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz poderá
conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo originalmente fixado.
Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes
da audiência de instrução e julgamento.
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§ 1o As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo
comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo,
apresentar seu respectivo parecer.
§ 2o O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:
I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério
Público;
§ 3o Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande intimar o
perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando, desde
logo, as perguntas, sob forma de quesitos.
§ 4o O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico, com pelo menos 10 (dez) dias de
antecedência da audiência.
Art. 478. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de documento ou for de
natureza médico-legal, o perito será escolhido, de preferência, entre os técnicos dos estabelecimentos
oficiais especializados, a cujos diretores o juiz autorizará a remessa dos autos, bem como do material
sujeito a exame.
§ 3o Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra e da firma, o perito poderá requisitar, para
efeito de comparação, documentos existentes em repartições públicas e, na falta destes, poderá requerer
ao juiz que a pessoa a quem se atribuir a autoria do documento lance em folha de papel, por cópia ou sob
ditado, dizeres diferentes, para fins de comparação.
Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no art. 371, indicando na sentença os
motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões do laudo, levando em conta o
método utilizado pelo perito.
Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia quando a
matéria não estiver suficientemente esclarecida.
§ 1o A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira e destina-se a
corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu.
§ 3o A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de outra.
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↳ Arts. 155 a 184 do Decreto-Lei 3.689/1941 (Código de Processo Penal): Da Provas, do Exame de Corpo de
Delito e das Perícias em geral
TÍTULO VII
DA PROVA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial,
não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei
civil
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
I – Ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas
urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas
as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de
causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte
independente das primeiras
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe,
próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por
decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.
§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou
acórdão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
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CAPÍTULO II
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime
que envolva: (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
I - violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. (Incluído dada pela Lei nº
13.721, de 2018)
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e
documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrearsua
posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimentos
policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da
prova pericial fica responsável por sua preservação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona
à infração penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas: (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção da prova
pericial; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente
imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo de delito,
e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo
indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
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IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas características
e natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma
individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise,
com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; (Incluído pela Lei n
º 13.964, de 2019)
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequadas
(embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas
características originais, bem como o controle de sua posse; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado com, no
mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada,
local de origem, nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo
do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia
adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que
deverá ser formalizado em laudo produzido por perito; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial, que dará o
encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária a realização de
exames complementares. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem ser tratados como descrito
nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de natureza criminal responsável por detalhar a forma do
seu cumprimento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de
crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua
realização. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do material.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
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§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a
garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e, motivadamente, por
pessoa autorizada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de acompanhamento de vestígio o
nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem como as informações referentes ao
novo lacre utilizado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada à guarda e
controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de
natureza criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para conferência,
recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de
materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas
características do vestígio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser
registradas a data e a hora do acesso. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser registradas,
consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a data e horário da ação.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia, devendo nela
permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de armazenar determinado
material, deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as condições de depósito do referido
material em local diverso, mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza
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criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias
serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma
de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica
relacionada com a natureza do exame.
§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e
elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o
mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com
antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser
inquiridos em audiência.
§ 6o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será
disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito
oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado,
poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e
responderão aos quesitos formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser
prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência
dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não
houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e
não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.
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Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e
hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.
Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura, sob
pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o
cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo
constará do auto.
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na
medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao
laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo
Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas,
lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais
e indicações.
Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos os objetos encontrados, que
possam ser úteis para a identificação do cadáver.
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a
exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento
do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 1o No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a
deficiência ou retificá-lo.
§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá
ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade
providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que
poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no
relatório, as conseqüências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de
nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou
microfotográficas, desenhos ou esquemas.
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Art. 171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por
meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que
meios e em que época presumem ter sido o fato praticado.
Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou que
constituam produto do crime.
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio dos
elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências.
Art. 173. No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo
que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as
demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato.
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar-se-á o seguinte:
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for encontrada;
II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem
sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida;
III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem em arquivos
ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados;
IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade
mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta
última diligência poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa será
intimada a escrever.
Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a fim de se lhes
verificar a natureza e a eficiência.
Art. 176. A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência.
Art. 177. No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado. Havendo, porém,
no caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante.
Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da repartição, juntando-
se ao processo o laudo assinado pelos peritos.
Art. 179. No caso do § 1o do art. 159, o escrivão lavrará o auto respectivo, que será assinado pelos peritos
e, se presente ao exame, também pela autoridade.
Parágrafo único. No caso do art. 160, parágrafo único, o laudo, que poderá ser datilografado, será
subscrito e rubricado em suas folhas por todos os peritos.
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Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e
respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um
terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros
peritos.
Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos,
se julgar conveniente.
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública, observar-se-á o disposto no art. 19.
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia
requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a
chegada dos peritos criminais
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste
Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos
sua folha de antecedentes;
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IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros
elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
Art. 105. As partes poderão também argüir de suspeitos os peritos, os intérpretes e os serventuários ou
funcionários de justiça, decidindo o juiz de plano e sem recurso, à vista da matéria alegada e prova
imediata.
↳Arts. 277 a 280 do Decreto-Lei 3.689/1941 (Código de Processo Penal): Dos Peritos
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem
a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível.
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente:
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos.
Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a
sua condução.
I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código Penal;
II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da perícia;
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes.
↳Arts. 400 e 411 do Decreto-Lei 3.689/1941 (Código de Processo Penal): Esclarecimentos dos Peritos
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Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,
proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação
e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos
dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o
acusado.
§ 1o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes,
impertinentes ou protelatórias.
↳Art. 531 do Decreto-Lei 3.689/1941 (Código de Processo Penal): Oitiva do Perito no procedimento
sumário
Art. 531. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias,
proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas
pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos
esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em
seguida, o acusado e procedendo-se, finalmente, ao debate.
↳Art. 797 do Decreto-Lei 3.689/1941 (Código de Processo Penal): Atos processuais podem realizar-se a
qualquer dia
Art. 797. Excetuadas as sessões de julgamento, que não serão marcadas para domingo ou dia feriado, os
demais atos do processo poderão ser praticados em período de férias, em domingos e dias feriados.
Todavia, os julgamentos iniciados em dia útil não se interromperão pela superveniência de feriado ou
domingo.
Lesão corporal
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§ 1º Se resulta:
II - perigo de vida;
IV - aceleração de parto:
II - enfermidade incurável;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória:
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Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor
do fato, ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao
Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis.
§ 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido no
art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a
materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente.
↳ Arts. 165, 165-A, 276, 277 e 306, do Código de Trânsito Brasileiro: Perícia para apuração de embriaguez
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine
dependência:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até
12 (doze) meses.
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita
certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses;
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até
12 (doze) meses
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor
às penalidades previstas no art. 165.
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Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de tolerância quando a infração for apurada por meio
de aparelho de medição, observada a legislação metrológica.
Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de
fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que,
por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool
ou outra substância psicoativa que determine dependência. (
§ 1o (Revogado).
§ 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante imagem, vídeo,
constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade
psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas
§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165-A deste Código
ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo.
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de
álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência.
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor.
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3
miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora.
(Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou
toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito
admitidos, observado o direito à contraprova.
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para
efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente,
comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão
do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas.
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§ 2o O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1o deste artigo não ficará impedido de participar
da elaboração do laudo definitivo.
§ 3o Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a
regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas,
guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais para as perícias oficiais de natureza criminal.
Art. 2o No exercício da atividade de perícia oficial de natureza criminal, é assegurado autonomia técnica,
científica e funcional, exigido concurso público, com formação acadêmica específica, para o provimento do
cargo de perito oficial.
Art. 3o Em razão do exercício das atividades de perícia oficial de natureza criminal, os peritos de natureza
criminal estão sujeitos a regime especial de trabalho, observada a legislação específica de cada ente a que
se encontrem vinculados.
(...)
Art. 5o Observado o disposto na legislação específica de cada ente a que o perito se encontra vinculado,
são peritos de natureza criminal os peritos criminais, peritos médico-legistas e peritos odontolegistas com
formação superior específica detalhada em regulamento, de acordo com a necessidade de cada órgão e
por área de atuação profissional.
Art 8º É dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência de fato, comprovado ou
presumível, de caso de doença transmissível, sendo obrigatória a médicos e outros profissionais de saúde
no exercício da profissão, bem como aos responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e
particulares de saúde e ensino a notificação de casos suspeitos ou confirmados das doenças relacionadas
em conformidade com o artigo 7º.
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Art. 77. Nenhum sepultamento será feito sem certidão do oficial de registro do lugar do falecimento ou do
lugar de residência do de cujus, quando o falecimento ocorrer em local diverso do seu domicílio, extraída
após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou em caso
contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte. (Redação dada
pela Lei nº 13.484, de 2017)
§ 1º Antes de proceder ao assento de óbito de criança de menos de 1 (um) ano, o oficial verificará se houve
registro de nascimento, que, em caso de falta, será previamente feito.
§ 2º A cremação de cadáver somente será feita daquele que houver manifestado a vontade de ser
incinerado ou no interesse da saúde pública e se o atestado de óbito houver sido firmado por 2 (dois)
médicos ou por 1 (um) médico legista e, no caso de morte violenta, depois de autorizada pela autoridade
judiciária.
JURISPRUDÊNCIA
ADI. 2.827RS/STF: Taxatividade do Rol 144, CR/88
STF entendeu na ADI 2.827/RS – de 06.04.2011 – que o rol de órgãos encarregados do exercício de
segurança pública, previsto no art. 144, da CR/88, é TAXATIVO, e que esse modelo federal deve ser
observado pelos Estados-membros e pelo Distrito Federal.
