Civilização Romana PDF

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFMT

Turma: TADM - 1º Ano ‘’A’’ e ‘’B’’


Turma: TAGP - 1º Ano ‘’A’’ e ‘’B’’

Disciplina: História I - Professora: Ivete Petry Santana


ENSINO REMOTO - 2º Bimestre –3º Bloco_23/08/2021 a 10/09/2021

CONTEÚDOS SOBRE CIVILIZAÇÃO ROMANA.

O Império Romano existiu entre 27 a.C. e 476 d.C.


Por ele passaram uma série de imperadores romanos.
As principais características desse governo foram as
grandes conquistas territoriais, bem como sua
estrutura agrária e comercial. Neste período, Roma
dominou territórios europeus, africanos e regiões do
Oriente Médio.
Além da estrutura econômica desenvolvida durante o
período imperial, outros fatores que chama bastante
atenção são as mudanças socioculturais. Por ser
bastante extenso, o Império Romano foi marcado por uma população miscigenada. Com a mistura de culturas
e crenças, viu também o nascimento do cristianismo.
palavra Imperador vem do latim “imperator”, que significa “aqueles que mandam”. Este era o título dado aos
generais que assumiram o poder de Roma.
Tudo começou com a nomeação de Otávio
Augusto como governante, após a morde
Júlio César. Então, dando fim ao sistema de
República.
O império começa com a Crise da República.
A partir daí, várias famílias patrícias passam
pelo poder, enfrentando invasões e
promovendo modernizações no território
romano. Sendo assim, muitas dinastias
assumiram o poder.
Só para ilustrar, podemos citar as linhagens:
✓ Júlio-Claudiana: Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio e Nero;
✓ Flaviana: Vespasiano, Tito e Domiciano;
✓ Antonina: Nerva, Trajano, Adriano, Antonino Pio, Marco Aurélio e Comodo;
✓ Severa: Sétimo Severo, Caracala, Macrino, Haliogábalo e Alexandre Severo
Embora esses sejam apenas alguns exemplos das linhagens que chegaram ao trono, é importante reforçar que
houveram épocas dramáticas marcadas por golpes militares, transições de imperadores, usurpadores e
anarquistas.
Visto que, de acordo com Joseph Homer Saleh, dos 69 imperadores romanos 55 foram assassinados, 8 mortos
em combate e 6 cometeram suicídio, essa era uma profissão de alto risco. Logo, havia um constante rodízio de
governantes.

PORÉM, ABAIXO MENCIONAMOS ALGUNS DOS IMPERADORES ROMANOS DE MAIOR


DESTAQUE:

OTAVIANO
Caio Júlio César Otaviano Augusto foi o
primeiro imperador de Roma, entre 27 a.C
a 14 d.C. Mais conhecido como Otaviano
Augusto, nasceu na capital italiana em 23
de setembro no ano 63 a.C. E pertenceu à
dinastia Júlio-Claudiana.
Foi responsável por organizar diversas
expedições militares na Récia, Panônia,
Hispânia, Germânia, Arábia e África. Em
contrapartida, também foi quem pacificou
as regiões dos Alpes e Hispânia. Além
disso anexou as regiões da Gália e Judeia. Tudo o que aprendeu da política romana lhe foi ensinado por seu tio-
avô Júlio Cesar. Se destacou, sobretudo na economia, estimulando a agricultura e o comércio. Bem como dividiu
a capital do Império em 14 províncias, dessa forma, facilitando a cobrança de impostos e do censo militar. E,
para aumentar a beleza da capital, ainda revestiu as construções de mármore.
Ele foi o primeiro imperador a ser proclamado “Augusto”. Recebeu este título de “deus” por meio do Senado.
Otaviano se identificou com essa designação a ponto de as pessoas acharem que era seu segundo nome. Na
época, era comum cultuar os imperadores romanos e, dessa forma, o mês de Agosto recebeu este nome em sua
homenagem.
Coincidentemente, Otaviano augusto morreu em 19 de agosto de 14 d.C, na comuna italiana de Nola.
TIBÉRIO
Tibério Cláudio Nero César
governou entre os anos 14 e 16 d.C.
Foi o segundo imperador de Roma
pertencente à dinastia júlio-
claudiana, sucedendo seu padrasto
Augusto. Curiosamente, segundo
indícios históricos, foi durante seu
reinado que Jesus foi crucificado.
Embora não fosse herdeiro direto
de Otaviano, Tibério foi adotado
pelo mesmo após casar-se com sua
filha e irmã adotiva, Júlia, a Velha.
Ademais, após essa adoção, todos os possíveis rivais de Tibério na sucessão ao trono foram morrendo de forma
conveniente.
Conhecido como um dos maiores generais de Roma, esse governante é descrito como obscuro, recluído e
sombrio. Além disso, há quem diga que o mesmo nunca quis ser imperador. Após perder o filho Júlio César
Druso em 23 d.C., Tibério adotou Calígula, seu sobrinho-neto, e fez dele seu sucessor.
CALÍGULA

