O Que É Necessário para Montar Um Laboratório de Análises Clínicas

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O que é necessário para montar um

laboratório de análises clínicas.


 consulte as RDCs da ANVISA para conhecer as legislações exigidas por
esse órgão;
 escolha um endereço e se informe na prefeitura se é permitida e viável a
implantação de um laboratório ali (consulte a RDC n°50/2002 sobre as
condições para o espaço físico) — uma vez escolhido o local, você
precisará da autorização para montar o seu estabelecimento;
 elabore o contrato social e registre-o na Junta Comercial do Estado;
 dê a entrada no pedido de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica (CNPJ) na Receita Federal, pelo Documento Básico de Entrada
(DBE);
 para abrir um estabelecimento da área de saúde, é preciso obter um
alvará sanitário — para isso, informe-se com a Vigilância Sanitária
Municipal da sua cidade sobre quais são os documentos e
procedimentos exigidos;
 é preciso, também, de um alvará municipal para funcionamento —
assim, providencie o registro da empresa na prefeitura e o licenciamento
junto ao órgão de meio ambiente do município;
 o estabelecimento deve ser registrado junto ao órgão de classe, no
caso, o Conselho Regional de Biomedicina;
 o regulamento da área trabalhista é bem complexo, sendo exigido
providenciar documentos e programas das áreas trabalhistas e
previdenciárias — se necessário, contrate uma empresa terceirizada de
recursos humanos ou um consultor para auxiliar no processo, afinal,
para que a empresa possa ser considerada totalmente “em dia com as
leis”, é necessário que todos os colaboradores sejam devidamente
registrados;
 após regulamentado e autorizado, cadastre seu laboratório nos planos
de saúde e hospitais da sua cidade e região e, se possível, no SUS,
para estabelecer parcerias e garantir a divulgação — consulte a Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a Secretaria de Saúde da sua
cidade.

Quem pode montar um laboratório de


análises clínicas humanas?
O empresário não precisa ser alguém do ramo da saúde, mas é obrigatória a
presença de um profissional legalmente habilitado para ser responsável técnico
pelo estabelecimento perante a ANVISA.
Sendo assim, pessoas que detenham conhecimentos apenas em
administração, de modo geral, podem empreender nesse tipo de negócio,
desde que trabalhem em conjunto com um profissional de uma das áreas
como: farmacêuticos, bioquímicos, médicos, biomédicos ou biólogos

Qual é a estrutura mínima necessária?


A estrutura física representa praticamente a maior parte do investimento inicial
e deve ser bem planejada, de modo a cumprir a legislação e tornar o local
agradável para os pacientes. Veja algumas condições obrigatórias:
 sala de espera e registro de pacientes;
 sanitários para clientes e funcionários (separados);
 depósito de materiais de limpeza;
 copa;
 sala administrativa;
 paredes brancas ou com tons neutros, pintadas com tinta acrílica,
luzes claras e ventilação;
 sala para coleta;
 área para classificação e distribuição de amostras;
 sala de preparo de reagentes;
 metragem mínima dos laboratórios;
 sala de preparo de soluções;
 sala de extração de ácidos nucleicos;
 sala de PCR;
 sala de revelação de géis;
 laboratório de suporte à UTI;
 laboratório de emergência;
 antecâmaras de paramentação.

Quais escolher equipamentos


escolher ?
Sempre dê preferência ao equipamento novo, pois as marcas oferecem
garantia e manutenção constante. Por se tratar de uma parte que consome
muito investimento, não troque o certo pelo duvidoso.
Muitas vezes, comprar um equipamento usado pode soar, de imediato, como
uma vantagem, que cairá logo por terra assim que começarem a aparecer os
custos com manutenção. Além disso, equipamentos em bom estado são a
garantia de diagnósticos precisos.
Há, ainda, laboratórios que optam pela locação de máquinas. Entretanto, em
termos de investimento, o melhor a fazer é trabalhar com equipamentos de sua
propriedade. Os itens necessários para o início do funcionamento do
laboratório estão listados a seguir:
 setor laboratorial
 colorímetro fotoelétrico;
 agitador orbital;
 estufa de esterilização;
 autoclave vertical;
 banho-maria sorológico;
 destilador de água em inox;
 microcentrífuga para hematócrito;
 centrífuga clínica;
 contador diferencial de células manual.
 setor administrativo
 computadores e impressoras;
 estantes e armários;
 arquivos, prateleiras e gavetas;
 móveis para a recepção.
Os laboratórios de análises clínicas humanas são controlados e vistoriados
pela ANVISA, Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais de Saúde, órgãos de
classe e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
Para quem quer empreender, é importante ler com cuidado e atenção todas as
normas regulatórias da ANVISA dispostas nas RDCs, documentos que regem,
no caso, como e qual deve ser a estrutura física mínima de funcionamento do
laboratório, quantos funcionários são exigidos, quais documentações devem
sempre estar em dia e assim por diante.
Além disso, como qualquer outra empresa, é necessário manter-se em dia com
as questões fiscais e trabalhistas que regem o ramo. Dessa forma, você evita
processos e ações desnecessárias, além de multas pelo não cumprimento de
disposições legais.
Uma dúvida comum a quem pensa em abrir um laboratório de análises clínicas
diz respeito à contratação dos colaboradores. Afinal, como garantir que você
realmente contará com profissionais qualificados, que prestarão serviços de
qualidade?
Devemos frisar que, para o bom funcionamento do local, você precisará de
atendentes, auxiliares de laboratório, técnicos em laboratório, auxiliares
administrativos, copeira e encarregados.
Especialmente para os cargos que envolvem atividades relacionadas ao ramo
da saúde, é importante solicitar certificados de formação e sempre consultar a
experiência profissional prévia.
Além disso, para garantir que a qualidade será mantida, é importante que as
diretrizes de trabalho sejam claras a todos. Oferecer treinamentos e palestras
periodicamente também é a garantia de manter seus profissionais sempre
atualizados e alinhados às expectativas da empresa.