ADI. 2616PR/STF: Inconstitucionalidade de norma EC que altera rol se órgãos de Segurança Pública
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Guerreiros,
Chegamos ao final da aula inaugural! Vimos uma pequena parte da matéria, entretanto, um assunto muito
relevante para a compreensão da disciplina como um todo.
A pretensão desta aula é a de situar vocês no mundo da Medicina Legal, a fim de que não tenham
dificuldades em assimilar os conteúdos relevantes que virão na sequência.
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Além disso, procuramos demonstrar como será desenvolvido nosso trabalho ao longo do Curso.
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum no Curso,
por e-mail e, inclusive, pelo Instagram.
Paulo Bilynskyj
E-mail: [email protected]
Instagram: @paulobilynskyj
Youtube: Projeto Policial
Facebook: Paulo Bilynskyj
QUESTÕES COMENTADAS
1. (FUMARC- INVESTIGADOR DE POLÍCIA MG /2014) O registro da anamnese do paciente, dos
cuidados médicos e dos documentos relativos à assistência prestada é denominado
a) Atestado.
b) Notificação.
c) Prontuário.
d) Relatório.
Comentários
Letra A: O ATESTADO conforme é a afirmação sucinta e por escrito de um fato médico e de suas
consequências.
Letra B: As NOTIFICAÇÕES, de acordo com o professor G.V. França: “São comunicações compulsórias feitas
pelos médicos às autoridades competentes de um fato profissional, por necessidade social ou sanitária,
como acidente do trabalho, doenças infectocontagiosas, uso habitual de substâncias entorpecentes ou
crime de ação pública que tiverem conhecimento e não exponham o cliente a procedimento criminal”.
Letra C: Dá-se o nome de PRONTUÁRIO MÉDICO: ao registro feito pelo médico quando do atendimento ao
paciente. O médico incorre em falta ética grave se deixar de elaborá-lo. No prontuário estão, entre outras
informações: a Identificação; a Anamnese; o Exame Físico Geral, o Exame Físico Especial; Exames
Complementares; Diagnóstico, Conduta e Prognóstico.
Letra D: Por fim, o RELATÓRIO é a materialização da perícia médica, é a descrição minuciosa do fato
médico e de suas consequências, requisitada pela autoridade competente.
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Gabarito: C
2. (VUNESP – MÉDICO LEGISTA PCSP/2014) Dentro das diversas áreas da Medicina Legal, pode-se
dizer que a pesquisa da reação de natureza vital nas vítimas é abordada de modo mais específico na
a. Tanatologia.
b. Vitimologia.
c. Infortunística.
d. Traumatologia.
e. Criminalística.
Comentários:
Letra A: Tanatologia é a parte da medicina legal que estuda a morte (o processo e a causa).
Letra C: Infortunística é a parte da medicina legal que estuda os acidentes de trabalho e as doenças
profissionais.
Letra D: Traumatologia é a parte da medicina legal que cuida do estudo das lesões corporais.
Letra E: Criminalística é a disciplina que tem como objetivo o reconhecimento e a interpretação dos
indícios materiais extrínsecos, relativos ao crime ou à identidade do criminoso.
Gabarito: A
Comentários:
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Gabarito: E
Comentário:
É possível conceituar documento como sendo toda anotação escrita que tenha por finalidade a reprodução
de uma manifestação de vontade.
1. Notificações;
2. Atestados;
3. Pareceres;
4. Depoimentos Orais; e
5. Relatórios (Auto e Laudo).
Obs: Receita e Declaração não são documentos médico-legais. Ademais, somente atestados judiciário são
considerados documentos médico-legais.
2. Atestados: O atestado ou certificado médico é uma afirmação simples e por escrito de um fato médico e
suas possíveis consequências. Classificam-se em oficiosos, administrativos e judiciários. Somente os
atestados judiciários são considerados documentos médico-legais.
3. Parecer: É a resposta de questão atinente a assunto médico-forense, sobre o qual recaia dúvida. Em caso
de dúvidas acerca de um relatório médico-legal se faz necessária a consulta a um ou mais especialista para
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que seja dirimida a dúvida. A resposta à essa consulta denomina-se parecer médico-legal ou laudo extra
pericial ou perícia extrajudicial. É um documento particular.
4. Depoimentos orais: É o depoimento prestado pelo perito, de forma oral, em tribunal ou audiência
acerca do laudo que ofertou.
Laudo e Auto são espécies de Relatórios, o que os difere é a forma como são elaborados.
O relatório elaborado diretamente pelo perito é denominado Laudo. Porém se o relatório é ditado
diretamente ao escrivão, na presença de testemunhas, denomina-se Auto.
Gabarito: C
Comentários:
O exame de corpo de delito indireto é aquele instrumento utilizado para provar a materialidade do crime
por meio de prova testemunhal e ficha de registro médico.
Gabarito: B
6. (NUCEPE/POLÍCIA CIVIL-PI/2008) Entre os documentos médicos abaixo, assinale aquele que não
apresenta entre suas etapas o exame médico:
a. Laudo médico-legal
b. atestado médico
c. Parecer médico-legal
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d. Atestado de óbito
e. Auto médico-legal
Comentários:
Conceitua-se documento como sendo toda anotação escrita que tenha por finalidade a reprodução de uma
manifestação de vontade.
LETRA A: Laudo e Auto são espécies de Relatório médico, o que os difere é a forma como são elaborados.
O relatório elaborado diretamente pelo perito é denominado Laudo. Porém se o relatório é ditado
diretamente ao escrivão, na presença de testemunhas, denomina-se Auto. Tanto no laudo como no auto é
realizado exame médico.
LETRA B: O atestado ou certificado médico é uma afirmação simples e por escrito de um fato médico e suas
possíveis consequências entre suas etapas está a realização do exame médico.
LETRA C: O parecer médico legal é a resposta de questão atinente a assunto médico-forense, sobre o qual
recaia dúvida. Em caso de dúvidas acerca de um relatório médico-legal se faz necessária a consulta a um ou
mais especialista para que seja dirimida a dúvida. É um documento particular e não é realizado exame
médico, ele é feito com base no relatório médico-legal.
LETRA D: A Declaração de Óbito, documento padronizado em todo território nacional e distribuída pelo
Ministério da Saúde compõe-se de 08 blocos de informações, correspondendo o atestado de óbito aos
dados médicos constantes IV da Declaração de Óbito. Para elaboração de atestado de óbito se faz
necessária a realização de exame médico.
Gabarito: C
Comentários:
O relatório é a descrição minuciosa de todos os fatos de natureza médica e suas consequências, requisitado
por autoridade competente a peritos oficiais ou, onde não houver a peritos nomeados, devendo este
particular possuir diploma de curso superior. Laudo e Auto são espécies de Relatório médico, o que os
difere é a forma como são elaborados. O relatório elaborado diretamente pelo perito é denominado
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Gabarito: B
Comentários:
Notificações são as comunicações compulsórias às autoridades competentes sobre um fato médico, sobre
alguma moléstia infectocontagiosas e doenças do trabalho. Sendo certo que em caso de omissão o médico
responde pelo delito previsto no artigo 269 do Código Penal - Omissão de notificação de doença.
Gabarito: B
9. (ACADEPOL - PC-BA/2008) O documento médico legal, ditado ao escrivão logo após a realização
do exame pericial, é denominado:
a. Auto
b. Parecer
c. Atestado
d. Relatório
e. Notificação
Comentário:
O relatório elaborado diretamente pelo perito é denominado Laudo. Porém se o relatório é ditado
diretamente ao escrivão, na presença de testemunhas, denomina-se Auto. Tanto no laudo como no auto é
realizado exame médico.
Gabarito: A
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10. ( IGP/SC – PERITO MÉDICO LEGISTA – SC/2008) Como se denomina o laudo médico-legal praticado
por médico legista, segundo informações policiais e do médico assistente:
a. Indireto
b. Irregular
c. Invalido
d. Direto
Comentários:
b. o perito não tem como analisar os vestígios, porém poderá realizar o exame com base em prova
documental e testemunhal, como por exemplo, com base em prontuário médico.
Gabarito: A
11. (IGP/SC – PERITO MÉDICO LEGISTA – SC/2008) O médico legista participa de um processo na vara
criminal:
a. Na fase da inquisição
b. Antes do depoimento das testemunhas
c. Em qualquer fase do processo
d. Somente na convocação de algum dos advogados
Comentários:
O médico legista pode intervir em qualquer fase da persecução criminal, ou seja, durante as investigações,
na fase de instrução, durante o julgamento e até quando da execução, como acontece com o acusado que
pretende o livramento condicional e para tanto, dentre outros requisitos existe a necessidade de realização
de exame.
Gabarito: C
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12. (ESTRATÉGIA – MEDICINA LEGAL/2018) Não se pode dizer sobre os peritos oficiais médicos-
legistas:
a. Basta um para cada perícia
b. Exige formação médica
c. Buscam a materialidade dos delitos
d. São concursados
e. Quando nomeados, não podem mais exercer a medicina.
Comentários:
Gabarito: Alternativa E
13. (ESTRATÉGIA – MEDICINA LEGAL/2018) O período após a morte recomendado pela legislação
para início das necropsias é de:
a) 2 horas
b) 4 horas
c) 6 horas
d) 8 horas
e) 10 horas
Comentários:
Dispõe o art. 162. Do Código de Processo Penal: A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do
óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele
prazo, o que declararão no auto.