Caio Júlio César Augusto Germânico, mais


conhecido como Calígula, governou entre os
anos 37 e 41 d.C. Ao contrário de seu tio-avô,
Tibério, Calígula possuía uma personalidade
extravagante descrita como cruel e, por vezes,
pervertida. Ademais, assim como a maioria dos
imperadores romanos, ele foi assassinado.
Filho de um dos maiores generais da história
romana, Calígula recebeu metade do direito ao
trono, já que segundo as determinações de Fonte: Walks Inside Rome
Tibério, deveria dividi-lo com seu outro herdeiro
e neto, Tibério Gêmelo. Contudo, sem demora, Calígula deu fim ao seu rival.
Sua administração foi marcada por um começo próspero e uma gestão impecável. Todavia, após ficar doente,
Calígula mudou seu jeito de governar. Como resultado de diversos erros, Roma foi acometida por miséria e
fome. Ademais, Calígula tem seu nome associado à uma série de escândalos incestuosos.
CLÁUDIO

Tibério Cláudio César Augusto Germânico foi


imperador de 41 a 54 d.C. Nascido em 1 de
agosto de 10 a.C., diferentemente dos outros
imperadores romanos, ele não nasceu na Itália.
Durante a infância sofreu com problemas de
gagueira. Sendo assim, foi afastado da
possibilidade de sucessão imperial.
No entanto, subiu ao trono em 41 d.C. e se
tornou um governante bastante competente.
Fonte: Quora Isso porque, entre os imperadores romanos, foi
responsável pela construção de canais e aquedutos e pavimentação de estradas. Em virtude de facilitar a
comunicação entre províncias mais afastadas.
Cláudio também organizou as finanças do Estado e conseguiu manter a paz em seu território. Além disso, ergueu
o porto de Óstia e teve importantes conquistas militares, anexando ao seu poder as províncias da Trácia, Judeia,
Lícia, Nórico e Panfília e Mauritânia. No entanto, sua maior conquista foi a Britânia, que é a atual Grã-Bretanha.
Cláudio morreu envenenado por sua esposa em 54 a.C. e, logo após, foi deificado
NERO

Nero Cláudio Augusto Germânico foi imperador de 54


d.C. a 68 d.C., subindo ao trono após a morte de Cláudio.
Nascido em Anzio, na data 15 de dezembro de 37, é
conhecido por um reinado esplendoroso. No entanto, foi
responsável por cancelar todos os éditos do governante
anterior.
Sendo assim, para acabar com revoltas, usou de extrema
violência, bem como outros imperadores romanos.
Diferentemente de outros governantes do império, Nero não se dedicou a conquistar novos territórios. No
entanto, conseguiu melhorar as relações com a Grécia.
Mas as polêmicas de seu governo são muitas e existem dúvidas quanto a sua capacidade como imperador, uma
vez que era influenciado por sua mãe Agripina. Alguns episódios marcaram Nero como desequilibrado, como
assassinar o filho do ex-imperador em 55 e ordenar o assassinato de sua própria mãe em 59.
Entretanto, o que marcou seu governo foi um grande incêndio que destruiu grande parte de Roma 64 d.C. Alguns
historiadores afirmar que ele não fez nada para impedir o fogo, o que serviu de estratégia para culpar os cristãos
e sacrificá-los.
Contudo, há também quem acredite que o imperador não teve nada a ver com o caso, pois não estava na capital
naquele momento. Inclusive sua morte foi polêmica ao cometer suicídio no dia 6 de junho de 68 d.C. em Roma.
Sendo assim, deu fim à dinastia júlio-claudiana.