Como fazer uma boa gestão de


laboratório?
Outra preocupação comum diz respeito à gestão de laboratórios. Muitas vezes,
o proprietário se ocupa demais de questões relacionadas à saúde e acaba
negligenciando a parte administrativa, que também tem grande peso no
sucesso do estabelecimento.
Contar com softwares de gestão especializados no ramo e delegar funções
administrativas são boas maneiras de manter a saúde financeira do negócio,
além de melhorar a produtividade e a imagem da sua empresa.
A Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) foi criada em 1967 e é
uma instituição sem fins lucrativos e de caráter científico-profissional, voltada
ao desenvolvimento da especialidade Análises Clínicas, dos seus profissionais
e dos laboratórios clínicos.
No site, é possível encontrar informações sobre as últimas portarias lançadas,
publicações científicas, cursos, eventos, workshops, congressos etc.

Tenha um bom software de gestão


laboratorial
Um elemento imprescindível para quem deseja gerir um laboratório de sucesso
é a escolha do software. Muitas pessoas pensam que qualquer sistema serve,
mas isso não é verdade nem de longe. O ideal é que o programa seja
especializado na atuação. Nesse sentido, a integração dos setores funciona,
bem como dos equipamentos.
Lembre-se de que a Saúde 4.0 é uma tendência e, ao pensar em abrir uma
clínica, não vale a pena insistir em métodos onerosos e ultrapassados. O
software de gestão, além de ser específico para laboratório, deve conter alguns
elementos primordiais para garantir a expertise e o bom atendimento. Veja a
seguir quais são eles!

Automatização de rotinas
Sabe aquelas tarefas repetitivas que fazem a equipe de análise, o time de
coleta ou a recepção não ser tão eficiente quanto a gestão gostaria? Pois bem:
o software precisa agilizar isso. Sendo assim, as rotinas automatizadas são
imprescindíveis quando o assunto é atender na clínica.
Pense, por exemplo, que o recepcionista pode ter o cadastro de pacientes e os
pedidos de exame na mesma tela, acesso de cadastro com foto e biometria,
além de um recurso de inclusão em massa de exames periódicos. A
produtividade sobe, a chance de erros humanos diminui, o tempo de
atendimento — e consequentemente de espera — também.

Controle de estoque
Quando o suprimento de um equipamento está acabando e ninguém percebe,
aí está feito o prejuízo: tempo e dinheiro são perdidos no processo de espera
de reposição, já que pacientes podem deixar de ser atendidos e atrasos podem
ocorrer.
Um bom sistema vai controlando os níveis e avisando quem estiver no controle
que a hora de atualizar os estoques está chegando. O mesmo vale de alerta
quando há produtos perto de seu prazo de validade. O ganho em
aproveitamento é inerente!
Gerenciamento financeiro
Principalmente para quem está na “primeira viagem” no direcionamento de um
laboratório, a gestão financeira deve ser descomplicada. O sistema precisa
conferir intuitividade ao fluxo de caixa, demonstrando as contas a pagar e a
receber sem dificuldades na interpretação.
Você deve garantir também que o software faça Integração entre caixa e
faturamento, além de controle de movimentações financeiras. Emissão
automatizada de notas fiscais, identificação de centro de custos — quanto
custa tal exame, por exemplo — e demonstrativos são fundamentais para não
perder tempo e tomar boas decisões.
Comunicação com o paciente
Embora muitos pensam que não, o marketing também é assunto para o
software de gestão. Pensando além do CRM — que também é um acerto —, o
sistema deve contar com:
 disponibilidade de resultados online;
 envio de SMS para estreitar o relacionamento com o paciente;
 e-mail marketing com fins de fidelização;
 aplicativo mobile para facilitar a vida do paciente.
Além de diminuir custos, esse tipo de tecnologia acrescenta valor à proposta do
laboratório, pois o paciente percebe que está usufruindo do que há de melhor e mais
novo no mercado.

Indicadores de performance
Se o software é de gestão, não podem faltar elementos para apoiar a tomada
de decisão e acompanhar a performance. Um sistema especializado entrega
nas mãos do gestor os seguintes relatórios:
 custo médio dos exames;
 ponto de equilíbrio;
 ticket médio;
 receitas e despesas;
 viabilidade de exames por convênio e margem de contribuição;
 comparativos periódicos de indicações de médicos, produção por
convênios etc.;
 margem de contribuição por exames e postos de coleta;
 rentabilidade das unidades;
 tempo médio de espera em cada etapa da análise clínica (cadastro,
coleta, triagem, execução etc.).
Como se pode ver, há muitos pontos de atenção quando o assunto é como
montar um laboratório de análises clínicas. Ao final, os resultados fazem todo o
esforço e tempo dispendidos valerem a pena, já que você mantém um negócio
rodando com prosperidade e pacientes satisfeitos com o serviço prestado.

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