Gabarito: Alternativa C
14. (ESTRATÉGIA – MEDICINA LEGAL/2018) Pode-se dizer sobre os peritos não oficiais:
a) Cada perícia exige dois peritos
b) Exige-se formação médica
c) Não prestam compromisso legal para atuarem
d) São concursados
e) Não podem atuar “ad hoc”
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Comentários:
De acordo com o § 1º do artigo 159 do Código de Processo Penal, na falta de perito oficial, realizará a
perícia duas pessoas idôneas portadoras de diploma de curso superior. Serão nomeados para atuar ad hoc
e prestarão compromisso.
“ Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de
diploma de curso superior.
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma
de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica
relacionada com a natureza do exame.
Gabarito: Alternativa A
a) as necropsias devem ser realizadas pelo menos seis horas após o óbito
b) não é possível, juridicamente, laudo indireto de necropsia
c) as necropsias de casos de morte em razão de ferimento de arma de fogo podem ser realizadas à
noite
d) se há evidência externa da causa da morte, pode-se dispensar a necropsia e realizar apenas o
exame cadavérico.
Comentários:
Conforme determina o artigo 162 do Código de Processo Penal as necropsias devem ser realizadas pelo
menos 06 (seis) horas após o óbito.
O exame de corpo de delito pode ser feito em qualquer dia e qualquer hora.
Nos casos de morte violenta, poderá ser realizado simples exame externo do cadáver, desde que não haja
infração penal a ser apurada, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não
houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante. Assim a letra d
encontra-se incompleta e em razão disso está incorreta.
Devemos lembrar que na necropsia são abertas três cavidades: crânio, tórax e abdômen.
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“CPP: Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora”.
“CPP: Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não
houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e
não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante”.
Gabarito: Alternativa D
Comentários:
Quando não for possível a realização do exame de corpo de delito a prova testemunhal poderá supri-lo.
“CPP, Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a
prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta”.
Gabarito: Alternativa C
Comentários:
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Pode se conceituar prova como sendo tudo aquilo que contribui para a formação do convencimento do juiz
sobre a autenticidade ou realidade de um fato.
Conceitua-se usualmente lide como sendo um conflito de interesses levado ao Estado Juiz.
Perícia é o exame realizado por especialista (perito) que se destina a esclarecer determinado fato.
Pode-se dizer que sentença é o ato do magistrado que põe fim ao processo.
Gabarito: Alternativa A
Comentários:
Dá-se o nome de laudo pericial quando é redigido pelo próprio perito e de auto quando é ditado ao
escrivão, na presença de testemunhas.
Gabarito: Alternativa D
19. ( ESTRATÉGIA – MEDICINA LEGAL/2018) A revelação de segredo médico por meio de uma perícia
é possível baseado no princípio da(o)
a. Justa Causa
b. Autorização expressa do paciente
c. Dever Legal
d. Quebra de contravenção
Comentários:
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O médico ao realizar a perícia tem o dever legal de fazer relatório minucioso, onde descreverá tudo o que
for apurado.
Gabarito: Alternativa C
20. ( ESTRATÉGIA – MEDICINA LEGAL/2018) Para classificação de lesão corporal como de natureza
grave, o exame complementar deverá ser realizado
a) 30 dias da data do crime
b) 30 dias após a denúncia
c) 30 dias após a alta hospitalar
d) 30 dias após o início do inquérito policial
Comentários:
Nos termos do artigo 168, § 2o do Código de Processo Penal : “Se o exame tiver por fim precisar a
classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30
dias, contado da data do crime”.
Gabarito: Alternativa A
21. (Instituto Geral de Perícias – IGP/SC – PERITO MÉDICO LEGISTA/2008) Frente a um exame de
corpo de delito, o processo não existirá se o legista não encontrar lesões. Nesse caso:
a) A autoridade solicitará junta médica.
b) O processo dependerá de prova testemunhal.
c) A autoridade pedirá novo exame.
d) O exame será repetido em 30 dias.
Comentários:
De acordo com o art. 167 do Código de Processo Penal: “Não sendo possível o exame de corpo de delito,
por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta”.
Gabarito: Alternativa B
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Comentários:
Caso os peritos não concordem estaremos diante de uma perícia contraditória e cada um elaborará seu
laudo pericial, nos termos do artigo 180 do Código de Processo Penal e o juiz não ficará vinculado a
nenhum deles, podendo aceitá-los, no todo ou em parte, rejeitá-los determinando nova perícia ou
proferindo decisão de acordo com sua convicção.
Gabarito: Alternativa A
23. (CESPE - PC-PB -PAPILOSCOPISTA E TÉCNICO EM PERÍCIA/2009) As perícias deverão ser feitas
a. por um perito oficial, mas devem ser homologadas por um segundo perito.
b. por dois peritos oficiais obrigatoriamente.
c. por pelo menos duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, no caso de não
haver peritos oficiais.
d. por um perito oficial, desde que este preste o compromisso de bem e fielmente desempenhar o
encargo.
e. por apenas uma pessoa idônea, se não houver peritos oficiais.
Comentários:
Pela nova sistemática do Código de Processo Penal as perícias deverão ser feitas por um perito oficial, sem
necessidade de homologação por outro perito. O perito oficial não presta compromisso. Caso na localidade
não haja perito oficial a perícia será realizada por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior, que prestarão compromisso.
Gabarito: Alternativa C
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24. (TJ-PR - MÉDICO/2013) Assinale a alternativa que apresenta somente itens obrigatórios para todo
laudo pericial.
d) Nome do periciado; conclusão da perícia; CID; identificação e assinatura do perito; data da próxima
perícia.
Comentários:
São itens obrigatórios em todo laudo pericial o nome do periciado, a conclusão da perícia a identificação e
assinatura do perito. A indicação do CID não é obrigatória.
Gabarito: Alternativa A
25. (ESTRATÉGIA-MEDICINA LEGAL/2018) Com relação à máxima visum et repertum, que expressa a
essência da atividade pericial, assinale a opção correta.
a. Essa máxima expressa o debate, a confrontação de hipóteses e possíveis controvérsias decorrentes
do objeto da perícia.
b. O termo em questão faculta ao perito a liberdade de expressão de suas convicções, embora não o
exima de enquadrar-se em estruturas preestabelecidas pelas normas e praxe.
c. Os documentos médico-legais tais como relatórios, pareceres e atestados devem estar
enquadrados na máxima em consideração.
d. Clareza, fidelidade e totalidade representam o significado da máxima em apreço.
e. É nulo o laudo pericial que não se enquadre na máxima citada.
Comentários:
Visum et repertum (visto e relatado) traduz a necessidade de o perito, no relatório médico legal colocar a
termo tudo que encontrou quando da realização da perícia, de forma minuciosa e técnica. Assim, pode se
dizer que clareza, fidelidade e totalidade representam o significado da máxima em apreço.
Gabarito: Alternativa D
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26. (ACADEPOL DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – MG/2007) Quando os dois Peritos não chegam, na
perícia criminal, a um ponto de vista comum, cada um apresentará à parte o seu próprio relatório.
Chama-se a isso de perícia:
a. Nula
b. Contraditória
c. Complementar
d. Sucinta
Comentários:
Caso os peritos não concordem estaremos diante de uma perícia contraditória e cada um elaborará seu
laudo pericial, nos termos do artigo 180 do Código de Processo Penal e o juiz não ficará vinculado a
nenhum deles, podendo aceitá-los, no todo ou em parte, rejeitá-los determinando nova perícia ou
proferindo decisão de acordo com sua convicção.
Gabarito: Alternativa B
“Laudo pericial é a conclusão a que chegam os peritos, exposta na forma escrita, devidamente
fundamentada, constando todas as observações pertinentes ao que foi verificado e contendo as respostas
aos quesitos”.
a. Certo
b. Errado
Comentários:
Relatório médico legal consiste na narração, minuciosa, da perícia realizada. Dá-se o nome de laudo pericial
quando é redigido pelo próprio perito
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“Permite-se aos peritos optar por descrições sucintas e resumidas ao retratarem uma inspeção, e as partes
não podem questionar o conteúdo do laudo, solicitando ao juiz que determine aos peritos a sua
complementação”.
a. Certo
b. Errado
Comentários:
A descrição dos peritos deve ser minuciosa e completa, e as partes podem questionar o conteúdo do laudo
e se for o caso solicitar ao juiz que determine sua complementação, conforme entendimento dos artigos
159, § 5º e 160 do Código de Processo Penal.
“CPP. Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que
examinarem, e responderão aos quesitos formulados”.
“CPP. Art. 159, § 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia –
requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o
mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com
antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar”.
“A discussão é a parte do laudo em que se realiza a análise minuciosa dos dados encontrados, esclarecendo
hipóteses e divergências, trajeto de instrumentos, entre outros, muitas vezes com auxílio de citações
bibliográficas. É nesse momento que se deve esclarecer dúvidas a respeito dos termos técnicos e das siglas
utilizadas no laudo.
a. Certa
b. Errada
Comentários:
Discussão é a parte do laudo em que as lesões eventualmente encontradas serão analisadas de forma
científica e comparadas a dados históricos, se houver. A partir daí é possível formular as hipóteses sobre a
dinâmica do crime. O perito não julga, ele esclarece por meio de dados científicos.
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30. (ESTRATÉGIA-MEDICINA LEGAL/2018) Sobre o exame de corpo de delito, é correto afirmar que:
a. A formulação de quesitos é ato privativo da autoridade judicial.
b. O exame de corpo de delito deverá ser feito apenas durante o horário diurno.
c. A confissão do réu pode suprir o exame do corpo de delito.
d. Quando inexiste possibilidade de os peritos terem acesso, ainda que indireto, ao objeto a ser
analisado, pode-se suprir o exame de corpo de delito por testemunhas.