IMPERADORES ROMANOS FLAVIANOS

VESPASIANO

Tito Flávio Vespasiano foi o primeiro imperador


da dinastia flaviana, governou entre anos de 69 e
79 d.C. Ao contrário de seus antecessores,
Vespasiano possuía origem modesta e só veio a
ganhar renome após tornar-se comandante
militar, destacando-se na invasão romana à
Britânia.
Não há muitos registros sobre seu período no
Fonte: Antiques Boutique
governo, porém destaca-se uma reforma
financeira realizada durante o mesmo. Ademais, foi esse imperador o responsável pela construção do Anfiteatro
Flávio, popularmente conhecido como Coliseu.
Em suma, seu período de governo foi marcado por uma administração eficaz que permitiu o progresso de Roma.
Todavia, Vespasiano faleceu em decorrência de uma inflamação inestinal e o trono passou para seu filho.
TITO

Tito Flávio Vespasiano Augusto foi imperador de


79 d.C. a 81 d.C. Seu reinado foi bastante curto,
mas muito significativo uma vez que o fez
conhecido pela destruição do Templo do Rei
Salomão. O desmantelamento tinha como objetivo
acabar com as revoltas da Palestina e,
consequentemente, iniciou a diáspora dos judeus
pelo mundo.
Fonte: História de Roma
Nascido em 30 de dezembro de 39, ficou
conhecido por ser cruel e intolerante, sendo considerado o “novo Nero”. No entanto, foi responsável por vários
benefícios ao povo de Roma, como por exemplo a finalização da construção do Coliseu.
Além disso, durante seu governo ocorreram três grandes desastres naturais: outro incêndio em Roma, uma
terrível peste e a erupção do Vesúvio que engoliu a região da Pompeia.
Sua morte, em 13 de setembro de 81 d.C., deixou um enigma para os historiadores. Antes de falecer ele disse:
“cometi apenas um erro em minha vida”. Muito ainda se especula sobre qual teria sido este erro. Posteriormente
o Senado o deificou e Tito passou a ser cultuado em Roma.
IMPERADORES ROMANOS ANTONINOS

TRAJANO

Marco Úlpio Nerva Trajano reinou


como imperador entre 98 d.C. e 117
d.C., sendo o primeiro a nascer na
província Itálica, atual Santiponce
(na Espanha), em 53 d.C. Entre os
imperadores romanos foi
considerado excelente general,
administrador detalhista e
disciplinado.
Fonte: Histórias de Roma Seu reinado foi marcado pelo
alagamento da fronteira Leste do
império. Outro ponto foi seu comando das tropas em guerra de expansão, bem como a implementação de um
programa de obras públicas. Trajano buscou melhorar as condições de saúde e de higiene da população romana.
Ele também construiu o Fórum de Trajano e a Coluna de Trajano, em Roma. Igualmente, foi responsável pela
terceira perseguição contra os cristãos. Veio a falecer em 117.
ADRIANO

Públio Élio Trajano Adriano imperou de 117 a


138. Sobrinho e protegido de seu tio e antecessor,
Trajano, nasceu também em Itálica, em 76. Assim
como seu tio, ele se mostrou um excelente
administrador através da implantação do Édipo
Perpétuo, que durou até o século VI.
Além disso, seu tempo como imperador foi
marcado pela construção da Muralha de Adriano,
Fonte: Liszt Rangel
localizada na atual Grã-Bretanha. Essa obra foi
feita por soldados que, simultaneamente, combatiam guerras. Ao invés de atacar, preferiu aderir uma política
de defesa, por exemplo, a ideia de criar a muralha foi para proteger os romanos contra ataques.
O reinado de Adriano teve fim com sua morte em 138, em Roma.

IMPERADORES ROMANOS SEVERO

SÉTIMO SEVERO
Lúcio Sétimo Severo governou entre 193 e 211 d.C.
Curiosamente, ele foi o primeiro cidadão oriundo de
província, sem ascendentes romanos, a atingir o
trono. De ascendência africana, esse imperador
conseguiu situar-se na sociedade romana e até
mesmo ter uma próspera carreira política.
Seu reinado teve um destaque militar, o qual retomou
o poder romano sobre a Mesopotâmia e defesa contra
Fonte: Reddit os ataques bárbaros. Todavia, politicamente falando,
Sétimo Severo nunca obteve apoio entre os
senadores, tendo que firmar seu poder com apoio do exército.
Apesar da implantação de uma ditadura militar, Severo era popular entre os cidadãos, principalmente por ter
conseguido conter a corrupção. Por fim, o imperador romano faleceu aos 65 anos, vítima de gota.

IMPERADORES ROMANOS DO PERÍODO DE RESTAURAÇÃO

DIOCLECIANO

Caio Aurélio Valério Diócles Diocleciano reinou


entre de 284 e 305. Diferentemente dos outros
imperadores romanos, não se sabe ao certo sua
data de nascimento, mas calcula-se por volta de
244. Bem como o local onde nasceu também é
impreciso.
Ele foi responsável pela instituição de uma
Fonte: Vila Gallica diarquia e uma tetrarquia em Roma. Ou seja, foi
adquirindo governantes auxiliares durante seu
reinado. Pois acreditava que somente um homem com seus talentos não conseguiria defender o Império. Sendo
assim, Diocleciano dividiu o território em Ocidental e Oriental para cada um ser governado por um “Augusto”.
No entanto, todas as decisões políticas deveriam ser tomadas em acordo comum entre eles. Dessa forma, várias
rebeliões dos governadores de províncias desunificando o império. Para mudar esse cenário, ele promoveu a
Perseguição de Diocleciano ou a Grande Perseguição aos cristãos. Já velho e doente, após abdicar do trono, ele
morre em 311.
CONSTANTINO

Flávio Valério Aurélio Constantino foi


imperador entre os anos de 306 d.C. e 337 d.C.
Mais conhecido como Constantino Magno,
nasceu em 26 de fevereiro de 272, em Naissus
(na atual Sérvia), e foi o primeiro dos
imperadores romanos a ser considerado cristão
em toda História.

Fonte: Yorkshire Live Grande parte do seu reinado foi para combater
povos germânicos de invadir o Império
Romano. Em 313, acabou com a perseguição aos cristãos, pois simpatizava com a religião. No entanto, favorecia
o cristianismo e o paganismo na mesma medida. Dessa forma, aumentou sua força política.
Ele foi responsável pelo I Concílio de Niceia em 325, reunindo cerca de 300 bispos. Na ocasião foi definida a
natureza divina de Jesus, a data da Páscoa e a promulgação da lei canônica. Bem como, o domingo de descanso.
Já estruturalmente, Constantino ampliou a cidade de Bizâncio e transferiu a capital do império romano para o
Oriente.
O imperador faleceu em 22 de maio de 337. Posteriormente à sua morte, em 1453, a Nova Roma foi renomeada
de Constantinopla (hoje chamada de Istambul).
E então, gostou de aprender um pouco sobre os líderes da Roma Antiga? Sendo assim, aproveita e corre para
ler O fim do Império Romano e o papel dos bárbaros nessa história.
Fontes: Toda Matéria, Todo Estudo, Sua Pesquisa, Roma Pra Você, Aventuras na História.
Bibliografia:
• Saleh, J.H. Statistical reliability analysis for a most dangerous occupation: Roman emperor. Palgrave
Commun 5, 155 (2019). https://doi.org/10.1057/s41599-019-0366-y.
• M. A., Linguistics; B. A., Latin. Biography of Tiberius, 1st Century Roman Emperor. ThoughtCo.
• Philip Milnes-Smith, From Caligula to Constantine. Tyranny and Transformation in Roman
Portraiture , Journal of roman studies, ISSN 0075-4358, Nº 93, 2003, pág. 319.
• “Otho, Vitellius, and the Propaganda of Vespasian”, The Classical Journal(1965), p. 267-269.

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