Comentários:
Conforme a redação do Art. 167 do Código de Processo Penal: não sendo possível o exame de corpo de
delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Gabarito: Alternativa D
Comentários:
Como se sabe o laudo deve ser objetivo e minucioso, não há como o perito dizer se há ou não a intenção
de matar razão pela qual esse quesito não deve ser formulado, as demais alternativas trazem quesitos que
guardam relação com a dinâmica do crime, as respostas são objetivas e obtidas através do exame de corpo
de delito.
Gabarito: Alternativa A
32. (INSTITUTO ACESSO/ES DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – 2019) Enquanto área de estudo e aplicação
de conhecimentos científicos, a Medicina Legal está alicerçada em um conjunto de conhecimentos
destinados a defender os direitos e os interesses dos homens e da sociedade. Assinale a seguir a
alternativa que descreve corretamente a Medicina Legal.
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a. É fundamentalmente uma forma de apoiar as investigações das polícias técnicas, sempre que haja
evento a ser investigado que resultou em dano físico e/ou mental.
b. É um conjunto de noções sobre como ocorrem as lesões corporais, as consequências delas
decorrentes, as alterações relacionadas com a morte e os fenômenos cadavéricos, além da
formulação de conceitos diferenciais em embriaguez e uso de drogas, as asfixias mecânicas e suas
características, os crimes sexuais e sua análise pericial, entre outros.
c. É uma atribuição designada ao médico legista, podendo ser exercida por profissional civil ou militar,
desde que investido por instituição que assegure a competência legal e administrativa do ato
profissional.
d. É um conhecimento médico e paramédico que, no âmbito do direito, concorre para a elaboração,
interpretação e execução de leis existentes. Por meio de pesquisa científica realiza seu
aperfeiçoamento, estando a medicina a serviço das ciências jurídicas e sociais.
e. É a aplicação de conhecimento médico e biológico na execução de leis segundo a previsão legal,
com obrigação de fazer relatórios cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação, e
colaborando na execução das leis de forma a ser uma medicina aplicada.
Comentários:
Segundo Delton Croce, "Medicina Legal é ciência e arte extrajurídica auxiliar alicerçada em um conjunto de
conhecimentos médicos, paramédicos e biológicos destinados a defender os direitos e os interesses dos
homens e da sociedade". E, para fazê-lo, o autor menciona que serve de conhecimentos médicos
especificamente relacionados com a Patologia, Fisiologia, Traumatologia, Psiquiatria, Microbiologia e
Parasitologia, Radiologia, Tocoginecologia, Anatomia Patológica, enfim, com todas as especialidades
médicas e biológicas, bem como o Direito; por isso, diz-se Medicina Legal. Segundo o autor, a Medicina
Legal serve mais ao Direito, visando defender os interesses dos homens e da sociedade, do que à Medicina.
Gabarito: Alternativa D
33. (INSTITUTO AOCP/ES MÉDICO LEGISTA – 2019) De acordo com Afrânio Peixoto, a Medicina Legal
pode ser definida como “A aplicação de conhecimentos científicos dos místeres da justiça”. Do ponto
de vista didático tradicional, a Medicina Legal pode ser dividida em Geral e Legal. No caso da Geral, seu
campo de ação se ocupa de várias áreas do conhecimento, como:
a. Antropologia Forense.
b. Honorários Médicos.
c. Asfixiologia Forense.
d. Genética Forense.
e. Sexologia Forense.
Comentários:
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A Medicina Legal Geral é dividida em deontologia (estuda os deveres) e em diceologia médica (estuda os
direitos).
Já a Medicina Legal Especial, estuda as diferentes áreas da medicina legal: antropologia, traumatologia,
tanatologia, sexologia, psiquiatria, psicologia, toxicologia, etc.
Gabarito: Alternativa B
34. (INSTITUTO AOCP/ES MÉDICO LEGISTA – 2019) A Medicina Legal pode ser classificada sob
diversos enfoques, dentre os quais destaca-se o histórico. A fase evolutiva da Medicina Legal que discute
os assuntos ligados à Ética, à Moral e à Bioética Médica em face do exercício da Medicina é a:
a. Medicina Legal Pericial.
b. Medicina Legal Legislativa.
c. Medicina Legal Doutrinária.
d. Medicina Legal Filosófica.
e. Medicina Legal Judiciária.
Comentários:
Alternativa A: incorreta. Medicina Legal Pericial: também chamada de Medicina Legal Administrativa ou
Técnico Pericial Forense, está voltada aos interesses legispericiais da administração da justiça; têm também
caráter legislativo e contribui nas elaboração e revisão das leis em que se disciplinam fatos ligados a ciência
biológica ou afins.
Alternativa B: incorreta. Medicina Legal Doutrinária: contribui na discussão dos elementos subsidiários que
sustentam certos institutos jurídicos onde se reclama o conhecimento médico legal.
Alternativa C: incorreta. A Medicina Legal Legislativa: contribui na elaboração e revisão das leis onde se
disciplinam fatos ligados às ciências biológicas ou afins.
Alternativa D: correta. Medicina Legal Filosófica: mais recente, discute os assuntos ligados à Ética, à Moral
e à Bioética Médica no exercício ou em face do exercício da Medicina.
Alternativa E: incorreta. Medicina Legal Judiciária: não se econtra nesse enfoque histórico. Mas sim, em
conceito amplo: trata dos assuntos gerais relacionados ao Direito Penal, Direito Civil, Direito Processual;
inclui vários capítulos: Introdução e Criminalísticas Médico-Legal, Medicina Legal Sexológica, Medicina
Legal Traumatológica e Tanatológica, Medicina Legal Psiquiátrica (incluindo a Psicologia Forense).
Gabarito: Alternativa D
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35. (CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) Sob o ponto de vista didático, a medicina legal está dividida
em medicina geral e medicina especial. A respeito da medicina legal especial, assinale a opção correta.
a. A antropologia forense é o estudo da identidade e da identificação, seus métodos, processos e
técnicas.
b. A infortunística trata da análise racional da participação da vítima na eclosão e justificação das
infrações penais.
c. A tanatologia versa sobre os fenômenos volitivos, afetivos mentais, a periculosidade do alienado, as
socioneuropatias em face de problemas judiciários, a simulação e a dissimulação.
d. A vitimologia estuda os diferentes aspectos da gênese e da dinâmica dos crimes.
e. A asfixiologia forense é o estudo dos cáusticos e dos envenenamentos.
Comentários:
Alternativa B: incorreta. A infortunística é ramo da Medicina Legal que estuda os acidentes e as doenças do
trabalho, bem como doenças profissionais, no que se refere à pericia, higiene e insalubridade laborativas.
Alternativa C: incorreta. A tanatologia estuda a morte e o morto, bem como suas repercussões na esfera
jurídico-social.
Alternativa E: incorreta. E A asfixiologia forense estuda os diversos tipos de asfixias, bem como os
mecanismos e sinais específicos.
Gabarito: Alternativa A
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Comentários:
Segundo Delton Croce, "Medicina Legal é ciência e arte extrajurídica auxiliar alicerçada em um conjunto de
conhecimentos médicos, paramédicos e biológicos destinados a defender os direitos e os interesses dos
homens e da sociedade"..
Gabarito: Alternativa B
37. (FCC/POLITEC-AL PERITO MÉDICO LEGISTA – 2017) Existem relatos antigos da aplicação da
Medicina para solução de dúvidas em processos. Sendo assim, a Medicina Legal é:
a. uma área extinta, visto que em 2015 o nome da especialidade passou a ser Medicina Legal e Perícia
Médica.
b. executada por meio de perícias médicas, que são atividades privativas de médico.
c. dividida, do ponto de vista doutrinário do Direito, em Medicina Legal Geral e Medicina Legal
Específica.
d. desempenhada de forma excelente por qualquer médico, mesmo que ele não tenha conhecimentos
específicos da área.
e. ministrada exclusivamente nos cursos de graduação de Medicina.
Comentários:
As perícias médicas estão relacionadas com a medicina legal. Observe que a assertiva não disse que as
perícias são realizadas tão somente por médicos.
França esclarece que“Peritos são expertos em determinados assuntos, incumbidos por autoridades
competentes de os esclarecerem num processo. É todo técnico que, por sua especial aptidão, solicitado
por autoridades competentes, esclarece à Justiça ou à polícia acerca de fatos, pessoas ou coisas, a seu
juízo, como início de prova. Dessa forma, aduz-se que todo profissional pode ser perito. Perito médico é o
que cuida de assuntos médicos; evidentemente, ele só pode ser médico." FRANÇA, Genival Veloso de.
Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 39.
Gabarito: Alternativa B
38. (FUNDATEC/IGP-RS TÉCNICO EM PERÍCIAS – 2017) São subdivisões da medicina legal, EXCETO:
a. Psiquiatria forense.
b. Entomologia.
c. Sexologia forense.
d. Infortunística.
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e. Traumatologia forense.
Comentários:
Entomologia é a ciência que estuda os insetos e animais relacionados, como os ácaros. O termo
Entomologia originou-se das palavras gragas entomon (inseto) e logia (estudo). O objetivo maior da
Entomologia é o de estudar as relações dos insetos com o homem, com as plantas e os animais.
Gabarito: Alternativa B
I. Segundo Hélio Gomes, medicina legal é o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados
a servir ao Direito, cooperando na execução dos dispositivos legais atinentes ao seu campo de ação de
medicina aplicada.
II. Para Flamínio Fávero, medicina legal é a aplicação de conhecimentos médico-biológicos na elaboração e
execução das leis que deles carecem.
III. Para Buchner, é a ciência do médico aplicada aos fins da Ciência do Direito.
IV. No entendimento de Francisco Morais Silva, constitui-se em ciência e arte que tem por objetivo a
investigação de fatos médicos e biológicos, empregando recursos atualizados disponíveis em todas as áreas
do conhecimento técnico e científico.
a. Apenas III.
b. Apenas I e II.
c. Apenas II e IV.
d. Apenas I, II e III.
e. I, II, III e IV.
Comentários:
I. Segundo Hélio Gomes, medicina legal é o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados
a servir ao Direito, cooperando na execução dos dispositivos legais atinentes ao seu campo de ação de
medicina aplicada. (Conforme pg. 03, Medicina Legal. Genival Veloso de França. 10.ed)
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III. Para Buchner, é a ciência do médico aplicada aos fins da Ciência do Direito. (Conforme pg. 02, Medicina
Legal. Genival Veloso de França. 10.ed)
IV. No entendimento de Francisco Morais Silva, constitui-se em ciência e arte que tem por objetivo a
investigação de fatos médicos e biológicos, empregando recursos atualizados disponíveis em todas as áreas
do conhecimento técnico e científico.
Gabarito: Alternativa E
40. (FUNCAB/PA INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL – 2016) Sobre a traumatologia forense, pode-se
afirmar que este ramo da Medicina Legal estuda principalmente:
a. as lesões corporais e as energias causadoras do dano.
b. a identidade e identificação da vítima
c. questões voltadas ao vínculo entre familiares.
d. os crimes contra a dignidade sexual.
e. a gravidez, aborto e infanticídio
Comentários:
Traumatologia: Estudo do trauma consequente a energias exógenas que afetam o organismo humano (
modo de ação dos agentes e lesões acarretadas)
Gabarito: Alternativa A
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qualquer médico, apresenta-se como a melhor definição para a matéria, estando em consonância
com as demandas atuais da Justiça.
e. A aplicação de conhecimentos médicos ao serviço da justiça não demanda conhecimentos
específicos e especializados, situando-se no campo de atuação da Deontologia Médica, que é
matéria exclusiva de atuação dos Conselhos de Medicina (Federal e regionais) e caracteriza a
chamada Medicina Forense.
Comentários:
A Medicina Legal é uma especialidade concomitantemente médica e jurídica que utiliza conhecimentos
técnico-científicos da medicina para o esclarecimento de fatos de interesse da justiça.
Para Hélio Gomes, é “o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao Direito,
cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação e colaborando na execução dos dispositivos legais,
no seu campo de ação de medicina aplicada"
Gabarito: Alternativa B
42. (VUNESP/SP AUXILIAR DE NECROPSIA – 2014) Em relação à Medicina Legal, é correto afirmar que:
a. é a ciência aplicada aos fatos que ocorrem somente após a morte do ser humano.
b. o estudo das doenças mentais não faz parte das disciplinas da Medicina Legal.
c. não é especialidade médica, mas sim, uma carreira policial
d. Tanatologia e Medicina Legal são sinônimos.
e. é a aplicação dos conhecimentos médicos aos problemas judiciais.
Comentários:
A Medicina Legal é a aplicação dos conhecimentos médicos aos problemas judiciais. CORRETO. Essa é uma
definição trazida por Nério Rojas. Sinopses para concurso, Ed. Juspodivm, Medicina Legal, Wilson Luiz
Palermo Ferreira, 5ª Ed. p. 26
Gabarito: Alternativa E
43. (CESPE/ES MÉDICO LEGISTA – 2011) Sabendo que a medicina legal, área bastante abrangente,
compreende a relação entre a aplicação dos conhecimentos médicos
e as matérias jurídicas, nos seus diversos campos — criminal, cível,
trabalhista e administrativo —, com objetivo de instruir os
inquéritos e processos e elucidar questões, julgue os itens a seguir, relativos à medicina legal, à perícia e
aos peritos.
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Nos IMLs brasileiros, exercem-se atividades médicas que se caracterizam, basicamente, como medicina
legal criminal.
a. Certo
b. Errado
Comentários:
IML- Instituto Médico Legal- instituto que realiza necrópsias e laudos (cadavéricos, integridade física, lesão
corporal, constatação de violência sexual, sanidade mental, etc) que utiliza em seu trabalho a medicina
legal.
Tendo o fragmento de texto acima com referência inicial, julgue os itens a seguir, relativos ao conceito de
medicina legal.
De acordo com Ambroise Paré, a medicina legal é a arte de produzir relatórios na justiça.
a. Certo
b. Errado
Comentários:
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Tendo o fragmento de texto acima com referência inicial, julgue os itens a seguir, relativos ao conceito de
medicina legal.
Tourdes, que define a medicina legal de forma mais ampla que Ambroise Paré e Johannes Bohn,
compreende essa área como uma ciência que objetiva o estudo da jurisprudência civil.
a. Certo
b. Errado
Comentários:
Errada, pois na definição de Tourdes a medicina legal consiste na aplicação dos conhecimentos médicos às
questões que concernem aos direitos e deveres do homem reunidos em sociedade.
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Tendo o fragmento de texto acima com referência inicial, julgue os itens a seguir, relativos ao conceito de
medicina legal.
Segundo Hoffman, o grande legista austríaco, a medicina legal não consiste em uma arte, mas em uma
ciência.
a. Certo
b. Errado
Comentários:
Segundo Hoffman a Medicina Legal traduz: "O ramo daS ciências médicas que se ocupa em elucidar as
questões da administração da justiça civil e criminal que podem resolver-se somente à luz dos
conhecimentos médicos".
47. (CESPE/PB PAPILOSCOPISTA E TÉCNICO EM PERÍCIA – 2009) Assinale a opção correta acerca dos
conceitos relacionados à medicina legal.
a. A traumatologia forense estuda o aspecto psicológico, as lesões corporais e os instrumentos
relacionados à vítima.
b. A medicina legal, que contribui para a elucidação de crimes, colabora com a investigação policial
somente na fase do inquérito.
c. A sexologia forense tem como objeto principal o estudo do comportamento sexual do criminoso.
d. A imputabilidade penal e a capacidade civil são objetos de estudo da toxicologia forense.
e. Faz parte da área de tanatologia forense o estudo da morte.
Comentários:
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Gabarito: Alternativa E
48. (NUCEPE/PI PERITO MÉDICO LEGISTA – 2018) Um acontecimento histórico introduziu mudanças
legais em um país, e tais mudanças são consideradas de grande importância para o surgimento da Era de
Ouro da Medicina Legal Mundial. Que acontecimento histórico foi esse?
a. A Primeira Guerra Mundial, que fez a Alemanha, após derrota, assinar o Tratado de Versalhes. Isso
resultou em um aumento do número de membros no seu exército, inclusive médicos, o que
permitiu um grande desenvolvimento da Medicina Legal.
b. A Revolução Francesa, que levou Napoleão a proibir práticas jurídicas secretas, tornando público o
trabalho dos juízes e dos peritos médicos. E ele também instituiu a Medicina Pública, em que
médicos oficiais precisavam se dedicar ao desenvolvimento de medidas de saúde preventiva e à
realização de pareceres para a justiça.
c. A Segunda Guerra Mundial, que fez a Alemanha, após derrota, mudar suas leis para punir os crimes
acontecidos nos campos de concentração. Como aconteceram muitos e variados crimes, a medicina
legal alemã precisou se desenvolver para elucidá-los adequadamente.
d. A Revolução dos Cravos, que fez com que Portugal aumentasse as suas forças militares e tivesse,
após isso, um grande desenvolvimento da sua medicina pericial.
e. A Guerra de Secessão, que permitiu aos Estados Unidos mudar suas leis para investir em tecnologia
e desenvolver as ciências forenses.
Comentários:
A era científica da Medicina Legal teve início na França, em 1575, com Ambroíse Paré, considerado o pai da
Medicina Legal, o qual compilou os conhecimentos da época na obra Traité des Relaitores, que ainda
continha crendices próprias do ambiente cultural vigente.
Gabarito: Alternativa B
49. (NUCEPE/PI MÉDICO LEGISTA – 2018) O método de identificação pelas impressões digitais teve
um teresinense como pioneiro na defesa da sua introdução no Brasil. Foi esse teresinense o primeiro
diretor do Gabinete de Identificação e Estatística da Polícia do Distrito Federal, o primeiro no país a
adotar o banco de dados datiloscópicos. Marque a alternativa que apresenta o nome desse teresinense:
a. João Luís Ferreira.
b. Félix Pacheco.
c. Firmino Pires.
d. Da Costa e Silva.
e. Petrônio Portella.
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Comentários:
Pioneiro defensor da introdução no Brasil do método de identificação pelas impressões digitais - para a
qual ainda havia descrentes e alguma oposição no país, foi Félix Pacheco o fundador e primeiro diretor do
Gabinete de Identificação e Estatística da Polícia do Distrito Federal, hoje - o primeiro no país a adotar o
banco de dados .
Gabarito: Alternativa B
50. (CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) Na década de 80 do século XX, a medicina legal brasileira foi
ainda mais reconhecida e respeitada mundialmente após uma perícia que revelou a real identidade do
indivíduo até então apelidado de “Anjo da Morte”: o médico e oficial nazista Joseph Mengele. Tal perícia
foi realizada por especialistas do IML.
a. de São Paulo e da UNICAMP.
b. de São Luís e da UFMA.
c. do Rio de Janeiro e da UERJ.
d. de Pernambuco e da UFPE.
e. de Belo Horizonte a da UFMG.
Comentários:
Em (1985) a Medicina Legal ficou conhecida e admirada após a perícia que determinou a identidade do
carrasco nazista Joseph Mengele, conhecido pelos prisioneiros de Auschwitz como o “anjo da morte”,
por especialistas do IML de São Paulo e da Unicamp, cuja ossada foi encontrada sepulta em Embu, São
Paulo.
Gabarito: Alternativa A
51. (CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) Raymundo Nina Rodrigues exerceu relevante papel na
história da medicina legal brasileira por meio:
a. da instituição da cátedra de medicina legal no curso de direito da Universidade de São Paulo, onde
lecionou a disciplina.
b. procedimento que gera relatórios individualizados que não chegam a um ponto de vista comum.
c. dos estudos na área de psicanálise forense que desenvolveu na Universidade de Ciências da Saúde,
no Rio Grande do Sul.
d. da criação, por ele, de uma escola brasileira de medicina legal, na Bahia, fato que nacionalizou a
especialidade.
e. de estudos sobre os impactos da miscigenação na criminalidade que desenvolveu na Universidade
Estadual do Rio de Janeiro.
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Comentários:
Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906), médico e antropólogo brasileiro nascido em Vargem Grande, MA,
fundador da antropologia criminal brasileira e pioneiro nos estudos sobre a cultura negra no país. Iniciou
medicina na Bahia, mas concluiu no Rio de Janeiro, RJ (1888). Voltou à Bahia para assumir a cátedra na
Faculdade de Medicina da Bahia (1891), onde promoveu a nacionalização da medicina legal brasileira, até
então inclinada a seguir padrões europeus. Desenvolveu profundas pesquisas sobre origens étnicas da
população e a influência das condições sociais e psicológicas sobre a conduta do indivíduo. Com o
resultados de seus estudos propôs uma reformulação no conceito de responsabilidade penal, sugeriu a
reforma dos exames médico-legais e foi pioneiro da assistência médico-legal a doentes mentais, além de
defender a aplicação da perícia psiquiátrica não apenas nos manicômios, mas também nos tribunais.
Gabarito: Alternativa D
52. (CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) A corrente de pensamento que exerceu maior influência na
medicina legal brasileira é de origem
a. francesa.
b. inglesa.
c. italiana.
d. germânica.
e. portuguesa.
Comentários:
No Brasil, a influência da Medicina Legal francesa foi decisiva, embora não se possa negar que
influenciaram de maneira marcante a alemã e a italiana. Portugal no passado pouco nos influenciou. Hoje,
no entanto, notáveis são as contribuições da nova escola médico-legal portuguesa, com os trabalhos de
José Antônio Lourenço Lesseps (Lisboa), José Eduardo Lima Pinto da Costa (Porto) e Duarte Nuno Pessoa
Vieira e Francisco Corte-Real (Coimbra).
Gabarito: Alternativa A
53. (FCC/POLITEC-AP PERITO MÉDICO LEGISTA – 2017) A Medicina Legal nasceu da necessidade do
Direito ter prova técnica médica no esclarecimento da justiça. Pode ser conceituada como a aplicação
dos conhecimentos médico-biológicos na elaboração e execução das leis que deles carecem. Segundo a
história da Medicina Legal brasileira, é correto afirmar que:
a. é dividida em 4 fases, de acordo com Oscar Freire: fase imperial, estrangeira, de transição e de
nacionalização.
b. a fase estrangeira vai desde o fim do período colonial até a república, quando Afrânio Peixoto
assumiu a cátedra de Medicina Legal da Faculdade de Medicina da Bahia.
c. a primeira publicação da fase estrangeira se deu em 1841 por meio de um parecer a respeito de um
exame necroscópico.
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d. em 1832 foi criada a perícia profissional, tendo em vista que foram criadas regras para os exames
de corpo de delito.
e. a fase de nacionalização se iniciou após a primeira guerra mundial e seu início foi marcado pela
posse de Oscar Freire na cadeira de Medicina Legal da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Comentários:
Alternativa B: errada. A fase estrangeira teve início em 1814, com a primeira publicação sobre Medicina
Legal, e foi até o ano de 1877, posse de Agostinho José de Souza Lima na cátedra de Medicina Legal da
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Alternativa D: correta. Em 1832, o Código de Processo Criminal estabeleceu a perícia oficial para a
realização dos exames de corpo de delito.
Alternativa E: errada. A fase de nacionalização se deu com Raymundo Nina Rodrigues, na Bahia, com o
surgimento da pesquisa científica médico-legal a partir da realidade brasileira.
Gabarito: Alternativa D
Comentários:
Raimundo Nina Rodrigues: foi um médico legista, psiquiatra, professor, escritor, antropólogo e etnólogo
brasileiro. Foi também dietólogo, tropicalista, sexologista, higienista, biógrafo, epidemiologista (conhecido
como Lombroso dos trópicos).
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Gabarito: Alternativa B
55. (FGV/RJ PERITO MÉDICO LEGISTA – 2011) O “Traité des Relatoires” pode ser considerado como a
primeira grande obra de Medicina Legal do mundo ocidental, cujo autor foi:
a. Ambroise Paré.
b. Lacassagne.
c. Thoinot.
d. Foderé.
e. Devergie
Comentários:
Em 1575, Ambroise Paré lança o primeiro tratado ocidental sobre Medicina Legal, intitulado "Des Rapports
et des Moyens d'Embaumer lês Corps Morts", e a França aclama seu autor como o pai da Medicina
Forense, a despeito de a obra, de inegável valor, não constituir corpo doutrinário e sistemático. Apesar do
título, a obra discorre sobre a gravidade de feridas, formas de asfixia, diagnóstico de virgindade e outras
questões nesta linha.
Gabarito: Alternativa A
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Comentários:
I. PARECER MÉDICO LEGAL: Caso em que uma consulta médico-legal envolve divergências
importantes quanto à interpretação dos achados de uma perícia, de modo a impedir uma
orientação correta dos julgadores, estes podem solicitar esclarecimentos mais aprofundados
tecnicamente de uma instituição que tem competência in- questionável, ou de um professor
cuja autoridade na matéria seja reconhecida.
II. ATESTADO: Afirmação simples e por escrito de um fato médico e suas consequências, podendo
ter uso oficioso, administrativo e judiciário, sem exigência de compromisso legal, mas sem abrir
mão do compromisso com a verdade.
III. RELATÓRIO MÉDICO LEGAL: Narração escrita e minuciosa de todas as operações de uma perícia
médica determinada por autoridade policial ou judiciária a um ou mais profissionais
anteriormente nomeados e compromissados na forma da lei, feito, geralmente por dois peritos.
Gabarito: Alternativa A
57. (ESTRATÉGIA – MEDICINA LEGAL/2018 ) O prazo de entrega do laudo pericial de lesões corporais
é:
a. 30 dias
b. 5 dias
c. 7 dias
d. 10 dias
e. 15 dias
Comentários:
CPP. Art. 160 - Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que
examinarem, e responderão aos quesitos formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser
prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
Gabarito: Alternativa D
58. (FUNIVERSA PC-DF – PERITO MÉDICO LEGISTA/2015) Quanto ao laudo médico-legal, é correto
afirmar que:
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Comentários:
Alternativa B: incorreta. O Laudo médico legal também é chamado de Relatório médico legal. São partes
integrantes do Laudo:
Alternativa C: correta. Clareza, fidelidade, totalidade e ilustrações são características que configuram
qualidade ao laudo e o tornam compreensível e útil para quem o acessar.
Alternativa D: incorreta. Ao relatório redigido pelo perito dá-se o nome de Laudo; enquanto o ditado
diretamente ao escrivão dá-se o nome de Auto.
Alternativa E: incorreta. Discussão: O perito possui plena liberdade para externar a sua opinião, seu ponto
de vista, onde irá explicar o que achar de sua conveniência.
Gabarito: Alternativa C
LISTA DE QUESTÕES
a. Atestado.
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b. Notificação.
c. Prontuário.
d. Relatório.
2. (VUNESP – MÉDICO LEGISTA PCSP/2014) Dentro das diversas áreas da Medicina Legal, pode-se
dizer que a pesquisa da reação de natureza vital nas vítimas é abordada de modo mais específico na
a. Tanatologia.
b. Vitimologia.
c. Infortunística.
d. Traumatologia.
e. Criminalística.
6. (NUCEPE/POLÍCIA CIVIL-PI/2008) Entre os documentos médicos abaixo, assinale aquele que não
apresenta entre suas etapas o exame médico:
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a. Laudo médico-legal
b. atestado médico
c. Parecer médico-legal
d. Atestado de óbito
e. Auto médico-legal
9. (ACADEPOL - PC-BA/2008) O documento médico legal, ditado ao escrivão logo após a realização
do exame pericial, é denominado:
a. Auto
b. Parecer
c. Atestado
d. Relatório
e. Notificação
10. ( IGP/SC – PERITO MÉDICO LEGISTA – SC/2008) Como se denomina o laudo médico-legal praticado
por médico legista, segundo informações policiais e do médico assistente:
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a. Indireto
b. Irregular
c. Invalido
d. Direto
11. (IGP/SC – PERITO MÉDICO LEGISTA – SC/2008) O médico legista participa de um processo na vara
criminal:
a. Na fase da inquisição
b. Antes do depoimento das testemunhas
c. Em qualquer fase do processo
d. Somente na convocação de algum dos advogados
12. (ESTRATÉGIA – MEDICINA LEGAL/2018) Não se pode dizer sobre os peritos oficiais médicos-
legistas:
a. Basta um para cada perícia
b. Exige formação médica
c. Buscam a materialidade dos delitos
d. São concursados
e. Quando nomeados, não podem mais exercer a medicina.
13. (ESTRATÉGIA – MEDICINA LEGAL/2018) O período após a morte recomendado pela legislação para
início das necropsias é de:
a. 2 horas
b. 4 horas
c. 6 horas
d. 8 horas
e. 10 horas
14. (ESTRATÉGIA – MEDICINA LEGAL/2018) Pode-se dizer sobre os peritos não oficiais:
a. Cada perícia exige dois peritos
b. Exige-se formação médica
c. Não prestam compromisso legal para atuarem
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d. São concursados
e. Não podem atuar “ad hoc”
a. Os oficiais da Polícia Militar, quando presidem IPM, são autoridades para requisitar exame de corpo
de delito.
b. O auto médico-legal é aquele ditado ao escrivão para digitação, na presença de testemunhas, ao
final dos trabalhos periciais e o laudo médico-legal é aquele redigido pelo próprio legista.
c. A prova testemunhal não supre o exame de corpo de delito.
d. O laudo indireto pode ser o único meio de resgate da materialidade do delito em alguns casos.
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d. Auto
e. Declaração
19. (ESTRATÉGIA – MEDICINA LEGAL/2018) A revelação de segredo médico por meio de uma perícia é
possível baseado no princípio da(o)
a. Justa Causa
b. Autorização expressa do paciente
c. Dever Legal
d. Quebra de contravenção
20. (ESTRATÉGIA – MEDICINA LEGAL/2018) Para classificação de lesão corporal como de natureza
grave, o exame complementar deverá ser realizado
a. 30 dias após a perícia
b. 30 dias após o fato
c. 30 dias após a alta hospitalar
d. 30 dias após o início do inquérito policial
21. (Instituto Geral de Perícias – IGP/SC – PERITO MÉDICO LEGISTA/2008) Frente a um exame de
corpo de delito, o processo não existirá se o legista não encontrar lesões. Nesse caso:
a) A autoridade solicitará junta médica.
b) O processo dependerá de prova testemunhal.
c) A autoridade pedirá novo exame.
d) O exame será repetido em 30 dias.
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23. (CESPE - PC-PB -PAPILOSCOPISTA E TÉCNICO EM PERÍCIA/2009) As perícias deverão ser feitas
a. por um perito oficial, mas devem ser homologadas por um segundo perito.
b. por dois peritos oficiais obrigatoriamente.
c. por pelo menos duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, no caso de não
haver peritos oficiais.
d. por um perito oficial, desde que este preste o compromisso de bem e fielmente desempenhar o
encargo.
e. por apenas uma pessoa idônea, se não houver peritos oficiais.
24. (TJ-PR - MÉDICO/2013) Assinale a alternativa que apresenta somente itens obrigatórios para todo
laudo pericial.
25. (ESTRATÉGIA-MEDICINA LEGAL/2018) Com relação à máxima visum et repertum, que expressa a
essência da atividade pericial, assinale a opção correta.
a. Essa máxima expressa o debate, a confrontação de hipóteses e possíveis controvérsias decorrentes
do objeto da perícia.
b. O termo em questão faculta ao perito a liberdade de expressão de suas convicções, embora não o
exima de enquadrar-se em estruturas preestabelecidas pelas normas e praxe.
c. Os documentos médico-legais tais como relatórios, pareceres e atestados devem estar
enquadrados na máxima em consideração.
d. Clareza, fidelidade e totalidade representam o significado da máxima em apreço.
e. É nulo o laudo pericial que não se enquadre na máxima citada.
26. (ACADEPOL DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – MG/2007) Quando os dois Peritos não chegam, na
perícia criminal, a um ponto de vista comum, cada um apresentará à parte o seu próprio relatório.
Chama-se a isso de perícia:
a. Nula
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b. Contraditória
c. Complementar
d. Sucinta
“Laudo pericial é a conclusão a que chegam os peritos, exposta na forma escrita, devidamente
fundamentada, constando todas as observações pertinentes ao que foi verificado e contendo as respostas
aos quesitos”.
a. Certo
b. Errado
“Permite-se aos peritos optar por descrições sucintas e resumidas ao retratarem uma inspeção, e as partes
não podem questionar o conteúdo do laudo, solicitando ao juiz que determine aos peritos a sua
complementação”.
a. Certo
b. Errado
“A discussão é a parte do laudo em que se realiza a análise minuciosa dos dados encontrados, esclarecendo
hipóteses e divergências, trajeto de instrumentos, entre outros, muitas vezes com auxílio de citações
bibliográficas. É nesse momento que se deve esclarecer dúvidas a respeito dos termos técnicos e das siglas
utilizadas no laudo.”
a. Certo
b. Errado
30. (ESTRATÉGIA-MEDICINA LEGAL/2018) Sobre o exame de corpo de delito, é correto afirmar que:
a. A formulação de quesitos é ato privativo da autoridade judicial.
b. O exame de corpo de delito deverá ser feito apenas durante o horário diurno.
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32. (INSTITUTO ACESSO/ES DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – 2019) Enquanto área de estudo e aplicação
de conhecimentos científicos, a Medicina Legal está alicerçada em um conjunto de conhecimentos
destinados a defender os direitos e os interesses dos homens e da sociedade. Assinale a seguir a
alternativa que descreve corretamente a Medicina Legal.
a. É fundamentalmente uma forma de apoiar as investigações das polícias técnicas, sempre que haja
evento a ser investigado que resultou em dano físico e/ou mental.
b. É um conjunto de noções sobre como ocorrem as lesões corporais, as consequências delas
decorrentes, as alterações relacionadas com a morte e os fenômenos cadavéricos, além da
formulação de conceitos diferenciais em embriaguez e uso de drogas, as asfixias mecânicas e suas
características, os crimes sexuais e sua análise pericial, entre outros.
c. É uma atribuição designada ao médico legista, podendo ser exercida por profissional civil ou militar,
desde que investido por instituição que assegure a competência legal e administrativa do ato
profissional.
d. É um conhecimento médico e paramédico que, no âmbito do direito, concorre para a elaboração,
interpretação e execução de leis existentes. Por meio de pesquisa científica realiza seu
aperfeiçoamento, estando a medicina a serviço das ciências jurídicas e sociais.
e. É a aplicação de conhecimento médico e biológico na execução de leis segundo a previsão legal,
com obrigação de fazer relatórios cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação, e
colaborando na execução das leis de forma a ser uma medicina aplicada.
33. (INSTITUTO AOCP/ES MÉDICO LEGISTA – 2019) De acordo com Afrânio Peixoto, a Medicina Legal
pode ser definida como “A aplicação de conhecimentos científicos dos místeres da justiça”. Do ponto
de vista didático tradicional, a Medicina Legal pode ser dividida em Geral e Legal. No caso da Geral, seu
campo de ação se ocupa de várias áreas do conhecimento, como:
a. Antropologia Forense.
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b. Honorários Médicos.
c. Asfixiologia Forense.
d. Genética Forense.
e. Sexologia Forense.
34. (INSTITUTO AOCP/ES MÉDICO LEGISTA – 2019) A Medicina Legal pode ser classificada sob
diversos enfoques, dentre os quais destaca-se o histórico. A fase evolutiva da Medicina Legal que discute
os assuntos ligados à Ética, à Moral e à Bioética Médica em face do exercício da Medicina é a:
a. Medicina Legal Pericial.
b. Medicina Legal Legislativa.
c. Medicina Legal Doutrinária.
d. Medicina Legal Filosófica.
e. Medicina Legal Judiciária.
35. CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) Sob o ponto de vista didático, a medicina legal está dividida
em medicina geral e medicina especial. A respeito da medicina legal especial, assinale a opção correta.
a. A antropologia forense é o estudo da identidade e da identificação, seus métodos, processos e
técnicas.
b. A infortunística trata da análise racional da participação da vítima na eclosão e justificação das
infrações penais.
c. A tanatologia versa sobre os fenômenos volitivos, afetivos mentais, a periculosidade do alienado, as
socioneuropatias em face de problemas judiciários, a simulação e a dissimulação.
d. A vitimologia estuda os diferentes aspectos da gênese e da dinâmica dos crimes.
e. A asfixiologia forense é o estudo dos cáusticos e dos envenenamentos.
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37. (FCC/POLITEC-AL PERITO MÉDICO LEGISTA – 2017) Existem relatos antigos da aplicação da
Medicina para solução de dúvidas em processos. Sendo assim, a Medicina Legal é:
a. uma área extinta, visto que em 2015 o nome da especialidade passou a ser Medicina Legal e Perícia
Médica.
b. executada por meio de perícias médicas, que são atividades privativas de médico.
c. dividida, do ponto de vista doutrinário do Direito, em Medicina Legal Geral e Medicina Legal
Específica.
d. desempenhada de forma excelente por qualquer médico, mesmo que ele não tenha conhecimentos
específicos da área.
e. ministrada exclusivamente nos cursos de graduação de Medicina.
38. (FUNDATEC/IGP-RS TÉCNICO EM PERÍCIAS – 2017) São subdivisões da medicina legal, EXCETO:
a. Psiquiatria forense.
b. Entomologia.
c. Sexologia forense.
d. Infortunística.
e. Traumatologia forense.
I. Segundo Hélio Gomes, medicina legal é o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados
a servir ao Direito, cooperando na execução dos dispositivos legais atinentes ao seu campo de ação de
medicina aplicada.
II. Para Flamínio Fávero, medicina legal é a aplicação de conhecimentos médico-biológicos na elaboração e
execução das leis que deles carecem.
III. Para Buchner, é a ciência do médico aplicada aos fins da Ciência do Direito.
IV. No entendimento de Francisco Morais Silva, constitui-se em ciência e arte que tem por objetivo a
investigação de fatos médicos e biológicos, empregando recursos atualizados disponíveis em todas as áreas
do conhecimento técnico e científico.
a. Apenas III.
b. Apenas I e II.
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c. Apenas II e IV.
d. Apenas I, II e III.
e. I, II, III e IV.
40. (FUNCAB/PA INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL – 2016) Sobre a traumatologia forense, pode-se
afirmar que este ramo da Medicina Legal estuda principalmente:
a. as lesões corporais e as energias causadoras do dano.
b. a identidade e identificação da vítima
c. questões voltadas ao vínculo entre familiares.
d. os crimes contra a dignidade sexual.
e. a gravidez, aborto e infanticídio
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42. (VUNESP/SP AUXILIAR DE NECROPSIA – 2014) Em relação à Medicina Legal, é correto afirmar que:
a. é a ciência aplicada aos fatos que ocorrem somente após a morte do ser humano.
b. o estudo das doenças mentais não faz parte das disciplinas da Medicina Legal.
c. não é especialidade médica, mas sim, uma carreira policial
d. Tanatologia e Medicina Legal são sinônimos.
e. é a aplicação dos conhecimentos médicos aos problemas judiciais.
43. (CESPE/ES MÉDICO LEGISTA – 2011) Sabendo que a medicina legal, área bastante abrangente,
compreende a relação entre a aplicação dos conhecimentos médicos
e as matérias jurídicas, nos seus diversos campos — criminal, cível,
trabalhista e administrativo —, com objetivo de instruir os
inquéritos e processos e elucidar questões, julgue os itens a seguir, relativos à medicina legal, à perícia e
aos peritos.
Nos IMLs brasileiros, exercem-se atividades médicas que se caracterizam, basicamente, como medicina
legal criminal.
a. Certo
b. Errado
Tendo o fragmento de texto acima com referência inicial, julgue os itens a seguir, relativos ao conceito de
medicina legal.
De acordo com Ambroise Paré, a medicina legal é a arte de produzir relatórios na justiça.
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a. Certo
b. Errado
Tendo o fragmento de texto acima com referência inicial, julgue os itens a seguir, relativos ao conceito de
medicina legal.
Tourdes, que define a medicina legal de forma mais ampla que Ambroise Paré e Johannes Bohn,
compreende essa área como uma ciência que objetiva o estudo da jurisprudência civil.
a. Certo
b. Errado
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Tendo o fragmento de texto acima com referência inicial, julgue os itens a seguir, relativos ao conceito de
medicina legal.
Segundo Hoffman, o grande legista austríaco, a medicina legal não consiste em uma arte, mas em uma
ciência.
a. Certo
b. Errado
47. (CESPE/PB PAPILOSCOPISTA E TÉCNICO EM PERÍCIA – 2009) Assinale a opção correta acerca dos
conceitos relacionados à medicina legal.
a. A traumatologia forense estuda o aspecto psicológico, as lesões corporais e os instrumentos
relacionados à vítima.
b. A medicina legal, que contribui para a elucidação de crimes, colabora com a investigação policial
somente na fase do inquérito.
c. A sexologia forense tem como objeto principal o estudo do comportamento sexual do criminoso.
d. A imputabilidade penal e a capacidade civil são objetos de estudo da toxicologia forense.
e. Faz parte da área de tanatologia forense o estudo da morte.
48. (NUCEPE/PI PERITO MÉDICO LEGISTA – 2018) Um acontecimento histórico introduziu mudanças
legais em um país, e tais mudanças são consideradas de grande importância para o surgimento da Era de
Ouro da Medicina Legal Mundial. Que acontecimento histórico foi esse?
a. A Primeira Guerra Mundial, que fez a Alemanha, após derrota, assinar o Tratado de Versalhes. Isso
resultou em um aumento do número de membros no seu exército, inclusive médicos, o que
permitiu um grande desenvolvimento da Medicina Legal.
b. A Revolução Francesa, que levou Napoleão a proibir práticas jurídicas secretas, tornando público o
trabalho dos juízes e dos peritos médicos. E ele também instituiu a Medicina Pública, em que
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49. (NUCEPE/PI MÉDICO LEGISTA – 2018) O método de identificação pelas impressões digitais teve
um teresinense como pioneiro na defesa da sua introdução no Brasil. Foi esse teresinense o primeiro
diretor do Gabinete de Identificação e Estatística da Polícia do Distrito Federal, o primeiro no país a
adotar o banco de dados datiloscópicos. Marque a alternativa que apresenta o nome desse teresinense:
a. João Luís Ferreira.
b. Félix Pacheco.
c. Firmino Pires.
d. Da Costa e Silva.
e. Petrônio Portella.
50. (CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) Na década de 80 do século XX, a medicina legal brasileira foi
ainda mais reconhecida e respeitada mundialmente após uma perícia que revelou a real identidade do
indivíduo até então apelidado de “Anjo da Morte”: o médico e oficial nazista Joseph Mengele. Tal perícia
foi realizada por especialistas do IML.
a. de São Paulo e da UNICAMP.
b. de São Luís e da UFMA.
c. do Rio de Janeiro e da UERJ.
d. de Pernambuco e da UFPE.
e. de Belo Horizonte a da UFMG.
51. (CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) Raymundo Nina Rodrigues exerceu relevante papel na
história da medicina legal brasileira por meio:
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a. da instituição da cátedra de medicina legal no curso de direito da Universidade de São Paulo, onde
lecionou a disciplina.
b. procedimento que gera relatórios individualizados que não chegam a um ponto de vista comum.
c. dos estudos na área de psicanálise forense que desenvolveu na Universidade de Ciências da Saúde,
no Rio Grande do Sul.
d. da criação, por ele, de uma escola brasileira de medicina legal, na Bahia, fato que nacionalizou a
especialidade.
e. de estudos sobre os impactos da miscigenação na criminalidade que desenvolveu na Universidade
Estadual do Rio de Janeiro.
52. (CESPE/MA MÉDICO LEGISTA – 2018) A corrente de pensamento que exerceu maior influência na
medicina legal brasileira é de origem
a. francesa.
b. inglesa.
c. italiana.
d. germânica.
e. portuguesa.
53. (FCC/POLITEC-AP PERITO MÉDICO LEGISTA – 2017) A Medicina Legal nasceu da necessidade do
Direito ter prova técnica médica no esclarecimento da justiça. Pode ser conceituada como a aplicação
dos conhecimentos médico-biológicos na elaboração e execução das leis que deles carecem. Segundo a
história da Medicina Legal brasileira, é correto afirmar que:
a. é dividida em 4 fases, de acordo com Oscar Freire: fase imperial, estrangeira, de transição e de
nacionalização.
b. a fase estrangeira vai desde o fim do período colonial até a república, quando Afrânio Peixoto
assumiu a cátedra de Medicina Legal da Faculdade de Medicina da Bahia.
c. a primeira publicação da fase estrangeira se deu em 1841 por meio de um parecer a respeito de um
exame necroscópico.
d. em 1832 foi criada a perícia profissional, tendo em vista que foram criadas regras para os exames
de corpo de delito.
e. a fase de nacionalização se iniciou após a primeira guerra mundial e seu início foi marcado pela
posse de Oscar Freire na cadeira de Medicina Legal da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
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55. (FGV/RJ PERITO MÉDICO LEGISTA – 2011) O “Traité des Relatoires” pode ser considerado como a
primeira grande obra de Medicina Legal do mundo ocidental, cujo autor foi:
a. Ambroise Paré.
b. Lacassagne.
c. Thoinot.
d. Foderé.
e. Devergie
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57. (ESTRATÉGIA – MEDICINA LEGAL/2018 ) O prazo de entrega do laudo pericial de lesões corporais
é:
a. 30 dias
b. 5 dias
c. 7 dias
d. 10 dias
e. 15 dias
58. (FUNIVERSA PC-DF – PERITO MÉDICO LEGISTA/2015) Quanto ao laudo médico-legal, é correto
afirmar que:
a. São um esclarecimento prestado em consequência de dúvidas, fatos controversos e omissões de
ordem técnica em uma interpretação pericial dos vestígios deixados por uma infração penal.
b. São partes integrantes de um laudo: preâmbulo, histórico, descrição, relatório, discussão, conclusão
e resposta aos quesitos.
c. Clareza, fidelidade, totalidade e ilustrações são características que configuram qualidade ao laudo e
o tornam compreensível e útil para quem o acessar.
d. Auto é um tipo de laudo que se caracteriza por ser ditado a um escrivão, tendo por exemplos a ata
de embalsamamento e a ata de exumação.
e. A discussão é a parte integrante de um laudo médico-legal que comporta, com todos os detalhes,
os achados objetivos e subjetivos dos exames realizados.
GABARITO
1. C 14. A 27. CERTA 40. A
2. A 15. D 28. ERRADA 41. B
3. E 16. C 29. CERTA 42. E
4. C 17. A 30. D 43. CERTA
5. B 18. D 31. A 44. CERTA
6. C 19. C 32. D 45. ERRADA
7. B 20. A 33. B 46. CERTA
8. B 21. B 34. D 47. E
9. A 22. A 35. A 48. B
10. A 23. C 36. B 49. B
11. C 24. A 37. B 50. A
12. E 25. D 38. B 51. D
13. C 26. B 39. E 52. A
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